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Mariana
2022
FARREL KAUTELY DE SOUZA SANTOS
Mariana
2022
FARREL KAUTELY DE SOUZA SANTOS
Mariana
2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 5
2 CHICÃO ....................................................................................................................................... 6
3 PREPRARAÇÃO............................................................................................................................ 8
4 OBSERVAÇÃO ............................................................................................................................. 9
5 REGÊNCIA ................................................................................................................................. 12
6 CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 14
7 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 16
8 ANEXOS .................................................................................................................................... 17
1 INTRODUÇÃO
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2 CHICÃO
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sua mesa a fim de tomar visto nos cadernos. Somente ao final da aula pudemos
conversar, e acordamos que eu começaria dia 30 de maio e estagiaria até 10 de junho.
Peguei seu número telefônico para podermos nos comunicar via Whatsapp e disse que
iria atualizando-a durante o desenvolvimento da sequência didática que aplicaria nas
turmas. Era hora do recreio, acredito. Perguntei a alguém onde era a biblioteca e fui
até lá antes de partir, e em nova conversa com Flaviane, decidi que doaria alguns
boxes da coleção de ficção científica que tinha lançado dias antes, na bienal.
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3 PREPRARAÇÃO
Todo o curso de Letras tem me preparado para a docência, de modo que não
tive apenas o aporte teórico e prático da LET 588 para este estágio. Ao longo da
disciplina em si tive acesso a material que orientou na produção de uma sequência
didática — que, infelizmente, não viria a aplicar quando em regência —, além de
material teórico sobre a concepção de educação bancária de Paulo Freire ou textos
orientadores da prática docente como a Base Nacional Curricular Comum (BNCC). Já
portava comigo, é claro, os aportes teóricos e experiências pessoais dos estágios e
regências anteriores, além da minha participação no programa Residência Pedagógica
da UFOP, de vigência de 18 meses. Considero que todas essas experiências tiveram
papel importante na minha formação e na preparação da atividade que apliquei quando
em sala de aula neste estágio, minha confiança para exercer a atividade só foi possível
graças a isso.
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4 OBSERVAÇÃO
Nas segundas e sextas Luciana não leciona à noite, de modo que seriam,
obrigatoriamente, dias de observação. No meu primeiro dia visitei a biblioteca, onde
deixei quatro boxes da minha coleção de ficção futurista/científica, além de outros
exemplares de outras publicações minhas, um banner da coleção e combinei com
Flaviane de participar de um evento literário em julho. No horário do recreio fui
merendar e depois fiquei perambulando pela escola, conhecendo os cantos, os
aposentos, etc. Se não me engano foi nessa noite que conheci Sandra, coordenadora.
Perguntou se eu era novato na escola. Se fosse, certamente levaria um sermão. Me
apresentei como estagiário, disse que estava observando e nos cumprimentamos.
Achei graça na interação, seria tomado por aluno em outras ocasiões. Pouco depois
voltei à biblioteca, queria continuar vendo o acervo, tanto de livros antigos quanto os
que a bibliotecária estava desempacotando da bienal. Reconheci muitos livros que já
li, as bibliotecas de escolas em Belo Horizonte contam com cervos bem parecidos.
Meu primeiro dia em sala fui apresentado às turmas ao entrar. Alunos que
estiveram presente quando conversei com Luciana dia 18 me reconheceram. Neste dia
pude observar os contrastes das turmas de EJA e do primeiro ano regular pela primeira
vez. Das quatro turmas, apenas em uma do EJA não há burburinho durante a aula. Esta
é, de fato, a menor. No primeiro dia em que lá estive havia três alunos, nos outros,
cinco, mas Luciana já havia me alertado que esta em particular contém alunos mais
reservados. O burburinho nas demais, no entanto, não inviabilizava as aulas, e a
professora conseguia a atenção dos alunos quando precisava falar. Enquanto copiavam
matéria do quadro conversavam, brincavam entre si, mas no geral não deixavam de
participar das atividades propostas.
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Em algumas aulas de observação passei conteúdo da matéria no quadro, como
na noite em que Luciana se ausentou para passar uma atividade para outra turma cujo
professor faltara, me incumbindo de continuar a aula e tirar as dúvidas dos alunos,
tarefa que aceitei com bastante empolgação. Ao final deste dia encorajei Luciana a me
atribuir mais tarefas assim.
Havia recreios (intervalos entre as aulas para merendar) em que eu ficava nos
pátios e biblioteca e outros na sala dos professores. Observar a interação dos docentes
no horário de recreio foi consideravelmente mais interessante que em outros horários.
