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Teorias da Comunicação
- resumo ilustrado
Gevan Oliveira
Assessor de Comunicação e Professor de 5 artigos Seguindo
Jornalismo (FAC)

26 de abril de 2017

Abrir Leitor imersivo

As pesquisam sobre os efeitos, origens e funcionamento


dos fenômenos da Comunicação Social são chamados de
Teorias da comunicação. Os trabalhos se concentram nos
aspectos tecnológicos, sociais, econômicos, políticos e
cognitivos, e se utilizam de áreas do conhecimento como
psicologia, filosofia e sociologia.

Os estudos das Teorias da Comunicação começaram com


a popularização das tecnologias midiáticas e seu uso
durante as experiências totalitárias da Europa a partir do
fim da primeira guerra mundial (1914 – 1918), cujos
principais movimentos foram o Stalinismo Russo, o
Fascismo Italiano, e o Nazismo Alemão.

Seus estudos se dividem em duas fases. Na primeira, as


ideias se concentram nas mensagens da mídia e seus

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efeitos sobre os indivíduos; na segunda, destacam o


processo de seleção, produção e divulgação das
informações através da mídia.Primeira Fase

O rádio, criado por volta de 1890, foi a primeira mídia a ser


estudada, por ter, já no período entre guerras, o status de
veículo de comunicação de massa. Todos os líderes
totalitários utilizaram-no maciçamente para comunicar seus
ideais de governo devido a sua popularidade e alcance.

Mesmo na Segunda Guerra, quando já havia o emprego da


televisão, sobretudo na Alemanha, o rádio foi o veículo
mais usado para exportar as ideologias nazistas, ação
registrada por meio de fotos e vídeos.

Teoria Hipodérmica

Uma das primeiras teorias da Comunicação foi


desenvolvida nos EUA no início dos anos 1930 e se
chamava “Teoria dos Efeitos Ilimitados”, ou Teoria da agulha
hipodérmica, ou ainda Teoria da Bala. Os estudos seguiram
os fundamentos “estímulo/resposta” dos psicólogos
behavioristas.

Por este raciocínio, dizia-se que quando há um estímulo


(como uma mensagem radiofônica) este entraria no
indivíduo sem resistências, da mesma forma que uma
agulha de seringa penetra a pela humana. Alguns
comparavam a ‘entrada’ da notícia no indivíduo ao penetrar
de uma bala disparada por arma de fogo. Daí a teoria
também ser chamada de “Teoria da Bala Mágica”.

Eles acreditavam que a propaganda, assim como as


mensagens de rádio, também era capaz de influenciar
qualquer pessoa imediatamente.

Nessa linha de pensamento, o conceito de “massa” é


fundamental para a compreensão da teoria hipodérmica.
Para os líderes da corrente, a massa era um conjunto de
indivíduos isolados de suas referências sociais, agindo em
nome de sua própria satisfação.

Uma vez perdido na massa, as únicas referências que um


indivíduo possuía da realidade eram as propagandas (no
sentido amplo) dos meios de comunicação. Por isso, as
mensagens não encontravam resistências, sendo assimila
de forma passiva, manipulando o ‘hospedeiro’.

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Em outras palavras, a mídia era onipotente e o homem um


ser fácil de manipular. Uma propaganda dos anos 80, da
fábrica de chocolates Garoto, se valeu, de certo modo,
desse conceito, com humor, quando lançou uma
propaganda com a chamada Compre Batom, seu filho
merece Batom. Até hoje a expressão é cantada e lembrada
por aqueles que viram a propaganda.

Este modelo também foi descrito como sendo uma teria da


propaganda e sobre a propaganda, no sentido mais amplo,
não se restringido às peças comerciais. Propaganda que
difunde ideias, valores e atitudes em veículos de
comunicação. A figura do Tio San convocando os jovens
americanos para a guerra se tornaria um dos ícones da
chamada propaganda de guerra, importante indutor dos
teóricos da Teoria Hipodérmica.

