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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco

Campus Caruaru
Graduação em Engenharia Mecânica

CLEYSON LUIZ SANTOS SOBRAL


FELIPE PEREIRA DA SILVA

PROJETO CÂMARA FRIGORÍFICA PARA ARMAZENAMENTO DE


CARNE BOVINA

CARUARU
2017
Cleyson Luiz Santos Sobral
Felipe Pereira da Silva

PROJETO CÂMARA FRIGORÍFICA PARA ARMAZENAMENTO DE


CARNE BOVINA

Trabalho Final, apresentado ao Instituto de Educação,


Ciência e Tecnologia de Pernambuco, disciplina de
Refrigeração Industrial, como parte das exigências
avaliativas para o curso Engenharia Mecânica.

Professor: Marcos Cézar Lima

CARUARU
2017
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Projeção de consumo de carne bovina no Brasil. ...................................................... 7


Figura 2 - Temperatura máxima anual na cidade de Caruaru-PE............................................. 12
Figura 3 - Umidade relativa anual para a cidade de Caruaru-PE. ............................................ 13
Figura 4 - Exemplo de câmara pré-moldada. ........................................................................... 15
Figura 5 - Caixa plástica fechada 707 litros. ............................................................................ 15
Figura 6 - Empilhadeira elétrica. .............................................................................................. 16
Figura 7 - Porta pallet. .............................................................................................................. 17
Figura 8 - Porta giratória. ......................................................................................................... 18
Figura 9 - a) Japona Frigorífica; b) calça térmica; c) capuz térmico; d) luva térmica; e) bota
com forro de lã; f) meia térmica. .............................................................................................. 19
Figura 10 - Layout da câmara de congelamento....................................................................... 21
Figura 11 - Localização câmara no galpão. .............................................................................. 22
Figura 12 - Ciclo térmico do sistema........................................................................................ 34
Figura 13 - Diagrama P x h, para o R-404A. ............................................................................ 37
Figura 14 - Diagrama T x s, para o R-404A. ............................................................................ 38
Figura 15. Seleção evaporador. ................................................................................................ 40
Figura 16 - Condensador selecionado. ..................................................................................... 42
Figura 17 - Escolha do compressor. ......................................................................................... 43
Figura 18 - Compressor selecionado ........................................................................................ 44
Figura 19 - Sistema frigorífico. ................................................................................................ 45
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Tempo de armazenamento de carnes....................................................................... 11


Tabela 2 - Propriedades da carne bovina magra. ...................................................................... 14
Tabela 3 - Classificação do isolamento x fluxo de calor. ......................................................... 22
Tabela 4 - Fatores de dispersão de calor [Kcal/m².dia] em função do isolamento. .................. 24
Tabela 5 - Coeficiente Global de transferência de calor. ......................................................... 25
Tabela 6 - Troca de Ar/24h por abertura de porta e infiltração. ............................................... 27
Tabela 7 - Interpolação para o fator6........................................................................................ 27
Tabela 8 - Calor necessário para resfriar o ar externo até a temperatura da Câmara (kcal/m³).
.................................................................................................................................................. 28
Tabela 9 - Dados de produtos - carnes e derivados. ................................................................. 29
Tabela 10 - Calor de ocupação [kcal/h]. ................................................................................... 30
Tabela 11 - DT em função da umidade de operação. ............................................................... 35
Tabela 12. Propriedades termodinâmicas do ciclo. .................................................................. 38
Tabela 13 - Seleção condensador. ............................................................................................ 42
Tabela 14 - Diâmetro da tubulação........................................................................................... 45
Tabela 15 - Catálogo de válvulas Daffos.................................................................................. 46
Tabela 16. Custo do projeto...................................................................................................... 47
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 7
1.1. JUSTIFICATIVA.................................................................................................................8
1.2. OBJETIVO...........................................................................................................................8
1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................................... 8
1.2.2 Objetivos específicos ........................................................................................................ 8
2. CADEIA FRIGORÍFICA .................................................................................................... 9
2.1. CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM.................................................................................9
2.2. CARNE RESFRIADA.........................................................................................................9
2.3. CARNE CONGELADA.......................................................................................................9
2.3.1. Velocidade de resfriamento ......................................................................................... 10
2.3.2. Método de congelamento por corrente de ar ............................................................. 10
2.3.3. Durabilidade da carne congelada ................................................................................ 11
3. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO .......................................................................... 12
3.1. DADOS DO AMBIENTE: CIDADE DE CARUARU-PE................................................ 12
3.2. CARNE VERMELHA MAGRA........................................................................................13
3.3. TRANSPORTE..................................................................................................................14
3.4 CÂMARA PRÉ-MOLDADA.............................................................................................14
3.4. ARMAZENAMENTO.......................................................................................................15
3.5. EMPILHADEIRA ELÉTRICA..........................................................................................16
3.6. PRATELEIRAS PORTA PALLET....................................................................................17
3.7. PORTA GIRATÓRIA........................................................................................................17
3.8. EPI PARA CÂMARA DE CONGELAMENTO................................................................18
3.9. DADOS DE ENTRADA DO PROJETO............................................................................19
3.9.1. Volume de carne ocupado ............................................................................................ 20
3.10 CÂMARA.........................................................................................................................21
3.10.1 Dimensionamento do isolamento ................................................................................ 22
3.11. CÁLCULO DA CARGA TÉRMICA...............................................................................23
3.11.1. Transferência de calor pelas paredes, teto e piso .................................................... 23
3.11.1.1. Transferência de calor pelas paredes, teto e piso para alvenaria..................................................... 24
3.11.2. Infiltração .................................................................................................................... 26
3.11.3. Calor dos produtos ..................................................................................................... 28
3.11.4. Ocupação ..................................................................................................................... 30
3.11.5. Iluminação ................................................................................................................... 31
3.11.6. Motores ........................................................................................................................ 32
3.11.7. Embalagem .................................................................................................................. 32
3.11.8. Calor total .................................................................................................................... 33
4. CICLO TERMODINÂMICO ........................................................................................... 34
4.1 TEMPERATURA DE EVAPORAÇÃO.............................................................................34
4.3. TEMPERATURA DE CONDENSAÇÃO.........................................................................35
4.4. FLUIDO REFRIGERANTE..............................................................................................36
4.3. DETERMINAÇAO DOS ESTADOS TERMODINÂMICO.............................................37
5 SELEÇÃO DOS EQUIPAMENTOS ................................................................................. 39
5.1 UNIDADE EVAPORADORA............................................................................................39
5.1.1 Capacidade de catálogo ................................................................................................. 39
5.1.2. Seleção do evaporador.................................................................................................. 39
5.2. UNIDADE CONDENSADORA........................................................................................41
5.2.1. Calor rejeitado no condensador .................................................................................. 41
5.2.2 Capacidade de catálogo do condensador ..................................................................... 41
5.2.3 Condensador .................................................................................................................. 42
5.3. COMPRESSOR.................................................................................................................43
5.4. TUBULAÇÃO...................................................................................................................44
5.5. VÁLVULA.........................................................................................................................46
6. CUSTO DO PROJETO...................................................................................................... 47
CONCLUSÃO.........................................................................................................................49
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................... 50
7

