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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL UNIFICADA CAMPO GRANDENSE - FEUC


FACULDADES INTEGRADAS CAMPO-GRANDENSES – FIC
CURSOS LETRAS – PORTUGUÊS E INGLÊS

LÍNGUA INGLESA:
TÓPICOS GERAIS
(Introdução aos estudos do idioma)

Prof. Me. Victor Ramos da Silva


victorramossilva@gmail.com
(21) 99783-2901

ACESSE AOS MATERIAIS DA DISCIPLINA PELO LINK


bit.ly/topicosgerais2019

Rio de Janeiro
1º Semestre de 2019
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Fundação Educacional Unificada Campograndense


Faculdades Integradas Campo-Grandenses
Estrada da Caroba, 685 - Campo Grande - Rio de Janeiro - RJ - CEP 23.085-590
Fone: 21-3408.8450 - e-mail: feuc@feuc.br – site: www.feuc.br - CNPJ 2.257.543/0001-39

PLANO DE ENSINO

Curso: LETRAS (PORTUGUÊS / INGLÊS) Disciplina: LÍNGUA INGLESA – TÓPICOS GERAIS

Professor: VICTOR RAMOS DA SILVA.

Período: 1º e 2º PERÍODOS. Turno: NOITE

Carga horária: 60 horas Ano: 2019 Semestre: 1º

Objetivos de ensino:

Apresentar tópicos essenciais para a continuação dos estudos em diferentes disciplinas da


área de língua inglesa, com vistas a instrumentalizar discentes com as diferentes
terminologias, estruturas elementares e fatores históricos do conhecimento sobre o
idioma. Explorar habilidades linguísticas de recepção e produção.

Ementa:

Estratégias de leitura intensiva e extensiva em língua inglesa. Aspectos históricos da


formação da língua inglesa. Princípios e Parâmetros linguísticos entre as línguas
portuguesa e inglesa. Substantivos do Inglês. Numerais do inglês. Tempos e Formas
verbais do inglês.

Recursos auxiliares:

Quadro, Vídeos (documentários e palestras, em especial, TedTalks), Periódicos, livros e


gramáticas das bibliografias, Datashow e Kit multimídia.

Estratégias de ensino e de aprendizagem:

Aulas expositivas, incentivando a participação e interação dos alunos. Leitura e discussão


de textos teóricos. Uso de textos sobre assuntos gerais e de diferentes gêneros discursivos
para aplicação de técnicas de leitura e observação de fenomenologia gramatical. Uso de
gramáticas e de exercícios diversos para aprofundamento de tópicos gramaticais.
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Avaliações de aprendizagem:

Provas escritas. Apresentação de seminários. Estudos Dirigidos em Gramáticas. Resumos


e fichamentos de materiais teóricos.

Bibliografia básica:

ALGEO, John. The origins and development of the English language. 6 ed. Boston:
Wadsworth, 2010. [online]
CARTER, Rowan. Cambridge Grammar of English : a comprehensive guide of
spoken and written English and Usage. Cambridge : Cambridge University Press,
2010. [biblioteca física]
LAPKOSKI, Graziella Araújo de Oliveira. Do texto ao sentido: teoria e prática de
leitura em língua inglesa. Curitiba : InterSaberes, 2012. [biblioteca virtual]
TORRES, Nelson. Gramática Prática da Língua Inglesa. 11 ed. São Paulo : Saraiva,
2014 [adquirir]

Bibliografia complementar:

BURKE, Peter. Os ingleses. São Paulo : Contexto, 2016. [biblioteca virtual]


SCHÜTZ, Ricardo. História da Língua Inglesa. 2008. Disponível em:
<http://www.sk.com.br/sk-historia-da-lingua-inglesa.html>. Acesso em: 02 jun. 2018.
[online]
SIQUEIRA, Valter Lellis. O verbo inglês : teoria e prática. 5 ed. São Paulo : Ática,
2006. [biblioteca virtual]
STEINBERG, Martha. Morfologia inglesa : noções introdutórias. 2 ed. São Paulo :
Ática, 1990. [biblioteca física]
SWAN, Michael ; WALTER, Catherine. How English Works : a grammar practice
book. 6 ed. Oxford : Oxford University Press, 2000. [biblioteca física]
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DIVISÃO DOS CONTEÚDOS POR UNIDADES

UNIDADE I – A Língua Inglesa: sua origem e consolidação

1.1 Origens e desdobramentos


1.2 Estruturas da Língua Inglesa: Princípios e Parâmetros linguísticos

UNIDADE II – Gramática e seus níveis

2.1 A Gramática e seus níveis


2.2 Morfologia
2.3 Sintaxe
2.4 Fonética e Fonologia
2.5 Semântica e Pragmática

UNIDADE III – Introdução aos estudos em morfologia da língua inglesa

3.1. Substantivos

3.1.1. Categorias Morfológicas

3.1.1.1 Common Nouns

3.1.1.2 Proper Nouns

3.1.1.3 Countable Nouns

3.1.1.4. Uuncountable Nouns

3.1.1.5. Concrete Nouns

3.1.1.6 Abstract Nouns

3.1.1.7. Compound Nouns

3.1.1.8. Collective Nouns

3.1.2. Processos Flexionais

3.1.2.1. Flexões de Gênero

3.1.2.2. Flexões de número

3.2. Numerais

3.2.1. Numerais
5

3..2.1.1 Cardinal Numbers

3.2.1.2 Ordinal Numbers

3.3. Aspectos estruturais dos Verbos em Língua Inglesa

3.3.1 Estudos morfológicos sobre verbos ingleses

3.3.1.1 Verbos Principais e Auxiliares

3.3.1.2 Conceito de Form, Manner and Mood

3.3.1.3. Flexões Verbais

3.3 Formas e tempos Verbais ingleses


3.3.1 Simple Present
3.3.2 Simple Past
3.3.3 Future with WILL
3.3.4 Future with BE GOING TO
3.3.5 Present Continuous
3.3.6 Past Continuous
3.3.7 Future Continuous
3.3.8 Present Perfect Continuous
3.3.9 Past Perfect Continuous
3.3.10 Future Perfect Continuous

UNIDADE IV – Práticas de Leitura e Tradução

4.1. Introdução às teorias de tradução

4.2. Leitura e Interpretação de textos em inglês: habilidade de reading.


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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL UNIFICADA CAMPOGRANDENSE – FEUC


FACULDADES INTEGRADAS CAMPO-GRANDENSES – FIC

LÍNGUA INGLESA: O PERÍODO COMPOSTO – PROF. VICTOR RAMOS

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
DIA E HORÁRIO OUTRAS INFORMAÇÕES
Segunda-feira, das 19h E-MAIL DO PROFESSOR: victorramossilva@gmail.com
WHATSAPP DO PROFESSOR: +55(21) 99783-2901 | GRUPO (WhatsApp): bit.ly/feucingles
às 21h50 LINK PARA MATERIAIS bit.ly/topicosgerais2019

DATAS ATIVIDADES E ORIENTAÇÕES


04/02/2019 Apresentação da disciplina e características gerais da língua Inglesa + Níveis Gramaticais.
11/02/2019 Aspectos Históricos da Língua Inglesa e Práticas de leitura em língua inglesa
18/02/2019 Estudo dos Substantivos – Características e Flexões
25/02/2019 Contrastes entre o Inglês e o Português – Estudos Linguísticos
04/03/2019 Não haverá aula – Recesso de Carnaval
11/03/2019 Estudo dos Substantivos – Quantifiers
18/03/2019 Numerais e Vocabulário Adicional + Artigos
25/03/2019 Exercícios sobre substantivos e determinantes (artigos e numerais)
01/04/2019 Revisão para a AV1
Aplicação de Avaliação (AV1) – PROVA (8,0) + EXERCÍCIOS E APOSTILAS FEITOS (2,0)
08/04/2019
CONTEÚDO DA PROVA => Substantivos, Numerais e Aspectos históricos do Inglês
Nos dias 11 e 12 de abril de 2019, acontecerá a VII FEIRA DE ESTÁGIOS E OPORTUNIDADES
15/04/2019 Estudos Linguísticos sobre verbos
22/04/2019 Tempos e Formas Verbais – aspectos gerais
No dia 29 de abril de 2019, acontecerá a JORNADA DE EDUCAÇÃO
29/04/2019 Exercícios
06/05/2019 Teorias de Leitura e Tradução em Língua Inglesa
13/05/2019 Formas Verbais Simples
Entre os dias 20 e 24 de maio de 2019, acontecerá a SEMANA DE PEDAGOGIA
20/05/2019 Formas Verbais Contínuas
27/05/2019 Formas Verbais Perfeitas
03/06/2019 Formas verbais perfeitas e contínuas
10/06/2019 MICRO AULAS SOBRE VERBOS PARA CURSOS E ESCOLAS
17/06/2019 Revisão para a prova de AV2
Aplicação de Avaliação (AV2) – PROVA (4,0) + EXERCÍCIOS E APOSTILAS (2,0) + Micro Aulas (4,0)
24/06/2019
CONTEÚDO DA PROVA => Verbos e Interpretação Textual
01/07/2019 Resultados
08/07/2019 Aplicação de Avaliação (AV3) | CONTEÚDO => AV1 + AV2

Observações Finais: 1. Máximo de Faltas possível: doze tempos / três encontros; 2. Pontualidade é fundamental; 3. Acompanhe o
cronograma; 4. Os dias do professor na instituição são manhãs de quarta, quinta e sexta; 5. Alunos somente serão atendidos pelas
redes sociais de segunda a sábado, das 07:00 às 23:59, excluindo-se feriados. 6. Esta disciplina será ministrada em português e em
inglês.

AV1 – Visto em todos os exercícios feitos (2,0) + Prova (8,0)

AV2 – Micro aula (4,0) + Prova (6,0)

AV3 – Prova escrita sobre conteúdos da apostila (10,0)


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Descubra a origem da língua inglesa


7 de agosto de 2017

Já parou para pensar na origem da língua inglesa? Já reparou como alguns termos do
inglês têm raiz parecida com a de outros idiomas, como o alemão?

Neste artigo, vamos entender como foi o desenvolvimento do idioma inglês, os povos
que influenciaram a sua formação e os processos na Europa que fizeram a língua
inglesa ocupar a posição de destaque de hoje em dia.

Formação da língua inglesa sofreu influência de diversos povos. Foto: iStock, Getty Images

Origem da língua inglesa


A língua inglesa tem sua origem ligada aos diferentes povos que ocuparam a região da
Bretanha. O arquipélago que chamamos hoje de Ilhas britânicascomeçou a ser ocupado
por volta de 700 a.c, pelos celtas. Posteriormente foi dominado pelos Romanos e na
baixa Idade Média pelos saxões.
8

No século 11, com a consolidação dos reinos anglo-saxões, a Inglaterracomeçou a


trilhar um caminho mais constante como unidade nacional. Após influências
escandinavas em razão das invasões Vikings e também do francês, a língua Inglesa foi
se consolidando até o renascimento, época em que as línguas nacionais se tornaram
uma faceta importante do fortalecimento dos Estados Nacionais e do poder político dos
reis.

Um momento de grande impulso para o estabelecimento de fato da língua foi a partir


do século 15, quando escritores e documentos oficiais passaram a ser escritos com mais
frequência na língua oficial da Inglaterra.

Vale lembrar que durante boa parte da história da Europa, havia uma divisão
linguística clara. O Latim era considerada a língua culta, usada nas missas da igreja, em
documentos oficiais e na literatura e ciência. Já as línguas comuns eram usadas pelas
populações na sua vida diária, mas eram consideradas apenas idiomas falados e menos
nobres. Esse fato está muito ligado a influência da Igreja Católica em toda Europa
medieval e parte da Idade Moderna.

Uma curiosidade legal. Algo semelhante também acontecia em outros países, como
a Coreia do Sul, por exemplo. Lá, o Mandarim era considerado a língua dos nobres e da
literatura oficial, e o coreano falado pelo povo em geral era considerado uma língua
plebéia. Isso só mudou em 1446, quando o rei Sejong criou o Hangul, o alfabeto que até
hoje é usado nas Coreias.

Voltando ao inglês, a unificação dos povos saxões no século 11 e a posterior


consolidação da Inglaterra como estado nacional foram dos momentos fundamentais
para o idioma inglês. Com o fim da Guerra das Rosas(1455-1487), principalmente, que
levou a Dinastia dos Tudor ao poder, o Estado Nacional Inglês se fortaleceu e junto com
ele o idioma do país.

Idiomas que deram origem à língua inglesa


O idioma inglês é uma língua germânica. Seu surgimento veio a partir de vários outros
idiomas e influências linguísticas que conviveram nas Ilhas Britânicas desde a ocupação
celta na antiguidade. Os idiomas que deram origem à língua inglesa foram, principalmente:
9

 Celta britânico

 Anglo-frísio

 Saxão

 Franco-Normando

 Latim.

O Celta britânico era o dialeto falado pelos Celtas. Esses povos formaram várias
nações na Europa antiga e, embora não tenham estabelecido uma grande unidade na
Inglaterra, ocuparam as Ilhas Britânicas até a ocupação romana.

O Anglo-frísio e o saxão foram trazidos à Grã-bretanha pelos povos germânicos da


Europa central. A palavra English, inclusive, é derivada de Anglo, nome usado para
denominar a tribo germânica que ocupou a Bretanha na Baixa Idade Média (os anglos
e posteriormente anglo-saxões).

Desenvolvimento da língua Inglesa

Historicamente, o idioma inglês é dividido em três fases distintas. Cada qual com
influências e novas características que foram adquiridas pela convivência com os
dialetos citados anteriormente.