Essa teoria foi aos poucos perdendo espaço e considerada


insuficiente para explicar os fenômenos da Comunicação de
massa, especialmente por não considerar relevantes as
especificidades sócio-culturais dos sujeitos.

Modelo de Lasswell

Por meio do livro Propaganda Technique in World War, o


cientista político americano e professor das universidades
Columbia e Yale, Harold Lasswell, desenvolveu um modelo
comunicativo que apontava as lacunas da Teoria
Hipodérmica. A obra se concentra em investigar os cinco
estudos cruciais para a compreensão correta da
mensagem midiática: o Emissor, a Mensagem, o Canal, o
Receptor e os Efeitos.

Em seu modelo, ele continua com a ideia de que a


propaganda tem um efeito fundamental de convencimento
na vida das pessoas. Para tanto estuda a maneira como o
governo americano usa os veículos de massa para
convencer a opinião pública sobre a necessidade de apoiar
a entrada dos EUA na I Guerra Mundial.

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Como característica, Lasswell admite que a comunicação é


intencional, consciente e voluntária. Também é individual,
os papeis do emissor e receptor surgem isolados; e sem
reciprocidade. Com isso, ele determina que o poder dos
media era limitado.

Para Lasswell, o alcance e efeito das mensagens


transmitidas pela mídia só eram possíveis se
quatro questões fossem respondidas: Quem? Diz o quê?
Através de que canal? A quem? Com que efeito?

Sendo que, o “Quem” está ligado aos emissores da


mensagem; o “Diz” corresponde ao conteúdo da
mensagem; o “canal” à análise dos meios e, por último, o
“Efeito” à análise da audiência e reflexos na sociedade.
Somente a partir da obtenção das respostas para tais
perguntas, a mensagem era caracterizada como clara e
completa.

Para aprofundar o assunto, Lasswell e outros investigadores


criam a Comunication Research, que discutiria a maneira
como os meios de comunicação de massas alteravam os
indivíduos.

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Teoria da Persuasão

A Teoria da Persuasão, também chamada de Teoria


Empírico-experimental, se desenvolve a partir dos anos 40
e defende que a mensagem da mídia só é assimilada pelo
indivíduo após passar por filtros psicológicos individuais. A
mensagem, portanto, não tem efeito de manipulação,
mas de persuasão, desde que consiga atender a critérios
de aceitação do próprio indivíduo.

Este modelo se desenvolve a partir dos anos 1940, e se


apoia na ideia behaviorista de causa e efeito. Para seus
teóricos, os processos psicológicos que determinam o
sucesso e o insucesso da comunicação são relativos à
audiência e à mensagem.

A audiência, nesta teoria, não é mais passiva, e interessa-se


pelos assuntos aos quais estiver mais exposta, além de
consumir as informações com as quais esteja de acordo. Em
alguns casos, o indivíduo distorcerá o conteúdo das
mensagens recebidas, de forma a adequá-las à sua
compreensão.

Por exemplo, para que uma propaganda tenha sucesso, a


mensagem deve conter características particulares do
estímulo, e interagir de acordo com os traços específicos da
personalidade do destinatário.

Ou seja, não adianta mais apenas oferecer um produto, ou


serviço. É necessário que o indivíduo confie no
mensageiro, esteja de acordo com a mensagem, e passe a
entender que precisa daquilo.

Um exemplo prático dessa ideia está na famosa


propaganda da Valisere (meu primeiro sutiã), que apresenta
o produto como uma peça que fará parte da nova fase da
vida da mulher, ajudando-a. O filme é considerado um
marco na propaganda nacional, tendo ganhado os maiores

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prêmios no Brasil, e alguns mundiais, como o Leão de Ouro


no Festival de Cannes.

Quanto à mensagem, o consumo dependerá, ainda, do


grau de prestígio e de confiança que depositar no
comunicador (pessoa ou veículo).