1. INTRODUÇÃO

O rebanho bovino brasileiro é um dos maiores do mundo, com cerca de 198,5 milhões
de cabeças, em 2006 (CNP, 2006). As regiões de maior produção estão no Centro-Oeste (34,24
[%]) logo em seguida vem o Sudeste (21,11 [%]), Sul (15,27 [%]), Nordeste (15,24 [%]) e Norte
com 14,15 [% ] do rebanho nacional.
A carne bovina é o produto de maior consumo no Brasil, o consumo per capita fica
em torno de 40 kg/ano, considera-se como alimento essencial na composição de dietas
balanceadas, nutritivas e saudáveis. O consumidor vem se tornando mais exigentes dada a
importância da carne como alimento base da dieta do brasileiro, tornando-se mais informado
e esclarecido, dessa maneira, a procura por alimento de ótima qualidade cresce (CHAN;
PASQUALETTI; HASSE, 2012).

Figura 1 - Projeção de consumo de carne bovina no Brasil.

Fonte: Adaptado de http://csr.ufmg.br/pecuaria/portfolio-item/mercado/

A Figura 1 ilustra o aumento do consumo de carne per capita até 2030. Percebe-se que
a projeção para 2030 é o consumo de 55 [kg] de carne por ano, esses números reforçam a
necessidade de aumento da produtividade no setor.
A carne bovina por ser um alimento muito consumido requer inspeção sanitária
rigorosa, conservação apropriada e elevado controle de qualidade. Para garantir a qualidade do
produto se utilizam dois métodos de conservação, o bactericida e bacteriostático. O primeiro
destrói os microrganismos por meio cocção e radiação, por exemplo, e o bacteriostático por
meio de refrigeração e congelamento da carne.
8

O presente trabalho está baseado no método de conservação bacteriostático. Onde será


projetado todo o sistema de conservação a frio.

1.1. JUSTIFICATIVA

O processo de refrigeração é um excelente método de conservação alimentar, seguro


e saudável. Permite a baixa temperatura destruir microrganismos e retardar a atividade
enzimática, assim, prolongando o tempo de vida-de-prateleira da carne bovina. Também
participa do controle de infecções e toxinfecções alimentares (LACERDA, 2008).
Segundo Chan, Pasqualetti e Hasse (2012), o ajuste correto da temperatura de todos
os processos de condicionamento, resfriamento até o congelamento, é extremamente importante
para a manutenção da qualidade. Deve-se evitar todo tipo de contaminação seja física, química
ou biológicas, assim evitando danos irreversíveis a carne.

1.2. OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Dimensionar uma câmara de congelamento de grande porte com objetivo de armazenar


carne bovina. A câmara deve possuir uma capacidade de congelamento de 10.500 [kg] de carne
magra bovina e movimentação de 7.000 [kg/dia]. O uso da refrigeração é para prolongar a vida
útil de alimentos. O local para a implementação desta câmara será na cidade de Caruaru,
localizada no Estado de Pernambuco.

1.2.2 Objetivos específicos

 Dimensionar câmara de congelamento;


 Selecionar todos os componentes do sistema de refrigeração;
 Selecionar os equipamentos utilizados no processo de conservação;
 Levantamento de custo;
9

2. CADEIA FRIGORÍFICA

As primeiras 24 [h] após o abate do animal são determinantes para a qualidade da


carne, pois a grande maioria dos eventos bioquímicos surgem neste tempo que podem afetar
maciez da carne e a cor do músculo. A correta utilização da refrigeração é primordial para
garantir a qualidade do produto (RICARDO, 2010).
O objetivo da utilização de temperaturas baixas é o retardamento da atividade
microbiana, bem como as reações químicas e enzimáticas que causam alterações; a velocidade
de tais alterações é diretamente proporcional à temperatura da carne (RICARDO, 2010).
A seguir será mostrado as temperaturas utilizadas para o armazenamento de carne
bovina.

