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ÍNDICE
4 Em viagem
Viajar pela Beira Litoral e encontrar
quatro concelhos: Sever do Vouga,
Figueira da Foz, Pombal e Alvaiázere
10 Venha descobrir
À descoberta dos produtos tradicionais
da região e de locais que tem de visitar
22 Roteiro Gastronómico
Estatuto Editorial Saiba onde pode provar a melhor
revista Portugal de gastronomia da região
Sabores & Tradições Ficha Técnica
24 Onde Ficar
1. É um projeto profissional de infor- Sede do editor e sede de redação Está de passagem pela Beira Litoral?
mação que visa promover e valorizar a Rua Carneiro Pacheco, nº33 Pode pernoitar no Dom Gonçalo, no
gastronomia e os produtos das regiões CC Carneiro Pacheco, piso 3, sala 3 Duecitânia Design Hotel ou no Hotel
e os seus saberes e tradições. 4780-446 Santo Tirso Villa Batalha
Do mar à serra, no centro litoral do bal, ideia errónea, ou que apenas mor- Alvaiázere deve as suas origens a visitar, destaque para o Complexo
país, as paisagens naturais, as histórias reu nesta cidade. Desta época, Pombal aos árabes que, quando se apode- Megalítico do Ramalhal, para o po-
e as tradições são as principais mais-va- mantém memórias materializadas em raram do território, o batizaram de voado da Idade do Bronze na Serra
lias de Pombal, que se complementam monumentos que se agregam em torno Al-bai-zir ou Alva-Varze. Ao longo de Alvaiázere e para a Villa Romana
com boa gastronomia e um povo que da Rota Pombalina, que permite co- dos séculos, o concelho foi manten- da Rominha. A vida rural de Alvaiá-
sabe receber. nhecer de perto a vida de quem marcou do as suas características únicas, zere proporciona ainda a existência
os destinos de Portugal na segunda me- nomeadamente a natureza. Da Ser- de várias estruturas de arqueologia
A origem de Pombal encontra-se intrin- tade do século XVIII. ra de Alvaiázere, um maciço cal- industrial que testemunham a ação
secamente ligada ao Castelo, mandado cário coberto de urzes e pequenas dos povos, como os lagares de azeite,
construir, entre 1156 e 1171, por D. Pombal também se afirma pelo pa- orquídeas floridas com 618 metros as azenhas, os moinhos de vento e os
Gualdim Pais, Grão-Mestre da Ordem trimónio natural. A Serra de Sicó é um de altitude, é possível avistar pai- fornos da cal.
dos Templários. Recentemente, o caste- dos melhores exemplos de paisagem sagens deslumbrantes, como a pla-
lo sofreu obras de requalificação, pas- cársica do Centro, onde pode ser en- nura fértil do concelho a nascente A forte ligação do povo à terra e as
sando a dispor de uma cafetaria com contrado o Canhão do Vale do Poio, ou o vale do rio Nabão a poente. atividades económicas associadas
vista sobre a cidade e do Posto de Tu- um dos maiores canhões fluviocársicos O Olho do Tordo é um local a não à agricultura permitem a existência
rismo de Pombal. do país. Além da Serra de Sicó, visite perder em Alvaiázere. Esta nascen- de produtos endógenos de elevada
a Mata Nacional do Urso, uma das te de água que brota de um poço qualidade, muitos deles utilizados
Quem chega a Pombal encontra a zona maiores manchas naturais da região, profundo e que se transforma num na gastronomia. As petingas, a sopa
histórica da cidade, em que se destaca a onde se localiza a Praia do Osso da ribeiro apresenta vestígios que ates- dos pobres, os enchidos, o Queijo
praça Marquês de Pombal, que deve o Baleia, classificada desde 1998 como tam a presença humana desde tem- Rabaçal, a carne de alguidar, a car-
seu nome a Sebastião José de Carvalho Praia Dourada. pos antigos. A Ribeira de Algo, num ne de rebolão, a chanfana e o cabrito
e Melo que, entre 1777 e 1782, aqui vi- vale próximo da aldeia de Maçãs D. assado são alguns dos pratos mais
veu os últimos anos de vida. Nesta pra- A gastronomia do concelho tem raízes Maria, é um verdadeiro paraíso. típicos, mas o verdadeiro ícone de
ça localiza-se também a Igreja Matriz na doçaria tradicional, sendo que se Alvaiázere é o chícharo. Sendo as-
de S. Martinho, o Museu Marquês de destaca a influência conventual, prin- Pelas suas características geomorfo- sumidamente Capital do Chícharo,
Pombal, instalado desde 2004 na anti- cipalmente nos Biscoitos do Louriçal. lógicas, desde sempre que o conce- Alvaiázere organiza um festival gas-
ga Cadeia Velha de Pombal, e o Museu Há ainda que mencionar os Beijinhos lho ficou marcado pela presença de tronómico anual que visa dignificar
de Arte Popular Portuguesa. Geral- de Pombal, os Cardalinhos e as Tigela- diversos povos que se fixaram no esta leguminosa, que terá origens
mente, quando se fala de Marquês de das da Redinha. A Serra de Sicó e a sua território, mantendo vivas as memó- no Médio Oriente, transformando-a
Pombal acredita-se em uma de duas flora dão um sabor especial ao mel, ao rias e vestígios de ocupações diver- num produto gourmet que integra a
convicções: ou que era natural de Pom- azeite e aos queijos. sas. De entre os sítios arqueológicos gastronomia portuguesa.
Produtos
branca homogénea, consistência firme, mação e maturação lenta deste arroz,
sabor intenso, ligeiramente húmida, cor o que potencia os mecanismos fisioló-
rosa-claro a vermelho-escuro, tendo ca- gicos associados à sua qualidade, no-
racterísticas distintas como a suculên- meadamente a tendência para teores
Certificados
cia e o sabor, graças à alimentação rica superiores de amilose e a maior per-
e diversificada da raça. centagem de grãos inteiros.
