TRABALHO SOBRE

O
PAINEL DO APRENDIZ MAÇOM

RITO BRASILEIRO
AGRADECIMENTOS:
Ao Deus do meu coração.
A todos os Irmãos que, direita ou indiretamente, colaboraram para a consecução do
presente trabalho.
Aos que vierem depois, dispostos a criticar.
* Sérgio Roberto Cavalcante.

PAINEL DE APRENDIZ MAÇOM

RITO BRASILEIRO
 AS FIGURAS CONTIDAS
01) – Nuvens;
02) – Lua1;
03) – Sol;
04) – Corda com Sete Nós2;
05) – Estrelas3;
06) – Prancheta4;
07) – Prumo;
08) – Esquadro e Compasso;
09) – Nível;
10) – Pedra Bruta5;
11) – Pedra Polida6;
12) – Maço e Cinzel;
13) – Três Janelas;
14) – Três Degraus7;
15) – As Colunas “J” e “B”, com Romãs;
16) – Pórtico com o Delta Radiante;

ALGUMAS DEFINIÇÕES E PONDERAÇÕES

O SOL: - O Sol representa a Razão que ilumina a inteligência.

A LUA: - Figura a Imaginação que reveste as idéias com uma forma apropriada. A
sombra e o frio são características da noite iluminada fracamente pela Lua.

AS TRÊS JANELAS: - Estas três janelas tem sido interpretadas como a destruição
dos preconceitos, a constatação objetiva do verdadeiro e o respeito às tradições.
Outros vêem nelas uma alusão à necessidade que se tem de observar a marcha da

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A Lua está na fase de Quarto Crescente.
2
A Corda de Oitenta e Um Nós está aí representada pela Corda de Sete Nós.
3
Vinte e três estrelas, ao todo, sem nenhuma significação aparente.
4
Representa o Mestre Maçom
5
Representa o Aprendiz.
6
Representa o Companheiro.
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Representam as Três Grandes Etapas da Evolução do Pensamento Humano, ou seja:
Intuição, Análise e Síntese.
Ciência e da Verdade. No entanto, segundo a maioria dos simbolistas, as três janelas
representam as três principais posições do Sol durante o seu percurso.

O NÍVEL: - O nível do pedreiro é constituído por um esquadro de madeira, tendo um

ângulo de 90º., com pés não rombudos e bem talhados; no ângulo está ligado um fio
aprumo que indica a verticalidade com relação a horizontal materializada pela
transversal ligando os dois ramos do esquadro.
Os simbolistas são unânimes em afirmar que o Nível é o símbolo da igualdade8 entre
os Maçons.
Esta ferramenta operativa de tão grande importância para o edifício, no fato de
permitir que se estabelecessem “níveis”, alturas e, por conseguinte, perpendiculares,
é o emblema dos grandes princípios da Maçonaria que considera todos os homens
iguais perante as leis naturais e sociais.

O PRUMO: - Instrumento usado em alvenaria, o Prumo é um pedaço de chumbo

suspenso por um cordel e é por este motivo que os franceses o denominaram “Fio de
Chumbo”. Sua utilidade é comprovar se um objeto qualquer está ou não colocado
perpendicularmente ao horizonte.
O Prumo, isto e´, a perpendicular ou vertical, é geralmente considerado como
emblema da retidão de consciência e procedimento de um Irmão, da igualdade e da
profundeza na observação.

A PEDRA BRUTA: - A Pedra Bruta representa a matéria prima, natural, informe, cheia
de saliências e reentrâncias, tirada das pedreiras tal e qual ali é encontrada,s em
nenhum beneficiamento por parte do homem. Ela simboliza o profano, ou melhor, o
seu espírito carregado de imperfeições, escravo dos vícios, cheios de concupiscência,
incapaz, por isso mesmo, de se ombrear com os ideais da Maçonaria.
O Aprendiz, este profano recém-iniciado, é pois simbolizado na Oficina pela Pedra
Bruta. Nela ele deve trabalhar constantemente cor ardor e devoção a fim de que se
aperfeiçoe a si próprio, quebrando, pelo estudo, pela compreensão, pela sabedoria, as
arestas contundentes que seu espírito apresenta. A isto se chama desbastar a Pedra
Bruta. Infelizmente conhecem-se inúmeros Maçons que jamais conseguiram executar,
com perfeição, este trabalho! Humildade, sinceridade, nobreza de caráter, espírito de
fraternidade, são virtudes escondidas na Pedra Bruta e que deverão ser ressaltadas
pelo verdadeiro Maçom através da compreensão, do estudo e da aplicação.De nada
adiante dizer-se Maçom quando a intolerância e o orgulho se cristalizam em seu
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A Maçonaria latina adotou a divisa “Liberdade – Igualdade – Fraternidade”, que
recebeu da Maçonaria Francesa. Todavia, apesar do que se tem dito e escrito a este respeito,
este lema só entrou na Maçonaria em 1849 e foi tirado da República Francesa. Jamais foi
anterior a ela.
caráter. De nada adiante dizer-se Maçom, quando a ignorância e os erros são
conservados na sua personalidade. Estes são os Iniciados que não souberam
trabalhar com os instrumentos que lhe são devidos. Que não desbastaram a Pedra
Bruta. Que não conseguiram ser Maçom.

A PEDRA POLIDA: - Ela é símbolo do Companheiro que já atingiu um mundo

superior, isento das agruras e das asperezas da matéria.

O DELTA RADIANTE: - Este símbolo lembra a presença, em Loja, do Grande

Arquiteto do Universo. O Triângulo eqüilátero é a representação de Deus.
No centro deste símbolo pode-se ver a letra YOD, que muitos confundem com a letra
“G” do nosso alfabeto. De qualquer forma, as Lojas Maçônicas preferem substituir
este símbolo por um ôlho humano, representando o “Olho Divino” simbolizando o
Poder Supremo com a sua principal característica, a Onisciência.

