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EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA

C
Explorando a Química
na Determinação do Teor
de Álcool na Gasolina
Melissa Dazzani, Paulo R.M. Correia, Pedro V. Oliveira e Maria Eunice R. Marcondes

A identificação e a determinação do teor de álcool na gasolina foram utilizadas para explorar a Química Analítica
durante o Ensino Médio. Propriedades físicas e conceitos químicos foram utilizados para que os alunos explicassem
os fenômenos envolvidos, a partir da estrutura molecular. A determinação do teor de álcool foi realizada de duas
maneiras diferentes: [1] verificando a variação de volume da fase aquosa e [2] comparando a densidade da fase
aquosa com valores da literatura. A diferença entre os valores obtidos pelos dois métodos permitiu aos alunos
verificarem que a imprecisão é inerente à atividade experimental.


Ensino Médio, Química Analítica, gasolina

Recebido em 28/6/02, aceito em 5/11/02

A
utilização do petróleo como rece destaque especial é o etanol. Seu dio, com o objetivo de aplicar ou ilustrar
42
fonte de energia foi essencial principal papel é atuar como antide- conceitos relacionados com medidas
para garantir o desenvolvi- tonante (Feltre, 2000; Peruzzo e Canto, quantitativas, como o teor expresso em
mento industrial verificado durante o 1999), em substituição ao chumbo porcentagem (Feltre, 2000; Lembo,
século XX. Através da sua destilação tetraetila, que está 2000; Pitombo e Mar-
fracionada, pode-se obter vários pro- sendo banido devido Através da destilação condes, 1995; Santa
dutos derivados de grande importância à sua elevada toxici- fracionada do petróleo, Maria et al., 2002). A in-
econômica, tais como o gás natural, o dade. A quantidade pode-se obter vários terpretação dos fenô-
querosene, o diesel, os óleos lubrifican- de etanol presente na produtos derivados de menos que ocorrem
tes, a parafina e o asfalto. Mas a fração gasolina deve respei- grande importância durante o experimento,
do petróleo que apresenta maior valor tar os limites estabe- econômica, como o gás considerando a estru-
comercial é a gasolina, tipicamente lecidos pela Agência natural, o querosene, o tura das moléculas
uma mistura de hidrocarbonetos Nacional do Petróleo diesel, os óleos envolvidas, também
saturados que contém de 5 a 8 átomos - ANP (teor entre 22% lubrificantes, a parafina e o pode ser explorada
de carbono por molécula (Morrison e e 26% em volume). asfalto. Mas a fração do para permitir ao aluno
Boyd, 1996; Solomons, 1996). A falta ou excesso petróleo que apresenta estabelecer relações
Sempre que ocorre instabilidade no de álcool em relação maior valor comercial é a entre as propriedades
preço do petróleo, com sucessivos au- aos limites estabele- gasolina físicas e químicas dos
mentos do preço de seus derivados, a cidos pela ANP com- materiais.
gasolina ganha ainda mais evidência na promete a qualidade do produto que O objetivo do presente trabalho foi
mídia. A qualidade da gasolina comer- chega aos consumidores brasileiros. ampliar o potencial desse experimento
cializada no Brasil tem sido constante Assim, avaliar a composição da gaso- no desenvolvimento de conceitos as-
objeto de questionamento; assim, a de- lina, verificando se o teor de álcool está sociados à análise qualitativa e quan-
terminação da sua composição é impor- adequado, é uma atitude muito im- titativa no Ensino Médio, de maneira
tante, devido a algumas formas de adul- portante. que o aluno consiga estabelecer rela-
teração com solventes orgânicos que A determinação do teor de etanol ções entre propriedades físicas, como
prejudicam os motores dos automóveis. na gasolina através da extração com solubilidade e densidade, e a sua utili-
Um componente presente exclusi- água é conhecida e utilizada como ex- zação no processo de identificação e
vamente na gasolina brasileira que me- perimento em escolas do Ensino Mé- quantificação de substâncias.
O experimento, realizado durante
uma aula de laboratório com duração
A seção “Experimentação no ensino de Química” descreve experimentos cuja implementação e interpretação contribuem
para a construção de conceitos científicos por parte dos alunos. Os materiais e reagentes usados são facilmente encontráveis, de 100 minutos, foi dividido em três par-
permitindo a realização dos experimentos em qualquer escola. Neste número a seção apresenta dois artigos. tes:

