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RESUMO
2Estudante de Graduação, 5º semestre do Curso de Jornalismo da UVV e estagiário da Pulso Comunicação e Design,
e-mail: correiabarcelos@gmail.com
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(...) não era uma ideologia irracional; o nazismo trabalhava, mais que outras
ideologias, o componente irracional das pessoas. E o fazia de uma forma
absolutamente racional, premeditada e planejada, desde os desfiles,
rigorosamente coreografados, os discursos de Hitler, em que uma iluminação
colocada atrás dava a ilusão de que o sol o elevava, as bandeiras e estandartes
colocados nas ruas dando uma aparência de festa e compondo os elementos
cenográficos de um ritual que reforçava a comunhão nacional, etc. Estes
aspectos do nazismo são tão centrais na compreensão da adesão das pessoas
quanto a análise dos seus conteúdos políticos (CYTRYNOWICZ, apud
CAMPOS e CLARO, 1995, p. 211).
Quanto a educação nazista, as escolas transmitiam aos seus alunos sua ideologia.
José Flavio de Campos e Regina Claro relatam que:
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que os cidadãos alemães assistiram a morte de 10 milhões de judeus sem agir contra o
governo. Porém a aluna não foi correspondida satisfatoriamente.
Então, Ross pesquisou vários livros sobre o regime de Hitler e chegou a suas
conclusões. Nas aulas seguintes, começou a trabalhar os conceitos de disciplina,
comunidade e ação com os alunos, que aceitaram tudo conforme era ordenado a eles,
como se quisessem ser disciplinados, assim como o havia dito o professor a sua esposa.
O professor Ross e a turma da aula de história criaram o grupo “A Onda”,
fazendo com que os alunos se sentissem unidos por um ideal. Tinha esse nome, pois
uma onda, para o educador, era um modelo de mudanças e tinha movimento, direção e
impacto. Inicialmente, a ideia parecia boa, pois tornava a classe mais unida. Todavia, a
experiência fugiu do controle, pois houve vários casos de violência dentro da escola, em
nome de “A Onda”. A situação chegou a um ponto tão incontrolável, que Laurie foi
agredida pelo namorado, também estudante e membro da “organização”, David (John
Putch).
Portanto, o professor Ross resolveu dar fim à experiência, convocando os
membros de “A Onda” para uma espécie de comício do movimento, na escola onde
estudavam, para apresentar o “líder nacional jovem”, assustando Laurie e David. Mas,
neste evento, ele mostrou um vídeo de Hitler, o suposto comandante, e explicou que
todos poderiam ser “ótimos nazistas”, pois foram facilmente manipulados pelas
mensagens de união, disciplina, ação, mudanças, etc. que Ross difundia. A moral da
história é que deveriam pensar por si mesmos e refletir as atitudes que eram
transmitidas antes de agirem ou seguirem algum ideal.
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seus ditames quanto para os que discordam”, pois foi a primeira grande teoria de
comunicação, influenciando outras ideias e críticas posteriores.
Oliveira também explica os fundamentos da Teoria Hipodérmica. Ela tem
explicações no Behaviorismo, pois essa última parte do princípio de que toda resposta
corresponde a um estímulo, pois não existe estímulo sem resposta e vice-versa. Esta
reação da mensagem radiofônica correspondia à aceitação das massas. Porém quando
isso ocorre significa que não há o feedback propriamente dito, uma crítica ou uma
análise quanto ao conteúdo exposto ao público, considerado atomizado, amorfo, agindo
de maneira uniforme e imediata.
Enquanto isso, a teoria do Comportamento Condicionado, também relacionada à
Hipodérmica, parece ser uma extensão do Behaviorismo, pondo em prática sua ideia.
Oliveira cita a experiência do cachorrinho como exemplo de seu funcionamento:
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político e a mídia. Ilana Polistchuck e Aluízio Trinta justificam essa ideia: “Isso quer
dizer que cada realidade existente se define por uma função, isto é, pela atividade que
lhe cabe em um conjunto cujas partes são necessariamente solidárias” (POLISTCHUCK
E TRINTA, apud COSTA E MENDES, 2003, P.84). Ou seja, se na Teoria Hipodérmica
os meios de comunicação de massa eram considerados o “Quarto Poder”, agora eles
passavam a ser um pedaço de um todo social.
