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Modulo 10A Pentateuco Ok PDF
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MÓDULO 10-A
SUMÁRIO
CAPÍTULO I
- Origem, Estrutura e Natureza do Pentateuco................................................. 02
CAPÍTULO II
Autoria do Pentateuco 04
CAPÍTULO III
- Gênesis: O Livro da Criação 06
CAPÍTULO IV
- ÊXODO: O Livro da Redenção...................................................................... 09
CAPÍTULO V
Levítico: O Livro da Expiação.......................................................................... 12
CAPÍTULO VI
- Números: O Livro da Provação..................................................................... 14
CAPÍTULO VII
- Deuteronômio: O Livro da Recapitulação...................................................... 16
CONCLUSÃO 18
Bibliografia............................................................................................. 19
INTRODUÇÃO
Para os judeus, a coleção dos livros bíblicos escritos antes do nascimento de Jesus Cristo
é a própria Bíblia. Os cristãos denominam essa coleção de Antigo ou Velho Testamento, porque
entendem que eles testemunham os acontecimentos do passado, que prepararam a vinda do
Cristo e a prenunciaram na palavra dos profetas. O Antigo Testamento abrange quatro partes
principais, que pode comportar subdivisões: o Pentateuco, os livros históricos, os livros poéticos
e sapienciais e os livros proféticos.
No judaísmo, o Pentateuco ou Torah, é no mais amplo sentido, a substância da revelação
divina a Israel: o ensinamento ou orientação revelada para a humanidade. A Torah escrita, no
sentido restrito dos cinco primeiros livros das Escrituras Hebraicas, é preservada em todas as
sinagogas judaicas, em rolos manuscritos que são acondicionados num baú chamado Arca da
Lei. São removidos e devolvidos a seu lugar com máxima reverência. A leitura da Torah
desempenha papel preponderante nos serviços litúrgicos judaicos.
Queremos tratar neste módulo do Pentateuco, ou seja, dos cinco primeiros livros da
Bíblia.
CAPÍTULO I
Para os judeus, sua Bíblia — o Antigo Testamento — pode ser dividida em três grandes
seções: A Lei, os Profetas e os Escritos. O Pentateuco é a primeira dessas divisões.
Definição e Nome
Chamamos “Pentateuco” o conjunto dos cinco primeiros livros do Antigo Testamento,
tradicionalmente atribuídos a Moisés: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
A palavra propriamente dita, porém, não ocorre nas Escrituras. Provavelmente foi
cunhada pelos tradutores da Septuaginta (LXX). A forma aportuguesada presente em nossas
Bíblias deriva do grego eclesiástico pentateukhos por meio do latim pentateuchus. E como a
própria etimologia da palavra indica (penta, “cinco” + teukhos, “volume”, “rolo”, “livro”), trata-
se de uma coleção de cinco livros ou um volume quíntuplo. O termo foi adotado pelos escritores
cristãos por volta do segundo século.
Alguns críticos modernos falam de um Hexateuco, introduzindo um sexto livro — o Livro
de Josué — como parte integrante do grupo. Mas este livro é de um caráter inteiramente
diverso dos outros, além de possuir autor diferente.
Designações
O nome comum hebraico para estes livros é Torah, da raiz yarah, que significa (na forma
hifil), “apontar”, “mostrar”, “dirigir” ou “ensinar”. Daí tora denotar “instrução”, “lei” ou “ensino”
(Nee. 8:2, 7). Outras designações para o Pentateuco no todo ou em parte são “o livro da lei”
(Jos. 1:8; 8:34; Nee. 8:3), “o livro da lei de Moisés” (Jos. 8:31; 23:6; 2 Reis 14:6; Nee. 8:1), “o
livro da lei de Deus” (Jos. 24:26; Nee. 8:18), “o livro da lei do Senhor” (2 Crôn. 17:9; 34:14), “o
livro da lei do Senhor seu Deus” (Nee. 10:28), “a lei do Senhor” (1 Crôn. 16:40; 2 Crôn. 31:3;
35:26), “a lei de Deus” (Nee. 10:28-29). Em todos esses exemplos “lei” é a tradução do termo
hebraico Torah. O designativo “o livro de Moisés” também é usado (Esd. 6:18).
Todas essas designações do Pentateuco dão a entender que os cinco livros eram tidos
como um só volume, como ainda se vê nos manuscritos judaicos, ainda que citados pelos vários
Mód. 10-A – Texto Sagrado X – Pentateuco 2
nomes das palavras iniciais. A divisão em cinco livros distintos é mencionada pelo historiador
judeu Flávio Josefo (Contra Apiom, 1:8) e originou-se com a tradução grega.
Essas várias designações indicam que o Pentateuco era considerado como uma única
obra literária, e assim enfatizam sua unidade essencial. A divisão em cinco rolos é muito antiga,
anterior à Septuaginta ou ao Pentateuco Samaritano. Pode ser que tenha sido feita pelo autor
original. Os judeus falam do Pentateuco como os cinco quintos da lei”.
As designações do NT do Pentateuco são “a lei” (Mat. 12:5; Luc. 16:16; João 7:19), “a lei
de Moisés” (Luc. 2:22; João 7:23), “a lei do Senhor” (Luc. 2:23-24) e “o livro da lei” (Gál. 3:10),
“o livro de Moisés” (Mar. 12:26). Lei nessas referências é uma tradução do nomos, termo grego
que os judeus empregavam para Torah.