O inglês antigo

Na origem da língua inglesa, o inglês antigo agrupava dialetos diversos que foram
trazidos à Grã-bretanha pelos povos saxões e as variações linguísticas das diferentes
tribos desse povo. Durante essa fase, o Saxão ocidental foi o dialeto que passou a ser
mais influente. O poema Beowulf, um dos clássicos históricos da língua inglesa, foi
escrito no Old English, que foi a língua dominante entre os séculos 5 e 12.

Inglês Médio

O Inglês médio, ou Middle English, se originou a partir das influências Vikings e da


conquista Normanda da Inglaterra. O Inglês Médio esteve presente entre os séculos
10

11 e 15. O Canterbury Tales, de Geoffrey Chaucer, é a obra mais famosa escrita


usando o Inglês Médio.

Inglês Moderno
O Modern English se consolidou a partir do século 15, época do renascimento e na qual
as línguas nacionais passaram a ter uma grande importância para a consolidação dos
Estados europeus. A principal característica é a maior padronização do idioma como um
todo.

O desenvolvimento da literatura inglesa, com Shakespeare e outros escritores escrevendo


em Inglês Moderno também foi um fator importante.

O Inglês moderno se espalhou pelo mundo graças ao Império Colonial britânico. No século
19, uma área equivalente a 25% dos territórios do mundo (apenas área terrestre)
pertencia aos britânicos de alguma forma. A sucessão da Inglaterra pelos EUA como
maior potência mundial deu continuidade à influência da língua Inglesa no mundo.

10 Expressões antigas da língua inglesa


Como toda língua, muitas expressões antigas do inglês já não são muito conhecidas. Que
tal aprender um pouco dessas expressões? Separamos 10 termos interessantíssimos para
você aprender um pouco do inglês antigo.

1. Aptycock: Esse é um adjetivo, significa “homem inteligente e jovem”


2. Bang-a-bonk: Um verbo bem preciso. Significa “deitar às margens de um rio para
descansar”
3. Crum-a-grackle: Se refere a qualquer situação difícil
4. Crumpsy: Uma boa tradução do nosso “pavio-curto”, pessoa que se irrita facilmente
5. Cuddle-me-buff: Termo usado em Yorkshire para “beer”, isto é, cerveja
6. Hansper: Dor nas pernas, especialmente depois de caminhadas
7. Inisitijitty; Wow, essa nem parece inglês! Mas é inglês antigo. Trata-se de um adjetivo
usado para pessoas com aparência cômica ou ridícula
8. Nawpy: Significa “new pen” – caneta nova. De alguma forma se assemelha um pouco ao
inglês atual
9. Shivviness: Outro termo que descreve um sentimento bem particular. Se refere ao
desconforto sentido ao usar roupas íntimas novas
10.Vargle: Mais um verbo. Esse significa “trabalhar em meio a bagunça”.

Repare que alguns termos descrevem sensações ou ações bem particulares e precisas.
Isto é comum não só no inglês, mas em todos os outros idiomas. Com o tempo, as palavras
mais usadas e genéricas tendem a permanecer mais em voga, em contraposição aos termos
mais específicos e menos usados.
11
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SILVA, Victor Ramos da. As Influências sintáticas do Português (L1) na aquisição do Inglês (L2): Um estudo de
casos. 2012. 84 f. Monograph (Graduation) - Faculdades Integradas Campo-grandenses, Rio de Janeiro, 2011.

2.3 As relações interlinguísticas entre LM e LE

Conforme já visto neste trabalho, quando o aprendiz está em processo de aquisição de uma língua
estrangeira, ele relaciona naturalmente sua língua materna com a língua alvo, pois não consegue expressar, na
segunda língua, de forma espontânea, tudo aquilo que gostaria de expressar no ato comunicativo.

Essa transferência de conceitos linguísticos da língua materna para a língua estrangeira pode ser
denominada como interlíngua. Esse fenômeno consiste na criação de um elo entre o falante-aprendiz e a
segunda língua através das transferências e relações feitas. Esse fenômeno o possibilita compreender, pela sua
própria língua, os fenômenos da língua alvo. Interlíngua, para Schütz (2012)

[...] é o sistema de transição criado pelo aprendiz, ao longo de seu processo de assimilação de uma língua estrangeira. É a
linguagem produzida por um falante não nativo a partir do início do aprendizado, caracterizada pela interferência da língua
materna, até o aprendiz ter alcançado seu teto na língua estrangeira, ou seja, seu potencial máximo de aprendizado.
(SCHÜTZ, 2012)

A interlíngua é desenvolvida, naturalmente, por todo aprendiz de línguas estrangeiras e varia de


pessoa para pessoa, pois as experiências vividas pelo aprendiz influenciam no desenvolvimento da língua.
Contudo é importante observar que esse processo, quando se torna vicioso e ocorre em níveis mais avançados
de aprendizado, pode fazer com que o falante se preocupe em traduzir palavras/sentenças isoladamente, o que
acarretará uma dificuldade em compreender o texto como um todo.

Quando um dado aprendiz brasileiro produz o enunciado *The Pedro Lives in Cosmos1, ele está
incorrendo em uma infração às regras da gramática interna da língua inglesa, ou seja, formulando um enunciado
agramatical.

Com relação à gramaticalidade dos termos, John Lyon (2009, p. 80-82) explica que um falante
nativo nunca produzirá enunciados agramaticais, pois a estrutura que rege a língua foi testada e consolidada no
momento inicial de seu processo de aprendizagem. Aprendizes de línguas estrangeiras, todavia, em sua maioria,
poderão produzir enunciados agramaticais por conta da influência de sua língua materna.

No caso apontado acima, busca-se deixar explícita a relação de proximidade entre enunciador e
pessoa a que se refere (Pedro), pois, em Português, o uso de determinantes diante de nomes próprios exprime

1
TRADUÇÃO: “O Pedro mora em Cosmos”.
19

maior intimidade entre enunciador e pessoa a que se refere. Sendo assim, o aprendiz utilizará o mesmo recurso,
presente em sua língua materna, para a língua estrangeira incorrendo em um enunciado agramatical.

Outra ocorrência de infração ao padrão culto dos enunciados, frequentemente cometida por
aprendizes brasileiros de inglês como língua estrangeira, é a de levar para língua alvo o princípio pro-drop2 do
português para o inglês (língua não pro-drop).

Dessa forma, o enunciado *was raining yesterday3 também apresenta agramaticalidade, pois, em
inglês, a posição do sintagma nominal (sujeito) sempre deverá ser ocupado com alguma estrutura. O enunciado
seria gramatical se fosse o seguinte: It was raining yesterday. Daí, pode-se, por fim, observar a nomenclatura do
elemento it como pronome neutro.

Schütz (2012) explica que as formas da língua materna aparecerão no discurso do aprendiz de uma
língua estrangeira por conta de sua interlíngua, mas os erros apresentados acima são reduzidos, a medida que o
aprendiz entra em contato com a língua alvo. A consolidação desses erros baseados na interferência da língua
materna é denominada, para o autor, fossilização.

A fossilização é muito característica em indivíduos que estudaram a língua estrangeira em ambiente


não autêntico sem contato com a realidade da língua. O que, de fato, acontece é que o aprendiz, pela falta de
contato direto com a língua alvo, cria, por si próprio, regras para essa língua, incidindo em “erros” e, caso não
corrigidos, na fossilização dos mesmos.

Concluímos, então, que a causa da fossilização de erros de teor interlinguístico advindos da língua
materna acontecem, por que o aprendiz não foi exposto a uma quantidade de input suficiente que supra sua
necessidade comunicativa. Também é possível concluir, ainda, que a aquisição (seja da língua materna, seja da
língua estrangeira) se dá pela exposição do aprendiz à língua alvo.

A influência interlinguística produz efeito e, conforme Brito (2011, p. 38), “*...+ tais efeitos podem
ser observados na produção e na recepção linguísticas em qualquer uma de suas línguas, assim como nos
processos de aprendizagem delas”. Dessa forma, caso o aprendiz tenha adquirido mais de uma língua
estrangeira, todas essas línguas, bem como sua língua materna, farão parte de sua interlíngua e influenciarão
uma a outra.

Neste capítulo, procuramos, inicialmente, definir, com base no arcabouço teórico, o fenômeno da
aquisição da linguagem e como ele acontece nas línguas materna e estrangeira. Procuramos, também, por meio
da análise das diversas visões, contrastar os dois processos. Por fim, apresentamos o processo interlinguístico,
avaliando a gramaticalidade dos enunciados produzidos por aprendizes de línguas estrangeiras com base nas
influências da língua materna.

2
Pro-drop é um parâmetro de não preenchimento da posição do sintagma nominal, ou sujeito em línguas com morfologia flexional rica.. O
Inglês não apresenta condição pro-drop e, portanto, não acontece elipse SN / sujeito.
3
TRADUÇÃO: “Estava chovendo ontem”
20

3. AQUISIÇÃO, APRENDIZAGEM E ENSINO DE IDIOMAS

Como visto anteriormente, existem diferentes vertentes para compreender como se dá o processo
de aquisição, tanto de língua materna quanto de língua estrangeira.

Para melhor compreender essas diferenças apresentar-se-á, a seguir, a tradução livre de um quadro
que diferencia o processo de aprendizagem de Língua Materna (L1) para o da Língua Estrangeira (L2) conforme
os fatores idade, modos de aprendizagem e contexto.

QUADRO 01
RELAÇÕES ENTRE APRENDIZAGEM DE L1 E L2 4
Aprendizagem de L2
Aprendizagem de L1
(em sala de aula)
- Bebê ou criança
pequena (o
- Normalmente em ambiente escolar
aprendizado segue até
na adolescência e e/ou ser
Idade a adolescência, na
continuada na vida adulta.
qual certos tipos de
linguagem acadêmica
são aprendidas).
- Por exposição e
contato direto;
- Pela espera e
- Algumas vezes aprendida por
necessidade na
exposição; mas, na maioria das
comunicação, em
vezes, por explicação de linguística
outras palavras, com
específica;
forte motivação;
- Com grande ou pequena motivação;
- Através da interação
- Com interação com um professor e,
com a família e com
algumas vezes, com colegas de
amigos;
Modos de turma;
- Pela fala/relato de
Aprendizagem - Normalmente, falando sobre a vida
coisas presentes nos
fora de sala de aula;
arredores da criança;
- Normalmente produzindo
- Por ouvir e absorver
linguagem logo após seu ensino
a linguagem por
(tópico estudado);
muitos meses antes de
- Normalmente, usando a linguagem
usá-la (período do
ensinada em atividades práticas
silêncio)5;
controladas.
- Jogando e realizando
experimentos com a
nova língua.
- A criança ouve a - O aprendiz não é muito exposto a
língua ao seu redor, a L2 em média por três horas
todo tempo; semanais;
Contexto - Família e amigos - Professores normalmente
falam e interagem simplificam sua linguagem;
com a criança - Professores variam na quantidade
bastante; de elogios ou maneiras de encorajar

4
cf. SPRATT, Mary et al (2005, p. 48 – 49).
5
A esse fator relaciona-se a teoria, comentada no capítulo anterior, de produção de Output (dados de saída) com base na quantidade de Input
(dados de entrada) recebida.
21

- A criança tem muitas o aprendiz;


oportunidades de - O aprendiz recebe pouca atenção
realizar experimentos individual do professor;
com a língua; - O professor, geralmente, corrige
- As pessoas que muito o aprendiz.
cuidam da criança
sempre incentivam
seus progressos e a
encorajam a usar a
língua;
- Essas pessoas
simplificam, ao
máximo, seus
discursos para a
criança e, raramente,
corrigem a forma e a
exatidão daquilo que
foi dito de forma
óbvia.

Partindo, justamente, desses princípios, surgem diferentes procedimentos de ensino para línguas
com base nas diferentes visões para o processo. Ou seja, para cada concepção diferente de linguagem, existe
uma metodologia relacionada.

Pretende-se, portanto, neste capítulo, relacionar e contrastar conceitos sobre aquisição e


aprendizagem de línguas; que, por vezes, são tidos como sinônimos. Partindo da relação entre aquisição e
aprendizagem, tornar-se-á possível o entendimento da diferença dos termos “segunda língua” e “língua
estrangeira”.

Explicando sobre o uso dos termos aquisição e aprendizagem de L2, Figueiredo (1995) define que
aquisição é o

“*...+ processo de se adquirir uma nova língua em um ambiente natural, sem instruções formais, ou seja, o indivíduo
geralmente está inserido na comunidade da língua-alvo, ou tem a oportunidade de interagir com falantes nativos com
razoável frequência. No entanto, o termo aprendizagem de L2 implica uma situação de aprendizagem formal, com
aprendizagem de regras, correções de erros etc., em um ambiente artificial (a sala de aula) no qual um aspecto da
gramática é apresentado de cada vez.” (FIGUEIREDO, 1995, p.44)

Fatores motivacionais – como, por exemplo, a necessidade de aprender a língua e o interesse pela
cultura do povo falante – determinam a velocidade em que essa língua será aprendida e, também, a relação do
aprendiz com a mesma.

Como exemplo, pode-se citar um aluno adulto que decide matricular-se em um curso regular de
inglês e um outro que, por motivos pessoais, mudou-se para país falante de língua inglesa.

O primeiro adulto será denominado aluno, pois será exposto à língua em ambiente de sala de aula
22

(não-autêntico) e contará com as orientações de um professor. Já, o segundo, será denominado aprendiz, pois
adquirirá a língua involuntariamente com base na exposição recebida.

Entretanto, o primeiro indivíduo (aluno) manipulará as estruturas linguísticas e poderá explicar os


fenômenos gramaticais com maior propriedade do que aquele que apenas foi exposto a ela sem a explicação
dos fenômenos e nomenclatura específica. Por isso, entender quais são os propósitos do indivíduo ao
interessar-se por “aprender” uma dada língua estrangeira torna-se importante.

