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Rio de Janeiro
AGOSTO de 2015
DIMENSIONAMENTO E ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DE
USINA FOTOVOLTAICA EM NOVA IGUAÇU – RJ
Examinada por:
ii
Trindade Martins Moreira da
Silva, Guilherme
iii
AGRADECIMENTOS
iv
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte dos
requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Eletricista.
Agosto de 2015
v
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of
the requirements for the degree of Engineer.
August 2015
vi
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Localiazação da área destinada ao projeto ....................................................... 3
Figura 2 - Crescimento acumulativo da capacidade fotovoltaica [2] ............................... 4
Figura 3 - Distribuição da capacidade fotovoltaica instalada em 2012 [3] ...................... 5
Figura 4 - Potencial de energia solar no mundo. Fonte: [4] ............................................. 5
Figura 5 - Fatores que influenciam no valor da radiação solar ao entrar em contato com a
atmosfera. [5] .................................................................................................................. 10
Figura 6 - Potencial de energia solar no Brasil [7] ........................................................ 11
Figura 7 - Componentes da Radiação Solar. [8]............................................................. 12
Figura 8 - Órbita da Terra em torno do Sol, com seu eixo N-S inclinado 23,45°, indicando
as estações do ano no hemisfério sul. [9] ....................................................................... 13
Figura 9 - Conjunto de ângulos que influenciam na incidência solar. [10] .................... 14
Figura 10 – Variação das posições de nascer e pôr-do-Sol ao longo do ano. [10] ......... 16
Figura 11 – Variação da altura máxima do Sol ao longo do ano. [10] ........................... 16
Figura 12 - Distância angular percorrida pelo Sol ao longo de um dia [10] .................. 17
Figura 13 - composição da célula solar fotovoltaica [11] .............................................. 18
Figura 14 - Participação por tecnologia fotovoltaica no mundo [5] ............................... 19
Figura 15 - Painel Fotovoltaico de Silício Monocristalino (a) e policristalino (b) [14] . 20
Figura 16 – Sistemas Isolados [9] .................................................................................. 22
Figura 17 – Sistemas conectados à rede ......................................................................... 23
Figura 18 – Símbolo elétrico de painel fotovoltaico ...................................................... 24
Figura 19 - Curva característica IxV [9] ......................................................................... 25
Figura 20 - Curva típica de potência versus tensão para a célula de silício monocristalino
[5] ................................................................................................................................... 26
Figura 21 - Efeito causado pela variação da intensidade da luz na curva característica IxV
[9] ................................................................................................................................... 27
Figura 22 - Efeito causado pela temperatura da célula na curva característica IxV [9] . 28
Figura 23 – associação em série [16].............................................................................. 29
Figura 24 – associação em paralelo [16] ........................................................................ 29
Figura 25 – Associação mista - Adaptado [15] .............................................................. 30
Figura 26 – Símbolo elétrico do Inversor ....................................................................... 30
Figura 27 – Díodos de bloqueio das fileiras, fusíveis de fileira e caixas de junção do
gerador [6] ...................................................................................................................... 33
Figura 28 – Operação de um diodo de desvio [9]........................................................... 34
vii
Figura 29 – Resumo dos componentes a serem dimensionados ..................................... 42
Figura 30 – Cálculo da área total através do Google Earth Pro ..................................... 43
Figura 31 - Posição da área do projeto em relação as estações de medição de irradiação
........................................................................................................................................ 44
Figura 32 – Placa HSPV235WP-54M do fabricante Shandong Hilight Solar [23]........ 48
Figura 33 – conexão em série dos painéis fotovoltaicos ................................................ 49
Figura 34 – Representação do arranjo fotovoltaico ........................................................ 50
Figura 35 – Exemplos de fixação de módulos fotovoltaicos no solo [25] ..................... 51
Figura 36 – Arranjo fotovoltaico e estrutura de fixação projetados ............................... 52
Figura 37 - Representação dos ângulos envolvidos no cálculo da projeção de sombras 53
Figura 38 – Dimensionamento da quantidade máxima de arranjos instalados............... 55
Figura 39 – Modelagem da sala de equipamentos para o caso A ................................... 58
Figura 40 - Visão superior do terreno para o Caso A ..................................................... 58
Figura 41 – Modelagem da sala de equipamentos para o caso B ................................... 59
Figura 42 - Visão superior do terreno para o Caso B ..................................................... 59
Figura 43 - Caixa de controle - fabricante Ingeteam [26] .............................................. 60
Figura 44 - Representação da conexão da Caixa de controle com o Arranjo fotovoltaico
........................................................................................................................................ 61
Figura 45 – Inversor Ingecon Sun Power 110TL B220 [28] .......................................... 64
Figura 46 - Inversor Ingecon Sun PowerMax 500T U X480 [29].................................. 66
Figura 47 - Interligações no Inversor Power TL [28] ..................................................... 68
Figura 48 - Interligações no Inversor PowerMax T U [29] ............................................ 68
Figura 49 – Representação dos 4 QGBTs empregados no Caso A ................................ 69
Figura 50 - Representação do QGBT empregado no Caso B ......................................... 70
Figura 51 – Transformador a seco Geafol do fabricante Siemens [30] .......................... 71
Figura 52 – Exemplo transformador ZILMER 5MVA [31] ........................................... 72
Figura 53 – Diagrama unifilar do projeto – CASO A .................................................... 75
Figura 54 – Diagrama unifilar do projeto – CASO B..................................................... 75
Figura 55 - Gráfico da geração esperada no ano ............................................................ 78
Figura 56 – Preços e taxa dos títulos públicos disponíveis no Tesouro Direto [44] .... 102
Figura 57 – Lucro Líquido, 50% do CAPEX financiado e Tarifa de R$ 273,35 ......... 112
Figura 58 - Fluxo de Caixa dos Ativos, 50% do CAPEX financiado e Tarifa de 273,35
...................................................................................................................................... 112
Figura 59 - Geração de Caixa (50% do CAPEX financiado e Tarifa de R$273,35) .... 113
viii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Níveis de tensão considerados para conexão de centrais geradoras - PRODIST-
ANEEL [21] ................................................................................................................... 39
Tabela 2 – Proteções mínimas em função da potência instalada - PRODIST- ANEEL
Adaptado [21] ................................................................................................................. 40
Tabela 3 – Dados de radiação diária média mensal em kWh/m2dia das cidades mais
próximas ao terreno em Nova Iguaçu [22] ..................................................................... 45
Tabela 4 - Valor do vetor normal para cada mês do ano ................................................ 46
Tabela 5 - Radiação diária média mensal em kWh/m².dia em Nova Iguaçu. ................ 47
Tabela 6 - Modelos fotovoltaicos considerados ............................................................. 47
Tabela 7 – Dados principais do painel HSPV235WP-54M [23] .................................... 48
Tabela 8 - Memória de Cálculo das grandezas do Arranjo fotovoltaico ........................ 50
Tabela 9 - Resumo das configurações da modelagem ideal (inicial) ............................. 55
Tabela 10 - Resumo das configurações da modelagem 3d ............................................. 57
Tabela 11 - Informações técnicas da Caixa de Controle [25]......................................... 61
Tabela 12 - Resumo do componentes após o dimensionamento dos Inversores. ........... 67
Tabela 13 - Resumo do componentes após o dimensionamento do QGBT ................... 70
Tabela 14 - Resumo do componentes após o dimensionamento dos Transformadores . 73
Tabela 15 – Perdas de um sistema fotovoltaico conectado à rede - Adaptado [32] ....... 77
Tabela 16 - Preço do inversor, painel solar e Caixa de controle segundo revendedores 80
Tabela 17 - Preços nacionalizados para os inversores e módulos fotovoltaicos importados
- Adaptado [20]............................................................................................................... 81
Tabela 18 – Preço dos transformadores .......................................................................... 82
Tabela 19 – Projeção de custos de acordo com a capacidade do SF - ABINEE [20] .... 82
Tabela 20 – Interpolação linear dos custos projetados ................................................... 83
Tabela 21 – Custo total da instalação ............................................................................. 83
Tabela 22 – Representação do DRE projetado ............................................................... 85
Tabela 23 – Valores históricos IGPM - [35] .................................................................. 87
Tabela 24 – Impostos sobre Venda e Lucro Líquido - Adaptado [36] ........................... 88
Tabela 25 - Depreciação Contábil dos bens envolvidos - adaptado [42] ....................... 92
Tabela 26 – Representação inicial do Fluxo de Caixa dos Ativos ................................. 97
Tabela 27 – Valores históricos LIBOR EUR 12M - [43] ............................................... 98
Tabela 28 – Preço dos Inversores ................................................................................... 98
Tabela 29 - Depreciação dos novos inversores .............................................................. 99
ix
Tabela 30– Memória de cálculo do Beta ...................................................................... 104
Tabela 31 – WACC calculado para as diferentes linhas de crédito.............................. 105
Tabela 32 – Fundo Clima - Analise dos resultados ...................................................... 109
Tabela 33 – Financiamento Direto - Analise dos resultados ........................................ 110
x
SUMÁRIO
xi
3.1.2 - Fatores que Afetam as Características Elétricas dos Módulos ............................ 26
xii
5.4.5 Dimensionamento do Sistema ............................................................................... 54
xiii
7.1.1.8 Receitas Financeiras ........................................................................................... 92
7.2.1 Resumo das considerações utilizadas na obtenção dos resultados ...................... 106
xiv
Anexo VIII – Linhas de Guia para o DRE ................................................................... 130
xv
LISTAS DE SÍMBOLOS
ABINEE Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
ACR Ambiente de Contratação Regulada
ANEEL Agência Nacional de Energia
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
BRL Moeda Real
CA Corrente Alternada
CAPEX Capital Expenditure
CAPM Capital Asset Price Model
CC Corrente Contínua
CDB Certificado de Depósito Bancário
CDI Certificado de Depósito Interbancário
CEPEL Centro de Pesquisa de Energia Elétrica
CGL Capital de Giro Líquido
COFINS Contribuição Financeira Social
CRESESB Centro de Referência para Energia Solar e Eólica
CRI Certificado de Recebíveis Imobiliários
CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
DCF Discounted Cash Flow
DPS Dispositivos de Proteção de Surtos
DRE Demonstração do resultado do exercício
DSV Dispositivo de Seccionamento Visível
EBIT Earnings Before Tax
EBITDA Earnings Before Tax, Depreciation and Amortization
EPE Empresa de Pesquisa Energética
EUA Estados Unidos da América
EUR Moeda Euro
EVA Ethylene Vinyl Acetate
FDI Fator de Dimensionamento de Inversores
FOB Free On Board
FV Fotovoltaico
GHI Global Horizontal Irradiance
HSP Horas de Sol Pleno
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBOVESPA Índice da Bolsa de Valores de São Paulo
ICMS Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços
IEC International Electrotechnical Commission
IGP-M Índice Geral De Preços Do Mercado
IPI Imposto sobre Produtos Industrializados
IR Imposto de Renda
IRPJ Imposto de Renda Pessoa Jurídica
ISS Imposto sobre Serviços
LAIR Lucro antes do Imposto de Renda
xvi
LAJIDA Lucro Antes de Juros, Depreciação e Amortização
LAJIR Lucro antes de Juros e Imposto de Renda
LCA Letra de Crédito do Agronegócio
LCI Letra de Crédito Imobiliário
LER Leilão de Energia de Reserva
LF Letra Financeira
LH Letra Hipotecária
LTN Letra do Tesouro Nacional
MME Ministério de Minas e Energia
MPP Maximum Power Point
MPPT Maximum Power Point Tracker
NCG Necessidades de Capital de Giro Líquido
OPEX Operational Expenditure
PBE Programa Brasileiro de Etiquetagem
PIS Programa de Integração Social
PL Patrimônio Liquido
PLD Preço de Liquidação das Diferenças
PR Performance ratio
PRM Prêmio de Risco de Mercado
PRODEEM Programa de Desenvolvimento Energético dos Estados e Municípios
Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema
PRODIST Elétrico Nacional
QGBT Quadro Geral de Baixa Tensão
SAA Sistema de Amortização Americano
SAC Sistema de Amortização Constante
SAF Sistema de Amortização Francês
SF Sistema Fotovoltaico
SFCR Sistema Fotovoltaico Conectados à Rede
SFVI Sistema Fotovoltaico Isolado
STC Standard Temperature Conditions
TFSEE Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica
TIR Taxa Interna de Retorno
TJLP Taxa de Juros de Longo Prazo
TUSD Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição
TUST Tarifas de Uso do Sistema de Transmissão
VPL Valor Presente Liquido
WACC Weighted Average Cost of Capital
xvii
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO
A afirmação de que o Brasil possui uma matriz energética limpa, por conta dos
seus abundantes recursos naturais e sua geração de energia elétrica, tradicionalmente,
associada às hidrelétricas, não pode ser considerada verdadeira. Isso porque, nesta
afirmativa, geralmente, não se considera os impactos ambientais causado por este meio
de geração.
As barragens de hidrelétricas produzem quantidades consideráveis de metano, gás
carbônico e óxido nitroso, gases que provocam o chamado efeito estufa. O fator principal,
responsável por essa produção, é a decomposição da vegetação pré-existente, ou seja, das
árvores atingidas pela inundação de áreas usadas na construção dos reservatórios.
Ainda nesse contexto, a forte dependência de energia, do nosso país, proveniente
dos recursos hídricos, tem suas desvantagens, que são e têm sido dolorosamente
vivenciada pela população durante a última década. O crescimento econômico do país e
o aumento da demanda de energia coincidiram no horizonte de tempo em que o país
começou a sofrer uma de suas secas mais severas na história.
Uma vez que as hidrelétricas não atendem à demanda, a resposta imediata é
compensar a geração utilizando outras fontes de energia como as termoelétricas, elevando
assim a utilização dos combustíveis fósseis e o custo de produção da energia. Esta saída
vêm aparecendo como uma saída de curto prazo para o acréscimo na capacidade de
geração instalada no Brasil. Isso se deve as características técnicas e econômicas das
termoelétricas, onde a facilidade de localização próxima aos centros de carga,
disponibilidade de combustíveis e o menor tempo de construção, em torno de 1 a 3 anos,
a tornam atrativa.
O aumento da geração hidrelétrica é caro e requer uma grande quantidade de
tempo devido aos complexos requisitos de licenciamento e o período de construção.
Dessa forma, para eliminar a vulnerabilidade do setor elétrico brasileiro em relação às
condições hídricas, surge assim a necessidade de buscar novos recursos para diversificar
a matriz energética brasileira. Por conta disso, a energia renovável torna-se extremamente
importante para o Brasil.
O governo reconhece essa importância e, em 2013, prometeu aumentar o papel
das fontes renováveis de forma significativa ao longo dos próximos sete anos. O primeiro
objetivo é produzir quase 70% de sua energia de fontes renováveis até 2020 e, o segundo,
1
é alcançar 16GW de capacidade eólica instalada até 2021, que será responsável por cerca
de 9% da demanda nacional de eletricidade.
No entanto, dentre os tipos de fontes de energias renováveis utilizados no país, a
energia solar ainda não tem um papel significativo neste setor. Porém, ainda assim, é e
deve continuar sendo incentivada pelo governo. Isto porque, em virtude do alto potencial
solar energético do Brasil, a geração fotovoltaica é uma das opções a se considerar para
superar os desafios dos próximos anos do setor elétrico brasileiro.
Além disso, uma das principais vantagens que os sistemas fotovoltaicos oferecem
ao governo é o fato de que, ao contrário das hidrelétricas e das usinas eólicas, estes
sistemas podem ser construídos perto de grandes cidades, oferecendo assim uma maior
praticidade e redução nas perdas de geração, pois não haverá a necessidade de longas
linhas de transmissão. Ainda, vale ressaltar que a tecnologia fotovoltaica é prática e fácil
de ser implementada.
Nesse contexto, este estudo visa desenvolver, como exemplo, o projeto de um
sistema fotovoltaico em uma área rural do município de Nova Iguaçu, na Região
Metropolitana do Rio de Janeiro, além de apresentar uma análise de viabilidade
econômica considerando o custo estimado e as variáveis projetadas.