Conteúdo
Importância
O Pentateuco é o mais importante segmento da palavra escrita de Deus, pois fornece o
embasamento teológico sobre o qual se assentam firmemente os 61 livros restantes da
Biblioteca Divina. O fundamento de toda verdade revelada e do plano redentivo de Deus se
baseia no Pentateuco. Se este fundamento não for confiável, toda a Bíblia é indigna de
confiança.
Escritor
“Moisés, profeta e legislador hebreu, fundador de Israel, ou do povo judeu. É venerado
também no Islã onde é chamado de Musa. A história de sua vida é relatada nos livros Êxodo e
Deuteronômio, do Antigo Testamento. Segundo estes relatos, nasceu em Gósen, região do
antigo Egito. Sua mãe colocou-o numa cesta no rio Nilo, de onde foi resgatado pela filha do
faraó. Já adulto, Moisés matou um egípcio e teve de fugir. Tinha 80 anos quando Jeová lhe
apareceu em uma sarça ardente e ordenou que ele voltasse ao Egito para salvar seu povo da
escravidão, guiando-os até a terra de Canaã, mais tarde denominada Palestina. Para ajudá-lo
na tarefa, Jeová deu-lhe o poder de realizar milagres.
Mód. 10-A – Texto Sagrado X – Pentateuco 3
Moisés se apresentou, com seu irmão Arão, diante do faraó que, somente após ter
sofrido as sete pragas enviadas por Deus, permitiu-lhe conduzir os hebreus à Canaã, porém
logo se arrependeu. Quando chegaram ao mar Vermelho, um exército egípcio se aproximou e
Moisés dividiu as águas. Os hebreus atravessaram pelo corredor central, mas, quando os
egípcios tentaram segui-los, as muralhas de água caíram sobre eles e os afogaram. Chegando
ao monte Sinai, Moisés subiu ao cume para falar com Jeová. Permaneceu ali 40 dias e 40
noites e recebeu duas “tábuas de pedra onde estavam gravados os Dez Mandamentos. A
travessia do deserto durou 40 anos até a chegada à Canaã. Antes de morrer, Moisés entregou
a liderança do povo a Josué. Embora seja difícil precisar as datas de seu nascimento e morte,
numerosos especialistas contemporâneos afirmam que o êxodo aconteceu no século XIII a.C. A
tradição atribui a Moisés a autoria dos cinco primeiros livros do Antigo Testamento que
constituem o Pentateuco.1
O Talmude
Intimamente associado ao Pentateuco está o Talmude (em hebreu tardio "talmud", que
significa "estudo, ensino, instrução"), corpo da lei civil e religiosa judia, que inclui comentários
sobre a Torah ou Pentateuco. O Talmude consiste num código de leis, denominado Mishna (ou
Michna) e de um comentário sobre a Mishna, chamado Guemará. O material do Talmude
relativo às decisões dos sábios acerca das questões legais em disputa é conhecido como
Halaká. As lendas, histórias e refrões do Talmude que se utilizam para ilustrar a lei tradicional
são denominados Haggadah. Existem compilações do Talmude: o Talmude palestino, às vezes
chamado de Talmude de Jerusalém, e o Talmude babilônico.
CAPÍTULO II
AUTORIA DO PENTATEUCO
Hipótese Documentária
1
"Moisés," Enciclopédia® Microsoft® Encarta. © 1993-1999 Microsoft Corporation. Todos os direitos
reservados.
CAPÍTULO III
Autoria
“Ninguém pode afirmar com absoluta certeza que sabe quem escreveu o livro de
Gênesis. Visto que Gênesis é o alicerce necessário para os escritos de Êxodo a Deuteronômio, e
visto que a evidência disponível indica que Moisés escreveu esses quatro livros, é provável que
Moisés tenha sido o autor do próprio livro de Gênesis. A evidência apresentada pelo Novo
Testamento contribui para essa posição (cf. especialmente João 5:46-47; Luc. 16:31; 24:44).
Na tradição da igreja, o livro de Gênesis tem sido comumente designado como o ‘primeiro livro
de Moisés’. Nenhuma evidência em contrário tem sido capaz de invalidar essa tradição.” 4
Alguns levantam a objeção de que a escrita não seria conhecida nos dias de Moisés. Em
seu livro New Discoveries in Babylonia About Gênesis (Novas Descobertas em Babilônia Sobre o
Gênesis), P. J. Wiseman salienta que a pesquisa arqueológica fornece ampla prova de que “a
arte da escrita começou nos tempos mais primitivos da história conhecida do homem”.Todos os
peritos modernos reconhecem a existência da escrita muito antes do tempo de Moisés, como a
Bíblia o faz (Êxo. 17:14).
Título e Natureza
O primeiro livro do Pentateuco é o Gênesis. Este livro é uma introdução indispensável a
toda a Bíblia, o fundamento de toda verdade revelada. A palavra Gênesis significa “origens”, a
gênese de todas as coisas, da Terra, do homem e do cosmo. O livro retira seu nome do título
que lhe foi dado pela versão grega chamada Septuaginta, derivada do cabeçalho de suas dez
partes he biblos geneseos, “livro da gênese” (2:4; 5:1; 6:9; 10:1; 11:10; 11:27; 25:12; 25:19;
36:1; 37:2). O título do livro na Bíblia Hebraica é Be-Reshit (“no princípio”), em alusão às
palavras iniciais "No princípio"..5
3
Merril F. Unger, The Hodder Bible Handbook, pág. 13.
