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LÍNGUA INGLESA:
TÓPICOS GERAIS
(Introdução aos estudos do idioma)
Rio de Janeiro
1º Semestre de 2019
2
PLANO DE ENSINO
Objetivos de ensino:
Ementa:
Recursos auxiliares:
Avaliações de aprendizagem:
Bibliografia básica:
ALGEO, John. The origins and development of the English language. 6 ed. Boston:
Wadsworth, 2010. [online]
CARTER, Rowan. Cambridge Grammar of English : a comprehensive guide of
spoken and written English and Usage. Cambridge : Cambridge University Press,
2010. [biblioteca física]
LAPKOSKI, Graziella Araújo de Oliveira. Do texto ao sentido: teoria e prática de
leitura em língua inglesa. Curitiba : InterSaberes, 2012. [biblioteca virtual]
TORRES, Nelson. Gramática Prática da Língua Inglesa. 11 ed. São Paulo : Saraiva,
2014 [adquirir]
Bibliografia complementar:
3.1. Substantivos
3.2. Numerais
3.2.1. Numerais
5
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
DIA E HORÁRIO OUTRAS INFORMAÇÕES
Segunda-feira, das 19h E-MAIL DO PROFESSOR: victorramossilva@gmail.com
WHATSAPP DO PROFESSOR: +55(21) 99783-2901 | GRUPO (WhatsApp): bit.ly/feucingles
às 21h50 LINK PARA MATERIAIS bit.ly/topicosgerais2019
Observações Finais: 1. Máximo de Faltas possível: doze tempos / três encontros; 2. Pontualidade é fundamental; 3. Acompanhe o
cronograma; 4. Os dias do professor na instituição são manhãs de quarta, quinta e sexta; 5. Alunos somente serão atendidos pelas
redes sociais de segunda a sábado, das 07:00 às 23:59, excluindo-se feriados. 6. Esta disciplina será ministrada em português e em
inglês.
Já parou para pensar na origem da língua inglesa? Já reparou como alguns termos do
inglês têm raiz parecida com a de outros idiomas, como o alemão?
Neste artigo, vamos entender como foi o desenvolvimento do idioma inglês, os povos
que influenciaram a sua formação e os processos na Europa que fizeram a língua
inglesa ocupar a posição de destaque de hoje em dia.
Formação da língua inglesa sofreu influência de diversos povos. Foto: iStock, Getty Images
Vale lembrar que durante boa parte da história da Europa, havia uma divisão
linguística clara. O Latim era considerada a língua culta, usada nas missas da igreja, em
documentos oficiais e na literatura e ciência. Já as línguas comuns eram usadas pelas
populações na sua vida diária, mas eram consideradas apenas idiomas falados e menos
nobres. Esse fato está muito ligado a influência da Igreja Católica em toda Europa
medieval e parte da Idade Moderna.
Uma curiosidade legal. Algo semelhante também acontecia em outros países, como
a Coreia do Sul, por exemplo. Lá, o Mandarim era considerado a língua dos nobres e da
literatura oficial, e o coreano falado pelo povo em geral era considerado uma língua
plebéia. Isso só mudou em 1446, quando o rei Sejong criou o Hangul, o alfabeto que até
hoje é usado nas Coreias.
Celta britânico
Anglo-frísio
Saxão
Franco-Normando
Latim.
O Celta britânico era o dialeto falado pelos Celtas. Esses povos formaram várias
nações na Europa antiga e, embora não tenham estabelecido uma grande unidade na
Inglaterra, ocuparam as Ilhas Britânicas até a ocupação romana.
Historicamente, o idioma inglês é dividido em três fases distintas. Cada qual com
influências e novas características que foram adquiridas pela convivência com os
dialetos citados anteriormente.
O inglês antigo
Na origem da língua inglesa, o inglês antigo agrupava dialetos diversos que foram
trazidos à Grã-bretanha pelos povos saxões e as variações linguísticas das diferentes
tribos desse povo. Durante essa fase, o Saxão ocidental foi o dialeto que passou a ser
mais influente. O poema Beowulf, um dos clássicos históricos da língua inglesa, foi
escrito no Old English, que foi a língua dominante entre os séculos 5 e 12.
Inglês Médio
Inglês Moderno
O Modern English se consolidou a partir do século 15, época do renascimento e na qual
as línguas nacionais passaram a ter uma grande importância para a consolidação dos
Estados europeus. A principal característica é a maior padronização do idioma como um
todo.
O Inglês moderno se espalhou pelo mundo graças ao Império Colonial britânico. No século
19, uma área equivalente a 25% dos territórios do mundo (apenas área terrestre)
pertencia aos britânicos de alguma forma. A sucessão da Inglaterra pelos EUA como
maior potência mundial deu continuidade à influência da língua Inglesa no mundo.
Repare que alguns termos descrevem sensações ou ações bem particulares e precisas.
Isto é comum não só no inglês, mas em todos os outros idiomas. Com o tempo, as palavras
mais usadas e genéricas tendem a permanecer mais em voga, em contraposição aos termos
mais específicos e menos usados.
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SILVA, Victor Ramos da. As Influências sintáticas do Português (L1) na aquisição do Inglês (L2): Um estudo de
casos. 2012. 84 f. Monograph (Graduation) - Faculdades Integradas Campo-grandenses, Rio de Janeiro, 2011.
Conforme já visto neste trabalho, quando o aprendiz está em processo de aquisição de uma língua
estrangeira, ele relaciona naturalmente sua língua materna com a língua alvo, pois não consegue expressar, na
segunda língua, de forma espontânea, tudo aquilo que gostaria de expressar no ato comunicativo.
Essa transferência de conceitos linguísticos da língua materna para a língua estrangeira pode ser
denominada como interlíngua. Esse fenômeno consiste na criação de um elo entre o falante-aprendiz e a
segunda língua através das transferências e relações feitas. Esse fenômeno o possibilita compreender, pela sua
própria língua, os fenômenos da língua alvo. Interlíngua, para Schütz (2012)
[...] é o sistema de transição criado pelo aprendiz, ao longo de seu processo de assimilação de uma língua estrangeira. É a
linguagem produzida por um falante não nativo a partir do início do aprendizado, caracterizada pela interferência da língua
materna, até o aprendiz ter alcançado seu teto na língua estrangeira, ou seja, seu potencial máximo de aprendizado.
(SCHÜTZ, 2012)
Quando um dado aprendiz brasileiro produz o enunciado *The Pedro Lives in Cosmos1, ele está
incorrendo em uma infração às regras da gramática interna da língua inglesa, ou seja, formulando um enunciado
agramatical.
Com relação à gramaticalidade dos termos, John Lyon (2009, p. 80-82) explica que um falante
nativo nunca produzirá enunciados agramaticais, pois a estrutura que rege a língua foi testada e consolidada no
momento inicial de seu processo de aprendizagem. Aprendizes de línguas estrangeiras, todavia, em sua maioria,
poderão produzir enunciados agramaticais por conta da influência de sua língua materna.
No caso apontado acima, busca-se deixar explícita a relação de proximidade entre enunciador e
pessoa a que se refere (Pedro), pois, em Português, o uso de determinantes diante de nomes próprios exprime
1
TRADUÇÃO: “O Pedro mora em Cosmos”.
19
maior intimidade entre enunciador e pessoa a que se refere. Sendo assim, o aprendiz utilizará o mesmo recurso,
presente em sua língua materna, para a língua estrangeira incorrendo em um enunciado agramatical.
Outra ocorrência de infração ao padrão culto dos enunciados, frequentemente cometida por
aprendizes brasileiros de inglês como língua estrangeira, é a de levar para língua alvo o princípio pro-drop2 do
português para o inglês (língua não pro-drop).
Dessa forma, o enunciado *was raining yesterday3 também apresenta agramaticalidade, pois, em
inglês, a posição do sintagma nominal (sujeito) sempre deverá ser ocupado com alguma estrutura. O enunciado
seria gramatical se fosse o seguinte: It was raining yesterday. Daí, pode-se, por fim, observar a nomenclatura do
elemento it como pronome neutro.
