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#INTRODUÇÃO#
Caro(a) aluno(a)! Trabalhar com números e cálculos é sempre algo que causa
certo espanto, porém não podemos trabalhar nossas ações estratégicas sem
entender de mercado financeiro e sua importância em nossas ações.
Neste material pretendemos ampliar seus conhecimentos sobre esta área, com
a compreensão de conceitos básicos, porém essenciais para entender e aplicar
conhecimentos financeiros a gestão dos negócios.
O mercado possui variações constantes e precisam ser analisadas com muito
critério para evitar surpresas ao adquirir bens ou serviços, pois reflete um grande
investimento por parte de quem o adquire.
Todos esses cálculos e teorias são essenciais para utilização no cotidiano, além
de fornecer formas para facilitar sua as análises e decisões com base em
números e informações financeiras.
Ao falarmos de situação econômica de nosso país precisamos entender que
existe e sempre haverá uma variação constante, sendo positivas e negativas, e
isso deve ser levado em conta no momento de uma tomada de decisão de
investimento.
Aqui começamos a compreender alguns termos pertinentes a ao conteúdo de
finanças e que devem fazer parte de sua realidade de trabalho, pois falar de
imóveis é falar de vendas, juros, parcelamentos, comissões e outros assuntos
em torno do tema financeiro.
Começaremos esta unidade falando da economia brasileira, na sequência
entendendo um pouco sobre cálculos comerciais e conceitos da matemática
básica.
#INTRODUÇÃO#
A economia nos cerca, por isso precisamos entende-la, pois nossas decisões do
uso do dinheiro, como investimentos, influenciarão no futuro dos nossos
negócios e na perpetuidade da empresa no mercado.
Segundo Raymundo (2006) a alternância do dólar em frente a nossa modela, o
real, é algo comum e rotineiro no mercado financeiro, pois dependendo do risco
que o país oferece para os investidores, menos dólares temos em nosso país,
logo, o valor do dólar acaba subindo. Fato que o inverso também é verdade pois
quanto menos risco o país oferece, mais dólares entram, fazendo a moeda
americana diminuir de valor frente ao real.
Uma outra questão que merece nossa atenção é que variações no dólar podem
causar aumento ou diminuição da inflação, mudança na autonomia de compra
das pessoas e variação dos custos envolvidos em insumos ou outros materiais
importados.
Por isso busque conhecer ainda mais sobre o mercado de bolsas, dólar,
sociedades anônimas, mercado de ações, que podem ser grandes fontes de
investimento e mudança de realidade do mercado das finanças e as empresas.
Temos como exemplo o mercado da bolsa no Brasil, que se mantém firme
mesmo passando por algumas crises na economia mundial e que demonstra
claramente como o mercado é volátil e incerto, por isso entender o que acontece
e como tomar decisões é essencial.
#SAIBAMAIS#
O site “Fundamentus” disponibiliza informações financeiras e fundamentalistas
das empresas com ações listadas na Bovespa. Possui um completo banco de
dados apresentado de forma acessível para auxiliar o investidor a encontrar as
melhores opções de investimento.
Fonte: Fundamentus… (2017, on-line).
#SAIBAMAIS#
Um grande alerta é que no Brasil temos uma carga tributária muito alta em
relação a outros países, o que dificulta a sobrevivência das empresas. Para
termos uma ideia, esses tributos em nosso país podem alcança 36% do PIB
(Produto Interno Bruto) e isso pouco se reflete em benefícios ao país, as pessoas
e aos negócios.
Além disso, temos um elevado valor de juros, onde o Brasil detém a fama de ter
os maiores juros do mercado, se comparado com o resto do mundo.
Um bom planejamento passa por analisar cada detalhe do mercado,
principalmente do financeiro, pois a empresa depende de decisões que
envolvam dinheiro que seja lucrativa e se perpetue no mercado.
MATEMÁTICA COMERCIAL
Todos nós que queremos ter visão estratégica de negócios precisamos conhecer
os conceitos básicos dos cálculos voltados ao comércio, entendo os cálculos
básicos que são extremamente úteis nos negócios.
Na visão de Francisco (1999), a atual economia que é vista como globalizada,
exige que os profissionais busquem conhecer os aspectos financeiros e
comerciais dos cálculos, para melhor compreender questões de juros, taxas,
impostos e outros assuntos que interferem em nosso dia a dia.
Imagine quando você precisa comprar um bem e precisa financiar em 120 vezes,
com determinado valor de juros, que resultará em um valor futuro maior, e que a
vista poderia ser mais barato, isso pode interferir em nossas decisões.
Francisco (1999) reforça que os cálculos financeiros oferecem ferramentas para
que consigamos calcular e tomar decisões embasados em informações corretas,
isso nos dá mais segurança para avaliar como investir nosso precioso dinheiro.
Por isso, acompanhe todo esse material para compreender as questões
financeiras e com isso estar melhor preparado para tomadas de decisão em um
mercado altamente complexo.
Neste momento iremos rememorar conceitos essenciais e básicos para
posteriormente nos aprofundarmos nos cálculos financeiros.
#REFLITA#
Quem nunca enfrentou dificuldades em cálculos ao menos uma vez na vida?
Tenha foco para compreender e vencer esses desafios.
(o autor)
#REFLITA#
3. REGRA DE TRÊS
Na visão de Gremaud (2003) esta regra ajuda a conhecer o valor desconhecido
em uma proporção, podendo ser 2 razões, também chamada de simples, ou com
mais valores, sendo conhecida como composta. Podem ainda ter uma relação
direta, ou até mesmo podem ser inversas, como iremos compreender na
sequência.
b) Inversamente Proporcional
Neste caso existe uma relação inversa, ou seja, quando uma grandeza diminui
a outra aumentará, e o contrário também é verdadeiro. Vamos entender isso
através de um exemplo:
1. A empresa Z, contrata 24 operários para erguer um prédio em 48 meses.
Quantos operários são necessários para erguer esta mesma obra em 36
meses?
Operários Meses
X 36
24 48
Operários Meses
X 48
24 36
Perceba que agora fica fácil fazer o cálculo, como se apresenta na resolução a
seguir:
X = 48
24 36
X = 24 x 48
36
X = 32
Resposta: precisaria de 32 operários.
2. Pensemos em um avião que mantendo a velocidade de 256 km/h faz um
percurso em 6 horas. Porém precisamos descobrir qual deveria ser a
velocidade para percorrer essa distância em 4 horas?
X 300 30
90 200 10
Tabela 01 – Regra de 3
Fonte: o autor
A dúvida aqui é encontrar o número de dias, logo ele será nosso “X”, lembrando
que com mais operários menos tempo de construção, porém quanto mais metros
construídos mais tempo de construção. Número de operários e dias são
inversamente proporcionais, vamos a resolução:
Tabela 02 – Regra de 3
X 300 10
90 200 30
Tabela 02 – Regra de 3
Fonte: o autor
#REFLITA#
Tempo é dinheiro.
(Benjamim Franklin)
#REFLITA#
Tabela 03 – Regra de 3
8 9 1 9 1
Tabela 03 – Regra de 3
Fonte: o autor
X 9 1 6 3
8 8 2 9 1
Tabela 04 – Regra de 3
Fonte: o autor
#SAIBAMAIS#
A Regra de Três Simples ajuda a encontrar um Quarto valor que não
conhecemos apenas usando outros três valores que temos. É uma ferramenta
que pode te ajudar em vários cálculos e facilitar sua vida.
Fonte: o autor.
#SAIBAMAIS#
PORCENTAGEM
Figura 03 – Porcentagem
Fonte: o autor
X = 500.000,00
Assim, o valor da venda é R$ 500.000,00 e 6% desse valor é R$ 30.000,00.
500.000,00 x 0,06 = 30.000,00.
Então você poderia, simplesmente, dividir 30.000,00 por 0,06 e chegaria à
resposta de R$ 500.000,00.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Percebemos até aqui que a matemática financeira não é um “bicho de sete
cabeças”, é possível aplicar esses cálculos básicos de forma simples e rápida.
Claro que não estamos aqui tentando esgotar tudo sobre esses assuntos, mas
sim apresentando o que será útil para o seu cotidiano no trabalho como gestor.
Para você que recebe comissões, a porcentagem é algo essencial e usual para
os cálculos do seu rendimento após uma venda comissionada. Além da Regra
de Três que pode ajudar a encontrar valores que não estão explícitos ou que
precisam ser encontrados a partir de outros dados.