Pão-de-Ló de Ovar Mel da Serra da Lousã Ovos Moles de Aveiro Queijo Rabaçal Pastel de Tentúgal
Com 38 concelhos e uma área territo- Certificado como IGP desde 2016, o Produzido a partir da abelha local, Este doce, cujo fabrico é secular e tem Certificado como DOP desde 1996, O Pastel de Tentúgal tem origem no
rial dispersa, a região da Beira Litoral Pão-de-Ló de Ovar é um produto de este mel tem coloração âmbar, por ve- origem conventual, é obtido pela jun- este é um queijo curado de pasta se- Convento da Nossa Senhora da Na-
tem uma diversidade de produtos tí- pastelaria à base de ovos, sobretudo zes muito escuro e muito viscoso, sen- ção de gemas cruas de ovos a uma cal- midura a dura, branco-mate, com tividade pelas mãos das irmãs da Or-
picos que refletem os saberes ances- gemas, açúcar e farinha. Apresenta-se do que o sabor tem notas de floresta, da de açúcar. Os Ovos Moles podem poucos ou nenhuns olhos pequenos dem Carmelita que ali viveram entre
trais e as tradições. Nesta região, são dentro de uma forma revestida com húmus e urze. A confeção do Mel da apresentar-se envolvidos em hóstia, e irregulares disseminados na massa, 1565 e 1898. Este doce conventual
já sete os produtos que obtiveram papel branco, com o formato de uma Serra da Lousã descende de uma an- que pode ou não ser coberta com uma produzido de forma artesanal a partir tem uma massa fina obtida a partir
certificação por parte da União Eu- ‘broa’, de massa leve, cremosa, fofa e tiga tradição em apicultura, praticada fina camada de calda de açúcar ou de da mistura de leites de ovelha e cabra da junção de água com farinha e um
ropeia. O Queijo Rabaçal, o Mel da de cor amarela, designada por ló. Tem desde tempos muito antigos nas mon- chocolate, ou podem ser acondiciona- por ação do coalho de origem animal. recheio cremoso que resulta da mis-
Serra da Lousã e a Carne Marinhoa uma côdea fina acastanhada dou- tanhas e vales desta serra. Certificado dos diretamente em barricas de madei- O sabor distintivo do Queijo Rabaçal tura de gema de ovo com uma calda
têm Denominação de Origem Prote- rada, levemente húmida e o interior como DOP desde 1996, a qualidade ra ou porcelana. Têm cor homogénea, deve-se a uma planta chamada “San- de açúcar. O pastel apresenta-se sob a
gida (DOP) e o Pão-de-Ló de Ovar, o tem também uma textura húmida. A decorre da geografia e clima da Serra experimentando várias tonalidades ta Maria”, que é um tomilho espon- forma de palito, palito em miniatura
Pastel de Tentúgal, os Ovos Moles de história da confeção do Pão-de-Ló da Lousã, com os seus picos, encostas entre o amarelo e o laranja, brilho tâneo que serve de alimento às cabras e meia-lua. A espessura da massa va-
Aveiro e o Arroz Carolino do Baixo de Ovar, cuja área geográfica remete e vales. O mel provém de néctares de uniforme, aroma complexo a gema de e ovelhas da região. A origem deste ria entre 0,06 e 0,15 milímetros. Com
Mondego têm Indicação Geográfica para algumas freguesias do concelho, flores da flora espontânea, principal- ovo, evoluindo para um cheiro iden- queijo é ancestral e o nome deriva da certificação IGP desde 2013, a área de
Protegida (IGP). remonta a finais do século XVIII. mente ericáceas e castanheiro. titário composto por aromas de cara- povoação do Rabaçal, referenciada produção é circunscrita à vila de Ten-
melo, canela e frutos secos. em documentos de 1139. túgal, em Montemor-o-Velho.
da Abóbora
uma vez que, outrora, as papas eram
confecionadas em tachos de cobre, algo
que atualmente não é permitido.
Fundada em 2011 por um grupo de mulheres da vila de Soza, em Quais as atividades organizadas pela
Vagos, a Confraria dos Sabores da Abóbora de Soza garante a pre- Confraria com o objetivo de promo-
servação das tradições da freguesia e a promoção de um fruto que, ver a abóbora?
Anualmente organizamos o aniversá-
de acordo com Fátima Rito, chanceler-mor da Confraria, é um ver- rio, chamado Capítulo, que é a festa
dadeiro “cocktail de benefícios”. maior da Confraria, no qual se reú-
nem pessoas vindas de vários pontos
Quais as características da abóbora não há suplemento que vença a abó- do país e onde é servida abóbora de
desta região e quais as suas utili- bora. As abóboras são também ricas diferentes maneiras, tanto como en-
zações? em betacaroteno, substância que pre- trada, prato principal ou sobremesa.
A abóbora mais utilizada nesta região vine o cancro, derrames, cataratas e Participamos ainda em eventos para
era a “Abóbora Machada”, para o ali- problemas cardíacos. Com boa quan- os quais somos convidadas a nível na-
mento dos animais, e a “Abóbora-me- tidade de vitamina C e potássio, cál- cional, levando sempre os produtos à
nina”, a mais utilizada na cozinha. A cio e fósforo, vitaminas do complexo base de abóbora confecionados pelas
abóbora, então, era apenas usada em B e quase nenhuma gordura, são um Confrades. Promovemos, anualmente,
doces tradicionais de Natal e/ou com- verdadeiro cocktail de benefícios. a Feira da Abóbora, que terá este ano
potas. Atualmente, já são cultivadas a VI edição. Este começou por ser um
outras variedades, como por exemplo Qual a importância da abóbora no evento de apenas um dia e, neste mo-
a “Musquee de Provence”, ou vul- contexto da região da Beira Litoral e, mento, já organizamos um programa
garmente conhecida por “Abóbora especificamente, de Aveiro? para três dias. São convidados produ-
Francesa”, assim como a “Abóbora Atualmente, nota-se um aumento tores para exposição/venda das suas
Butternut”, conhecida como “Abó- significativo no cultivo deste fruto abóboras, divulgamos os nossos usos
bora Manteiga”, sendo esta última que, além da sua procura a nível na- e tradições, promovemos iguarias con-
de fácil preparação e muito saborosa. cional, tem já alguma saída a nível fecionadas pelas Confrades e chefes
Devido às suas propriedades nutricio- de exportação, notando-se o empe- em showcookings. Além de atividades
nais e medicinais, a abóbora é rica em nho dos produtores no seu cultivo para as crianças, temos também arte-
suplementos multivitamínicos, logo, em maiores áreas. sãos que expõem os seus produtos.