Nova Iguaçu destaca-se pela sua área ocupada de 523,9 km². Em 2012, sua
população foi estimada pelo IBGE em 801746 habitantes. Este município vem mudando
seu perfil socioeconômico nos últimos anos, atraindo recentemente grandes empresas de
diferentes setores do mercado.
A principal fonte de arrecadação de Nova Iguaçu é sem dúvidas o comércio e os
serviços, mas também conta com indústrias nos ramos alimentício, de siderurgia e de
cosméticos. Em 2012, seu PIB nominal ficou em 10º lugar em nível estadual e em 62º em
nível nacional. Além da importância econômica, Nova Iguaçu é um notável centro
turístico da Região Metropolitana, possuindo a Reserva Biológica do Tinguá, com
grandes áreas de preservação ambiental, e Serra do Vulcão, com a prática de voo livre,
que também é um ponto de visitação relevante.
Como pode ser observado na Figura 1, a área destinada para o projeto encontra-
se mais afastada do centro do município, porém, próxima da subestação de Adrianópolis.
2
Figura 1 - Localiazação da área destinada ao projeto
3
Figura 2 - Crescimento acumulativo da capacidade fotovoltaica [2]
4
Figura 3 - Distribuição da capacidade fotovoltaica instalada em 2012 [3]
5
1.2 Panorama da geração FV no Brasil
6
desde 2014 com uma potência instalada de 3 MW e a Usina de Tauá, construída no sertão
do Ceará, que opera desde 2011 com potência instalada de 1 MW.
1.3 Objetivo
1.4 Metodologia
7
Avaliação dos resultados de geração de energia e financeiros obtidos para os casos
que serão apresentados;
8
CAPÍTULO 2: ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA
A Terra recebe anualmente 1,5 𝑥 1018 𝑘𝑊ℎ de energia solar, o que corresponde
a 10.000 vezes o consumo mundial de energia neste período [5]. Isto indica que, além do
Sol ser responsável pela manutenção da vida na Terra ele é responsável pela origem de
outras fontes de energia, nas quais, em sua grande maioria, são derivadas dessa energia.
Dessa forma, as seguintes fontes de energia apresentadas, podem ser consideradas formas
indiretas de energia solar:
Hidráulica: Devido a energia solar que se dá a evaporação, dando origem ao ciclo
das águas;
Biomassa: A partir da energia solar, que as plantas realizam a fotossíntese;
Eólica: A radiação solar induz a circulação atmosférica que em larga escala causa
os ventos;
Combustíveis fósseis: gerados a partir de resíduos de plantas e animais, que
absorveram energia do sol;
A radiação solar também pode ser utilizada diretamente como fonte de energia
térmica, para aquecimento de fluidos e ambientes e para geração de potência mecânica
ou elétrica.
9
Figura 5 - Fatores que influenciam no valor da radiação solar ao entrar em contato
com a atmosfera. [5]
10
Figura 6 - Potencial de energia solar no Brasil [7]
11
A luz do sol espalhada é chamada radiação difusa e representa a parte dispersa e
atenuada pela reflexão nos componentes atmosféricos, como nuvens, poeira e vapor
d’água, por exemplo.
A luz solar que é refletida, a partir do solo, é chamada de Radiação Albedo ou
Refletida, ela pode ser inclusa na radiação difusa.
Quando estas três componentes são somadas representam a Irradiação Global
Horizontal (GHI), que é muito importante para a geração fotovoltaica, pois quantifica a
radiação recebida por uma superfície plana horizontal. O desenho da Figura 7 ilustra essas
radiações citadas.
12
Figura 8 - Órbita da Terra em torno do Sol, com seu eixo N-S inclinado 23,45°,
indicando as estações do ano no hemisfério sul. [9]
Desse modo, a duração solar do dia varia, em algumas regiões e períodos do ano,
de 0 hora a 24 horas, ou seja, da posição do Sol abaixo da linha do horizonte durante o
dia até a posição do Sol acima da linha do horizonte.
A Terra também gira sobre seu próprio eixo polar, uma vez por dia. E este eixo
conforme a Figura 8, está inclinado por um ângulo de 23.45° ao plano da órbita da Terra
sobre o sol. Essa inclinação é o que faz com que o sol seja mais alto no céu no verão do
que no inverno.
O ângulo de desvio do sol diretamente acima do equador é chamado de Declinação
Solar (𝛿). Considerando o ângulo norte do Equador como positivo e ângulo ao sul do
equador como negativo, é possível encontrar a Declinação Solar aproximada, em
qualquer dado dia do ano, por meio da formula (1) a seguir:
360
𝛿 = 23,45 ∗ 𝑠𝑒𝑛 [ ∗ (284 + 𝑁)] (1)
365
13
Onde:
𝛿 – declinação solar
N - é o número do dia do ano contado a partir do dia 1 de janeiro.
14
Esses ângulos são:
Ângulo de incidência (𝜃): ângulo formado entre os raios do Sol e a normal à
superfície de captação;
Ângulo azimutal da superfície (𝛾): ângulo entre o norte geográfico e a projeção
da reta normal à superfície no plano horizontal. O deslocamento angular é tomado
a partir do norte, sendo positivo no sentido leste e negativo no oeste. Varia entre
−180° 𝑒 180° ;
Ângulo azimutal do Sol (𝛾𝑠 ): ângulo entre o norte geográfico e a projeção do raio
solar no plano horizontal. O deslocamento angular é tomado a partir do norte,
sendo positivo no sentido leste e negativo no oeste. Varia entre −180° 𝑒 180°;
Altura solar (𝛼): ângulo com o vértice no observador e formado pelas semirretas
definidas pela direção do Sol e a projeção da direção do Sol no plano horizontal;
Inclinação da superfície (𝛽): ângulo de menor declive entre a superfície e o plano
vertical. Varia entre 0° 𝑒 90° ;
Ângulo horário solar (𝜔): ângulo diedro com aresta no eixo de rotação da Terra,
formado pelo semiplano que contem o Sol e o semiplano que contem o meridiano
local. Varia entre −180° 𝑒 180°, sendo os valores negativos para o período da
manhã, os positivos para o da tarde e o zero ao meio-dia;
Ângulo zenital (𝜃𝑍 ): ângulo com o vértice no observador e formado pelas
semirretas definidas pela direção do Sol e a vertical (zênite).
15
Figura 10 – Variação das posições de nascer e pôr-do-Sol ao longo do ano. [10]
16
Define-se a duração do dia solar como o intervalo de tempo entre o nascer e o pôr-
do-sol. Nesses exatos dois momentos a altura solar (𝛼) é nula e durante esse tempo, o Sol
percorre um ângulo de 2𝜔, de acordo com a Figura 12.
Como em 24h, o Sol percorre 360°, ou seja, 15° a cada hora, então é possível se
determinar a duração do dia solar, em horas, através da seguinte equação:
𝜔
𝐷=2 (4)
15
17
posteriormente, em sua grande maioria, os módulos fotovoltaicos são compostos de
silício. Este material, durante a produção dos módulos, sofre o processo de dopagem, que
consiste no acréscimo de outros elementos ao material, controlando assim as suas
características elétricas.
Nesse contexto, podemos descrever a composição de uma célula solar fotovoltaica
contendo uma camada fina de silício do tipo N e outra camada de silício mais espessa do
tipo P. A primeiro é feita a partir da dopagem do silício com o fósforo e a segunda é obtida
mediante mesmo processo, mas utilizando o boro ao invés do fósforo. O desenho da
Figura 13 representa esta composição.
19
2.6.1 Silício cristalino (c-Si)
20
um grão fino. É normalmente encapsulado num polímero isolante transparente com uma
tampa de vidro temperado.
O a-Si possui um baixo custo por conta do seu processo de produção ser realizado
a baixas temperaturas e permitir a utilização de uma vasta gama de substratos, tanto
rígidos quanto flexíveis, o que o torna ideal para superfícies curvas ou aplicações normais.
São mais eficientes sob iluminação artificial ou sob radiação difusa, predominante em
dias nublados.
Ao contrário dos outros tipos de células fotovoltaicas, o a-Si não apresenta
redução na potência com o aumento da temperatura de operação. Apresentando assim,
uma vantagem na sua utilização em países de climas quentes. Esta tecnologia é, contudo,
menos eficiente do que o silício cristalino, com eficiências típicas de cerca de 6%, mas
tende a ser mais fácil e barato de produzir.
21
Quanto a configuração, os sistemas possuem duas classificações: puros ou
híbridos. Além disso, esses sistemas podem ser agrupados em sistemas conectados à rede
elétrica ou representarem sistemas isolados.
Aqueles que utilizam o gerador fotovoltaico como a única fonte de geração de
energia elétrica são os sistemas puros. Já aqueles que realizam uma associação do gerador
fotovoltaico com outros tipos de geradores são os isolados. Como exemplo temos as
turbinas eólicas, o gerador Diesel e módulos fotovoltaicos. Estes sistemas precisam de
algum tipo de controle capaz de integrar os vários geradores, por serem mais complexos,
otimizando assim a operação para o usuário.
São aqueles que não possuem ligação com a rede de distribuição de energia
elétrica. Dessa forma, por serem isolados, esses sistemas necessitam de um banco de
baterias para armazenar a energia gerada e fornecê-la nos períodos nos quais não há
radiação solar. Os principais componentes desses sistemas são: painel fotovoltaico,
controlador de carga, banco de baterias e inversor, como pode ser visto na Figura 16.
22
Carga CC sem armazenamento de energia: usada no momento da geração por
equipamentos que operam em corrente contínua.
Carga CC com armazenamento de energia: também utilizados por equipamentos
que operam em corrente contínua, mas por conta do armazenamento, independe
se há ou não geração fotovoltaica instantânea.
Carga CA sem armazenamento de energia: é o caso onde o arranjo fotovoltaico é
conectado diretamente ao equipamento ou carga por meio do inversor.
Carga CA com armazenamento de energia: semelhante ao CC com
armazenamento, incluindo o inversor entre a carga e controlador de carga.
23
CAPÍTULO 3: COMPONENTES DO SISTEMA FOTOVOLTAICO
24
3.1.1.1 Tensão de circuito aberto e corrente de curto circuito
A potência realmente produzida pelo módulo pode ser encontrada através da curva
denominada curva característica I x V, em que para cada ponto do produto Corrente x
Tensão representa a potência gerada para aquela condição de operação conforme a Figura
19.
25
Podemos observar na curva I x V, que não existe geração de potência para as
condições de circuito aberto e curto circuito, já que em cada uma dessas condições a
corrente ou a tensão é igual à zero.
26
3.1.2.1 Intensidade luminosa
27
Figura 22 - Efeito causado pela temperatura da célula na curva característica IxV [9]
28
Figura 23 – associação em série [16]
29
Figura 25 – Associação mista - Adaptado [15]
3.2 Inversor
30
suficiente para alimentar as cargas do sistema, elas irão buscar a diferença na rede de
distribuição. Mesmo assim, caso a carga não seja capaz de consumir toda energia
produzida, a excedente será então injetada na rede.
Já no caso dos sistemas autônomos, como estes utilizam os inversores autônomos,
geralmente possuem um banco de baterias nos quais a energia produzida pelos módulos
fotovoltaicos é armazenada. Desta forma, estes inversores além da conversão CC-CA
necessitam de proteção contra uma grande descarga da bateria e tolerar flutuações de
tensão das mesmas.
Segundo RUTHER [13], para os inversores, a vida útil não acompanha a dos
módulos fotovoltaicos, além da operação geralmente não demonstrar falhas de 10 até 12
anos de uso. As manutenções serão usualmente necessárias após esse período, além de
que é recomendado que o local de instalação seja ventilado e limpo, a fim de dissipar o
calor gerado na conversão de energia na forma de corrente alternada.
3.3 Transformador
31
primário e conectando-o a uma fonte de tensão alternada, será produzido um fluxo
magnético que irá induzir uma tensão no enrolamento secundário, cujo valor dependerá
da magnitude do fluxo, da frequência da fonte utilizada e do número de espiras. De acordo
com a determinação do número de espiras do enrolamento primário e secundário, é
possível obter a relação de tensão desejada.
A conexão de transformadores em paralelo é frequentemente utilizada em banco
trifásico de transformadores. Com o aumento da demanda de uma certa carga, a potência
aparente da unidade transformadora pode ser aumentada com a adição de novos
transformadores em paralelo. A conexão em paralelo garante uma melhor continuidade
no serviço uma vez que um módulo pode suprir a demanda de um transformador
danificado.
O principal problema encontrado na conexão paralela é o modo em que a potência
se distribui pelas diversas unidades conectadas. A situação ideal é aquela em que todos
os transformadores conectados possuem as mesmas características e dessa forma a
potência se distribuiria igualmente pelos transformadores.
O transformador elevador, em um sistema fotovoltaico, possui o trabalho de elevar
a tensão elétrica do gerador fotovoltaico ao nível da tensão elétrica da rede. Porém, o
acoplamento de um transformador ao sistema inversor implica em perdas ôhmicas e
magnéticas reduzindo a eficiência do sistema.
32
Certas características são comuns a todos os tipos de disjuntores,
independentemente das classes de corrente e tensão para as quais foram projetados,
embora os detalhes variem significativamente de acordo com essas classificações.
O fusível de fileira, concebido para funcionar em corrente contínua, é um
componente de proteção que tem a finalidade de proteger a série fotovoltaica do fluxo de
corrente reversa de um conjunto série com tensão maior para um com tensão menor.
Portanto, os fusíveis devem ser colocados na saída de cada série tanto no polo positivo
quando no polo negativo.
Na Figura 27, pode ser observado em vermelho com formato retangular, os
fusíveis de fileira aplicados ao circuito do arranjo fotovoltaico.
33
Geralmente, dentro da caixa de conexão, o diodo de By-Pass, é conectado em
antiparalelo com um conjunto de células em série, entre 15 e 30 células para cada diodo.
Assim, o diodo deve suportar em operação permanente, a mesma corrente das células
A proteção ocorre porque, com o diodo de desvio, a máxima potência dissipada
sobre uma das células seria a potência do conjunto que o diodo envolve.
A Figura 28, a seguir, serve para auxiliar a compreensão de um diodo de desvio
em operação. Os módulos fotovoltaicos já incluem, na sua grande maioria, um ou mais
destes dispositivos, evitando que o mesmo tenha que ser considerado na hora do projeto.
34
3.4.3 Aterramento e Sistema de Proteção Contra Descarga Atmosférica
35
O sistema de fixação deve ser concebido para adaptar-se ao terreno local. E com
isso, fornecer uma estrutura rígida com formato adequado para dar suporte a orientação e
inclinação dos painéis fotovoltaicos a serem instalados. Tudo isso, a fim de garantir a
máxima captação da luz solar e garantir uma resistência mecânica contra os ventos fortes.
36
CAPÍTULO 4: ASPECTOS REGULATÓRIOS DA GERAÇÃO
FOTOVOLTAICA NO BRASIL
Nos últimos anos, o Brasil teve muitos desenvolvimentos políticos por conto de
sua mudança de foco em direção aos recursos renovável para a geração de energia elétrica.