Segundo Fallet (2011), tudo isso não funciona sem inserirmos a realidade
econômica brasileira no contexto de tomada de decisão financeira, pois essa
realidade influenciará diretamente os juros e o valor de nossa moeda perante
outros países.
Esses cálculos que foram apresentados nesta Unidade precisam ser
compreendidos para a evolução da compreensão da matemática financeira,
principalmente a forma de lidar com a porcentagem em sua forma normal ou
transformada em índice, que agiliza posteriores cálculos após encontrado.
Para fixar os conteúdos, refaça os exemplos apresentados e faça a atividade de
estudo proposta na sequência, isso o auxiliará a fixar o conteúdo e o levará ao
desenvolvimento dos conhecimentos sobre matemática financeira.
Não tenha medo de crescer, evolua constantemente, pois quem busca alcança
e quem luta pode chegar a vitória. Quem fica parado começa a andar para trás.
Hirschfeld (2000) enfatiza que aquele que domina as informações pode dominar
o mercado, por isso é essencial entender esse conteúdo, para que sua análise
crítica possa ser bem mais apurada e possa leva-lo a uma tomada de decisão
bem mais assertiva.
O sucesso é para aqueles que buscam e lutam por ele, por isso, é extremamente
importante que você busque por ele incansavelmente.
Nos vemos na próxima Unidade, até lá!
#LEITURA COMPLEMENTAR#
Como lidar com aumento do financiamento imobiliário
Para quem acompanha nossos relatórios, isto não é novidade. Houve uma
sequência de aumentos nas taxas dos financiamentos imobiliários em 2015, o
que representou uma alta entre 12% e 17% em relação às taxas praticadas ao
fim de 2014.
Mas esse não foi o único aumento no componente dos custos. A correção
monetária por meio da Taxa Referencial (TR) subiu bastante, passando de um
patamar de 0,19% ao ano, em 2013, para 0,86%, em 2014, e 1,80%, em 2015.
O efeito duplo é relevante no bolso do comprador. O custo total de juros e de
correção monetária esperado subiu entre 32% e 42%, dependendo do tipo de
financiamento (a exceção é o programa Minha Casa Minha Vida, que quase não
teve aumento).
Um comprador que financiar R$ 100 mil em 30 anos pelo Sistema Financeiro da
Habitação (SFH), modalidade de crédito da Caixa Econômica Federal (CEF)
voltado para a aquisição de imóveis de até R$ 750 mil, pagará R$ 41 mil A MAIS
de juros e de correção monetária.
Para os financiamentos fora do SFH, a situação é pior. Um financiamento de R$
100 mil terá um adicional de juros e de correção monetária de R$ 58 mil.
E, nesse contexto, uma pergunta frequente que recebo é: vale a pena esperar
os financiamentos abaixarem para fazer um negócio melhor?
O mais importante é reparar que há uma correlação direta entre os custos de
financiamento e os preços dos imóveis.
Um aumento dos custos de financiamento aumenta a prestação do empréstimo,
diminui o poder de compra e, dependendo da situação geral da economia, força
uma queda nos preços dos imóveis.
Essa redução do valor dos imóveis pode vir disfarçada por um longo período de
corrosão dos preços em comparação com a inflação, ou seja, preços parados
em um ambiente de inflação, o que significa uma perda real.
Ao mesmo tempo, há liquidações pontuais de empresas e pessoas com a corda
no pescoço, o que os índices não capturam.
Este é o ambiente de negócios no momento. Preços pressionados para baixo
por conta de financiamentos mais caros e de renda per capita decrescente.
O maior perigo de esperar que as taxas de juros caiam para fazer um
financiamento é que, na mesma hora em que o financiamento cair e apresentar
preços convidativos, deve-se esperar um movimento de aumento dos preços
dos imóveis.
O cenário mais provável é aquele em que se economiza de um lado –
financiamento – para gastar no outro – imóvel mais caro.
Outro ponto importante é que não há nenhum fator indicando que possa haver
uma queda na taxa de juros de financiamento.
Os imensos saques da poupança – principal fonte de financiamento do setor
imobiliário – só aumentam os custos dos bancos, que são devidamente
repassados ao consumidor.
Além disso, a persistente inflação não abre espaço para uma redução da taxa
de juros.
As oportunidades de descontos em imóveis no momento e a ausência de algum
sinal de que as taxas vão cair formam um cenário em que não faz sentido
segurar o financiamento de uma compra de imóvel.
Se, no futuro, os juros forem reduzidos, você sempre terá a opção de realizar a
portabilidade de seu financiamento para conseguir juros menores.
Essa é uma alternativa grátis que o sistema possibilita – de trocar seu
financiamento facilmente, então, é seu dever aproveitá-la de forma inteligente.
Ficar esperando taxas menores de financiamento não faz sentido se o sistema
permite que você se aproveite de taxas menores por meio da portabilidade.
Entretanto, mais inteligente do que usar a portabilidade é minimizar ao máximo
o uso de financiamento na sua vida financeira.
Se você só comprar imóveis que caibam em seu bolso, começando com um
muito pequeno, se necessário, e aos poucos fazendo upgrades, sem usar
financiamento, a diferença final será assustadora.
Se o imóvel dos seus sonhos custa R$ 500 mil e você deu a sorte de achar uma
taxa amiga de TR + 8% (geralmente reservada para o servidor público), você
vai pagar R$ 940 mil em 30 anos, incluindo juros e correção monetária.
Ao adquirir um imóvel menor e aplicar o dinheiro que seria usado nas
prestações, você pode comprar o mesmo imóvel desembolsando um total de
R$ 529 mil em cerca de 11 anos.
É uma diferença de R$ 411 mil entre as opções.
#MATERIAL COMPLEMENTAR#
#LIVRO#
Título: A Magia Da Matemática
Autor: Ilydio Pereira de Sá
Editora: Ciência Moderna
Ano: 2007
Sinopse: o livro pretende mostrar – por meio de atividades lúdicas, histórias
sobre a Matemática e os matemáticos, desafios diversos e estudo de
importantes conteúdos matemáticos – que a Matemática não é uma ciência
difícil, árida, pesada, pronta, sem utilidade ou destinada apenas a um seleto
grupo de 'iniciados'. A Matemática é para todos e pode ser estudada (e
entendida!) de forma agradável e contextualizada. O autor, com mais de 30 anos
de experiência em classes da Educação Básica e do Ensino Superior, é mestre
em Educação Matemática e tem se dedicado, entre outras atividades, à
formação de profissionais na área.
#WEB#
o vídeo mostra uma aula de matemática de Marcos Aba, na qual ele ensina a
calcular porcentagem, dando também ênfase na conta de "divisão". Para saber
mais detalhes, acesse o conteúdo disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=ZZXcTQpbdaE>. Acesso em: 12 jul. 2017.
#WEB#
UNIDADE II
JUROS E DESCONTOS
Professor Me. Fábio Oliveira Vaz
INTRODUÇÃO
A partir daqui iremos aprofundar em cálculos financeiros, compreendendo sobre
os juros e suas influências sobre o capital, além de entender sobre os conhecidos
descontos.
Fique atento, pois esses são os cálculos que você mais irá utilizar no seu
cotidiano de trabalho na gestão de empresas, pois envolvem os cálculos sobre
juros, descontos e valor futuro de dinheiro investido.
O dinheiro passa por valorização durante o tempo que é investido e precisamos
entender com clareza para que consigamos tomar decisões estratégicas
envolvendo investimentos.
Claro que não queremos torná-lo um matemático, mas sim alguém capaz de
olhar as informações e compreender os contextos que estão inseridos e, com
isso, facilitar uma decisão coerente.
Além disso, nesta Unidade ficará mais fácil entender e usar a HP12C como
ferramenta essencial para cálculos financeiros, pois ela facilita sua vida para que
não precise utilizar fórmulas complexas em uma calculadora científica.
Aliás, o que menos queremos é perder tempo com cálculos maçantes e
complexos, o que acaba transformando a matemática financeira em algo ruim de
estudar, pelo contrário, aqui veremos que é muito simples aplicar os
conhecimentos utilizando a calculadora HP12C como sua parceira.
Neste momento, abra sua mente e busque compreender cada cálculo e sua
importância dentro da sua profissão ou até mesmo para melhor controlar suas
finanças pessoais.
Vamos começar essa Unidade falando sobre os juros conhecidos como
“simples”, passando pelos “compostos” e uma breve explanação sobre a
utilização da HP12C.
