Universidade Pedagógica de Maputo

Faculdade de Ciências de Linguagem, Comunicação e Artes

Nome: Beny Nelson Tamele Curso: Lic. Design de Comunicação Disciplina/Ano:

HMM/ 1°ano
Número Autor: Umberto Eco - 3a ed. 1989 - Editora: Nova
de Fronteira
páginas Resumo: Umberto Eco – Sobre os Espelhos e
outros Ensaios
64 - Passa-se pelos hieróglifos egípcios, sempre
divertidos, coloridos (mas no fim das contas bastante
conhecidos.
- Porém ao lado, e antes mesmo, está a escrita
cuneiforme, Suméria, Assíria e Babilônia, e aqui
os documentos são tabuinhas, quase sempre bem
pequenas que têm a infelicidade, aos olhos do leigo.
65 à 66 - Vem à mente o episódio contado por Platão,
quando o faraó repreende o Deus Thoth que
inventou a escrita.
- O homem nunca mais conseguirá cultivar
os próprios pensamentos, e a própria
interioridade, porque estás lhe ensinando a
objectivar a própria alma sobre tabuinhas e
papiros.
- Adeus memória, agora os homens aprenderão
a recordar através destes expedientes
mesquinhos.
- Mas os egípcios bem sabiam, e esse Deus,
Toth, tornou-se não só o inventor da
Comentários
- Isso nos que dizer que a
escrita o inventor da escrita
Hieroglífica também foi
inventor da escrita
cuneiforma em outras regiões,
por isso bastante conhecidas.
- Contudo a escrita era
feita/praticada em tabuas
pequenas e por isso, era bem
difícil de lê-las.
-Ficou evidente que o Platão
estava com um pé atrás sobre
a invenção da escrita pelo
Deus Toth, ele temia que essa
invenção tornaria o homem
mentalmente escravo e as
suas capacidades cognitivas
se tornariarem inúteis com a
nova invenção. Mas, depois
de alguns milhares de anos,
percebemos que a invenção
não impediu, pelo contrário
trouxe novas possibilidades e
 linguagem e da escrita, mas também o
patrono dos escribas, o Deus da medicina e da
magia.
- Não é por acaso que o Deus Toth é
frequentemente representado como um
macaco: escrever, como falar, é imitar, através
de sinais, a realidade.
- Vem à mente um outro diálogo, o crátilo, no
qual se discute se as palavras nasceram
naturalmente ou por convenção e a conclusão
prudente é que talvez, no início, os sons
imitassem as coisas, mas depois este
parentesco direto se perdeu
- Mas Vico sabia que não
67 - Essas tabuinhas nos mostram ainda que, desde
aquela época, ler sempre foi interpretar,
porque era necessário decidir segundo o
contexto, como uma imagem devia estar
relacionada ao seu significado e em que
direção prosseguir a leitura.
Então, os egípcios tiveram que inventar sinais
contextuais.
benefícios como a de mais
armazenamento do conteúdo
e está seria ainda melhor
porque seria um
armazenamento permanente
ou inflexível.
- O Deus Toth era
representado como um
macaco porque ele era visto
como um ser divino, e por ser
dotado de muita inteligência
era tido como o ápice da
intelectualidade, por ter
inventado não só a escrita
como também línguas
através de gestos e
ultimamente isso o colocava
como alguém que inventou
quase a tudo em nossa volta.
- Essa teoria dizia que as
palavras nasceram
naturalmente mas acabou
sendo descartada essa
possibilidade.
-Isso quer dizer que ler algo
escrito principalmente na
escrita pictográfica era o
mesmo que interpretar e
para além disso sempre foi
vista como uma forma de arte
e com o passar do tempo a
escrita sofrem mudanças para
 - A ordem dos sinais se inverte por razões
decorativas de modo que ler transforma-se
numa arte.
68 - Observações finais sobre as tentações da
escrita. Nasce para resgistrar dados, mas
imediatamente passa a ocupar funções
ideológicas.
- A exposição nos diz muito sobre a formação
de uma casta intelectual, sobre a escola como
lugar de privilégio.
fins estéticos ou decorativos
em seu desevolvimento.
-Com o passar do tempo, a
escrita se desenvolve
ganhando espaço importante
na sociedade graças aos
egípcios e sumérios a escrita
tornasse um instrumento de
privilégio, e nas escolas as
crianças passar a ser educados
e ensinadas eficazmente
graças o grande arsenal de
conhecimento armazenado
nessas documentos, e já não
eram apenas os reis e escribas
que detinha esse
conhecimento.