No entanto, poucos incentivos e mecanismos de regulação têm sido desenvolvidos para
estimular o uso da tecnologia fotovoltaica. As políticas e regulamentações mais
importantes que ocorreram no país a respeito desta tecnologia são destacados a seguir:
O estudo realizado pela referência [19], levanta alguns avanços significativos que
ocorreram na normatização brasileira, pela criação das seguintes normas:
ABNT NBR 16149:2013 - Sistemas fotovoltaicos (FV) - Características da
interface de conexão com a rede elétrica de distribuição;
ABNT NBR 16150:2013 - Sistemas fotovoltaicos (FV) – Características da
interface de conexão com a rede elétrica de distribuição – Procedimento de ensaio
de conformidade;
37
ABNT NBR 16274:2014 - Sistemas fotovoltaicos conectados à rede — Requisitos
mínimos para documentação, ensaios de comissionamento, inspeção e avaliação
de desempenho;
ABNT NBR IEC 62116:2012 - Procedimento de ensaio de anti-ilhamento para
inversores de sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica;
Não existe regra geral a respeito do tema que padronize de alguma forma os
procedimentos a serem adotados na conexão à rede local de distribuição. Assim, cada
distribuidora analisa os pedidos de acesso de acordo com procedimentos próprios, que de
uma forma geral são elaborados privilegiando a prudência em relação a eventuais
prejuízos que o gerador possa provocar à rede e aos consumidores a ela conectados. O
resultado em geral são procedimentos e exigências por demais complexos e custosos para
empreendimentos nesta faixa de potência. [20]
38
A exigência de licença ambiental, sem maiores qualificações, pode constituir
obstáculo especialmente no caso de usinas de menor porte. A questão é que não existe
um limite inferior a partir do qual o procedimento de licenciamento poderia ser
simplificado, ou mesmo, dependendo do caso, dispensado. Com isso, as exigências
acabam sendo estabelecidas pela legislação estadual ou municipal. Isto impede, por
exemplo, que o fabricante ou instalador do equipamento possa de alguma forma
responsabilizar-se pelo eventual licenciamento, uma vez que para fazê-lo necessitaria
conhecer as regras de cada local. [20]
39
Tabela 2 – Proteções mínimas em função da potência instalada - PRODIST- ANEEL
Adaptado [21]
Potência Instalada
EQUIPAMENTO 10 kW a
< 10 kW > 500 kW ***
500 kW
* Chave seccionadora visível e acessível que a acessada usa para garantir a desconexão
da central geradora durante manutenção em seu sistema.
** Elemento de desconexão e interrupção automático acionado por comando e/ou
proteção.
*** Nas conexões acima de 300 kW, se o lado da acessada do transformador de
acoplamento não for aterrado, deve-se usar uma proteção de sub e de sobretensão nos
secundários de um conjunto de transformador de potência em delta aberto.
De forma específica para SFCR, alguns itens dos requisitos mínimos, destacados
na Tabela 2, são esclarecidos a seguir, confirmando assim o fato de que esse tipo de
tecnologia é muito vantajosa em relação a outras fontes pelas suas facilidades de
instalação:
40
usinas fotovoltaicos conectadas à rede, geralmente, possuem este elemento de
interrupção, atendendo assim ao requisito mínimo de proteção;
41
CAPÍTULO 5: O PROJETO
5.1 Introdução
=~ QGBT
CASO A
Rede de
Transmissão
36 4 Quadros de 4
inversores baixa tensão Transformadores
(QGBT) (conexão em
paralelo)
18000 painéis 72 Caixas de
solares controle 1 Cubículo de
Média Tensão
CASO B
8 inversores 1 Quadro de
baixa tensão
(QGBT) 1 Transformador
42
Figura 30 – Cálculo da área total através do Google Earth Pro
43
O programa retorna valores para três regiões distintas: Penha (distante 28,2 km),
Santa Cruz (distante 31 km) e Vassouras (distante 34 km). Na Figura 31, é possível
observar estas regiões, representadas pelo marco em vermelho e o terreno como ponto de
interesse, no marco verde.
44
Tabela 3 – Dados de radiação diária média mensal em kWh/m2dia das cidades mais
próximas ao terreno em Nova Iguaçu [22]
Irradiação solar diária média
mensal [kWh/m2.dia]
Penha Santa Cruz Vassouras
Jan. 4,89 4,83 5,1
Fev. 5,43 5,08 5,4
Mar. 5,24 5,14 5,29
Abr. 4,73 4,86 4,66
Mai. 4,84 4,79 4,75
Jun. 4,4 4,26 4,29
Jul. 4,57 4,27 4,91
Ago. 5,07 4,9 4,86
Set. 4,67 4,74 4,37
Out. 4,78 4,74 4,74
Nov. 4,95 4,75 4,75
Dez. 4,99 5,03 4,91
Média 4,88 4,78 4,83
Delta 1,03 0,87 1,11
Para estimar o nível de radiação em Nova Iguaçu, formou-se um plano a partir dos
dados das três cidades mais próximas, onde cada uma dessas cidades representa um ponto
inserido num sistema de coordenadas definido pela latitude, longitude e pela radiação
diária mensal, num determinado mês.
A partir da obtenção desse plano, gerado com os valores das coordenadas das
localidades sugeridas pelo CRESESB, é possível que seja conhecida a coordenada da
radiação em Nova Iguaçu, uma vez que são dadas sua latitude e sua longitude.
Assim, os pontos a seguir representam a métrica das coordenadas de posição:
O índice i representa o mês em que foi obtido o dado de radiação. Tomando como
origem Santa Cruz, os vetores 𝑢
⃑ e 𝑣 foram definidos da seguinte forma:
𝑢
⃑ = 𝑃𝑃𝐸,𝑖 − 𝑃𝑆𝐶,𝑖 = (42564.913079 , 10636.53645 , 𝑅𝑎𝑑𝑃𝐸,𝑖 − 𝑅𝑎𝑑𝑆𝐶,𝑖 )
𝑣 = 𝑃𝑉𝐴,𝑖 − 𝑃𝑆𝐶,𝑖 = (3489.489326 , 55331.41813 , 𝑅𝑎𝑑𝑉𝐴,𝑖 − 𝑅𝑎𝑑𝑆𝐶,𝑖 )
45
Logo, de posse dos vetores 𝑢
⃑ e 𝑣 , é possível calcular a normal (𝑛⃑) do plano através
do produto vetorial 𝑢
⃑ 𝑥 𝑣 , ou seja, calculando a determinante da matriz abaixo:
𝑖 𝑗 𝑘⃑
𝑛⃑ = 𝑢
⃑ 𝑥 𝑣 = |42564.913079 10636.53645 𝑅𝑎𝑑𝑃𝐸,𝑖 − 𝑅𝑎𝑑𝑆𝐶,𝑖 |
3489.489326 55331.41813 𝑅𝑎𝑑𝑉𝐴,𝑖 − 𝑅𝑎𝑑𝑆𝐶,𝑖
𝑅𝑎𝑑𝑆𝐶,𝑖 ) ∙ 𝑗 + (2318060922.83337) ∙ 𝑘⃑
O plano das radiações pode ser definido pela equação 𝑃𝑖 ∙ 𝑛⃑ = 𝑃𝑆𝐶 ∙ 𝑛⃑, onde 𝑃𝑖 é
um ponto genérico, em uma localidade qualquer. Assim, para se obter os dados de
irradiação no terreno em Nova Iguaçu, basta considerar 𝑃𝑖 = 𝑃𝑁𝐼,𝑖 .
Dessa forma, os valores de radiação diária média mensal em kWh/m², calculados
mês a mês, são apresentados na Tabela 5.
46
Tabela 5 - Radiação diária média mensal em kWh/m².dia em Nova Iguaçu.
Irradiação solar diária média mensal (kWh/m2.dia) em Nova Iguaçu
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
4,88 5,41 5,22 4,77 4,8 4,37 4,68 4,99 4,62 4,76 4,85 4,96
Média 4,86
47
Figura 32 – Placa HSPV235WP-54M do fabricante Shandong Hilight Solar [23]
48
a tensão do grupo será a soma da tensão de cada placa, 25 x 27.2V = 680 V. A Figura 33
representa o esquema de ligações de cada placa em série.
49
Figura 34 – Representação do arranjo fotovoltaico
Além disso, é possível observar, na Figura 34, que serão ao todo 50 módulos
presentes no eixo x e 5 módulos no eixo y. Portanto, levando em consideração as
dimensões de cada módulo, apresentas na Tabela 8, cada Arranjo terá 0,992 m x 50 =
49,6 m de comprimento e 1,48 m x 5 = 7,4 m de largura. Apresentando uma potência
instalada de 250 x 235 W = 58750 Wp, uma tensão de 680 V e uma corrente de 86,4A.
Módulo Arranjo
Potência (Wp) 235 58.750
Tensão (V) 27,2 680
Corrente (A) 8,64 86,4
50
5.4.3 Estrutura de apoio dos módulos
51
Figura 36 – Arranjo fotovoltaico e estrutura de fixação projetados
52
360
𝛿 = 23,45 ∗ 𝑠𝑒𝑛 [ ∗ (284 + 172)] = 23,4497828°
365
A Figura 37, apresenta uma representação dos ângulos discutidos até então.
Analisando esta Figura é possível extrair uma relação entre eles em função da sombra
projetada entre os módulos, em outras palavras, a distância mínima entre os arranjos.
𝐿 ∗ 𝑠𝑒𝑛(180° − 𝛽 − 𝛼)
𝑑= (5)
𝑠𝑒𝑛(𝛼)
53
Onde:
d - sombra projetada
L – largura do módulo
β – inclinação do módulo
α – altura solar
54
Após seguir os passos descritos foi possível estimar um número máximo de 91
arranjos, conforme a Figura 38, oferecendo assim uma potência máxima instalada de 91
x 58,750 kWp = 5436,25 kWp.
55
Agora, levando em consideração a inclinação real do terreno e a separação de uma
área útil para a construção da sala dos equipamentos e outra para o lazer ou possíveis
construções futuras, foi elaborada uma nova modelagem, agora tridimensional, para
estimar a quantidade de arranjos no sistema fotovoltaico.
Nessa segunda etapa, as seguintes premissas foram adotadas durante a
modelagem:
I. Considerar as dimensões tridimensionais projetadas para o Arranjo
fotovoltaico, e a estrutura de suporte;
II. Analise da inclinação do terreno e observação dos pontos que apresentam
ser mais irregulares;
III. Considerar o espaçamento entre as colunas de acordo com a análise
anterior do relevo, em outras palavras, evitando áreas irregulares. Além
disso, considerar e uma distância de 9,795 m entre os Arranjos, que
representa a sombra total projetada;
IV. Segregação de uma área útil destinada para o lazer ou construções futuras,
além da projeção do espaço destinado a sala de equipamentos e aos
transformadores;
V. Disposição dos Arranjos fotovoltaicos, apontados para o Norte
Verdadeiro, a partir das delimitações do terreno, começando no lado
direito até o lado esquerdo. Agora, considerando uma colocação dos
arranjos com uma distância mínima de 0,5m do solo em relação a pelo
menos 1 dos 14 apoios da estrutura de suporte;
VI. Teste de sombreamento, entre as fileiras adjacentes por conta da inclinação
do terreno e a disposição atípica de alguns arranjos;
56
entanto, de dimensões semelhantes aos maiores. Dessa forma, por representarem 500
painéis solares, as 5 fileiras menores foram contabilizadas como 2 fileiras normais. As
características desta modelagem encontra-se na Tabela 10 a seguir.
Como pode ser observado na Figura 39, será utilizado quatro transformadores, que
serão conectados em paralelo. Além disso, nota-se também uma quantidade significativa
de inversores, que quando somados totalizam 36. Também há a presença de 4 quadros
gerais de baixa tensão (QGBT) e 1 Cubículo de Média Tensão.
57
Figura 39 – Modelagem da sala de equipamentos para o caso A
58
de maior porte e com um transformador acoplado. Portanto nesta configuração serão
utilizados apenas 8 inversores ao todo.
59
5.4.6 Caixas de controle
60
entrada não deve exceder o limite de 10 A e a tensão máxima do equipamento igual a
1000 V.
Assim, respeitando os limites de segurança do aparelho, podemos conectar cada
grupo de 25 painéis em série, que apresentam uma corrente de 8,64A e tensão de 680V,
a uma entrada da Caixa de Controle, utilizando um total de 10 entradas do dispositivo,
com uma corrente total de saída de 86,4 A por fileira.
Desse modo, a caixa de controle é utilizada para conectar em paralelo cada uma
das 10 Fileiras presentes no arranjo de 250 painéis. Portanto, levando em consideração o
que foi dimensionado anteriormente, iremos empregar um total de 72 dispositivos para
realizar a conexão de cada arranjo em cada um dos casos, A e B. A Figura 44 pode ilustrar
esta conexão, demonstrando a quantidade de entradas a
61
Dando sequência à lógica do fluxo de energia, a energia gerada a partir de cada
250 painéis fotovoltaicos é levada para cada inversor, cujo dimensionamento será
apresentada a seguir.
5.4.7 Inversores
𝑃𝑁𝑐𝑎 (𝑊)
𝐹𝐷𝐼 = (6)
𝑃𝐹𝑉 (𝑊𝑝)
62
Segundo a referência [9], a máxima tensão do sistema ocorre quando o painel FV
está em circuito aberto (𝑉𝑜𝑐 ). Nesse contexto, o número máximo de módulos em série
(𝑛𝑠𝑒𝑟𝑖𝑒 ) que podem ser conectado ao inversor é calculado pela razão entre a máxima
tensão de entrada do inversor (𝑉𝑖𝑚𝑎𝑥 ) e a tensão de circuito aberto.
Além disso, o inversor FV possui uma corrente c.c. máxima de entrada (𝐼𝑖𝑚𝑎𝑥 ).
Desse modo, para que essa condição seja respeitada, o número máximo de fileiras
conectadas em paralelo (𝑛𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 ) deve ser estipulado pela razão entre a 𝐼𝑖𝑚𝑎𝑥 e a
corrente de curto circuito do módulo fv (𝐼𝑠𝑐 ).
Os inversores dimensionados para os casos A e B são do tipo Grid-Tie e
específicos para operar conectado diretamente com a rede.
Em ambos os casos, será consideração a conexão mestre-escravo, ou seja, um dos
inversores assume o papel de mestre, checando as condições da energia gerada pelos
painéis e realizando o sincronismo com a rede elétrica contanto que sejam satisfeitas as
condições, tanto de entrada quanto de saída.
Também fazem o monitoramento da tensão, frequência da rede e possuem a
função anti-ilhamento, que garante que o inversor se desligue em situações em que não
haja detecção de tensão na rede elétrica.
Além disso, ambos os modelos a serem apresentados, dentre outras características,
possuem os seguintes atributos de proteção:
Proteção contra inversão de polaridade.
Proteção contra tensões e frequências fora da faixa.
Proteção contra sobre tensões atmosféricas em corrente contínua e
alternada.
Proteção com fusíveis em corrente contínua.
Proteção com fusíveis em corrente alternada.
Proteção contra sobre correntes e curto circuitos na saída
Caso A
63
V a 820 V. Algumas características técnicas do inversor, fornecidas pelo fabricante, são
apresentadas no Anexo IV.
O Sun Power 110TL B220 tem a capacidade de operar a uma potência máxima de
110 kW. Nota-se que o valor da potência de entrada no inversor (117,5 kW) está
ligeiramente acima do limite especificado (110 kW). No entanto, ao calcular o Fator de
Dimensionamento de Inversores, obtém-se uma relação FDI de 0,9362, satisfatória
64
segundo as referências apresentadas. Sendo assim, a potência está dentro de um limite
suportável para a sua operação.
Considerando a potência de saída, 117,5 kW, e a tensão de saída, 220 V, de cada
inversor e um fator de potência unitário, a corrente de saída pode ser calculada pela
formula abaixo:
𝑃𝑠𝑎í𝑑𝑎 117,5 𝑘𝑊
𝐼𝑠𝑎í𝑑𝑎 = = = 308,36 𝐴
√3 ∗ 𝑉 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝜑 √3 ∗ 220 ∗ 1
Caso B
65
Figura 46 - Inversor Ingecon Sun PowerMax 500T U X480 [29]
Portanto, nesse segundo caso serão empregados apenas 8 inversores, nos quais
cada um receberá a potência advinda de uma String Control Boxes em cada terminal de
entrada. Dessa forma, será utilizado, ao todo, 9 das 16 conexões de entrada em cada
inversor. Com isso, a potência de entrada total será de 9 x 58,75 kW = 528,75 kW, com
tensão de 680V e corrente por conexão e total de 86,4 A e 777,6 A, respectivamente.
Assim, as condições apresentadas anteriormente sobre tensão e corrente de
entrada do inversor são respeitadas.
66
A corrente de saída de cada inversor pode ser calculada pela formula abaixo,
considerando a potência de entrada (528,75 kW), a tensão de saída (480 V) e um fator de
potência unitário.
