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RESUMO
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INTRODUÇÃO
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Neste trabalho serão abordados os seguintes tópicos: histórico e
definição de Dificuldades de Aprendizagem, Dislexia, oficinas pedagógicas e
aprendizagem.
De 1800 até 1929, período dos primeiros anos da fase de fundação, Gall
(1800) observou que,
As pessoas adultas, ante uma lesão cerebral, perdiam a capacidade
de expressão de ideias e sentimentos mediante a fala, mantendo
intactas suas habilidades intelectuais. Gall estudou, provavelmente,
pessoas afásicas adultas. Essas condições, em crianças, fariam
referência ou afasias infantis ou transtornos específicos da linguagem
incluíveis, na categoria das dificuldades de aprendizagem (GARCIA,
1998).
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Com essa definição, várias outras definições ao longo dos anos foram
apresentadas, mas somente quatro definições têm habilidades profissionais: as
da United States of Education (USOE), a do National Joint Committee on
Learning Disabilities (NJCLD), a do Learning Disabilities Association of America
(LDA) e Interagency Committee on Learning Disabilities (ICLD), tendo o
restante das definições como valor histórico (GARCIA, 1998).
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áreas ligadas à Educação e Saúde, de diferentes pontos de todo o país. A
designação preferencial com que está nomeado o problema é Dificuldade de
Aprendizado, constando dos seguintes termos:
Dificuldades de Aprendizado é um termo genérico que se refere a
heterogêneo grupo de desordens, devido identificável ou dedutível
disfunção do sistema nervoso central. Essas desordens podem
manifestar-se por atrasos precoces no desenvolvimento e/ou
dificuldades, em alguma das seguintes áreas: atenção, memória,
raciocínio, coordenação, comunicação, leitura, soletração, cálculo,
interação social e maturação emocional (DEFINITION OF LEARNING
DISABILITIES ASSOCIATION OF CANADA, apud LUCZYNSKI,
2002, p.131,132).
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formulação de ideias e sua expressão ortográfica) e a discalculia (dificuldade
do cálculo ou da aritmética). Em seguida será abordada a dislexia, dificuldade
que esta relacionada à aprendizagem da leitura e escrita.
DISLEXIA
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velocidade, memória de curto prazo, sequencialização, percepção auditiva e/ou
visual, linguagem falada e habilidades motoras. Ela está particularmente
relacionada ao domínio e uso da linguagem escrita, o que pode incluir notação
alfabética, numérica e musical (PEER, 2001 apud FARRELL, 2008 p.29).
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como sendo, apenas características condicionais de dislexia. Peer e Reid
(2003) mencionam que,
As crianças com dislexia normalmente, mas nem sempre, terão
dificuldade para ler. (p.9)
...dificuldades de ortografia frequentemente é uma característica
óbvia de dislexia.
As crianças com dislexia também podem ter dificuldades tanto na
escrita expressiva quanto em seu estilo próprio de escrita manual.
Muitas pessoas consideram os disléxicos como tendo um problema
exclusivamente de leitura. Nós sabemos que este, absolutamente,
não é o caso. Algumas pessoas têm essa fraqueza, mas outras não.
Entretanto, todas parecem ter problemas com parte do processo de
escrita.
Juntando tudo, isso parece significar que a criança com dislexia:
• Geralmente tem dificuldades na leitura (mas pode não ter);
• Frequentemente tem dificuldades na ortografia (mas pode não
ter);
• Pode ter dificuldades na escrita (mas pode não ter);
Sempre parece ter algum problema com a parte da escrita. (PEER e
REID, 2003, p.9,10 apud FARRELL, 2008, p.28, 29).
Desta forma, de acordo com Blasi (2006 apud Massi, 2011), embora
reconheçam o vínculo entre dislexia, consciência fonológica e representação
gráfica dos sons da língua, argumenta ser um equívoco que a dificuldade ou
ausência da consciência fonológica seja a causa da dislexia, considerando o
fato de que essa dificuldade de consciência fonológica acontece porque os
indivíduos não dominam o sistema alfabético, ferramenta necessária para
manipular os fonemas.
CARACTERÍSTICAS DA DISLEXIA
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2. Confusão entre letras, sílabas ou palavras com grafia similar, mas com
diferente orientação no espaço: b - d; b - p; b - q; d - b; d - p; d - q; n - u;
w - m; a - e.
3. Confusão entre letras que possuem um ponto de articulação comum, e
cujos sons são acusticamente próximos: d - t; j - x; c - g; m - b; m - b;
v - f.
4. Inversões parciais ou totais de sílabas ou palavras: me – em; sol - los;
som - mos; sal - las; pal - pla.