JURO SIMPLES
Figura 04 – Juros simples
Fonte: freepik.com
Na tabela a seguir percebemos como funciona o cálculo dos juros simples, onde
trabalhamos com uma taxa de 10% ao período.
Fonte: o autor
A partir daqui iremos entender que diversos cálculos podem ser feitos através da
calculadora HP12C, pense nela como um facilitador de processos e iremos
entender um pouco mais sobre ela na sequência de nossos estudos.
Figura 04 - Calculadora HP12C
Fonte: Epx… ([2017], on-line).
#SAIBA MAIS#
A Calculadora Financeira HP12C foi desenvolvida para facilitar os cálculos
financeiros, juros, depreciação, valor do dinheiro no tempo entre outros cálculos.
Por ser preparada para isso, se torna muita mais eficiente e rápido utilizá-la.
Fonte: o autor
#SAIBA MAIS#
Fonte: o autor
#SAIBA MAIS#
Podemos definir juros como o rendimento de uma aplicação financeira, valor
referente ao atraso no pagamento de uma prestação ou a quantia paga pelo
empréstimo de um capital. Atualmente, o sistema financeiro utiliza o regime de
juros compostos, por ser mais lucrativo. Os juros simples eram utilizados nas
situações de curto prazo. Hoje não utilizamos a capitalização baseada no regime
simples, mas, de qualquer forma, vamos entender como ele funciona.
Os juros simples são calculados com base no capital inicial (C), período a
período. Por isso o valor dos juros simples é constante em cada período de
tempo.
Exemplo 1
Fernando aplicou R$ 1.200,00 em uma instituição bancária que paga juros
simples de 2,5% ao mês. Qual será o montante no final de 10 meses?
O montante do juro simples e dado pela expressão: M = C + J
Fórmula para o cálculo de juros simples: J = C * i * n , em que:
J = juros
C = capital
i = taxa
n = tempo (período de aplicação)
M = montante
Dados do exercício:
J=?
C = 1.200
i = 2,5% = 2,5/ 100 = 0,025 (taxa unitária)
n = 10 meses
Desenvolvendo
J = 1200 * 0,025 * 10
J = 300
M = 1200 + 300
M = 1500
Exemplo 2
Um capital de R$ 2.000,00, aplicado no sistema de juros simples, produziu um
montante de R$ 2.720,00 após 12 meses de aplicação. Qual foi a taxa de juros?
Dados:
C = 2.000
M = 2.720
J = M – C = 2720 – 2000 = 720
n = 12 meses
i=?
J=C*i*n
720 = 2000 * 12 * i
720 = 24000 * i
i = 720/24000
i = 0,03 ou 3%
Exemplo 3
Um capital de R$ 1.000,00, aplicado a juros simples com uma taxa de 2% ao
mês, resultou no montante de R$ 1.300,00 após certo tempo. Qual o tempo da
aplicação?
C = 1.000
M = 1.300
J = 1300 – 1000 = 300
i = 2% = 2/100 = 0,02
n=?
J=C*i*n
300 = 1000 * 0,02 * t
300 = 20 * t
n = 300/20
n = 15 meses
Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/aplicacao-juros-
simples.htm
#SAIBA MAIS#
MÉTODO HAMBURGUÊS
DESCONTO SIMPLES
D = VN - VA
VAcs = VN [1 – (i x n )]
Onde: VAcs = Valor Atual com desconto comercial simples.
#REFLITA#
As empresas que querem fazer boas negociações, precisam estar prontas para
conceder descontos ou parcelamentos diferenciados?
Fonte: o autor.
#REFLITA#
VAr s = 76,92
:. :. Drs = 23,08
JUROS COMPOSTOS
Com base neste exemplo percebemos que ao fim do período temos uma
diferença de R$ 31,00 a mais na capitalização composta, o que reflete a
formação dos juros através dos juros sobre juros.
Cálculo do montante
Nos juros compostos teremos uma forma diferente de calcular o montante, o que
veremos a seguir:
Exemplo: Calcule o montante de uma aplicação de R$ 100,00, a uma taxa
de 10% ao mês durante um período de 4 meses.
Com isso percebemos que a taxa de 10% gera juros a cada período formando
um montante de R$ 133,10.
Porém para esse cálculo não podemos esquecer que a taxa e o período
precisam estar em uma mesma medida de tempo, onde se a taxa estiver ao
mês o período também deve ser ao mês.
#SAIBA MAIS#
A HP 12c calcula juros simples com base em um período de 360 ou 365 dias.
Além disso, com o juro acumulado no visor, a quantia total pode ser calculada
(principal somado ao juro acumulado) pressionando .
Para calcular os juros em um período de 360 ou 365 dias:
Fonte: https://support.hp.com/br-pt/document/c02182417
#SAIBA MAIS#
Capitalização
Figura 10 – Capitalização
Fonte: o autor
Descapitalização
Figura 11 – Descapitalização
Fonte: freepik.com
Neste caso temos uma taxa que foi capitalização em um período maior e
queremos encontrar o período menor, neste caso a fórmula tem uma pequena
mudança:
ip< = (1+ip>)(1/n) – 1
Veja o exemplo:
Temos uma taxa de 12% ao ano, encontre a taxa equivalente ao mês.
ip< = (1+ip>)(1/n) – 1
ip< = (1+0,12)(1/12) – 1
ip< = 0,95% ao mês.
Na HP12C, utilizamos as seguintes funções:
1 ENTER 0,12 +
1 ENTER 12 ÷ yx
1 -
100 x
Cálculo do período
A letra “n” representa o período de aplicação de um capital, esse período pode
ser encontrado tendo o capital, o montante gerado e a taxa, desta forma
podemos utilizar a seguinte fórmula:
n= ou n=
n= :. n=
n= :. n=3
Ou seja, 3 meses pois a taxa está expressa em meses.
0 1 2 3
72,90 VA
Este valor pode ser calculado com a aplicação da fórmula a seguir:
VAcc = VN . (1 – i)n
Onde:
VAcc = valor atual com o desconto comercial composto, é o valor do pagamento
com abatimento devido à antecipação.
VN = valor nominal, valor escrito no título. É o valor no seu vencimento.
VAcc = 100,00(1- 0,10)3
VAcc = 100,00 (0,90)3
VAcc = 100,00 . 0,729 = 72,90
Lembre-se que na HP12C esse cálculo se torna mais fácil e rápida, apenas
informando a taxa de forma negativa para que o desconto seja aplicado ao valor
do montante e gere o novo valor. Para isso basta seguir os passos a seguir:
f REG f 2
100,00 CHS PV (VN negativo = - 100,00)
10 CHS i ( taxa negativa = - 10%)
3 n FV (VA ou valor atual = 72,90)
Perceba que as fórmulas não mudam das dos juros compostos, o que muda é
apena os nomes, porém a lógica é a mesma e a fórmula também.
Cálculo do desconto
O valor do desconto é a diferença entre o valor nominal e o valor atual.
D = VN – VA
D = 100,00 – 72,90 = 27,10
Pode ser calculado com a fórmula:
Com a hp 12c
100,00 CHS PV
10 CHS i (taxa negativa = - 10%)
3 n FV RCL PV +
Com a hp 12c:
72,90 CHS FV
10 CHS i ( taxa negativa = - 10%)
3 n PV
Cálculo da taxa
Para encontrar a taxa, siga a seguinte fórmula:
Cálculo do período
Para encontrar o período do desconto basta utilizar a fórmula a seguir:
Exemplo:
Qual foi o período de antecipação de um título de R$ 100,00, com taxa de
10% ao mês que gerou um valor com desconto de R$ 72,90?
Esse tipo de desconto é conhecido como “real” e é baseado no valor atual. Nele
temos a equivalência com a capitalização composta, onde temos apenas
mudanças de nomes dos itens na fórmula, porém mantendo a forma de cálculo.
VArc=75,13
.
Onde:
VArc = valor atual com desconto racional composto é o valor do pagamento com
desconto pela antecipação. Pode ser considerado como o Capital.
VN = valor nominal, valor que está escrito no título. É o valor no seu vencimento.
Nesse caso, também pode ser entendido como o montante.
Com a hp 12 c
f REG f 2 100,00 CHS FV 10 i 3n PV
Cálculo do desconto
O desconto nada mais é do que o valor nominal menos o valor atual.