O ESQUADRO: - Representa a Justiça e a Gratidão. Seu ângulo reto simboliza a

irrepreensível conduta que o maçom deverá manter, sempre, perante a sociedade,
pautando todos os seus atos dentro da mais absoluta retidão e equidade no trato de
seus semelhantes. O Esquadro representa a interseção de duas linhas
perpendiculares entre si, que quando prolongadas formam quatro ângulos retos iguais
e, por isto, se vê nele o simbolismo da igualdade social estabelecida entre os homens
e o Grande Arquiteto do Universo.
Tal como na arte da construção material em que ele é empregado para traçar ângulos
retos permitindo assim, a lavratura de pedras de forma tal que se podem ajustar uma
às outras com perfeição, o Esquadro determina, no campo moral, as normas de
conduta pautadas dentro da mais absoluta retidão condizente com o papel de
construtor social que é deferido a todos os Maçons.
Sendo o Esquadro o instrumento que se destina a dar forma regular a todo material,
serve, simbolicamente, para indicar ao Maçom que sob o ponto de vista moral, deve
ser empregado para corrigir as falhas e a desigualdade do caráter humano.
Regulando o corte de vários materiais que se devem ajustar uns aos outros, ele
simboliza as condições de solidariedade que devem ser exercidas pelos homens.
Segundo a justeza seguida pelo homem na sociedade, Justeza esta que o aproxima
da perfeição, o Esquadro, que preside a todos estes atos, torna-se Emblema da
Sabedoria, figurando no colar do venerável mestre para indicar que ele deve ter como
sentimento, o Estatuto da Ordem e agir de uma única forma que é a retidão.
O Maçom aprende desde cedo, a servir-se, simbolicamente, do Esquadro para
submeter todas as suas ações às justas medidas da razão e da lei moral, corrigindo,
assim, os defeitos que o impeçam de se manter, com firmeza, em sua posição de
construtor da humanidade, quando saberá ser indulgente para com as faltas e os
defeitos de seu próximo, vigiando, para tanto, com severidade, as suas próprias ações
a fim de que possa construir sem vacilações ou recuos, um verdadeiro e soído Templo
à Moral.

O COMPASSO: - Representa a medida justa que deve presidir a todas as nossas

ações. Ele simboliza as relações que os Maçons devem entreter, não só como irmãos,
mas, também, com os demais seres humanos a qual abrange, em sua totalidade,
segundo a possibilidade que tem de traçar círculos infinitos e cada vez maiores até
atingir a todos, mostrando a Justiça do Grande Arquiteto do Universo, imparcial e
infalível e que nos ensina a necessidade de distinguirmos o bem e o mal, a justiça da
iniqüidade, e, assim, avaliarmos o justo valor em todos os atos que tivemos da
participar.
Os diversos círculos que podem ser traçados pelo Compasso nos dão a idéia do
pensamento nos vários círculos de raciocínio que podem atingir ora a largura e
abundantes posições, ora as raras e estreitas conclusões. Mas todas elas sempre
claras e positivas. O Compasso da Justiça é a própria razão que determina, não só a
origem, mas, ainda, a legitimidade do direito.
No Grau de Aprendiz, o Compasso tem suas pontas voltadas para o Ocidente e
colocados sob os ramos do Esquadro, simbolizando, as -sim, que o Aprendiz só
trabalha na Pedra Bruta e, então, dela não poderá fazer uso enquanto não estiver
perfeitamente polida e esquadrejada.

O MALHO9: - Representa a inteligência que permite ao homem distinguir o bem do

mal e avaliar o que é justo do que é injusto, mas para tanto, necessário se torna que o
trabalho seja dirigido e consciente. Por isso, ele não deve trabalhar só no desbaste da
pedra Bruta, porque então ele a quebrará ao invés de lavrá-la. A vontade sem um
julgamento esclarecido deixa de ser uma forma admirável e torna-se um mal
irreparável tanto para os que a usam como para aqueles que sofrem os seus efeitos.

O CINZEL: - É o companheiro inseparável do Malho no árduo trabalho de desbaste da

Pedra Bruta.

O Cinzel impelido pelo Malho é instrumento ideal para se trabalhar na Pedra Bruta.
Enquanto este simboliza as resoluções retidas no Espírito, aquele representa a
receptividade intelectual e o discernimento especulativo.

FONTES DE CONSULTA:

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Alguns afirmam ser Maço ou Malhete.
01) – Os Símbolos Maçônicos e seus Significados no Rito Escocês Antigo e Aceito –
José Castelani;
02) – Mensagens via e-mail permutadas entre irmãos de vários Grupos de Discussão
Maçônica;
03) – O Templo Maçônico e o seu Simbolismo – Boanerges Barbosa Castro;
04) – Comentários ao Ritual de Aprendiz – Vade-Mécum Iniciático – Nicola Aslan;
05) – O Aprendiz Maçom – Francisco de Assis(Chico Trolha)
06) – Rito Brasileiro de Maçons Antigos Livres e Aceitos – Mário Name;
07) – Curso de Maçonaria Simbólica – Tomo I – Theobaldo Varoli Filho;
08) – Curso de Ritualística e Liturgia – 1º Grau – José Castellani.

Autor:
(*) Sérgio Roberto Cavalcante é Mestre Maçom da Augusta e Respeitável Loja
Simbólica “Cavaleiros do Sol nº 42” – jurisdição da Grande Loja Maçônica do Estado
da Paraíba.