2.1. CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM

Para se criar boas condições de armazenagem para um produto tanto a curto como a
longo prazo, considera-se a natureza do produto, o espaço de tempo em que deve ser mantido
armazenado, e a forma como deve ser acondicionado. Geralmente, as condições necessárias
para armazenagem a curto prazo são mais simples do que as necessárias a longo prazo. Para
armazenagem a longo prazo, alguns produtos exigem métodos adicionais de conservação.

2.2. CARNE RESFRIADA

A legislação vigente assinala temperatura de resfriamento, de carne bovina, deve ter


temperaturas entre 0 e 7 [ºC], o que permite uma maturação perfeita deste alimento, assim como
sua conservação superior àquela quando mantida a temperatura ambiente (SANTOS; SANTOS,
2008).
De acordo com RICARDO (2010) a carne é mantida resfriada por cerca de 12 a 24
horas com temperatura entre 0 a 4 [°C], com velocidade do ar entre 0,3 e 1 [m/s] e umidade
relativa entre 88 e 92 [%].

2.3. CARNE CONGELADA

O congelamento é um dos vários métodos de conservação que consegue manter o


alimento mais próximo do seu estado natural com perdas mínimas na cor e textura,
10

permanecendo suas propriedades nutritivas. A função dele é baixar a temperatura do alimento


a um ponto onde as mudanças químicas são reduzidas e os microorganismos ficam inativos.
Segundo ASHRAE, 2002, Refrigeration Handbook, a umidade no interior da câmara
de congelamento de alimentos deve-se manter entre 85 [%] a 95 [%]. No projeto no projeto será
admitido umidade relativa de 90 [%].

2.3.1. Velocidade de resfriamento

A velocidade de congelação afeta as propriedades físicas e químicas da carne.


Geralmente são descritas como congelação lenta e congelação rápida
Congelação lenta - durante a congelação lenta, a temperatura do produto permanece
próximo ao ponto de congelação inicial durante muito tempo. A água extracelular se congela
mais rapidamente que a intracelular, porque tem uma menor concentração de solutos. Durante
a congelação lenta é maior o período de cristalização (P.C.) ocorrendo vários cristais de gelo
extracelulares que se perdem facilmente como “gotejamento” durante a descongelação. A
velocidade de congelação está em torno de 0,05 [º C/minuto] (ROÇA, 2010).
Congelação rápida - na congelação rápida, a temperatura do produto cárneo a ser
congelado cai de maneira rápida abaixo do ponto de congelação inicial. A congelação rápida
não é tão prejudicial quando a congelação lenta. A velocidade de congelação está em torno de
0,5 [º C/minuto] (ROÇA, 2010).
A congelação rápida será adotada neste projeto, por não prejudicar as propriedades da
carne.

2.3.2. Método de congelamento por corrente de ar

É o método mais utilizado na indústria de carnes. É constituído de túneis ou salas


equipadas com ventiladores. O ar constitui o meio de responsável pela troca de calor, mas como
seu movimento é rápido, a velocidade que se transfere calor é muito rápida. Este método
também é conhecido como congelação rápida, congelação brusca, congelação em túneis e
congelação em corrente. A temperatura de -30 [ºC] é mais prática e econômica para a indústria
(ROÇA, 2010).
11

2.3.3. Durabilidade da carne congelada

O tempo do armazenamento da carne bovina congelada varia com a espécie e com o


tipo de produto e é influenciada pela temperatura do congelador, pelas flutuações da
temperatura e pela qualidade dos envoltórios utilizados.
Geralmente, pode-se prolongar a vida de armazenamento de carne congelada,
diminuindo a temperatura de armazenamento. A maioria das alterações químicas como a
rancidez oxidativa poderiam ser eliminadas abaixando a temperatura à -80 [ºC], porém tais
temperaturas não são economicamente viáveis. É recomendado a utilização de temperaturas
inferiores à -18 [ºC]. A maioria dos frigoríficos operam com temperaturas na faixa de -18 à -30
[ºC] (ROÇA, 2010).

Tabela 1 - Tempo de armazenamento de carnes.

Fonte: ROÇA (2010) apud FORREST et al. (1979)


12

3. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

3.1. DADOS DO AMBIENTE: CIDADE DE CARUARU-PE

A câmara de congelamento deve ser projetada para operar na cidade de Caruaru.


Assim, sabe-se que a cidade de Caruaru está localizada no agreste de Pernambuco com
coordenadas geográficas 08º 17' 00" S e 35º 58' 34" [W] com altitude média de 554 metros
acima do nível do mar, pressão 949,2 [hPa] e velocidade do vento de 4,4[ m/s].
Para determinar a temperatura ambiente da cidade de Caruaru-PE, serão utilizados os
valores de temperatura e umidade fornecidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia –
INMET. Os valores fornecidos representam as médias climatológicas calculadas a partir de uma
série de dados de 30 anos observados, sendo possível identificar épocas mais quentes/frias e
chuvosas/secas.
Para projeto, será utilizada a temperatura média máxima identificada de 30,4 [°C]
(bulbo seco) referente ao mês de dezembro (Figura 2).

Figura 2 - Temperatura máxima anual na cidade de Caruaru-PE.

Temperatura máxima (°C) 1961-1990


Janeiro Fevereiro Março Abril Maio
Junho Julho Agosto Setembro Outubro
Novembro Dezembro Média anual

29,7 30,0 30,1 30,4


29,3 28,4 29,1
27,1 28,0
26,8
25,4 25,4
24,4

Caruaru

Fonte: http://www.inmet.gov.br.

Já para a umidade relativa utilizou-se o valor mais baixo 72,4 (%), valor encontrado
referente ao mês de dezembro, como ilustra a Figura 3 a seguir.
13

Figura 3 - Umidade relativa anual para a cidade de Caruaru-PE.

