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Ficha Técnica:
Superintendente do Senar/AR-GO
Dirceu Borges
Gerente Pedagógica
Kelly Ap. Lemes Baliano
Coordenação Técnica
Samantha Leandro de Sousa Andrade Alexandrino
Capa
Rui Benevides
Apresentação
Objetivos Específicos:
3. Dimensionar e adubar covas para o plantio das mudas de pimenta, com instrumentos de
medidas, observando a densidade adequada;
5. Realizar tratos culturais adequados para covas, com estercos, utilizando técnicas corretas
e observando as características de cada pimenta;
Para tanto, a metodologia de ensino do SENAR é baseada em estratégias educacionais que conecta
a teoria e prática durante o processo ensino e aprendizagem, favorecendo à compreensão dos
significados e à integração entre a teoria e a vivência da prática nas atividades profissionais,
pessoais e sociais.
Vale ressaltar que, no SENAR, a sala de aula não se reduz a uma sala de aula tradicional,
acrescida por oficinas para as aulas práticas ou ainda, por laboratórios de ensaios técnicos e
tecnológicos. Ela vai além desses ambientes, considerando que o curral, o pasto, a plantação torna-
se muitas vezes o ambiente de ensino e de aprendizagem, ampliando assim os horizontes da
educação rural, contribuindo para o que se chama contextualização.
Bons estudos!
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO............................................................................................................................... 6
2. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 6
3. O GÊNERO capsicum ....................................................................................................................... 7
4. COMPOSIÇÃO QUÍMICA .................................................................................................................. 9
5. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA, PERSPECTIVAS E POTENCIALIDADES DO MERCADO DE PIMENTAS 11
6. PRODUÇÃO DE MUDAS ................................................................................................................. 11
7. PREPARO DO SOLO E CALAGEM .................................................................................................... 13
8. ADUBAÇÃO .................................................................................................................................... 13
9. PLANTIO – TRANSPLANTE DE MUDAS E TRATOS CULTURAIS ....................................................... 14
10. IRRIGAÇÃO................................................................................................................................. 14
11. PRAGAS ASSOCIADAS À CULTURA DA PIMENTA E ESTRATÉGIAS DE MANEJO ......................... 16
12. DOENÇAS E CONTROLE DE PRAGAS .......................................................................................... 16
13. COLHEITA E MANEJO PÓS COLHEITA DA PIMENTA .................................................................. 19
14. SELEÇÃO E CLASSIFICAÇÃO ....................................................................................................... 22
15. EMBALAGENS PARA PIMENTA IN NATURA ............................................................................... 22
16. CONSERVAÇÃO PÓS COLHEITA ................................................................................................. 23
17. CUSTO DE PRODUÇÃO............................................................................................................... 24
18. RENTABILIDADE DA CULTURA ................................................................................................... 25
19. PROCESSAMENTO ..................................................................................................................... 25
20. RECEITAS ................................................................................................................................... 25
21. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................ 27
22. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................. 27
O cultivo de pimenta tem grande importância socioeconômica, sendo parte da riqueza cultural
brasileira, tornando se um valioso patrimônio de nossa biodiversidade, podendo contribui para a
geração de renda nas pequenas propriedades e para a fixação de pessoas na área rural.
No Brasil são cultivadas desde o Rio Grande do Sul até Roraima, em uma imensa variação de
tamanhos, cores, sabores e, é claro, picância ou ardume.
O agronegócio das pimentas é muito mais relevante do que se imagina, e envolve diferentes
segmentos, desde as pequenas fábricas artesanais caseiras de conservas até a exportação de páprica
por empresas multinacionais que competem no mercado de exportação de especiarias e temperos,
empregando um número significativo de pessoas, principalmente na época de colheita.
2. INTRODUÇÃO
As pimentas do Gênero Capsicum são utilizadas pelo homem há muito tempo. Registros
arqueológicos sugerem que as pimentas já eram consumidas por populações pré-colombianas entre
8.500 a 5.600 anos a.C. nas regiões andinas do Peru e 6.500 a 5.500 anos a.C. no México (NUEZ-VINALS
et al., 1998).