Schütz (2012) explica que as formas da língua materna aparecerão no discurso do aprendiz de uma
língua estrangeira por conta de sua interlíngua, mas os erros apresentados acima são reduzidos, a medida que o
aprendiz entra em contato com a língua alvo. A consolidação desses erros baseados na interferência da língua
materna é denominada, para o autor, fossilização.
Concluímos, então, que a causa da fossilização de erros de teor interlinguístico advindos da língua
materna acontecem, por que o aprendiz não foi exposto a uma quantidade de input suficiente que supra sua
necessidade comunicativa. Também é possível concluir, ainda, que a aquisição (seja da língua materna, seja da
língua estrangeira) se dá pela exposição do aprendiz à língua alvo.
A influência interlinguística produz efeito e, conforme Brito (2011, p. 38), “*...+ tais efeitos podem
ser observados na produção e na recepção linguísticas em qualquer uma de suas línguas, assim como nos
processos de aprendizagem delas”. Dessa forma, caso o aprendiz tenha adquirido mais de uma língua
estrangeira, todas essas línguas, bem como sua língua materna, farão parte de sua interlíngua e influenciarão
uma a outra.
Neste capítulo, procuramos, inicialmente, definir, com base no arcabouço teórico, o fenômeno da
aquisição da linguagem e como ele acontece nas línguas materna e estrangeira. Procuramos, também, por meio
da análise das diversas visões, contrastar os dois processos. Por fim, apresentamos o processo interlinguístico,
avaliando a gramaticalidade dos enunciados produzidos por aprendizes de línguas estrangeiras com base nas
influências da língua materna.
2
Pro-drop é um parâmetro de não preenchimento da posição do sintagma nominal, ou sujeito em línguas com morfologia flexional rica.. O
Inglês não apresenta condição pro-drop e, portanto, não acontece elipse SN / sujeito.
3
TRADUÇÃO: “Estava chovendo ontem”
20
Como visto anteriormente, existem diferentes vertentes para compreender como se dá o processo
de aquisição, tanto de língua materna quanto de língua estrangeira.
Para melhor compreender essas diferenças apresentar-se-á, a seguir, a tradução livre de um quadro
que diferencia o processo de aprendizagem de Língua Materna (L1) para o da Língua Estrangeira (L2) conforme
os fatores idade, modos de aprendizagem e contexto.
QUADRO 01
RELAÇÕES ENTRE APRENDIZAGEM DE L1 E L2 4
Aprendizagem de L2
Aprendizagem de L1
(em sala de aula)
- Bebê ou criança
pequena (o
- Normalmente em ambiente escolar
aprendizado segue até
na adolescência e e/ou ser
Idade a adolescência, na
continuada na vida adulta.
qual certos tipos de
linguagem acadêmica
são aprendidas).
- Por exposição e
contato direto;
- Pela espera e
- Algumas vezes aprendida por
necessidade na
exposição; mas, na maioria das
comunicação, em
vezes, por explicação de linguística
outras palavras, com
específica;
forte motivação;
- Com grande ou pequena motivação;
- Através da interação
- Com interação com um professor e,
com a família e com
algumas vezes, com colegas de
amigos;
Modos de turma;
- Pela fala/relato de
Aprendizagem - Normalmente, falando sobre a vida
coisas presentes nos
fora de sala de aula;
arredores da criança;
- Normalmente produzindo
- Por ouvir e absorver
linguagem logo após seu ensino
a linguagem por
(tópico estudado);
muitos meses antes de
- Normalmente, usando a linguagem
usá-la (período do
ensinada em atividades práticas
silêncio)5;
controladas.
- Jogando e realizando
experimentos com a
nova língua.
- A criança ouve a - O aprendiz não é muito exposto a
língua ao seu redor, a L2 em média por três horas
todo tempo; semanais;
Contexto - Família e amigos - Professores normalmente
falam e interagem simplificam sua linguagem;
com a criança - Professores variam na quantidade
bastante; de elogios ou maneiras de encorajar
4
cf. SPRATT, Mary et al (2005, p. 48 – 49).
5
A esse fator relaciona-se a teoria, comentada no capítulo anterior, de produção de Output (dados de saída) com base na quantidade de Input
(dados de entrada) recebida.
21
Partindo, justamente, desses princípios, surgem diferentes procedimentos de ensino para línguas
com base nas diferentes visões para o processo. Ou seja, para cada concepção diferente de linguagem, existe
uma metodologia relacionada.
Explicando sobre o uso dos termos aquisição e aprendizagem de L2, Figueiredo (1995) define que
aquisição é o
“*...+ processo de se adquirir uma nova língua em um ambiente natural, sem instruções formais, ou seja, o indivíduo
geralmente está inserido na comunidade da língua-alvo, ou tem a oportunidade de interagir com falantes nativos com
razoável frequência. No entanto, o termo aprendizagem de L2 implica uma situação de aprendizagem formal, com
aprendizagem de regras, correções de erros etc., em um ambiente artificial (a sala de aula) no qual um aspecto da
gramática é apresentado de cada vez.” (FIGUEIREDO, 1995, p.44)
Fatores motivacionais – como, por exemplo, a necessidade de aprender a língua e o interesse pela
cultura do povo falante – determinam a velocidade em que essa língua será aprendida e, também, a relação do
aprendiz com a mesma.
Como exemplo, pode-se citar um aluno adulto que decide matricular-se em um curso regular de
inglês e um outro que, por motivos pessoais, mudou-se para país falante de língua inglesa.
O primeiro adulto será denominado aluno, pois será exposto à língua em ambiente de sala de aula
22
(não-autêntico) e contará com as orientações de um professor. Já, o segundo, será denominado aprendiz, pois
adquirirá a língua involuntariamente com base na exposição recebida.
A aprendizagem, tanto da L1 como em L2, ocorre a partir do reforço de certos padrões elétricos entre neurônios de redes
cerebrais que são ativados à medida que novas memórias são criadas ou memórias preexistentes são re-instanciadas.
(MACEDO et al, 2008, p.232)
Outro fator que merece destaque é o de que os processos de aquisição e aprendizagem, mesmo
com suas sutis diferenças, interligam-se, pois um indivíduo, ao adquirir uma língua, aprende detalhes sobre sua
estrutura e cria concepções com base em sua GU e um indivíduo que aprende a língua de maneira formal,
dependendo da metodologia a que seja exposto, também adquirirá a língua.
A evolução das metodologias de ensino de línguas tem feito com que o processo de aquisição da
linguagem seja integrado a elas, tendo em vista a ineficácia de certas práticas aos olhos dos alunos.
Para evidenciar essa preocupação, destacam-se as falas: “We should encourage learners to use
English as much as possible in their out-of-class time. This increases their exposure to it.6” e “In classroom we
should try to praise learners and give them as much individual attention as we can7” (SPRATT, Mary et al, 2005,
p. 49).
As falas, apresentadas anteriormente, mostram que existe uma preocupação com a aproximação
das técnicas de ensino com os fatores de aquisição de L2, com o objetivo de unificar os processos8.
6
TRADUÇÃO: Nós devemos encorajar os aprendizes a usar o Inglês tanto quanto possível em seu tempo fora de sala de aula. Isso aumenta com
sua exposição à língua.
7
TRADUÇÃO: Em sala de aula, nós devemos tentar elogiar os aprendizes e dar a eles o máximo de atenção individual que nós possamos dar.
8
Desse princípio excluem-se os métodos de ensino instrumental e para fins específicos que, não necessariamente, estariam atrelados a ideia de
aquisição da linguagem, mas sim ao aprendizado de uma área específica da mesma para fins não-comunicativos.
23
A mesma Gramática Universal que permite a uma criança bem pequena, através de combinações e
testes, desenvolver sua língua materna, também permite a um indivíduo, de qualquer idade, aprender produzir
uma segunda língua, como visto no capítulo anterior.