Observei, por exemplo, que há mais professoras que professores ali à noite. No dia que
contei, eram 04 homens e 08 mulheres. Alguns me pareceram amigos, mas todos se
tratavam muito bem. Comem da merenda servida aos alunos, porém, uma panela,
pratos e talheres são levados para a sala de professores pouco antes de o sinal para o
recreio tocar, além de uma garrafa de café. A porta da sala costuma ficar aberta
durante as aulas, mas os professores fecham no recreio, e ali é comum haver
aglomerando alunos na esperança de conseguir um pouco de café, que notei ser
liberado mais para o final do recreio, quando os professores já se serviram. Neste
horário os professores atualizam uns aos outros sobre atividades que têm
desempenhado ou devem desempenhar, muitas delas em conjunto, como quem
elaboraria e compartilharia com todos uma tabela sobre frequência de alunos ou quem
iria imprimir as provas a serem aplicadas na semana de avaliação — a que eu viria a
aplicar era uma dessas.
Encontrei com o porteiro no estacionamento certo dia. Ele saiu de seu carro
pouco depois de o sinal ter anunciado o fim do recreio, me assustando no ato, pois
julguei estar sozinho ali, onde há, em uma parede, o grafite de uma pessoa negra com
os dizeres “respeito não tem cor, tem consciência”. Em conversa ele me informou que,
sob orientação do Marconi, se ausenta na hora do recreio, deixando o portão trancado,
a fim de evitar evasão dos alunos.
De fato é comum alunos irem embora depois do recreio, mas não é uma atitude
encorajada pelos professores ou coordenação. No entanto, o único dia em que houve
saída expressiva de alunos após o recreio foi o dia 02 de junho, quando ocorreram
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assassinatos em um bairro próximo, onde muitos alunos moram. Acredito que
nenhuma turma tenha tido a última aula nesse dia. Fui embora pouco antes do horário
em que ela terminaria.
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5 REGÊNCIA
5.1 Matéria
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de aplicar a atividade e avaliar os alunos, atribuindo nota. A atividade foi a mesma
para as turmas do EJA e do primeiro ano, mas valia 10 e 5 pontos, respectivamente. A
atividade segue em anexo. Continha o texto Alimentação saudável: como ela impacta
na qualidade de vida. Foi elaborada pela professora Luciana. Fiquei responsável por
preparar uma tabela de Índice de Massa Corporal para impressão e distribuição aos
alunos a fim que calculassem seus índices ao final da atividade. A atividade em si
focava em interpretação de texto e na elaboração de um parágrafo dissertativo.
Orientei aos alunos que buscassem dar respostas completas e bem elaboradas,
convidando-os a complementarem as respostas com seus conhecimentos prévios,
mesmo que pudessem encontrar todas no texto.
A aplicação da atividade em cada turma exigiu duas aulas. Isso ficou evidente
já na primeira ocasião, em que apenas uma parte da turma terminou. Deste modo, a
segunda semana de regência foi destinada a esta atividade.
Nas aulas após a atividade avaliativa comentamos cada pergunta sobre o texto
e pontuei alguns problemas em comum, no geral ligados ao desenvolvimento das
respostas. Dei algumas sugestões para quando forem escrever, ouvi feedbacks, que
mencionarei na conclusão deste relatório, e falei da vídeoaula que havia preparado
para eles e disponibilizado no Youtube.
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6 CONCLUSÃO
Procurei por uma escola em que houvesse turmas de EJA por ser um tipo que
turma para qual almejo lecionar quando, enfim, professor, tendo, também, a
expectativa de poder experimentar uma turma do ensino médio regular. Fui agraciado
por ambos os desejos, mesmo que não tivesse explicitado isso ao me apresentar à
escola — a prioridade era conseguir estagiar, independente se fosse ou não conseguir
turmas de EJA.
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música uma vez ou outra. Tampouco busco completa para ler ou ouvir quando lembro
disso, pois gosto de usar como exemplo. É, no entanto, uma clara evidência anedótica,
contribui pouco ou nada em uma tentativa de explicação científica.
Ao final deste meu último estágio, recebi por parte dos alunos alguns
feedbacks sobre as aulas. Elogiaram minha atenção e interesse em ensinar e disseram
para eu buscar falar mais devagar, o que é uma característica minha. Quando estou
empolgado, falo bastante rapidamente. É algo que pretendo trabalhar para evitar,
aprender a me policiar.
Fui tomado por aluno pelos estudantes do primeiro ano em alguns momentos, o
que não ocorreu nas turmas de EJA. Pude usar boné nas dependências da escola, o que
me fez muito bem. Alunos do noturno usam bonés e podem usar bermuda, mas sei que
ambos não são permitidos nos turnos diurnos. Sei que bonés e acessórios costumam
compor a identidade de uma pessoa, principalmente jovens, e penso que não há
motivos para desencorajar, desde que não fira pudores e que o uniforme esteja sendo
usado — este último principalmente por questões de segurança.
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7 REFERÊNCIAS
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8 ANEXOS
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Foto 1 Grafite no estacionamento.
Foto 2 Farrel Kautely passando exercícios.
Foto 3 Farrel Kautely corrigindo exercícios.
VÍDEOAULA AS PESSOAS NO DISCURSO