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CONTROLE
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○ mais rápido, menos oscilações...
● Essa especificação de forma qualitativa dificulta a comparação de desempenho
entre diferentes sistemas de controle. Para uniformizar a forma de dizer “o que se
espera de um sistema”, foram definidas matematicamente algumas especificações
de desempenho.
● Definido um modelo para o sistema e as especificações de desempenho que se
espera alcançar, nos resta definir que tipo de intervenções faremos para que isso
aconteça. Essas intervenções representam diferentes técnicas de projeto de
controladores.
○ Projeto intuitivo (primeira unidade)
○ Projeto baseado em Lugar das Raízes (segunda unidade)
○ Projeto baseado em realimentação de estados (terceira unidade)
com:
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● No controle em malha fechada, também chamado de controle realimentado ou
controle automático há por definição uma observação do comportamento do
sistema de forma ininterrupta. Dessa forma, caso o comportamento do sistema por
qualquer motivo desvie do comportamento desejado o sistema de controle pode
usar essa informação e tentar corrigir o comportamento do sistema.
com:
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Exemplo 1: Projete um sistema de controle que deverá manter a velocidade de um veículo
constante em 65 Km/h. Considerando que:
Modelo do sistema:
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Exemplo 2: Um sistema de controle é normalmente projetado com base no modelo do
sistema. No entanto, como o modelo é apenas umas abstração matemática usada para
representar a realidade ele sempre tem diferenças em relação ao sistema real. Com base
nessa ideia, teste o desempenho dos sistemas de controle projetados no Exemplo 1,
considerando agora que o sistema real não é H = 10, como representado no modelo, e sim
H = 8.
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Exemplo 3: Será que um sistema de controle continuaria funcionando bem se submetido a
diferentes condições de operação? Considere que o modelo é ideal (igual ao sistema real).
No entanto, vamos supor que o carro está trafegando em uma estrada não horizontal. A
inclinação da pista W afeta a velocidade do veículo linearmente de modo que a cada grau
(positivo) de inclinação da pista, a velocidade é reduzida em 5 km/h. Como fica o
desempenho dos controladores projetados no exemplo 1?
Modelo do sistema:
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Conclusão: O sinal W é uma entrada do sistema. Por ser W uma entrada não controlada e
muitas vezes desconhecidas suas características e seus instantes de ocorrência (quando o
nosso carro irá trafegar por estradas não horizontais, por exemplo?), esse tipo de entrada
recebe o nome de perturbação do sistema. O que observamos do resultado, é que O
sistema de controle automático é menos sensível ao efeito de perturbações do que o
sistema em malha aberta, portanto mais robusto.
Exemplo 4: Considerando agora apenas o caso realimentado, onde o sensor é utilizado,
Adicione um ruído de medição aditivo n no sensor e reavalie a escolha do controlador de
modo a minimizar os efeitos de W
e n na saída Y.
Modelo do sistema:
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Conclusão da conclusão?: De fato, no domínio dos sistemas lineares e estáticos o melhor
que podemos fazer é encontrar uma solução de compromisso, ou seja, definir um valor
para o controlador (C) que seja capaz mitigar os efeitos do ruído (n
) e da perturbação (W
)
e rastrear, ainda que não idealmente, o sinal de referência (R). No entanto, no domínio dos
sistemas dinâmicos coisas fantásticas podem ser feitas e relações impossíveis como as
apresentadas na conclusão do problema 4 podem ser realizadas, ao menos na teoria. A
pergunta é “como?”. A resposta está na resposta em frequência de um sistema dinâmico
do tipo apresentado na expressão que multiplica, simultâneamente R e n.
Uma coisa que precisamos pensar é: em que faixa de frequência atuam os sinais R e
n? R é um sinal de referência que, no nosso problema, é um sinal constante. Ainda que em
outros exemplos ele não seja constante, não faz sentido que ele seja um sinal de alta taxa
de variação. Assim podemos assumir que R é um sinal de baixa frequência. Já n é um ruído
de medição que, por natureza, tem componentes em todas as faixas de frequência, como é
o caso do ruído branco, sendo mais a sua porção mais danosa a de alta frequência. Assim
sendo, A escolha de C pode ser feita de modo a ter uma banda passante baixa. Dessa
forma, o sistema seria capaz de rastrear o sinal R e rejeitar a interferência do ruído que
teria sua energia reduzida em especial nas altas frequências onde sua atuação é mais
crítica. O mais legal de tudo isso? O controlador C aparece com interferência direta nos
pólos e zeros do sistema controlado, o que significa que podemos alterá-los apenas
alterando as características do controlador!
Então projetar um controlador dinâmico é similar a projetar um filtro com uma
banda passante específica? Similar sim. No entanto, as técnicas de projeto de filtros não se
preocupam diretamente com características importantes para a área de controle como
rastreamento e especificações de desempenho transitório em geral. Assim, utilizar técnicas
de projeto de filtros para projetar controladores dinâmicos não é uma solução muito legal.
Por isso, durante muitos anos muitos engenheiros dedicaram suas vidas ao estudo de
sistemas de controle e como entender e dominar suas características. Esses estudos
resultaram em várias áreas de controle com objetivos e ferramentas diferentes, entre elas,
as técnicas denominadas de Controle Clássico e Controle Moderno, que estudaremos na
nossa disciplina.
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Finalmente: Malha Aberta ou Malha Fechada?