QUÍMICA NOVA NA ESCOLA Determinação do teor de álcool na gasolina N° 17, MAIO 2003
1) Identificação das fases no Tabela 1: Seqüência de adição de reagentes nos tubos de ensaio para identificação das
sistema água-etanol-gasolina. fases com os indicadores de polaridade.
2) Quantificação do etanol na ga- Teste Tubo 1 Tubo 2 Tubo 3
solina através de uma análise absoluta. 1 água água + I2 água + KMnO4
3) Quantificação do etanol na gaso- 2 gasolina gasolina + I2 gasolina + KMnO4
lina através de uma análise compa- 3 água + gasolina água + gasolina + I2 água + gasolina + KMnO4
rativa.
A discussão dos resultados foi rea-
lizada posteriormente, durante uma iônico) e iodo, I2 (substância covalente mente cerca de 20 mL, sofre um au-
aula de 50 minutos. apolar) como indicadores de pola- mento após a mistura com a fase orgâ-
ridade1. Os tipos de ligações químicas nica. A porcentagem de etanol pre-
Materiais e reagentes dessas substâncias podem ser explo- sente na gasolina pode ser calculada
Para a realização desse experimen- rados para realizar a identificação das a partir desse aumento do volume da
to, são necessários os seguintes mate- fases: aquosa (polar) e orgânica (apo- fase aquosa.
riais e reagentes: lar).
• 9 tubos de ensaio Execute os testes 1, 2 e 3 na se-
Parte 3: Quantificação do etanol na
• 1 proveta de 50 mL qüência indicada na Tabela 1, utilizan- gasolina através de uma análise
• 1 bastão de vidro do 3 mL das substâncias líquidas e comparativa
• 1 seringa descartável de 5 mL uma pequena quantidade (uma ponti- Uma outra maneira de determinar
• 1 balança de pratos nha de espátula) dos sólidos. Verifica- o teor de etanol na gasolina é através
• 50 mL de etanol se que o KMnO4 se dissolve na fase da avaliação da densidade da fase
• 50 mL de gasolina aquosa e que o I2 se dissolve na fase aquosa. O valor da densidade da mis-
• 50 mL de água orgânica (Figura 1), permitindo identi- tura água-etanol depende das quanti-
• permanganato de potássio ou sul- ficar as fases. dades relativas dessas duas substân-
fato de cobre pentaidratado cias. A partir de valores de densidade
• iodo sólido ressublimado
Parte 2: Quantificação do etanol na
obtidos da literatura (Weast, 1972) para 43
gasolina através de uma análise diferentes misturas água-etanol (Tabela
Procedimento absoluta 2), foi possível obter um gráfico que
A identificação das fases no siste- relaciona a densidade em função do
Parte 1: Identificação das fases no
ma água-etanol-gasolina permite ex- teor de etanol (Figura 2). Esse gráfico
sistema água-etanol-gasolina plorar a extração do etanol em fase pode ser construído pelos alunos em
Essa identificação pode ser realiza- aquosa como estratégia para realizar papel milimetrado a partir dos dados
da visualmente por meio da interface testes quantitativos. fornecidos (Tabela 2), para ser empre-
no sistema heterogêneo água-gasoli- Adicione cerca de 20 mL de gaso- gado na determinação do teor de eta-
na, já que a gasolina comercial possui lina à proveta; registre o volume final nol na gasolina, através de interpolação
uma coloração. Entretanto, é interes- obtido. Em seguida, adicione cerca de a partir do valor da densidade da fase
sante, nessa etapa, explorar os con- 20 mL de água; registre o volume final aquosa medido experimentalmente.
ceitos de solubilidade, para utilizar na obtido. Agite a mistura heterogênea Para medir a densidade da fase
parte 2 do experimento. formada com bastão de vidro durante aquosa, pode-se utilizar um densíme-
Alguns testes foram realizados para 1 minuto. Após a nítida separação en- tro, ou coletar amostras contendo cer-
verificar a solubilidade da gasolina e tre as fases, registre o volume da fase ca de 5 mL de solução água-etanol de
do etanol na água, utilizando perman- aquosa. cada grupo de alunos, a fim de se obter
ganato de potássio, KMnO4 (composto O volume da fase aquosa, inicial- um volume total mínimo de 30 mL.