© NMSAL
De uma longa tradição no fabrico de chapéus, em São João da Ma- As salinas são parte integrante da história, da cultura e da paisagem
deira, nasceu o Museu da Chapelaria, no edifício que albergou du- da Figueira da Foz. No Núcleo Museológico do Sal, inaugurado em
rante 81 anos a mais importante fábrica de chapéus do país. Em 2007, reportam-se testemunhos da relação secular entre o Homem
três pisos, este museu é uma visita sensorial ao mundo mágico dos e o território das salinas do concelho, tendo como principal objeti-
chapéus pela voz de quem dedicou horas das suas vidas a esta arte. vo a divulgação e manutenção da atividade salineira.
Máquinas, ferramentas, matérias-pri- gico dispõe de exposições temporárias, A exploração do sal no estuário do económicos, que devem ser explorados
© NMSAL
mas e chapéus, muitos chapéus. Den- sendo que até ao dia 30 de setembro Mondego sempre foi uma importante de forma integrada. Com cerca de um
tro do edifício onde, outrora, estava está patente a exposição “Tocados por atividade para a economia da Figueira hectare, o território compreende a Ma-
instalada a Empresa Industrial de Pablo y Mayaya”, que traz a Portugal da Foz. A tipologia das salinas e as tec- rinha do Corredor da Cobra, o Arma-
Chapelaria, é hoje o Museu da Cha- o percurso da dupla de designers Pablo nologias de produção assumem, nesta zém de Sal, o circuito pedestre “Rota
pelaria, um espaço com histórias para Merino e Mayaya Cebrián, conhecidos região, características únicas que não das Salinas”, que tem configuração cir-
contar e, essencialmente, “de ver e por adornarem algumas das cabeças se verificam noutras regiões salineiras cular, o Centro Interpretativo, o Obser-
aprender a fazer”. mais importantes de Espanha. Antes de de Portugal e da Europa. A história vatório de Aves, que permite observar a
terminar a visita, é possível assistir ao deste espaço museológico começou em avifauna típica do salgado da Figueira
Em três pisos, o visitante descobre uma acabamento de chapéus na bancada de 2000, quando a Câmara Municipal da da Foz, e o Pedarium, uma estrutura
exposição permanente que contempla trabalho de D. Deolinda, ex-operária Figueira da Foz adquiriu a salina do que pretende oferecer ao visitante um
sete áreas distintas. Cada área refere-se da Empresa Industrial da Chapelaria. Corredor da Cobra, nos armazéns de conceito moderno de saúde e bem-estar,
a uma fase de fabrico diferente, sendo Lavos. Em 2007 foi inaugurado um funcionando apenas durante o verão.
apresentadas as máquinas, ferramentas Da cartola de cerimónia ao chapéu de centro interpretativo alusivo à produ-
e matérias-primas que contribuem para cowboy, do chapéu de Jorge Sampaio ção de sal. O Núcleo Museológico do Sal tem re-
o processo. Tocar, cheirar, sentir, ouvir, aos chapéus do estilista Miguel Vieira, cebido cada vez mais visitantes; se, em
tudo isto é possível no Museu da Cha- são muitos os exemplares disponíveis O conceito do Núcleo Museológico do 2014, foram mais de 6400, em 2016
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pelaria, que pretende estimular uma no Museu da Chapelaria que, periodi- Sal baseia-se na ideia de que esta ativi- ascenderam aos 9162 visitantes. Entre
visita multissensorial. Além da exposi- camente, são trocados por outros. A vi- dade cruza aspetos culturais, históricos, janeiro e maio deste ano já visitaram
ção permanente, este espaço museoló- sita ao museu tem o custo de dois euros. etnográficos, paisagísticos, ambientais e este espaço mais de 3200 pessoas.
Apesar de, desde o início da sua pro- tende-se dar a conhecer a história da Há décadas que a identidade e as vi- ser o único dedicado às conservas de
dução em 1824, a Vista Alegre ter fábrica, com 193 anos, a evolução vências das gentes da Murtosa estão enguia, os visitantes podem conhecer a
colecionado os melhores exemplares, estética da produção de porcelana e conectadas à indústria da conserva história da fábrica e da comunidade e
o primeiro museu organizado surgiu a sua importância na sociedade nos de enguias. Esta tradição de prepa- o desenvolvimento do processo conser-
em 1947 e foi instalado no palácio, séculos XIX e XX através de um es- rar e comercializar este peixe da ria veiro através de conteúdos interativos.
junto da Capela da Vista Alegre. A pólio que inclui mais de 30 mil pe- remonta ao início do século passado Aprende-se ainda como as característi-
mudança para os edifícios antigos da ças. Na oficina da pintura manual da e continua a marcar várias gerações. cas específicas da Murtosa e da Ria de
fábrica, em 1964, permitiu a amplia- fábrica, o visitante pode ver a delica- Este marco na história da Murtosa Aveiro deram origem à unidade fabril,
ção do espaço, alojando um vasto deza do trabalho de pintura manual está desde 2015 patente na COMUR como trabalhavam os seus operários e
espólio de peças de porcelana, docu- da fábrica. O museu dispõe ainda de – Museu Municipal da Murtosa, que o processo completo de produção de
mentos e desenhos. um serviço educativo onde se desen- nasceu da recuperação das antigas ins- conservas desde a chegada do peixe até
volvem atividades de pintura e mo- talações da fábrica de conservas que à expedição das conservas.
Entre 2014 e 2016, o Museu Vista delação para os visitantes. Na visi- tinha o mesmo nome.