𝑃𝑠𝑎í𝑑𝑎 528,75 𝑘𝑊
𝐼𝑠𝑎í𝑑𝑎 = = = 635,99 𝐴
√3 ∗ 𝑉 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝜑 √3 ∗ 480 ∗ 1
Portanto, obtém-se assim, uma corrente projetada de saída de 635,99 A para cada
inversor. Lembrando que esta é um pouco acima da corrente real devido às perdas durante
o processo de geração.
Caso A Caso B
Caixa de Controle 72
Quantidade
72
Corrente (A) 86,4
Arranjo fotovoltaico
Tensão (V) 680
Potência (Vmp) (kW) 58.750
Quantidade 36 8
Corrente de Entrada (A) 172,8 777,6
Corrente de Saída (A) 308,36 601
Inversores
Tensão de Entrada (V) 680
Tensão de Saída (V) 220 480
Potência Máxima (kW) 110 500
A utilização de DPS está diretamente ligada ao quanto uma instalação está exposta
a descargas atmosféricas diretas e/ou indiretas e também a outros eventos causadores de
67
sobretensões. Entretanto, o manual do inversor escolhido classifica o uso do DPS como
opcional, não sendo obrigatório inclusive para conexão junto a concessionária Light
SESA.
Como pode ser observado nas Figura 47 e 48, ambos os inversores dimensionados
possuem o DPS tanto do lado CC quando do lado CA.
68
5.4.9 Quadro Geral de Baixa Tensão (QGBT)
Caso A
Caso B
Nesse segundo caso, será utilizado apenas um QGBT que receberá a corrente
proveniente dos 8 inversores. Assim, a corrente máxima de saída do quadro será de 8 x
69
601 A = 4808 A. Ainda por se tratar de uma alta corrente, maior inclusive do que a
apresentada no caso anterior, um disjuntor geral de proteção deve ser instalado na saída
do barramento do QGBT para proteção do transformador.
70
5.4.10 Transformador
Caso A
71
Caso B
Após a passagem pelo QGBT, o fluxo de potência, nesse segundo caso, é levado
a um único transformador elevador para a conexão apropriada com a rede elétrica.
Durante a pesquisa desse componente, não foi encontrado nos catálogos dos fabricantes
convencionais algum que atendesse as especificações do projeto. Em virtude dessa falta,
o transformador foi escolhido mediante proposta (nº 22.452) ao fabricante brasileiro
ZILMER, conforme o anexo IV.
72
Tabela 14 - Resumo do componentes após o dimensionamento dos
Transformadores
Caso A Caso B
Caixa de Controle 72
Quantidade
72
Corrente (A) 86,4
Arranjo fotovoltaico
Tensão (V) 680
Potência (Vmp) (kW) 58.750
Quantidade 36 8
Corrente de Entrada (A) 172,8 777,6
Corrente de Saída (A) 308,36 601
Inversores
Tensão de Entrada (V) 680
Tensão de Saída (V) 220 480
Potência Máxima (kW) 110 500
Quantidade 4 1
Corrente de Entrada (A) 308,36 601
QGBT Corrente de Saída (A) 2775,24 4808
Tensão de Entrada (V)
220 480
Tensão de Saída (V)
Quantidade 4 1
Corrente de Entrada (A) 2775,24 4808
Corrente de Saída (A) 44,24 167,23
Transformador
Tensão de Entrada (V) 220 480
Tensão de Saída (V) 13800
Potência Máxima (kVA) 1250 5000
73
Assim, após a passagem pelo transformador elevador, um cubículo de média
tensão é instalado para fazer a interface entre o transformador e a linha de transmissão.
Geralmente este cubículo é equipado com um disjuntor a gás SF6 para extinção do arco
elétrico, bem como equipamentos como Transformadores de Potencial e Transformadores
de Corrente. Além disso, é comum a presença de uma Chave Seccionadora e de
Aterramento, além de um Medidor Digital para o controle da geração.
Em instalações como esta, a interligação entre o cubículo de média e o
transformador elevador deve ser feita por cabos isolados através de canaletas
subterrâneas, assim como a interligação da Usina Solar com a rede de distribuição. Desta
forma, a saída do cubículo de média tensão é conectada com um poste de transmissão,
conduzindo a potência gerada a uma tensão de 13,8 kV.
74
Figura 53 – Diagrama unifilar do projeto – CASO A
75
5.6 Perdas no Sistema
76
perda de energia ao longo dos dias. Assim, esta perda foi tomada em 2% [13] da geração
e englobada na Tabela 15.
Considerando o valor total estimado na Tabela 15, será possível estimar a geração
fotovoltaica com perdas, apresentando assim valores mais reais para projeção da geração
e da análise de viabilidade a ser apresentada no Capítulo 7.
77
PR – Performance ratio
n – número de dias no mês
78
Dessa forma, ao considerarmos os valores estimados de geração para a usina de
Nova Iguaçu obtemos um fator de capacidade de 16,19%, conforme demostrado na
formula abaixo.
𝐸 5.999,05 𝑀𝑊ℎ
𝐹𝐶 = = = 16,19%
8760 ∗ 𝑃𝑓𝑣 8760 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 ∗ 4,23 𝑀𝑊
79
CAPÍTULO 6: ESTIMATIVAS DE CUSTO DO INVESTIMENTO (CAPEX)
Modelo Sun PowerMax 500T U X480 Sun Power 110TL B220 HSPV235WP-54M Sun StringControl
Unidades 8 36 18000 72
FOB unitário (EUR) € 87.500,00 € 15.856,73 € 112,80 € 1.160,41
80
Assim, partindo das premissas adotadas e considerando o preço dos equipamentos
dimensionados, disponibilizados na Tabela 16, segundo os revendedores, foi possível
estimar o custo total em reais dos equipamentos importados.
Inversores
Caso A Caso B Paineis solares Caixas de controle
81
Tabela 18 – Preço dos transformadores
Transformador
Caso A Caso B
Modelo Siemens 1250kVA ZILMER 5.000 kVA
Unidades 4 1
Preço unitário R$ 75.000,00 R$ 255.000,00
Além dos componentes importados, existem ainda outros itens que devem ser
analisados no CAPEX, como por exemplo: os cabos elétricos, os sistemas de proteção, a
estrutura de suporte, quadros elétricos, entre outros.
Assim, para estimar o custo de tais itens citados, foi aproveitado, ainda, a pesquisa
realizada pela ABINEE [16], utilizamos os valores projetados e apresentados na Tabela
19. Vale ressaltar que o custo do QGBT e o Cubículo de Média Tensão serão incorporados
no item DEMAIS CUSTOS desta mesma Tabela.
Como o sistema foi dimensionado com uma potência instalada de 4230 kWp, os
valores da Tabela 19 foram interpolados originando a Tabela 20 a seguir.
82
Tabela 20 – Interpolação linear dos custos projetados
Projetado
Total R$ 6.372.918,00
Ao dividir o custo total da Tabela 20 pela potência instalada (4230 kWp) obtém-
se uma relação de 1,51 R$/Wp. De acordo com estudos realizados pelo EPE [33], o valor
aproximado para os custos levantados nessa seção é em média 0,48 U$/Wp. Ao converter
para o real a taxa de cambio spot do dólar de 3,182, chega-se na relação de 1,53 R$/Wp.
Dessa forma, pode ser considerado coerente os valores projetados na Tabela 20.
De posse dos valores estimados nas seções 6.1, 6.2 e 6.3 é possível determinar o
custo total do Sistema Fotovoltaico, conforme apresentado na Tabela 21 a seguir.
83
CAPÍTULO 7: ANÁLISE DE VIABILIDADE
84
A parte do Ativo gera o chamado Fluxo de Caixa dos Ativos, que nada mais é que
a geração de caixa advinda das atividades da empresa após dedução de todos os
investimentos necessários (curto prazo, longo prazo e corrente). Relativamente à parte do
Passivo tem-se o Fluxo de Caixa aos Credores e o Fluxo de Caixa aos Acionistas. Para
que se possa calcular os Fluxos de Caixa citados, primeiramente deve-se construir o DRE
projetado.
DRE
Código
85
7.1.1.1 Projeção da Receita Bruta
Energia gerada
Os valores projetados para geração bruta são obtidos através da soma das gerações
mensais de energia ao longo de um ano, levando em conta um fator de degradação dos
módulos fotovoltaicos. Para o projeto, optou-se por definir uma degradação anual
constante de 0,75%, de forma a atrelar os resultados ao fabricante da placa.
Preço de venda
Na nota técnica [34], foi apresento uma visão geral sobre a participação dos
empreendimentos de geração de energia elétrica a partir da fonte solar fotovoltaica no
Leilão de Energia de Reserva de 2014 – LER/20141. Este foi o primeiro leilão promovido
pelo MME em que foi contratada energia proveniente de empreendimentos fotovoltaicos
no Ambiente de Contratação Regulada (ACR).
O preço médio de venda da energia fotovoltaica no LER/2014 foi R$
215,12/MWh, variando de R$ 200,82 a 220,80/MWh, e representando, na média, um
deságio de 17,9% em relação ao preço-teto de R$ 262,00. [34]
Portanto, para estimar o preço de venda da energia gerada pela usina fotovoltaica
projetada, serão considerados os valores de venda, levantados pela EPE, corrigidos pelo
IGP-M acumulado de 2015 (até o mês de junho). Além disso, será considerado, para os
anos posteriores de geração, um reajuste anual de 5,33% no preço da energia vendida.
Essa variação representa a projeção do IGP-M, considerando a média nos últimos dez
anos, conforme os valores da Tabela 23.
86
Tabela 23 – Valores históricos IGPM - [35]
IGPM (%)
1998 1,79
1999 20,10
2000 9,95
2001 10,37
2002 25,30
2003 8,69
2004 12,42
2005 1,20
2006 3,85
2007 7,75
2008 9,81
2009 -1,71
2010 11,32
2011 5,10
2012 7,81
2013 5,53
2014 2,66
Esse item requer muita atenção, pois impacta fortemente a geração de caixa da
empresa. Em geral, incidem sobre a venda de produtos. Assim, os impostos que incidem
sobre as atividades operacionais das empresas são:
IR – Imposto de Renda;
CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido;
PIS - Programa de Integração Social;
COFINS - Contribuição Financeira Social;
IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados;
ICMS - Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços;
ISS - Imposto sobre Serviços.
87
se dê de forma mais econômica, atendendo também às limitações legais de opção a cada
regime.
Dessa forma, a usina fotovoltaica será enquadrada no sistema de tributação de
Lucro Real. Logo, as alíquotas de impostos a serem incididas sobre a receita bruta e lucro
líquido serão de 11,25% e 34% respectivamente. Os valores da Tabela 24 representam o
detalhamento dos impostos a serem pagos.
PIS - Programa de Integração Social Comércio, Indústria e Serviços 1,65% Valor da Venda
COFINS - Contribuição Financeira Social Comércio, Indústria e Serviços 7,60% Valor da Venda
88
O que é de fato importante para a projeção do DRE é a identificação do
comportamento dos custos/despesas com relação ao nível de atividade, ou seja, se são
fixos ou variáveis. Como o objetivo é projetar os Custos/Despesas no longo prazo é
primordial entender a relação destes com o nível de atividade.
89
estas taxas fica em R$ 2,16/MWh e R$ 0,496/kW, para os dez primeiros anos, e R$
5,4/MWh e R$ 1,24/kW para os demais.
7.1.1.5 EBITDA
90
7.1.1.6 Depreciação
91
Tabela 25 - Depreciação Contábil dos bens envolvidos - adaptado [42]
7.1.1.7 EBIT
O EBIT (Earnings Before Tax) também conhecido como LAJIR (Lucro antes de
Juros e Imposto de Renda) posse ser calculado a partir do EBITDA e da Depreciação.
92
Inflação acima do teto da meta
Dólar em alta
Instabilidade política devido a todas as investigações sobre corrupção
Baixo crescimento econômico
Possibilidade de aumento dos juros nos EUA com impactos negativos no Brasil;
Juros (taxa Selic) em alta
Aumento dos impostos
O caixa da empresa será investido em aplicações de renda fixa através dos títulos
privados. Estes, por apresentarem um risco mais elevado do que os títulos do tesouro
possuem melhor rendimento. Além disso, proporcionam condições mais flexíveis como
resgate antecipado e período de investimento diferenciado. Os principais são: CDB, LCI,
LCA, Debentures, CRI, LF e LH.
Uma carteira de investimento, com títulos privados bem diversificados consegue
obter uma remuneração acima de 100% do CDI, ou seja, ultrapassar a taxa de juros.
Entretanto, por mais que o cenário futuro apresente um possível aumento dessa taxa, a
projeção considerada para o retorno da receita financeira é de 12,5% a.a. Tomando por
base a taxa over do CDI de 13,64% (cotação 18 de julho de 2015), o retorno projetado
representa 91,64% do juros atual.
93
Linhas de crédito
94
Simulação de financiamento direto
Assim como os Impostos sobre Vendas, o IRPJ e CSLL merecem atenção pois
dependendo da região do país é possível obter alguma isenção por alguns anos como
forma de fomento da região. Vale ressaltar que os créditos de PIS/COFINS não utilizados
para abater os Impostos sobre Vendas podem ser usados para abater o IRPJ no caso da
tributação do Lucro Real.
95
Conforme discutido anteriormente o IRPJ e CSLL sobre o Lucro Presumido será
pago sobre a base de cálculo Real, à alíquota de 24%. Entretanto, o que não foi comentado
é que a parcela do Lucro Real que exceder ao valor resultante da multiplicação de R$
20.000,00 pelo número de meses do período de apuração, é incidido uma alíquota extra
de 10%. Portanto, como a previsão excede esse valor os impostos a serem pagos serão de
34% do Lucro Líquido.
O Fluxo de Caixa dos Ativos nada mais é que o resultado da geração de caixa
operacional da empresa deduzida de todos os Investimentos necessários.
96
7.1.2.1.1 Fluxo de Caixa Operacional
Portanto, em função das equações apresentadas, pode ser feita uma representação
do Fluxo de Caixa dos Ativos conforme a Tabela 26.
código
7.1.2.1.2 Investimentos
97
Na estimativa do preço dos inversores a serem substituídos, foi considerado o
mesmo valor Spot do EUR, um reajuste pela taxa de juros europeia, no caso a LIBOR
EUR 12M, e ainda um decrescimento no preço dos equipamentos importados em 8% por
ano. Isto porque, segundo a referência [20], como consequência do incentivo à energia
fotovoltaica, no plano internacional, o custo dos sistemas fotovoltaicos baixou a uma taxa
média anual de 8% ao ano nos últimos 30 anos.
98
De posse dos valores estimados na Tabela 28 é possível calcular a depreciação
dos inversores a partir do décimo e vigésimo ano de operação. Considerando a taxa anual
de depreciação em 10% é possível estimar o valor da depreciação dos novos inversores a
ser considerado nos períodos de troca.
Caso A Caso B
1ª troca no final do 10º ano R$ 250.993,81 R$ 305.145,07
2ª troca no final do 20º ano R$ 183.257,66 R$ 222.795,01
99
Essas informações (Desembolsos, Amortização de principal e Juros) dependem
da estratégia de financiamento da empresa e podem ser obtidas através do Sistema
empregado para o financiamento, sendo que o SAC é o mais usual.
Por fim, o Fluxo de Caixa aos Acionistas pode ser calculado através dos aportes,
Juros sobre Capital Próprio e Dividendos.
𝐸 𝐷
𝑊𝐴𝐶𝐶 = 𝐾𝑒 ∗ (1 − 𝑇) ∗ + 𝐾𝑑 ∗
𝐸+𝐷 𝐸+𝐷
Onde,
Ke – Custo de Capital Próprio
100
Kd – Custo de Capital de Terceiros
T – Alíquota marginal de imposto
E – Valor de Mercado do Capital Próprio (E = Equity)
D – Valor de Mercado da Carteira de Dívida da empresa (D = Debt)
O Custo de Capital Próprio é calculado pelo CAPM (Capital Asset Price Model)
que representa uma das ferramentas utilizadas para avaliar o risco de um ativo que define
que o retorno esperado sobre um ativo é equivalente à taxa livre de risco somado ao
prêmio de exposição ao risco.