D = VN – VA
D = 100,00 – 75,13 = 24,87
Neste caso podemos utilizar a seguinte fórmula:
Com a hp 12 c
100,00 FV 3 n 10 i PV RCL FV + (Resposta = 24,87)
Cálculo da taxa
A taxa no desconto racional utiliza a mesma fórmula dos juros compostos,
apenas com alguns nomes diferentes, veja:
Com a hp 12 c
f REG f 2
75,13 CHS PV
100,00 FV
3 n
i (resposta 10% ao mês)
Cálculo do período
O cálculo do período do desconto racional composto também é feito com a
mesma fórmula do período dos juros compostos:
Exemplo: calcule o tempo que foi antecipado um titulo com valor nominal
de R$ 100,00, com pagamento de antecipação de 10% ao mês, gerando um
valor de R$ 75,13.
n = 3 (três meses, pois a taxa está expressa em meses)
Com a hp 12c
f REG f 2
75,13 CHS PV
100,00 FV
10 i
n (resposta 3)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Não se limite apenas a esses estudos, a internet possui vários exemplos para
que você possa praticar e desenvolver ainda mais seus conhecimentos em
matemática financeira.
Além disso, com a aplicação do método hamburguês você poderá ter um prévia
de quanto pagará se precisar usar o limite de sua conta ou o cheque especial,
tomara que nunca precise, mas isso o ajudará a se preparar e evitar surpresas.
Perceba que cada teoria até aqui apresentada busca o levar a compreender o
uso do dinheiro e sua variação através do tempo e isso é algo que todos nós
deveríamos compreender, pois, nos ajudaria muito a controlar nosso dinheiro e
não permitir que paguemos juros desnecessários por falta de controle.
Apenas um lembrete: fuja das fórmulas, use a HP como sua aliada, é bem mais
fácil e simples após compreender como ela funciona.
A matemática financeira não é do mal, apenas incompreendida pela cultura de
não valorizar as questões que envolvem valores e cálculos, a questão é que sem
esse conhecimento não teremos uma vida financeira controlada chegando até a
gerar endividamentos por desconhecer essa realidade.
Faça e refaça as atividades para fixar o conhecimento, não há uma maneira de
aprender sobre juros e descontos mais efetiva do que usar a prática a seu favor.
Esperamos que tenha gostado do conteúdo, nos vemos na próxima Unidade!
#LEITURA COMPLEMENTAR#
Desconto Comercial ou Racional? Qual a diferença e como calcular
Saber o que são o desconto racional e o desconto comercial é importante para
quem precisa saber matemática financeira e também muito útil na prática, no
dia a dia de quem faz negócios – quem não faz?
Aparentemente difícil de entender, a diferença entre desconto racional e
desconto comercial na verdade é bastante simples – pode ser compreendida
para “nunca mais” ser esquecida.
Para quem ainda não conhece ou nunca ouviu falar, desconto racional e
desconto comercial são simplesmente duas formas usuais – bem diferentes
entre si – de calcular um desconto, um abatimento, sobre um valor a ser
liquidado antecipadamente.
Mais importante que saber seus nomes ou definições (ver no fim do artigo) é ter
toda a atenção e cuidado ao usá-los, ao fazer cálculos de “desconto” para
pagamentos ou recebimentos antecipados – a diferença entre os critérios pode
ser a diferença entre o lucro e o prejuízo.
Muito bem. Vamos ver e entender como calcular os dois tipos e avaliar a
diferença entre eles. De uma só vez, com um só exemplo:
Você tem uma conta de R$ 100,00 para pagar daqui a 60 dias. Sabendo que
ela foi calculada com juros de 10% a.m. Qual o valor “certo” para pagá-la já? -
Não responda ainda.
Seu credor informa que calcula usando o “desconto racional” e propõe R$ 83,33.
Você está de acordo? Aceita?
Você pede um tempo para analisar:
Raciocínio 1: 10% de 100 é 10. Dois meses seriam 20. Eu deveria pagar 80,00.
Porque não?
Raciocínio 2: qual o valor que tomado hoje a 10% a.m. daria 100 daqui a 60
dias? Fácil, é só calcular qual o valor que com 20% de juros dá 100. Você faz a
conta ( 100 / 1,20 ) e encontra exatamente os 83,33.
Raciocínio 3: você pensa um pouco mais e verifica que 83,33 daqui a um mês
já seria 91,67.
( 83,33 x 1,10 ), e com mais um mês 100,83. Confere as contas dividindo 100,83
por 1,10 duas vezes e bate com o 83,33. Verifica de outra forma, agora dividindo
100 por 1,10 também duas vezes, e encontra 82,64.
80,00 ou 83,33 ou 82,64? Qual o “certo”?
Na prática, os 3 modos de calcular são usados. O “certo” será o “negociado” e
aceito pelas partes.
Só falta saber o nome de cada um:
Desconto Comercial: é o “raciocínio” 1.
Desconto Racional: é o “raciocínio” 2.
Desconto Racional Composto: “raciocínio” 3.
Diferença entre o Comercial e o Racional
Desconto Comercial é calculado sobre o valor nominal e Desconto Racional é
calculado sobre o valor atual.
Qual usar? Você escolhe, negocia – decide.
Para quem precisa ou quer saber, seguem as
Definições e Fórmulas:
Desconto: é a diferença entre o valor nominal ( Vn = valor indicado no título ou
valor no vencimento) e o valor atual ( Va = valor do título calculado para antes
do vencimento).
D = Vn - Va
Desconto Racional: é o equivalente ao juro simples produzido pelo valor atual
no período correspondente. Também chamado de “desconto por dentro”.
Dr = Vn – Va = Vn - Vn / ( 1 + i . n ) = Vn . i . n / ( 1 + i . n )
Desconto Comercial: é o equivalente ao juro simples produzido pelo valor
nominal no período correspondente. Também chamado de “desconto por fora”.
Alguns o chamam de “desconto irracional”.
Dc = Vn . i . n
Desconto Racional Composto: é o Desconto Racional calculado com juro
composto.
Drc = Vn - Vn / ( 1 + i ) ^ n
Sendo “i” a taxa de desconto (ou taxa de juro), “n” o número de períodos antes
do vencimento e “^” o símbolo de potência).
#MATERIAL COMPLEMENTAR#
#LIVRO#
#WEB#
Aqui, você verá dicas importantes sobre o cálculo dos juros simples e do juro
composto. Ótima para prática a aplicação dos conceitos e das fórmulas. Acesse
o conteúdo disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=fBqfutC1MmY>.
Acesso em 14 jul. 2017.
#WEB#
UNIDADE III
RENDAS E EMPRÉSTIMOS
Professor Me. Fábio Oliveira Vaz
INTRODUÇÃO
Nesta Unidade, veremos a importância de compreender o tema renda e como
ele é utilizado para gerar montantes para retirada futura, como é o caso das
aposentadorias, aluguéis etc.
Além disso, passaremos pelo tema mais temido e que impacta nossas finanças,
a INFLAÇÃO. Compreender seu funcionamento é essencial para perceber seu
impacto em nosso dinheiro. Aliás, veremos como ela é calculada e com base em
que é gerada.
Outro assunto que abordaremos são as taxas de juros, parcelas e empréstimos,
tema que é comum no meio empresarial, principalmente para os financiamentos
que envolvem valores altos e parcelas por um longo período de tempo.
Por isso, quando dizemos que iremos parcelar algo com juros, por um longo
período, precisamos compreender que para a dívida ser liquidada é necessário
amortizar o débito após o pagamento de cada parcela, isso nos leva a buscar
entender os tipos de amortizações existentes e onde são aplicadas.
Termos complexos? Por isso, iremos compreendê-los nesta Unidade e veremos
como aplicar cada teoria na prática.
Mais uma vez, veremos que a complexidade está mais no medo da disciplina e
iremos perceber que esse medo é mais lenda do que realidade. Falaremos de
renda, juros, amortização, empréstimos, inflação de maneira simples e didática.
RENDAS OU ANUIDADES
Figura 13 – Rendas
Fonte: freepik.com
Ao pensar em rendas temos que entender que elas servem para duas coisas:
a) o pagamento de uma dívida parcelada, ou a compra de um bem em
prestações.
b) a constituição de um montante em dinheiro no futuro como, por exemplo,
uma série de depósitos em caderneta de poupança que é capitalizada.
#SAIBA MAIS#
Renda, também conhecida como anuidade, é todo valor utilizado
sucessivamente para compor um capital ou pagar uma dívida. As rendas são um
dos principais conceitos que baseiam os financiamentos ou empréstimos.
Nessas rendas são realizadas uma série de pagamentos (parcelas ou termos)
para arrecadar um fundo de poupança, pagar dívidas, financiar imóveis, etc.
