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PREFEITURA DE PETRÓPOLIS

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE ENSINO
FUNDAMENTAL
E.M. JORGE AMADO

SEMANA: 23 MÊS: AGOSTO ANO:2021

Nome: Turma:901

Ano de escolaridade: 9° Professor(a): Teresinha Disciplina:

ROTINA SEMANAL
2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira
Horário / / 24/08/21 / / 26/08/21
Projeto
12:30 olimpíadas de
lingua
portuguesa

13:20 Continuação
do projeto

14:10 Exercicios de
revisão e fixação

15:20

16:10 Exercicios de
revisão e fixação

17:00

Habilidades e conteúdos:

EF09LP18: Ler e compreender o texto, analisando criticamente o conteúdo, fatos e partipantes.


Planejar e produzir textos considerando as características do gênero textual em estudo.

EF09LP13: Identificar marcas discursivas para o reconhecimento de intenções, valores e


preceitos veiculados no discurso, formal e informal; estudo das oraçoes coordenadas

EF09LP21: Levantar as específicidades no interior no gênero em foco: crônica


Bibliografia: Coletânia crônicas – Olimpíadas de Lingua portuguesa escrevendo o futuro
E. M. JORGE AMADO – OLIMPIADAS DA LINGUA PORTUGUESA
NOME:_______________________________________________________
TURMA:_________ PROFESSORA: TERESINHA DATA: 24/08/2021
3° BIMESTRE

LEIA O TEXTO DE FERNANDO SABINO:


“Eram sete horas da noite quando entrei no carro, ali no Jardim
Botânico. Senti que alguém me observava, enquanto punha o motor em
movimento. Voltei-me e dei com uns olhos grandes e parados como os de
um bicho, a me espiar, através do vidro da janela, junto ao meio-fio. Eram
de uma negrinha mirrada, raquítica, um fiapo de gente, encostada ao
poste como um animalzinho, não teria mais que uns sete anos. Inclinei-me
sobre o banco, abaixando o vidro:
– O que foi, minha filha? – perguntei, naturalmente pensando tratar-
se de esmola.
– Nada não senhor – respondeu-me, a medo, um fio de voz infantil.
– O que é que você está me olhando aí?
– Nada não senhor – repetiu. – Esperando o bonde…
– Onde é que você mora?
– Na Praia do Pinto.
-- Vou para aquele lado. Quer uma carona?
Ela vacilou, intimidada. Insisti, abrindo a porta:
– Entra aí, que eu te levo.
Acabou entrando, sentou-se na pontinha do banco, e enquanto o
carro ganhava velocidade, ia olhando duro para a frente, não ousava fazer
o menor movimento. Tentei puxar conversa:
– Como é o seu nome?
– Teresa.
– Quantos anos você tem, Teresa?
– Dez.
– E o que estava fazendo ali, tão longe de casa?
– A casa da minha patroa é ali.
– Patroa? Que patroa?
Pela sua resposta pude entender que trabalhava na casa de uma
família no Jardim Botânico: lavava, varria a casa, servia a mesa. Entrava às
sete da manhã, saía às oito da noite.
– Hoje saí mais cedo. Foi jantarado.
– Você já jantou?
– Não. Eu almocei.
– Você não almoça todo dia?
– Quando tem comida pra levar, eu almoço: mamãe faz um embrulho
de comida para mim.
– E quando não tem?
– Quando não tem, não tem – e ela até parecia sorrir, me olhando
pela primeira vez. Na penumbra do carro, suas feições de criança,
esquálidas, encardidas de pobreza, podiam ser as de uma velha. Eu não
me continha mais de aflição, pensando nos meus filhos bem nutridos – um
engasgo na garganta me afogava no que os homens experimentados
chamam de sentimentalismo burguês.
– Mas não te dão comida lá? – perguntei, revoltado.
– Quando eu peço eles me dão. Mas descontam no ordenado, mamãe
disse pra eu não pedir.
– E quanto você ganha?
– Mil cruzeiros.
– Por mês?
Diminuí a marcha, assombrado, quase parei o carro, tomado de
indignação. Meu impulso era voltar, bater na porta da tal mulher e meter-
lhe a mão na cara.
– Como é que você foi parar na casa dessa… foi parar nessa casa? –
perguntei ainda, enquanto o carro, ao fim de uma rua do Leblon, se
aproximava das vielas da Praia do Pinto. Ela disparou a falar:
– Eu estava na feira com mamãe e então a madame pediu para eu
carregar as compras e aí noutro dia pediu à mamãe pra eu trabalhar na
casa dela então mamãe deixou porque mamãe não pode ficar com os
filhos todos sozinhos e lá em casa é sete meninos fora dois grandes que já
são soldados pode parar que é aqui moço, brigado.
Mal detive o carro, ela abriu a porta e saltou, saiu correndo, perdeu-
se logo na escuridão miserável da Praia do Pinto.”
RESPONDA:
1- Quem é e como vive Teresa?
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2- Quando narrador encontra a menina, esta sente medo. Por quê?


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3- Lendo o texto, ficamos sabendo sobre o narrador. Caracterize-o.


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4- Como se sente Teresa dentro do carro?


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5- Como a patroa se relaciona com a menina?


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6- Que sentimentos a menina desperta no narrador?


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7- Explique o título de texto.


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8- Qual é o desfecho do texto?


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9- O texto Na escuridão miserável , de Fernando Sabino, foi certamente


escrito a mais de 30 anos. A situação de escrita por ele é uma realidade,
mesmo em nossos dias? Por quê?
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10-O que você acha sobre exploração do trabalho infantil? Justifique.


Quinta-feira 26/08/2021
Atividade complementar de revisão, fixação e recuperação avaliativo=10,0
Tempo - 3 aulas

Exercícios sobre orações Coordenativas – 9º ano


1. Destaque e classifique as orações coordenativas abaixo:

a) Gosto muito de dançar, pois faço “jazz”desde pequenina.


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b) Recebeu a bola, driblou o adversário e chutou para o gol.
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c) Acendeu o abajur, guardou os chinelos e deitou-se.
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d) Não se desespere, que estaremos a seu lado sempre.
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e) Ele estudou bastante; deve, pois, passar no próximo vestibular.
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f) Está faltando água nas represas, por conseguinte haverá racionamento
de energia.
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g) Não me abandone, ou eu sou capaz de morrer.
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h) Não é gulodice, nem egoísmo de criança.
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i) Ela não só chorava, como também rasgava as cartas com desespero.
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j) Choveu muito na região sudeste; no entanto, o rodízio de água


começará amanhã.
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k) Li este livro, mas não o entendi.
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l) Como chegou atrasado, proibiram-no de entrar.
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m) Ainda que ele queira, ninguém o ajudará em suas tarefas.
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n) Estudou muito pouco para o concurso, pois conseguiu passar.
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o) Tudo terminará bem, desde que o chefe permita a saída de todos.
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