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Aula 05

Rosemary Francisco
GRÁFICOS DE CONTROLE
Relembrando...
Tipos de Gráficos de Controle

•  O primeiro passo para escolher o tipo de gráfico de


controle a ser utilizado é identificar o tipo de dados que
será tratado.

•  Gráficos de controle podem ser aplicados a duas


classes diferentes de dados: dados de variáveis e
dados de atributos.
Relembrando…
Tipos de Gráficos de Controle

•  Dados de variáveis são medidas de fenômenos


contínuos como: esforço, tempo e custo.

•  Dados de atributos ocorrem quando uma informação é


registrada apenas quando uma entidade da população
analisada satisfaz ou não um critério ou um conjunto de
critérios, por exemplo: número de defeitos encontrados,
número de membros do projeto que possuem
determinada característica etc.
Gráficos de Controle para Dados Atributos

•  Na aula 03 estudamos os gráficos para dados variáveis;

•  Nesta aula estaremos estudando dois tipos de gráficos


para dados de atributos:

–  a) Gráfico C (C Chart)

–  b) Gráfico U (U Chart)
Gráfico C (C Chart)

•  Pode ser utilizado quando se deseja contar a ocorrência


de eventos em uma mesma área de observação

•  Por exemplo, pode ser utilizado para representar o


número de falhas registradas pelos usuários de uma
determinada versão de um sistema ou o número de
defeitos encontrados em um ponto de função.
Gráfico C (C Chart)

•  Este tipo de gráfico deve ser utilizado quando a área de


observação na qual os eventos (problemas) são
contados é constante:

–  O número de falhas registradas sempre será


referente a uma mesma versão do sistema e o
número de defeitos encontrados sempre será
referente a um Ponto por Função.
Gráfico C (C Chart)
Gráfico C (C Chart) – Exemplo de uso

•  Suponha que um gerente de projetos de software deseje


analisar a quantidade de erros no sistema reportados
pelo cliente diariamente.

•  Os dados obtidos pelo gerente são apresentados na


tabela abaixo:
Gráfico C (C Chart) – Exemplo de uso

•  Para construir o gráfico, o primeiro passo é calcular o


limite central:

•  O próximo passo é calcular os limites de controle:

UCLc = 1,67+3,88 = 5,55

LCLc = 1,67−3,88 = -2,21


Gráfico C (C Chart) – Exemplo de uso

•  Construindo o gráfico, tem-se:


Gráfico C (C Chart) – Exemplo de uso

•  Analisando-se o gráfico, percebe-se que o processo é


estável.

•  Como o limite de controle inferior é um número


negativo e, para número de erros, isso não é possível,
considera-se 0 (zero) como valor para o limite de
controle inferior.
Gráfico U (U Chart)

•  Similar ao gráfico C, mas considera que os eventos


podem ser medidos em áreas de observação diferentes.

•  Por exemplo, para analisar a quantidade de defeitos


detectados em porções de código de tamanhos
diferentes, o gráfico C não pode ser utilizado, pois a
área de observação não é constante, uma vez que os
tamanhos das porções de código analisadas são
diferentes

•  Em situações como essa, o gráfico U pode ser aplicado


Gráfico U (U Chart)

•  No gráfico U, antes de ser realizada a comparação entre


os valores coletados, eles devem ser transformados em
taxas como, por exemplo, número de defeitos por
KSLOC (Thousands Software Lines of Code)

•  A identificação dos valores no gráfico é realizada como


nos demais gráficos anteriormente apresentados,
porém, para o gráfico U os limites de controle superior e
inferior são calculados para cada observação
desenvolvido por diferentes equipes
Gráfico U (U Chart)

•  Os limites devem ser calculados para cada observação


pois cada observação é feita em uma área de
observação diferente, com características próprias

•  Por exemplo, ao analisar os defeitos detectados em


diferentes módulos, deve-se considerar que cada
módulo tem sua própria complexidade e pode ter sido
desenvolvido por diferentes equipes
Gráfico U (U Chart)
Gráfico U (U Chart) – Exemplo de uso

•  Suponha que um gerente deseje acompanhar a


quantidade de defeitos detectados nas inspeções
realizadas em um sistema.