No caso da poupança, para acumularmos determinado valor, realizamos vários
pagamentos que geram um montante ao final, chamado de montante equivalente
da renda.
Já no pagamento de uma dívida, os débitos são feitos posteriormente, ou seja,
as prestações são pagas ao credor com períodos e parcelas determinadas. Um
exemplo, é o pagamento de uma aluguel. Esse pagamento de dívidas é chamado
de amortização. Existem diversos tipos de sistemas de amortização, são eles:
Sistema de Amortização Francês, Sistema de Amortização Constante (SAC),
Sistema de Amortização Alemão, etc., sendo que cada um têm sua
particularidade.
Dentro da renda, são trabalhados os seguintes conceitos:
Número de prestações ou termos de renda: quantidade de pagamentos
ou recebimentos feitos;
Valores dos termos de renda: valor de cada termo da renda;
Período de Vencimento: data de vencimento ou pagamento dos termos
da renda.
As rendas de acordo com as formas de pagamento podem ser divididas em:
Rendas Certas
As rendas certas, também chamadas de séries periódicas uniformes, são
aquelas em que todos os elementos já estão pré-determinados e podem ser
classificados de acordo com o tempo, a variação dos elementos, o valor, o
período do vencimento, etc, que por sua vez podem ser divididas em:
Rendas Postecipadas: Rendas em que o pagamento é feito apenas ao
final de cada período. Ex.: faturas de cartão de crédito, empréstimos e
financiamentos, etc.
Rendas Antecipadas: Rendas em que há a exigência do pagamento ser
feito no início de cada período. Ex.: financiamentos pagos à vista.
Rendas Diferidas: O período de pagamento está num prazo entre o início
da compra do período de pagamento da primeira parcela. Ex.: Essas
séries são utilizadas em promoções de “Compre hoje e comece a pagar
em tal dia.”
Rendas Aleatórias
As rendas aleatórias são utilizadas quando alguns de seus elementos não
podem ser previamente determinados. Ex.: o seguro de vida, com relação ao
valor do seguro (de acordo com a causa da morte) e a data do recebimento (data
da morte) que não podem ser determinados durante o fechamento do contrato.
RENDA PERPÉTUA
Esta renda leva esse nome pois não existe uma previsão para seu término, é
considerado um número de parcelas ou pagamentos infinitos. Temos como
exemplo os aluguéis, condomínio, Netflix, internet, etc. As parcelas ou
prestações utilizam a função PMT (Periodic Payment Amount).
Na qual:
VARP = valor atual de uma renda perpétua
PMT = Valor das parcelas
Exemplo:
Se temos uma taxa de 1,2% ao mês e uma renda perpétua de R$ 100,00,
qual será o valor atual dessa renda perpétua?
Seria a mesma coisa de perguntar qual o valor que preciso para sacar R$
100,00 por mês com uma taxa de 1,2% ao mês.
VArp = 8.333,33
2) Veja esse exemplo: Se você quer se aposentar daqui a 25 anos e ter uma
renda perpétua de R$ 1.500,00, qual deve ser o valor dos depósitos e qual
o montante necessário (postecipado), sabendo que a taxa de juro é de 1,5%
ao mês?
a) Primeiro Passo: é preciso encontrar quanto você precisa daqui a 25 anos
para conseguir uma renda perpétua de R$ 1.500,00?
Com a hp 12c
G 8 (Para cálculo dos pagamentos sem entrada ou postecipados)
f CLX f 2
100.000 CHS FV
1,5 i
300 n
PMT (Resposta 17,43)
#SAIBA MAIS#
Índices de preço
Como a inflação deve ser medida de forma contínua e generalizada, necessária
se faz a elaboração de índices desses aumentos. No Brasil, são vários esses
medidores, os quais serão citados o INPC e o IGP-M.
O INPC – Índice nacional de preços ao consumidor – é elaborado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e considera a variação do custo de
vida dos assalariados que recebem de 1 a 8 salários mínimos por mês, nas
seguintes regiões metropolitanas: Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte,
Curitiba, Salvador, Fortaleza, Belém, São Paulo, Recife, Brasília e Goiânia. O
período é o mês calendário.
O IGP-M – Índice Geral de Preços de Mercado – é medido pela Fundação Getulio
Vargas e considera a média ponderada de outros três índices: o Índice de Preços
por Atacado – Disponibilidade Interna, o Índice de Preços ao Consumidor e o
Índice Nacional do Custo da Construção. O período da pesquisa compreende do
dia 21 do mês anterior ao dia 20 do referido mês.
O INCC – Índice Nacional do Custo da Construção – também é elaborado pela
Fundação Getúlio Vargas e mede a evolução dos custos de construções
habitacionais. Ele é mensal e envolve 18 capitais: Aracaju, Belém, Belo
Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia,
João Pessoa, Maceió, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador,
São Paulo e Vitória.
Fonte:
http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumChannelId=402880811D8E34B9011D92B61
60B0D7D
#SAIBA MAIS#
janeiro 1.092,1834
fevereiro 1.103,1052
março 1.109,9445
abril 1.114,9392
maio 1.119,7334
Fonte: o autor.
Vamos usar os dados da tabela para calcularmos a inflação do mês de fevereiro,
março e abril.
Inflação = (Mês atual ÷ Mês anterior) –1
fevereiro = inflação = (1.103,1052 ÷ 1.092,1834) -1 = 0,009999 = 0,9999%
março = inflação = (1.109,9445 ÷ 1.103,1052) -1 = - 0,006200 = 0,6200%
abril = inflação = (1.114,9392 ÷ 1.109,9445) -1 = - 0,004494 = 0,4494%
Se quisermos calcular a taxa acumulada trimestral de fevereiro, março e abril
teremos que fazer a soma das inflações:
Inflação acumulada = 0,9999 + 0,6200 + 0,4494 = 2,069% ao período.
#SAIBA MAIS#
O Índice de Preços no Consumidor (IPC) é um índice que quantifica o custo de
um determinado cabaz fixo de bens de consumo em diferentes momentos. Este
cabaz é constituído por diversos tipos de bens, sendo atribuído aos respectivos
preços uma determinada ponderação de acordo com os hábitos de consumo da
população.
A utilidade do IPC reside no facto de ser através dele que é calculada a taxa de
inflação: algebricamente, a taxa de inflação é calculada como a taxa de variação
do IPC entre dois períodos.
Figura 15 – Empréstimos
Fonte: freepik.com
0 24.000,00
1 1.920,00 25.920,00 6.000 7.920,00 18.000,00
2 1.440,00 19.440,00 6.000 7.440,00 12.000,00
3 960,00 12.960,00 6.000 6.960,00 6.000,00
4 480,00 6.480,00 6.000 6.480,00 0,00
Fonte: o autor.
#REFLITA#
Conhecer como o dinheiro trabalha com os juros e é amortizado para encerrar
uma dívida nos mostra como os financiamentos funcionam, ter esse
conhecimento pode te ajudar a se tornar um profissional mais perspicaz?
Fonte: o autor.
#REFLITA#
Veja pelo gráfico acima que o valor da parcela permanece inalterado (R$ 100,00)
mais os valores referentes a juros e amortizações vão se alterando durante o
período de pagamentos.
Para a presente modalidade de amortização, o valor dos juros é decrescente, o
que implica dizer que a amortização é crescente em ordem progressiva. As
principais utilizações desse sistema são: financiamentos imobiliários, CDC e
empréstimos.
0 75.000,00
1 3.750,00 78.750,00 9.712,88 5.962,88 69.037,12
2 3.451,86 72.488,98 9.712,88 6.261,02 62.776,10
3 3.138,81 65.914,91 9.712,88 6.574,07 56.202,03
4 2.810,10 59.012,13 9.712,88 6.902,78 49.299,25
5 2.464,96 51.764,21 9.712,88 7.247,92 42.051,33
6 2.102,57 44.153,90 9.712,88 7.610,31 34.441,02
7 1.722,05 36.163,07 9.712,88 7.990,83 26.450,20
8 1.322,51 27.772,71 9.712,88 8.390,37 18.059,83
9 903,00 18.962,83 9.712,88 8.809,88 9.249,95
10 462,50 9.712,44 9.712,88 9.250,38 0,43*
Fonte: o autor.