Alegre sofreu obras de requalificação ta tem-se ainda acesso à Capela da A COMUR – Fábrica das Enguias
que incluíram a recuperação do pa- Nossa Senhora da Penha de França, Num investimento de 1,3 milhões de foi inaugurada em 1942, na Vila da
trimónio edificado e a ampliação dos mandada edificar em finais do século euros, o executivo municipal apostou Murtosa, com o propósito de fabricar
espaços expositivos, destacando-se XVII e que é Monumento Nacional na aquisição e recuperação das insta- enguias em molho de escabeche, um
a integração de dois antigos fornos desde 1910 pelas pinturas, azulejos e lações e na criação de um espaço de produto típico da região. Atualmente,
da empresa nas áreas de receção do pelo túmulo do Bispo D. Manuel de memória e história do povo. Neste 80 por cento da produção é exportada
museu. Com este novo espaço pre- Moura Manuel. museu, que se distingue pelo facto de para a Europa e EUA.
Em novembro de 2016, na antiga torre lo XX. Na quarta área expositiva apre- A Reserva Natural das Dunas de S. Ja- Reserva Natural com o objetivo prin-
da Oliva, em São João da Madeira, nas- sentam-se sapatos dos principais desig- cinto é uma área protegida com cerca cipal de proteger o sistema dunar e a
ceu o Museu do Calçado, orientado para ners mundiais e os sapatos e histórias de 960 hectares, dos quais 210 corres- sua flora e fauna.
a história da indústria e o design desta de figuras públicas de Portugal. Existe pondem à área marítima, criada em
arte antiga. Uma visita ao museu é uma ainda uma sala dedicada à produção 1979. A oeste a reserva tem o oceano A Reserva é constituída por três zonas
viagem de aprendizagem e experimen- artística contemporânea, com obras Atlântico e a este a Ria de Aveiro, dis- de características diferentes, cada uma
tação ao setor do calçado. Desde o ope- de artistas nacionais e internacionais tribuindo-se desde Ovar a São Jacinto. delas com fauna e flora diferenciada:
rário ao patrão, passando pelos comer- que tiveram como inspiração o sapato. dunas móveis e fixas, que se distinguem
ciais, lojistas, consumidores e designers O Museu do Calçado dispõe ainda de Os terrenos onde se localiza esta área pelo bom estado de conservação, uma
e recuperando memórias individuais e uma sala de exposições temporárias protegida são relativamente recentes, mata constituída principalmente por
coletivas, o Museu do Calçado evoca que atualmente tem uma exposição de tendo estes adquirido a sua forma pinheiro-bravo, e os charcos de água
histórias, contribuindo dessa forma para Anastasia Radevich, designer de origem atual entre os séculos X e XVII. Até doce, um local privilegiado de passa-
divulgar o conhecimento desta arte. bielorrussa. ao século XIX, estes terrenos eram for- gem para aves aquáticas migradoras.
mados por areias e movimento que di- Estando inserida na Zona de Proteção
Com seis áreas, este museu apresenta Em 2017 o Museu do Calçado recebeu ficultavam a fixação de plantas, sendo Especial da Ria de Aveiro, a avifauna é
uma secção dedicada ao fabrico tradi- três prémios – Inovação e Criatividade, que no final do século se iniciaram os a sua componente faunística de maior
cional e outra à produção industrial, Aplicação de Gestão e Multimédia e In- trabalhos de arborização que se pro- realce, com destaque para espécies
mas também se conhece a evolução dos corporação - e uma menção honrosa – longaram até à década de 1930. Antes como o fulmar-glacial, o ganso-patola,
sapatos que a sociedade foi calçando, Melhor Museu Português – pela Associa- destes trabalhos, existiam na zona inú- o corvo-marinho-de-faces-brancas, a
desde a pré-história até ao final do sécu- ção Portuguesa de Museologia (APOM). meros pântanos. Em 1979 foi criada a torda-mergulheira e o pato-real.
Horário Horário
Este hotel, localizado em Fátima, pre- Onde, em tempos, existiu uma fábrica
serva uma tradição de bem receber de papel, ergue-se hoje o Duecitânia
com mais de 50 anos e oferece con- Design Hotel. Sobre o rio Dueça, que
forto e relaxamento, quer seja numa inicialmente teve um propósito fun-
viagem de negócios ou de lazer. cional, esta unidade hoteleira permite
aos hóspedes desfrutar de uma expe-
O Dom Gonçalo Hotel & Spa dispõe riência única de contacto com a natu-
de um ambiente acolhedor, amigável reza e a história.
e moderno em que se destaca um es-
paço de bem-estar, lobby com lareira O hotel é uma viagem ao passado
e livros, área de acesso à internet, par- numa fusão entre o espírito cultural
que infantil, bar, 67 quartos e quatro romano e o design contemporâneo. Ao
suites. A decoração dos quartos va- longo dos três pisos, o hotel percorre
ria entre um estilo contemporâneo a história de Roma, desde a sua fun-
– Quartos Design – ou um ambiente dação à queda do império, com os 42
acolhedor de inspiração nos anos 80 quartos a disporem de uma decoração
- Quartos Clássico. leve inspirada na simbologia romana e
no seu legado.
No Dom Spa pode usufruir de mo-
mentos de relaxamento e bem-estar No rés-do-chão encontra-se o SPA
com duas áreas: circuito húmido, que AQVA VENVS, rodeado por floresta e
inclui piscina interior aquecida, sauna, jardins. Ao som das águas do rio, os vi-
banho turco, duche tropical e jacuzzi, sitantes podem desfrutar de momentos
e zona de tratamentos. de relaxamento e descontração. Outro
dos espaços do Duecitânia Design Ho-
Como parte integrante do hotel, o tel é o Restaurante GVSTATIO, onde
restaurante O Convite privilegia os numa cozinha moderna e sofisticada,
melhores ingredientes de fornece- se podem provar sabores de inspira-
dores locais, destacando-se o peixe ção romana que aproveitam da me-
fresco, as carnes da Serra d’Aire, as lhor forma os produtos endógenos.
ervas aromáticas e uma carta de vi-
nhos diversificada. Na região pode visitar locais históri-
cos como o Castelo de Penela ou as
Nas proximidades do Dom Gonçalo Ruínas Romanas da Villa do Rabaçal,
Hotel & Spa pode visitar o Santuário mas também recantos naturais únicos,
de Fátima, as Grutas de Mira d’Aire, como a Cascata da Pedra da Ferida e
Pegadas de Dinossáurios e o Eco Par- as Buracas do Casmilo.
que Pia do Urso.