Tendo em vista que o mecanismo para a ativação de todas as funções do Dispositivo de Aquisição da
Linguagem (DAL) é a exposição à língua materna, qualquer língua que seja aprendida posteriormente a ela
sofrerá, possivelmente, influências. A transição desses elementos é fundamental para que o aprendiz consiga
compreender o processamento da língua estrangeira alvo, pois, conforme Figueiredo (1995, p.42) “*...+ o
indivíduo irá se apoiar na estrutura da L1 para produzir a L2”. Tudo o que, de alguma forma, for similar entre as
línguas é transferido, e as estruturas não similares podem causam interferência negativa e produção de
enunciados agramaticais. Sendo assim, a língua materna influencia diretamente o aprendizado de uma L2
através de transferências de elementos similares e interferências de elementos diferenciadores.
Dessa maneira, de acordo com Venturi (apud DEL RÉ, 2008) as influências podem ser identificadas
nos campos semântico-pragmáticos, cultural , fonético-fonológico, e morfossintático. Esse último aspecto será
aquele em que concentraremos esta pesquisa.
Pesquisas sobre a construção de sentido na aquisição de uma segunda língua com base nos atos de
fala, tais como, reclamações, agradecimentos, elogios e sugestões, vêm despertando o interesse na área de
estudos de línguas.
Cada ato de fala é uma situação específica de uso linguístico que faz com que o falante tenha de
“lançar mão” de certos enunciados pertinentes àquela situação. Sendo assim, o falante usa diversas categorias
de enunciados de acordo com o momento de uso.
Quando falamos sobre aquisição de línguas estrangeiras em ambiente diferente ao de sala de aula;
como, por exemplo, o de uma pessoa que viaja para país de língua diferente da materna com o objetivo de
24
aprendê-la, haverá uma observação do aprendiz sobre os atos de fala em situações de contextualização de
frases, expressões e palavras. O aprendiz lembrará que certos enunciados têm relação com certos contextos.
Dessa forma, “*...+ no uso da linguagem são expressos elementos típicos de uma determinada
comunidade” (Venturi, 2008, p.137). Compreendemos, portanto, que na L1, o falante deixa impresso na
realização de seus enunciados seus valores pessoais, culturais, crenças etc. E, na construção de seu discurso em
língua estrangeira, deixará transparecer as influencias características de seu discurso em língua materna, pois
mesmo que haja um sistema linguístico bastante diferente da L1, o aprendiz, ao usar uma L2, usará o mesmo
discurso empregado em sua L1.
Um caso de influência que se insere no campo pragmático é o do artigo definido ser usado diante de
nome próprio como expressão de proximidade/intimidade entre falantes do português brasileiro, como em “O
Pedro é meu vizinho* / Pedro é meu vizinho; em que, no primeiro, percebemos haver notadamente a expressão
da referida familiaridade. A transferência desse uso para a língua inglesa “The Pedro is my neighbour*” consiste
em uma oração agramatical, pois não é possível a ocorrência de artigo definido diante de nomes próprios.
Ainda com respeito à pragmática, usar-se-á, como exemplo, a seguinte situação: tanto em
português quanto em inglês, quando alguém espirra, existe uma expressão convencionada para essa situação
específica; no português, é comum dizer “saúde” e no inglês “bless you”. Nesse caso, existe uma variação lexical;
tendo, em vista, que a expressão “bless you” significa, literalmente, “seja abençoado”. Contudo, o aprendiz,
quando exposto a uma situação de uso em que “bless you” seja equivalente ao termo “saúde” do português,
entenderá que, naquele contexto, aquela expressão equivalente a usada em sua língua materna, mostrando que
pode haver influências situacionais da L1 que contribuam para a construção de sentido na L2.
Há costumes característicos da cultura brasileira que, quando confrontados com a cultura de países
faltantes da língua inglesa, causam estranhamento e, por consequência, comprometem a comunicação entre o
aprendiz brasileiro com um falante nativo.
Um exemplo para essa questão é a variação de polidez presente na língua inglesa que é explícita
através do uso dos modal verbs.
Modal verbs often hedge or soften the force of a speech act which may threaten the listener’s dignity or self-esteem. Past
25
forms such as could instead of can, or would instead of will, or might instead of may, or wanted instead of want, can also
9
soften speech acts and contribute to politeness. (CARTER, R.; McCARTHY, M., p. 423, 2006)
Um dos fatores que aprendizes de línguas estrangeiras, em geral, mais apresentam dificuldade é a
pronúncia da língua e, por consequência, o contraste dessa pronúncia com a da sua língua materna. Há
variações de entonação, pontos articulatórios e volume entre uma língua e outra. Todavia, é importante
destacar que qualquer indivíduo saudável tem condições físicas de produzir, com exatidão, enunciados em
qualquer língua. Não há diferenças biológicas no aparelho fonador de pessoas falantes de uma língua para
pessoas falantes de outras. O que de fato acontece na variação de pronúncia é uma questão cognitiva.
Quando defrontados com a afirmação, questionamos, então, o motivo para falantes do português
como L1 terem dificuldades na produção de certos sons da língua inglesa e vice-versa. Palavras como
refrigerator10, athlete11, thanks12 e red13 apresentarão dificuldade para a pronúncia por parte de falantes de
português como língua materna, pois alguns de seus fonemas não existem na língua portuguesa e o
procedimento tomado pelo aprendiz será o de aproximá-los dos sons da língua materna.
Para Azevedo (1942, p. 2), “the learner initially processes and interprets those sounds in terms of his
own phonological system14”. Partindo desse princípio, entender-se-á que a proximidade entre o sistema fônico
de certas línguas pode facilitar o aprendizado, entretanto, quando existirem variações fônicas e fonemas
diferentes na língua estrangeira em relação à língua materna, o aprendiz procurará preencher as lacunas
interlinguísticas com os sons de sua própria língua.
9
TRADUÇÃO: Verbos modais frequentemente compensam ou suavizam a força do ato de fala que pode ameaçar a dignidade do ouvinte ou sua auto-
estima. Formas no passado como could ao invés de can e would ao invés de will, ou might ao invés de may, ou wanted ao invés de want podem também
amenizar os atos de fala e contribuir para a educação.
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TRADUÇÃO: Refrigerador, geladeira.
11
TRADUÇÃO:Atleta.
12
TRADUÇÃO: Obrigado(a), agradecido(a).
13
TRADUÇÃO: Vermelho(a).
14
TRADUÇÃO: O aprendiz inicialmente processa e interpreta esses sons em termos de seu próprio sistema fonológico.
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Adultos terão mais dificuldade em produzir fonemas diferentes de sua língua materna, pois sua
sensibilidade em relação aos novos sons é bem menor em relação às crianças.
O adulto monolíngue, por já possuir uma matriz fonológica sedimentada, se caracteriza por uma sensibilidade auditiva
amortecida, treinada a perceber e produzir apenas os fonemas do sistema de sua língua materna. A criança, por sua vez,
ainda no início de seu desenvolvimento cognitivo, com filtros menos desenvolvidos e hábitos menos enraizados, mantém a
habilidade de expandir sua matriz fonológica, podendo adquirir um sistema enriquecido por fonemas de línguas
estrangeiras com as quais vier a ter contato. (SCHÜTZ, 2012)
Sendo assim, de acordo com o autor, a aquisição dos fonemas da L2 acontece com mais facilidade
em crianças do que em adultos, pois os princípios e os parâmetros da língua materna não se encontram
“enraizados” a ponto da criança não observar de forma crítica a diferença entre os novos fonemas e ter a
sensibilidade de distingui-los.
Outra observação que merece destaque, apresentada por Krashen (1987 apud Schütz, 2012), é a
relativo à teoria do filtro afetivo que explica que fatores psicológicos dificultam a aquisição da língua estrangeira
como, por exemplo, o provincianismo15, que faz com que os aprendizes acreditem que não existe problema
algum em aproximar os sons da L2 aos de sua L1.
Um falante de português L1 que, por provincianismo, feche o conceito de que ‘th’ em língua inglesa
seja pronunciado como [t] devido a inexistência de um som representado pela letra [h], incorrerá em um erro;
ao ler a palavra three16, por exemplo, pronunciará a palavra tal como tree17, causando um problema de
compreensão.