4
Russel Shedd, “Introdução ao Livro de Gênesis”, Bíblia Shedd.
5
John D. Davis, Dicionário da Bíblia, art. “Gênesis”.
Mód. 10-A – Texto Sagrado X – Pentateuco 6
Conteúdo
O Gênesis é o primeiro livro do Pentateuco; o livro relata, como seu próprio nome indica
(gênese = começo), o começo do mundo desde o momento em que Deus “criou os céus e a
terra” (Gên.1,1) até a morte de José, o 11º filho do patriarca hebreu Jacó. A obra pode ser
dividida em duas partes. A primeira (Gên. 1-11) é dedicada à historia primitiva da humanidade
e contém narrativas sobre o primeiro homem e primeira mulher, o pecado original, a primeira
morte, o primeiro homicida, o dilúvio enviado por Deus para destruição de todos os pecados e
erros - excetuando a família do “homem justo” (Gên.6,9) e das criaturas cuja conservação este
homem se encarregou, a confusão de idiomas e a dispersão dos povos. Na primeira parte do
Gênesis está, também, a primeira aliança estabelecida por Deus com a humanidade através da
pessoa de Noé (Gên., 9;9;17). A segunda parte (Gên.12-50) centra-se, sobretudo, no relato
das vidas dos patriarcas hebreus Abraão, Isaac e Jacó, ou seja, uma história das origens da
nação hebraica.6
Tema
O verso-chave é: “No princípio criou Deus os Céus e a Terra”. Gên. 1:1. A palavra-chave
é começo. O tema principal é “o pecado do homem e os passos iniciais destinados à sua
redenção, mediante uma aliança divina feita com uma raça escolhida, cuja história primitiva ali
se descreve.”7
Composição
Compõe-se o livro de 50 capítulos. Costuma-se dividir o Gênesis em duas partes: Gên. 1–
11, que trata dos primórdios da humanidade no universo criado por Deus, e Gên. 12–50, que
apresenta a vida dos patriarcas e se subdivide em três ciclos de relatos, referentes a Abraão
(12–25), a Isaque e, sobretudo, a Jacó (26–36), e, enfim, a José (37–50). Os capítulos 1-11
falam da criação do mundo e contam a história primitiva da raça humana. Estão aqui os relatos
de Adão e Eva, Caim e Abel, Noé e o Dilúvio e a Torre de Babel. Os capítulos 12-50 narram a
história dos primitivos ancestrais dos israelitas. O primeiro é Abraão, notável por sua fé e
obediência a Deus. Seguem-se as histórias de seu filho Isaque e seu neto Jacó (também
chamado Israel) e dos doze filhos de Jacó, os fundadores das doze tribos de Israel. Dá-se
especial atenção a um dos filhos, José, e os acontecimentos que trouxeram Jacó e seus outros
filhos com suas respectivas famílias de Canaã para viver no Egito.
Estas duas partes apresentam notáveis diferenças quanto à forma literária e ao
conteúdo, mas estão intimamente relacionadas.
Esboço
I. História Primitiva da Humanidade (1-11)
Criação do Universo e dos Seres Humanos (1-2)
O Começo do Pecado e do Sofrimento (3)
De Adão a Noé (4-5)
Noé e o Dilúvio (6-10)
A Torre de Babel (11:1-9)
De Sem a Abraão (11:10-32)
II. História Patriarcal de Israel (12-50)
Abraão (12-25)
Isaque (25-28)
Jacó (28-35)
6
"Gênesis," Enciclopédia® Microsoft® Encarta. © 1993-1999 Microsoft Corporation. Todos os direitos
reservados.
7
Bíblia de Referência Thompson, “Análise dos Livros da Bíblia: Gênesis”, pág. 1388.
Mód. 10-A – Texto Sagrado X – Pentateuco 7
Os Descendentes de Esaú (36)
José e Seus Irmãos (37-45)
Os Israelitas no Egito (46-50)8
CAPÍTULO IV
8
Good News Bible, Today’s English Version, “Introduction to Genesis”, pág. 1.
9
Bíblia Sagrada, trad. Pe. Matos Soares, “Introdução ao Gênesis”.