𝐾𝑒 = 𝑅𝑓 + 𝛽 ∗ 𝑃𝑅𝑀
Onde,
Ke – Custo de Capital Próprio ou Custo de Capital do Acionista
Rf – Taxa Livre de Risco
β – Beta
PRM – Prêmio de Risco de Mercado
101
Figura 56 – Preços e taxa dos títulos públicos disponíveis no Tesouro Direto [44]
Beta (β)
Preçot
Retorno t = ln ( )
Preçot−1
102
𝐶𝑂𝑉𝐴𝑅 (𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝐴çã𝑜, 𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝐼𝐵𝑂𝑉𝐸𝑆𝑃𝐴)
𝐵𝑒𝑡𝑎 =
𝐷𝐸𝑆𝑉 𝑃𝐴𝐷 (𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝐼𝐵𝑂𝑉𝐸𝑆𝑃𝐴)2
𝛽𝑎𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎𝑑𝑜
𝛽𝑑𝑒𝑠𝑎𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎𝑑𝑜 =
𝐷
1+( )
𝐸
𝐷
𝛽realavancado = 𝛽𝑑𝑒𝑠𝑎𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎𝑑𝑜 ∗ [1 + ( )]
𝐸
O cálculo do beta pelo método indireto é a única opção para empresas que não
têm ações negociadas em bolsa, ou o mais adequado para empresas cuja liquidez de
mercado seja muito baixa em comparação com empresas comparáveis no setor.
Portanto, para o cálculo do beta foi utilizado o desempenho de três empresas,
negociadas em bolsa, do ramo de energia elétrica. O banco de dados das cotações de
fechamento (desde 2008), o índice de fechamento diário do Índice da Bolsa de Valores
de São Paulo (Ibovespa) e as informações do balanço de 2014, tais como Ativo, Passivo
e Patrimônio Líquido (PL) foram obtidos na EXAME Abril [45].
As empresas escolhidas foram:
103
AES Tietê (GETI3) - geradora de energia elétrica com um parque de usinas
composto por 10 hidrelétricas e capacidade de 2.651 megawatts (MW) que
representa 2,4% da Capacidade Total Instalada no Brasil.
Eneva (ELPL4) - antes designada como MPX Energia S.A., atua nos setores de
geração, comercialização e logística de energia elétrica.
AES EletroPaulo (ELPL4) - maior distribuidora de energia elétrica da América
Latina, distribuindo energia elétrica a 24 municípios da Grande São Paulo,
incluindo a capital.
A partir dos dados coletados, o beta de cada empresa foi calculado pelo método
direto. De posse da alavancagem financeira, foi possível desalavancar esses Betas e
calcular a média entre eles. Em seguida, foi calculado o Beta final, ou seja, o Beta
realavancado, para vários de cenários de financiamento, desde 0% a 90%. A Tabela 30
representa estes valores calculados.
104
pontos, o retorno total no período é de 94,36%. Assim, ao anualizar este retorno, obtém-
se a taxa de 6,78% a.a. Considerando a taxa livre de risco apresentada anteriormente, o
PRM será de 13,08% - 6,78% = 6,3% a.a.
105
7.2 Resultados Projetados
Geração: 5.999,05 MWh por ano com uma variação negativa de 0.75% por conta
da degradação dos painéis fotovoltaico;
Preço: Quatro faixas de preço: R$ 209,52, R$ 224,44, R$ 230,37 e R$ 273,35 com
reajuste de 5,33% a.a.;
Impostos sobre venda: 11,5% da Receita Bruta;
Custos e Despesas: Custo operacional (OPEX) equivalente a 1% do CAPEX total
sem reajustes anuais; TUSD de R$ 2,06/MWh nos dez primeiros anos (80%
desconto) e R$ 5,15/MWh a partir da segunda década de operação (50% de
desconto); TFSEE de R$823,157 (=R$ 484,21* 4250 Wp * 0,04%) por ano com
reajuste de 5,33% a.a;
Depreciação Caso A: R$ 1.468.651,58 nos dez primeiros anos, R$ 663.647,51 do
décimo ao vigésimo ano, R$ 595.911,35 do vigésimo primeiro até o final da
projeção;
Depreciação Caso B: R$ 1.547.318,36 nos dez primeiros anos, R$ 717.798,77 do
décimo ao vigésimo ano e R$ 635.448,72 do vigésimo primeiro até o final do
período projetado;
Impostos sobre o Lucro líquido: 34% do lucro líquido;
Retorno da Receita financeira: 12,5% a.a. do saldo total de caixa do ano anterior,
quando positivo;
Dividendo e Juros sobre Capital próprio: segundo a projeção serão pago 17% de
dividendos e 9% de juros sobre capital próprio sob o lucro líquido, quando
positivo;
106
CAPEX: Para o caso A será considerado um CAPEX inicial de R$ 20.921.321,31,
R$ 2.509.938,12 e R$ 1.832.576,57 de sustaining CAPEX representando a troca
dos inversores, para o décimo e vigésimo ano, respectivamente. Agora, para o
caso B o CAPEX inicial é de R$ 21.617.989,09, e sustaining CAPEX de R$
3.051.450,67 e R$ 2.227.950,15 para o décimo e vigésimo ano, respectivamente;
Relação de Dívida/Equity (financiamento): foram considerados cenários com 0%,
25%, 50%, 70%, 80% e 90% do CAPEX financiado;
Linhas de crédito: Fundo clima com taxa nominal de 5,57% a.a., carência de 1
ano e prazo de 15 anos. Financiamento Direto com taxa de 8% a.a., carência
também de 1 ano e prazo de 25 anos;
Período de Payback
Vantagens
Fácil Compreensão
Considera Incerteza de Fluxos de Caixa mais distantes (Viés a favor da liquidez)
Liberação rápida de Caixa para outros usos
Controle sobre gastos (Efeito limitado às perdas)
Desvantagens
Ignora Valor do Dinheiro no Tempo
Estabelece Período de Corte Arbitrário
107
Ignora Fluxos de Caixa além da data de corte
Tem Viés contra Projetos de Longo Prazo (Pesquisa e Desenvolvimento)
Esse valor reflete no tempo atual a série anual de fluxo de caixa durante o tempo
de vida da planta, isto é, qual quantidade monetária foi economizada durante toda a vida
da usina, considerando o custo de oportunidade do capital através da taxa de desconto.
Quanto maior o VPL, mais favorável é o investimento.
𝑛
𝐶𝐹𝑛 𝐶𝐹1 𝐶𝐹𝑛
𝑉𝑃𝐿 = ∑ 𝑛
= 𝐶𝐹0 + 1
+ ⋯+
(1 + 𝑊𝐴𝐶𝐶) (1 + 𝑊𝐴𝐶𝐶) (1 + 𝑊𝐴𝐶𝐶)𝑛
𝑛=0
Onde:
CF – Fluxo de caixa
É a taxa de remuneração do capital investido para que o VPL seja zero. Quanto
maior a diferença entre a TIR e a taxa de desconto (WACC), melhor é o investimento e
consequentemente maior será o VPL.
𝑛
𝐶𝐹𝑛 𝐶𝐹1 𝐶𝐹𝑛
0=∑ = 𝐶𝐹0 + + ⋯ +
(1 + 𝑇𝐼𝑅)𝑛 (1 + 𝑇𝐼𝑅)1 (1 + 𝑇𝐼𝑅)𝑛
𝑛=0
Portanto, é comum aceitar projetos cuja Taxa Interna de Retorno seja superior ao
custo de oportunidade de capital. Como na análise do VPL, o Critério da TIR é baseada
na técnica do Fluxo de Caixa Descontado. E o investidor é indiferente a Projeto com VPL
nulo pois, representa um ponto de equilíbrio econômico, em outras palavras, não cria nem
destrói valor ao acionista.
108
7.2.3 Analise dos resultados
109
Tabela 33 – Financiamento Direto - Analise dos resultados
VPL (R$) TIR Payback (anos)
Financiamento WACC Tarifa (R$) Caso A Caso B Caso A Caso B Caso A Caso B
209,52 1.902.966,57 1.136.025,55 9,82% 9,51% 12,5 13,0
224,44 3.402.601,00 2.695.862,92 10,40% 10,10% 12,0 12,5
0% 9,07%
230,37 3.993.078,19 3.286.340,10 10,62% 10,31% 12,0 12,5
273,35 8.098.203,56 7.457.779,39 12,08% 11,78% 11,0 11,0
209,52 (2.576.872,57) (3.707.319,47) 7,79% 7,32% 14,0 14,5
224,44 (730.674,19) (1.813.784,23) 8,60% 8,16% 13,5 14,0
25% 8,91%
230,37 (22.054,53) (1.077.853,21) 8,90% 8,47% 13,0 13,5
273,35 4.817.978,96 3.898.013,36 10,83% 10,43% 11,5 12,0
209,52 (7.852.930,97) (9.039.818,98) 4,71% 4,15% 17,0 18,0
224,44 (6.173.149,46) (7.444.186,57) 5,71% 5,12% 16,0 16,5
50% 8,75%
230,37 (5.454.991,39) (6.758.252,37) 6,11% 5,51% 15,5 16,5
273,35 119.066,91 (1.252.159,76) 8,81% 8,21% 13,0 13,5
209,52 (8.744.537,00) (9.749.177,79) 3,76% 3,29% 17,5 18,0
224,44 (7.616.994,13) (8.647.031,18) 4,50% 4,01% 16,5 17,5
70% 8,63%
230,37 (7.147.798,64) (8.194.789,27) 4,80% 4,30% 16,5 17,0
273,35 (3.971.556,91) (4.474.542,82) 7,06% 6,46% 14,0 14,5
209,52 (8.633.762,72) (9.612.490,27) 3,83% 3,34% 17,5 18,0
224,44 (7.605.305,59) (8.574.781,13) 4,40% 3,97% 16,5 17,0
80% 8,56%
230,37 (7.191.855,44) (8.167.353,76) 4,66% 4,22% 16,0 17,0
273,35 (3.865.522,56) (4.956.325,55) 6,60% 6,08% 14,0 14,5
209,52 (8.482.994,25) (9.468.064,28) 3,83% 3,40% 17,5 18,0
224,44 (7.440.095,14) (8.412.674,50) 4,46% 4,04% 16,5 17,0
90% 8,50%
230,37 (7.030.317,33) (7.996.319,41) 4,70% 4,28% 16,0 16,5
273,35 (4.013.158,95) (5.012.752,95) 6,42% 5,96% 14,0 14,5
110
A partir dos resultados com financiamento de 25% do CAPEX, introduz-se o
pagamento de juros. Nota-se, portanto, que começa a surgir valores negativos para o VPL
nas tarifas mais baixas em ambas linhas de crédito.
Um ponto importante a ser observado é que os valores do VPL para o Fundo Clima
são mais atrativos que o Financiamento Direto. Entretanto, ao compararmos a TIR, o
resultado é o contrário, ou seja, a segunda linha apresenta uma taxa interna de retorno
maior do que a primeira. Isto ocorre pelo fato do prazo de financiamento de ambas as
linhas serem diferentes. Assim, o efeito causado pela amortização da segunda linha que
possui o prazo maior, de 25 anos, suaviza o pagamento do financiamento no fluxo de
caixa, resultando no aumento de Caixa dos Ativos.
Além disso, este efeito inverso do VPL e TIR ocorre também, por conta da
diferença na taxa de desconto utilizada, que se dá pelo fato do custo de capital de terceiros
ser diferente em ambas as linhas de crédito.
Para a configuração de 50% de capital de terceiros, é possível notar uma maior
diminuição na TIR e no VPL, além é claro, do aumento no período de Payback. Tudo
isso por conta do pagamento mais elevado da amortização e juros do valor financiado.
Infelizmente, esta configuração é o cenário com o maior percentual de financiamento que
possui pelo menos um resultado com o VPL positivo. Em virtude disso, será discorrido,
mais a frente, uma breve analise sobre os fluxos de caixas deste panorama.
Continuando a observar o resultado apresentado nas Tabelas, é possível notar que
conforme aumenta a participação de terceiros, o investimento vai perdendo a sua
atratividade do ponto de vista do VPL. Portanto, o Fluxo de Caixa Descontado a valor
presente fica negativo, em outras palavras, a Taxa Interna de Retorno é menor do que a
Taxa de Desconto utilizada. Por isso que esta recebe o nome de Taxa Mínima de
Atratividade.
Tomando como base o financiamento com 50% que possui a maior alavancagem
financeira e ao mesmo tempo apresente resultados atrativos, será analisado os valores do
Lucro Líquido, do Fluxo de Caixa dos Ativos e da Geração de Caixa, conforme
apresentados nas Figuras a seguir. Vale ressaltar que as linhas completas do DRE que
originaram estes dados, estão dispostas no Anexo IX e X. Para acompanha-los é
necessário utilizar as linhas de guia do DRE presentes no Anexo VIII.
111
6.000.000,00
5.000.000,00
4.000.000,00
3.000.000,00
2.000.000,00
1.000.000,00
-
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
(1.000.000,00)
(2.000.000,00)
7.000.000,00
6.000.000,00
5.000.000,00
4.000.000,00
3.000.000,00
2.000.000,00
1.000.000,00
-
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
(1.000.000,00)
Figura 58 - Fluxo de Caixa dos Ativos, 50% do CAPEX financiado e Tarifa de 273,35
112
Figura 59 - Geração de Caixa (50% do CAPEX financiado e Tarifa de R$273,35)
Antes de mais nada, é interessante notar que no Gráfico da Figura 58, o forte
impacto que o Fluxo de caixa dos Ativos sofre no décimo e vigésimo ano, decorrente da
troca dos inversores nessa época.
Na Figura 57, nota-se que o lucro líquido do Financiamento Direto é menor em
todos os anos em relação aos valores do Fundo Clima. O que é de se esperar uma vez que
essa linha apresenta um juros mais elevado a ser pago, ocasionando assim uma diferença
entre as opções de crédito. Dessa forma, considerando uma análise simplista, pode se
dizer que de ponto de vista do Lucro Líquido, o Fundo Clima é o mais vantajoso.
No entanto, ao analisarmos o Gráfico do fluxo de Caixa dos Ativos é possível
notar que o Financiamento Direto apresenta um fluxo maior até o vigésimo ano de
operação da Usina. Isto ocorre pela diferença no pagamento de Amortização e de Juros
da dívida entre as linha de crédito, conforme descrito anteriormente. Dessa forma, pelo
fato do Financiamento Direto apresentar prestações mais suaves de Amortização, o saldo
final de caixa fica mais elevado, permitindo assim uma maior Receita Financeira no ano
seguinte.
O impacto da diferença na receita de investimento do caixa pode ser visto,
também, no Gráfico da geração de caixa, onde nota-se uma geração mais elevada para o
Financiamento Direto até o 15º ano. No entanto, o cenário se inverte para os anos
posteriores, por conta do termino do financiamento, no Fundo Clima, uma vez que o seu
prazo é de 15 anos. Ainda assim, esta vantagem nos últimos 5 anos não apresenta-se
113
valida ao considerarmos a variação do dinheiro no tempo. Ou seja, por mais que o Fundo
Clima apresente fluxos maiores nos últimos anos, não o torna vantajoso ao trazermos todo
o fluxo a valor presente.
Assim, pelos valores considerados na projeção e pela análise dos Gráficos, fica
evidente que o tempo mais longo do Financiamento Direto sobrepõem a vantagem do
juros mais baixos do Fundo Clima. Dessa forma, caso ambas as linhas de crédito
possuíssem a mesma taxa de desconto, o Financiamento Direto seria de fato mais
vantajoso. No entanto, conforme discutido, justamente por possuir um juros mais alto, o
Financiamento direto acaba tendo um percentual mais elevado no Custo de Capital de
Terceiros (Kd), influenciando assim um aumento na taxa do WACC e por sua vez,
resultando em um VPL inferior ao do Fundo Clima.
Portanto, conclui-se que a Linha de crédito do Fundo Clima torna-se a mais
vantajosa quando envolvido o Custo do Capital de Terceiros no cálculo da taxa de
desconto. Dessa forma, do ponto de vista pragmático, o ideal para o sucesso de um
investimento como esse dimensionado é que o BNDES continue fomentando esse tipo de
financiamento com juros nominal atrativamente baixo e ainda, se possível, oferecer um
prazo de financiamento mais longo.