Tabela 14 - Cálculo pelo Sistema Price com hp12c (Sem Begin, Teclar g END)
Passos Dígitos Visor
1º F REG f 2 0 Limpa a HP 12 –C
2º 75.000,00 CHS PV -75.000,00 Valor do bem
3º 10 n 10 Períodos
4º 5i 5 Taxa
5º PMT 9.712,84 Valor da prestação
6º 1 f ( AMORT) 3.750,00 Juros
7º X<>Y 5.962,84 Amortização
8º RCL PV -69.037,16 Saldo devedor
9º CHS 69.037,16
10º 1 f ( AMORT) 3.451,86 Juros
11º X<>Y 6.260,98 Amortização
12º RCL PV -62.776,18 Saldo devedor
13º CHS 62.776,18
14º 1 f ( AMORT) 3.138,81 Juros
15º X<>Y 6.574,03 Amortização
16º RCL PV -56.202,15 Saldo devedor
17º CHS 56.202,15
18º 1 f ( AMORT) 2.810,11 Juros
19º X<>Y 6.902,73 Amortização
20º RCL PV -49299,42 Saldo devedor
21º CHS 49.299,42
22º 1 f ( AMORT) 2.464,97 Juros
23º X<>Y 7.247,87 Amortização
24º RCL PV -42.051,55 Saldo devedor
25º CHS 42.051,55
26º 1 f ( AMORT) 2.102,58 Juros
27º X<>Y 7.610,26 Amortização
28º RCL PV -34.441,29 Saldo devedor
29º CHS 34.441,29
30º 1 f ( AMORT) 1.722,06 Juros
31º X<>Y 7.990,78 Amortização
32º RCL PV -26.450,51 Saldo devedor
33º CHS 26.450,51
34º 1 f ( AMORT) 1.322,53 Juros
35º X<>Y 8.390,31 Amortização
36º RCL PV -18.060,20 Saldo devedor
37º CHS 18.060,20
38º 1 f ( AMORT) 903,01 Juros
39º X<>Y 8.809,83 Amortização
40º RCL PV -9.250,37 Saldo devedor
41º CHS 9.250,37
42º 1 f ( AMORT) 462,52 Juros
43º X<>Y 9.250,32 Amortização
44º RCL PV -0,05 Saldo devedor
45º CHS 0,05
Fonte: o autor.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A tentativa até aqui foi explanar os conteúdos da maneira mais didática e
explicada possível, para que você possa colocar em prática cada assunto.
Ficou claro durante esta Unidade que o uso da HP-12C facilita muito os cálculos
financeiros, pois as fórmulas acabam sendo longas e podem induzir ao erro por
exigirem várias informações e esquemas.
Foi apresentado uma padronização das teclas com as fórmulas para evitar
confusões na compreensão e aplicação dos cálculos. Vimos que “PV” serve para
valor presente, “FV” para valor futuro, “PMT” para parcelas, “I” para taxas e “N”
para períodos. Lembrando disso, basta informar para a HP o que você tem de
informação e perguntar o que você não tem.
Foi possível perceber que os financiamentos utilizam dois métodos principais,
que é o Price e o SAC. Onde o SAC você terá a amortização constante e o que
diminui é a parcela, mais utilizado para financiamentos de longo prazo. Já no
Price, o que é fixo é a parcela, mas a amortização aumenta com o passar do
tempo, muito utilizado para financiamento de curto e médio prazos.
Todos esses conteúdos são essenciais para quem trabalha com parcelamentos
e financiamentos, pois auxilia no cálculo e a avaliar qual a melhor forma de
parcelar um bem ou um item.
Por isso, sempre que possível refaça as atividades e exemplos para reforçar o
conhecimento e a aprendizagem sobre os assuntos e cálculos que foram aqui
apresentados. Perceba que conhecer como trabalhar com valores e dinheiro é
essencial para termos uma melhor compreensão e tomada de decisão.
Até a próxima Unidade!
#LEITURA COMPLEMENTAR#
O Valor do dinheiro no tempo
Sempre tive a noção de que juntar dinheiro é importante e que precisamos
reservar um percentual da nossa renda para alcançar um objetivo futuro; seja
uma viagem, um carro novo, um apartamento ou a aposentadoria.
Essa é a postura financeira que adoto em todas as minhas decisões de compra
e tem me deixado bem longe das dívidas ruins (explicarei sobre “dívida ruim”
em outro post). Porém, uma coisa que nunca paramos para pensar com calma
é a relação que o dinheiro tem com o tempo.
Todos concordam que, se um amigo pedir emprestado R$1.000,00 hoje e
garantir que te devolverá os mesmos R$1.000,00 daqui a um ano, você ficará
com uma pulga atrás da orelha pensando que daqui a um ano esses mil reais
não valerão a mesma quantia.
Esse sentimento de que o dinheiro do passado não compra o mesmo produto
no presente e que o dinheiro de hoje não comprará o mesmo produto no futuro
está diretamente ligado ao assunto desse post: valor do dinheiro no tempo.
O poder de compra do dinheiro sofre influências da inflação, da variação cambial
e dos juros, e essa flutuação pode diminuir o poder do dinheiro. O contrário
também é verdadeiro, ou seja, o poder de compra do seu dinheiro hoje pode
aumentar no futuro, desde que você invista corretamente.
O contrário da perda do poder de compra é o aumento desse poder. Ainda
pensando no exemplo do smarthone acima, se, ao invés de ter guardado o
dinheiro embaixo do colchão, você o tivesse investido em algum lugar que
acompanhasse a inflação, você teria os mesmos R$1.090,00 ao final dos 12
meses e, portanto, conseguiria comprar o celular desejado, pois o rendimento
compensaria a perda provocada pela inflação.
Agora imagine se você conseguisse investir esse dinheiro em algo que
superasse as perdas provocadas pela inflação!? Se conseguir isso você estará
aumentando o poder de compra do seu dinheiro.
Suponha que você tenha investido num fundo que rendeu 1% ao mês durante
esses 12 meses. No final do período aqueles R$1.000,00 se transformaram em
R$1.126,83.
Como agora o smartphone custa R$1.090,00, você consegue comprá-lo à vista
e ainda terá R$36,83 de troco pra comprar uma capinha legal. Isso sem
considerar que geralmente pagando à vista você ainda pode negociar um
desconto no valor.
O que gostaria de fixar na sua mente até aqui é que existem várias opções de
investimento no mercado que garantem um retorno acima da inflação, ou seja,
você conseguirá facilmente aumentar o poder de compra do seu suado dinheiro
investindo nos lugares certos.
#WEB#
Conheça um pouco mais sobre a forma de amortização pela Tabela Price,
acessando o conteúdo disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=L8FrWgX_e1c>. Acesso em: 22 jun. 2016.
#WEB#
UNIDADE IV
VIABILIDADE DE PROJETOS E EMPREENDEDORISMO
Professor Me. Fábio Oliveira Vaz
INTRODUÇÃO
Empreendedorismo é um neologismo derivado da livre tradução da palavra
entrepreneurship e utilizado para designar os estudos relativos ao
empreendedor, seu perfil, suas origens, seu sistema de atividades, seu universo
de atuação. A palavra empreendedor, de emprego amplo, é utilizada para
designar principalmente as atividades de quem se dedica à geração de riquezas,
seja na transformação de conhecimento em produtos ou serviços, na geração do
próprio conhecimento ou na inovação em área como marketing, produção,
organização entre outros.
Não se pode dissociar o empreendedor da empresa que ele criou. Ambos fazem
parte do mesmo conjunto e devem ser percebidos de forma holística: a empresa
tem a cara do dono. O empreendedor é alguém capaz de desenvolver uma visão,
mas não só deve saber persuadir terceiros, sócios, colaboradores, investidores,
convencê-los de que sua visão poderá levar todos a uma situação confortável no
futuro. O empreendedor é alguém que acredita que pode colocar a sorte a seu
favor, por entender que ela é produto do trabalho duro.
Um dos principais atributos do empreendedor é identificar oportunidades e
agarrá-las e buscar os recursos para transformá-las em negócio lucrativos. Não
é indispensável que ele possua os meios necessários à criação de sua empresa.
Mas deve ser capaz de atrair tais recursos, demonstrando o valor do seu projeto
e comprovando que tem condições de torná-lo realidade. O dinheiro é visto pelo
empreendedor como uma medida de desempenho, como meio para realizar os
seus objetivos, mas raramente como objetivo em si mesmo.
Aqui entenderemos um pouco sobre a relação entre empreendedor e mundo
financeiro.
FINANÇAS E EMPREENDEDORISMO
Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto,
levam à transformação de ideias em oportunidades.