•  As inspeções são realizadas por caso de uso do sistema


e as porções de código referentes aos casos de uso
possuem tamanhos diferentes

•  Assim, o tamanho do código do caso de uso deve ser


utilizado para normalizar as medidas de defeitos,
obtendo-se a taxa de defeitos por KSLOC em cada
caso de uso implementado
Gráfico U (U Chart) – Exemplo de uso
•  Os dados utilizados pelo gerente são apresentados na
tabela abaixo:
Gráfico U (U Chart) – Exemplo de uso

•  O primeiro passo para a elaboração do gráfico, é


calcular o limite central, aplicando-se a fórmula abaixo
com i variando de 1 a 20:

ū = 196/9581= 20,46 defeitos/KSLOC


Gráfico U (U Chart) – Exemplo de uso

•  Os limites de controle superior e inferior devem ser


calculados para cada ponto, individualmente.

•  Para o primeiro ponto tem-se:

•  O mesmo deve ser feito para os demais pontos.


Gráfico U (U Chart) – Exemplo de uso

•  Construindo o gráfico, tem-se:


Considerações finais sobre os gráficos de
controle

•  Diante de uma situação, é preciso analisar o tipo de


dados que está sendo tratado e o contexto em que a
situação está inserida para determinar o tipo de gráfico
de controle mais adequado.

•  Algumas situações permitirão o uso de mais de um tipo


de gráfico.

•  Em caso de dúvidas ou de resultados questionáveis,


sempre que possível, deve-se aplicar mais de um tipo de
gráfico e comparar os resultados.
Considerações finais sobre os gráficos de
controle
Considerações finais sobre os gráficos de
controle
GERÊNCIA ESTATÍSTICA DE PROCESSOS E
GERÊNCIA QUANTITAVA DE PROJETOS
Gerência Estatística de Processos e
Gerência Quantitativa de Projetos

•  No contexto da melhoria de processos de software, o CEP pode ser


utilizado nos âmbitos organizacional e dos projetos.

•  No nível organizacional ocorre a gerência estatística dos


processos: o desempenho dos processos é analisado para que seja
possível identificar o comportamento esperado para os processos,
quando forem executados nos projetos.

•  Os dados coletados ao longo dos projetos são utilizados para


descrever o comportamento dos processos da organização.
Gerência Estatística de Processos e
Gerência Quantitativa de Projetos
Gerência Estatística de Processos e
Gerência Quantitativa de Projetos

•  No nível dos projetos ocorre a gerência quantitativa dos projetos,


que consiste em gerenciar o desempenho dos processos nos
projetos, utilizando as baselines e modelos de desempenho
estabelecidos no nível organizacional.

•  Assim, em cada projeto, o desempenho dos processos no projeto é


comparado com o desempenho para ele esperado e, caso não seja
condizente, ações corretivas devem ser realizadas.

•  O planejamento do projeto pode ser realizado utilizando os modelos


de desempenho definidos no nível organizacional.
Gerência Estatística de Processos e
Gerência Quantitativa de Projetos
Gerência Estatística de Processos e
Gerência Quantitativa de Projetos

•  A relação entre a gerência estatística de processos e a gerência


quantitativa de projetos é constante e via de mão dupla

•  A gerência estatística de processos produz resultados que são


utilizados como insumos pela gerência quantitativa de projetos e
vice-versa
Gerência Estatística de Processos e
Gerência Quantitativa de Projetos
RELEMBRANDO O TRABALHO
DO GA
Relembrando o Trabalho do GA

•  O quê / Como: Especificação disponível no Moodle

•  Quando: entrega e apresentação na próxima aula, dia 12/06

•  Avaliação: 7,0 (não teremos prova de GA)

Então, mãos à obra!

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