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Quântica
Efeito tunel e suas aplicações
Profa. Dra. Alzira Stein-Barana
Aluna: Priscilla Freddi
No efeito de túnel uma partícula encontra-se fortemente integrada num
sistema, isto é, é como se essa partícula se encontrasse fechada num poço de
potencial. A altura energética da parede indica até onde chega a liberdade de
movimento espacial da partícula: quanto maior for a sua energia, mais ela sobe no
poço. A forma do poço de potencial mostra as relações de ligação do sistema
observado. Geralmente, o poço possui paredes de altura finita com a forma de uma
cratera de um vulcão.
De acordo com o conceito clássico, uma partícula presa num poço de energia
não pode libertar-se por si mesma. Para isso necessitaria de um acréscimo de
energia o que, no modelo de poço de potencial, equivale a uma elevação da
partícula para um nível superior da ponta da cratera lançando-a para o exterior.
Do ponto de vista da mecânica quântica, o caso é diferente. Devido à altura
finita das paredes do poço, a função de onda da partícula na parede não é
exatamente zero, visto que penetra nela, ainda que com intensidade muito baixa,
como a umidade penetra num muro, fazendo com que a partícula tenha uma
determinada probabilidade, embora muito pequena, de atravessar a parede como
por um túnel. Quanto maior for a energia da partícula, ou seja, quanto mais acima
se encontrar dentro do poço de potencial, mais finas são as paredes, aumentando a
sua hipótese de fuga.
Com ajuda deste conceito de túnel, temos varias aplicações hoje em dia.
238
U→234Th+α (1)
Vr=2Ze24πε0r (2)
O problema era que as partículas alfa escapavam do núcleo de 238U com uma
energia E muito menor que a altura da barreira coulombiana, de altura V. Ou seja,
segundo a mecânica clássica, seria impossível que as partículas alfa escapassem do
núcleo com uma energia tão baixa. Gamow, Condon e Gurney propuseram que a
emissão dessas partículas seria através do tunelamento pela barreira de potencial.
Seus cálculos, em bom acordo com os resultados experimentais, mostraram que
essa hipótese era essencialmente correta.
A fusão nuclear é um processo no qual dois núcleos colidem e, se tiverem
energia suficiente, poderão vencer a barreira da repulsão coulombiana
esquematizada na Figura 2 e se fundir em um único núcleo. De certa forma, é o
processo inverso ao que ocorre na emissão da partícula alfa. O processo de fusão
libera uma grande quantidade de energia: a imensa energia produzida pelo Sol (e
por todas as demais estrelas), e que chega até nós sob a forma de luz, é fruto dos
processos de fusão nuclear. Infelizmente, a energia liberada na fusão nuclear pode
ser também utilizada nas armas mais destrutivas que o homem já produziu, as
bombas de hidrogênio.
V=hf2e (3)