Segundo Timmons (citado por DOLABELA, 2006), “o empreendedorismo é uma
revolução silenciosa, que será para o século 21 mais do que a revolução
industrial foi para o século 20”, ao comparar com a revolução industrial, a grande
responsável por radicais mudanças no século 20, demonstra o grau de
importância para a sociedade do tema empreendedorismo.
Uma outra definição interessante é a de Schumpeter (citado por FILION,1999),
que expõe que “empreendedorismo está na percepção e aproveitamento das
novas oportunidades no âmbito dos negócios ... sempre tem a ver com criar uma
nova forma de uso dos recursos nacionais, em que eles sejam deslocados de
seu emprego tradicional e sujeitos a novas combinações.”
Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas -
SEBRAE (2009), o empreendedor tem como característica básica o espírito
criativo e pesquisador. Ele está constantemente buscando novos caminhos e
novas soluções, sempre tendo em vista as necessidades das pessoas.
A essência do empresário de sucesso é a busca de novos negócios e
oportunidades e a preocupação sempre presente com a melhoria do produto.
Enquanto a maior parte das pessoas tende a enxergar apenas dificuldades e
insucessos, o empreendedor deve ser otimista e buscar o sucesso, apesar das
dificuldades.
EMPREENDEDOR OU ADMINISTRADOR?
Todo empreendedor necessariamente deve ser um bom administrador para
obter sucesso, mas nem todo administrador é um bom empreendedor. O trabalho
do administrador seria o ato de planejar, organizar, dirigir e controlar (PODC). As
demandas especificam o que deve ser feito e restrições são os fatores internos
e externos da organização que limitam o que o responsável pelo trabalho
administrativo pode fazer.
Segundo Hampton (1991), os administradores se diferem por ocupar um nível
na hierarquia, que define como os processos administrativos são alcançados, e
o conhecimento que tem no geral da empresa. O trabalho administrativo pode
ser identificado como de supervisão, médio e alto.
Os supervisores tratam de operações de uma unidade específica, como uma
seção ou departamento. Os Administradores médios ficam entre os mais baixos
e os mais altos níveis da hierarquia em uma organização. Já os administradores
de alto nível são aqueles que têm a mais alta responsabilidade e a mais
abrangente rede de interações.
Lembremos que o empreendedor tem algo a mais: características e atitudes que
o diferenciam do administrador tradicional, e que para ter sucesso ele possui
características extras, além do atributo do administrador, e alguns atributos
pessoais que, somados a características sociológicas e ambientais, permitem o
nascimento de uma nova empresa dando uma ideia, surgindo uma inovação, e
desta, uma nova empresa.
Os empreendedores de sucesso são visionários, sabem tomar decisões, são
indivíduos que fazem a diferença, sabem explorar ao máximo as oportunidades,
são determinados e dinâmicos, dedicados, otimistas, independentes, ficam ricos,
são líderes, organizados, sabem planejar, possuem conhecimento, assumem
riscos e criam valor para a sociedade.
#SAIBA MAIS#
O empreendedor é alguém que realiza suas visões e seus sonhos, tudo isso por
meio de planejamento, pesquisa e foco em direção ao que se deseja. Nada deve
ser feito por impulso ou sem análise, é necessário planejamento.
Fonte: o autor.
#SAIBA MAIS#
#REFLITA#
Finanças sem controle, leva você e seu negócio à ruína, não concorda?
(o autor)
#REFLITA#
PLANEJAMENTO FINANCEIRO
Para fazer um plano de negócios, deve-se ter em mente que uma das partes
mais importantes é o planejamento financeiro. Isso, porque no final das contas,
“não importa” qual é o produto, segmento de mercado que pretende alcançar ou
mesmo a maneira como vai colocar tudo isso em prática, se não tiver previsão
de receitas suficientes que permitam isso ou que sejam atraentes para potenciais
investidores. Obviamente que não se consegue chegar em um plano financeiro
de um plano de negócios bem feito sem muitas outras informações, mas pensar
nele, planejar e ter em mente como ele vai se concretizar é essencial.
É preciso ter em mente que um dos principais motivos de falência de novas
empresas é a falta de visão empresarial para a criação de uma boa estrutura
financeira, planejada e direcionada para o desenvolvimento da empresa.
E como fazer o plano financeiro no plano de negócios?
Para se fazer um bom planejamento financeiro não é necessário ser um
economista. Basta identificar os detalhes do novo negócio, estabelecer metas,
considerar os recursos a serem aplicados em cada caso e convertê-los em
realidade. Veja um passo a passo para chegar nesse resultado:
Passo 1: Defina o investimento inicial necessário
Você deve analisar friamente o investimento inicial necessário e verificar todas
as despesas para implantação do negócio como, por exemplo, os gastos com
instalação, suprimentos, equipamentos eletrônicos, sede física, mobiliário e tudo
o mais que for necessário para montar o seu empreendimento.
Vamos supor que um empreendedor precise de R$30.000 para iniciar o seu
negócio, mas tem apenas R$10.000.
Ter essa noção vai permitir que ele saiba exatamente o que fazer antes de entrar
de cabeça no negócio. Nesse caso, o empreendedor teria três opções:
pedir um empréstimo/investimento com uma grande preocupação em
como os juros iriam afetar os resultados não operacionais do negócio;
refazer o plano financeiro analisando reduções de custo e como isso
afetaria o resultado final;
desistir da ideia, por ter menos dinheiro do que o necessário.
Pode até parecer cruel, mas a vida dos negócios é assim, ou você fica atento e
toma decisões difíceis logo no primeiro passo ou estará fadado ao fracasso.
Passo 2: Faça uma projeção de despesas e receitas
Se você tem o capital necessário para o passo inicial, precisa verificar qual é o
custo do negócio girando normalmente e isso envolve projeções de despesas e
receitas. É preciso calcular atentamente todos os demais custos exigidos e o
quanto você pode e conseguirá vender ao longo desse processo.
Exemplo:
Fonte: o autor.
#SAIBA MAIS
Com tudo que vemos na atualidade sobre gestão estratégica e educação
corporativa começamos a perceber a real necessidade da correta gestão de
pessoas com foco em gerir e direcionar os colaboradores ao objetivo e metas da
empresa ou organização. Chiavenato (1999) o foco de uma correta gestão de
pessoas é alinhar todos os processos e pessoas com as estratégias da
organização.
A grande competição do mercado tem exigido das organizações uma busca por
gerir seus negócios com foco estratégico. Por isso a gestão de pessoas é vista
como a forma de conseguir fazer com que as estratégias sejam executadas com
eficiência, através da utilização das potencialidades de cada pessoa dentro de
um grupo de trabalho.
Chiavenato (2009) enfatiza que ainda, na atualidade, existem empresas que não
tem a visão correta de gestão de pessoas, ainda focadas nos processos e não
valorizando as pessoas como diferencial competitivo, isso acaba desmotivando
as pessoas e gerando uma empresa travada e pouco competitiva.
● informação,
● instrução,
● treinamento,
● desenvolvimento e
● educação.
Fonte: o autor.
#SAIBA MAIS
O conhecimento deve ser o foco central das organizações, sem essa busca é
muito difícil uma empresa obter sucesso em seus empreendimentos. Devemos
encarar que as pessoas são as grandes geradoras de diferencial competitivo e,
por isso, precisamos investir em educação para gerar diferenciais com uso dos
potenciais profissionais que existem dentro de nossa organização.
● Gestão do equilíbrio;
Essas duas visões precisam trabalhar juntas para que a organização tenha uma
postura estratégica e inovadora perante o mercado e concorrentes. O desafio é
gerar o anseio por parte dos colaboradores em querer desenvolver suas
competências e desenvolver um indivíduo que trabalhe de forma proativa e
colaborativa em foco a atingir os resultados planejados pela empresa ou
organização.
Isso nos leva a entender que a gestão de pessoas e do conhecimento busca
desenvolver as pessoas, levando a busca por um aprendizado contínuo e que
se integre às estratégias organizacionais, melhorando todos as aspectos
internos da gestão.
Isso precisa ser bem entendido, pois dentro das organizações as pessoas não
são iguais, elas receberam formações diferentes, filosofias, ideias e influências
que tornam cada pessoa única e diferenciada. Por isso implantar uma gestão do
conhecimento e de pessoas exige que os gestores enxerguem essas diferenças
e trabalhem cada pessoa de forma personalizada com foco em maximizar o
resultado em conjunto. Parece estranho, mas quando cada um de nós conhece
nossas capacidades isso facilita o trabalho em equipe.