Outro exemplo seria o de pronunciar o ‘r’ do inglês da mesma forma que se pronuncia o ‘r’ inicial
em palavras do Português. Seguindo esse parâmetro, a leitura da palavra red, causaria outro problema de
interpretação, pois a palavra seria lida tal como head18.
15
[...] atitude de se fechar naquilo com que se identifica, seu jeito de ser e de falar; de se sentir inseguro fora deles – problema frequentemente observado
em adolescentes. (SCHÜTZ, 2012).
16
TRADUÇÃO: Três
17
TRADUÇÃO: Árvore
18
TRADUÇÃO: Cabeça
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Faz-se importante compreender que existe um princípio sintático em todos os aspectos linguísticos.
Chega-se a esse raciocínio, partindo do ponto de vista de que a sintaxe consiste na articulação entre os
elementos de uma língua.
Existe sintaxe entre os fonemas, que juntos formam elementos mínimos significativos (morfemas),
que juntos formam palavras que, articuladas, formam sintagmas, que articulados formam orações e assim por
diante. Portanto, é justamente essa articulação de elementos um dos principais fatores para a aquisição da
linguagem (AL).
De acordo com a teoria gerativista de proposta por Chomsky (2003), essa articulação de elementos
acontece em nossa gramática interna e gera infinito número de enunciados. Ainda de acordo com a teoria,
através de um número finito de elementos, é possível gerar um número infinito de enunciados.
All natural languages in their spoken or written form are languages in this sense, since each natural languages
has a finite number of phonemes (or letters in its alphabet) and each sentence is representable as a finite
sequence of these phonemes (or letters), though there are infinitely many sentences19. (CHOMSKY, 2003)
Com base nisso, o Dispositivo de Aquisição da Linguagem (DAL) tem papel fundamental nesse
processo gerativo. Explica-se, dessa maneira, a fase de testes pela qual a criança passa em seu processo de
aquisição da linguagem. O que acontece, de fato, é que essa criança está valendo-se de sua capacidade gerativa,
efetuando combinações (cadeias sintáticas) a fim de identificar com quais delas foi possível estabelecer
comunicação.
É justamente por conta do fator apontado acima que surge o princípio de gramaticalidade dos
termos de uma dada língua. Nativos não infringem a gramaticalidade de sua língua materna, pois, em seu
processo de aquisição, estabeleceu-se uma rede de combinações e esses foram expostos a quantidade de input
suficiente para compreender com quais elementos e de que forma as estruturas de sua língua se articulam.
Aprendizes de línguas estrangeiras infringirão a gramaticalidade da língua alvo, pois, assim como a
criança que experimenta combinações até estabelecer comunicação, fará testes. Entretanto, diferentemente da
criança nativa, terá como escopo, nesse processo, sua L1 que junto aos inputs da L2 comporão sua interlíngua.
19
TRADUÇÃO: Todas as línguas naturais em suas formas faladas ou escritas nesse sentido, uma vez que cada língua natural tem um número finito de
fonemas (ou letra em seu alfabeto) e cada frase é representada como uma sequência finita desses fonemas (ou letras), apesar de existir infinitamente
muitas frases.
28
Como comentado acima, a língua materna influenciará diretamente a aquisição de qualquer língua a
qual, após a ela, o indivíduo seja exposto. Esse fenômeno faz com que a gramática interna desse indivíduo force-
o a produzir enunciados com base nos inputs que já recebeu e nas estruturas que, culturalmente, fazem parte
de suas vivências.
Em outras palavras, precisa-se entender que cada indivíduo tem, compondo sua GU, uma essência
de costumes linguísticos próprios, tais como: a maneira como articula as palavras, entonação, jargões, uso de
figuras de linguagem etc. Esses fatores influenciarão no uso de sua segunda língua, podendo apresentar-se de
forma positiva (transferência) ou de forma negativa (interferência).
Se há um caso de semelhança, a regra da língua será transferida para a língua-alvo e o resultado será positivo. A
isso damos o nome de “transfer”. Caso, porém, elementos e regras divergentes sejam confrontados, o aluno
recorrerá à língua materna, não achará uma solução para o seu conflito e, certamente, cometerá um erro. Isso
resulta em uma transferência negativa, a saber, “interferência”. (SPINASSÉ, 2009).
Outras características sintáticas e lexicais aproximam a língua como, por exemplo, as palavras de
origem latina que compõem ambas as línguas. De acordo com Crystal (2003, p.8), “from a lexical point of view,
English is, in fact, far more a Romance than a Germanic language”20.
É importante, porém, observar que há um traço maior de formalidade e variação de uso em grande
parte das palavras de origem latina presentes no léxico da língua inglesa e que alguns sinônimos germânicos
dessas mesmas palavras são usados de forma mais corrente. Sendo assim, mesmo que o aprendiz transfira uma
unidade lexical cognata existente na L2, adequadamente, formando um enunciado gramatical, poderá ser
interpretado equivocadamente ou, até mesmo, não ser interpretado por conta de uma questão de registro21.
O Phrasal Verb sort out22 é sinônimo do verbo resolve23. Aprendizes iniciantes, caso não tenham sido
expostos suficientemente a situações as quais o verbo sort out tenha sito usado, provavelmente, usará resolve,
20
TRADUÇÃO: De um ponto de vista lexical, o Inglês é, de fato, um romance (língua de origem românica) do que uma língua germânica.
21
Consideraremos aqui como registro as variações de formalidade e uso linguístico inerentes aos diversos contextos formais.
22
TRADUÇÃO: Resolver
23
TRADUÇÃO: Resolver
29
resultando em enunciados pouco freqüentes, como “We have to resolve the problem”24.
Portanto, mesmo com as relações lexicais e a base sintática similar, existe, na língua inglesa, um
número considerável de palavras de origens diferentes da língua portuguesa, multi-word-verbs26, regência
diferenciada para alguns verbos e sintaxe menos flexível do que a da língua portuguesa.
Como descrito anteriormente, a sintaxe da língua inglesa é mais restrita no que diz respeito ao
ordenamento dos termos do que a da língua portuguesa; portanto, por exemplo, um aprendiz iniciante
produzirá a oração agramatical “*The boy good respects his teacher27” pela interferência sintática de sua língua
materna, pois, em português, mesmo havendo mudanças sutis de sentido, o uso do adjetivo frente ao sintagma
nominal pode ser antes ou depois do termo a que qualifica ou, ainda, após verbos de ligação. A língua inglesa,
apenas, permite o uso de adjetivos em função atributiva (antes do termo a que qualifica) ou predicativa (após
verbo de ligação). Portanto, a oração agramatical citada acima, tornar-se-ia gramatical pela inversão entre
núcleo do sintagma nominal e adjetivo: “The good boy respects his teacher28”.
Nos parágrafos que seguem, faremos uma análise dos principais fatores de interferência sintática da
língua portuguesa L1 na aquisição da língua inglesa L2, com base em observações feitas em salas de aula de
idiomas e o proposto por Schütz (2008).
Em primeiro lugar, deve-se lembrar de, como visto no capítulo anterior, que a língua inglesa não
apresenta característica pro-drop, ou seja, não haverá elipses de sujeito29, o que fará com que produções
espontâneas de aprendizes de inglês L2 incorram, na maioria das vezes, em enunciados agramaticais.
Analisando a frase “Comi pizza”, observa-se que o sujeito da oração apresenta-se elíptico
desinencial. Essa não-realização do sujeito não é permitida pela gramática interna da língua inglesa, sendo
assim, a versão adequada da mesma seria “I ate pizza”.
24
TRADUÇÃO: Nós temos de resolver o problema.
25
Para a constatação desses dados foi utilizado o site www.google.com em 30/08/2012
26
Grupo composto por phrasal verbs e prepositional verbs que são a combinação de verbos com partículas (advérbios ou preposições) e funcionam
sintaticamente e semanticamente como uma única unidade lexical.
27
TRADUÇÃO: O menino bom respeita a sua professora
28
TRADUÇÃO: O menino bom respeita a sua professora
29
Salvo os casos de imperativo no quais haverá elipse de sujeito.