Figura 1: Alterações da coloração provocadas pela adição dos indicadores de polaridade, durante os testes de identificação das fases: (a)
água, água + I2, água + KMnO4; (b) gasolina, gasolina + I2, gasolina + KMnO4; (c) gasolina + água, gasolina + água + I2, gasolina +
água + KMnO4.

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Tabela 2: Valores da densidade (d) da solução etanol-água em função do teor (φ) de etanol mação para a construção de um gráfico,
(Weast, 1972). denominado curva analítica de calibra-
φ / %(v/v) 0,789 3,945 7,890 11,83 15,78 23,67 31,56 39,45 47,34 ção. Através da interpolação do valor
d / (g/mL) 0,996 0,989 0,982 0,975 0,969 0,954 0,935 0,914 0,891
experimental através da curva analítica
de calibração (Figura 2), é possível obter
o teor de etanol na gasolina.
Determine a massa utilizando uma vidas para explicar os fenômenos A obtenção da curva analítica de
balança de pratos e o volume utilizando observados. A geometria molecular, a calibração pode ser transformada em
uma proveta2. Calcule o valor da densi- polaridade da ligação covalente e das uma atividade interdisciplinar, a ser ex-
dade a partir desses dados experimen- moléculas e as forças intermoleculares plorada juntamente com o professor de
tais e interpole no gráfico construído podem ser apresentadas aos alunos Matemática. Os dados da Tabela 2
(Figura 2). Assim, o teor de etanol na de maneira mais significativa, para apresentam um comportamento apro-
gasolina é obtido graficamente, através justificar os fenômenos macroscópicos ximadamente proporcional, isto é, há
da comparação com valores de refe- observados. uma reta que liga bastante bem os
rência obtidos. A quantificação do teor de etanol pontos do gráfico obtido (Figura 2).
Para não prejudicar a exatidão do na gasolina pode ser executada Esse procedimento pode ser feito vi-
resultado obtido, é necessário utilizar através de uma análise absoluta, que sualmente pelo aluno, que traça a reta
um grande volume da mistura etanol- não exige a comparação com valores que melhor passa pelos pontos do
água (30 mL ou mais), para minimizar de referência. Os fenômenos observa- gráfico. Outra possibilidade é o ajuste
o erro associado à medição da massa dos na Parte 1 podem ser utilizados matemático desses valores através de
e do volume. Observa-se pelo gráfico para identificar as fases e, então, reali- regressão linear, que permite obter a
(Figura 2) que uma pequena variação zar medidas quantitativas, permitindo equação da reta que melhor descreve
no valor da densidade obtida experi- calcular o teor de etanol na gasolina. os pontos do gráfico. A partir dos va-
mentalmente acarreta uma grande Dessa forma, verifica-se a possibili- lores fornecidos e da regressão linear,
variação no valor do teor de etanol. dade de realizar uma análise química pode-se obter a seguinte equação de
44 explorando propriedades físicas e reta (y = a + bx, sendo a o coeficiente
Discussão do experimento químicas das substâncias envolvidas. angular e b o coeficiente linear):
A identificação do etanol na gasoli- Na parte 3, a comparação da den- d = 1,000 - 0,00219 x T, sendo d a den-
na (Parte 1) e o estudo da interação sidade da fase aquosa medida experi- sidade em g/mL e T o teor de álcool
entre as moléculas de água, etanol e mentalmente com valores de referência (% em volume). Dessa forma, se o valor
os hidrocarbonetos presentes na gaso- é empregada para mostrar uma outra da densidade for conhecido, basta
lina permitem abordar os conceitos de maneira de se realizar análises quími- substituí-lo na equação da reta para
solubilidade e densidade, explorando cas: a análise comparativa. Nesse caso, obter o teor de etanol.
as características das moléculas envol- é indispensável a utilização de infor- A comparação do teor de etanol
obtido pelos procedimentos de análise
absoluta (Parte 2) e de análise compa-
rativa3 (Parte 3) permite que os alunos
verifiquem a diferença entre os valores
obtidos por cada grupo e avaliem os
possíveis fatores que podem interferir
no resultado. Nesse momento, o pro-
fessor pode ressaltar que qualquer
medida experimental possui um erro,
gerando resultados imprecisos4.
Conclusões
As possibilidades do experimento
envolvendo a extração de etanol em
fase aquosa foram expandidas, permi-
tindo ao aluno relacionar propriedades
físicas e químicas com a identificação
e quantificação de substâncias. Na
aplicação em sala de aula, verificou-
se um aprimoramento dos conceitos
de densidade, solubilidade e teor, que
foram abordados a partir da estrutura
das moléculas envolvidas. A diferença
Figura 2: Densidade da solução etanol-água em função do teor de etanol. entre os resultados obtidos para o teor