Isso só reforça a ideia que tudo no mundo muda, evolui e se transforma. Com a
Gestão de Pessoas não é diferente, precisamos estar preparados para as
mudanças e com isso achar formas de gerenciar as pessoas e a organização
com o máximo aproveitamento das potencialidades.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Perceba que entender de empreendedorismo e mercado é essencial para
sermos um profissional completo e com comportamentos voltados a desenvolver
o ambiente onde estivemos atuando.
Ser empreendedor não é apenas abrir uma empresa e sim agir com visão de
crescimento e com foco em atingir objetivos estratégicos. Mas para tanto se faz
necessário a busca de conhecimento, através de cursos, projetos, cursos
superiores, pós-graduações que o levarão a aprimorar essa visão de maneira
eficiente e objetiva.
Todo empreendimento precisa ser planejado e verificar a viabilidade de
execução desse projeto, pois envolverá dinheiro, recursos humanos,
equipamentos e outros fatores que exigem um planejamento apurado e
detalhado.
Por isso, precisamos compreender que não existe sucesso sem conhecimento e
planejamento. Se você quer abrir uma empresa o primeiro passo é entender o
mercado e suas variações, além de levantar quais serão os custos e
investimentos necessários para que seu empreendimento tenha saúde.
Lembre-se, tudo precisa de planejamento, você não faz uma viagem sem
planejar, logo, um empreendimento não será diferente, principalmente se você
quer que ele tenha uma vida longa e saudável em um mercado competitivo e
exigente. Ser empreendedor exige cuidados, por isso, não devemos fazer as
coisas só porque achamos interessante. Primeiramente devemos avaliar e
pesquisar. Mais adiante entenderemos como funciona um plano de negócios
para somar com os conhecimentos até aqui explanados e discutidos.
Até a próxima!
#LEITURA COMPLEMENTAR#
O que é empreendedorismo?
Empreendedores questionam a realidade e fazem acontecer a evolução todos
os dias, em todas as partes do Brasil e do mundo. Ao inovar e solucionar
problemas de outras pessoas, de outras empresas ou de toda a sociedade, um
empreendedor e seu novo negócio promovem um grande desenvolvimento.
Nós acreditamos que o exemplo desses empreendedores é fonte de inspiração
para fazer mais e melhor, e que quanto maior o sonho, maior a disposição para
enfrentar obstáculos.
O empreendedorismo pode estar latente ou manifestado de diferentes formas.
Há pessoas com um forte espírito empreendedor que o exercem em diferentes
lugares e situações: em casa, quando decidem fazer uma reforma que otimize
o espaço; na empresa em que trabalham, quando um projeto precisa ser levado
adiante; na vida, quando chega o momento de mudar. Há pessoas que aplicam
todo esse potencial em um novo negócio – do tamanho que seja, contribuem
gerando empregos para sua comunidade, gerando renda para a economia local,
e solucionam uma demanda por meio da inovação.
Há ainda pessoas que fazem desse negócio algo muito maior. São
empreendedores de alto impacto, que transformam sonhos grandes em
iniciativas de alto impacto, revolucionam seus mercados, crescem e fazem
crescer, sem pegar atalhos e servindo de exemplo para gerações futuras.
Desde que a Endeavor foi fundada, acreditamos muito na força do exemplo
como fonte de inspiração para novos empreendedores de alto impacto ajudarem
o Brasil a crescer.
Por isso, buscamos sempre apoiar empreendedores que admiramos: os
Empreendedores Endeavor – dentre os quais estão nomes como Wilson Poit,
Leila Velez, Marcelo Sales e Bento Koike – nos ajudam nessa missão, junto a
uma rede incrível de embaixadores e mentores, que disseminam a causa.
Cada indústria tem sua lista de jargões. São vários os termos que você vai
encontrar pela frente ao longo de sua jornada. Como empreendedor, é
importante que você esteja familiarizado. Aqui vão 25 deles:
Aceleradora: A aceleração dentro de uma aceleradora pode incluir apoio
financeiro, mas está baseada principalmente no suporte à criação e ao
desenvolvimento do negócio, com sessões de coaching e/ou mentoring durante
um período. Enquanto as incubadoras estão mais ligadas a universidades e a
projetos governamentais, as aceleradoras são financiadas com capital privado
e apoiam startups, empresas de alto potencial de crescimento.
Break-even: Em português, break-even é “ponto de equilíbrio”. Acontece
quando os custos da empresa são iguais às suas receitas. Como tudo que a
empresa recebe paga somente as despesas, o lucro (ou resultado do período),
acaba sendo 0, nesse caso.
Capital de giro: Capital de giro são os recursos financeiros utilizados para cobrir
os custos do dia a dia da empresa e para sustentá-la entre o pagamento de
despesas e o recebimento da receita de clientes.
#MATERIAL COMPLEMENTAR#
#LIVRO#
Título: Gestão da Inovação e Empreendedorismo
Autor: Geciane Porto
Editora: Elsevier
Ano: 2013
Sinopse: esta obra traz uma abordagem nova na medida em que reúne, em um
único material, os conteúdos relacionados à inovação e empreendedorismo. O
principal diferencial é a consolidação de cinco grandes blocos de assuntos:
inovação, empreendedorismo, propriedade intelectual, transferência de
tecnologia e elaboração de projetos de P&D&I, discutidos em uma linguagem
voltada para pesquisadores e empreendedores de negócios de base
tecnológica. Desta forma, constitui-se em um material fundamental para
gestores de empresas, integrantes de órgãos de fomento e de Núcleos de
Inovação Tecnológica (NIT), além de empreendedores individuais e
pesquisadores de áreas tecnológicas que desejam abrir suas empresas.
#LIVRO#
#WEB#
Neste Link, você pode saber um pouco mais sobre os 3 elementos básicos do
empreendedorismo. ACESSE O MATERIAL DISPONÍVEL EM:
<https://www.youtube.com/watch?v=o5I9cx2Tb64>. Acesso em: 23 jun. 2017.
#WEB#
REFERÊNCIAS
Bruno Cunha: <http://www.brunocunha.com/blog/financas/valor-dinheiro-no-
tempo/>. Acesso em: 20 jul. 2018.
CHARBEL:<http://operandobien.blogspot.com.br/2007/10/desconto-comercial-
ou-racional-qual.html>. Acesso em 14 jul. 2018.
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo, dando asas ao espírito
empreendedor São Paulo: Saraiva, 2009.
DOLABELA, Fernando. O segredo de Luísa. São Paulo: Cultura Editores
Associados, 2006.
Endeavor: <https://endeavor.org.br/tudo-sobre/empreendedorismo/>. Acesso
em 21 jul. 2017.
EPX: <https://epxx.co/ctb/hp12c.html>. Acesso em 13 jul. 2017.
FALLET João, BC surpreende e reduz Selic, mas Brasil ainda tem juros mais
altos do mundo. Disponível em:
<http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/09/110831selicanalisejf.shtml>
Acesso em: 13 Fev. 2018
FENELON (Empiricus), Marcio (2016):
<https://www.empiricus.com.br/newsletters/imoveis/como-lidar-com-aumento-
do-financiamento-imobiliario//>. Acesso em: 20 jul. 2018.
FRANCISCO, Walter D. Matemática financeira. 7. ed. 6. tiragem. São Paulo:
Atlas, 1999.
FUNDAMENTUS: (www.fundamentus.com.br).
GOOGLESTORE:<https://play.google.com/store/apps/details?id=com.hp.hp12c
>. Acesso em 24 jul. 2018.
GREMAUD, Amaury Patrick. Et al. Manual de economia; Organizadores: Diva
Benevides Pinho, Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos. 4. Ed. São Paulo:
Saraiva, 2003.
HAZZAN, S.; Pompeo, J. N. (2004). Matemática financeira. São Paulo: Saraiva.
HIRSCHFELD, Henrique. Engenharia econômica e análise de custos. São
Paulo: Atlas, 2000.
KNOOW: <http://knoow.net/cienceconempr/economia/indice-precos-no-
consumidor-ipc/>.
PUCCINI, Abelardo de Lima. Matemática financeira, objetiva e aplicada. São
Paulo: Saraiva, 2009.
RAYMUNDO, Pedro José, FRANZIN, Narciso A. O valor do dinheiro no tempo:
matemática comercial e financeira. 2. ed. Maringá: Editora Clichetec, 2009.
XAVIER, Carlos Magno S. Gerenciamento de projetos, como definir e
controlar o escopo do projeto. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.