Umidade Relativa do Ar (%) 1961-1990


Janeiro Fevereiro Março Abril Maio
Junho Julho Agosto Setembro Outubro
Novembro Dezembro Média Anual

85,7 85,8
83,8
83,1
81,3
79,9
78,6 79,1

75,1 75,2 74,9


73,0 72,4

Caruaru

Fonte: http://www.inmet.gov.br.

3.2. CARNE VERMELHA MAGRA

A carne é um alimento rico em nutrientes contem ferro, zinco, ácidos graxos


essenciais, vitaminas do complexo B, proteínas de boa qualidade para o nosso corpo.
Os cortes de carne vermelha considerados mais magros são:
 Patinho
 Maminha
 Músculo
 Lagarto
 Filé mignon
 Coxão duro
 Coxão mole

Com as seguintes propriedades:


14

Tabela 2 - Propriedades da carne bovina magra.


Carne Bovina Teor de Temperatura Densidade Condutividade Calor
Magra água [%] [°C] [kg/m³] [W/m.K] específico
(massa) [kj/kg.K]
74 3 1090 0,471 3,54
Fonte: Fonte: Çengel e Ghajar (2012).

3.3. TRANSPORTE

O transporte do abatedouro até a câmara de congelamento será feito utilizando o


caminhão frigorífico, também conhecido como caminhão baú refrigerado, que é usado no
transporte de cargas que necessitam ser mantidas em baixas temperaturas. O compartimento de
carga deste veículo possui um sistema que permite controlar a refrigeração interna em torno de
0 [°C].

3.4 CÂMARA PRÉ-MOLDADA

As câmaras pré-moldadas, são fabricadas em qualquer dimensão com o uso de painéis


isolante modulares, permitem agilidade nas construções, economia nas fundações, na ampliação
e na remoção. Formadas por painéis isolantes pré-moldados, com característica de rigidez
estrutural obtida com acoplamento do isolante propriamente dito e camadas de revestimentos.
Estes painéis são conectados entre eles por meio de junções metálicas. As vantagens desta
solução construtiva são a rapidez da colocação e a possibilidade de sucessivas ampliações. Com
estes tipos de painéis é possível também construir câmaras frigoríficas de grande porte. Outra
característica bastante relevante são as ótimas características de isolamento e impermeabilidade
(SILVA, 2017).
15

Figura 4 - Exemplo de câmara pré-moldada.

Fonte: (SILVA, 2017)

3.4. ARMAZENAMENTO

A embalagem adequada é aquela que protege o produto por um período de tempo


específico, é quimicamente inerte e oferece proteção ao produto sobre todos os aspectos da
estocagem, evita a passagem de aromas, é resistente e não permite a entrada de ar, evitando a
ransificação e a cristalização. Deve ter uma forma adequada ao congelamento rápido e permitir
expansão de volume no congelamento. Além disso, deve permitir um fechamento perfeito.
Foi escolhida a caixa de plástico tipo pallet fechada com capacidade de 707 [litros]
(Figura 5) com dimensões 1200x1000x860 [mm] (larg. x comp. x alt.) e peso de 59,6 [kg].

Figura 5 - Caixa plástica fechada 707 litros.

Fonte: http://www.schoeller.com.br/CaixaGLT3.aspx.
16

3.5. EMPILHADEIRA ELÉTRICA

A empilhadeira elétrica é um equipamento de tração e elevação por acionamento


elétrico, com o operador em pé ou andando. Por ser uma empilhadeira patolada, ela opera
exclusivamente em paletes, utilizada para carga e descarga de caminhões e camionetes (PX
Paletrans).
O modelo PX1235 Paletrans tem capacidade de carga de 1.200kg e elevação máxima
de 3,5m.
A elevação do garfo é feita através do acionamento de comando elétrico que bombeia
o óleo hidráulico para dentro do conjunto e movimenta o pistão interno de elevação. O controle
da tração elétrica da empilhadeira, tanto frente quanto ré, é feito por meio do acelerador
localizado no timão do equipamento. Com isso, nem elevação, nem translação do equipamento,
necessita esforço do operador (PX Paletrans).
Seu suprimento de energia é através de baterias automotivas internas e a recarga é feita
por um carregador de baterias embutido na própria empilhadeira.

Figura 6 - Empilhadeira elétrica.

Fonte: http://www.tractusempilhadeiras.com.br/.
17

3.6. PRATELEIRAS PORTA PALLET

Estruturas de armazenagem indicadas para cargas volumosas e de médio peso


acondicionadas manualmente. É composta por longarinas (vigas) que se encaixam nas colunas
permitindo a regulagem de altura e o uso de planos metálicos.

Figura 7 - Porta pallet.

Fonte: https://produto.mercadolivre.com.br.

3.7. PORTA GIRATÓRIA

Esse tipo de porta é semi-embutida e realiza uma estanqueidade adequada, sendo muito
requisitada devido ao isolamento que ela proporciona.

Dimensões de vão útil ......................................................... 1,50 x 2,50 [m] (larg x alt)


Espessura de isolamento ................................................................................. 200 [mm]
Material..........................................................................Poliestireno Expandido (EPS)
18

Figura 8 - Porta giratória.

Fonte: http://www.cipdobrasil.com.br.