Teoria Empírica de Campo (Teoria dos Efeitos Limitados)

A Teoria Empírica de Campo ou Teoria dos Efeitos Limitados


é oposta ao da Persuasão. Baseia-se em pesquisas
sociológicas e afirma que a mídia tem papel limitado
quando o assunto é influência das relações comunitárias.
Ou seja, a mídia é apenas mais um instrumento de
persuasão na vida social, não tendo relação direta de causa
e efeito entre a mensagem e o comportamento humano.

Essa teoria destaca que o poder da mídia se dá de maneira


indireta, assim como outros agentes da sociedade (igreja,
família, partido político, etc). Para estes teóricos, o alcance
das mensagens midiáticas depende do contexto social em
que estão inseridas, e são sujeitas aos demais processos
comunicativos que se encontram presentes na sociedade.

Com isso, os filtros individuais pelos quais as mensagens


passam, não seriam mais psicológicos, mas,
predominantemente, sociais.

O principal autor desta teoria, desenvolvida em 1940, é Paul


Lazarsfeld que estabelece três processos diferentes para
saber o que um programa representa para um público: 1 –
Análise de conteúdo; 2 – Características dos ouvintes; 3 –
Estudos sobre as satisfações.

Para ele, a mídia seleciona primeiramente sua audiência,


estuda o grupo de influência deste, e, só depois tenta, de
forma indireta, influenciar e formar a opinião daquela
comunidade.

O indivíduo, portanto, não é mais um ser isolado e


facilmente manipulado pela mídia. Agora ele está sob a
influência do seu grupo social e de líderes que funcionam
como formadores de opinião.

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Um bom exemplo seria um comercial de smartphone que


apresenta as vantagens de se ter um aparelho de última
geração. Para um consumidor que não precisa, ou está
satisfeito com o seu, a propaganda não exerce nenhuma
influência. Mas para um viciado em tecnologia, essa
publicidade pode ser o empurrão que esperava para
comprar o produto.

E mais, com o aparelho em mãos, há a possibilidade de ele


influenciar seus amigos nas redes sociais, por exemplo.

Teoria Funcionalista

A Teoria Funcionalista destaca as funções exercidas pela


mídia na sociedade, e não os seus efeitos. Sua pesquisa
deixa de se concentrar no comportamento do indivíduo,
para estudar sua ação social enquanto consumidor de
valores e modelos. Ela define a problemática dos mass
media a partir do funcionamento da sociedade e da
contribuição que a mídia dá a esse funcionamento.

Para Harold Laswell, o principal teórico, os meios de


comunicação possuem quatro funções: Vigilância do
contexto, Correlação social, Transmissão cultural,
Socialização, e Entretenimento. Outra divisão resume em
três funções: Atribuição de Status, Reforço de normas
sociais, e Disfunção narcotizante.

Na prática hoje observamos que os veículos de


comunicação servem para: informar (telejornais) educar
(documentários), criar ícones (Messi, Lady Gaga, Usain
Bolt), Vender (propagandas em geral).

Essa teoria é considerada um avanço porque o indivíduo


deixa de ser analisado apenas por seu comportamento, e
passa a ser estudado por sua ação social, os valores que
considera, e os modelos sociais que adquire em
comunidade.

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Os estudos sobre os efeitos passam da pergunta ‘Como a


mídia influencia as pessoas’, para ‘O que as pessoas fazem
com a mídia’. Nesse contexto, conclui-se que ambos são
atores ativos no processo de comunicação e que há
benefícios mútuos, a partir da identificação do indivíduo
com o conteúdo midiático.

Um exemplo clássico seriam as transmissões de futebol


pelas emissoras de TV. Os apaixonados pelo esporte dão
audiência aos veículos que, por sua vez, lucram com as
vendas de anúncios.

Ou ainda um comunicado do Ministério da Saúde


indicando que os pais devem levar seus filhos para se
vacinar. Nesse caso, os veículos de comunicação divulgam
gratuitamente o assunto, e a população, por sua vez,
atende ao chamado, mas não como um ser manipulado, e
sim porque entende a importância do recado.