Mód. 10-A – Texto Sagrado X – Pentateuco 8
ÊXODO — O LIVRO DA REDENÇÃO
Autoria
“Embora em parte alguma o livro do Êxodo reivindique a autoria mosaica in totum, o livro
inteiro da lei expressa no Pentateuco, que compreende principalmente a porção que se estende
de Êxodo 20 até o fim do livro de Deuteronômio, reivindica para si, em termos positivos, a
autoria mosaica. Ali é declarado que Moisés foi o autor do Livro da Aliança (caps. 20–23), que
inclui os Dez Mandamentos e os juízos e estatutos acompanhantes (24:4, 7). O chamado
Código Sacerdotal, que trata do ritual do tabernáculo e do sacerdócio, contido no restante do
livro de Êxodo (excetuando-se os caps. 32–34), foram declaradamente entregues a Moisés pelo
Senhor (25:1,23, 31; 26:1; e assim por diante). A construção do tabernáculo foi realizada
‘...segundo o Senhor ordenara...’ Essa frase, ou outra semelhante, aparece repetidamente nos
capítulos 39 e 40. A autoria mosaica é igualmente asseverada no tocante à seção
proeminentemente histórica — a vitória de Israel sobre os amalequitas (17:4). Citando um
trecho de Êxodo 3, Jesus chamou o Pentateuco em geral e o livro de Êxodo em particular de
‘livro de Moisés’(Mar. 12:26). A moderna erudição conservadora, como também a tradição, tem
sustentado a autoria mosaica. As teorias críticas não oferecem qualquer substituto para a
autenticidade mosaica.”10
Título e Natureza
O segundo rolo do Pentateuco, também conhecido como “Segundo Livro de Moisés”, era
conhecido pelos judeus como Shemot, “Nomes”, por causa de sua frase inicial: We’elleh
shemóhth, “São estes os nomes...” Êxodo é a forma latinizada do título grego dado ao livro pela
Septuaginta. Significa “saída”, “partida”, isto é, a saída dos israelitas do Egito. Gênesis é o livro
da criação, enquanto que Êxodo é o livro da redenção, pois é nele que são narrados os atos
poderosos de Deus para retirar Seu povo do cativeiro egípcio.
Conteúdo
Êxodo é o segundo livro do Pentateuco. Recebeu este nome por relatar a partida dos
judeus do Egito e sua travessia do deserto até chegar ao monte Sinai. O Livro do Êxodo relata
os acontecimentos ocorridos entre a morte de José, no Egito, e a construção, pelos hebreus, do
Tabernáculo Sagrado no Sinai. Os primeiros 15 capítulos tratam da opressão dos judeus nas
mãos egípcias após a morte de José, do nascimento de Moisés e sua salvação de um massacre,
da escolha divina de Moisés para liderar a saída do povo de Israel do Egito, das dez pragas que
caíram sobre o Egito, da libertação dos judeus da terra do Egito e do exército do faraó, no mar
Vermelho ou “mar dos Juncos”, ocasionalmente identificado com o terreno alagadiço situado ao
norte do mar Vermelho, talvez, o lago Timsah. Os acontecimentos mais importantes do final do
Êxodo (capítulos 16 a 40) descrevem o deserto do Sinai, onde os judeus montaram
acampamento após vagarem durante meses.11
Tema
10
Russel Shedd, “Introdução ao Livro de Êxodo”, Bíblia Shedd.
11
"Êxodo," Enciclopédia® Microsoft® Encarta. © 1993-1999 Microsoft Corporation. Todos os direitos
reservados.
Mód. 10-A – Texto Sagrado X – Pentateuco 9
A personagem central do livro é Moisés. O pensamento-chave: libertação. O tema do
livro é a história de Israel desde a morte de José até a construção do tabernáculo. O nome
Êxodo foi muito apropriadamente atribuído pelos tradutores gregos ao livro já que têm como
objeto a narrativa da saída do Egito, eixo de toda história de Israel.
Composição
Compõe-se o livro de 40 capítulos. Podemos dividir o livro em três seções principais
conforme a localização geográfica do povo de Deus: Israel no Egito, Israel no Deserto, Israel no
Sinai.
Esboço
I. Israel no Egito (1-12)
Cativeiro Egípcio (1)
Libertação (2-4)
Luta com Faraó (5-11)
A Páscoa (12)
II. Israel no Deserto (13-18)
O Êxodo e a Perseguição (13:1–15:21)
Viagem ao Sinai (15:22–17:6)
Visita de Jetro (18)
III. Israel no Sinai (19-40)
Outorga da Lei Moral (19-20)
Leis Sociais e Cerimoniais (21-23)
Ratificação do Concerto (24)
Instruções Sobre o Tabernáculo e o Sacerdócio (25-31)
O Bezerro de Ouro (32)
Renovação do Concerto (33-34)
Ereção do Tabernáculo e Instituição do Sacerdócio (35-40) 12
Exatidão e Veracidade
A exatidão e veracidade de todos os fatos mencionados no Êxodo podem ser
comprovados pela arqueologia e pela história. Com respeito ao escritor do livro, “pode-se
discernir uma íntima familiaridade com o Egito Antigo. A posição dos egípcios com respeito aos
estrangeiros — sua separação deles, todavia, a permissão para que ficassem em seu país, seu
ódio especial por pastores, a suspeita quanto a serem espiões os estrangeiros vindos da
Palestina — seu governo interno, seu caráter firmado, o poder do Faraó, a influência dos
sacerdotes, as grandes edificações, a utilização de estrangeiros na construção delas, o uso de
tijolos, ... e de tijolos com palha, . . . os feitores, a embalsamação de cadáveres, a conseqüente
importação de especiarias, . . . os prantos violentos . . . os combates com cavalos e carros . . .
— estes são apenas alguns dentre os muitos pontos que podem ser observados como
marcando íntimo conhecimento dos modos e costumes egípcios por parte do autor do
Pentateuco.”13
Dentre os manuscritos encontrados junto ao Mar Morto, 15 contêm fragmentos do livro
de Êxodo. Um fragmento (4QEXf) foi datado como pertencendo ao terceiro século antes da era
12
Hodder, The Bible Handbook, pág. 69..