30
Ainda a respeito da realização do sujeito, outro fato interessante é o das orações classificadas como
orações sem sujeito, em função de verbos que indicam fenômenos da natureza. Como, por exemplo: “Choveu
em minha cidade ontem” e “Está frio hoje”. A questão é que, em inglês, nesses casos, consideramos todos esses
verbos regidos pelo pronome neutro ‘it30’. Desta maneira, a versão adequada para os exemplos comentados
acima seria: “It rained in my city yesterday” e “It is cold today”.
Em segundo lugar, um fator que interfere diretamente na produção dos aprendizes de inglês L2 em
níveis iniciais é a estrutura das orações interrogativas em língua inglesa, pois, no português, as orações
interrogativas apenas são diferenciadas das afirmativas pela entonação diferenciada ascendente (quando se fala
de discurso oral) e ponto de interrogação (quando se fala de discurso escrito).
A marca de interrogação, em inglês, é o uso do verbo auxiliar referente ao tempo verbal da oração
precedendo o sujeito da oração e, sendo assim, caso um aprendiz estruture a oração interrogativa “*you live in
Campo Grande?”, esse estaria incorrendo em uma agramaticalidade, pois se faz necessário o uso do verbo
auxiliar característico do tempo verbal anteposto ao sujeito. Portanto, “Do you live in Campo Grande?31”
apresenta-se como uma interrogativa adequada da língua inglesa justamente pela presença do verbo auxiliar
“do32” diante do sujeito.
Ainda é importante destacar que uma interferência sintática, bastante frequente no discurso de falantes
de português L1, é o uso do verbo have ao se buscar expressar a idade em língua inglesa. Embora, em
português, sejam usados os verbos “estar” ou “ter” para expressar idade, em inglês, apenas é aceito o uso do
verbo ser (be) flexionado de acordo com a pessoa. Então, ao produzir o enunciado “*I have 21 years old”,
objetivando informar ao seu interlocutor que tem vinte e um anos de idade, o aprendiz de inglês L1 incorre a
um erro de colocação verbal ocasionado pela influência negativa do verbo ter. Nesse caso, como já explicado, a
colocação adequada seria “I am 21 years old”.
E, por fim, outro fator também decorrente das variações entre as línguas é a transferência de regras
referentes a regência dos verbos.
30
Ele, Ela, Isso, lhe.
31
TRADUÇÃO: Você mora em Campo Grande?
32
Verbo auxiliar da língua inglesa característico do tempo verbal presente simples (Simple Present)
33
Come, haver, ter, obter, querer, possuir, receber, gozar de. (Cf. bab.la Dicionário, 2012)
31
Contudo, muitas dessas regras de uso são transferidas para a língua alvo num processo
interlinguístico natural, porém podem acontecer transferências ou interferências ao pensarmos nas preposições
que regem certos verbos.
Os verbos ‘gostar’ e ‘andar’ são transitivos indiretos; ambos, portando, são complementados pela
preposição ‘de’ para que exerçam a regência. Entretanto, em inglês, os verbos equivalentes ‘like’ e ‘ride’ são
intransitivos. Sendo assim, enunciados como ‘*I like to ride of a bike’ (ao invés de ‘I like to ride a bike34’) e ‘I like
of ice cream’ (ao invés de ‘I like ice cream35’) são realizados por uma generalização relativa à regência dos verbos
na L1.
Após analisar alguns dos fenômenos sintáticos que podem influenciar, de maneira positiva ou
negativa, a produção de falantes de língua inglesa, conclui-se que, com base nas proposições de Chomsky
(1995), existem princípios entre as línguas que, frequentemente, são relacionados e, em contra partida, existem,
também parâmetros diferenciadores que são fixados pelo aprendiz em seu processo de aquisição de língua
materna e acabam por interferir no processo de aquisição e produção de enunciados em L2.
34
TRADUÇÃO: Eu gosto de andar de bicicleta
35
TRADUÇÃO: Eu gosto de sorvete
32
33
34
35
NOUNS
SOURCE: MORPHOBOOK
Proper (when they name people, places, rivers, days of the week, months of the year etc.)
Ex.: Susan, Amazon, Sunday
Neuter (when they fit no sex at all, but refer to objects, animals, nature phenomena etc)
Ex.: tree, baby, rain, sun
Formation of plural:
The collective noun is usually a SINGULAR word (for it denotates a unit.) However, a collective
noun admits a NOTIONAL AGREEMENT, that is, it is possible to use either singular or plural
depending on the context.
USING NOUNS
In this chapter you will learn about one important group of words:
nouns.
37
Self-Test
Make three columns on a sheet of paper. Label them
Names of Persons, Names of Places, and Names of
Things. Find the nouns in the following paragraph. List
each one in the proper column. To avoid columns write
Persons and then the nouns which fall into that
classification; do the same with Places and Things.
Self-Test
Make two columns on your paper. Label one column
Common Nouns and the other Proper Nouns. Place each
of the following nouns in the correct column. Capitalize all
proper nouns. You can avoid columns by listing the
39
The bus and the truck collided in the intersection. (The nouns
bus and truck are the subject of the verb collided.)
40
Self-Test
Number your paper from 1 to 10. Write the nouns used as
the subjects of these sentences.
1. A factory dumps wastes into this river.
2. The comedian told terrible jokes.
3. The workers organized a car pool.
4. That legend has been told for centuries.
5. The networks and newspapers cover sports events.
6. Many businesses need computers.
7. Vanessa and Nicole have applied for jobs.
8. Sara's wages have gone up each year.
9. John has been saving money for a motorcycle.
10. Many families are cutting their expenses.
In the shop class the students wear goggles. (The noun goggles
tells what about the verb wear.)
Roger shaped mugs and a pitcher out of clay. (Both the nouns
mugs and pitcher are direct objects. They tell what about
the verb shaped.)
41
Self-Test
Write the nouns used as direct objects in the following
sentences.
1. Danielle pounded the ball for a home run.
2. Jim has a short, flat swing.
3. Weight-training built Reed's strength.
4. City folks wear boots, too.
5. Todd reads Time every week.
6. That apartment has no heat.
7. Josh piled blankets onto the bed.
8. Will made his own drums.
9. The truckers load crates at the warehouse.
10. Carrie plays softball and basketball.
Self-Test
Find the nouns used as indirect objects in the following
sentences.
1. Mr. Scott gave Bonita her paycheck.
2. Police read the suspect his rights.
3. Kent gave the operator the number.
4. The store sent Ms. Alvarez a bill.
5. Sheila handed the teller her deposit.
6. The catcher gave the pitcher a signal.
Self-Test
Find the nouns used as predicate nouns in the following
sentences.
1. Canada is the birthplace of ice hockey.
2. The Freeport team is our strongest rival.
3. Saturday is the best day for a party.
4. British coins are shillings and pence.
6. Some nouns have the same form for both singular and
plural. They must be memorized.
deer sheep moose salmon trout
Self-Test
Write the plural of each of these nouns. If you have access
to a dictionary, you may need to use it; if not, and if your
guess is wrong, memorize the forms given in the answers
to this test.
1. leaf 2. year
3. deer 4. holiday
5. coach 6. piano
7. knife 8. tooth
9. radio 10. fox
11. echo 12. tomato
13. bunch 14. window
15. ox 16. spy
17. goose 18. hoof
19. wish 20. copy
The 's makes the above nouns show ownership. Words like
farmer's, Meg's, and Harold's are called possessive nouns.
Forming Possessives
There are three rules for forming the possessive of nouns.
1. If the noun is singular, add an apostrophe (') and s.
Amanda Amanda's arm
Ross Ross's desk
Self-Test
Write the possessive form of each of these nouns.
1. mayor 2. Meg
3. country 4. senator
5. today 6. ranch
7. child 8. player
9. Penny 10. host
11. car 12. Charles
13. runner 14. store
15. secretary 16. admiral
17. Jenny 18. salesperson
MODIFICADORES, QUALIFICADORES, ESPECIFICADORES etc.
QUANTIFIERS
CONCEITUANDO
Em Inglês, existe um grupo de palavras usadas ao
lado dos substantivos com objetivos específicos.