Teoria Crítica

É uma corrente teórica fundada pela Escola de Frankfurt


que usa as ideias marxistas e investiga a produção midiática
como um feito da era capitalista. Seus estudos procuram
desvendar a natureza industrial das informações contidas
em obras como filmes e músicas.

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Nesse período o termo indústria cultural substitui a


expressão “cultura das massas”. Dizia-se que a Cultura de
Massa era uma maneira camuflada de indicar que ela fazia
parte das bases sociais e que, portanto, seria produzida
pela própria massa.

Para os defensores desta teoria (Max Horkheimer, Theodor


Adorno, Walter Benjamin, Marcuse, Habermas, dentre
outros) temas, símbolos e formatos são obtidos a partir de
mecanismos de repetição e produção em massa, tornando
a arte adequada para produção e consumo em larga escala.

Ou seja, a mídia padroniza a arte como um produto


industrial qualquer, causando a perda do aspecto artístico
da obra, que é única e original.

Seus teóricos observam que na Indústria Cultural o


indivíduo consome os produtos de mídia passivamente,
pois o esforço de refletir e pensar sobre a obra é
dispensado, uma vez que a obra “pensaria” pelo indivíduo.

O consumidor acredita que é soberano para escolher, mas,


na verdade, ele é um objeto dessa indústria.

Isto porque a mídia tem poder para implantar a


necessidade de consumo.

Ca
be
nd
o
ao
ho
m
e
m
a
op
çã
o
de
fic
ar
de
pe
ndente de marcas e produtos (como no caso de pessoas
que acampam em frente a loja da Apple para comprar o
lançamento de um novo I-phone).

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Até mesmo sites de notícias nos incomodam com “a


necessidade” de consumo das últimas, a fim de manter-nos
informados daquilo que não queremos nem saber.

Atualmente essa ideia é reforçada pela observação de que


muitas pessoas seguem a indicação dos filmes mais vistos,
das músicas mais tocadas, dos vídeos mais viralizados, dos
livros que estão em primeiro lugar no ranking da revista
semanal, etc.

Para a Teoria Crítica, as influências da mídia podem ser


boas ou ruins, e seguir os padrões impostos pode ser uma
forma de inclusão social, mas também causar alienação e
dependência, tornando o homem menos autônomos em
suas escolhas.

Para resolver esse problema, os teóricos destacam que o


indivíduo precisa ser objeto do seu futuro histórico, com
menos acomodação e mais crítica ao que é apresentado
como natural e necessário. Dessa forma, a mídia terá
menos influência.

Teoria Culturológica

A teoria culturológica foi criada na década de 1960 na


escola sociológica europeia, a partir, principalmente, do
livro “Cultura de massa no século XX: o espírito do
tempo”, de Edgar Morin.

O outro teórico principal é MaLuhan, que dividiu


socialmente a comunicação em três tipos: Sociedade
primitiva e tribal, Sociedade letrada, e Sociedade planetária,
mais conhecida como Aldeia Global.

As ideias da Teoria Cultorológica dizem respeito à nova


forma de cultura da sociedade contemporânea, e considera
em segundo plano as influências do mass media, ou seus
efeitos sobre os destinatários, indo de encontro ao
pensamento da Teoria Crítica, no qual a mídia é um meio
de alienação.

Sua principal característica é a abordagem dada aos


produtos da indústria cultural e a relação entre o
consumidor e o objeto de consumo. O consumismo
assume papel de valor nessa abordagem.

A Teoria Culturológica procura definir a natureza da cultura


das sociedades contemporâneas. Sua principal conclusão é
que a cultura de massa não é autônoma, como defendem

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as demais teorias, mas parte integrante da cultura


nacional, religiosa ou humanística. Ou seja, a padronização
dos símbolos não é imposta pela cultura de massa. Esta
apenas utiliza a padronização desenvolvida
espontaneamente pelo imaginário popular.

A cultura de massa convive com os demais sistemas


culturais numa realidade contemporânea policultural.
Contudo, a relação entre essas culturas é conflituosa. A
cultura de massa, por suas potencialidades, corrompe e
desagrega outras culturas que não saem imunes ao contato
com a cultura industrializada.