Partindo de uma perspectiva cognitiva, Macedo (2008) explica que

A aprendizagem, tanto da L1 como em L2, ocorre a partir do reforço de certos padrões elétricos entre neurônios de redes
cerebrais que são ativados à medida que novas memórias são criadas ou memórias preexistentes são re-instanciadas.
(MACEDO et al, 2008, p.232)

Outro fator que merece destaque é o de que os processos de aquisição e aprendizagem, mesmo
com suas sutis diferenças, interligam-se, pois um indivíduo, ao adquirir uma língua, aprende detalhes sobre sua
estrutura e cria concepções com base em sua GU e um indivíduo que aprende a língua de maneira formal,
dependendo da metodologia a que seja exposto, também adquirirá a língua.

A evolução das metodologias de ensino de línguas tem feito com que o processo de aquisição da
linguagem seja integrado a elas, tendo em vista a ineficácia de certas práticas aos olhos dos alunos.

Para evidenciar essa preocupação, destacam-se as falas: “We should encourage learners to use
English as much as possible in their out-of-class time. This increases their exposure to it.6” e “In classroom we
should try to praise learners and give them as much individual attention as we can7” (SPRATT, Mary et al, 2005,
p. 49).

As falas, apresentadas anteriormente, mostram que existe uma preocupação com a aproximação
das técnicas de ensino com os fatores de aquisição de L2, com o objetivo de unificar os processos8.

6
TRADUÇÃO: Nós devemos encorajar os aprendizes a usar o Inglês tanto quanto possível em seu tempo fora de sala de aula. Isso aumenta com
sua exposição à língua.
7
TRADUÇÃO: Em sala de aula, nós devemos tentar elogiar os aprendizes e dar a eles o máximo de atenção individual que nós possamos dar.
8
Desse princípio excluem-se os métodos de ensino instrumental e para fins específicos que, não necessariamente, estariam atrelados a ideia de
aquisição da linguagem, mas sim ao aprendizado de uma área específica da mesma para fins não-comunicativos.
23

4. INFLUÊNCIAS DO PORTUGUÊS (L1) NA AQUISIÇÃO DO INGLÊS (L2)

A mesma Gramática Universal que permite a uma criança bem pequena, através de combinações e
testes, desenvolver sua língua materna, também permite a um indivíduo, de qualquer idade, aprender produzir
uma segunda língua, como visto no capítulo anterior.

Tendo em vista que o mecanismo para a ativação de todas as funções do Dispositivo de Aquisição da
Linguagem (DAL) é a exposição à língua materna, qualquer língua que seja aprendida posteriormente a ela
sofrerá, possivelmente, influências. A transição desses elementos é fundamental para que o aprendiz consiga
compreender o processamento da língua estrangeira alvo, pois, conforme Figueiredo (1995, p.42) “*...+ o
indivíduo irá se apoiar na estrutura da L1 para produzir a L2”. Tudo o que, de alguma forma, for similar entre as
línguas é transferido, e as estruturas não similares podem causam interferência negativa e produção de
enunciados agramaticais. Sendo assim, a língua materna influencia diretamente o aprendizado de uma L2
através de transferências de elementos similares e interferências de elementos diferenciadores.

Dessa maneira, de acordo com Venturi (apud DEL RÉ, 2008) as influências podem ser identificadas
nos campos semântico-pragmáticos, cultural , fonético-fonológico, e morfossintático. Esse último aspecto será
aquele em que concentraremos esta pesquisa.

4.1. As influências semântica, pragmática e cultural.

Pesquisas sobre a construção de sentido na aquisição de uma segunda língua com base nos atos de
fala, tais como, reclamações, agradecimentos, elogios e sugestões, vêm despertando o interesse na área de
estudos de línguas.

Cada ato de fala é uma situação específica de uso linguístico que faz com que o falante tenha de
“lançar mão” de certos enunciados pertinentes àquela situação. Sendo assim, o falante usa diversas categorias
de enunciados de acordo com o momento de uso.

É comum, dentro da concepção de ensino comunicativo de línguas estrangeiras, a presença de


situações de uso nos materiais didáticos, justamente pela preocupação em instrumentalizar o aprendiz aos
diferentes contextos de uso e desenvolver seus atos de fala.

Quando falamos sobre aquisição de línguas estrangeiras em ambiente diferente ao de sala de aula;
como, por exemplo, o de uma pessoa que viaja para país de língua diferente da materna com o objetivo de
24

aprendê-la, haverá uma observação do aprendiz sobre os atos de fala em situações de contextualização de
frases, expressões e palavras. O aprendiz lembrará que certos enunciados têm relação com certos contextos.

Dessa forma, “*...+ no uso da linguagem são expressos elementos típicos de uma determinada
comunidade” (Venturi, 2008, p.137). Compreendemos, portanto, que na L1, o falante deixa impresso na
realização de seus enunciados seus valores pessoais, culturais, crenças etc. E, na construção de seu discurso em
língua estrangeira, deixará transparecer as influencias características de seu discurso em língua materna, pois
mesmo que haja um sistema linguístico bastante diferente da L1, o aprendiz, ao usar uma L2, usará o mesmo
discurso empregado em sua L1.

Um caso de influência que se insere no campo pragmático é o do artigo definido ser usado diante de
nome próprio como expressão de proximidade/intimidade entre falantes do português brasileiro, como em “O
Pedro é meu vizinho* / Pedro é meu vizinho; em que, no primeiro, percebemos haver notadamente a expressão
da referida familiaridade. A transferência desse uso para a língua inglesa “The Pedro is my neighbour*” consiste
em uma oração agramatical, pois não é possível a ocorrência de artigo definido diante de nomes próprios.

Além disso, também há interferência pragmática, quando observamos, em português o uso de


“Saúde!” e em inglês “Bless you!” quando um falante espirra. Nesse caso, existe uma variação lexical, tendo em
vista que a expressão bless you significa literalmente “seja abençoado”. Contudo o aprendiz, quando exposto à
situação de uso em que “Bless you!” seja equivalente ao de “Saúde!” do português, entenderá que, naquele
contexto, aquela expressão seja a equivalente a usada em sua língua materna, mostrando que pode haver
influências culturais da L1 que contribuam para o entendimento da pragmática da língua estrangeira.

Ainda com respeito à pragmática, usar-se-á, como exemplo, a seguinte situação: tanto em
português quanto em inglês, quando alguém espirra, existe uma expressão convencionada para essa situação
específica; no português, é comum dizer “saúde” e no inglês “bless you”. Nesse caso, existe uma variação lexical;
tendo, em vista, que a expressão “bless you” significa, literalmente, “seja abençoado”. Contudo, o aprendiz,
quando exposto a uma situação de uso em que “bless you” seja equivalente ao termo “saúde” do português,
entenderá que, naquele contexto, aquela expressão equivalente a usada em sua língua materna, mostrando que
pode haver influências situacionais da L1 que contribuam para a construção de sentido na L2.

Há costumes característicos da cultura brasileira que, quando confrontados com a cultura de países
faltantes da língua inglesa, causam estranhamento e, por consequência, comprometem a comunicação entre o
aprendiz brasileiro com um falante nativo.

Um exemplo para essa questão é a variação de polidez presente na língua inglesa que é explícita
através do uso dos modal verbs.

Modal verbs often hedge or soften the force of a speech act which may threaten the listener’s dignity or self-esteem. Past
25

forms such as could instead of can, or would instead of will, or might instead of may, or wanted instead of want, can also
9
soften speech acts and contribute to politeness. (CARTER, R.; McCARTHY, M., p. 423, 2006)

Também existem variações de polidez na língua portuguesa, contudo, na entonação, ambientes e


situações de uso apresentar-se-ão de forma diferente. Sendo assim, entender que os fatores culturais
influenciam diretamente o processo de ensino-aprendizagem, bem como a aquisição do inglês, é fundamental
para o desenvolvimento e adequação das atuais práticas de ensino e posturas dos aprendizes, escolas de
idiomas e professores.

4.2. As influências fonética e fonológica.

Um dos fatores que aprendizes de línguas estrangeiras, em geral, mais apresentam dificuldade é a
pronúncia da língua e, por consequência, o contraste dessa pronúncia com a da sua língua materna. Há
variações de entonação, pontos articulatórios e volume entre uma língua e outra. Todavia, é importante
destacar que qualquer indivíduo saudável tem condições físicas de produzir, com exatidão, enunciados em
qualquer língua. Não há diferenças biológicas no aparelho fonador de pessoas falantes de uma língua para
pessoas falantes de outras. O que de fato acontece na variação de pronúncia é uma questão cognitiva.

Quando defrontados com a afirmação, questionamos, então, o motivo para falantes do português
como L1 terem dificuldades na produção de certos sons da língua inglesa e vice-versa. Palavras como
refrigerator10, athlete11, thanks12 e red13 apresentarão dificuldade para a pronúncia por parte de falantes de
português como língua materna, pois alguns de seus fonemas não existem na língua portuguesa e o
procedimento tomado pelo aprendiz será o de aproximá-los dos sons da língua materna.

Para Azevedo (1942, p. 2), “the learner initially processes and interprets those sounds in terms of his
own phonological system14”. Partindo desse princípio, entender-se-á que a proximidade entre o sistema fônico
de certas línguas pode facilitar o aprendizado, entretanto, quando existirem variações fônicas e fonemas
diferentes na língua estrangeira em relação à língua materna, o aprendiz procurará preencher as lacunas
interlinguísticas com os sons de sua própria língua.

9
TRADUÇÃO: Verbos modais frequentemente compensam ou suavizam a força do ato de fala que pode ameaçar a dignidade do ouvinte ou sua auto-
estima. Formas no passado como could ao invés de can e would ao invés de will, ou might ao invés de may, ou wanted ao invés de want podem também
amenizar os atos de fala e contribuir para a educação.
10
TRADUÇÃO: Refrigerador, geladeira.
11
TRADUÇÃO:Atleta.
12
TRADUÇÃO: Obrigado(a), agradecido(a).
13
TRADUÇÃO: Vermelho(a).
14
TRADUÇÃO: O aprendiz inicialmente processa e interpreta esses sons em termos de seu próprio sistema fonológico.
26

Adultos terão mais dificuldade em produzir fonemas diferentes de sua língua materna, pois sua
sensibilidade em relação aos novos sons é bem menor em relação às crianças.

Para Schütz (2012):

O adulto monolíngue, por já possuir uma matriz fonológica sedimentada, se caracteriza por uma sensibilidade auditiva
amortecida, treinada a perceber e produzir apenas os fonemas do sistema de sua língua materna. A criança, por sua vez,
ainda no início de seu desenvolvimento cognitivo, com filtros menos desenvolvidos e hábitos menos enraizados, mantém a
habilidade de expandir sua matriz fonológica, podendo adquirir um sistema enriquecido por fonemas de línguas
estrangeiras com as quais vier a ter contato. (SCHÜTZ, 2012)

Sendo assim, de acordo com o autor, a aquisição dos fonemas da L2 acontece com mais facilidade
em crianças do que em adultos, pois os princípios e os parâmetros da língua materna não se encontram
“enraizados” a ponto da criança não observar de forma crítica a diferença entre os novos fonemas e ter a
sensibilidade de distingui-los.

Outra observação que merece destaque, apresentada por Krashen (1987 apud Schütz, 2012), é a
relativo à teoria do filtro afetivo que explica que fatores psicológicos dificultam a aquisição da língua estrangeira
como, por exemplo, o provincianismo15, que faz com que os aprendizes acreditem que não existe problema
algum em aproximar os sons da L2 aos de sua L1.

Um falante de português L1 que, por provincianismo, feche o conceito de que ‘th’ em língua inglesa
seja pronunciado como [t] devido a inexistência de um som representado pela letra [h], incorrerá em um erro;
ao ler a palavra three16, por exemplo, pronunciará a palavra tal como tree17, causando um problema de
compreensão.

Outro exemplo seria o de pronunciar o ‘r’ do inglês da mesma forma que se pronuncia o ‘r’ inicial
em palavras do Português. Seguindo esse parâmetro, a leitura da palavra red, causaria outro problema de
interpretação, pois a palavra seria lida tal como head18.

Portanto, o fator fonológico permeará a aquisição da linguagem e a língua materna influenciará


diretamente na compreensão e aceitação dos fonemas que forem diferentes aos fonemas conhecidos. Essa
influência pode ser maior ou menor de acordo com a relação estabelecida do aprendiz com a L2, sua idade e a
quantidade de input recebido.

4.3. A influência morfossintática.

15
[...] atitude de se fechar naquilo com que se identifica, seu jeito de ser e de falar; de se sentir inseguro fora deles – problema frequentemente observado
em adolescentes. (SCHÜTZ, 2012).
16
TRADUÇÃO: Três
17
TRADUÇÃO: Árvore
18
TRADUÇÃO: Cabeça
27

Faz-se importante compreender que existe um princípio sintático em todos os aspectos linguísticos.
Chega-se a esse raciocínio, partindo do ponto de vista de que a sintaxe consiste na articulação entre os
elementos de uma língua.

Existe sintaxe entre os fonemas, que juntos formam elementos mínimos significativos (morfemas),
que juntos formam palavras que, articuladas, formam sintagmas, que articulados formam orações e assim por
diante. Portanto, é justamente essa articulação de elementos um dos principais fatores para a aquisição da
linguagem (AL).

De acordo com a teoria gerativista de proposta por Chomsky (2003), essa articulação de elementos
acontece em nossa gramática interna e gera infinito número de enunciados. Ainda de acordo com a teoria,
através de um número finito de elementos, é possível gerar um número infinito de enunciados.