5. Substituição de palavras por outras de estrutura mais ou menos similar
ou criação de palavras, porém com diferente significado: soltou/salvou;
era/ficava.
6. Contaminações de sons.
7. Adições ou omissões de sons, sílabas ou palavras: famoso substituído
por fama; casa por casaco.
8. Repetições de sílabas, palavras ou frases.
9. Pular uma linha, retroceder para linha anterior e perder a linha ao ler.
10. Excessivas fixações do olho na linha.
11. Soletração defeituosa: reconhece letras isoladamente, porém sem
poder organizar a palavra como um todo, ou então lê a palavra sílaba
por sílaba, ou ainda lê o texto “palavra por palavra”.
12. Problemas com a compreensão.
13. Leitura e escrita em espelho em casos excepcionais.
14. Em geral, as dificuldades do disléxico no reconhecimento das palavras
obrigam-no a realizar uma leitura hiperanalítica e decifratória. Como
dedica seu esforço à tarefa de decifrar o material, diminuem
significativamente a velocidade e a compreensão necessárias para a
leitura normal.
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FONSECA (1995) cita algumas das características descritas na leitura dos
disléxicos, frequentemente se acompanham de outras perturbações que
alteram a aprendizagem, tais como:
DISLEXIA E APRENDIZAGEM
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sabe-se como é a palavra, mas não consegue pronunciá-la por não se recordar
dos sons das palavras ou vice versa (FONSECA, 1995).
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que possam influenciar os resultados de aprendizagem, incluindo (...)
evidências claras, registradas, de inabilidade, dificuldades significativas de
sequencialização ou percepção visual, deficiências na memória de trabalho ou
atraso significativo da linguagem funcional” (DfES, 2001a, Cap.7, seção 43).
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quando corrigir os deveres, sempre estimular a expressão verbal do aluno,
evitar confusões ao dar instruções e orientações sendo breve no que for
proposto, procurar mudar a forma de o aluno estudar e aprender os conteúdos
da disciplina, mudar de tática fará com que ele aprende de outras formas sem
serem as que são propostas nas salas de aula (GOMES, SANTOS, MORAIS,
SANTANA, VAZ, 2009).
OFICINA PEDAGÓGICA
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onde a relação teoria – prática constitui o fundamento do processo
pedagógico. Assim, o conceito de oficinas aplicado à educação, refere-se ao
lugar onde se aprende fazendo junto com os outros. A oficina é um âmbito de
reflexão e ação no qual se pretende superar a separação que existe entre a
teoria e a prática, entre conhecimento e trabalho e entre a educação e a vida
(PAVIANI e FONTANA, 2009).
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didáticos, a execução de materiais em sala de aula e a apresentação do
produto final dos projetos, seguida de reflexão crítica e avaliação. As técnicas e
os procedimentos são bastante variados, incluindo trabalhos em duplas e em
grupo para promover a interação entre os participantes, sempre com foco em
atividades práticas (PAVIANI e FONTANA, 2009).
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igualmente deverá adotar várias estratégias educacionais:
puzzles, materiais de composição e de construção, exploração de
materiais de aprendizagem, cartões e fichas coloridas, quadros
magnéticos, lotos e dominós simbólicos, blocos lógicos e
discriminativos, etc.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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de forma correta, sem que seje necessário o sofrimento nas escolas e em
casa.
REFERÊNCIAS
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DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM. Disponível em:
http://www.brasilescola.com/educacao/dificuldades-aprendizagem.htm. Acesso
em: 29/02/2012.
18
GOMES, Ádila Daiana S.; MORAIS, Eldenisa M., SANTANA, Graziela C.; VAZ,
Suzimar A. S. T.; SANTOS, Valdinair M. Contribuições para uma melhor
identificação da dislexia no ambiente escolar - Novembro 2009. Disponível
em site do scielo: http://www.abpp.com.br/artigos/106.htm. Acesso em:
12/04/2012.
LINS, Maria Judith Sucupira da Costa and MIYATA, Edson Seiti. Avaliando a
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aval.pol.públ.Educ. [online]. 2008, vol.16, n.60, pp. 455-468. ISSN 0104-4036.
Disponível em: site do scielo
http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v16n60/v16n60a08.pdf. Acesso em:
27/04/2012.
SECCO, Patrícia. João preste atenção!. 1º ed., SP: Gráfica e Editora Modelo
LTDA, 1995.
19
Paviani, Neires Maria Soldatelli, Fontana, Niura Maria. Oficinas pedagógicas:
relato de uma experiência. V. 14, n. 2, maio/ago. 2009. Disponível em: site do
scielo http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/viewFile/16/15.
Acesso em: 29/05/2012.
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