Se está de passagem pela zona, apro- No Indigo Spa os preços variam en-
veite para visitar o Mosteiro da Ba- tre os três e os 780 euros, consoante
talha, a apenas 400 metros, e a vila o serviço.
da Batalha.
Horário
E-mail: indigo.spa@hotmail.com
www.indigospa.pt
ANPOC
passar também pela PAC pós-2020, que temos, é essencial sermos mais
que neste momento ainda está numa eficientes para conseguirmos ganhar
fase inicial da negociação. dinheiro. As novas tecnologias são
uma ferramenta importantíssima
Em 2016, Portugal teve de importar 90 por cento dos cereais ne- lização nos obrigar a competir com De que forma se tem garantido a para ganhar essa eficiência. Posso
cessários para consumo e, de acordo com o Instituto Nacional de outras partes do mundo com custos qualidade da produção de cereais em dar-lhe alguns exemplos, como as
de produção mais baixos e com aces- Portugal? sondas de humidade no solo, que
Estatística, a produção tem vindo a cair nos últimos 30 anos. José
so a substâncias ativas para proteção Portugal não tem condições nem de permitem saber a necessidade hídri-
Palha, presidente da Associação Nacional dos Produtores de Cereais, das culturas que, na Europa, não são solos nem de clima para produzir ca efetiva da planta e assim só regar
Oleaginosas e Protaginosas (ANPOC), justifica a quebra na produ- autorizadas, o que nos retira compe- quantidade. A nossa solução é a qua- quando é necessário; ou os mapas
ção e analisa a importância da estratégia do governo para reverter titividade e torna o setor fragilizado. lidade. Nós produzimos qualidade e de NDVI de satélite, que nos dão o
esta tendência. essa qualidade é comprovada pelo vigor vegetativo da planta, e que,
Recentemente, o governo anunciou mercado. Em Portugal existe capa- sendo georefenciado, nos permite in-
a intenção de definir uma estratégia cidade industrial instalada e, assim tervir e corrigir localmente alguma
Segundo dados do INE, há 30 anos sidade o que, para o caso dos cereais, para a recuperação da produção de a ANPOC, em colaboração com as anomalia, seja de nutrição, drena-
que Portugal não semeava tão pou- afeta diretamente o rendimento das cereais em Portugal. De que forma principais indústrias (CERES, GER- gem ou outras, e assim aumentar o
ca área de cereais: 130 mil hectares. plantas, porque é nessa altura que se pode ser relançado este setor? MEN e CEREALIS) e com o INIAV potencial produtivo da parcela. Hoje
Na sua opinião, o que justifica esta dá o enchimento do grão e se faltar Nós achamos que o setor dos cereais (Estação Nacional de Melhoramen- não se pode ser agricultor sem ser
situação? humidade nessa fase, esse enchimen- é estratégico para o país, sendo es- to de Plantas de Elvas) e o Instituto eficiente e a inovação é o caminho.
A área de cereais tem vindo gradual- to não acontece nas melhores con- tes produtos a base da alimentação Politécnico de Beja, promove anual-
mente a perder expressão no nosso dições, provocando uma quebra nos humana e animal. Pensamos que o
país. Essa situação tem a ver essen- rendimentos. Por outro lado, há que país não pode, de forma nenhuma,
cialmente com duas questões: o cli- referir os mercados, uma vez que há ser tão dependente do exterior e,
ma e os mercados. O clima mediter- já alguns anos que temos verificado neste momento, Portugal importa
rânico que temos em Portugal, com uma tendência baixista nos preços cerca de 90 por cento das suas ne-
CALSEG
Orientada para a prestação de serviços a CALSEG realiza inspeção, tificação de impurezas em cereais e
amostragem e ensaios a produtos agroalimentares. A empresa, que outros específicos do setor.
iniciou atividade há mais de uma década, realiza amostragem de Na área da amostragem de produtos
produtos agroalimentares nos portos de mar, uma atividade fun- agroalimentares nos portos de mar
damental tendo em conta que Portugal importa quase a totalidade nacionais continentais, a CALSEG
dos cereais consumidos em território nacional. tem vindo a desenvolver capacidades
reconhecidas pelos vários interve-
nientes do sistema ganhando tam-
A CALSEG iniciou a sua atividade há mana – de acordo com a Norma ISO bém, assim, mais competências que
mais de 10 anos com a implementa- 24333/2009 ou Metodologia GAF- permitem garantias acrescidas na
ção e acompanhamento de sistemas TA - e a outras matérias-primas para avaliação da qualidade, por exem-
de qualidade e a representação do a indústria de alimentos compostos plo, dos cereais importados.
Laboratório Italiano Neotron SpA para animais – de acordo com o Re-
em Portugal, Espanha e Brasil. gulamento UE N. 691/2013 ou Me- Não sendo Portugal autossuficiente
todologia GAFTA. na produção de cereais, por exem-
Hoje em dia, conta com uma estru- plo para o fabrico de farinhas para
tura, acreditada pelo IPAC segundo De modo a fechar o ciclo de ativida- a alimentação humana, o controlo
a Norma NP EN ISO/IEC 17025, de, a CALSEG faz também o controlo da qualidade destes à receção dos
para a realização de ensaios e amos- de qualidade a produtos agroalimen- barcos que, diariamente, chegam aos
tragem nos portos de mar, silos, ar- tares através de ensaios físico-quími- vários portos de mar, reveste-se de
mazéns e indústria na manipulação, cos qualitativos ou a contaminantes acrescido interesse para a seguran-
movimentação e transporte de pro- no seu laboratório interno ou no la- ça dos produtos que posteriormente
dutos agroalimentares. Tem técnicos boratório da sua representada NEO- vão ser produzidos para alimenta-
especializados para a execução de TRON. Muitos destes ensaios são ção humana.
ensaios e amostragens que podem igualmente acreditados, destacando-
ser a cereais para a alimentação hu- se o ensaio de identificação e quan- A amostragem é um procedimento
PROJETO True
bactéria promotora da regulação da
flora intestinal possa crescer.