All natural languages in their spoken or written form are languages in this sense, since each natural languages
has a finite number of phonemes (or letters in its alphabet) and each sentence is representable as a finite
sequence of these phonemes (or letters), though there are infinitely many sentences19. (CHOMSKY, 2003)

Com base nisso, o Dispositivo de Aquisição da Linguagem (DAL) tem papel fundamental nesse
processo gerativo. Explica-se, dessa maneira, a fase de testes pela qual a criança passa em seu processo de
aquisição da linguagem. O que acontece, de fato, é que essa criança está valendo-se de sua capacidade gerativa,
efetuando combinações (cadeias sintáticas) a fim de identificar com quais delas foi possível estabelecer
comunicação.

É justamente por conta do fator apontado acima que surge o princípio de gramaticalidade dos
termos de uma dada língua. Nativos não infringem a gramaticalidade de sua língua materna, pois, em seu
processo de aquisição, estabeleceu-se uma rede de combinações e esses foram expostos a quantidade de input
suficiente para compreender com quais elementos e de que forma as estruturas de sua língua se articulam.

Aprendizes de línguas estrangeiras infringirão a gramaticalidade da língua alvo, pois, assim como a
criança que experimenta combinações até estabelecer comunicação, fará testes. Entretanto, diferentemente da
criança nativa, terá como escopo, nesse processo, sua L1 que junto aos inputs da L2 comporão sua interlíngua.

4.3.1. Relações lexicais e estruturais

19
TRADUÇÃO: Todas as línguas naturais em suas formas faladas ou escritas nesse sentido, uma vez que cada língua natural tem um número finito de
fonemas (ou letra em seu alfabeto) e cada frase é representada como uma sequência finita desses fonemas (ou letras), apesar de existir infinitamente
muitas frases.
28

Como comentado acima, a língua materna influenciará diretamente a aquisição de qualquer língua a
qual, após a ela, o indivíduo seja exposto. Esse fenômeno faz com que a gramática interna desse indivíduo force-
o a produzir enunciados com base nos inputs que já recebeu e nas estruturas que, culturalmente, fazem parte
de suas vivências.

Em outras palavras, precisa-se entender que cada indivíduo tem, compondo sua GU, uma essência
de costumes linguísticos próprios, tais como: a maneira como articula as palavras, entonação, jargões, uso de
figuras de linguagem etc. Esses fatores influenciarão no uso de sua segunda língua, podendo apresentar-se de
forma positiva (transferência) ou de forma negativa (interferência).

Se há um caso de semelhança, a regra da língua será transferida para a língua-alvo e o resultado será positivo. A
isso damos o nome de “transfer”. Caso, porém, elementos e regras divergentes sejam confrontados, o aluno
recorrerá à língua materna, não achará uma solução para o seu conflito e, certamente, cometerá um erro. Isso
resulta em uma transferência negativa, a saber, “interferência”. (SPINASSÉ, 2009).

Analisando diretamente as relações estruturais entre Língua Inglesa e Língua Portuguesa,


observamos que, no que concerne à sintaxe, as línguas apresentam características semelhantes como, por
exemplo, a posição do sujeito sucedido de verbo e de complemento (ordem S-V-O). Logo, o falante do
português, como língua materna, poderá compreender e produzir enunciados em inglês baseando-se nos
princípios sintáticos de sua língua materna.

Outras características sintáticas e lexicais aproximam a língua como, por exemplo, as palavras de
origem latina que compõem ambas as línguas. De acordo com Crystal (2003, p.8), “from a lexical point of view,
English is, in fact, far more a Romance than a Germanic language”20.

É importante, porém, observar que há um traço maior de formalidade e variação de uso em grande
parte das palavras de origem latina presentes no léxico da língua inglesa e que alguns sinônimos germânicos
dessas mesmas palavras são usados de forma mais corrente. Sendo assim, mesmo que o aprendiz transfira uma
unidade lexical cognata existente na L2, adequadamente, formando um enunciado gramatical, poderá ser
interpretado equivocadamente ou, até mesmo, não ser interpretado por conta de uma questão de registro21.

O Phrasal Verb sort out22 é sinônimo do verbo resolve23. Aprendizes iniciantes, caso não tenham sido
expostos suficientemente a situações as quais o verbo sort out tenha sito usado, provavelmente, usará resolve,

20
TRADUÇÃO: De um ponto de vista lexical, o Inglês é, de fato, um romance (língua de origem românica) do que uma língua germânica.
21
Consideraremos aqui como registro as variações de formalidade e uso linguístico inerentes aos diversos contextos formais.
22
TRADUÇÃO: Resolver
23
TRADUÇÃO: Resolver
29

resultando em enunciados pouco freqüentes, como “We have to resolve the problem”24.

Em uma breve análise nos resultados de um site25 de pesquisas, foram encontrados


aproximadamente 335.000.000 resultados para a entrada “resolve the problem” e aproximadamente
1.600.000.000 resultados para “sort out the problem”, mostrando-nos a ocorrência de certos cognatos latinos
em relação a outros elementos lexicais de origem germânica.

Portanto, mesmo com as relações lexicais e a base sintática similar, existe, na língua inglesa, um
número considerável de palavras de origens diferentes da língua portuguesa, multi-word-verbs26, regência
diferenciada para alguns verbos e sintaxe menos flexível do que a da língua portuguesa.

4.3.2. Contraste de estruturas sintáticas.

Como descrito anteriormente, a sintaxe da língua inglesa é mais restrita no que diz respeito ao
ordenamento dos termos do que a da língua portuguesa; portanto, por exemplo, um aprendiz iniciante
produzirá a oração agramatical “*The boy good respects his teacher27” pela interferência sintática de sua língua
materna, pois, em português, mesmo havendo mudanças sutis de sentido, o uso do adjetivo frente ao sintagma
nominal pode ser antes ou depois do termo a que qualifica ou, ainda, após verbos de ligação. A língua inglesa,
apenas, permite o uso de adjetivos em função atributiva (antes do termo a que qualifica) ou predicativa (após
verbo de ligação). Portanto, a oração agramatical citada acima, tornar-se-ia gramatical pela inversão entre
núcleo do sintagma nominal e adjetivo: “The good boy respects his teacher28”.

Nos parágrafos que seguem, faremos uma análise dos principais fatores de interferência sintática da
língua portuguesa L1 na aquisição da língua inglesa L2, com base em observações feitas em salas de aula de
idiomas e o proposto por Schütz (2008).

Em primeiro lugar, deve-se lembrar de, como visto no capítulo anterior, que a língua inglesa não
apresenta característica pro-drop, ou seja, não haverá elipses de sujeito29, o que fará com que produções
espontâneas de aprendizes de inglês L2 incorram, na maioria das vezes, em enunciados agramaticais.

Analisando a frase “Comi pizza”, observa-se que o sujeito da oração apresenta-se elíptico
desinencial. Essa não-realização do sujeito não é permitida pela gramática interna da língua inglesa, sendo
assim, a versão adequada da mesma seria “I ate pizza”.

24
TRADUÇÃO: Nós temos de resolver o problema.
25
Para a constatação desses dados foi utilizado o site www.google.com em 30/08/2012
26
Grupo composto por phrasal verbs e prepositional verbs que são a combinação de verbos com partículas (advérbios ou preposições) e funcionam
sintaticamente e semanticamente como uma única unidade lexical.
27
TRADUÇÃO: O menino bom respeita a sua professora
28
TRADUÇÃO: O menino bom respeita a sua professora
29
Salvo os casos de imperativo no quais haverá elipse de sujeito.
30

Ainda a respeito da realização do sujeito, outro fato interessante é o das orações classificadas como
orações sem sujeito, em função de verbos que indicam fenômenos da natureza. Como, por exemplo: “Choveu
em minha cidade ontem” e “Está frio hoje”. A questão é que, em inglês, nesses casos, consideramos todos esses
verbos regidos pelo pronome neutro ‘it30’. Desta maneira, a versão adequada para os exemplos comentados
acima seria: “It rained in my city yesterday” e “It is cold today”.

Em segundo lugar, um fator que interfere diretamente na produção dos aprendizes de inglês L2 em
níveis iniciais é a estrutura das orações interrogativas em língua inglesa, pois, no português, as orações
interrogativas apenas são diferenciadas das afirmativas pela entonação diferenciada ascendente (quando se fala
de discurso oral) e ponto de interrogação (quando se fala de discurso escrito).

A marca de interrogação, em inglês, é o uso do verbo auxiliar referente ao tempo verbal da oração
precedendo o sujeito da oração e, sendo assim, caso um aprendiz estruture a oração interrogativa “*you live in
Campo Grande?”, esse estaria incorrendo em uma agramaticalidade, pois se faz necessário o uso do verbo
auxiliar característico do tempo verbal anteposto ao sujeito. Portanto, “Do you live in Campo Grande?31”
apresenta-se como uma interrogativa adequada da língua inglesa justamente pela presença do verbo auxiliar
“do32” diante do sujeito.

Em terceiro lugar, destacamos as características e comportamento sintático peculiares a alguns


verbos da língua inglesa em contraste com alguns da língua portuguesa. O verbo ter, em língua portuguesa,
carrega em si o sentido de possuir ou de existir, contudo, em inglês, existem duas formas diferentes para
representar o mesmo verbo, pois, como é sabido, o verbo ter, no sentido de existir não tem sujeito e, portanto,
faz-se necessário o uso de outra estrutura lexical, pois, como já analisado anteriormente, a língua inglesa, com
exceções de alguns casos, não aceita a indeterminação ou inexistência de sujeito. Sendo assim, quando o verbo
ter se referir à posse, será traduzido por ‘have33’ e, quando se referir à existência, assumirá a forma “there to
be” atendendo aos padrões de conjugação e a flexão de pessoa.

Ainda é importante destacar que uma interferência sintática, bastante frequente no discurso de falantes
de português L1, é o uso do verbo have ao se buscar expressar a idade em língua inglesa. Embora, em
português, sejam usados os verbos “estar” ou “ter” para expressar idade, em inglês, apenas é aceito o uso do
verbo ser (be) flexionado de acordo com a pessoa. Então, ao produzir o enunciado “*I have 21 years old”,
objetivando informar ao seu interlocutor que tem vinte e um anos de idade, o aprendiz de inglês L1 incorre a
um erro de colocação verbal ocasionado pela influência negativa do verbo ter. Nesse caso, como já explicado, a
colocação adequada seria “I am 21 years old”.

E, por fim, outro fator também decorrente das variações entre as línguas é a transferência de regras
referentes a regência dos verbos.

30
Ele, Ela, Isso, lhe.
31
TRADUÇÃO: Você mora em Campo Grande?
32
Verbo auxiliar da língua inglesa característico do tempo verbal presente simples (Simple Present)
33
Come, haver, ter, obter, querer, possuir, receber, gozar de. (Cf. bab.la Dicionário, 2012)
31

Independentemente de conhecer ou não as regras da gramática prescritiva de sua língua, o falante,


naturalmente, faz uso de uma gramática de uso, relacionada a sua GU. Baseado nessa gramática, falante,
mesmo sem saber regras específicas, consegue avaliar a gramaticalidade de termos apenas por soarem bem ou
mal aos seus ouvidos.

Contudo, muitas dessas regras de uso são transferidas para a língua alvo num processo
interlinguístico natural, porém podem acontecer transferências ou interferências ao pensarmos nas preposições
que regem certos verbos.

Os verbos ‘gostar’ e ‘andar’ são transitivos indiretos; ambos, portando, são complementados pela
preposição ‘de’ para que exerçam a regência. Entretanto, em inglês, os verbos equivalentes ‘like’ e ‘ride’ são
intransitivos. Sendo assim, enunciados como ‘*I like to ride of a bike’ (ao invés de ‘I like to ride a bike34’) e ‘I like
of ice cream’ (ao invés de ‘I like ice cream35’) são realizados por uma generalização relativa à regência dos verbos
na L1.

Após analisar alguns dos fenômenos sintáticos que podem influenciar, de maneira positiva ou
negativa, a produção de falantes de língua inglesa, conclui-se que, com base nas proposições de Chomsky
(1995), existem princípios entre as línguas que, frequentemente, são relacionados e, em contra partida, existem,
também parâmetros diferenciadores que são fixados pelo aprendiz em seu processo de aquisição de língua
materna e acabam por interferir no processo de aquisição e produção de enunciados em L2.

34
TRADUÇÃO: Eu gosto de andar de bicicleta
35
TRADUÇÃO: Eu gosto de sorvete
32
33
34
35

NOUNS
SOURCE: MORPHOBOOK

Nouns are words that denotate a person, a thing etc.

Nouns may be subdivided into

 Simple (or primitive)


Ex.: book, rain

 Compound (when two or more simple are got together)


Ex.: bookshelf, raincoat

 Derivative (when it has been added a prefix or a suffix)


Ex.: booker, raining

Nouns may vary in kinds as

 Proper (when they name people, places, rivers, days of the week, months of the year etc.)
Ex.: Susan, Amazon, Sunday

 Common (when they name all other things – common things)


Ex.: book, car, fish

Nouns may vary in gender as

 Masculine (when they refer to the male sex)


Ex.: boy, actor, emperor

 Feminine (when they refer to the female sex)


Ex.: girl, actress, empress

 Common (when they fit either sex)


Ex.: singer, teacher, dancer

 Neuter (when they fit no sex at all, but refer to objects, animals, nature phenomena etc)
Ex.: tree, baby, rain, sun

Nouns may vary in number as


36

 Singular (when they refer to just a unit)


Ex.: tree, baby, girl

 Plural (when they refer to more than one unit)


Ex.: trees, babies, girls

Formation of plural:

 Collective (when they name a group of things thought of as a unit)


Ex.: flock, crew

 The collective noun is usually a SINGULAR word (for it denotates a unit.) However, a collective
noun admits a NOTIONAL AGREEMENT, that is, it is possible to use either singular or plural
depending on the context.