3.8. EPI PARA CÂMARA DE CONGELAMENTO

Na câmara fria por ser um ambiente destinado para armazenamento de produtos que
precisam de controle rígido de temperatura podendo atingir temperaturas de até -45 [°C]. Os
profissionais que trabalham em ambiente tão frio necessitam utilizar equipamentos de proteção
individual adequados.
Os trabalhadores da câmara de congelamento de carne vermelha utilizaram:

 Japona frigorífica nylon azul/branca (-35 [°C]);


 Calça térmica nylon azul/branca (-45 [ºC]);
 Capuz térmico tipo ninja de lã PAMCOLD (-35 [°C]);
 Luva de baixa temperatura ALASKA (-35[°C]);
 Bota branca com forro de lã;
 Meia térmica de nylon.
19

Figura 9 - a) Japona Frigorífica; b) calça térmica; c) capuz térmico; d) luva térmica; e) bota com forro de lã; f)
meia térmica.

Fonte: https://www.superepi.com.br

3.9. DADOS DE ENTRADA DO PROJETO

 Não há carga de insolação, devido à existência de galpão que envolve a câmara;


 Temperatura externa do galpão de 30,4 [°C];
 Umidade externa do galpão de 72,4 [%];
 Temperatura interna do galpão de 20 [°C];
 Temperatura no interior da câmara -30 [°C];
 Umidade no interior da câmara de 90 [%];
 Material da câmara: painel pré-fabricado;
 Produto: carne bovina magra;
 Total de produto armazenado 10.500 [kg];
 Fluxo de 7.000 [kg/dia];
 Pessoas: 05 trabalhando 2 h por dia;
 Temperatura de entrada 0 [°C];
 Armazenamento em caixas Pallet de plástico;
 É armazenado 700 [kg] de carne por caixa;
 São utilizados três ventiladores de 20 [CV] cada, usadas dentro da câmara.
 Tempo de funcionamento do sistema de refrigeração 20 horas;
 Tempo de degelo 4 horas.
20

3.9.1. Volume de carne ocupado

Para calcular a massa ocupada pela quantidade de carne magra na caixa de plástico,
adotou-se uma densidade média equivalente a 1090 [kg/m³]. Sabendo-se o volume da caixa de
V  1,032 [m³], tem-se:

m
 (1)
v

  é a densidade da carne [kg/m³];


 m massa da carne [kg];
 v volume da caixa[m³].

Determinando a massa de carne ocupada, substituindo os valores na eq. (1).

 kg 
m    v  m  1090   1, 032[m³]  m  1124,88 [kg]
 m³ 

O fabricante SCHOELLER específica que para o movimento de carga é conveniente


utilizar massa de 700 [kg], dessa maneira, a massa de carne usada por caixa será de 700 [kg].
Sabendo que a quantidade total de carne é de 10.500 [kg]. Para determinar o total de caixas
usadas, usa-se regra de três.

Uni. massa [kg ]


1 7000
  x  15 [uni.]
x 10.500

Será acrescentado um valor de 20 [%] da quantidade total de unidades de caixas, para


uma futura expansão, assim o valor de unidades adicionados é de 3 [uni], dessa maneira,
totalizando 18 [uni].
21

3.10 CÂMARA

Como já informado, a câmara está localizada na cidade de Caruaru-PE. A umidade


relativa é de 72,4 [%] e a temperatura média máxima é 30,4 [°C]. Estando situada no interior
do estabelecimento em um ambiente com temperatura controlada de 20°C e não é exposta ao
sol.
Dados da câmara:

Dimensões: 5,4 x 9,6 x 4,5 [m] (larg. x comp. x alt.);


Material: Poliestireno expandido (FPS);
Tipo de câmara: pré-moldada;
Capacidade: 15 caixas;
Disposição: de acordo Figura 10.

Figura 10 - Layout da câmara de congelamento.

Fonte: Autor.

A caixa utilizada tem a seguinte disposição na câmara: espaçamento entre caixas de


0,4 [m] e altura de 0,6 [m]. A distância entre prateleiras é de 2 [m], para carga e descarga, e
espaçamento de 2 [m] para a parede onde fica localizada a porta e 2 [m] para a parede a direta
22

onde fica localizado o evaporador, no fundo da câmara usa-se espaçamento de 0,6 [m], assim
como, para a parede a esquerda. O volume total da câmara é de 233,28 [m³].

Figura 11 - Localização câmara no galpão.

Fonte: Autor.

3.10.1 Dimensionamento do isolamento

Considerando que a classificação do isolamento seja de excelente qualidade, temos


que o fluxo de calor deve ser igual a [8 kcal/h.m2], mostrado na Erro! Fonte de referência não
ncontrada., assim, garantindo um valor satisfatório entre o custo de isolamento e o custo
operacional de instalação (CORDEIRO, 2017).

Tabela 3 - Classificação do isolamento x fluxo de calor.

Fonte: Cordeiro (2017)

Fazendo uso da Lei da Condução Térmica de Fourier (ÇENGEL e GHAJAR 2012),


tem-se que a sua espessura ideal é:

Kiso T
Liso  (2)
Q A
23

Onde:
Q/A = fluxo de calor para um isolamento de excelente qualidade (8 Kcal/h.m2);
Kiso = Condutividade térmica do poliestireno (0,0344 Kcal/h.m2.°C);
ΔT = Diferença de temperatura entre o ambiente externo e a interna da câmara (50°C)

Com isso temos que:

0, 0344  Kcal h  m C   50 C 


Liso   0, 2  m 
8  Kcal h  m 2 

3.11. CÁLCULO DA CARGA TÉRMICA

3.11.1. Transferência de calor pelas paredes, teto e piso

Todas a fórmulas utilizadas para determinar a capacidade térmica da câmara de


congelamento está com base na Revista Fic Frio da Tecumseh do Brasil 2014.
Para calcular o calor transferido, primeiramente selecionou-se o material isolante da
parede. Neste projeto, devido a boa eficiência de isolamento e baixo custo, será utilizado o
material FPS de 200 [mm] de espessura. Para utilizar a eq. (3), será somada todas as áreas das
faces internas da câmara incluindo paredes laterais, piso e teto.