Blossom Essence
certificadas para a produção de pro- essenciais cruza-se diretamente com a O principal objetivo a médio prazo fo-
dutos cosméticos. necessidade de validar as propriedades ca-se em tornar a marca Blossom Es-
terapêuticas de cada óleo essencial em sence uma marca reconhecida e à qual
A inovação e investigação é uma das si e também dos blends de óleos essen- o consumidor atribua qualidade, mé-
Com uma inspiração na natureza, a Blossom Essence é uma destila- tica. Produzimos óleos essenciais com áreas de aposta da Blossom Essence. ciais. Para isso, a investigação abran- rito, confiança. É objetivo também ex-
ria de óleos essenciais localizada na Covilhã que aproveita de forma certificação biológica e certificação Que tipo de trabalho têm desenvolvi- ge as áreas de citoxicologia e ensaios pandir a marca pelo mercado nacional
como produto alimentar (Food grade). do neste âmbito? clínicos. Também pretendemos valo- e internacional. É também objetivo de
inteligente e responsável os recursos naturais e endógenos existen- Depois, com os óleos essenciais por Pretendemos fomentar e expandir o rizar os hidrolatos, comummente co- médio e longo prazo o estabelecimento
tes na região. Delfina Menezes e Fausta Parracho, sócias gerentes da nós destilados, elaboramos misturas mercado dos óleos essenciais, mas tam- nhecidos por águas florais, que são um de parcerias estratégicas que permitam
Blossom Essence, explicam de que forma se caracterizam os produ- de óleos essenciais – Blends terapêu- bém realizar o aproveitamento de re- subproduto da destilação dos óleos es- a concretização do resultado da I&DT
tos da marca e como têm apostado na inovação e investigação. ticos, que têm objetivos específicos de cursos endógenos da flora portuguesa. senciais. Estes, por serem uma solução de modo a poder aumentar o espectro
saúde e bem-estar. Os Blends são tam- As áreas de investigação passam pela aquosa, são extremamente perecíveis de utilização dos óleos essenciais.
bém produtos com certificação bioló-
O que esteve na origem da criação da e bem-estar, criar algo diferenciador, gica e certificação como produto ali-
Blossom Essence? orientado para proporcionar à pessoa mentar. Um dos meios preferenciais na
A Blossom Essence é uma destilaria de mais cosmopolita os benefícios da na- utilização destes produtos é através da
óleos essenciais localizada na Covilhã. tureza em gestos simples e quotidia- difusão. Estes produtos pretendem dar
Nasceu em 2016 e surgiu da vontade nos. Pretendemos dar a conhecer aos uma resposta preventiva, natural, livre
de criar valor sustentável, promoven- nossos clientes as potencialidades da de produtos sintetizados, a sintomato-
do a utilização inteligente e responsá- aromaterapia. Reunimos as competên- logias comuns. No entanto, poder-se-á
vel dos recursos naturais e endógenos. cias humanas necessárias que se tradu- beneficiar das propriedades terapêu-
Apostámos em situar-nos no interior zem numa equipa jovem, dinâmica e ticas dos óleos essenciais através de
pois a proximidade à natureza inspira- altamente qualificada e assim procura- massagem. Assim sendo, alguns dos
nos. O território português detém um mos trabalhar para a satisfação e bem Blends, são apresentados sob a forma
enorme potencial em termos da quali- -estar dos nossos clientes, almejando a de óleos corporais, tais como o be re-
dade das plantas e dos óleos essenciais excelência do produto acabado. lief, be breath, be flow, be woman e be
delas extraídos. Desejamos contribuir smooth. Podem diretamente ser apli-
para a proteção da biodiversidade e Como se caracterizam os produtos co- cados sobre a pele e assim não só usu-
valorização do património vegetal. mercializados pela marca? frui da experiência aromática como
Aquando da génese da empresa pre- A marca Blossom Essence comerciali- dos seus benefícios terapêuticos. Para
tendíamos, dentro da área da saúde za produtos de aromaterapia e cosmé- além dos produtos acabados, a Blos-
Alberto Abreu é o homem por detrás da tural produzida pela levedura, a Sovi- O mel e o azeite da Occidens são o re- Food, na Alemanha, a Occidens apresen-
Sovina. Antes da criação desta marca, na está atualmente disponível em seis flexo da qualidade dos produtos alimen- tou o Mel .5, proveniente da Beira Alta,
a sua paixão pelas cervejas artesanais tipos: Amber, Helles, India Pale Ale, tares portugueses. A marca, criada por que se caracteriza pelo sabor multifloral
era tão intensa que obrigava a família Stout, Trigo e Bock, sendo que sazo- Carlos Graça, baseia-se numa postura com um toque natural dos campos e
a fazer viagens temáticas à Alemanha nalmente são produzidas edições limi- ligada à natureza da terra em que produ- montanhas da região.
e a trocar idas a museus por visitas a tadas, uma de Natal (a Baltic Porter), e to e embalagem estão em conformidade
cervejarias. Foi com base nesta paixão a Sovina Amber Vintage, uma cerveja com a qualidade e exclusividade que a As embalagens da marca “refletem um
e, “acreditando que era possível criar do tipo Amber que estagiou em pipos Occidens garante. produto natural, destinado a ser adqui-
uma cerveja artesanal num país vinha- de vinho do Porto, sendo uma home- rido em locais de prestígio, por consumi-
teiro e numa cidade cujo ex-libris é o nagem à cultura vinhateira. Em cola- O azeite 0.3 foi o primeiro produto lan- dores de produtos gourmet biológicos,
vinho do Porto”, que em 2009 Alberto boração com a Saboaria e Perfumaria çado. As azeitonas crescem na zona de com padrões elevados de exigência, cuja
Abreu começou a criar a ideia da Sovi- Confiança, a marca portuense criou Vila Flor, uma das melhores regiões do preocupação com o design está sempre
na. A oportunidade surgiu quando um também uma linha de sabonetes de mundo para a produção de azeites de presente”, explica. Tudo o que está em
amigo produtor decidiu vender o seu cerveja, que inclui um hidratante com qualidade, e são apanhadas em meados contacto com os produtos, nomeada-
material e à paixão de Alberto juntou- a cerveja Amber e aroma a mel e um de novembro, sendo espremidas menos mente vidro e cortiça, é de origem natural
se Arménio Martins, atualmente mes- esfoliante com a cerveja India Pale Ale de 12 horas depois. Com métodos de e a embalagem de madeira reflete a pro-
tre cervejeiro. Depois de três anos de com aroma a menta. produção 100 por cento naturais e cer- curação com o baixo impacto ambiental.