Ex.: The crew is unanimous on their landing right now.

The crew are divided on their opinions.

USING NOUNS

SOURCE: ENGLISH SKILL (CHAPTER 2)

Good, clear sentences are not accidents. They result from


understanding how words work. The words used in sentences fall
into certain groups or classes. You can talk and write without
knowing these labels. However, skilled speakers and writers
understand the different classes of words.

In this chapter you will learn about one important group of words:
nouns.
37

What Are Nouns?


You use words to name the people, places, and things
around you. Words that name are called nouns. A noun is
used to name a person, place, or thing. Nouns name things
that can be seen like cities, streets, furniture, and books.
They name things you cannot see, such as feelings, ideas,
and beliefs.
Persons: landlord, Greg, Anne Murray, actor
Places: Wyoming, kitchen, Savannah, hotel
Things: blanket, mirror, energy, concern

Self-Test
Make three columns on a sheet of paper. Label them
Names of Persons, Names of Places, and Names of
Things. Find the nouns in the following paragraph. List
each one in the proper column. To avoid columns write
Persons and then the nouns which fall into that
classification; do the same with Places and Things.

Thirty years ago Frisbees began as tin plates from pies.


The plates came from the Frisbee Baking Company in
Connecticut. People played with the plates. Now the game
is not just play. Frisbee has become a sport. The
championships are held in Pasadena. Entrants compete in
five events. Players even come from other countries.

Proper Nouns and Common Nouns


How do these two italicized nouns differ?
38

One sailor, George Ruiz, jumped from the ship.

The word sailor is a general term. It refers to many people.


It is a common noun. A common noun is a general name.
The noun George Ruiz, on the other hand, refers to only
one person. It is a proper noun. A proper noun is a specific
name. A common noun is the name of a whole group of
persons, places, or things. It is a name that is common to
the group. A proper noun is the name of a particular
person, place, or thing. It is capitalized.

Look at the following examples of common nouns and


proper nouns. As you can see, some nouns are made up of
more than one word.
Common Nouns Proper Nouns
magazine Sports Illustrated
mountain Mount Everest
cartoonist Gary Trudeau
game Super Bowl
city Burlington
senator Senator Hayakawa

Self-Test
Make two columns on your paper. Label one column
Common Nouns and the other Proper Nouns. Place each
of the following nouns in the correct column. Capitalize all
proper nouns. You can avoid columns by listing the
39

common nouns after the word Common and the proper


nouns after the word Proper.
1. holiday inn, motel, seabreeze motel, shores hotel
2. restaurant, diner, burger king, cafeteria
3. singer, lou rawls, album, willie nelson, ballad
4. allentown, town, village, ridgeville, asheville
5. court, judge, judge ellen rodriguez, jury

How Are Nouns Used?


Nouns Used as Subjects
As you learned in Chapter 1, the subject of a sentence tells
who or what is being talked about. Nouns are frequently
used as subjects.
Scientists can predict earthquakes. (The noun scientists is the
subject of the verb can predict.)

Ace Hardware in Bellwood sponsors our bowling team. (The


noun Ace Hardware is the subject of the verb sponsors.
Notice that in this sentence, the subject is not next to the
verb.)

Two or more nouns may form a compound subject.


The divers and crew planned the voyage carefully. (The nouns
divers and crew are the subject of the verb planned.)

The bus and the truck collided in the intersection. (The nouns
bus and truck are the subject of the verb collided.)
40

Self-Test
Number your paper from 1 to 10. Write the nouns used as
the subjects of these sentences.
1. A factory dumps wastes into this river.
2. The comedian told terrible jokes.
3. The workers organized a car pool.
4. That legend has been told for centuries.
5. The networks and newspapers cover sports events.
6. Many businesses need computers.
7. Vanessa and Nicole have applied for jobs.
8. Sara's wages have gone up each year.
9. John has been saving money for a motorcycle.
10. Many families are cutting their expenses.

Nouns Used as Direct Objects


A direct object completes the action of a verb. It answers
whom or what about the verb. Nouns are frequently used
as direct objects.
The magician fooled the audience. (The noun audience tells
whom about the verb fooled.)

In the shop class the students wear goggles. (The noun goggles
tells what about the verb wear.)

Roger shaped mugs and a pitcher out of clay. (Both the nouns
mugs and pitcher are direct objects. They tell what about
the verb shaped.)
41

Self-Test
Write the nouns used as direct objects in the following
sentences.
1. Danielle pounded the ball for a home run.
2. Jim has a short, flat swing.
3. Weight-training built Reed's strength.
4. City folks wear boots, too.
5. Todd reads Time every week.
6. That apartment has no heat.
7. Josh piled blankets onto the bed.
8. Will made his own drums.
9. The truckers load crates at the warehouse.
10. Carrie plays softball and basketball.

Nouns Used as Indirect Objects


Another use of the noun is as an indirect object. The
indirect object tells to whom or for whom or to what or for
what about the verb.
The coach showed the quarterback a new play. (The noun
quarterback is the indirect object. It tells to whom about the
verb showed.)

Sarah gave the bookcase and the shelves another coat of


varnish. (The nouns bookcase and shelves are the
compound indirect object, telling to what about the verb
gave.)
42

An indirect object is used only with a direct object. The


indirect object appears before the direct object in the
sentence.
Indirect Direct
Subject Verb Object(s) Objects
Gail showed the cabbie the route.
Leslie fed the dog its food.
Dairy Queen offered Jim and Alice jobs.

As you have seen, the word to or for is never used with an


indirect object.

Self-Test
Find the nouns used as indirect objects in the following
sentences.
1. Mr. Scott gave Bonita her paycheck.
2. Police read the suspect his rights.
3. Kent gave the operator the number.
4. The store sent Ms. Alvarez a bill.
5. Sheila handed the teller her deposit.
6. The catcher gave the pitcher a signal.

Nouns Used as Predicate Words


Sometimes a noun in the predicate part of a sentence is
linked to the subject. That noun is called a predicate noun.
It always follows a linking verb. It means the same thing as
the subject.
Carlos was a carpenter's assistant.
43

The counselors were former teachers.


Two early autos were the Model T and the Model A.

The nouns assistant, teachers, Model T, and Model A are


predicate nouns.

Self-Test
Find the nouns used as predicate nouns in the following
sentences.
1. Canada is the birthplace of ice hockey.
2. The Freeport team is our strongest rival.
3. Saturday is the best day for a party.
4. British coins are shillings and pence.

The Plurals of Nouns


When a noun names one thing, it is singular. When a noun
names more than one thing, it is plural. Here are some
rules for forming the plurals of nouns.
1. To form the plural of most nouns, just add s:
prizes dreams circles stations

2. When the singular noun ends in s, sh, ch, x, or z, add es:


waitresses brushes ditches axes buzzes

3. When the singular noun ends in o, add s:


solos halos studios photos pianos

For a few words ending in o, add es:


heroes tomatoes potatoes echoes cargoes
44

4. When a singular noun ends in y with a consonant before it,


change the y to i and add es:
army–armies candy–candies baby–babies

When a vowel (a, e, i, o, u) comes before the y, do not


change the y to i, just add s:
boy–boys way–ways jockey–jockeys

5. For some nouns ending in f, add s to make the plural:


roofs chiefs reefs beliefs

For many nouns ending in f or fe, change the f to v and add s


or es. Since there is no rule to follow, you will have to
memorize such words. Here are some examples:
life–lives calf–calves
knife–knives loaf–loaves

6. Some nouns have the same form for both singular and
plural. They must be memorized.
deer sheep moose salmon trout

7. Some nouns form their plurals in special ways. They, too,


must be memorized.
man–men child–children
woman–women ox–oxen
goose–geese foot–feet
tooth–teeth louse–lice
mouse–mice
45

Self-Test
Write the plural of each of these nouns. If you have access
to a dictionary, you may need to use it; if not, and if your
guess is wrong, memorize the forms given in the answers
to this test.
1. leaf 2. year
3. deer 4. holiday
5. coach 6. piano
7. knife 8. tooth
9. radio 10. fox
11. echo 12. tomato
13. bunch 14. window
15. ox 16. spy
17. goose 18. hoof
19. wish 20. copy

Write each sentence. Correct the errors in plural forms of


nouns.
1. The childs were told not to play ball in the alleys.
2. The donkeys carried pouchs of gold.
3. Several tooths from sharkes were found on the beachs.
4. These forkes and knifes are scratched.
5. Basketball hoops are ten foots from the floor.
6. Basketes measure eighteen inchs across.
7. Both halfs of the court have basketes.
8. There are many types of passs and shots in the game.
9. Many large citys have pro teames.
46

10. Bill Russell and Wilt Chamberlain are my heros.

The Possessives of Nouns


Nouns can indicate possession or ownership.
Mr. Lowe's car
a farmer's land
Betty's keys

Nouns can show that something is part of a person.


Meg's sense of humor
Harold's concern

The 's makes the above nouns show ownership. Words like
farmer's, Meg's, and Harold's are called possessive nouns.

Usually, people and animals possess things. Sometimes,


however, things are also used in the possessive. We speak
of a week's wages, a day's work, or a city's growth.

Forming Possessives
There are three rules for forming the possessive of nouns.
1. If the noun is singular, add an apostrophe (') and s.
Amanda Amanda's arm
Ross Ross's desk

2. If the noun is plural and ends in s, add just the apostrophe.


artists artists' studios
Spencers Spencers' home (home of the Spencers)
47

3. If the noun is plural but does not end in s, add an


apostrophe and s.
women women's discussion
people people's choice

Self-Test
Write the possessive form of each of these nouns.
1. mayor 2. Meg
3. country 4. senator
5. today 6. ranch
7. child 8. player
9. Penny 10. host
11. car 12. Charles
13. runner 14. store
15. secretary 16. admiral
17. Jenny 18. salesperson
MODIFICADORES, QUALIFICADORES, ESPECIFICADORES etc.

QUANTIFIERS
CONCEITUANDO
Em Inglês, existe um grupo de palavras usadas ao
lado dos substantivos com objetivos específicos.
Para cada objetivo teremos uma terminologia Countable são aqueles substantivos que podemos contar, não
diferente. necessitando de nenhuma unidade de medida, permitindo a
forma singular e plural.

 Objetos em geral, animais, pessoas etc.


1. QUANTIFIERS (QUANTIFICADORES)
Uncountable são os substantivos que não podemos contar,
Usamos com o objetivo de indicar quantidade tornando-se necessária uma unidade de medida. Esses
exata ou aproxima da algo. Os QUANTIFIERS são substantivos só apresentam a forma singular.
usados em função do valor numérico do
 Pó, Líquido, Coisas do Pensamento etc
substantivo, portanto, há um grupo para os
substantivos contáveis (Countable Nouns) e outro
para os substantivos incontáveis (Uncountable
Nouns).
48

PRATICANDO O CONCEITO Os três indicam a mesma coisa: uma grande


quantidade. No entanto, o uso de cada um irá
Identifique os Substantivos, traduza-os e os depender justamente do tipo de substantivo.
classifique em contáveis e incontáveis
- “Much” é usado nos casos de substantivos não-
1. I don't like milk.
_______________________________________ contáveis.
_______________________________________ Ex: How much sugar do you need? = Quanto de
______________ açúcar você precisa?
2. I prefer tea.
_______________________________________ - “Many” é usado nos casos de substantives
_______________________________________
______________ contáveis.
3. My mother uses butter to prepare cakes. Ex: How many students are there? = Quantos
_______________________________________ estudantes estão lá?
_______________________________________
______
- “A lot of” é usado em ambos os casos.
Ex: I have a lot of thing to do. = Eu tenho um monte
de coisas pra fazer.
_

4. There are a lot of windows in


our classroom.
_______________________________________
_______________________________________
______________ “Too” e “So”
5. We need some glue to fix this vase.
_______________________________________ São usados para intensificar algo. A diferença é que
_______________________________________ “too” dá a impressão negativa de exagero,
______________
6. The bread my mother prepares is enquanto “so” indica uma grande quantidade,
delicious. porém positiva.
_______________________________________
_______________________________________ Ex: There is too much traffic in New York. = Há
______________
tráfico demais em Nova York.
7. Drivers must be careful; the road
is slippery. I love you so much. = Eu te amo muito.
_______________________________________
_______________________________________
______________
8. I'd like some juice please!
_______________________________________
_______________________________________ “Little”, “Few” e “Enough”
______________
9. The exercises on this website are Os quantifiers “little” e “few” possuem o mesmo
interesting. significado: uma pequena quantidade de uma
_______________________________________ coisa. A diferença entre os dois é que enquanto
_______________________________________
______________ “little” se refere aos substantivos não-contáveis,
“few” se refere aos contáveis.
VISÃO GERAL SOBRE QUANTIFIERS E INTENSIFIERS
Ex: There are a few people in theater. = Há poucas
pessoas no teatro.
Add a little sugar, please. = Adicione um pouco de
Much”, “Many” e “A Lot of” açúcar, por favor.
49

“Enough” se refere a algo suficiente, podendo ser


usado tanto nos casos de substantivos contáveis
como nos incontáveis.

Ex: There isn’t enough food. = Essa comida não é


suficiente.