Por fim, considerando os valores apresentados nas Tabelas 32 e 33, fica evidente
que, por menor que seja a diferença entre os casos, o primeiro, caso A, apresenta-se mais
vantajoso que o segundo (caso B). Além disso, conforme mencionado no Capítulo 5, os
inversores dimensionados, para ambos os casos, apresentam apenas 1 MPPT cada,
portanto, o primeiro caso, por apresentar mais inversores possui uma confiabilidade maior
do sistema do que o segundo caso. Dessa forma, tanto do ponto de vista econômico quanto
do ponto de vista técnico o caso A prova-se mais viável e vantajoso.
114
CAPÍTULO 8: CONCLUSÃO
Em resumo, este trabalho teve como objetivo dimensionar uma usina fotovoltaica
conectada à rede, para uma localidade específica em Nova Iguaçu. Ainda assim, de posse
dos valores projetados, foi realizado uma análise de viabilidade econômica para o projeto.
Inicialmente, foi apresentado o cenário nacional e internacional da geração
fotovoltaica. Em seguida, na parte teórica, uma breve revisão sobre a energia solar
fotovoltaica foi discorrida, em conjunto com o detalhamento dos principais componentes
do sistema fotovoltaico, sobre as normas e a regulamentação que regem este sistema.
Entrando na parte do dimensionamento, os principais itens foram estimados e projetados,
dando origem a modelagem tridimensional realizada. Dando continuidade, os custos do
projeto foram apresentados e por fim, a análise de viabilidade econômica foi realizada.
Ademais, na parte técnica foram considerados os limites físicos do local como
também os elétricos dos componentes dimensionados. Na parte financeira, foi realizado
a projeção dos balanços e demonstrativos de resultados anuais e, de posse dos valores
projetados, foi feita a análise em cima do Fluxo de Caixa Descontado, por meio da
elaboração de uma ferramenta de cálculo no Excel. Os critérios de avaliação empregados
foram o Valor Presente Líquido, a Taxa Interna de Retorno e o período de Payback.
A inclinação atípica do relevo local ocasionou uma dificuldade no
dimensionamento e na disposição dos arranjos fotovoltaicos. Com a utilização da
ferramenta Google SketchUp foi possível contornar o problema ao importar, além da
latitude e longitude local, a altura dos pontos contidos no terreno. Dessa forma, tornou-
se viável englobar as oscilações do relevo na modelagem do sistema fotovoltaico.
Com a finalidade de tornar os resultados mais condizentes com a realidade
financeira, analisaram-se cenários econômicos distintos. Conforme esperado, as centrais
geradoras têm uma tendência a ficar cada vez menos competitivas, com a redução no
preço da energia. Além disso, o cenário não é muito animador quando observados os
casos com alavancagem financeira mais elevada. Nesse contexto, os valores encontrados
não atingiram uma atratividade desejada, refletindo o “Valor Presente Líquido” negativos
e por consequência taxas internas de retorno inferiores as taxas de desconto.
Dessa forma, a fim de que o investimento se torne viável sob a ótica do investidor,
para todos os cenários apresentados, é necessário uma tarifa de energia acima do teto
estipulado no LER/2014 ou uma redução no custo de aquisição dos equipamentos.
115
No entanto, é possível notar que o investimento fica mais competitivo quando não
há recursos externos alocados. Sendo esta afirmação refletida nas projeções com capital
de terceiros igual a 0%, ou seja, o CAPEX total financiado com o capital próprio.
Ainda assim, observa-se uma viabilidade econômica positiva para alguns cenários
com financiamento de 25% a 50% do valor investido. Portanto, por mais que Nova Iguaçu
não esteja localizada em uma das regiões do Brasil de maior incidência de radiação solar,
ainda assim ela apresenta um potencial de geração fotovoltaica que aparenta ser viável
economicamente, em alguns casos projetados.
Existe também a possibilidade da energia produzida pela usina ser vendida no
mercado livre de energia. Como no caso da empresa Tractebel, que opera a maior usina
fotovoltaica do Brasil, instalada em Santa Catarina. Atualmente ela utiliza esse mercado
e vende a sua energia para empresas privadas.
O preço da energia no mercado de curto prazo atingiu valores de R$ 690/MWh
em 2014. No entanto, ainda neste ano a ANEEL aprovou novos limites do PLD para 2015,
reduzindo o teto de R$ 822,83/MWh para R$ 388,48/MWh. Ainda assim, considerando
um cenário com esse preço reduzido, os ganhos a curto prazo iriam aumentar muito. No
entanto, não oferecem a segurança de um contrato de longo prazo.
Logo, o que é possível extrair deste trabalho é que existem muitas oportunidades
no setor fotovoltaico. Nesse contexto, caso haja um domínio maior da tecnologia FV em
conjunto com uma mão de obra mais qualificada, será possível garantir uma melhor
performance do sistema e com isso, diminuir o risco do investimento, atraindo melhores
condições de financiamento.
Além de tudo, é essencial destacar que este estudo é apenas uma estimativa para
os valores reais de um empreendimento deste porte. Durante o trabalho foram feitas
muitas considerações que podem acabar se tornando falsas ao longo dos anos ou então
inválidas, dependendo da metodologia de projeto a ser utilizada. Como exemplo o custo
estimado dos cabos, dos sistemas de proteção, da fixação e demais custos, que foram
calculados com base na referencia [20].
Por fim, um dimensionado mais detalhado do sistema pode refletir em uma
estrutura de custos mais real, podendo assim, alterar a atratividade do investimento.
Portanto, como ideia para um futuro trabalho seria realizar um estudo mais aprofundado
e específico para atender quais quer outros requisitos que não foram considerados neste
projeto para melhorar a estimativa da viabilidade de um sistema deste porte.
116
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[45] EXAME ABRIL - Cotações Bovespa e Ações. Disponível em:
http://exame.abril.com.br/mercados/cotacoes-bovespa. Acesso no dia: 20 de julho de
2015.
121
Anexo I
122
Anexo II - Dados do painel HSPV235WP-54M, informados pelo fabricante [23]
123
Anexo III - Especificação técnica - String Control Box [25]
124
Anexo IV - Especificação técnica - Ingecon Sun Power 110TL B220 [28]
125
Anexo V - Especificação técnica: Ingecon Sun PowerMax 500T U X480 [29]
126
Anexo VI - Transformador Geafol, SIEMENS - Características básicas [30]
127
Anexo VII
128
129
Anexo VIII – Linhas de Guia para o DRE
Código Descrição
(1) Receita Bruta
(2) (-) Impostos sobre venda
(3) Receita Liquida = (1) - (2)
(a) OPEX
(b) TUST e TUSD
(c) TFSEE
(4) (-) Custos e Despesas = (a) + (b) + (c)
(5) EBITDA = (3) - (4)
(6) (-) Depreciação
(7) EBIT = (5) - (6)
(8) (+) Receitas financeiras
(9) (-) Despesas financeiras (Juros)
(10) LAIR = (7) + (8) - (9)
(11) (-) Imposto de Renda (IPRJ + CSLL)
(12) Lucro Líquido = (10) - (11)
(16) Desembolso
(17) Amortização
(18) Juros
(19) Fluxo de caixa do Credor = (16) - (17) - (18)
(20)
Aporte
(21) Dividendos
(22) Juros sobre Capital
(23) Fuxo de Caixa dos Acionistas = (20) - (21) - (22)
130
Anexo IX – DRE – Caso A, Fundo Clima, 50% de financiamento e Tarifa de R$
273,35
Código Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
(1) 1.646.841,01 1.721.608,01 1.799.769,44 1.881.479,42 1.966.899,06
(2) 189.386,72 197.984,92 206.973,49 216.370,13 226.193,39
(3) 1.457.454,30 1.523.623,09 1.592.795,96 1.665.109,29 1.740.705,67
(a) 209.213,21 209.213,21 209.213,21 209.213,21 209.213,21
(b) 15.111,22 15.013,62 14.916,75 14.820,61 14.725,19
(c) 823,16 867,03 913,24 961,92 1.013,19
(4) 225.147,59 225.093,86 225.043,21 224.995,74 224.951,60
(5) 1.232.306,71 1.298.529,22 1.367.752,75 1.440.113,55 1.515.754,07
(6) 1.468.651,58 1.468.651,58 1.468.651,58 1.468.651,58 1.468.651,58
(7) (236.344,87) (170.122,36) (100.898,83) (28.538,03) 47.102,49
(8) - - 1.200,94 22.026,61 59.356,07
(9) 582.658,80 543.814,88 504.970,96 466.127,04 427.283,12
(10) (819.003,67) (713.937,23) (604.668,85) (472.638,47) (320.824,55)
(11) - - - - -
(12) (819.003,67) (713.937,23) (604.668,85) (472.638,47) (320.824,55)
(16) 10.460.660,66 - - - - -
(17) 697.377,38 697.377,38 697.377,38 697.377,38 697.377,38
(18) 582.658,80 543.814,88 504.970,96 466.127,04 427.283,12
(19) 10.460.660,66 (1.280.036,18) (1.241.192,26) (1.202.348,34) (1.163.504,42) (1.124.660,50)
(20)
10.460.660,66 - - - - -
(21) - - - - -
(22) - - - - -
(23) 10.460.660,66 - - - - -
(30)
(31)
(32)
(33)
(34)
(35)
(36)
(37)
131
Código Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
(1) 2.056.196,77 2.149.548,62 2.247.138,66 2.349.159,32 2.455.811,74
(2) 236.462,63 247.198,09 258.420,95 270.153,32 282.418,35
(3) 1.819.734,14 1.902.350,53 1.988.717,72 2.079.006,00 2.173.393,39
(a) 209.213,21 209.213,21 209.213,21 209.213,21 209.213,21
(b) 14.630,49 14.536,50 14.443,21 14.350,62 14.258,72
(c) 1.067,19 1.124,07 1.183,99 1.247,09 1.313,56
(4) 224.910,90 224.873,78 224.840,41 224.810,93 224.785,50
(5) 1.594.823,25 1.677.476,74 1.763.877,31 1.854.195,07 1.948.607,89
(6) 1.468.651,58 1.468.651,58 1.468.651,58 1.468.651,58 1.468.651,58
(7) 126.171,67 208.825,16 295.225,73 385.543,49 479.956,31
(8) 115.662,28 193.745,90 293.433,05 407.037,85 535.663,82
(9) 388.439,20 349.595,28 310.751,36 271.907,44 233.063,52
(10) (146.605,25) 52.975,78 277.907,42 520.673,90 782.556,61
(11) - 18.011,77 94.488,52 177.029,13 266.069,25
(12) (146.605,25) 34.964,02 183.418,90 343.644,77 516.487,36
(16) - - - - 1.254.969,06
(17) 697.377,38 697.377,38 697.377,38 697.377,38 697.377,38
(18) 388.439,20 349.595,28 310.751,36 271.907,44 233.063,52
(19) (1.085.816,58) (1.046.972,66) (1.008.128,74) (969.284,82) 324.528,16
(20)
- - - - 1.254.969,06
(21) - 5.594,24 29.347,02 54.983,16 82.637,98
(22) - 3.146,76 16.507,70 30.928,03 46.483,86
(23) - (8.741,00) (45.854,72) (85.911,19) 1.125.847,22
(30)
(31)
(32)
(33)
(34)
(35)
(36)
(37)
132
Código Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15
(1) 2.567.306,21 2.683.862,55 2.805.710,58 2.933.090,54 3.066.253,59
(2) 295.240,21 308.644,19 322.656,72 337.305,41 352.619,16
(3) 2.272.065,99 2.375.218,36 2.483.053,86 2.595.785,13 2.713.634,42
(a) 209.213,21 209.213,21 209.213,21 209.213,21 209.213,21
(b) 17.314,64 17.224,12 17.134,28 17.045,11 16.956,61
(c) 1.383,58 1.457,32 1.535,00 1.616,81 1.702,99
(4) 227.911,43 227.894,65 227.882,49 227.875,14 227.872,81
(5) 2.044.154,56 2.147.323,70 2.255.171,38 2.367.909,99 2.485.761,61
(6) 663.647,51 663.647,51 663.647,51 663.647,51 663.647,51
(7) 1.380.507,05 1.483.676,19 1.591.523,86 1.704.262,48 1.822.114,10
(8) 680.493,79 777.001,39 888.555,81 1.016.377,55 1.161.775,77
(9) 264.121,38 220.617,34 177.113,30 133.609,26 90.105,22
(10) 1.796.879,46 2.040.060,24 2.302.966,38 2.587.030,77 2.893.784,65
(11) 610.939,02 693.620,48 783.008,57 879.590,46 983.886,78
(12) 1.185.940,44 1.346.439,76 1.519.957,81 1.707.440,31 1.909.897,87
(16) - - - - -
(17) 781.041,98 781.041,98 781.041,98 781.041,98 781.041,98
(18) 264.121,38 220.617,34 177.113,30 133.609,26 90.105,22
(19) (1.045.163,36) (1.001.659,32) (958.155,28) (914.651,24) (871.147,20)
(20)
- - - - -
(21) 189.750,47 215.430,36 243.193,25 273.190,45 305.583,66
(22) 106.734,64 121.179,58 136.796,20 153.669,63 171.890,81
(23) (296.485,11) (336.609,94) (379.989,45) (426.860,08) (477.474,47)
(34)
(35)
(36)
(37)
133
Código Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
(1) 3.205.462,27 3.350.991,05 3.503.126,88 3.662.169,72 3.828.433,14
(2) 368.628,16 385.363,97 402.859,59 421.149,52 440.269,81
(3) 2.836.834,10 2.965.627,08 3.100.267,29 3.241.020,20 3.388.163,33
(a) 209.213,21 209.213,21 209.213,21 209.213,21 209.213,21
(b) 16.868,77 16.781,60 16.695,07 16.609,20 16.523,97
(c) 1.793,76 1.889,37 1.990,07 2.096,14 2.207,86
(4) 227.875,75 227.884,18 227.898,36 227.918,55 227.945,05