13
The Historical Evidence of the Truth of the Scripture Records, págs. 290-291.
Mód. 10-A – Texto Sagrado X – Pentateuco 10
cristã. Dois dos fragmentos, que se crê datem do segundo ou terceiro século antes de Cristo,
foram escritos em antigos caracteres hebraicos, usados antes do exílio babilônico. 14
Jesus chega a citar o livro nada mais nada menos que 100 vezes.
14
Insigth on the Scripture, art. “The Book of Exodus”.
15
Bíblia Sagrada, trad. Pe. Matos Soares, “Introdução ao Êxodo”.
Mód. 10-A – Texto Sagrado X – Pentateuco 11
CAPÍTULO V
Autoria
“Em mais de 50 pontos, em seus 27 capítulos, o livro de Levítico afirma compor-se das
palavras que Deus dirigiu a Moisés. O Novo Testamento, igualmente, introduz uma citação
tirada do livro quando diz: ‘Ora, Moisés escreveu...” (Rom. 10:5). Os críticos relegam o livro de
Levítico a um milênio depois de Moisés, fazem-no às expensas da integridade da evidência
bíblica. As Escrituras descrevem o livro de Levítico como obra que foi transmitida a Israel logo
depois que os israelitas foram adotados como povo com quem Deus fez aliança (Êxo. 19:5).
Fora-lhes dada a lei moral básica, o Decálogo (Êxo. 20), e a presença de Deus viera habitar no
tabernáculo recém-construído (Êxo. 29:43; 40:34). Então foi dado o livro de Levítico, segundo
Deus havia prometido (Êxo. 25:22), para servir de guia para a vida e a adoração perante Ele.
Sua legislação e acontecimentos relatados cobrem algumas poucas semanas vividas pelo povo,
desde a construção do tabernáculo por Moisés (Êxo. 20:17) até a partida de Israel do Monte
Sinai, menos de dois meses mais tarde (Núm. 10:11), em maio de 1445 a.C., conforme a data
atribuída pela maioria dos eruditos evangélicos.”16
Título e Natureza
Terceiro livro do Pentateuco contendo as leis de Deus sobre sacrifícios, pureza e outros
assuntos cerimoniais. Levítico significa “relativo aos levitas”. O nome do livro em hebraico,
intitulado Va-Yikra (“E chamou”), descreve seu conteúdo, a saber, a lei dos sacerdotes, os filhos
de Levi, e este é o nome adotado pela Septuaginta ( Leueitikon) e pela Vulgata latina
(Leviticus). A característica principal do livro é que se constitui num manual para rituais do
antigo concerto, principalmente associado com o que o NT chama de sacerdócio levítico (Heb.
7:11).
Conteúdo
Gênesis é o livro da criação, Êxodo é o livro da redenção e Levítico é o livro da expiação.
Em Gênesis vemos o homem arruinado; em Êxodo, o homem redimido; e em Levítico, o homem
purificado, adorando e servindo. O Levítico é dedicado aos sacerdotes levitas e a suas funções.
Contém as leis do culto, os ensinamentos morais e as normas sociais. Os capítulos 1 a 7
contêm dois códigos legais relativos aos sacrifícios. Os capítulos 8 a 10 apresentam uma
descrição detalhada da consagração de Aarão e de seus filhos ao sacerdócio. Os capítulos 11 a
15 detalham as leis dietéticas e as sanitárias incluindo uma lista dos animais puros e impuros,
permitidos, ou não, à alimentação (capítulo 11) e os procedimentos de purificação das
parturientes (capítulo 12) e dos fluxos corporais (capítulo 15). O capítulo 16 é dedicado ao Dia
da Expiação (Yom Kippur). Os 10 capítulos seguintes (17 a 26) são denominados por alguns
16
Russel Shedd, “Introdução ao Livro de Levítico”, Bíblia Shedd.
Mód. 10-A – Texto Sagrado X – Pentateuco 12
especialistas de “A lei (o código) de santidade” devido à referência recorrente à santidade ritual
de objetos e pessoas e à freqüente aparição de Deus na primeira pessoa (Lev.20,7-8). 17
Tema
As palavras chaves são acesso e santidade. A personagem central é o sumo sacerdote. O
tema central é o seguinte: Como pode um pecador aproximar-se de um Deus santo? A palavra
santo ocorre mais de 80 vezes no livro.
Composição
O livro abrande 28 capítulos. Divide-se basicamente em duas grandes seções: a primeira
trata de como chegar a Deus e a segunda, de como permanecer junto a Ele. Com exceção de
dois trechos históricos (8-10; 24:10-23), Levítico compõe-se inteiramente de leis que visam à
santificação individual e nacional.
Esboço
I. O Acesso a Deus (1-16)
Pelo Sacrifício (1-7)
Pela Consagração sacerdotal (8-9)
Pela Abstinência de Profanação (10)
Pela Observância das Leis Purificatórias (11-15)
Pela Expiação Anual (16)
II. O Acesso à Comunhão Com Deus (17-27)
Pela Separação do Pecado (17-22)
Pela Observância de Festas Religiosas (23)
Pela Obediência em Adoração e Verdadeira Reverência (24)
Pela Observância do Ano Sabático e do Jubileu (25-26)
Pela Atenção às Promessas e Advertências de Deus (26)
Pelo Cumprimento dos Votos e Devolução dos Dízimos (27)18
O Sistema Sacrifical
O sacrifício, o ato mais sagrado da religião, isto é, oferecer a Deus vítimas, animais ou
vegetais, não foi instituído por Moisés, mas remonta às próprias origens da humanidade (Gên.
