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Universidade de Brasília

Instituto de Ciências Humanas


FILOSOFIA MODERNA - TURMA B
Professora: Ericka Marie Itokazu
Aluno: Thiago Mendanha do Nascimento

QUESTÃO:
Resumir à partir da leitura do parágrafo 11 ao 18 da MEDITAÇÃO SEGUNDA de
Descartes, o exemplo da cera.

RESPOSTA:
Nesses parágrafos, Descartes continua sua meditação sobre a natureza do espírito
humano e de como é mais fácil conhecê-lo do que o corpo. Deste ponto, ele segue
considerando, primeiramente, as coisas mais comuns e que acreditamos
compreender mais distintamente, ou seja, aqueles corpos que tocamos e vemos.
Para isso, ele vale-se do exemplo da cera que possui qualidades sensíveis como
doçura, odor, cor, solidez e ressoa quando golpeada. Descartes irá perguntar se
essas qualidades definem a cera e sugere um exercício de submeter a cera ao calor,
fogo, para observar o que permanece da cera. Nisso, ele verifica que todas essas
qualidades sensíveis se perdem ou se transformam. O que antes era saboroso deixa
de ser, o cheiro se esvai, a cor e a figura mudam, a dureza perde consistência e se
apresenta amolecido e, por fim, o que retumbava não emite som ao ser batido. Logo,
o que permanece da cera? Descartes conclui que apenas a cera permanece e que
esta não é definida pelas suas qualidades sensíveis, como se pensava. Ele chama
então essa coisa que permanece, a cera enquanto concepção, de extensão que
comporta infinitas e inimagináveis mudanças. Descartes seguirá refletindo, então,
sobre a veracidade da cera a partir da coisa pensante, ou seja, dele mesmo que a
concebe. Nisso, ele concluirá que a cera só pode existir objetivamente porque,
antes, ele existe objetivamente e formalmente. Logo, esse espírito humano, essa
coisa pensante, é facilmente determinável e reconhecível e a cera, essa coisa
extensa, flexível e mutável, ainda não pode ser conhecida como o espírito.

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