(5) 2.608.958,36 2.737.742,91 2.872.368,94 3.013.101,65 3.160.218,28
(6) 663.647,51 663.647,51 663.647,51 663.647,51 663.647,51
(7) 1.945.310,85 2.074.095,39 2.208.721,42 2.349.454,14 2.496.570,77
(8) 1.326.154,39 1.598.190,71 1.895.316,18 2.219.444,61 2.572.624,67
(9) 46.601,18 41.941,07 37.280,95 32.620,83 27.960,71
(10) 3.224.864,05 3.630.345,04 4.066.756,65 4.536.277,91 5.041.234,73
(11) 1.096.453,78 1.234.317,31 1.382.697,26 1.542.334,49 1.714.019,81
(12) 2.128.410,27 2.396.027,73 2.684.059,39 2.993.943,42 3.327.214,92
(16) - - - - 916.288,29
(17) 83.664,60 83.664,60 83.664,60 83.664,60 83.664,60
(18) 46.601,18 41.941,07 37.280,95 32.620,83 27.960,71
(19) (130.265,79) (125.605,67) (120.945,55) (116.285,43) 804.662,97
(20)
- - - - 916.288,29
(21) 340.545,64 383.364,44 429.449,50 479.030,95 532.354,39
(22) 191.556,92 215.642,50 241.565,35 269.454,91 299.449,34
(23) (532.102,57) (599.006,93) (671.014,85) (748.485,86) 84.484,56
(26) - - - - -
(27) - - - - -
(28) - - - - -
(29) - - - - -
(34)
(35)
(36)
(37)
134
Código Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25
(1) 4.002.244,96 4.183.947,89 4.373.900,17 4.572.476,33 4.780.067,90
(2) 460.258,17 481.154,01 502.998,52 525.834,78 549.707,81
(3) 3.541.986,79 3.702.793,88 3.870.901,65 4.046.641,55 4.230.360,09
(a) 209.213,21 209.213,21 209.213,21 209.213,21 209.213,21
(b) 16.439,38 16.355,42 16.272,10 16.189,40 16.107,31
(c) 2.325,54 2.449,49 2.580,05 2.717,57 2.862,42
(4) 227.978,14 228.018,13 228.065,36 228.120,18 228.182,94
(5) 3.314.008,66 3.474.775,75 3.642.836,28 3.818.521,37 4.002.177,14
(6) 595.911,36 595.911,36 595.911,36 595.911,36 595.911,36
(7) 2.718.097,30 2.878.864,39 3.046.924,93 3.222.610,01 3.406.265,79
(8) 2.957.048,93 3.359.994,06 3.798.317,75 4.274.660,34 4.791.846,02
(9) 74.337,85 66.275,25 58.212,65 50.150,04 42.087,44
(10) 5.600.808,38 6.172.583,20 6.787.030,03 7.447.120,31 8.156.024,37
(11) 1.904.274,85 2.098.678,29 2.307.590,21 2.532.020,91 2.773.048,28
(12) 3.696.533,53 4.073.904,91 4.479.439,82 4.915.099,41 5.382.976,08
(16) - - - - -
(17) 144.750,49 144.750,49 144.750,49 144.750,49 144.750,49
(18) 74.337,85 66.275,25 58.212,65 50.150,04 42.087,44
(19) (219.088,34) (211.025,74) (202.963,14) (194.900,53) (186.837,93)
(20)
- - - - -
(21) 591.445,36 651.824,79 716.710,37 786.415,90 861.276,17
(22) 332.688,02 366.651,44 403.149,58 442.358,95 484.467,85
(23) (924.133,38) (1.018.476,23) (1.119.859,96) (1.228.774,85) (1.345.744,02)
(26) - - - - -
(27) - - - - -
(28) - - - - -
(29) - - - - -
135
Anexo X – DRE – Caso A, Financiamento Direto, Financiamento de 50% e Tarifa
de R$ 273,35
Código Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
(1) 1.646.841,01 1.721.608,01 1.799.769,44 1.881.479,42 1.966.899,06
(2) 189.386,72 197.984,92 206.973,49 216.370,13 226.193,39
(3) 1.457.454,30 1.523.623,09 1.592.795,96 1.665.109,29 1.740.705,67
(a) 209.213,21 209.213,21 209.213,21 209.213,21 209.213,21
(b) 15.111,22 15.013,62 14.916,75 14.820,61 14.725,19
(c) 823,16 867,03 913,24 961,92 1.013,19
(4) 225.147,59 225.093,86 225.043,21 224.995,74 224.951,60
(5) 1.232.306,71 1.298.529,22 1.367.752,75 1.440.113,55 1.515.754,07
(6) 1.468.651,58 1.468.651,58 1.468.651,58 1.468.651,58 1.468.651,58
(7) (236.344,87) (170.122,36) (100.898,83) (28.538,03) 47.102,49
(8) - - 6.718,94 29.986,52 69.391,91
(9) 836.852,85 803.378,74 769.904,62 736.430,51 702.956,40
(10) (1.073.197,72) (973.501,09) (864.084,52) (734.982,03) (586.462,00)
(11) - - - - -
(12) (1.073.197,72) (973.501,09) (864.084,52) (734.982,03) (586.462,00)
(16) 10.460.660,66 - - - - -
(17) 418.426,43 418.426,43 418.426,43 418.426,43 418.426,43
(18) 836.852,85 803.378,74 769.904,62 736.430,51 702.956,40
(19) 10.460.660,66 (1.255.279,28) (1.221.805,16) (1.188.331,05) (1.154.856,94) (1.121.382,82)
(20)
10.460.660,66 - - - - -
(21) - - - - -
(22) - - - - -
(23) 10.460.660,66 - - - - -
(30)
(31)
(32)
(33)
(34)
(35)
(36)
(37)
136
Código Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
(1) 2.056.196,77 2.149.548,62 2.247.138,66 2.349.159,32 2.455.811,74
(2) 236.462,63 247.198,09 258.420,95 270.153,32 282.418,35
(3) 1.819.734,14 1.902.350,53 1.988.717,72 2.079.006,00 2.173.393,39
(a) 209.213,21 209.213,21 209.213,21 209.213,21 209.213,21
(b) 14.630,49 14.536,50 14.443,21 14.350,62 14.258,72
(c) 1.067,19 1.124,07 1.183,99 1.247,09 1.313,56
(4) 224.910,90 224.873,78 224.840,41 224.810,93 224.785,50
(5) 1.594.823,25 1.677.476,74 1.763.877,31 1.854.195,07 1.948.607,89
(6) 1.468.651,58 1.468.651,58 1.468.651,58 1.468.651,58 1.468.651,58
(7) 126.171,67 208.825,16 295.225,73 385.543,49 479.956,31
(8) 127.362,30 206.646,91 310.358,04 441.824,88 589.085,86
(9) 669.482,28 636.008,17 602.534,05 569.059,94 535.585,83
(10) (415.948,32) (220.536,10) 3.049,71 258.308,43 533.456,34
(11) - - 1.036,90 87.824,87 181.375,16
(12) (415.948,32) (220.536,10) 2.012,81 170.483,57 352.081,19
(16) - - - - 1.254.969,06
(17) 418.426,43 418.426,43 418.426,43 418.426,43 418.426,43
(18) 669.482,28 636.008,17 602.534,05 569.059,94 535.585,83
(19) (1.087.908,71) (1.054.434,59) (1.020.960,48) (987.486,37) 300.956,81
(20)
- - - - 1.254.969,06
(21) - - 322,05 27.277,37 56.332,99
(22) - - 181,15 15.343,52 31.687,31
(23) - - (503,20) (42.620,89) 1.166.948,76
(30)
(31)
(32)
(33)
(34)
(35)
(36)
(37)
137
Código Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15
(1) 2.567.306,21 2.683.862,55 2.805.710,58 2.933.090,54 3.066.253,59
(2) 295.240,21 308.644,19 322.656,72 337.305,41 352.619,16
(3) 2.272.065,99 2.375.218,36 2.483.053,86 2.595.785,13 2.713.634,42
(a) 209.213,21 209.213,21 209.213,21 209.213,21 209.213,21
(b) 17.314,64 17.224,12 17.134,28 17.045,11 16.956,61
(c) 1.383,58 1.457,32 1.535,00 1.616,81 1.702,99
(4) 227.911,43 227.894,65 227.882,49 227.875,14 227.872,81
(5) 2.044.154,56 2.147.323,70 2.255.171,38 2.367.909,99 2.485.761,61
(6) 663.647,51 663.647,51 663.647,51 663.647,51 663.647,51
(7) 1.380.507,05 1.483.676,19 1.591.523,86 1.704.262,48 1.822.114,10
(8) 753.371,62 872.502,89 1.007.708,70 1.160.273,13 1.331.572,89
(9) 602.509,24 565.019,22 527.529,21 490.039,19 452.549,18
(10) 1.531.369,43 1.791.159,86 2.071.703,35 2.374.496,42 2.701.137,81
(11) 520.665,61 608.994,35 704.379,14 807.328,78 918.386,86
(12) 1.010.703,82 1.182.165,51 1.367.324,21 1.567.167,64 1.782.750,96
(16) - - - - -
(17) 468.625,19 468.625,19 468.625,19 468.625,19 468.625,19
(18) 602.509,24 565.019,22 527.529,21 490.039,19 452.549,18
(19) (1.071.134,43) (1.033.644,41) (996.154,39) (958.664,38) (921.174,36)
(20)
- - - - -
(21) 161.712,61 189.146,48 218.771,87 250.746,82 285.240,15
(22) 90.963,34 106.394,90 123.059,18 141.045,09 160.447,59
(23) (252.675,96) (295.541,38) (341.831,05) (391.791,91) (445.687,74)
(34)
(35)
(36)
(37)
138
Código Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
(1) 3.205.462,27 3.350.991,05 3.503.126,88 3.662.169,72 3.828.433,14
(2) 368.628,16 385.363,97 402.859,59 421.149,52 440.269,81
(3) 2.836.834,10 2.965.627,08 3.100.267,29 3.241.020,20 3.388.163,33
(a) 209.213,21 209.213,21 209.213,21 209.213,21 209.213,21
(b) 16.868,77 16.781,60 16.695,07 16.609,20 16.523,97
(c) 1.793,76 1.889,37 1.990,07 2.096,14 2.207,86
(4) 227.875,75 227.884,18 227.898,36 227.918,55 227.945,05
(5) 2.608.958,36 2.737.742,91 2.872.368,94 3.013.101,65 3.160.218,28
(6) 663.647,51 663.647,51 663.647,51 663.647,51 663.647,51
(7) 1.945.310,85 2.074.095,39 2.208.721,42 2.349.454,14 2.496.570,77
(8) 1.523.083,58 1.736.386,49 1.973.175,76 2.235.266,04 2.524.600,69
(9) 415.059,16 377.569,15 340.079,13 302.589,12 265.099,10
(10) 3.053.335,27 3.432.912,74 3.841.818,05 4.282.131,06 4.756.072,36
(11) 1.038.133,99 1.167.190,33 1.306.218,14 1.455.924,56 1.617.064,60
(12) 2.015.201,28 2.265.722,41 2.535.599,91 2.826.206,50 3.139.007,76
(16) - - - - 916.288,29
(17) 468.625,19 468.625,19 468.625,19 468.625,19 468.625,19
(18) 415.059,16 377.569,15 340.079,13 302.589,12 265.099,10
(19) (883.684,35) (846.194,33) (808.704,32) (771.214,30) 182.564,00
(20)
- - - - 916.288,29
(21) 322.432,20 362.515,59 405.695,99 452.193,04 502.241,24
(22) 181.368,11 203.915,02 228.203,99 254.358,59 282.510,70
(23) (503.800,32) (566.430,60) (633.899,98) (706.551,63) 131.536,35
(34)
(35)
(36)
(37)
139
Código Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25
(1) 4.002.244,96 4.183.947,89 4.373.900,17 4.572.476,33 4.780.067,90
(2) 460.258,17 481.154,01 502.998,52 525.834,78 549.707,81
(3) 3.541.986,79 3.702.793,88 3.870.901,65 4.046.641,55 4.230.360,09
(a) 209.213,21 209.213,21 209.213,21 209.213,21 209.213,21
(b) 16.439,38 16.355,42 16.272,10 16.189,40 16.107,31
(c) 2.325,54 2.449,49 2.580,05 2.717,57 2.862,42
(4) 227.978,14 228.018,13 228.065,36 228.120,18 228.182,94
(5) 3.314.008,66 3.474.775,75 3.642.836,28 3.818.521,37 4.002.177,14
(6) 595.911,36 595.911,36 595.911,36 595.911,36 595.911,36
(7) 2.718.097,30 2.878.864,39 3.046.924,93 3.222.610,01 3.406.265,79
(8) 2.843.260,46 3.180.079,86 3.550.188,55 3.956.097,57 4.400.493,86
(9) 300.912,15 260.490,01 220.067,87 179.645,74 139.223,60
(10) 5.260.445,61 5.798.454,24 6.377.045,60 6.999.061,85 7.667.536,04
(11) 1.788.551,51 1.971.474,44 2.168.195,50 2.379.681,03 2.606.962,26
(12) 3.471.894,10 3.826.979,80 4.208.850,10 4.619.380,82 5.060.573,79
(16) - - - - -
(17) 505.276,72 505.276,72 505.276,72 505.276,72 505.276,72
(18) 300.912,15 260.490,01 220.067,87 179.645,74 139.223,60
(19) (806.188,87) (765.766,73) (725.344,59) (684.922,46) (644.500,32)
(20)
- - - - -
(21) 555.503,06 612.316,77 673.416,02 739.100,93 809.691,81
(22) 312.470,47 344.428,18 378.796,51 415.744,27 455.451,64
(23) (867.973,53) (956.744,95) (1.052.212,52) (1.154.845,21) (1.265.143,45)
140
Anexo XI - Fluxo de Caixa dos Ativos para o Fundo Clima
141
Linha de crédito: FUNDO CLIMA - Tarifa: R$ 224,44
Fluxo de caixa dos Ativos de acordo com o Percentual de financiamento
Ano 0% 25% 50% 70% 80% 90%
0 (20.921.321,31) (20.921.321,31) (20.921.321,31) (20.921.321,31) (20.921.321,31) (20.921.321,31)
1 971.522,52 971.522,52 971.522,52 971.522,52 971.522,52 971.522,52
2 1.147.345,68 1.067.343,42 1.025.905,37 1.025.905,37 1.025.905,37 1.025.905,37
3 1.347.610,23 1.180.033,17 1.082.751,70 1.082.751,70 1.082.751,70 1.082.751,70
4 1.539.160,44 1.311.812,22 1.142.173,38 1.142.173,38 1.142.173,38 1.142.173,38
5 1.705.682,15 1.465.183,69 1.204.287,35 1.204.287,35 1.204.287,35 1.204.287,35
6 1.884.364,98 1.642.968,88 1.269.215,85 1.269.215,85 1.269.215,85 1.269.215,85
7 2.076.045,76 1.778.681,95 1.337.086,69 1.337.086,69 1.337.086,69 1.337.086,69
8 2.281.616,90 1.919.667,81 1.408.033,47 1.408.033,47 1.408.033,47 1.408.033,47
9 2.502.030,05 2.072.701,20 1.518.235,42 1.482.195,83 1.482.195,83 1.482.195,83
10 228.361,78 (271.314,20) (845.559,93) (950.218,34) (950.218,34) (950.218,34)
11 2.715.729,87 2.154.439,05 1.525.888,96 1.432.185,09 1.450.145,34 1.468.105,59
12 2.953.363,27 2.309.557,66 1.594.331,11 1.467.387,05 1.482.389,03 1.497.391,01
A
13 3.208.235,02 2.478.154,92 1.672.234,71 1.505.123,80 1.517.167,50 1.529.211,21
14 3.481.526,82 2.661.179,90 1.760.300,27 1.545.510,41 1.554.595,84 1.563.681,27
15 3.774.498,72 2.859.645,63 1.859.276,87 1.588.667,18 1.594.794,33 1.600.921,49
16 4.088.494,19 3.074.633,27 1.969.965,38 1.634.719,89 1.637.888,77 1.641.057,65
17 4.424.945,53 3.342.666,86 2.163.962,54 1.702.289,71 1.705.141,70 1.707.993,69
18 4.785.379,66 3.630.594,05 2.373.416,47 1.773.024,38 1.775.559,49 1.778.094,59
19 5.171.424,18 3.939.789,45 2.599.427,24 1.924.855,50 1.849.285,81 1.851.504,02
20 3.752.237,37 2.439.142,65 1.010.592,94 290.079,99 93.894,29 95.795,62
21 6.004.367,66 4.613.593,12 3.100.219,81 2.337.979,45 2.063.506,69 2.017.060,63
22 6.475.294,40 4.988.824,26 3.372.169,55 2.555.052,43 2.259.740,09 2.099.242,14
23 6.979.311,24 5.391.473,77 3.665.396,55 2.790.206,72 2.472.865,14 2.195.044,11