4:3-4). O sistema sacrifical foi revelado a Adão e Eva logo após a Queda. A preparação de
vestes de pele para o primeiro casal da parte de Deus sugere que a culpa do pecado deve ser
paga com o sangue de uma vítima inocente (Gên. 3:21). Caim e Abel praticaram sacrifícios;
Abraão também. Moisés encontrou seu uso estabelecido e arraigado; portanto, apenas
regulamentou e consagrou ao culto do verdadeiro Deus um cerimonial já praticado, inclusive
por povos pagãos, ainda que de maneira pervertida em relação ao plano original. Para o crente
da nova dispensação, o sistema sacrifical do AT é particularmente instrutivo, pois ilustra a
redenção neotestamentária. Muitas das prescrições levíticas são típicas, isto é, eram
simbolicamente preditivas do Redentor prometido (Efés. 5:2; 1 Cor. 10:11; Heb. 9:14). Essas
leis cerimoniais (não a lei moral) perderam sua validade na morte de Cristo, já que todas eram
símbolos que apontavam para a realidade do sacrifício vicário do Filho de Deus, e o símbolo
deixa de existir quando se realiza e concretiza aquilo que ele prefigura.
CAPÍTULO VI
Autoria
“Tanto os judeus como os cristãos têm tradicionalmente considerado que Moisés foi o
autor do livro de Números. Visto que o período de Moisés foi, pelo menos, mil e trezentos anos
antes do tempo de Cisto, o livro, em sua forma atual, tem passado por muitas mãos, e até
mesmo o original hebraico foi transliterado de um tipo de escrita para outro. A crítica literária
extremada tem procurado negar que Moisés poderia ter escrito qualquer porção do livro, e tem
tentado dividi-lo em documentos que datariam de diversos períodos da história de Israel. As
descobertas arqueológicas, entretanto, têm demonstrado a antiguidade das leis, instituições e
condições de vida descritas no livro de Números. O ponto de vista de que o livro de Números
saiu das mãos de Moisés e do tempo em que ele viveu, é sustentado igualmente pela grande
veneração com que os judeus tratavam Moisés e os escritos sagrados a ele atribuídos.” 19
Título e Natureza
A narrativa é retomada no quarto livro, intitulado Números ( Numeri, na Vulgata Latina e
Arithmoi na Septuaginta grega), em alusão ao fato de os israelitas terem sido numerados ou
recenseados em duas ocasiões (caps. 1 e 26), a primeira vez no início de sua viagem e a
segunda vez, no fim dos 38 de peregrinação no deserto. Nas Escrituras Hebraicas, denomina-se
Ba-Midvar ("No deserto"), porque começa por esta expressão (Núm. 1:1).
Conteúdo
Gênesis é o livro da criação, Êxodo é o livro da redenção, Levítico é o livro da expiação e
Números é o livro da prova. A primeira seção está dedicada a assuntos estatísticos e legais. A
segunda começa com um relato da partida dos judeus do Sinai. Conta, entre outras histórias, a
rebelião de Arão e Míriam, irmão e irmã de Moisés (capítulo 12), o envio de espiões hebreus a
Canaã e seus contraditórios relatos, e a condenação, destinada aos israelitas, de vagar pelo
deserto durante 40 anos, (capítulos 13 e 14). A terceira seção de Números relata a morte de
Arão e a fracassada intenção judaica de entrar em Canaã atravessando o país de Edom
(Num.20,14-29), além da eleição de Josué como sucessor de Moisés (Num.27,12-23).
Continuando o resumo das etapas da peregrinação de Israel, do Egito até os limites de Canaã
(Num.33,1-49), surge a descrição das fronteiras ideais deste território. O livro termina com as
regras para a partilha da terra; o estabelecimento das cidades levitas; das cidades de exílio,
“nas quais se refugiará o homicida”, e das regras de matrimônio para manter intacta a herança
das terras de Israel (capítulos 34-36). 20
19
Russel Shedd, “Introdução ao Livro de Números”, Bíblia Shedd.
Mód. 10-A – Texto Sagrado X – Pentateuco 14
Tema
A palavra-chave é peregrinação. A lição central é que a incredulidade impede a entrada
numa vida mais abundante (Heb. 3:7-19). Há no livro sete queixas ou murmurações: pelo
caminho (11-3), pelo alimento (11:4-6), pelos gigantes (13:32–14:2), pelos líderes (16:3), pelos
juízos divinos (16:41), pelo deserto (20:2-5) e pelo maná (20:2-5).
Composição
O livro abrande 36 capítulos. Seus principais eventos são a organização e a legislação, a
partida do Monte Sinai, o desprezo do povo pelo maná, o desânimo de Moisés, a designação
dos setenta anciãos, o envio das codornizes e o ciúme de Miriã e Arão. São mencionados ainda
três tipos messiânicos: (1) A rocha ferida por Moisés, 20:7-11; veja 1 Cor. 10:4. (2) A serpente
de bronze, 21:6-9; veja João 3:14; (3) As cidades de refúgio, cap. 35; veja Heb. 6:18.