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de álcool, utilizando os diferentes Notas usp.br), bacharel em Química e doutor em Química
Analítica pela Universidade Federal de São Carlos, é
procedimentos de quantificação, 1. O permanganato de potássio docente do Departamento de Química Fundamental
evidencia que a imprecisão é inerente tem sido controlado pela Polícia Fede- do Instituto de Química da USP (IQ-USP). Maria Eunice
à atividade experimental; porém, deve- ral e é, portanto, difícil de se comercia- R. Marcondes (mermarco@quim.iq.usp.br), licenciada/
se tomar alguns cuidados no pla- bacharel em Química e doutora em Química Orgâ-
lizar. Sendo assim, pode ser substituído nica pela USP, é docente do Departamento de Quí-
nejamento, para que a mesma seja por sulfato de cobre II pentaidratado, mica Fundamental do IQ-USP.
minimizada. A comparação do teor de que é de fácil acesso e também é so-
álcool obtido com aqueles expressos lúvel apenas na fase aquosa. Referências bibliográficas
na legislação vigente mostrou aos alu- 2. A precisão da proveta para medir
nos a importância de realizar análises FELTRE, R. Química. 5ª ed. São Paulo:
volumes é menor do que a precisão
Moderna, 2000. v. 3, p. 109-124.
para controlar a qualidade dos produ- de uma pipeta. Se a escola possuir LEMBO. Química: realidade e contexto.
tos. Através da identificação e quantifi- uma pipeta, é aconselhável que os alu- São Paulo: Ática, 2000. p. 150-151.
cação do álcool na gasolina, alguns nos a utilizem para a realização deste MORRISON, R.; BOYD, R. Química
aspectos importantes da Química Ana- experimento, pois os resultados obti- Orgânica. 13ª ed. Trad. M.A. da Silva.
lítica foram expostos aos alunos do En- dos serão mais precisos. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
sino Médio. 3. Na execução deste experimento, 1996. p. 110-115 e 294-304.
foram encontrados os seguintes valores: PERUZZO, F.M. e CANTO, E.L. Quí-
Questões para discussão Parte 2 – Porcentagem de etanol na mica na abordagem do cotidiano. 2ª ed.
São Paulo: Moderna, 1999. v. 3, p. 60-
As questões a seguir podem ser uti- gasolina de 24%, indicando que a
64 e 530-536.
lizadas pelo professor para que os con- gasolina analisada está de acordo com PITOMBO, L.R.M. e MARCONDES,
ceitos abordados durante o experimen- as normas da ANP. M.E.R. (Coords.). Interações e transfor-
to sejam discutidos Parte 3 – Densi- mações II: Química para o 2º grau. São
com os alunos. A comparação do teor de dade de 0,95 g/mL. Paulo: Edusp, 1995. p. 92-96.
1) Manchas de gor- Ao se analisar o grá- SANTA MARIA, L.C. de; AMORIM,
álcool obtido com aqueles
duras são mais facil- fico, verifica-se que o M.C.V.; AGUIAR, M.R.M.P. de; SANTOS,
expressos na legislação Z.A.M.; CASTRO, P.S.C.B.G. de e BAL-
mente removidas vigente mostrou aos alunos teor de etanol que 45
corresponde a esta THAZAR, R.G. Petróleo: um tema para
quando lavadas “a a importância de realizar o ensino de Química. Química Nova na
seco” com solventes análises para controlar a densidade é de apro-
Escola, n. 15, p. 19-23, 2002.
especiais, geralmente qualidade dos produtos ximadamente 23%, SOLOMONS, T.W.G. Química Orgâ-
hidrocarbonetos. Expli- indicando que a nica. 6ª ed. Trad. W. Oh Lin. Rio de Ja-