A cultura de massa atende assim a uma demanda dupla:


cumpre a padronização industrial exigida pela produção
artística; e corresponde à exigência por individualização por
parte do espectador. Ações definidas como sincretismo.

Os culturólogos defendem que a Cultura de Massa adequa-


se aos desejos, às aspirações da massa tornando-se uma
forma de auto-realização do que é suprimido na “vida real”.
Portanto, os produtos da mídia transitam entre o real e o
imaginário, criando fantasias a partir de fatos reais e
transmitindo fatos reais com formato de fantasia.

Por exemplo, em outubro de 1996 morreu um dos maiores


cantores do rock brasileiro, Renato Russo. Mesmo depois
de duas décadas, milhões de pessoas continuam cantando
suas músicas, inclusive as que nem eram nascidas à época.

Pelo entendimento da Teoria Cultorológica, quando bandas


cover cantam sucessos em homenagem aos 20 anos da

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partida há o resgate do símbolo. Não sendo uma


imposição dos meios de comunicação. Contudo, eles se
aproveitam desse momento histórico.

Isso acontece, segundo a teoria, porque a mídia oferece o


que a massa deseja. Ou seja, a massa (os fãs) não deixa que
o ídolo morra dentro do nosso imaginário, e a mídia se
aproveita disto para vender livros, filmes, moda, etc.

Segunda Fase

Teoria do Agendamento

A Teoria do Agendamento estuda a capacidade que os


mass media possuem para evidenciar ou destacar um
determinado assunto. A ideia ficou conhecida como o
poder de agenda dos meios de comunicação ou Agenda
Setting. A teoria foi proposta na década de 1970, pelos
pesquisadores Maxwell McCombs e Donald Shaw.

Eles defendem que é a mídia quem determina quais


assuntos estarão presentes nas conversas dos
consumidores de notícias.

A Teoria do Agendamento investiga a importância da mídia


como mediadora entre o indivíduo e uma realidade da qual
este se encontra distante. Seus teóricos dizem que o poder
da mídia não está em dizer aos leitores como pensar, mas
o que pensar.

Essa proposta de pautar os assuntos da esfera pública tem


origem nos estudos do jornalista americano Walter
Lippmann, em 1922, e nas releituras de Bernard Cohen, em
1963.

Atualmente, o uso do conceito pode ser verificado


quando a mídia exacerba a exposição de um assunto com
claro teor privado, como o assassinato de Marcos Kitano,
herdeiro da empresa Yoki, pela esposa Elize Matsunaga.
Sem perceber, de tanto ver, ouvir, e ler notícias sobre o
caso, passamos a considerá-lo importante, fazendo-se
presente em nossas rodas de conversas.

Gatekeeper

Os gatekeepers (“guardiões do portão”) são os profissionais


de comunicação que tem o poder de filtrar a divulgação de
notícias na mídia. Os estudos sobre eles se concentram em
analisar o comportamento destes quanto aos critérios
utilizados para liberar ou segurar uma notícia.

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Os teóricos entendem que há intencionalidade no


jornalismo e que o processo é arbitrário e subjetivo.

Diz-se que a decisão de publicar ou não um fato depende


principalmente dos pareceres entre os profissionais, que,
por sua vez, estão subordinados a uma cultura de trabalho
ou uma política empresarial. Os critérios de
noticiabilidade, ainda que em menor importância e, não
raro, sem o contato com o público, também são
considerados pelos gatekeepers para a liberação de
notícias.

O termo foi criado pelo psicólogo Kurt Lewin, em 1947, ao


estudar hábitos alimentares. No jornalismo foi aplicado em
1950 por David Manning White. Ele observou o fluxo de
notícias em uma redação e percebeu que a maioria era
descartada. Daí surgiu a ideia de investigar quais eram os
pontos que funcionavam como portões. Ele concluiu que a
escolha das notícias era feita por critérios subjetivos e
arbitrários.