Esboço
I. Deixando o Sinai (1-10)
Recenseando as Tribos (1-2)
Recenseando os Levitas (3-4)
Leis Diversas (5-6)
Últimos Acontecimentos (7-10)
II. Vagueando Pelo Deserto (11-20)
Do Sinai a Cades (10:11-36)
Parada em Cades (13-20:1-13)
III. Viajando Para a Terra Prometida (20-36)
De Cades Para o Jordão (20:14—21:10-25)
Na Margem Oriental do Jordão (21:26–36)
Autenticidade
A autenticidade deste livro é confirmada de maneira indubitável. Notável é sua
franqueza. Não se escondem condutas erradas e derrotas. Até mesmo as transgressões do
próprio Moisés, de seu irmão Arão, de sua irmã Miriã e de seus sobrinhos Nadabe e Abiu são
expostas (3:3-4; 12:1-15; 20:2-13). Várias vezes os acontecimentos registrados neste livro são
repetidos nos Salmos (78:14-41; 95: 7-11; 105:40-41; 106:13-33; 105:10-11; 136:16-20).
Outros escritores bíblicos mostraram que aceitavam este livro como parte do cânon, como
Josué (4:12; 14:2), Jeremias (2 Reis 18:4), Neemias (9:19-22), Davi (Sal. 95:7-11), Isaías
(48:21), Miquéias (6:5), Estevão (Atos 7:36), Paulo (1 Cor. 10:1-11), Pedro (2 Ped. 2:15-16),
Judas (v. 11) e o próprio Jesus (João 3:14; Apoc. 2:14). Há também a profecia de Balaão a
respeito da estrela que procederia de Jacó, profecia que se cumpriu na pessoa de Cristo, a
estrela D’alva. — Núm. 24:15-19.21
20
"Números, Livro dos," Enciclopédia® Microsoft® Encarta. © 1993-1999 Microsoft Corporation. Todos os
direitos reservados.
21
Insight on the Scripture, art. “The Book of Numbers”.
Mód. 10-A – Texto Sagrado X – Pentateuco 15
coleções já existentes, como o “Livro das Guerras do Senhor” (21:14), do qual não se tem outra
menção.”22
CAPÍTULO VII
Autoria
“Por todo o livro de Deuteronômio, Moisés é declarado como autor dos discursos que
compõem a maior parte da obra. É óbvio que o relato sobre sua morte, que aparece no fim do
livro, é obra de algum outro escritor, bem provavelmente Josué. Assim sendo, é de todo
apropriado, dizer-se que Deuteronômio é o quinto livro de Moisés.”23
Apesar de a autoria mosaica do livro ser enfaticamente garantida (Deut. 31:9, 24-26) e
de o próprio Jesus ter validado sua autenticidade ao fazer citações preeminentes, a alta crítica
rejeita a autoria mosaica e relega-a ao tempo de Josias (2 Reis 22-23). Esta alegação deve ser
rejeitada, pois, além de ignorar todas as evidências internas e externas, acaba reduzindo o livro
a uma mera “fraude piedosa”.
Título e Natureza
O quinto e último livro do Pentateuco é o Deuteronômio, termo derivado do título grego
da Septuaginta, Deutoronómion, que significa literalmente “Segunda Lei”. A expressão foi tirada
da tradução inexata de uma frase hebraica em Deut. 17:18, mishnéh nattohráh, que,
corretamente traduzida, significa “cópia da lei”.
O próprio nome sugere sua natureza e seu propósito. Situado apropriadamente como o
último livro da coleção mosaica, na verdade não promulga uma segunda lei, mas sumaria,
explica e põe em foco a legislação incluída nos quatro livros anteriores. É uma espécie de
recapitulação e resumo. No cânon hebraico é chamado de Devarim (“Palavras) devido ao início
do livro: Elleh hadd barim ("Estas são as palavras"). Deuteronômio é chamado pelos judeus de
os “cinco quintos da lei”, visto que complementa os cinco livros.
Conteúdo
Deuteronômio se compõe de uma série de discursos e exortações dadas por Moisés nas
planícies de Moabe, antes da travessia do Jordão. A geração passada, que saíra do Egito, com
duas exceções, havia perecido no deserto. Deuteronômio recapitula a lei para a nova geração
prestes a tomar posse da Terra Prometida. À frente dela estava o desafio de renovar a aliança
com o Senhor e rejeitar todas as formas de idolatria. Moisés enfatiza a necessidade de
obedecer às leis divinas. Tudo dependia disto — a própria vida, a posse da terra, a vitória sobre
os inimigos, a prosperidade e a felicidade. A bênção é a recompensa pela obediência, enquanto
a maldição é o resultado inevitável da desobediência.
22
Pe. Matos Soares, Bíblia Sagrada, “Introdução a Números”.
23
Russel Shedd, “Introdução ao Livro de Deuteronômio”, Bíblia Shedd.