O cultivo de pimentas era uma característica de tribos indígenas brasileiras quando do
descobrimento do Brasil. Plantas condimentares, tais como as pimentas e pimentões do gênero
Capsicum, sempre foram usadas pelos índios e civilizações antigas para tornar os alimentos mais
agradáveis ao paladar, além de serem utilizadas como conservantes em alimentos (REIFSCHNEIDER,
2000).
Quando chegaram ao Brasil, os europeus conheceram as pimentas cultivadas pelos índios. As
grandes navegações buscavam uma nova rota para o comércio das especiarias, dentre elas, as
pimentas do gênero Piper. Ao encontrar produto com maior pungência do que as pimentas do reino,
os navegadores portugueses e espanhóis trataram de levá-lo para a Europa. (BIANCHETTI 1996;
GIACOMETTI, 1989, REIFSCHNEIDER & RIBEIRO, 2007)
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O Brasil é um importante centro de diversidade do gênero Capsicum, sendo encontradas
diversas espécies em seu território (CARVALHO & BIANCHETTI, 2008). O pimentão e as pimentas
possuem grande importância econômica, e são utilizados em todo o mundo, in natura ou na forma
processada. No Brasil, são cultivados em todo o território brasileiro (ECHER, 2002).
As espécies de Capsicum são consideradas importantes componentes do mercado de
hortaliças frescas no Brasil, além de ser a base para o desenvolvimento de condimentos, temperos e
conservas em nível caseiro e industrial (LIMA et al. 2001).
As pimentas vermelhas respondem pelo terceiro lugar em produção e consumo de hortaliças
para tempero no Brasil, perdendo apenas para o alho e a cebola (REIFSCHNEIDER et al. 2000). O
continente asiático é a maior área cultivada com pimentas (89 % da área cultivada), sendo os principais
países produtores: Índia, Coréia, Tailândia, China, Vietnã e Indonésia. A segunda região mais
importante no cultivo de pimentas compreende os Estados Unidos e o México, com cerca de 7% do
total plantado com essa cultura em todo mundo. E os 4% restantes de área cultivada estão nos países
da Europa, África e Oriente Médio (RUFINO & PENTEADO, 2006).
No Brasil, as pimentas estão difundidas em todas as regiões, e é um dos melhores exemplos
de agricultura familiar e de integração pequeno agricultor-agroindústria. A área anual cultivada é de
cerca de dois mil hectares, sendo as principais produtoras as regiões Sudeste e o Centro-Oeste. Os
principais estados produtores são Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Ceará e Rio Grande do Sul (PINTO et
al., 2006).
As pimentas (doces e picantes), além de serem consumidas frescas, podem ser processadas e
utilizadas em diversas linhas de produtos na indústria de alimentos. A produtividade média depende
do tipo de pimenta cultivada, variando de 10 a 30 t/ha.
3. O GÊNERO capsicum
A palavra Capsicum tem origem do grego kapso, que significa picar e kapsakes que por sua vez
significa cápsula (Nuez et al., 1996). A principal característica do fruto da pimenta é a pungência,
conferida por substâncias alcalóides denominadas capsaicinoides (ISHIKAWA, 1998).
O fruto da pimenteira é tipo baga pendente oco e com formato que lembra uma cápsula. A
grande variabilidade morfológica apresentada pelos frutos é confirmada pelas múltiplas formas,
tamanhos, colorações e pungências (CARVALHO & BIANCHETTI, 2007). A coloração das pimentas
apresenta cores com diferentes gradações, passando por verde, vermelho, amarelo, creme, roxo,
dentre outras, quando maduros (VINALS, 1996; FILGUEIRA, 2000; REIFSCHNEIDER, 2000).
As pimenteiras do gênero Capsicum, pertencem a família Solanaceae, e têm como centro de
origem o continente americano (NUEZ et al., 1996). Mais de 90 espécies de Capsicum tem sido
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descritas pelos taxonomistas, porém somente 20 espécies são amplamente conhecidas, normalmente
classificadas de acordo com o nível de domesticação. As espécies domesticadas são: Capsicum
annuum. baccatum Wild; C. chinense Jacg.; C. frutescens L. e C. pubescens Ruis e Pavon, destas, apenas
C. pubescens não é cultivada no Brasil (BIANCHETTI et al., 1999; REIFSCHNEIDER, 2000)
Dentre as espécies desse gênero, C. annuum é a de maior importância econômica, a mais
cultivada e com diversas formas domesticadas. Nesta espécie, estão incluídos os pimentões, as
pimentas doces para páprica, as pimentas 'Cayenne', 'Serrano', 'Cereja', entre outras, além de algumas
cultivares ornamentais (REIFSCHNEIDER, 2000; MOREIRA et al., 2006: CARVALHO & BIANCHETTI,
2008).