Q1  A  Fator Tabela4 (3)

Onde:
Q1 = Quantidade de calor transferido [kcal/24h];
A = Área da superfície externa da parede
Fator Tabela4 = Coeficiente de transferência de calor [kcal/m²24h]
Para determinar a área externa, tem-se que a = 4,5 [m]; b = 5,4 [m]; c = 9,6 [m].

Paredes  2  (a  b)  2  (4,5[ m]  5, 4[ m])  48, 6[ m²]


Paredes  2  (c  a)  2  (9, 6[ m]  4,5[ m])  86, 4[ m²]
Piso  Teto  2  (b  c)  2  (5, 4[m]  9, 6[m])  103, 68[m²]
A  357, 68[m²]  73, 64[m²]  119[m²]  238, 68[m²]
24

Para o determinar o fator usa-se o valor mostrado na Tabela 4. Como pode ser
observado o valor correspondente a espessura de 200 [mm].

Tabela 4 - Fatores de dispersão de calor [Kcal/m².dia] em função do isolamento.

Fonte: Tecumseh do Brasil

Substituindo os valores encontrados na eq. (2):

 Kcal 
Q1  238, 68  m2  179  2
 m  dia 
 Kcal 
Q1  42.723, 72 
 dia 

3.11.1.1. Transferência de calor pelas paredes, teto e piso para alvenaria

Nos cálculos de carga térmica, será usado um coeficiente U mais fácil de ser obtido,
medindo-se a temperatura do ar em ambos os lados da superfície.
O coeficiente global de transferência de calor é definido como o fluxo de calor por
hora através de um m² de superfície, quando a diferença entre as temperaturas do ar nos dois
lados da parede ou teto é de um grau centígrado (CORDEIRO, 2017). A fórmula utilizada é:

Q  A  U  (t1  t2 ) (4)

Onde:
A – Área da superfície [m²];
U – Coeficiente global de transferência de calor [kcal/h.m².°C];
25

t1 e t2 = Temperaturas externa e interna da superfície [°C].

Os coeficientes de calor para parede externa com 10 tijolos maciços (20x10x6 [cm])
com dois revestimentos (2,88 [kcal/h.m².°C]) e o concreto interno para o piso 15 [cm] (2,83
[kcal/h.m².°C]) são encontrados na Tabela 5. Para o teto será usada uma placa de EPS de
espessura 200 [mm].

Tabela 5 - Coeficiente Global de transferência de calor.

Fonte: Cordeiro 2017.

Substituindo na fórmula, tem-se:


 kcal   kcal 
Q paredes  (48, 6  86, 4)[m²]  2,88[    (20  ( 30))[C ]  19.440 
 h.m².C   h 
 kcal   24h   kcal 
Q paredes  19.440      466.560 
 h   dia   dia 

 kcal   kcal 
Q piso  (51,84)[m²]  2,83[    (20  (30))[C ]  7.335,36 
 h.m².C   h 
 kcal   24h   kcal 
Q piso  7.335,36      176.048, 64 
 h   dia   dia 
26

 kcal   kcal 
Qteto  A  Fator Tabela 4  51,84[m²] 179    9.279,36 
 m².dia   dia 

Assim o calor total será:


 kcal 
Qtotal  QPiso  QParede  Qteto  (466.560  176.048, 64  9.279,36) 
 dia 
 kcal 
Qtotal  651.888 
 dia 

Como o calor perdido pela da câmara por alvenaria foi bem superior ao da câmara pré-
moldada, esta será descartada do projeto.

3.11.2. Infiltração

Toda vez que a porta da câmara frigorífica é aberta, o ar externo mais quente se infiltra
na câmara e deve ser resfriado nas condições internas, assim, aumentando consequentemente a
carga térmica total. Com a eq. (5) calcula-se a carga térmica.

Q2  V  ( Fator Tabela6)  Fator Tabela8 (5)

Onde:
Q2 = Quantidade de calor infiltrado[kcal/24h];
V = Volume da câmara [m³];
Fator Tabela6 = Fator de troca de ar por abertura de porta [1/dia];
Fator Tabela8 = Fator de calor necessário para resfriar o ar [kcal/m³].

O volume total da câmara é de 233,28 [m³]. Os fatores 6 e 8 foram selecionados a


partir das tabelas 6 e 8.
27

Tabela 6 - Troca de Ar/24h por abertura de porta e infiltração.

Fonte: Tecumseh do Brasil

Para determinar o fator tabela 6, deve-se fazer uma interpolação (Tabela 6) para
descobrir a troca de ar diária para o volume em questão. Como a temperatura da câmara está
abaixo de zero será utilizado os dados do lado direito da Tabela 6.

Tabela 7 - Interpolação para o fator6.


Volume [m³] Número de troca de ar [1/dia]
200 4,5
233,28 4,2
300 3,7
Fonte: Autor

Para determinar o fator Tabela8 deve-se levar em consideração a temperatura de


armazenamento (-30[°C]), a temperatura externa (galpão está a 20 [ºC]) e a umidade relativa
do ambiente (72,4 [%]).
28

Tabela 8 - Calor necessário para resfriar o ar externo até a temperatura da Câmara (kcal/m³).