Mód. 10-A – Texto Sagrado X – Pentateuco 16
Tema
O tema principal do livro é a repetição das leis proclamadas no Sinai, com um chamado à
obediência, mesclado com a lembrança das experiências da geração passada. O pensamento-
chave é o requisito divino da obediência (10:12-13). A palavra-chave é “lembra-te”, repetida
com freqüência através de todo o livro. Lembra-te:
a) da promulgação da lei (4:9-10)
b) da aliança (4:23)
c) do cativeiro passado (5:15)
d) da grande libertação (7:18)
e) da liderança e provisão divinas (8:2-6)
f) dos pecados do passado (9:7)
g) dos juízos divinos (24:9)
h) dos dias passados (32:7)24
Composição
O livro abrange 34 capítulos. Fala da lembrança dos relacionamentos de Deus com Israel
no passado, recapitula os Dez Mandamentos e outras leis que devem ser imprescindivelmente
guardadas em Canaã, para que a prosperidade da nação possa ser assegurada, pronuncia
bênçãos sobre a obediência e maldições sobre a desobediência. Conta também a morte de
Moisés. É neste livro que se encontra o grande mandamento pronunciado por Jesus centenas
de anos depois: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás, pois, o
SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.” Deut.
6:4; cf. Mar. 12:30.
Esboço
I. Primeiro Discurso de Moisés (1-4)
Retrospecto Desde Horebe (1-3)
Exortação Geral à Observância da Lei (4)
II. Segundo Discurso de Moisés (5-26)
Renovação da Lei (4:44-26:19)
III. Terceiro Discurso de Moisés (27-30)
Ordem de Promulgar a Lei em Siquém (27)
Ameaças e Promessas (28)
Exortação à Observância da Lei (29-30)
IV. Apêndices Históricos (31-34)
Nomeação de Josué (31)
Cântico de Moisés (32)
Bênção das Doze Tribos (33)
Morte de Moisés (34)
A primeira seção de tanto em ordem e honra do Antigo Testamento cabe àquela que os
tradutores alexandrinos chamaram de Pentateuco, isto é, obra em cinco tomos. Para os
hebreus, a mesma coleção tem outro nome: Torah, ou seja, a lei, nome tomado da matéria
central. Também o judaísmo o dividiu nos mesmos cinco livros, distinguindo-os com a palavra
inicial: para Gênesis, Be-Reshit; para Êxodo, Shemot; para Levítico, Va-Yikra; para Números,
Bammidbar; e para Deuteronômio, Devarim. As Bíblias traduzidas para a maioria dos idiomas
modernos usa exclusivamente os nomes impostos pelos gregos, que de maneira graciosa lhes
caracterizaram o conteúdo.
O Gênesis narra as origens do universo, da Terra e do gênero humano até a formação
paulatina do povo de Israel na sua permanência no Egito. O Êxodo narra a saída dos israelitas
do Egito, conduzidos por Moisés aos pés do Sinai, para aí receberem de Deus Sua lei moral,
cerimonial e civil, por meio de um pacto sagrado. O Levítico regula o culto religioso a modo de
ritual, dirigido especialmente aos levitas, que formavam o sacerdócio consagrado ao serviço no
santuário. Os Números recebem o nome dos recenseamentos do povo. No Deuteronômio
Moisés retoma a legislação precedente para adaptá-la às novas condições de vida sedentária
em que o povo há de se encontrar depois de entrar em Canaã.
Neste rápido apanhado percebem-se vislumbres não só da unidade e variedade do
Pentateuco, como de sua importância fundamental para a religião antiga e para a história
especial do povo hebreu.
BIBLIOGRAFIA
1. Bíblia de Estudo Vida. São Paulo: Editora Vida, 1998.
2. Bíblia Sagrada, trad. Pe. Matos Soares São Paulo: Edições Paulinas,
1987.
Mód. 10-A – Texto Sagrado X – Pentateuco 18
3. Bíblia Tradução Ecumênica. São Paulo: Edições Loyola.
4. DAVIS, John D. Dicionário da Bíblia. São Paulo: JUERP, s/d.
5. Douglas, J. O Novo Dicionário da Bíblia, São Paulo: Edições Vida
Nova, 1986.
6. Enciclopédia Barsa.
7. Enciclopédia Microsoft Encarta 2000. EUA: Microsoft Corporation,
1999.
8. Good News Bible, Today’s English Version, New York: American
Bible Society, 1978.
9. Insight on the Scriptures, 2 vols. EUA: Watch Tower, 1988.
10. RAWLINSON, George.The Historical Evidence of the Truth of the
Scripture Records, 1892.
11. SHEDD, Russel P. Biblia Shedd, São Paulo: Edições Vida Nova,
1998.
12. THOMPSON, Frank Charles. Bíblia de Referência Thompson —
Com Versículos em Cadeia Temática. São Paulo: Editora Vida,
1996.
REQUISITOS
1. Esboço (25% da nota final). Faça o esboço detalhado de cada livro do Pentateuco,
observando divisões e subdivisões.
2.Questionário (25% da nota final).
3.Avaliação de sala de aula, 50%.
QUESTIONÁRIO
01. Que significa em grego a palavra “Pentateuco”? Como é nome desta coleção de livros em
hebraico?
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_____________________________________________________________________________
‘
02. Quantos livros compõe o Pentateuco e quais são eles?
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04. Que provas podemos apresentar de que Moisés é o verdadeiro autor do Pentateuco?
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09. Dê os nomes em hebraico dos volumes do Pentateuco junto com seus respectivos
significados.
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