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FACULDADE DE CIÊNCIAS DE LINGUAGEM, COMUNICAÇÃO E ARTES

Curso de Design de Comunicação

CADEIRA:
Teorias e Meios de Comunicação

DOCENTE:
Eufrates Cuinhane

Maputo, Abril de 2022


ESPIRAL DO SILÊNCIO

 As teorias de comunicação como temos vindo a


mencionar partem dos estudos da Guerra Mundial
e das eleições.
 Até aqui, foi considerado principal centro das
pesquisas comunicacionais os Estados Unidos da
América. Entretanto, estes (Estados Unidos) não
foram os únicos a desenvolver as pesquisas. Elas
tiveram lugar em outros países de renome, como é
o exemplo de: Canadá, Alemanha, Inglaterra, etc.
ESPIRAL DO SILÊNCIO

 A abordagem que aqui quer-se levantar


obriga a mudar a arena geográfica, do
norte da América para o Ocidente,
especificamente a Alemanha.
 Encontra-se neste país uma personagem
demasiado influente na pesquisa em
comunicação. Trata-se de Elisabeth
Noelle-Neumman
ESPIRAL DO SILÊNCIO
 Noelle-Neumman é concordantemente a teórica da
Espiral do Silêncio.
 Não importa o ano de 1916, periodo de nascimento da
pesquisadora, mas duas datas, a saber: 1940 e 1972.
 - o ano de 1940 – é o periodo em que a senhora
especializa-se em demoscopia; nova palavra para os
dicionários, como referem Hohlfeldt, Martino e
França.

ESPIRAL DO SILÊNCIO

 Demoscopia como explicam estes professores


(Hohlfeldt, Martino e França), compõe-se de
duas palavras:
 Demos (povo) + copia (translado literal), que
complementando quer dizer pesquisar a opinião
do público para torná-la conhecida. Alias,
pesquisa sob organização cientifica
(HOHLFELDT, MARTINO, FRANÇA,
2005:220)
ESPIRAL DO SILÊNCIO

 Devido a problemas sócio-politicos


ligados ao racismo e preconceito, levado
a cabo pelos nazistas, Neumman foi
obrigada a abandonar o país tendo
voltado mais tarde e criado o Instituto de
Demoscopia Allensbach juntamente com
o marido.
ESPIRAL DO SILÊNCIO
 Foi graças ao Instituto que Noelle-
Neumman inspira-se para elaborar sua
magnífica obra “A espiral do silêncio –
opinião pública”, onde se encontram
descritas as bases da sua teoria.
 Seu pensamento é apresentado em público,
em 1972, na cidade de Tóquio, no XX
Congresso Internacional de Psicologia.
ESPIRAL DO SILÊNCIO

 Neumman olha para os meios de


comunicação de massa e percebe que
estes detêm um poder para influenciar o
pensamento dos individuos (receptores),
principalmente a televisão. Esta
influência centrava-se na forma como os
conteúdos são produzidos e emitidos.
ESPIRAL DO SILÊNCIO

 “Revisava ela, desta maneira, as teses então


correntes de que a midia afectava apenas
parcialmente o público, contrapondo que, na
verdade, haveria uma tendência dos
jornalistas em produzir o que ela denominava
então de uma consonância irreal quando
relatam os acontecimentos.” (HOHLFELDT,
MARTINO, FRANÇA, 2005:220-221)
ESPIRAL DO SILÊNCIO

 Conforme este modelo, os medias vão


instituir um clima de opinião, no qual
verifica-se que certas ideias são
apresentadas como legitimas e outras
são desacreditadas.
ESPIRAL DO SILÊNCIO

 Os medias tem então o poder de ditar as


pessoas:
não o que é preciso pensar (funcionalismo);
nem como é preciso pensar (agenda);
mas sim aquilo no qual não é preciso pensar.
 Com esta visão retorna-se aos efeitos massivos
e directos dos medias.
ESPIRAL DO SILÊNCIO

 A sociedade é novamente pensada como


uma sociedade de massa, com individuos
atomizados e colocados perante os meios
de comunicação sem possibilidade de
defesa, num ambiente em que os medias
são os verdadeiros manipuladores da
opinião pública.
ESPIRAL DO SILÊNCIO

 Para Neumman, os indivíduos


encontram-se num estado de dependência
relativamente aos medias. Os meios de
comunicação, dispõem de um poder de
determinar e impor uma opinião, por eles
considerada legítima. Lembre, os medias
são os distribuidores desta opinião.
ESPIRAL DO SILÊNCIO

 Efeito ‘underdog’ – tendência dos


individuos de defender uma opinião
minoritária ou marginal em vez de se
manter em silêncio ou optar pela
abstenção;
ESPIRAL DO SILÊNCIO

 Efeito ‘bandwagon’ – ‘voar em socorro


da vitória’; os indivíduos tem a tendência
de se juntar ao campo maioritário para
evitar o isolamento quando percebem que
a sua opinião não é partilhada por este
grupo.
Bibliografia
 FRANÇA, Vera Veiga. O obejcto da comunicação/a
comunicação como objecto. IN: HOHLFELDT,
António, MARTINO, Luiz C., FRANÇA, Vera Veiga
(orgs). Teorias da comunicação: conceitos, escolas e
tendências. 4a ed., Petrópolis: Vozes, 2005

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