experiências, em setembro de 2011, o tificados de acordo com as normas de
mercado nacional conheceu a Sovina, Com uma produção mensal de 10 agricultura biológica, o resultado é um No futuro, a Occidens pretende aumen-
a primeira cerveja artesanal produzida mil litros por mês, a curto e médio azeite virgem extra, orgânico com um tar a gama de produtos com “amêndoa,
em Portugal. prazo a marca prevê o aumento da marcado sabor a azeitonas verdes, ligei- cereais e outros produtos portugueses”,
capacidade de produção, de forma a ramente picante e com uma interessante mas também “alargar a comercialização
A partir de métodos artesanais e ela- poder “satisfazer a procura do mer- complexidade. As oliveiras são Cobran- ao Brasil e aos EUA”, ao mesmo tempo
borada unicamente com água, malte, cado nacional”, explica. No entanto, çosa, Verdal e Negrinho do Freixo. Em que se afirma no mercado nacional como
lúpulo e levedura, sem corantes nem uma das apostas é a exploração dos fevereiro deste ano, na Biofach 2017 – uma marca de qualidade e exclusividade,
conservantes e com carbonatação na- mercados internacionais. World´s Leading Trade Fair for Organic revela Carlos Graça.
MIRTILO Ingredientes:
Para a base:
• 375 gr de flocos de aveia sem glúten
• 100 ml de leite de amêndoa
• 4 colheres de sopa de mel
• 1 colher de chá de canela
Para o recheio:
• 100 gr de morangos
• 250 gr de mirtilos
• 3 colheres de sopa de mel
• 50 ml de água
• 2 colheres de chá de farinha de araruta
Para o topping:
• 3 colheres de sopa de óleo de coco
• 2 colheres de sopa de mel
• 1 colher de chá de canela
• 1/2 colher de chá de gengibre
• 100 gr de flocos de aveia grossos sem
glúten
• 50 gr de amêndoa
Prazer a Cozinhar Basta Cheio Sugar bites • 50 gr de caju
Preparação:
Preparação:
Pré-aqueça o forno a 180ºC.
Pré-aqueça o forno a 200ºC. Prepare um tabuleiro de madalenas
Bata os ovos com o leite, o açúcar, o (ou formas individuais) e unte o re-
extrato de baunilha, duas colheres de bordo, para evitar que as superfícies fi-
manteiga, o sal, o gengibre e a raspa de quem coladas. Forre com as forminhas
lima até obter um preparado liso e ho- de papel e reserve.
mogéneo. Acrescente a farinha e envol- Numa taça, coloque 1/2 chávena
va até estar perfeitamente misturada. de leite com 2 colheres de sopa de
Coloque uma colher de sopa de man- sumo de limão, mexa e reserve por
teiga num recipiente de ir ao forno 10 minutos.
(travessa, prato ou frigideira) com À parte, misture o açúcar, o ovo e a
cerca de 20 cm de diâmetro. Leve gema, o óleo, o leite e baunilha e bata
ao forno até o recipiente estar bem até ficar bem misturado.
quente, com a manteiga derretida e a Numa taça peneire a farinha, o fermen-
borbulhar. Abra o forno, verta a mas- to e o sal. Adicione à massa e envolva
sa na forma e espalhe os mirtilos por até estar bem misturado. Acrescente
cima, a gosto. o buttermilk/leitelho e envolva bem.
Deixe no forno cerca de 15 minutos, Junte uma parte dos mirtilos e reserve
até a massa ter crescido nas extre- os restantes para colocar no topo das
midades e estar firme e douradinha. madalenas. Distribua uniformemente
Coloque os pedaços de queijo brie a massa pelas forminhas de papel.
por cima, reduza a temperatura para Polvilhe com uma 1 colher de chá de
170ºC e deixe assar mais 5 minutos. farinha pelos mirtilos para não des-
Retire do forno e deixe repousar um cerem na massa e distribua-os pelas
pouco. Espalhe a amêndoa torrada e al- madalenas, pressionando-os levemen-
guns mirtilos frescos por cima, polvilhe te. Polvilhe os topos com o açúcar,
com açúcar em pó e sirva ainda quente. se desejar. Leve a cozer ao forno por
cerca de 25 minutos. Se estiver a usar
mirtilos congelados, levará cerca de 5
minutos mais. Faça o teste do palito.
Retire do forno e deixe arrefecer numa
rede. Depois de frias, guarde numa cai-
xa hermética.
Autor:
Rita de Melo Franco
Localidade:
Linda-a-Velha
Blog:
https://ritamelofranco.blogspot.pt/
Pavlova de Frutas
triture-as e reserve o licor de ginja. arrefecer bem. Leve ao lume mexendo sempre até fi-
Numa taça bata os ovos (à temperatura Para as bolachas de suspiro, pré-aqueça o car cremoso (85ºC).
ambiente) com o açúcar até obter uma forno a 140º C. Deite a clara de ovo De seguida, incorpore o creme inglês
mistura homogénea e esbranquiçada. numa taça grande e bata em castelo. Jun- no chocolate previamente derretido
Noutra taça derreta o chocolate com a te o açúcar em pó, uma colher de cada em banho-maria. Coloque num saco Ingredientes:
Ingredientes: Preparação:
manteiga e envolva bem. Junte a mistura vez, batendo sempre até o merengue ficar de pasteleiro e guarde no frio por duas Para a Pavlova: Para a Pavlova: em forma de círculo.
anterior ao chocolate e, de seguida, junte brilhante. Coloque umas gotas de coran- horas sensivelmente. • 5 ovos M Ligue o forno a 180ºC. Baixea temperatura do forno para os
a farinha, o fermento, a pitada de sal e te no interior do saco de pasteleiro e deite Com a ajuda de um aro, corte quatro • 250 gr de açúcar em pó Separe as claras das gemas e bata as 140ºC e deixe cozer por 1h e 10 miutos.