que. gasolina utilizada está de acordo com neiro: LTC Livros Técnicos e Científicos,
2) Observe a tabela abaixo, que as normas da ANP . 1996. v. 1, p. 76-85 e 127-131.
4. O professor também pode dis- WEAST, R.C. (Ed.). The CRC hand-
apresenta dados referentes à quanti-
cutir se o uso de uma reta no gráfico book of chemistry and physics. 53ª ed.
dade de álcool presente em 3 diferen- Cleveland: The Chemical Rubber Co.,
tes amostras de gasolina: da Figura 2 introduz ou não erros na
interpolação para obtenção do teor de 1972. p. D-189.
Gas. 1 Gas. 2 Gas. 3 etanol na gasolina. Para saber mais
Vol. etanol/mL 20,0 25,0 30,0
Agradecimentos SELINGER, B. Chemistry in the mar-
Massa de etanol/g 19,0 23,4 28,8
ketplace. 5ª ed. Sidney: Harcourt Brace,
Analisando esses dados, verifique Os autores agradecem ao Colégio 1998. p. 400-414.
se essas gasolinas apresentam teor de Objetivo (Unidade Suzano) por permitir SNYDER, C. H. The extraordinary
etanol de acordo com as normas esta- a aplicação do experimento aos seus chemistry of ordinary things. 2ª ed. Nova
alunos. P.R.M. Correia agradece à Fun- Iorque. John Wiley & Sons, 1995. p. 213-
belecidas pela ANP.
dação de Amparo à Pesquisa do Esta- 221.
3) Hoje em dia, é muito comum HARRIS, D.C. Análise química quanti-
ouvirmos falar sobre gasolina adulte- do de São Paulo pela bolsa concedida
tativa. 5a ed. Trad. C.A.S. Riel e E.A.W.S.
rada. Essa adulteração é geralmente (Processo 01/02590-2).
Guarino. Rio de Janeiro: Livros Técnicos
feita por solventes orgânicos. Analise e Científicos, 2001. p. 1-23, 47-59 e 81-92.
Melissa Dazzani, licenciada/bacharel em Química pela
se o processo por extração com água, Universidade de São Paulo (USP) e mestranda na área Na internet
usado no experimento, também é de Ensino de Ciências na USP, é professora de Química
Para obter informações sobre a legis-
no Colégio Integrado Objetivo. Paulo R.M. Correia, li-
adequado para se verificar a presença lação vigente que controla a qualidade
cenciado/bacharel em Química e mestre em Química
desses solventes na gasolina e quan- Analítica pela USP, é doutorando na área de Química dos combustíveis, consulte o sítio http:/
tificá-los. Analítica na USP. Pedro V. Oliveira (pvolivei@quim.iq. /www.anp.gov.br.

Abstract: Exploring Chemistry in the Determination of the Ethanol Content in Gasoline – The identification and the determination of the ethanol content in gasoline were used to explore analytical-chemistry
aspects in high-school teaching. Physical properties and chemical concepts were used so the students explained the involved phenomena, from a molecular point of view. The determination of the ethanol
content was carried out in two different ways: [1] by verifying the variation of the volume of the aqueous phase; [2] by comparing the density of the aqueous phase with reference values from the literature.
The difference between the values obtained by the two methods allowed the students to apprehend that inaccuracy is inherent to experimental activity.
Keywords: high school, analytical chemistry, gasoline

QUÍMICA NOVA NA ESCOLA Determinação do teor de álcool na gasolina N° 17, MAIO 2003

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