Fonte: Tecumseh do Brasil

Nota-se que a Tabela 8 não dispõe de dados para umidade relativa de 72,4 [%]. Assim,
será feita uma estimativa baseando-se nos valores das outras umidades, que foi notado que a
cada 10 [%] de acrescimento na umidade relativa, o fator aumenta em 1,3. Assim, estima-se
que o fator para 72,4 [%] de umidade é de 26,6 [kcal/m³].
Assim, tem-se:

 1   kcal   kcal 
Q2  233, 28[m³]  (4, 2   )  26, 6    26.062, 04 
 dia   m³   dia 

3.11.3. Calor dos produtos

A carne está submetida à temperatura menor do que sua temperatura interna, dessa
maneira, numa câmara frigorífica cede calor até sua temperatura baixar ao calor de conservação.
A carga térmica total:

Q3  Qsensivel  Qlatente (6)

Sabendo que calor sensível é dado por:

Qsensivel  m  c  (T2  T1 ) (4.1)

Onde:
m = Massa do produto [kg/24h];
29

c = Calor específico [kcal/kg°C];


T2 = Temperatura de entrada do produto [°C];

T1 = Temperatura de congelamento [°C].

Calor latente é dado por:

Qlatente  m  l (4.2)

Onde:
m = massa do produto [kg/24h];
l = Calor latente de congelamento [kcal/kg].

Dados utilizados da Tabela 9. Para o cálculo do calor total do produto, será utilizado
o calor sensível de resfriamento 0 até -1,7 [°C], calor latente -1,7 [°C] e o calor sensível de
congelamento -1,7 até -30 [°C]. Substituindo os valores nas eq. (4.1) e (4.2).

Tabela 9 - Dados de produtos - carnes e derivados.

Fonte: Tecumseh do Brasil.


30

 kg   kcal   kcal 
Qs _ resf .  m  cresf .  (T2  T1 )  7000    0, 77    (0  (1, 7))[C ]  9.163 
 dia   kg .C   dia 
 kg   kcal   kcal 
Ql _ cong  m  lcong  7000    56    392.000 
 dia   kg   dia 
 kg   kcal   kcal 
Qs _ cong .  m  ccong .  (T2  T1 )  7000    0, 4    (1, 7  ( 30))[C ]  79.240 
 dia   kg .C   dia 
Calor total é:

 kcal   kcal 
Q3  Qs _ resf .  Ql _ cong .  Qs _ cong .  (9.163  392.000  79.240)    480.403 
 dia   dia 

3.11.4. Ocupação

Os camaristas também dissipam calor para o ambiente, dependendo do tipo de


movimentação, temperatura, roupa, etc. A equação da carga de ocupação é:

Q4  N  de pessoas  Fator tabela10  tempo de permanência (7)

A Tabela 10 apresenta alguns valores do calor equivalente por pessoa em função da


temperatura da câmara, como pode ser visto a tabela não dispõe para valores de temperatura de
-30 [°C], assim, será feita uma média do acréscimo dos dois últimos valores (25 e 20), essa
média é de 22,5 que será acrescentado ao último valor (358 [kcal/h]), dessa maneira, o valor
equivalente por pessoa para a temperatura de -30 [°C] será de 380,5 [kcal/h].

Tabela 10 - Calor de ocupação [kcal/h].

Fonte: Tecumseh do Brasil.

O tempo de permanência já foi informado, será de 2 horas por dia, assim, como número
de funcionários (5 pessoas). O valor de ocupação será:
31

 kcal   h   kcal 
Q4  5  380,5   2   3.805 
 h   dia   dia 

3.11.5. Iluminação

De acordo com o tipo de lâmpada a ser empregada, a carga térmica no interior da


câmara será menor para as de sódio, pouco menor quando se trata de vapor de mercúrio ou
fluorescente, sendo praticamente o dobro no caso de incandescente.
Com a equação a seguir determina-se a carga térmica devido a iluminação.

Q5  P  860[kcal / h]  Tempo de utilização (8)

Onde:
Q5 = Quantidade de calor devido a iluminação [kcal/24h];
P = Potência [kW]
860 kcal/h = Fator de conversão [kW/kcal]

Para a quantidade aproximada lâmpadas utilizadas para iluminação da câmara, o site


STARTECIMPORT.COM.BR fornece a seguinte fórmula:

F  A 150[lux] (8.1)

Onde:
F = Fluxo luminoso da lâmpada [lm];
A = é a área da câmara [m²];
150 [lux] = Iluminância para circulação do ambiente.

Sabendo que a área da câmara é de 178,84 [m²], o fluxo luminoso é:

F  51,84[m²] 150 lux   7.776[lm]

Sabe-se que a emissão de lúmens de uma lâmpada de florescente de 65 [W] é de 4.000


[Lumens], assim, realizando a divisão do total requerido da câmara (F = 7.776 [lm]) pelo valor
32

de cada lâmpada (4.000 [lm]), tem-se que a quantidade de lâmpadas utilizadas será de 2 [uni].
Assim, a potência das lâmpadas é:

P  2  65[W ]  0,13[kW ]

O tempo de utilização será o de permanência dos trabalhadores na câmara, que é de 2


horas dia. Agora substituindo os valores na eq. (8).

 kcal   h   kcal 
Q5  0,13[kW ]  860   2   223, 6 
 h.kW   dia   dia 

3.11.6. Motores

Para calcular o calor referente aos motores, estimou-se que serão utilizados três
motores ideais, dois para ventilação dos evaporadores e um para a empilhadeira elétrica, cada
motor tem 20 [cv] (14,71 [kw]) cada. Para o cálculo de calor usa-se a fórmula a seguir:

Q6  N  632, 41[kcal / cv.h]  P (9)

Onde:
N = Potência do motor [cv];
632,41 [kcal/cv.h] = Conversão de [cv] para [kcal].

