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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA

CAMPUS EUNÁPOLIS
COORDENAÇÃO DO CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE

YAN NATAL MARCELO ROCHA

CRÔNICA: PESADELO EM 4 RODAS

Eunápolis - BA
2018
YAN NATAL MARCELO ROCHA

CRÔNICA: PESADELO EM 4 RODAS

Crônica apresentada à disciplina de


Língua Portuguesa, do Curso Técnico em
Meio Ambiente, do Instituto Federal de
Educação Ciências e Tecnologia da
Bahia, para obtenção de notas como
requisito parcial da primeira unidade.

Orientadora: Fernanda Patrício Mariano.

Eunápolis - BA
2018
Pesadelo em 4 Rodas

São quase meio-dia, o coração chega a pulsar mais forte quando vejo as horas
pelo celular e calculo que só faltam alguns minutos para acabar a última aula do dia e
eu poder ir embora para minha casa, parece uma tarefa fácil, porém não é mesmo,
porque moro em um bairro longe da escola e o único ônibus que pode me levar até
em casa só chegaria trinta minutos depois do término da aula.
A professora explicava sobre um assunto que eu nem prestava mais atenção,
já que não conseguia tirar o pensamento da aula está acabando e que eu poderia me
livrar nem que seja por algumas horas daquele ambiente angustiante que é a escola.
Voltei a olhar o celular para ver as horas, faltavam só míseros minutos para todos
levantarem suas bundas das cadeiras e saírem pelos corredores. Só volto a prestar
atenção na aula quando a professora diz que podemos ir, todos ao meu redor
arrumam seus materiais e jogam suas mochilas sobre as costas e eu claro faço o
mesmo talvez até mais rápido que os outros já que eu tinha arrumado os materiais
antes da aula realmente acabar.
Vou até a porta e fico esperando alguns amigos, dou um pouco de pressa neles,
até que eles chegam até mim reclamando da minha falta de paciência, normalmente
eu sou bem ansioso mesmo. Vamos andando batendo um bom papo, por fim
chegamos no ponto de ônibus, ali era onde podíamos observar e classificar todos, têm
as pessoas que iam para casa de carro ou moto, que eu e meus amigos os
denominamos de burgueses safados, há também as pessoas que voltam para suas
casas de bicicletas ou a pé mesmo, esses são difíceis de serem classificados, pois
não esperam nada para poderem ir para casa, porém ficam bem cansados e por fim
tem a galera que pega o busão, esses são os mais infelizes do conjunto, porque pegar
o ônibus é uma loucura, é um mar de gente tentando entrar no ônibus o mais rápido
possível para não ter a possibilidade de ir em pé durante a viagem, é realmente uma
tremenda loucura!
Como de costume eu estava bem estressado, por consequência do calor e da
gritaria da galera, mas nada como ver o meu ônibus e de todas as outras pessoas que
estavam no ponto chegar, para que eu me tornasse uma pessoa zen. Neste momento
começa a loucura, todo mundo vai pra frente do ponto, se espremendo e empurrando
os outros, como eu sou baixinho é mais fácil de entrar, entro e marco o lugar de uma
amiga ao lado do meu, vamos escutando música até o ponto em que ela desce, que
normalmente é onde o ponto esvazia, esta é uma tática nossa de driblar o pensamento
daquele lugar caótico que é o ônibus. Aos poucos, as pessoas vão descendo inclusive
minha amiga e só sobram as pessoas que moram no mesmo bairro. Este é o momento
que uso para refletir como vai ser o amanhã. Mas logo eu, um imortal tentando
adivinhar o futuro.

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