Para cada objetivo teremos uma terminologia Countable são aqueles substantivos que podemos contar, não
diferente. necessitando de nenhuma unidade de medida, permitindo a
forma singular e plural.
OUTROS QUANTIFIERS
RESUMINDO:
1. SOME, ANY, NO, EVERY
A. much, many
I have few friends in São Paulo. (Tenho poucos 4. LOT OF, LOTS OF e PLENTY OF (muita quantidade)
amigos em São Paulo.)
Só a palavra few passa uma ideia negativa. Em
outras palavras, ao usarmos a palavrafew (sem
o a antes dela) passamos uma ideia de que temos PLENTY OF
Indica BASTANTE na ideia de se ter o suficiente para fazer algo.
poucos amigos mesmo e isso é ruim. Veja outros
exemplos:
With Both
all
enough
more/most
less/least
51
no/none
not any
some
any
a lot of
lots of
plenty of
many
a few/few/very few **
a number (of)
several
a large number of
a great number of
a majority of
52
In each sentence, choose the best phrase to complete the gap from the choices below (a, b, c, or d).
1. The receptionist at the front desk gave me two _______ .a) informations b) information c) pieces of information d) lots of
information
2.My cousin is very beautiful. She has green eyes and ________ .a) long hair b) long hairs c) a long hair d) a long length of hair
3. _________ have you got in the bank? Is it enough to buy a house?) How many moneys b) How many money c) How much
money d) How much moneys
4. On Saturday, my friend Paul went fishing and he caught ________ .a) three fish b) three fishes c) three items of fish d) three of
fish
5. Can I borrow _______ from you? I've left mine at home and I want to write some notes.a) paper b) a paper c) a slice of paper d)
a piece of paper
6. How many ________ did the teacher give us today? He always gives us a lot to do.a) homework b) homeworks c) a lot of
homework d) pieces of homework
7. Every morning before I come to school, I spend thirty minutes doing _______ .That's how I stay so slim.a) exercise b) an
exercise c) some exercises d) some pieces of exercise
8. Your sister is a great pianist. She played ________ at the party. a) a lovely music b) some lovely musics c) lovely musics d) a
lovely piece of music
2. I went to the library, but I couldn’t find ________ books about art.
4. She sent ________ postcards to her friends, but she didn’t make _______ phone calls when shewas in Britain.
5. It’s very sunny but there is only _________ child playing in the street.
6. I bought __________ coffee, but I didn’t buy ________ tea or ________ papaya.
7. Have you got __________ chocolate biscuits? I’m sorry, there are____________ biscuits left
8. “Mary, I’m afraid there isn’t __________ juice in the fridge but there’s __________ pineapple.
9. They ate ____________apples, ___________ mango, but they didn’t eat ___________ oranges.
10. A. “Would you like ___________ cheese? It’s delicious”. B. “Ok, give me__________.”
11. Is there __________ oil in the kitchen? No, there isn’t ___________ but there’s __________ butter.
Katherine: No, thank you. I don't think I'll drink _________ tonight.Could I have __________ water, please?
Barbara: That’s interesting; could you ask him __________ questionsfor me?
Katherine: No problem.
When we got to the beach, ___________ people were already there, and we couldn't find a place to sit down. There
weren’t ____________ empty spaces near the beach, but they were ______________ empty spaces a long way from the sea. We
walked along the beach for a while, but we didn't have ____________fun because we kept bumping into people. Finally, we
decided to get back in the car and go down the coast to the next beach. This was _____________ better; there were only
______________ families on the beach, so there was _______________ room to spread out our things. Because we had eaten so
_____________food in the car, all we wanted to do was lie down, and after ____________ minutes we were all dozing happily
in the sun.
children coffee experience fish fish furniture help house work luggage money news sugar things time times wine women
4. 'How ____________ __________ have you received from your uncle?' 'I haven't heard from him lately.'
12. They have not caught __________ _______ from the river.
13. We don't eat as _________ ________ as they do. We usally have honey instead.
14. We do not need as __________ _________ as last time. We will basically manage alone.
2. ARTIGOS
(DETERMINANTES)
58
pronunciations:
grass' is probably definite because it has We are going to miss you in the
already been stated that 'she' is outside, university.
and the
For example, you can use 'the theatre' or After weeks of looking, we eventually
'the stage' to refer to all entertainment bought a house.
performed in
They do not hesitate to break the law. His father was an alcoholic.
The general way: using 'a' and 'an' 1.219 You can use 'a' or 'an' with a noun
when you are using
An old lady was calling to him. A dog likes to eat far more meat than a
human being.
time.
VERBOS
63
IRREGULAR VERBS
The ones with variety types of ending and / or internal change applied to the base
form.
There are approximately two hundred and fifty irregular verbs in English. Almost all
irregular verbs are irregular only in terms of their past and past participle form.
EM RESUMO:
EXERCÍCIO
Determine a o tipo de flexão dos verbos apresentados a
seguir:
01. I was here. I lived, I loved.
02. She has been fine.
03. I am ok.
04. Claire can dance very well.
05. Shut up!
06. Don‟t talk to me like that again.
07. Paulo works downtown.
Os verbos que indicam PASSADO ou PRESENTE são chamados de tensed verbs, pois indicam
tempo verbal (tense) as demais formas verbais são non-tensed, pois as formas podem ocorrer
em diferentes tempos. O -ing pode acontecer no passado (I was working) e no presente (I am
working), por exemplo.
Omitimos o agente (by + referência) the same verb can be used transitively,
quando este for óbvio (termos como followed by the object, or intransitively,
people, everybody, they etc são without the
considerados agentes obvios) original performer being mentioned.
Someone has opened the fridge In the first example below, 'the door' is the
object of the verb 'opened', but in the
The fridge has been opened. second
CAUSATIVE VERBS:
04. They‟ve offered Sally a job.
A voz passiva também poderá ser usada de forma
diferenciada em certas situações especiais com os
05. Poisonous chemicals have polluted the verbos GET e HAVE para indicar o
river. CAUSATIVO.
1. LET – usado para indicar que alguém foi permitido a fazer algo:
68
a. John let me drive his new car (John me deixou dirigir seu carro Existem três MODOS VERBAIS em inglês:
novo
b. Will your parente let you go to? (Seus pais vão lhe deixar ir?)
INDICATIVO, IMPERATIVO e SUBJUNTIVO:
EM RESUMO...
69
a) had already
b) is already
d) has already
a) made
b) makes
c) has made
d) was making
71
READING | LEITURA
E
ESTUDOS EM TRADUÇÃO
72
As bases de Línguistica Aplicada não estão bem definidas para o mundo acadêmico. Não sendo
ainda estabelecida uma palavra final a fim de que se determine se essa área de conhecimento é uma
subárea da Línguistica ou se é uma área autônoma. Os estudos atrelados a Tradução enfrentam
paradigmas semelhantes no que concerne a padronização de uma tradução de qualidade. Quais seriam
então as etapas no processo tradutório que levariam ao alcance de uma excelente execução no trabalho do
tradutor? Como avaliar esse processo? Seria a teoria uma resposta eficaz para os dilemas cotidianos que
um profissional da área venha a enfrentar? Esse trabalho não tem a presunção de ser um marco de
definição na resposta de tais questionamentos, no entanto, pretende-se dar uma perspectiva prática aos
mesmos.
De acordo com Rodrigues, “a Tradução, assim como o ensino e aprendizagem de línguas vem sido
praticada há milênios, mas enquanto áreas de investigação teórica ambas têm história recente”
(RODRIGUES, p.180, 1993). Portanto, a existência de ambas não era dependente de suporte teórico ou
pelo menos somos levados a crer nisso, caso não consideremos a declaração de Arrojo: “mesmo o
tradutor que pensa poder traduzir sem se preocupar com teorias, ou sem conhecê-las ele estará seguindo
normas que pressupõem uma postura teórica – ou ideológica – ainda que não se dê conta disso”
(ARROJO, apud, RODRIGUES, p. 181, 1993).
Entretanto, uma questão que frequentemente se levanta é até que ponto seria necessário o ensino
da teoria nos cursos de tradução? Isso não transmitiria uma falsa impressão ao tradutor/aprendiz de que o
domínio da teoria o tornaria um profissional melhor? Caso teorizado, qual seria a melhor linha da
Tradução? A Tradução36 literal ou a Tradução livre?