Os críticos dessa teoria dizem que David não considerou


importantes filtros usados pelos profissionais, como tempo
ou espaço.

Com o advento da internet, especialmente após o boom


das redes sociais, o jornalista não está mais sozinho no
processo de escolha do que será noticiado. Isso porque os
consumidores não são mais passivos. Qualquer pessoa com
acesso a rede (e uma boa fonte de informação) pode
produzir conteúdo com poder de virar notícia. Um exemplo
dessa nova realidade é o uso do Twitter, que permite ao
usuário (especialmente se for uma celebridade) até pautar
os principais meios.

Logo, os próprios gatekeepers seguem a audiência para


saber o que estão falando nos ‘Moments’, a fim de pautar-
se.

Jornalistas de plantão seguem, pelo Twitter, a audiência e


os formadores de opinião em busca de informações

Newsmaking

Para os teóricos, o jornalismo produzido pela indústria


cultural serve apenas aos interesses do capital

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Os teóricos do Newsmaking determinam que o jornalismo


é um objeto de produção industrial que constrói a
realidade a partir da seleção de fatos que ocorrem
diariamente, ao contrário do que afirmava a Teoria do
Espelho, quando o jornalismo era um mero reprodutor. Os
profissionais da mídia precisam decidir, em meio a milhares
de relatos do cotidiano, o que vai ser notícia e, para isso,
usam de critérios que medem o grau de noticiabilidade.

O processo de produção de notícias é planejado como uma


rotina industrial, com as seguintes regras:

• Reconhecer os fatos que podem ser notícia.

• Elaborar formas de relatar os assuntos.

• Organizar o trabalho para que os acontecimentos


noticiáveis possam ser vistos de maneira harmônica.

Os critérios para a escolha dos fatos por meio dos valores-


notícia dividem-se em:

Categorias substantivas: importância dos envolvidos,


quantidade de pessoas, interesse nacional, interesse
humano, feitos fora do normal.

Categorias relativas ao produto: brevidade, atualidade,


novidade, organização interna da empresa, qualidade,
equilíbrio.

Categorias relativas ao meio de informação: facilidade de


acesso à fonte, política editorial.

Categorias relativas ao público: identificação de


personagens, interesse público, protetividade

Categorias relativas à concorrência: preferência ao furo,


produzir expectativas

Segundo o teórico italiano Mauro Wolf, o profissional


editor, atuando como um gatekeepers, é o sujeito que
fabrica a realidade ao incorporar os critérios universais de
seleção daquilo que distingue fatos de acontecimento,
geralmente uma seleção feita antes mesmo pelas agências
de notícias.

Dessa foram, o brasileiro Felipe Penae, no livro Teoria do


Jornalismo, destaca que “embora o jornalista seja
participante ativo na construção da realidade, não há uma
autonomia incondicional em sua prática profissional, mas
sim a submissão a um planejamento produtivo”. Isso

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porque “as normas ocupacionais teriam maior importância


do que as preferências pessoais na seleção das notícias”.

Muitos concluem, portanto, que o jornalismo produzido


pela indústria cultural serve apenas aos interesses do
capital, reproduzindo comportamentos, e não informando
de maneira isenta, como se espera do bom jornalismo.

Bibliografia:

FILHO, Ciro Marcondes. Quem Manipula Quem?. 5°. ed.


Brasil, 1986

PENA, Felipe. Teoria do Jornalismo. S.P. Contexto. 2005.

WOLF, Mauro. Teorias da Comunicação. 3°. ed. Lisboa:


Presença, 1994.

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Julyana Tonin • 3º+ 6d


Jornalista, consultora em oratória, branding e marketing pessoal. Ensino você
a falar em público.

Perfeito!

Gostei Responder

Ester Alkimim • 2º 1m
Jornalista, redatora, revisora, fotógrafa

ótimo artigo, obrigada!

Gostei Responder

Gevan Oliveira
Assessor de Comunicação e Professor de Jornalismo (FAC)

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