As pimentas dos tipos 'Jalapeão' e 'Cayenne' podem ser consumidas frescas, ou na forma de
molhos líquidos (frutos maduros e vermelhos), desidratados na forma de flocos ou pó, ou ainda em
conservas (verdes) e escabeches (CARVALHO & BIANCHETTI, 2007; CARVALHO & BIANCHETTI, 2008;
RIBEIRO, 2007).
No Brasil, da espécie C. baccatum, as pimentas mais cultivadas são: 'Dedo-de-Moça', 'Chifre-
de-Veado' e 'Cambuci' ('Chapéu de Frade'). Neste grupo de pimentas, a pungência dos frutos é menos
intensa; há inclusive cultivares de pimenta 'Cambuci' que são doces. A Pimenta 'Dedo-de-Moça', além
de ser consumida fresca, em molhos e conservas, também é utilizada na fabricação de pimenta
'calabresa' (desidratada na forma de flocos com a semente). A pimenta Cumari apresenta frutos
pequenos, arredondados ou ovalados, de coloração vermelha quando maduros (REIFSCHNEIDER,
2000).
A C. chinense apresenta muitos tipos com frutos extremamente picantes, como a pimenta
Habanero, muito popular no México. No Brasil, as mais conhecidas são as pimentas de cheiro, Bode,
Cumari do Pará, Murici, Murupi, entre outras. Há também, dentro da espécie, uma expressiva
variabilidade de formatos e cores de frutos. A pimenta 'De Cheiro', que predomina no Norte do país,
possui frutos de tom amarelo-leitoso, amarelo-claro, amarelo-forte, alaranjado, salmão, vermelho e
até preto. A pungência também é variável, são encontrados frutos doces a muito picantes. Na região
Centro-Oeste, é mais comum o cultivo da pimenta 'Bode', que tem frutos arredondados de cor amarela
ou vermelha quando maduros, e da 'Cumari do Pará', que possui frutos ovalados de coloração amarela
quando maduros. Ambas possuem pungência e aroma característicos que as distinguem das demais.
A pimenta Murupr, cultivada nos estados do Amazonas e Pará, possui coloração amarela e o aroma
das pimentas 'De Cheiro' e 'Bode'. (FONTE)
A pimenta Malagueta pertence à espécie C. frutescens A malagueta é plantada em todo o
Brasil. Também pertence a esta espécie a pimenta 'Tabasco', conhecida mundialmente pelo molho de
4. COMPOSIÇÃO QUÍMICA
A pungência nos frutos da pimenteira é a característica mais importante para a sua qualidade,
exceto para pimenteiras ornamentais. A intensidade de ardência das pimentas é determinada pela
escala Scoville de calor, onde cada parte por milhão de capsaicina presente nos frutos representa 15
unidades Scoville de calor. Desta forma, pode-se classificar os frutos em não pungente (700-3000
unidades Scoville de calor), moderadamente pungente (3000-25000 unidades Scoville de calor),
pungente (25000-70000 unidades Scoville de calor) e muito pungente (acima de 80000 unidades
Scoville de calor) (BOSLAND, 1993).
6. PRODUÇÃO DE MUDAS
As pimentas do gênero Capsicum são de cultivo relativamente fácil, principalmente quando
comparadas com outras espécies vegetais da mesma família, como tomate, batata, e até mesmo
pimentão. Para obtermos produtividade e frutos de qualidade que atendam satisfatoriamente ao
mercado, cada vez mais exigente, devem ser cultivadas de acordo com as boas práticas agrícolas de
cultivo.
8. ADUBAÇÃO
Existem situações em que algumas dificuldades de ordem prática, como a localização distante
de um laboratório ou mesmo a falta de informações sobre coleta de amostras de solos, impossibilitam
que se faça a análise química do solo. Outras vezes, mesmo com resultado de análise nas mãos, o
produtor rural não tem acesso a informações de recomendação de adubação este problema dificulta
em muito a correta aplicação dos adubos, estima-se uma queda considerável na produção
principalmente de cultivo de pequeno porte em virtude destas dificuldades.