Antes disso, é válido mencionar uma das definições de Hatim e Mason sobre o ato de traduzir:
“(...) inevitavelmente, os tradutores estão agindo sob a pressão de seus próprios condicionamentos sociais, enquanto
tentam concomitantemente assistir a negociação de significado entre o produtor do texto na língua fonte (LF) e o leitor na
língua alvo (LA), sendo que ambos existem dentro de suas próprias e distintas estruturas sociais.” (HATIM e MASON, p.
1, 1990 – grifo meu)37.
36
É valido estabelecer a diferença entre tradução, interpretação e versão a fim de que se dê prosseguimento por parte do
leitor sem que haja quaisquer dúvidas terminológicas. Chama-se de tradução o processo de língua-alvo para a língua-fonte,
isto é, um tradutor brasileiro que traduza Shakespeare estará trazendo o texto do inglês para o português. Já um tradutor
brasileiro que traduza um livro de Machado de Assis para o francês estará fazendo uma versão, pois levará o texto da língua-
fonte (português) para a língua alvo (francês). Língua-alvo é SEMPRE aquela que não é a primeira língua do tradutor.
Interpretação é a Tradução que se encarrega da transferência do discurso oral de uma língua para a outra, sendo dividida em
três modalidades: Simultânea, Consecutiva e Sussurrada (whispered interpretation or chuchotage).
37
Tradução minha
73
Portanto, não é possível dissociar a prática da tradução do contexto social de que cada profissional
(tradutor/aprendiz) esteja inserido, isto é, que tipo de condição social na relação entre os profissionais
seria considerada em uma padronização (relações entre empregados de uma agência, tradutor-cliente,
tradutores freelancers), conforme Hatim e Mason também questionam (HATIM e MASON, p. 1, 1990).
Ou seja, percebe-se que as visões teoricistas tendem a ser descontextualizadas da realidade da prática da
Tradução, pois tais abordagens consideram a Tradução um processo estático e universal, isto é, não
condicionado a variáveis temporais. Não considerando também o histórico até o momento da execução da
tradução (background) e das equivalências em diferentes áreas. Uma solução para determinada tradução
dada por um mesmo tradutor pode mudar em decorrência de tempo, contexto profissional e até mesmo
devido aos padrões e normas muitas das vezes pré-estabelecidos pelo cliente final, que podem ir de contra
a própria forma a qual o tradutor faria determinada negociação de significado.
Além do contexto no qual o tradutor está inserido em determinado momento que pode influenciar na
solução dada, o que também deve ser considerada é o contexto equivalência (possível correspondência)
terminológica de cada léxico em determinado contexto. Como o que definiria, por exemplo, quando o
termo em inglês “vessel” seria traduzido como “vaso” ou como “embarcação” em português. Contudo, a
discussão não é tão simples assim, pois os teóricos da Tradução não concordam num padrão de definição
do termo equivalência, dado que muitos tendem a estabelecer a mesma como uma correspondência fixa
entre línguas, sendo na esfera gramatical concernente à estrutura e na esfera semântica (expressões
idiomáticas, vocábulos etc.). Seria uma falácia transmitir aos aprendizes de tradução ou esperar que
profissionais experientes acreditassem que existisse um “sentido original”, numa forma
descontextualizada, conforme foi esclarecido por Rodrigues (RODRIGUES, p. 185, 1993). Snell-Hornby
fez um amplo estudo ligado a essa busca por equivalentes precisos e chegou a seguinte definição:
“O termo equivalência, além de ser impreciso e mal definido (mesmo depois de calorosos debates por cerca de 20 anos),
indica uma ilusão de simetria entre línguas que mal vai além de aproximações vagas e que distorce os problemas básicos da
tradução.” (SNELL-HORNBY, apud, RODRIGUES p. 182, 1993 – grifo meu).
Conforme supracitado, a tradução não pode ser um processo fixo ou estático, pois tradução em si é
comunicação, conforme Candlin explicita (CANDLIN, apud, HATIM e MASON, p. viii, 1990).
Entretanto, há pessoas que vão mais afundo em suas definições, como George Steiner que chega a dizer
que todo ser humano ao ler ou escutar qualquer texto, ele está diante de um ato tradutório, pois o mesmo
está codificando dois sistemas semióticos no que tange a construção imagética. Além de possuirmos o
desafio de dar uma resposta apropriada fazendo uso de nossos sistemas semióticos e linguísticos,
considerando ainda a nossa cultura (STEINER, apud, HATIM e MASON, p. viii, 1990). Portanto, não é
possível considerar a tradução como algo fechado, pois assim como a língua está em movimento, sua
produção (entrelaçada a língua em si) também está, considerando a definição de Hatim e Mason ao dizer
74
que a “Tradução não é considerada como um exercício linguístico estéril, mas como um ato de
comunicação” (HATIM e MASON, p. xi, 1990)38.
Outro fator de grande relevância seria como o atuante da área de tradução poderia lidar com a
complexidade do seu serviço, a enorme pressão dos prazos (deadlines) que se tornam cada dia mais
curtos, devido a inúmeros fatores39. Conseguindo, portanto, aliar as teorias que preconizam facilitar a
operação “empírica” e “intuitiva” do traduzir, de acordo com a definição de Mounin e Catford (MOUNIN
e CATFORD, apud, RODRIGUES, p. 180, 1993). Pensar que um tradutor em prática profissional virá a
buscar teorias ao invés de dicionários ou buscar a opinião seus pares se não for improvável é no mínimo
incoerente. Pois é um espaço comum de conhecimento que as traduções têm sido feita num ritmo de
produção numa dinâmica mecanizada, quase que fordista, ao invés de ser uma prática, como defendem os
teóricos, que considere o intelecto e o questionamento a fim de se alcançar uma solução mais qualitativa
na transferência/negociação de significado entre línguas. Sobre a problemática do tempo e dos prazos
Hatim e Mason dizem que:
“No papel de tradutor, nós frequentemente sentimos que em particular ponto no nosso trabalho, algo de interessante estava
acontecendo, algum procedimento ou solução que merecesse ser gravada, alguma regularidade do processo de tradução que
pudesse ser sistematizada e testada através do confronto de dados, caso tivéssemos tempo de tirar uma pausa de nossos
trabalhos, esquecer-nos dos prazos e refletirmos um pouco. Porém, esse é um luxo que tradutores raramente podem dispor –
exceto, certamente, nos casos quando eles podem ausentar-se da Tradução.” (HATIM e MASON, p. xi, 1990). 40
É válido salientar, que de forma nenhuma se acredita por parte dos tradutores que o distanciamento da
teoria acarretaria num nível de tradução inferior aquela preconizada pelos teóricos. Muito pelo contrário,
os tradutores parecem estar mais centrados no que diz Bondenave, de que a “tradução não é um conteúdo
(matéria) a ser transmitida... é um fazer, um fazer intelectual” (BONDENAVE, apud, Rodrigues, p.181,
1993), isto é, eles são mais ligados a sua própria prática e repensá-la (ouvindo seus pares ou não) do que
ler teorias definidoras de diretrizes.
Outro problema decorrente da teorização da Tradução é que a uma falsa ideia de que o domínio da
teoria levaria ao praticante a atingir “melhores resultados” nas suas soluções, conforme esclarece
Rodrigues (RODRIGUES, p.184, 1993). Porém, tal conceito se não é refutado, é pelo menos ignorado e
isso pode se atestar não apenas em literatura recente sobre a área da Tradução, como também pode ser
percebido por meio de ferramentas de mídias sociais tais como o Facebook e blogs, onde os tradutores
38
Idem.
39
Não se pretende tratar no artigo a problemática da relação de competitividade comercial entre agências/clientes, que
acarretam em tais mudanças do caráter da prática da Tradução pelo profissional. Assim como também não cabe a este artigo
julgar ou caracterizar que tipo de serviço será entregue dentro de prazos quase inalcançáveis e nem a análise de soluções dada
por dicionários online ou ferramentas de tradução online.