B. much, many, few, little, most.

OUTROS QUANTIFIERS

RESUMINDO:
1. SOME, ANY, NO, EVERY

Trabalhamos com esses termos quando estudamos


os Indefinite Pronouns (somebody, everywhere
etc)

* O termo NONE é usado quando substituindo um


sujeito oracional.
Pedro and I don’t like Anitta’s songs.
NONE of us like Anitta’s songs

SOME – Frases afirmativas com ideia de alguns


I. In the following sentences, fill in the ANY – Frases negativas com ideia de nenhum
gaps with one of the following ANY – Frases interrogativas com ideia de algum
quantifiers:
NO – Frases afirmativas com ideia de quantidade zero

NONE – Mesma função do NO, mas funciona como sujeito

A. much, many

2. “A” ANTES DE FEW E LITTLE


Uso de “a” antes de FEW e LITTLE (ideia de UM POUCO)

A expressão a few é geralmente traduzida


50

por alguns, algumas. Posso dizer aqui que se trata


de algo semelhante a some. Isso quer dizer que as
duas sentenças abaixo estão corretas:
 I have a few friends in São Paulo. (Eu tenho
alguns amigos em São Paulo.)
 I have some friends in São Paulo. (Eu tenho
alguns amigos em São Paulo.)
A diferença, no entanto, está no fato de que a
few passa uma ideia de pouco, massome já quer
dizer que tem um pouco mais. Nas duas sentenças
acima, está no lucro a pessoa que diz, “I have
some…“. Essa pessoa tem um pouco mais de
amigos que a outra que disse, “I have a few…“. O
que dizer da sentença abaixo?

 I have few friends in São Paulo. (Tenho poucos 4. LOT OF, LOTS OF e PLENTY OF (muita quantidade)
amigos em São Paulo.)
Só a palavra few passa uma ideia negativa. Em
outras palavras, ao usarmos a palavrafew (sem
o a antes dela) passamos uma ideia de que temos PLENTY OF
Indica BASTANTE na ideia de se ter o suficiente para fazer algo.
poucos amigos mesmo e isso é ruim. Veja outros
exemplos:

 I bought some books yesterday. (Eu comprei


alguns livros ontem.) [Foi o suficiente! Então, estou
feliz!]
 I bought a few books yesterday. (Eu comprei Os termos A LOT OF e LOTS OF são usados
alguns livros ontem.) [Não tanto o quanto eu indiscriminadamente na língua inglesa e ambos
queria! Mas, está bom!] indicam grande quantidade de alguma coisa, seja
 I bought few books yesterday. (Eu comprei ela contável ou incontável.
poucos livros ontem.) [Queria ter dinheiro para
comprar mais! Que chato!]

5. LISTA COMPLETA (COMPLETE LIST)

3. CONTAINERS With Uncountable Nouns


São termos usados para elementos que abrigam
em si ou envolvem substantivos incontáveis.  much
 a little/little/very little *
 a bit (of)
 a great deal of
 a large amount of
 a large quantity of

With Both

 all
 enough
 more/most
 less/least
51

 no/none
 not any
 some
 any
 a lot of
 lots of
 plenty of

With Countable Nouns

 many
 a few/few/very few **
 a number (of)
 several
 a large number of
 a great number of
 a majority of
52

In each sentence, choose the best phrase to complete the gap from the choices below (a, b, c, or d).

1. The receptionist at the front desk gave me two _______ .a) informations b) information c) pieces of information d) lots of
information

2.My cousin is very beautiful. She has green eyes and ________ .a) long hair b) long hairs c) a long hair d) a long length of hair

3. _________ have you got in the bank? Is it enough to buy a house?) How many moneys b) How many money c) How much
money d) How much moneys

4. On Saturday, my friend Paul went fishing and he caught ________ .a) three fish b) three fishes c) three items of fish d) three of
fish

5. Can I borrow _______ from you? I've left mine at home and I want to write some notes.a) paper b) a paper c) a slice of paper d)
a piece of paper

6. How many ________ did the teacher give us today? He always gives us a lot to do.a) homework b) homeworks c) a lot of
homework d) pieces of homework

7. Every morning before I come to school, I spend thirty minutes doing _______ .That's how I stay so slim.a) exercise b) an
exercise c) some exercises d) some pieces of exercise

8. Your sister is a great pianist. She played ________ at the party. a) a lovely music b) some lovely musics c) lovely musics d) a
lovely piece of music

Fill in the gaps with some, any or a - an.

1. I’m really thirsty. I need ________ water, please.

2. I went to the library, but I couldn’t find ________ books about art.

3. Can you give me _________ coffee, please?

4. She sent ________ postcards to her friends, but she didn’t make _______ phone calls when shewas in Britain.

5. It’s very sunny but there is only _________ child playing in the street.

6. I bought __________ coffee, but I didn’t buy ________ tea or ________ papaya.

7. Have you got __________ chocolate biscuits? I’m sorry, there are____________ biscuits left

8. “Mary, I’m afraid there isn’t __________ juice in the fridge but there’s __________ pineapple.

9. They ate ____________apples, ___________ mango, but they didn’t eat ___________ oranges.

10. A. “Would you like ___________ cheese? It’s delicious”. B. “Ok, give me__________.”

11. Is there __________ oil in the kitchen? No, there isn’t ___________ but there’s __________ butter.

Fill in the gaps with some or any:

Charles: Alice! Have we got ____________ eggs?

Alice: Yes, there are ____________ in the cupboard.


53

Charles: Have we got ______________ cheese?

Alice: Yes, there’s ____________ in the fridge.

Charles: Can I use ___________ olive oil?

Alice: Yes, of course.

Charles: I need ____________ tomatoes.

Alice: We haven’t got _____________.

Charles,would you like ___________ help?

Charles: No, thanks, I’m OK.

Tom: Let’s go for a picnic in the park.

Sarah: OK. We’ll make _________ sandwiches. What do weneed?

Tom: We haven’t got ___________ bread. Can you buy ________?

Sarah: Yes, sure. What about butter?

Tom: We’ve got __________. I’ll buy _________cheese.

Sarah: OK, and is there __________ orange juice in thefridge?

Tom: No, I’ll get __________.

Sarah: Good. Do we need ___________ apples or cherries?

Tom: Just ___________ apples.

Sarah: Oh dear! I haven’t got ___________ money to buy the bread!

Tom: Don’t worry. I’ll lend you ____________.

Barbara: Is there __________ milk left?

Katherine: Yes, there is ___________ in the bottle on the table.

Barbara: Would you like ___________ milk?

Katherine: No, thank you. I don't think I'll drink _________ tonight.Could I have __________ water, please?

Barbara: Sure. There is ___________ in the fridge

.Katherine: There is ________ Chinese boy in my English class.

Barbara: That’s interesting; could you ask him __________ questionsfor me?

Katherine: No problem.

Barbara: Could ask him ___________ questions about life in China?

Katherine: I would be happy to do that for you.


54

Complete with much, a lot of, any, some,

When we got to the beach, ___________ people were already there, and we couldn't find a place to sit down. There
weren’t ____________ empty spaces near the beach, but they were ______________ empty spaces a long way from the sea. We
walked along the beach for a while, but we didn't have ____________fun because we kept bumping into people. Finally, we
decided to get back in the car and go down the coast to the next beach. This was _____________ better; there were only
______________ families on the beach, so there was _______________ room to spread out our things. Because we had eaten so
_____________food in the car, all we wanted to do was lie down, and after ____________ minutes we were all dozing happily
in the sun.

Complete with much or many and a word from the box.

children coffee experience fish fish furniture help house work luggage money news sugar things time times wine women

1. 'How ____________ __________ are there in the picture?'

'Two. A yellow and a green one.'

2. 'How ____________ __________ have you got on you?'

'One pound twenty.

3. 'How ____________ __________ are there in your choir.'

4. 'How ____________ __________ have you received from your uncle?' 'I haven't heard from him lately.'

5. 'How ____________ __________ would you like with your rice?'

'Just a little, please.'

6. 'How ____________ __________ has he got?'

'Two. A son and a daughter.

7. I do not have to do _________ ________. I only do the washing up

8. 'How ____________ __________ do they have?' '

Six. But they don't lay eggs.'

9. How ____________ ___________ have we got to finish the project?

10. He does not eat _________ ________. He likes only tuna

.11. The bedroom does not need _________ __________.

12. They have not caught __________ _______ from the river.

13. We don't eat as _________ ________ as they do. We usally have honey instead.

14. We do not need as __________ _________ as last time. We will basically manage alone.

15. How ___________ ________ have you been to France?

16. I have got so _________ ___________to tell you.


55

CARTER & MAcCARTHY, CAMBRIDGE GRAMMAR OF ENGLISH, CAMBRIDGE: CUP, 2006


56
57

2. ARTIGOS
(DETERMINANTES)
58

ARTICLES • antes de substantivos de uso comum e de


substantivos incontáveis.
Assim como no português, os artigos em inglês
Ex: gold (ouro) money (dinheiro) coffee (café)
também são classificados em definidos e
indefinidos. • antes de pronomes possessivos.
Ex: our dress (nosso vestido) their house (casa
O artigo definido é o THE (o, a, os, as), e os
deles(as))
indefinidos são A, AN (um, uma).
• antes de alguns substantivos como home, church,
THE:
school, hospital, bed, prison,quando usados para o seu
O artigo definido é usado:
propósito original.

• antes de substantivos que podem ser precedidos


Ex: I go to church. (to pray)
ou não por adjetivos.
Eu vou para a igreja. (para rezar)
Ex: the girl (a menina) the pretty girl (a menina
bonita) I go to school. (to study)
Eu vou para a escola. (para estudar)
• antes de nomes de instrumentos musicais ou
nomes de famílias. A, AN
Ex: the piano (o piano) the Kennedys (os Kennedys)
Existem dois artigos indefinidos com usos
• antes de nomes de oceanos, mares, ilhas, rios, diferentes no inglês: a, an
montanhas, países, hotéis, cinemas, teatros, trens e
navios. • A: é usado antes de sons de consoantes.
Ex: the Pacific (o Pacífico) Ex: a car (um carro) a chair (uma cadeira)
the United States (os Estados Unidos), etc.
• AN: é usado antes de sons de vogais.
• antes de um representante de uma classe ou Ex: an egg (um ovo) an umbrella (um guarda-
espécie. chuva)
Ex: the poor (os pobres) the rich (os ricos)

• antes de um substantivo único na espécie.


Ex: the earth (a terra) the sun (o sol)

Quando o artigo the é omitido:

• antes de nomes próprios, nomes de línguas e


ciências.
Ex: Beth English (Inglês) geography (geografia)
59

pronouncing 'the' 1.164 'The' always has


the same spelling, but it has three
different

pronunciations:

• /də/ when the following word begins


with a consonant sound.

...the dictionary...the first act...the big


box.

• /dɪ/ when the following word begins


with a vowel sound.

...the exhibition...the effect...the

• /diː/ when it is emphasized.

1.165 You can use a noun group


consisting just of 'the' and a noun when
1.163 Because 'the' is the commonest you are referring to a
specific determiner, you can put 'the' in
specific person or thing, or to a specific
front of any
group of people or things, and you know
common noun. that the

person you are talking or writing to will


understand which person, thing, or
She dropped the can into the grass. group you are
The girls were not in the house. referring to.

In these examples, the use of 'the can'


means that a can has already been
mentioned; 'the The expedition sailed out into the Pacific.

grass' is probably definite because it has We are going to miss you in the
already been stated that 'she' is outside, university.
and the

presence of grass may also have been


1.168 Another group of nouns which can
stated or is presumed; 'the girls' , like
be used with just 'the' are nouns which
'the can', must
are normally
have been mentioned before, and 'the
count nouns but which are used in the
house' means the one where the girls
singular to refer to something more
were staying at
general.
the time.
60

For example, you can use 'the theatre' or After weeks of looking, we eventually
'the stage' to refer to all entertainment bought a house.
performed in

theatres. Similarly, 'the screen' refers to


films in general and 'the law' refers to
the system of 1.217 You can also use 'a' or 'an' in a
laws in a country. noun group after a link verb, as the
complement of a

clause, to give more information about


For him, the stage was just a way of someone or something.
earning a living.

He was as dashing in real life as he was


on the screen. She is a model and an artist.

They do not hesitate to break the law. His father was an alcoholic.

The general way: using 'a' and 'an' 1.219 You can use 'a' or 'an' with a noun
when you are using

one individual person or thing to make a


1.213 'A' and 'an' are the commonest
general statement about all people or
general determiners. They are used to
things of that
talk about things
type. For example, if you say 'A gun
or people in an indefinite way. You put
must be kept in a safe place', you are
'a' or 'an' in front of the singular form of
talking about an
a count noun.
individual gun in order to make a general
statement about all guns.
We've killed a pig.
A computer can only do what you
He was eating an apple. program it to do.

An old lady was calling to him. A dog likes to eat far more meat than a
human being.

1.215 You usually use 'a' or 'an' when


you are mentioning someone or
something for the first

time.

She picked up a book.