A relação custo-benefício da análise de solo é baixa, já que uma adubação equilibrada resulta
'
10. IRRIGAÇÃO
A insuficiência de água reduz tanto a produtividade quanto a qualidade de frutos. No entanto,
plantas submetidas a condições de déficit hídrico moderado produzem frutos mais pungentes, com
maior teor de sólidos solúveis e de matéria seca. Já o excesso de água pode comprometer a produção.
Irrigação em excesso, em especial em solos com problema de drenagem, prejudicam a aeração do
sistema radicular das plantas e favorecem o desenvolvimento de várias doenças de solo.
10.1 ASPERSÃO
O custo de aquisição do sistema é relativamente baixo, mas requer uso intensivo de mão-de-
obra para as mudanças dos componentes. Em um sistema fixo não existe mudanças de nenhum dos
componentes, o que reduz o uso de mão-de-obra para as mudanças dos componentes, o que reduz o
uso de mão-de-obra, mas o custo inicial torna-se mais oneroso.
10.2 SULCO
O sistema de irrigação por sulco, que aproveita a superfície do solo para escoamento da água,
é indicado principalmente para pequenos produtores.
Uma das principais vantagens desse sistema é o custo inicial baixo, muito menor do que o
custo dos sistemas por aspersão e por gotejamento. Outra vantagem é a de molhar somente a
superfície do solo, o que reduz a ocorrência de doenças da parte aérea. Como desvantagem não é
recomendado para solos com alta taxa de infiltração, como os arenosos, e terrenos de topografia
declivosa ou com ondulações acentuada.
10.3 GOTEJAMENTO
A grande vantagem desse sistema consiste na aplicação da água de forma localizada, na zona
radicular, sem que essa atinja as folhas e os frutos, reduzindo as doenças da parte aérea.
A fertirrigação e a conservação de água e energia (20% a 40%) fazem do gotejamento um
sistema atrativo o cultivo de pimenteiras. Fertilizantes, a exemplo dos nitrogenados e potássicos,
podem ser aplicados de forma parcelada via água de irrigação, aumentando a eficiência no uso de
nutrientes pelas plantas e a produção de frutos.
Fungicidas/Doenças:
- Antracnose: mancha de cercóspora; oídio;
- Preparo da calda:
Preparo
5l água + 5l água +
Inseticida/Inseto:
Produto Químico: Evidence, Sauros, Engeo pleno, Mospilan, Actara, Amistar, Lannate;
- Produto Natural: Urina de vaca – curtir três dias na sombra – Dosagem: - Plantas velhas 5% - Plantas
novas 3%
Cochonilha:
Aplicação de óleo mineral; - Inseticida: Triona + Methidation; Produto: lufenuron (match); -
Abamectina (Vertimec) 100 ml em 100 litros de água; - Imidocloprid (Evidence); - Nimbus 100 ml (óleo
mineral) para 20 litros de água.
13.1 COLHEITA
As pimentas apresentam diferentes pontos de colheita, de acordo com cada tipo, região de
cultivo e época do ano. O ciclo da cultura e o período de colheita são afetados diretamente pelas
condições climáticas e pelos tratos culturais, como adubação, irrigação, incidência de pragas e
doenças, e a adoção de medidas de controle fitossanitário. De uma maneira geral, as primeiras
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colheitas são feitas a partir de 90 dias após a semeadura para as pimentas mais precoces, como a
“Murupi”, e após 120 dias para as mais tardias.
O ponto de colheita ideal das pimentas é determinado visualmente, quando os frutos atingem
o tamanho máximo de crescimento e o formato típico de cada espécie, com a cor específica
demandada pelo mercado: verde para a pimenta “Cambuci”; vermelho para a “Malagueta”; amarela
ou vermelha para a pimenta “Bode”; verde-claro para a “De Cheiro”; amarela para a “Cumari do Pará”;
e amarelo-claro para a “Murupi”.