mexa bem. Por fim, junte as cerejas tritu- o merengue no saco de pasteleiro. Colo- círculos do brownie, pincele bem com • 1 colher de sopa de amido de milho claras em castelo. Quando começar a Para o recheio, bata as natas com
radas e envolva mais um pouco. que no tabuleiro do forno uma folha de o licor de ginja reservado e sobre eles • 1 colher de sopa de vinagre de vinho ficar uma espuma consistente, acres- umas gotas de limão e acrescente aos
Revista um aro quadrado de 14 cm com papel vegetal e faça 8 círculos, utilizando disponha a mousse de chocolate em branco cente aos poucos o açúcar em pó. poucos o açúcar.
papel vegetal, verta a massa do brownie, um aro para o efeito, e preencha-os com picos. Coloque uma bolacha de suspi- • 1 colher de café de aroma de baunilha De seguida, junte o aroma de bauni- Cubra a pavlova e acrescente as frutas
espalhando bem por toda a superfície, o merengue. Leve ao forno pré-aquecido ro, repita o processo, terminando com Para a cobertura: lha, o amido de milho e o vinagre e a gosto.
com ajuda de uma espátula. Leve ao durante cerca de 1h a 1h15, até o meren- picos de mousse e uma cereja. • 200 ml natas envolva muito bem.
forno durante 18 minutos aproximada- gue secar e ficar estaladiço. Depois deixe • 3 colheres de sopa de açúcar em pó Num tabuleiro coloque uma folha de
mente (a ideia é que permaneça húmido, arrefecer. • 300 gr de frutas à sua escolha papel vegetal e coloque o merengue
g
Ilha Bombarral Ílhavo Vila Pouca
Murça de Aguiar Almeirim
Terceira
Feira de
Gastronomia Festival do Vinho Festival Feira do Mel Festival da Sopa
do Atlântico Português do Bacalhau e do Artesanato da Pedra
30 de agosto
04 a 13 de agosto 08 a 13 de agosto 09 a 13 de agosto 13 a 15 de agosto
a 03 de setembro
e
Integrada nas festas do concelho da Praia A Mata Municipal do Bombarral recebe um É no concelho com maior tradição asso- O Parque Termal das Pedras Salgadas será A sopa da pedra é o prato mais emblemáti-
da Vitória, a Feira de Gastronomia é um festival que celebra o vinho português e as ciada ao bacalhau que durante cinco dias o palco deste evento de cariz cultural e eco- co de Almeirim e no último fim-de-semana
dos principais espaços da festa, reunindo suas características. O certame reúne produ- se podem provar dezenas receitas de baca- nómico que inclui concursos, seminários, de agosto são muitos os que aproveitam o
vários restaurantes que proporcionam aos tores e dispõe de um rico programa de ani- lhau, confecionadas por associações locais. exibições desportivas e espetáculos musi- festival para experimentar esta iguaria. O
visitantes a possibilidade de provar os me- mação cultural. Durante o festival celebra-se Também irão decorrer showcookings, de- cais. A feira visa promover a produção de evento integra ainda provas de vinhos, de-
lhores sabores do Atlântico. também a Feira Nacional da Pera Rocha. gustações e atividades desportivas. mel e de artesanato no concelho. monstrações de cozinha e música.
Setembro
01 01 07 08 22
Tavira Ponte de Porto
n
Marco de Nelas
Murça
Canaveses Lima de Mós
Marco de Canaveses volta alguns séculos no A Feira do Vinho do Dão é a maior da região A quinta edição deste evento encerrará a Nas mais populares festas de Ponte de O Festival Viver Porto de Mós celebra
d
tempo e recorda a época medieval. Durante e visa divulgar os vinhos e produtos do Dão. presidência de Portugal, e de Tavira, do Lima, celebradas desde 1826 em honra a sua quarta edição. Esta iniciativa tem
o evento, próximo da ponte sobre o rio Tâ- Com mais de 25 anos, tem uma programa- programa anual dos 7 Estados e Comuni- de Nossa Senhora das Dores, são espera- como objetivo fomentar o artesanato, os
mega, são organizados torneios, jogos de des- ção com workshops, espetáculos, provas dades representativas da Dieta Mediterrâ- das milhares de pessoas para assistir às produtos endógenos regionais, as artes e
treza e habilidade, cerimónias e danças, em gastronómicas e de vinhos e exposições, reu- nica como Património Cultural Imaterial desgarradas, fados, bombos e gigantones, ofícios, as tradições etnográficas, o turismo
honra de S. Nicolau. nindo os melhores produtores locais. da Humanidade da UNESCO. folclore e cortejos etnográfico e histórico. e a cultura.
Outubro
09 19 20 27 27
Loures Santarém São Miguel Abrantes
Murça Sernancelhe
a
Feira Nacional
Festa do Vinho Festival Nacional Wine in Azores de Doçaria Festa da Castanha
e das Vindimas de Gastronomia Tradicional
09 a 11 de outubro 19 a 29 de outubro 20 a 22 de outubro 27 a 29 de outubro 27 a 29 de outubro
Este é um dos maiores eventos de cariz as- No maior evento de gastronomia a ní- O Pavilhão de Exposições da Associação Para celebrar a doçaria tradicional, Abran- A Terra da Castanha recebe durante três
sociativo do concelho de Loures, atraindo vel nacional, Santarém recebe milhares Agrícola recebe o maior evento empresarial tes recebe este evento onde as principais dias um dos eventos mais importantes.
milhares de visitantes. Durante três dias, de visitantes que procuram experimentar dos Açores que, além de ser um festival de vi- referências da doçaria nacional se juntam. Além da promoção da castanha nas suas
Bucelas transforma-se num espaço privi- pratos típicos de todas as regiões do país, nhos, se assume como um festival com uma O certame, em que a Palha de Abrantes, as variadas vertentes, realizam-se concursos
legiado de divulgação das artes e ofícios desde Ponte de Lima a Faro, passando por forte componente gastronómica. Na edição Tigeladas e os doces abrantinos são reis, para a melhor castanha e uma rota da cas-
tradicionais ligados à vitivinicultura. Coimbra, Madeira ou Açores. de 2016 recebeu mais de 13 mil visitantes. promete animar o centro histórico. tanha e do castanheiro.
Agosto
Setembro
outubro