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Gamificação e a fórmula mágica de Bartle | Opusphere

Quando o assunto é game design, Richard Bartle é uma referência recorrente e enfatizada por muitos.
Não é por menos, este pesquisador britânico elaborou em meados dos anos 90 uma ferramenta de game
design chamada “teoria dos tipos de jogadores” (player type theory), mais comumente chamada de teoria
de Bartle (leia mais sobre o assunto neste post).

Desde a sua criação, unicamente destinada para desenvolvedores de MUDs e mais recentemente de
MMOs, a teoria dos tipos de jogadores tem sido utilizada em situações distintas, deste o
desenvolvimento de jogos dos gêneros que não MUDs/MMOs, até em design de websites, mídias
sociais e gamificação (veja aqui um exemplo de uma dinâmica gamificada utilizando os perfis de Bartle).

A teoria de Bartle ganhou status de “fórmula mágica” ao atingir bons resultados em muitas das situações
não previstas pelo autor em que foi aplicada.  E considerando a relação entre game design e
gamificação, seria essa teoria a solução de todos os problemas?

Primeiramente, o que a torna singular? E o que ela oferece de aplicável para a gamificação?

Os tipos de jogadores são quatro personas definidas por dois eixos direcionados aos principais
elementos que os jogadores de MUDs/ MMOs acham determinantes para sua diversão (ação/ interação e
jogadores/ mundo). Ou seja, a base da tipologia de Richard Bartle é também um dos pontos mais
relevantes para o game design: a diversão.

Se para os game designers as questões a serem respondidas são prioritariamente: “quem são as pessoas
que eu quero que joguem meu jogo?” e “o que fazer para que essas pessoas se divertam/ gostem do meu
jogo?”, a teoria de Bartle se encaixa perfeitamente.

A gamificação, por sua vez, deve responder a: “quem eu quero engajar com esta solução gamificada?”
e “o que fazer para que essas pessoas se sintam engajadas?”. Pois bem, de acordo com o próprio
Richard Bartle, a teoria dos tipos de jogadores pode sim ser uma resposta a estas perguntas, mas ainda
não é A Grande Resposta para elas.

Em suma, a confiável fórmula mágica de Bartle, quando usada corretamente, funciona e pode ser utilizada
com sucesso em soluções gamificadas. Todavia, o passo seguinte seria desenvolver uma nova teoria,
quem sabe uma nova tipologia, específica, que só será possível a partir de estudos e análises mais
profundas de experiências bem­sucedidas de gamificação. Sem falar no desapego de Bartle!

Quer ouvir a fala do próprio Richard Bartle sobre gamificação? Assista o vídeo e deixe seus comentários!

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