61

SWAN, MICHAEL. HOW ENGLISH


WORKS. OXFORD: OUP, 1997
62

VERBOS
63

NÃO DEVEMOS CONFUNDIR


Considerações de Carther & Mc.Carthy (2006) PARTICÍPIO PRESENTE COM GERUND
CASE OU DERIVATIONAL -ING

O gerúndio, tal como em português, equivale com o uso


do -ing form no aspecto verbal continuous (I am working –
eu estou trabalhando; He was working – ele estava
trabalhando etc), mas não pode ser comparado com o
sufixo derivacional -ing usado em alguns adjetivos
causais (boring – chato, interesting – interessante etc) ou
com o gerund case (Loving can hurt – O amor pode
CONVERSION:
Verbs may be formed by conversion from other word classes: machucar; Maria loves swimming – Maria ama nadar).
- to hand something to someone (verb related to noun)
- to empty a glass (verb related to adjective)
Os adjetivos causais são aqueles que, na maioria dos
casos, se opõem aos adjetivos consecutivos e indicam a
ADJECTIVE: causa para algo que é expresso pela palavra de base. Uma
Prefixes are also used with verbs to create new verbs. The most common prefixed used
with verbs are UN-, OUT, -OVER, -UNDER. pessoa é interessante (interestING), pois ela CAUSA o
- Unpack - Overeat - Underestimate meu interesse e, portanto, como CONSEQUÊNCIA, eu
ficarei interessado (interestED).
Verbs are either regular or irregular. The regular form simply adds inflections to the
base form without internal change. O gerund (que não é gerúndio do Português) se trata da
Verb inflections indicate number, agreement and whether the form shows tense conversão de verbos em substantivos (verbos
(present or past) or not: „substantivados‟) para exercer a função de sujeito ou
Base (infinitive form) – talk
objeto de uma oração.
present form – talk
-s form (third person of singular in present form) - talks
-ing form (present participle form) - talking
part form (simple past form) – talked
ed- participle form (past participle form) – talked ORGANIZAÇÃO DIDÁTICA DOS
IRREGULARES
Only the verb be has separate inflectional forms for all of the different categories of https://www.espressoenglish.net/tips-for-learning-irregular-verbs-in-english/
form

Base (infinitive form) – be


present form – am; are
-s form (third person of singular in present form) - is
-ing form (present participle form) - being
part form (simple past form) – was, were
ed- participle form (past participle form) – been

IRREGULAR VERBS
The ones with variety types of ending and / or internal change applied to the base
form.
There are approximately two hundred and fifty irregular verbs in English. Almost all
irregular verbs are irregular only in terms of their past and past participle form.

EM RESUMO:

Há cinco tipos de flexão (inflection) para


verbos em inglês (a de presente, a de terceira
pessoa do singular no presente, a de particípio
presente, a de passado e a de particípio
passado.
64
65

EXERCÍCIO
Determine a o tipo de flexão dos verbos apresentados a
seguir:
01. I was here. I lived, I loved.
02. She has been fine.
03. I am ok.
04. Claire can dance very well.
05. Shut up!
06. Don‟t talk to me like that again.
07. Paulo works downtown.

What is the past simple and the participle form of the


verbs DREAM, EAT, GET, RING, RISE, TEAR, WRITE?
66

verbal, já que usa modais ou outras formas


compostas para as indicações.

TENSED AND NON-TENSED VERBS

Os verbos que indicam PASSADO ou PRESENTE são chamados de tensed verbs, pois indicam
tempo verbal (tense) as demais formas verbais são non-tensed, pois as formas podem ocorrer
em diferentes tempos. O -ing pode acontecer no passado (I was working) e no presente (I am
working), por exemplo.

O termo VOZ (voice) pode ser chamado de GENDER OF VERBS ou de DIATHESIS.

Em português, trabalhamos com as vozes ATIVA, PASSIVA e REFLEXIVA.

Em inglês, teremos apenas ACTIVE VOICE e PASSIVE VOICE. Identificamos a voz


passiva pela presença obrigatória do verbo to be (no tempo expresso pela ação)
e o verbo principal (indicando a ação) no particípio passado, sempre.

SOBRE PASSIVE VOICE:

Voz passiva é a ênfase no objeto em


detrimento ao sujeito. Todo verbo na voz
passiva se trata de uma locução (verb
phrase), em que teremos to be (indicando o
tempo) e o verbo principal no particípio
PARA RESUMIR... passado.
Um tempo verbal é a reunião de uma FORMA
(form), que pode ser PRESENT ou PAST e um
ASPECTO (aspect), que pode ser
PROGRESSIVE / CONTINUOUS, PERFECT
ou PERFECT CONTINUOUS / PERFECT
AND PROGRESSIVE COMBINED.

Sendo assim, os únicos TEMPOS VERBAIS


(VERB TENSES) genuínos do inglês são
PRESENT CONTINUOUS, PRESENT
PERFECT, PRESENT PERFECT- Em caso da oração ter mais de objeto, ela
CONTINUOUS, PAST CONTINUOUS, PAST admitirá duas formas de voz passiva:
PERFECT, PAST PERFECT CONTINUOUS. As
outras manifestações verbais serão chamadas Cleide gave me some flowers
de FORMAS VERBAIS (VERB FORMS), como
é o caso do SIMPLE PRESENT, SIMPLE PAST,
1. Some flowers were given to me by
FUTURE WITH WILL etc. É fundamental Cleide
compreender que o futuro é a forma que 2. I was given some flowers by Cleide
menos apresenta característica de tempo
67

Omitimos o agente (by + referência) the same verb can be used transitively,
quando este for óbvio (termos como followed by the object, or intransitively,
people, everybody, they etc são without the
considerados agentes obvios) original performer being mentioned.

Someone has opened the fridge In the first example below, 'the door' is the
object of the verb 'opened', but in the
The fridge has been opened. second

example 'the door' is the subject of


'opened' and there is no mention of who
EXERCÍCIO:
opened the door.
Converta as seguintes frases para a voz passiva:

01. They gave Bob a CD player for his


When I opened the door, there was
birthday.
Laverne.

Suddenly the door opened.


02. The prime minister will give a medal to An explosion shook the rooms.
the winners.
The whole room shook.

03. She is telling the children a story.

CAUSATIVE VERBS:
04. They‟ve offered Sally a job.
A voz passiva também poderá ser usada de forma
diferenciada em certas situações especiais com os
05. Poisonous chemicals have polluted the verbos GET e HAVE para indicar o
river. CAUSATIVO.

O causativo se trata da indicação de que alguém


06. Doctor Simms is examining her. TEVE ALGO FEITO EM SI POR OUTRA PESSOA
A SEU PEDIDO.

Acompanhe a lógica e a sequência das frases:


ALGUNS PONTOS DE SINCLAIR EM COLLINS COBUILD
ENGLISH GRAMMAR (2011)
1. Maria has a car (Maria tem um carro)

2. Maria wants to wash her car. (Maria quer lavar seu


ergative verbs
carro)
Some verbs allow you to describe an action 2. Pedro washed Maria‟s car. (Pedro lavou o carro de
from the point of view of the performer of Maria)
the

action or from the point of view of


Os verbos causativos do inglês são LET (permitir),
something which is affected by the action.
This means that GET (fazer) e HAVE (ter).

1. LET – usado para indicar que alguém foi permitido a fazer algo:
68

a. John let me drive his new car (John me deixou dirigir seu carro Existem três MODOS VERBAIS em inglês:
novo
b. Will your parente let you go to? (Seus pais vão lhe deixar ir?)
INDICATIVO, IMPERATIVO e SUBJUNTIVO:

- INDICATIVO: É o mais comum de


2. MAKE – significa FORÇAR ALGUÉM A EXECUTAR ALGO.
a. My teacher made me apologize for my mistakes. observarmos em frases declarativas gerais
(Meu professor me fez pedir desculpas por meus erros)
b. She made her children finish their homework
(Ela fez seus filhos terminarem seus trabalhos de casa)
- SUBJUNTIVO: Está ligado ao uso de inglês
3. HAVE – responsabilizar alguém por fazer algo. (ter algo feito por formal em casos bastante restritos. Será o uso do
alguém) verbo em sua forma de base (infinitivo) depois
a. Please have your secretary phone me.
(Por favor, peça a sua secretaria para me ligar)
das expressões insit that, recomend that, demand
b. I have the dishes washed by Maria. that, suggest that etc. A forma WERE nas orações
(Maria lavou a louça para mim) condicionais também será considerada subjuntiva
4. GET – convencer alguém a fazer algo para você. (if I were you, I would not talk to her)
a. How can parentes get their children to read more?
(Como os pais podem fazer seus filhos lerem mais?
b. TV commercial are trying to get people to stop smoking. - IMPERATIVO: está ligado ao uso de verbos em
(Comerciais estão tentando convencer as pessoas a pararem de
fumar) sua forma de base também iniciando o período
(essa é a sua diferença para o subjuntivo, levando-
se em consideração que as duas formas se
apresentam da mesma maneira.

TEMPOS E FORMAS VERBAIS

EM RESUMO...
69

001 | In: "The invention of the automobile has


changed American

life in several ways", the passive voice is:

a) “American life is being changed in several


ways”.

b) “American life was being changed in several


ways”.

c) “American life is changed in several ways”.

d) “American life has been changed in several


ways”.

e) “American life would be changed in several


ways”.

002 | In: "This expedition will use a special


Russian-owned ship",

the passive voice is:

a) A special Russian-owned ship will use by this expedition.

b) A special Russian-owned ship would use by this expedition.

c) A special Russian-owned ship will be used by this expedition.

d) A special Russian-owned ship would be used by this


expedition.

e) A special Russian-owned ship would used by this expedition.

003 | The problem __________ discussed by the


board of

directors when it was proposed again by the


supervisors.

a) had already

b) is already

c) had already been

d) has already

e) has already been


70

004 | What‟s the active voice for "The first roller


skates were made in 1760 by Joseph Merlim"?

Joseph Merlim __________ the first skates in 1760.

a) made

b) makes

c) has made

d) was making
71

READING | LEITURA
E
ESTUDOS EM TRADUÇÃO
72

Uma revisão dos aspectos da Tradução em Linguística Aplicada

André de Oliveira Nascimento

As bases de Línguistica Aplicada não estão bem definidas para o mundo acadêmico. Não sendo
ainda estabelecida uma palavra final a fim de que se determine se essa área de conhecimento é uma
subárea da Línguistica ou se é uma área autônoma. Os estudos atrelados a Tradução enfrentam
paradigmas semelhantes no que concerne a padronização de uma tradução de qualidade. Quais seriam
então as etapas no processo tradutório que levariam ao alcance de uma excelente execução no trabalho do
tradutor? Como avaliar esse processo? Seria a teoria uma resposta eficaz para os dilemas cotidianos que
um profissional da área venha a enfrentar? Esse trabalho não tem a presunção de ser um marco de
definição na resposta de tais questionamentos, no entanto, pretende-se dar uma perspectiva prática aos
mesmos.
De acordo com Rodrigues, “a Tradução, assim como o ensino e aprendizagem de línguas vem sido
praticada há milênios, mas enquanto áreas de investigação teórica ambas têm história recente”
(RODRIGUES, p.180, 1993). Portanto, a existência de ambas não era dependente de suporte teórico ou
pelo menos somos levados a crer nisso, caso não consideremos a declaração de Arrojo: “mesmo o
tradutor que pensa poder traduzir sem se preocupar com teorias, ou sem conhecê-las ele estará seguindo
normas que pressupõem uma postura teórica – ou ideológica – ainda que não se dê conta disso”
(ARROJO, apud, RODRIGUES, p. 181, 1993).
Entretanto, uma questão que frequentemente se levanta é até que ponto seria necessário o ensino
da teoria nos cursos de tradução? Isso não transmitiria uma falsa impressão ao tradutor/aprendiz de que o
domínio da teoria o tornaria um profissional melhor? Caso teorizado, qual seria a melhor linha da
Tradução? A Tradução36 literal ou a Tradução livre?
Antes disso, é válido mencionar uma das definições de Hatim e Mason sobre o ato de traduzir:
“(...) inevitavelmente, os tradutores estão agindo sob a pressão de seus próprios condicionamentos sociais, enquanto
tentam concomitantemente assistir a negociação de significado entre o produtor do texto na língua fonte (LF) e o leitor na
língua alvo (LA), sendo que ambos existem dentro de suas próprias e distintas estruturas sociais.” (HATIM e MASON, p.
1, 1990 – grifo meu)37.

36
É valido estabelecer a diferença entre tradução, interpretação e versão a fim de que se dê prosseguimento por parte do
leitor sem que haja quaisquer dúvidas terminológicas. Chama-se de tradução o processo de língua-alvo para a língua-fonte,
isto é, um tradutor brasileiro que traduza Shakespeare estará trazendo o texto do inglês para o português. Já um tradutor
brasileiro que traduza um livro de Machado de Assis para o francês estará fazendo uma versão, pois levará o texto da língua-
fonte (português) para a língua alvo (francês). Língua-alvo é SEMPRE aquela que não é a primeira língua do tradutor.
Interpretação é a Tradução que se encarrega da transferência do discurso oral de uma língua para a outra, sendo dividida em
três modalidades: Simultânea, Consecutiva e Sussurrada (whispered interpretation or chuchotage).
37
Tradução minha
73

Portanto, não é possível dissociar a prática da tradução do contexto social de que cada profissional
(tradutor/aprendiz) esteja inserido, isto é, que tipo de condição social na relação entre os profissionais
seria considerada em uma padronização (relações entre empregados de uma agência, tradutor-cliente,
tradutores freelancers), conforme Hatim e Mason também questionam (HATIM e MASON, p. 1, 1990).
Ou seja, percebe-se que as visões teoricistas tendem a ser descontextualizadas da realidade da prática da
Tradução, pois tais abordagens consideram a Tradução um processo estático e universal, isto é, não
condicionado a variáveis temporais. Não considerando também o histórico até o momento da execução da
tradução (background) e das equivalências em diferentes áreas. Uma solução para determinada tradução
dada por um mesmo tradutor pode mudar em decorrência de tempo, contexto profissional e até mesmo
devido aos padrões e normas muitas das vezes pré-estabelecidos pelo cliente final, que podem ir de contra
a própria forma a qual o tradutor faria determinada negociação de significado.
Além do contexto no qual o tradutor está inserido em determinado momento que pode influenciar na
solução dada, o que também deve ser considerada é o contexto equivalência (possível correspondência)
terminológica de cada léxico em determinado contexto. Como o que definiria, por exemplo, quando o
termo em inglês “vessel” seria traduzido como “vaso” ou como “embarcação” em português. Contudo, a
discussão não é tão simples assim, pois os teóricos da Tradução não concordam num padrão de definição
do termo equivalência, dado que muitos tendem a estabelecer a mesma como uma correspondência fixa
entre línguas, sendo na esfera gramatical concernente à estrutura e na esfera semântica (expressões
idiomáticas, vocábulos etc.). Seria uma falácia transmitir aos aprendizes de tradução ou esperar que
profissionais experientes acreditassem que existisse um “sentido original”, numa forma
descontextualizada, conforme foi esclarecido por Rodrigues (RODRIGUES, p. 185, 1993). Snell-Hornby
fez um amplo estudo ligado a essa busca por equivalentes precisos e chegou a seguinte definição:

“O termo equivalência, além de ser impreciso e mal definido (mesmo depois de calorosos debates por cerca de 20 anos),
indica uma ilusão de simetria entre línguas que mal vai além de aproximações vagas e que distorce os problemas básicos da
tradução.” (SNELL-HORNBY, apud, RODRIGUES p. 182, 1993 – grifo meu).

