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Diretrizes de Sfilis em Adulto - Hucff PDF
Diretrizes de Sfilis em Adulto - Hucff PDF
Modo de transmissão:
O principal modo de transmissão da sífilis é por via sexual, sendo a chance de
aquisição da doença quando exposto a relação sexual com um indivíduo
infectado pelo T. pallidum de 30%.
Manifestações clínicas:
Sífilis latente: é definida por teste sorológico treponêmico positivo, porém sem
evidências clínicas da doença. É classificada em sífilis latente precoce quando
ocorre em menos de 1 ano após a infecção primária, e sífilis latente tardia
quando ocorre a partir de 1 ano apos a infecção primaria, podendo durar até 10
anos. A maioria das recorrências ocorre no período de sífilis latente precoce.
Sífilis terciária: doença inflamatória lentamente progressiva que pode afetar
qualquer órgão e produzir doença clínica 5-30 anos apos a infecção inicial.
Geralmente, é subdividida em:
• sífilis cardiovascular: resulta do acometimento do vasa vasorum da aorta
seguido por formação de aneurisma. Há predileção pela aorta
ascendente com consequente fraqueza do anel valvar e regurgitação
aórtica.
• goma sifilítica: lesão granulomatosa não específica que pode ocorrer em
qualquer tecido, porém é mais comum no sistema esquelético, pele e
mucosas. Tem importância clínica devido à intensa destruição local que
provoca.
Gestantes:
O rastreio de infecção pelo T. pallidum deve ser feito com a dosagem de VDRL
em cada trimestre da gestação na paciente com infecção pelo HIV, no 1º e 3º
trimestres na paciente sem infecção pelo HIV, no momento do parto, e em
qualquer gestante que der origem a um natimorto com mais de 20 semanas
gestacionais.
Nenhum recém-nascido deve ser liberado da maternidade sem o conhecimento
do status sorológico da mãe (≥ 1 sorologia durante a gestação,
preferencialmente confirmada no momento do parto)
Diagnóstico diferencial:
Sífilis primária: cancro mole, herpes genital, donovanose, linfogranuloma
venéreo, câncer.
Métodos diagnósticos:
Microscopia em campo escuro é utilizada quando há lesões ativas (sífilis
primária e secundária). Deve-se limpar a lesão com solução salina, secar com
gaze e apoiar uma lâmina sobre a lesão. Não deve-se limpar a lesão com
solução bactericida, pois organismos mortos/imóveis não são úteis para o
diagnóstico. Uma lesão só é considerada negativa após 3 exames negativos.
Vale ressaltar que pesquisa de T. pallidum em campo escuro de lesões em
cavidade oral não são úteis, pois pode-se confundir com treponemas
comensais.
Testes não treponêmicos (VDRL, RPR) são úteis para screening em áreas de
alta prevalência de sífilis, e para monitorizar resposta ao tratamento clínico (há
significância quando é observada diferença de duas titulações entre exames
consecutivos). O titulo varia durante a infecção, sendo mais elevado nas fases
precoces, com ápice na sífilis secundária, e posterior tendência a queda.
Treponêmico 50 – 85 % 97 – 100 %
Tratamento:
Sífilis Secundária e Latente Penicilina Benzatina 2,4 milhões U IM, com intervalo de 1
Precoce semana entre cada dose, total 2 doses
Sífilis Terciária e Latente Penicilina Benzatina 2,4 milhões U IM, com intervalo de 1
Tardia (exceto neurossífilis) semana entre cada dose, total 3 doses
Seguimento:
Alergia à penicilina:
A dessensibilização à penicilina deve ser realizada naqueles pacientes que
apresentem acometimento do SNC, uveíte e em gestantes, visto que não há
antibiótico mais eficaz que a penicilina para o tratamento de tais situações.
A dessensibilização à penicilina só é recomendada naqueles pacientes que
apresentem reação de hipersensibilidade IgE mediada, caracterizada por
urticária, angioedema e anafilaxia.
Gestantes que não podem ser dessensibilizadas, devem ser tratadas com
tratamento alternativo, preconizamos o uso de ceftriaxone, o feto de ser
considerado como não tratado e o caso deve ser notificado como sífilis
congênita.
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médico para Pápula, eritema
conduta Teste intradérmico
ou prurido, > 4mm
adequada