24 7.518.645,01 5.823.417,54 3.981.396,74 3.044.740,50 2.704.106,38 2.405.438,15
25 8.095.668,47 6.286.655,69 4.321.766,73 3.320.040,39 2.954.772,29 2.634.066,72
142
Linha de crédito: FUNDO CLIMA - Tarifa: R$ 230,37
Fluxo de caixa dos Ativos de acordo com o Percentual de financiamento
Ano 0% 25% 50% 70% 80% 90%
0 (20.921.321,31) (20.921.321,31) (20.921.321,31) (20.921.321,31) (20.921.321,31) (20.921.321,31)
1 1.003.119,24 1.003.119,24 1.003.119,24 1.003.119,24 1.003.119,24 1.003.119,24
2 1.184.326,49 1.104.324,23 1.058.936,59 1.058.936,59 1.058.936,59 1.058.936,59
3 1.390.713,26 1.223.136,20 1.117.282,54 1.117.282,54 1.117.282,54 1.117.282,54
4 1.572.199,13 1.361.870,84 1.178.271,93 1.178.271,93 1.178.271,93 1.178.271,93
5 1.741.846,77 1.523.138,53 1.242.024,78 1.242.024,78 1.242.024,78 1.242.024,78
6 1.923.898,06 1.693.897,90 1.308.666,58 1.308.666,58 1.308.666,58 1.308.666,58
7 2.119.207,06 1.827.588,01 1.378.328,49 1.378.328,49 1.378.328,49 1.378.328,49
8 2.328.684,58 1.972.835,71 1.468.910,06 1.451.147,65 1.451.147,65 1.451.147,65
9 2.553.301,92 2.130.450,75 1.602.627,48 1.527.267,41 1.527.267,41 1.527.267,41
10 284.156,63 (208.640,87) (768.853,74) (903.100,49) (903.100,49) (903.100,49)
11 2.776.388,87 2.222.402,14 1.596.828,72 1.464.694,71 1.482.654,96 1.500.615,22
12 3.019.251,50 2.383.201,91 1.671.136,21 1.501.372,62 1.516.374,60 1.531.376,58
A
13 3.279.743,03 2.557.898,86 1.755.335,08 1.540.652,32 1.552.696,02 1.564.739,73
14 3.559.072,40 2.747.471,00 1.850.155,48 1.582.651,93 1.591.737,36 1.600.822,79
15 3.858.528,66 2.952.962,23 1.956.378,10 1.627.494,94 1.633.622,09 1.639.749,25
16 4.179.486,27 3.175.486,62 2.074.837,54 1.675.310,43 1.678.479,31 1.681.648,20
17 4.523.410,57 3.451.603,33 2.277.166,49 1.744.723,08 1.747.575,07 1.750.427,06
18 4.891.863,71 3.748.197,46 2.495.551,40 1.832.913,42 1.819.919,34 1.822.454,45
19 5.286.510,88 4.066.683,51 2.731.133,22 2.023.177,11 1.895.659,61 1.897.877,83
20 3.876.550,44 2.575.993,66 1.152.553,60 396.590,63 142.373,48 144.274,80
21 6.138.573,57 4.761.112,76 3.253.165,25 2.453.281,41 2.171.042,81 2.067.740,78
22 6.620.105,19 5.147.772,57 3.536.879,38 2.679.789,58 2.376.230,90 2.152.223,18
23 7.135.487,55 5.562.662,35 3.842.703,16 2.925.067,34 2.598.969,17 2.313.700,51
24 7.686.999,28 6.007.712,98 4.172.188,76 3.190.460,17 2.840.527,65 2.533.950,97
25 8.277.068,39 6.484.983,12 4.526.992,72 3.477.405,19 3.102.263,35 2.773.159,99
143
Linha de crédito: FUNDO CLIMA - Tarifa: R$ 273,35
Fluxo de caixa dos Ativos de acordo com o Percentual de financiamento
Ano 0% 25% 50% 70% 80% 90%
144
Anexo XII - Fluxo de Caixa dos Ativos para o Financiamento Direto
Linha de crédito: FINANCIAMENTO DIRETO - Tarifa: 209,52
Fluxo de caixa dos Ativos de acordo com o Percentual de financiamento
Ano 0% 25% 50% 70% 80% 90%
0 (20.921.321,31) (20.921.321,31) (20.921.321,31) (20.921.321,31) (20.921.321,31) (20.921.321,31)
1 891.974,44 891.974,44 891.974,44 891.974,44 891.974,44 891.974,44
2 1.054.242,59 975.787,64 942.745,79 942.745,79 942.745,79 942.745,79
3 1.239.093,78 1.074.469,14 995.816,65 995.816,65 995.816,65 995.816,65
4 1.449.455,31 1.189.981,90 1.051.291,46 1.051.291,46 1.051.291,46 1.051.291,46
5 1.613.834,13 1.324.538,98 1.109.279,37 1.109.279,37 1.109.279,37 1.109.279,37
6 1.783.987,03 1.480.635,05 1.169.894,49 1.169.894,49 1.169.894,49 1.169.894,49
7 1.966.480,84 1.661.081,76 1.233.256,11 1.233.256,11 1.233.256,11 1.233.256,11
8 2.162.161,45 1.835.343,78 1.299.488,95 1.299.488,95 1.299.488,95 1.299.488,95
9 2.371.930,85 1.983.299,74 1.368.723,36 1.368.723,36 1.368.723,36 1.368.723,36
10 86.812,59 (366.421,05) (1.068.842,48) (1.068.842,48) (1.068.842,48) (1.068.842,48)
11 2.561.867,84 2.058.137,58 1.467.181,51 1.511.411,30 1.513.601,14 1.513.601,14
12 2.786.265,19 2.207.022,39 1.535.156,69 1.545.760,10 1.584.181,40 1.592.683,02
A
13 3.026.913,19 2.368.645,37 1.612.023,61 1.582.474,97 1.618.346,95 1.654.218,94
14 3.284.924,80 2.543.902,13 1.698.439,87 1.621.663,34 1.654.986,01 1.688.308,67
15 3.561.486,67 2.733.748,55 1.795.108,63 1.663.437,52 1.694.210,86 1.724.984,20
16 3.857.864,01 2.939.204,76 1.902.781,67 1.707.914,89 1.736.138,91 1.764.362,94
17 4.175.405,62 3.161.359,34 2.022.262,59 1.755.218,18 1.780.892,89 1.806.567,59
18 4.515.549,33 3.401.373,80 2.154.410,30 1.805.475,70 1.828.601,08 1.851.726,46
19 4.879.827,77 3.660.487,34 2.300.142,68 1.858.821,55 1.879.397,61 1.899.973,67
20 3.437.297,91 2.107.445,35 627.863,92 82.819,36 100.846,10 118.872,84
21 5.664.400,15 4.230.818,89 2.638.244,29 1.987.207,41 2.007.669,43 2.028.131,46
22 6.108.498,67 4.549.190,67 2.821.051,62 2.049.289,55 2.067.002,87 2.084.716,19
23 6.583.764,29 4.892.200,77 3.021.359,78 2.166.928,73 2.130.024,83 2.144.989,44
24 7.092.292,93 5.261.541,14 3.240.419,08 2.305.501,89 2.196.902,74 2.209.118,65
25 7.636.317,79 5.659.016,01 3.479.564,81 2.460.181,84 2.267.811,65 2.277.278,86
145
Linha de crédito: FINANCIAMENTO DIRETO - Tarifa: 224,44
Fluxo de caixa dos Ativos de acordo com o Percentual de financiamento
Ano 0% 25% 50% 70% 80% 90%
0 (20.921.321,31) (20.921.321,31) (20.921.321,31) (20.921.321,31) (20.921.321,31) (20.921.321,31)
1 971.522,52 971.522,52 971.522,52 971.522,52 971.522,52 971.522,52
2 1.147.345,68 1.068.890,73 1.025.905,37 1.025.905,37 1.025.905,37 1.025.905,37
3 1.347.610,23 1.182.985,58 1.082.751,70 1.082.751,70 1.082.751,70 1.082.751,70
4 1.539.160,44 1.316.009,77 1.142.173,38 1.142.173,38 1.142.173,38 1.142.173,38
5 1.705.682,15 1.470.446,40 1.204.287,35 1.204.287,35 1.204.287,35 1.204.287,35
6 1.884.364,98 1.649.094,28 1.269.215,85 1.269.215,85 1.269.215,85 1.269.215,85
7 2.076.045,76 1.831.833,95 1.337.086,69 1.337.086,69 1.337.086,69 1.337.086,69
8 2.281.616,90 1.979.667,29 1.408.033,47 1.408.033,47 1.408.033,47 1.408.033,47
9 2.502.030,05 2.139.805,71 1.524.197,99 1.482.195,83 1.482.195,83 1.482.195,83
10 228.361,78 (196.831,16) (841.127,22) (950.218,34) (950.218,34) (950.218,34)
11 2.715.729,87 2.241.775,31 1.642.287,48 1.593.257,71 1.634.228,34 1.637.610,84
12 2.953.363,27 2.405.738,56 1.724.813,19 1.631.322,35 1.669.743,66 1.708.164,97
A
13 3.208.235,02 2.583.541,65 1.817.299,66 1.671.921,77 1.707.793,76 1.743.665,74
14 3.481.526,82 2.776.156,02 1.920.478,28 1.715.171,05 1.748.493,72 1.781.816,38
15 3.774.498,72 2.984.618,42 2.035.130,94 1.761.190,50 1.791.963,84 1.822.737,19
16 4.088.494,19 3.210.035,22 2.162.093,36 1.810.105,88 1.838.329,91 1.866.553,93
17 4.424.945,53 3.453.586,93 2.302.258,69 1.862.048,67 1.887.723,38 1.913.398,08
18 4.785.379,66 3.716.533,11 2.456.581,29 1.917.156,32 1.940.281,70 1.963.407,08
19 5.171.424,18 4.000.217,46 2.626.080,84 1.975.572,49 1.996.148,55 2.016.724,61
20 3.752.237,37 2.473.496,79 979.270,02 228.226,68 222.897,57 240.924,31
21 6.004.367,66 4.625.060,93 3.016.934,81 2.202.265,40 2.135.262,07 2.155.724,10
22 6.475.294,40 4.973.619,17 3.228.966,35 2.334.270,15 2.200.388,25 2.218.101,57
23 6.979.311,24 5.348.946,52 3.460.569,96 2.481.895,77 2.269.465,93 2.284.430,55
24 7.518.645,01 5.752.878,69 3.713.136,06 2.646.288,18 2.342.674,50 2.354.890,41
25 8.095.668,47 6.187.373,15 3.988.149,22 2.828.672,35 2.452.071,71 2.429.668,70
146
Linha de crédito: FINANCIAMENTO DIRETO - Tarifa: 230,37
Fluxo de caixa dos Ativos de acordo com o Percentual de financiamento
Ano 0% 25% 50% 70% 80% 90%
0 (20.921.321,31) (20.921.321,31) (20.921.321,31) (20.921.321,31) (20.921.321,31) (20.921.321,31)
1 1.003.119,24 1.003.119,24 1.003.119,24 1.003.119,24 1.003.119,24 1.003.119,24
2 1.184.326,49 1.105.871,54 1.058.936,59 1.058.936,59 1.058.936,59 1.058.936,59
3 1.390.713,26 1.226.088,61 1.117.282,54 1.117.282,54 1.117.282,54 1.117.282,54
4 1.572.199,13 1.366.068,39 1.178.271,93 1.178.271,93 1.178.271,93 1.178.271,93
5 1.741.846,77 1.528.401,23 1.242.024,78 1.242.024,78 1.242.024,78 1.242.024,78
6 1.923.898,06 1.716.006,75 1.308.666,58 1.308.666,58 1.308.666,58 1.308.666,58
7 2.119.207,06 1.882.698,57 1.378.328,49 1.378.328,49 1.378.328,49 1.378.328,49
8 2.328.684,58 2.034.914,93 1.476.476,60 1.451.147,65 1.451.147,65 1.451.147,65
9 2.553.301,92 2.199.763,69 1.609.535,88 1.527.267,41 1.527.267,41 1.527.267,41
10 284.156,63 (131.812,76) (743.075,84) (903.100,49) (903.100,49) (903.100,49)
11 2.776.388,87 2.312.228,58 1.716.502,47 1.625.767,33 1.666.737,96 1.686.867,85
12 3.019.251,50 2.482.027,07 1.805.096,19 1.665.307,92 1.703.729,23 1.742.150,53
A
13 3.279.743,03 2.666.093,47 1.904.093,12 1.707.450,29 1.743.322,28 1.779.194,26
14 3.559.072,40 2.865.428,74 2.014.255,09 1.752.312,58 1.785.635,24 1.818.957,91
15 3.858.528,66 3.081.101,12 2.136.396,42 1.800.018,26 1.830.791,60 1.861.564,95
16 4.179.486,27 3.314.250,57 2.271.387,44 1.850.696,43 1.878.920,45 1.907.144,48
17 4.523.410,57 3.566.093,43 2.420.158,16 1.904.482,04 1.930.156,75 1.955.831,45
18 4.891.863,71 3.837.927,43 2.583.702,27 1.961.516,17 1.984.641,55 2.007.766,93
19 5.286.510,88 4.131.137,00 2.763.081,38 2.040.700,79 2.042.522,36 2.063.098,42
20 3.876.550,44 2.614.622,36 1.126.852,85 331.722,61 271.376,76 289.403,50
21 6.138.573,57 4.777.119,62 3.175.850,29 2.314.366,11 2.185.942,22 2.206.404,25
22 6.620.105,19 5.137.387,38 3.400.015,62 2.455.607,99 2.253.369,29 2.271.082,62
23 7.135.487,55 5.525.253,24 3.644.608,26 2.613.146,74 2.324.852,33 2.339.816,94
24 7.686.999,28 5.942.608,94 3.911.076,28 2.788.174,85 2.426.380,51 2.412.791,37
25 8.277.068,39 6.391.471,68 4.200.965,71 2.981.966,98 2.584.477,73 2.490.198,37
147
Linha de crédito: FINANCIAMENTO DIRETO - Tarifa: 273,35
Fluxo de caixa dos Ativos de acordo com o Percentual de financiamento
Ano 0% 25% 50% 70% 80% 90%
0 (20.921.321,31) (20.921.321,31) (20.921.321,31) (20.921.321,31) (20.921.321,31) (20.921.321,31)
1 1.232.306,71 1.232.306,71 1.232.306,71 1.232.306,71 1.232.306,71 1.232.306,71
2 1.452.567,56 1.374.112,61 1.298.529,22 1.298.529,22 1.298.529,22 1.298.529,22
3 1.623.560,48 1.538.737,39 1.374.471,68 1.367.752,75 1.367.752,75 1.367.752,75
4 1.802.067,35 1.729.169,67 1.470.100,06 1.440.113,55 1.440.113,55 1.440.113,55
5 1.993.783,95 1.905.037,50 1.585.145,98 1.515.754,07 1.515.754,07 1.515.754,07
6 2.199.625,93 2.060.689,89 1.722.185,55 1.594.823,25 1.594.823,25 1.594.823,25
7 2.420.570,03 2.229.374,52 1.884.123,65 1.677.476,74 1.677.476,74 1.677.476,74
8 2.657.658,11 2.412.005,19 2.073.198,44 1.763.877,31 1.763.877,31 1.763.877,31
9 2.912.001,37 2.609.557,09 2.208.195,09 1.854.195,07 1.854.195,07 1.854.195,07
10 674.846,73 313.132,72 (153.619,53) (561.330,24) (561.330,24) (561.330,24)
11 3.201.493,78 2.794.945,92 2.276.860,57 1.880.419,22 1.902.547,19 1.943.517,82
12 3.481.365,56 3.005.318,34 2.410.832,24 1.954.385,70 1.950.244,25 1.988.665,56
A
13 3.781.642,25 3.232.955,23 2.558.500,93 2.039.264,26 2.001.029,15 2.036.901,14
14 4.103.726,59 3.479.065,03 2.720.854,34 2.135.870,28 2.055.042,07 2.088.364,74
15 4.449.114,47 3.744.937,30 2.898.947,64 2.245.075,95 2.112.429,57 2.143.202,91
16 4.819.401,01 4.031.948,04 3.093.907,95 2.367.814,08 2.173.344,85 2.201.568,88
17 5.216.286,98 4.341.565,38 3.306.939,07 2.505.082,15 2.237.948,09 2.263.622,79
18 5.641.585,64 4.675.355,51 3.539.326,56 2.657.946,64 2.359.206,29 2.329.532,08
19 6.097.230,07 5.034.989,16 3.792.443,13 2.827.547,60 2.495.832,57 2.399.471,78
20 4.752.704,32 3.589.671,81 2.235.177,80 1.182.527,00 816.260,93 641.048,30
21 7.084.904,23 5.828.465,01 4.368.717,61 3.233.778,78 2.836.272,37 2.574.013,81
22 7.641.679,63 6.270.474,34 4.683.381,17 3.448.598,88 3.011.687,20 2.683.632,63
23 8.237.719,19 6.745.897,22 5.024.829,33 3.685.026,22 3.206.771,29 2.844.109,01
24 8.875.670,89 7.257.019,67 5.394.937,92 3.944.616,27 3.422.960,21 3.024.049,08
25 9.558.356,51 7.806.279,02 5.795.708,74 4.229.030,67 3.661.788,25 3.224.885,62
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