As pimentas são mais difíceis de serem colhidas quando comparadas com pimentão devido ao
menor tamanho dos frutos e a arquitetura da planta, principalmente aquelas de menor porte e com
maior número de galhos. Para efetuar a colheita das pimentas com plantas de porte mais baixo, como
a “Cumari do Pará” e “Malagueta”, é necessário que os apanhadores fiquem agachados ou curvados,
enquanto para aquelas pimentas com plantas mais altas, como a “Bode”, é possível fazer a colheita
em pé, em uma posição mais confortável. A posição dos frutos das pimentas, seu tamanho e a
resistência do pedúnculo também interferem na velocidade da colheita. As pimentas “Bode” e “Dedo-
de-Moça” possuem frutos maiores e são mais fáceis de apanhar, sendo possível colher até
60kg/dia/operário, enquanto as pimentas “Malagueta” e “Cumari do Pará” possuem frutos menores,
o que reduz a velocidade da colheita (aproximadamente 10kg/dia/operário).
As pimentas são colhidas manualmente, arrancando-se os frutos das plantas com ou sem os
pedúnculos, dependendo do tipo de pimenta e o uso do produto. Cada colhedor utiliza um recipiente
pequeno, como uma lata, prato ou bolsa para recolher os frutos das plantas. Um recipiente adequado
para a colheita das pimentas pode ser feito a partir de garrafas plásticas de refrigerante de 2L do tipo
‘PET’, cortando-se o terço superior da garrafa e colocando-se um cordão em duas extremidades
laterais para pendurar no pescoço. Além de ser um recipiente barato e fácil de ser feito, o operário fica
com as duas mãos livres para executar a colheita, sendo possível segurar os ramos e destacar os frutos
sem quebrar a planta. Depois de cheios, estes recipientes são vertidos em baldes ou latas maiores (5-
10L) ou então em caixas localizadas estrategicamente próximas do local de colheita.
Quando as pimentas são destinadas especificamente para a indústria de conservas e molhos,
podem ser apanhadas sem o pedúnculo diretamente no campo. Para aquelas pimentas com maior
resistência do pedúnculo, como a “Bode” e a “Dedo de Moça”, às vezes é necessária uma operação
adicional no galpão de beneficiamento para retirar completamente o pedúnculo dos frutos destinados
para conservas. As pimentas mais picantes (ardidas), como a “Malagueta”, causam irritação e até
queimaduras na pele das mãos dos colhedores devido aos teores mais elevados de capsaicina, o
composto químico responsável pela ardência nas pimentas.
19. PROCESSAMENTO
19.1 HIGIENIZAÇÃO
Lavar as pimentas com água e água sanitária ou Hipoclorito de sódio;
• Dosagem: 1 tampa de água sanitária em um litro de água;
- Deixar na solução por 10 minutos;
- Depois mais 10 minutos em água pura;
19.2 ARMAZENAMENTO
Fazer higienização das pimentas e da garrafa;
• Colocar as pimentas na garrafa;
• Fazer a solução: • 1 litro de água e 100 g de sal;
- Levar ao fogo, quando ferver desligar o fogo, e colocar na garrafa, tampar e deixar na sombra;
20. RECEITAS
20.1 GELEIA
- 3 pimenta dedo de moça;
- 1kg de açúcar;
- 1kg de polpa de fruta (conforme o gosto);
- 10 g de pectina (ou 5 colheres de sopa da pectina natural do maracujá);
- 1 colher de suco de limão ou uma colher de café de ácido cítrico
20.2 MOLHO
- 1kg de pimenta;
- 1kg de cebola;
- 1kg de tomate;
- 100 a 150g de alho;
- 200 ml de vinagre;
- 20g de sal;
- 40g de açúcar;
- Água.
Preparo: refogar a cebola, o alho, os tomates, acrescentar as pimentas, cozinhar até o ponto de cortar
com a colher, bater no liquidificador, com vinagre.
Passar na peneira e levar ao fogo com sal, deixar ferver e acrescentar o açúcar, colocar nos vidros e
levar ao banho maria.
Banho Maria: - Vidro pequeno: 15 min; - Vidro médio: 30 min; - Vidro grande: 1h.
BOSLAND, P. W. Breeding for quality in Capsicum. Capsicum and eggplant Newsletter, v.12, p.25-31,
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ECHER, M. M., FERNANDES, M. C. A., RIBEIRO, R.L.D. PERACCHI, A.L. Avaliação de genótipos de
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FINGER FL.; VIEIRA, G. Controle da perda pós-colheita de água em produtos hortícolas. Viçosa, MG:
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