40
Tradução minha. Trecho original: “As translators ourselves, how often have we felt that, at a particular point in our work,
something interesting was taking place, some procedure or solution which deserved to be recorded, some regularity of the
process of translating which could be systematized and tested against other data, if only we had the time to pause in our work,
forget about deadlines and be reflective for a while. But this is a luxury which translators can rarely afford – except, of course,
when they can take time off from translating.
75
tiram dúvidas com outros tradutores. Fazendo assim, uma comunidade de rede de apoio coletivo e
nenhuma literatura teórica são usadas como base de suporte, além da experiência de colegas mais antigos
(par mais competente)41 ou no apoio com diferentes possibilidades contextualizadas.
O conceito de que o domínio da teoria levaria a uma melhor prática de tradução além de não ser
consistente, desmerece o ator do processo de negociação dos significados – o tradutor. Pois conforme
Rodrigues explicita, o tradutor não mais seria sujeito ativo que pudesse refletir e analisar as melhores
condições, ele se tornaria ao invés disso um individuo passivo que seria apenas um agente intermediador
dos textos para os equivalentes semânticos da língua alvo ou da língua fonte (RODRIGUES, p.184,
1993). Não considerando a plasticidade intrínseca da prática, dependendo das mais diversas variáveis.
Muitos tradutores, apesar de começarem fazendo trabalhos de todas as áreas, tendem a se
especializar em determinada área de conhecimento, tornando-se grandes conhecedores de terminologias
específicas, utilizando a teoria apenas como uma base complementar. E não como o fundamento essencial
de sua prática no ato de tradução.
41
Teoria de Zona de Desenvolvimento Proximal do cientista bielorusso Lev Vygotsky.
76
TRADUÇÃO – TRANSLATION
Apesar de termos aprendido técnicas específicas para leitura e interpretação de textos em inglês, algumas vezes a
tradução de termos específicos pode ser importante.
O conhecimento de Phrasal Verbs e Confusing Words é uma ferramenta importante, mas conhecer a estrutura do
texto, mas certos temos, muitas vezes são importantes para se ter conhecimento. Sendo assim, a aula de hoje
terá um tratamento um pouco diferente tendo em vista que, inicialmente, você terá de usar um dicionário para
responder algumas questões sobre palavras que aparecem com frequência nas provas militares e, em seguida, a
tradução de dois textos completos (tarefas um pouco cansativas, mas necessárias).
EXERCÍOS DE TRADUÇÃO
001. The film tells anew the story of his rise to fame and
power.
a) novamente
b) parcialmente
c) tendenciosamente
d) aleatoriamente
e) sem novidades
a) aumenta
b) acentua
c) piora
d) gera
e) exacerba
77
O uso da gramática vai ajudar também. As principais técnicas são: a identificação de cognatos, de palavras repetidas e de pistas
tipográficas. Ao lermos um texto vamos,ainda, apurar a idéia geral do texto (general comprehension) e utilizar duas outras técnicas
bastante úteis: skimming e scanning.
Cognatos Os cognatos são palavras muito parecidas com as palavras do Português. São as chamadas palavras transparentes. Existem
também os falsos cognatos, que são palavras que achamos que é tal coisa, mas não é; os falsos cognatos são em menor número, estes nós
veremos adiante.
Como cognatos podemos citar: school (escola), telephone (telefone), car (carro), question (questão, pergunta), activity (atividade), training
(treinamento)... Você mesmo poderá criar sua própria lista de cognatos!
Palavras repetidas As palavras repetidas em um texto possuem um valor muito importante. Um autor não repete as palavras em vão. Se
elas são repetidas, é porque são importantes dentro de texto.
Muitas vezes para não repetir o mesmo termo, o autor utiliza sinônimos das mesmas palavras para não tornar o texto cansativo.
Pistas tipográficas As pistas tipográficas são elementos visuais que nos auxiliam na compreensão do texto. Atenção com datas, números,
tabelas, gráficas, figuras... São informações também contidas no texto.
Os recursos de escrita também são pistas tipográficas. Por exemplo:
• ... (três pontos) indicam a continuação de uma idéia que não está ali exposta;
• negrito dá destaque a algum termo ou palavra;
• itálico também destaca um termo, menos importante que o negrito;
• ‘’ ‘’ (aspas) salientam a importância de alguma palavra;
• ( ) (parênteses) introduzem uma idéia complementar ao texto.
General Comprehension A idéia geral de um texto é obtida com o emprego das técnicas anteriores. Selecionando-se criteriosamente
algumas palavras, termos e expressões no texto, poderemos chegar à idéia geral do texto.
Por exemplo, vamos ler o trecho abaixo e tentar obter a “general comprehension” deste parágrafo: “Distance education takes place when
a teacher and students are separated by physical distance, and technology (i.e., voice, video and data), often in concert with face-to-face
communication, is used to bridge the instructional gap.” From: Engineering Outreach College of Engineering – University of Idaho A partir
das palavras cognatas do texto (em negrito) podemos ter um a idéia geral do que se trata; vamos enumerar as palavras conhecidas (pelo
menos as que são semelhantes ao Português):
Então você poderia dizer que o texto trata sobre educação a distância; que esta ocorre quando os alunos estão separados fisicamente do
professor; a tecnologia (voz, vídeo, dados) podem ser usados de forma instrucional. Você poderia ter esta conclusão sobre o texto mesmo
sem ter muito conhecimento de Inglês. É claro que à medida que você for aprendendo, a sua percepção sobre o texto também aumentará.
Há muitas informações que não são tão óbvias assim.
Skimming “skim” em inglês é deslizar à superfície, desnatar (daí skimmed milk = leite desnatado), passar os olhos por. A técnica de
“skimming” nos leva a ler um texto superficialmente. Utilizar esta técnica significa que precisamos ler cada sentença, mas sim passarmos os
olhos por sobre o texto, lendo algumas frases aqui e ali, procurando reconhecer certas palavras e expressões que sirvam como ‘dicas’ na
obtenção de informações sobre o texto.
Às vezes não é necessário ler o texto em detalhes. Para usar esta técnica, precisamos nos valer dos nossos conhecimentos de Inglês
também. Observe este trecho: “Using this integrated approach, the educator’s task is to carefully select among the technological options.
The goal is to build a mix of instructional media, meeting the needs of the learner in a manner that is instructionally effective and
economically prudent.” From: Engineering Outreach College of Engineering – University of Idaho Selecionando algumas expressões
teremos:
Com a técnica do “skimming” podemos dizer que este trecho afirma que a tarefa do educador é selecionar as opções tecnológicas; o objetivo é ter uma
mistura de mídias instrucionais de uma maneira instrucionalmente efetiva e economicamente prudente.
Scanning “Scan” em Inglês quer dizer examinar, sondar, explorar. O que faz um scanner? Uma varredura, não é?! Logo, com a técnica de “scanning” você irá
fazer uma varredura do texto, procurando detalhes e idéias objetivas.
Aqui é importante que você utilize os conhecimentos de Inglês; por isso, nós vamos ver detalhadamente alguns itens gramaticais no ser “ Estudo da Língua
Inglesa”. Olhe este trecho: “ Teaching and learning at a distance is demanding. However, learning will be more meaningful and “deeper” for distant students,
if students and their instructor share responsibility for developing learning goals: actively interacting with class members; promoting reflection on
experience; relating new information to examples that make sense to learners. This is the challenge and the opportunity provided by distance education.”
Poderíamos perguntar qual o referente do pronome “ their” em negrito no trecho? Utilizando a técnica de skimming, seria necessário retornar ao texto e
entender a sentença na qual o pronome está sendo empregado. “Their “ é um pronome possessivo ( e como tal, sempre vem acompanhado de um
substantivo) da terceira pessoa do plural ( o seu referente é um substantivo no plural).
A tradução de “their instructor” seria seu instrutor . Seu de quem? Lendo um pouco para trás, vemos que há “students”; logo concluímos que “their” refere-
se a “students, ou seja, instrutor dos alunos”.
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TEXTO I
TEXTO II
TEXTO III
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