Assim como a “Bala Mágica”, o Funcionalismo possuia um modelo
comunicativo, o chamado “Paradigma do Ato Comunicativo”, também pensado por
Harold Lasswell. Maria Ivanúcia Costa e Marcília Mendes explicam o contexto da
criação desse modelo: “O contexto teórico em que se situava Lasswell era definido pelo
ímpeto da comunicação política e publicitária, que o incumbiram de formular o
paradigma clássico da comunicação”. Veja a imagem abaixo, que mostra o esquema
elaborado pelo norte-americano:
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conseguiu resolver a questão imposta pela Teoria Hipodérmica, porque este Paradigma
também resultava na manipulação dos indivíduos. Para tanto, Charles Merton e Paul
Lazarsfeld, juntamente com Harold Lasswell, procuraram estabelecer funções para os
meios de comunicação de massa. Lasswell apontou três funções. A primeira é a
vigilância sobre o meio ambiente, na qual a mídia revela aonde pode estar a ameaça ao
sistema de valores vigente na sociedade. A integração significa, segundo Lasswell (apud
COSTA e MENDES, 1971, p. 106), “a correlação das partes de uma sociedade em
resposta ao meio”, ou seja, a sociedade trabalha em conjunto para manter a ordem
social, podendo se unir até mesmo para excluir aqueles que não partilham da mesma
ideia. E, por fim, a transmissão da herança cultural. A mídia transmite mensagens em
busca de endossar patrimônios culturais, disseminando-os de geração em geração. Além
dessas, Lasswell apontou uma função adjacente a essas três, que é a do entretenimento,
na qual a mídia oferece diversão para seu público. Polistchuck e Trinta (apud COSTA E
MENDES 2003, p.89), destacam algumas características das funções apontadas por
Lasswell:
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5. CONCLUSÃO
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6. REFERÊNCIAS CINEMATOGRÁFICAS
A ONDA. Direção: Alexander Grasshoff. Produção: Johnny Dawkins, Ron Jones e Todd
Strasser. Intérpretes: Bruce Davison, Lori Lethin, John Putch, Johnny Doran, Pasha
Gray e Wesley Pfenning. Roteiro: Johnny Dawkins, Ron Jones e Todd Strasser. 1981, 46
min.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO, Gislane; SERIACOPI, Reinaldo. Série Brasil: História. 1. Ed. São Paulo:
Ática, 2005, p.416.
BOBBIO, Noberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de
Política. In: AZEVEDO, Gislane; SERIACOPI, Reinaldo. Série Brasil: História. 1. Ed.
São Paulo: Ática, 2005, p.416.
CAMPOS, José Flavio de; CLARO, Regina. A escrita da história. 2 ed. São Paulo:
Escala Educacional, 2009, p. 535-39.
COSTA, Maria Ivanúcia Lopes da; MENDES, Marcília Luíza Gomes da Costa. Meios
de Comunicação e Sociedade: Considerações sobre o Paradigma Funcionalista-
Pragmático. Disponível em: < http://www.bocc.ubi.pt/pag/costa-mendes-meios-de-
comunicacao-e-sociedade.pdf> Acesso em: 27 abr.2013.
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LASSWELL, Harold. Propaganda techniques in world war. In: COSTA, Maria Ivanúcia
Lopes da; MENDES, Marcília Luíza Gomes da Costa. Meios de Comunicação e
Sociedade: Considerações sobre o Paradigma Funcionalista-Pragmático. Disponível
em: < http://www.bocc.ubi.pt/pag/costa-mendes-meios-de-comunicacao-e-
sociedade.pdf> Acesso em: 27 abr.2013.
OLIVEIRA, Ivan Carlo Andrade de. Teorias da Comunicação. Disponível em: <http://
www.4shared.com/office/aSoivwMB/Teorias_da_Comunicao.htm> Acesso em: 27 abr.
2013.
POLISTCHUCK, Ilana; TRINTA, Aluizio Ramos. Teorias da comunicação: o
pensamento e a prática da Comunicação Social. In: COSTA, Maria Ivanúcia Lopes da;
MENDES, Marcília Luíza Gomes da Costa. Meios de Comunicação e Sociedade:
Considerações sobre o Paradigma Funcionalista-Pragmático. Disponível em: < http://
www.bocc.ubi.pt/pag/costa-mendes-meios-de-comunicacao-e-sociedade.pdf> Acesso
em: 27 abr.2013.
WOLF, Mauro. Teorias da comunicação. In: COSTA, Maria Ivanúcia Lopes da;
MENDES, Marcília Luíza Gomes da Costa. Meios de Comunicação e Sociedade:
Considerações sobre o Paradigma Funcionalista-Pragmático. Disponível em: < http://
www.bocc.ubi.pt/pag/costa-mendes-meios-de-comunicacao-e-sociedade.pdf> Acesso
em: 27 abr.2013.
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