Conforme supracitado, a tradução não pode ser um processo fixo ou estático, pois tradução em si é
comunicação, conforme Candlin explicita (CANDLIN, apud, HATIM e MASON, p. viii, 1990).
Entretanto, há pessoas que vão mais afundo em suas definições, como George Steiner que chega a dizer
que todo ser humano ao ler ou escutar qualquer texto, ele está diante de um ato tradutório, pois o mesmo
está codificando dois sistemas semióticos no que tange a construção imagética. Além de possuirmos o
desafio de dar uma resposta apropriada fazendo uso de nossos sistemas semióticos e linguísticos,
considerando ainda a nossa cultura (STEINER, apud, HATIM e MASON, p. viii, 1990). Portanto, não é
possível considerar a tradução como algo fechado, pois assim como a língua está em movimento, sua
produção (entrelaçada a língua em si) também está, considerando a definição de Hatim e Mason ao dizer
74

que a “Tradução não é considerada como um exercício linguístico estéril, mas como um ato de
comunicação” (HATIM e MASON, p. xi, 1990)38.
Outro fator de grande relevância seria como o atuante da área de tradução poderia lidar com a
complexidade do seu serviço, a enorme pressão dos prazos (deadlines) que se tornam cada dia mais
curtos, devido a inúmeros fatores39. Conseguindo, portanto, aliar as teorias que preconizam facilitar a
operação “empírica” e “intuitiva” do traduzir, de acordo com a definição de Mounin e Catford (MOUNIN
e CATFORD, apud, RODRIGUES, p. 180, 1993). Pensar que um tradutor em prática profissional virá a
buscar teorias ao invés de dicionários ou buscar a opinião seus pares se não for improvável é no mínimo
incoerente. Pois é um espaço comum de conhecimento que as traduções têm sido feita num ritmo de
produção numa dinâmica mecanizada, quase que fordista, ao invés de ser uma prática, como defendem os
teóricos, que considere o intelecto e o questionamento a fim de se alcançar uma solução mais qualitativa
na transferência/negociação de significado entre línguas. Sobre a problemática do tempo e dos prazos
Hatim e Mason dizem que:

“No papel de tradutor, nós frequentemente sentimos que em particular ponto no nosso trabalho, algo de interessante estava
acontecendo, algum procedimento ou solução que merecesse ser gravada, alguma regularidade do processo de tradução que
pudesse ser sistematizada e testada através do confronto de dados, caso tivéssemos tempo de tirar uma pausa de nossos
trabalhos, esquecer-nos dos prazos e refletirmos um pouco. Porém, esse é um luxo que tradutores raramente podem dispor –
exceto, certamente, nos casos quando eles podem ausentar-se da Tradução.” (HATIM e MASON, p. xi, 1990). 40

É válido salientar, que de forma nenhuma se acredita por parte dos tradutores que o distanciamento da
teoria acarretaria num nível de tradução inferior aquela preconizada pelos teóricos. Muito pelo contrário,
os tradutores parecem estar mais centrados no que diz Bondenave, de que a “tradução não é um conteúdo
(matéria) a ser transmitida... é um fazer, um fazer intelectual” (BONDENAVE, apud, Rodrigues, p.181,
1993), isto é, eles são mais ligados a sua própria prática e repensá-la (ouvindo seus pares ou não) do que
ler teorias definidoras de diretrizes.
Outro problema decorrente da teorização da Tradução é que a uma falsa ideia de que o domínio da
teoria levaria ao praticante a atingir “melhores resultados” nas suas soluções, conforme esclarece
Rodrigues (RODRIGUES, p.184, 1993). Porém, tal conceito se não é refutado, é pelo menos ignorado e
isso pode se atestar não apenas em literatura recente sobre a área da Tradução, como também pode ser
percebido por meio de ferramentas de mídias sociais tais como o Facebook e blogs, onde os tradutores
38
Idem.
39
Não se pretende tratar no artigo a problemática da relação de competitividade comercial entre agências/clientes, que
acarretam em tais mudanças do caráter da prática da Tradução pelo profissional. Assim como também não cabe a este artigo
julgar ou caracterizar que tipo de serviço será entregue dentro de prazos quase inalcançáveis e nem a análise de soluções dada
por dicionários online ou ferramentas de tradução online.
40
Tradução minha. Trecho original: “As translators ourselves, how often have we felt that, at a particular point in our work,
something interesting was taking place, some procedure or solution which deserved to be recorded, some regularity of the
process of translating which could be systematized and tested against other data, if only we had the time to pause in our work,
forget about deadlines and be reflective for a while. But this is a luxury which translators can rarely afford – except, of course,
when they can take time off from translating.
75

tiram dúvidas com outros tradutores. Fazendo assim, uma comunidade de rede de apoio coletivo e
nenhuma literatura teórica são usadas como base de suporte, além da experiência de colegas mais antigos
(par mais competente)41 ou no apoio com diferentes possibilidades contextualizadas.
O conceito de que o domínio da teoria levaria a uma melhor prática de tradução além de não ser
consistente, desmerece o ator do processo de negociação dos significados – o tradutor. Pois conforme
Rodrigues explicita, o tradutor não mais seria sujeito ativo que pudesse refletir e analisar as melhores
condições, ele se tornaria ao invés disso um individuo passivo que seria apenas um agente intermediador
dos textos para os equivalentes semânticos da língua alvo ou da língua fonte (RODRIGUES, p.184,
1993). Não considerando a plasticidade intrínseca da prática, dependendo das mais diversas variáveis.
Muitos tradutores, apesar de começarem fazendo trabalhos de todas as áreas, tendem a se
especializar em determinada área de conhecimento, tornando-se grandes conhecedores de terminologias
específicas, utilizando a teoria apenas como uma base complementar. E não como o fundamento essencial
de sua prática no ato de tradução.

41
Teoria de Zona de Desenvolvimento Proximal do cientista bielorusso Lev Vygotsky.
76

TRADUÇÃO – TRANSLATION

Apesar de termos aprendido técnicas específicas para leitura e interpretação de textos em inglês, algumas vezes a
tradução de termos específicos pode ser importante.

O conhecimento de Phrasal Verbs e Confusing Words é uma ferramenta importante, mas conhecer a estrutura do
texto, mas certos temos, muitas vezes são importantes para se ter conhecimento. Sendo assim, a aula de hoje
terá um tratamento um pouco diferente tendo em vista que, inicialmente, você terá de usar um dicionário para
responder algumas questões sobre palavras que aparecem com frequência nas provas militares e, em seguida, a
tradução de dois textos completos (tarefas um pouco cansativas, mas necessárias).

EXERCÍOS DE TRADUÇÃO

001. The film tells anew the story of his rise to fame and

power.

a) novamente

b) parcialmente

c) tendenciosamente

d) aleatoriamente

e) sem novidades

009. Poverty begets hunger, and hunger begets crime.

a) aumenta

b) acentua

c) piora

d) gera

e) exacerba
77

REVENDO ALGUMAS TÉCNICAS DE LEITURA

O uso da gramática vai ajudar também. As principais técnicas são: a identificação de cognatos, de palavras repetidas e de pistas
tipográficas. Ao lermos um texto vamos,ainda, apurar a idéia geral do texto (general comprehension) e utilizar duas outras técnicas
bastante úteis: skimming e scanning.

Cognatos Os cognatos são palavras muito parecidas com as palavras do Português. São as chamadas palavras transparentes. Existem
também os falsos cognatos, que são palavras que achamos que é tal coisa, mas não é; os falsos cognatos são em menor número, estes nós
veremos adiante.

Como cognatos podemos citar: school (escola), telephone (telefone), car (carro), question (questão, pergunta), activity (atividade), training
(treinamento)... Você mesmo poderá criar sua própria lista de cognatos!

Palavras repetidas As palavras repetidas em um texto possuem um valor muito importante. Um autor não repete as palavras em vão. Se
elas são repetidas, é porque são importantes dentro de texto.

Muitas vezes para não repetir o mesmo termo, o autor utiliza sinônimos das mesmas palavras para não tornar o texto cansativo.

Pistas tipográficas As pistas tipográficas são elementos visuais que nos auxiliam na compreensão do texto. Atenção com datas, números,
tabelas, gráficas, figuras... São informações também contidas no texto.
Os recursos de escrita também são pistas tipográficas. Por exemplo:
• ... (três pontos) indicam a continuação de uma idéia que não está ali exposta;
• negrito dá destaque a algum termo ou palavra;
• itálico também destaca um termo, menos importante que o negrito;
• ‘’ ‘’ (aspas) salientam a importância de alguma palavra;
• ( ) (parênteses) introduzem uma idéia complementar ao texto.

General Comprehension A idéia geral de um texto é obtida com o emprego das técnicas anteriores. Selecionando-se criteriosamente
algumas palavras, termos e expressões no texto, poderemos chegar à idéia geral do texto.

Por exemplo, vamos ler o trecho abaixo e tentar obter a “general comprehension” deste parágrafo: “Distance education takes place when
a teacher and students are separated by physical distance, and technology (i.e., voice, video and data), often in concert with face-to-face
communication, is used to bridge the instructional gap.” From: Engineering Outreach College of Engineering – University of Idaho A partir
das palavras cognatas do texto (em negrito) podemos ter um a idéia geral do que se trata; vamos enumerar as palavras conhecidas (pelo
menos as que são semelhantes ao Português):

• distance education = educação a distancia


• students = estudantes, alunos
• separeted = separado
• physical distance = distância física
• technology = tecnologia
• voice, video, data = voz, vídeo e dados (atenção: “data” não é data)
78

• face-to-face communication = comunicação face-a-face


• used = usado (a)
• instructional = instrucional

Então você poderia dizer que o texto trata sobre educação a distância; que esta ocorre quando os alunos estão separados fisicamente do
professor; a tecnologia (voz, vídeo, dados) podem ser usados de forma instrucional. Você poderia ter esta conclusão sobre o texto mesmo
sem ter muito conhecimento de Inglês. É claro que à medida que você for aprendendo, a sua percepção sobre o texto também aumentará.
Há muitas informações que não são tão óbvias assim.

Skimming “skim” em inglês é deslizar à superfície, desnatar (daí skimmed milk = leite desnatado), passar os olhos por. A técnica de
“skimming” nos leva a ler um texto superficialmente. Utilizar esta técnica significa que precisamos ler cada sentença, mas sim passarmos os
olhos por sobre o texto, lendo algumas frases aqui e ali, procurando reconhecer certas palavras e expressões que sirvam como ‘dicas’ na
obtenção de informações sobre o texto.

Às vezes não é necessário ler o texto em detalhes. Para usar esta técnica, precisamos nos valer dos nossos conhecimentos de Inglês
também. Observe este trecho: “Using this integrated approach, the educator’s task is to carefully select among the technological options.
The goal is to build a mix of instructional media, meeting the needs of the learner in a manner that is instructionally effective and
economically prudent.” From: Engineering Outreach College of Engineering – University of Idaho Selecionando algumas expressões
teremos:

• integrated approach = abordagem (approach = abordagem, enfoque) integrada


• educator’s task = tarefa (task = tarefa) do educador – ‘s significa posse = do
• tecnological options = opções tecnológicas (tecnological é adjetivo)
• goal = objetivo
• a mix instrucional media = uma mistura de mídia instrucional.

Com a técnica do “skimming” podemos dizer que este trecho afirma que a tarefa do educador é selecionar as opções tecnológicas; o objetivo é ter uma
mistura de mídias instrucionais de uma maneira instrucionalmente efetiva e economicamente prudente.

Scanning “Scan” em Inglês quer dizer examinar, sondar, explorar. O que faz um scanner? Uma varredura, não é?! Logo, com a técnica de “scanning” você irá
fazer uma varredura do texto, procurando detalhes e idéias objetivas.

Aqui é importante que você utilize os conhecimentos de Inglês; por isso, nós vamos ver detalhadamente alguns itens gramaticais no ser “ Estudo da Língua
Inglesa”. Olhe este trecho: “ Teaching and learning at a distance is demanding. However, learning will be more meaningful and “deeper” for distant students,
if students and their instructor share responsibility for developing learning goals: actively interacting with class members; promoting reflection on
experience; relating new information to examples that make sense to learners. This is the challenge and the opportunity provided by distance education.”
Poderíamos perguntar qual o referente do pronome “ their” em negrito no trecho? Utilizando a técnica de skimming, seria necessário retornar ao texto e
entender a sentença na qual o pronome está sendo empregado. “Their “ é um pronome possessivo ( e como tal, sempre vem acompanhado de um
substantivo) da terceira pessoa do plural ( o seu referente é um substantivo no plural).

A tradução de “their instructor” seria seu instrutor . Seu de quem? Lendo um pouco para trás, vemos que há “students”; logo concluímos que “their” refere-
se a “students, ou seja, instrutor dos alunos”.
79

TRADUZA OS TEXTOS APRESENTADO ABAIXO

TEXTO I

TEXTO II

TEXTO III
80

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