Assim, tem-se:

 kcal   kcal 
Q6  3  20[cv]  632, 41    37.944, 6 
 cv.dia   dia 

3.11.7. Embalagem

Por prática este cálculo é aplicado apenas quando a quantidade de material da


embalagem do produto for igual ou superior a 10 [%] do peso bruto do produto que entra na
câmara (TECUMSEH DO BRASIL 2014).
33

As embalagens de plástico tipo Pallet pesam 59,6 [kg] cada e a massa total de carne
por caixa é de 700 [kg], logo, o peso da caixa é menor que 10 [%] da massa total de carne
utilizada, assim, o calor por embalagem não será calculado.

3.11.8. Calor total

Para a carga total requerida, soma-se o calor calculado em cada item. Assim tem-se:

Qt  Q1  Q2  Q3  Q4  Q5  Q6 (10)

 Kcal 
Qt   42.723, 72  26.062, 04  480.403  3.805  223, 6  37.944, 6  
 dia 
 Kcal 
Qt  591.161,96 
 dia 

Levando em consideração um fator de 10% e que a câmara funciona 20 horas por dia,
sendo 4 horas para o degelo como mencionado anteriormente. Assim, tem-se que:

QT  Qt 1,1 (11)

 Kcal   Kcal 
QT  591.161,96   1,1  650.278,16 
 dia   dia 
 Kcal   dia   Kcal 
QT  650.278,16      32.513,91 
 dia   20h   h 

Transformando para [BTU/h], tem-se:

 Kcal   BTU   BTU 


QT  32.513,91   4   130.055, 64 
 h   Kcal   Kcal 
34

4. CICLO TERMODINÂMICO

O ciclo termodinâmico representativo do projeto é ilustrado de maneira simplificada


pela Figura 12 a seguir.

Figura 12 - Ciclo térmico do sistema.

Fonte: http://www.ebah.com.br.

Trata-se de um ciclo ideal de refrigeração por compressão de vapor, composto por um


compressor adiabático, processos internamente reversíveis, um evaporador e um condensador
onde as trocas de calor ocorrem à pressão constante e uma válvula onde é feita a expansão do
fluido de maneira isentálpica.

4.1 TEMPERATURA DE EVAPORAÇÃO

Como o objetivo evaporador é absorver calor da câmara, a temperatura do fluido deve


estar mais baixa que a do ambiente à ser resfriado. Nos catálogos de evaporadores a capacidade
é indicada para uma DT (diferença de temperatura) de 6 [ºC], que é a mais utilizada para fins
comerciais (KALUME, 2017). No entanto como a temperatura de evaporação influencia
diretamente na umidade da câmara devemos escolher uma DT que atenda o parâmetro de
projeto que é a umidade de 90 [%], como mostrado na Tabela 11.
35

Tabela 11 - DT em função da umidade de operação.

Fonte: http://www.resfriando.com.br/selecao-de-evaporadores/

Assim, temperatura de evaporação é dada pela temperatura interna da câmara menos


a temperatura do fluido no evaporador.

Tevap  Tint  DT (12)

Onde:
Tint = Temperatura interna [°C];

DT = Diferença entre a temperatura do fluído no evaporador e o ambiente refrigerado


[°C].

Assim, tem-se:

Tevap  30[C ]  5[C]  35[C]

4.3. TEMPERATURA DE CONDENSAÇÃO

Nos condensadores, o fluido refrigerante precisa perder calor para o ambiente, para isso
a temperatura do mesmo deve ser maior que a do ambiente externo. Nos catálogos de
fabricantes de condensadores a capacidade é indicada para um DT de 10 [°C], no entanto iremos
utilizar as recomendações de ASHRAE no qual mostra o DT para cada tipo de aplicação:

 De 5 [°C] até 8 [°C] para sistemas de congelados;


36

 De 8 [°C] até 11 [°C] para sistemas de resfriados;


 De 14 [°C] até 17 [°C] para sistemas de ar condicionado.

Logo, como o sistema trabalhado é para congelados usaremos a DT (diferença de


temperatura entre o fluido refrigerante no condensador e o ambiente externo) de 5 [°C].
Assim, temperatura de condensação é dada pela temperatura externa da câmara mais
a temperatura do fluido no condensa

Tcond  Text  DT (13)

Onde:
Text = Temperatura ambiente [°C];
DT = Diferença entre a temperatura do fluído no condensador e o ambiente externo
[°C].

Como mostrado anteriormente a temperatura máxima da cidade de Caruaru é de 30,4


[°C], por questão de simplificação será adotada temperatura ambiente de 30 [°C]. Assim, tem-
se:

Tcond   30  5 C   35 C 

4.4. FLUIDO REFRIGERANTE

O fluido refrigerante utilizado para o projeto foi o R-404A, pois é bastante utilizado
na prática para temperaturas de evaporação baixas.
O fluido refrigerante R-404A possui algumas propriedades que foram relevantes para
a sua seleção. Pode-se citar:

 Não apresenta potencial de destruição da camada de ozônio;


 Baixo potencial de aquecimento global;
 Não é inflamável;
 Baixa toxidade;
 Custo razoável, se comparado com os fluidos refrigerantes similares;
37

 Possui coeficiente de desempenho (COP) satisfatório;


 Temperatura de evaporação – 46 [°C];
 Massa molecular 97,6;
 Amplamente utilizado nos ciclos frigoríficos.

Um ponto negativo é que o fluido é apenas compatível com óleos sintéticos, porém as
qualidades do R-404A são mais relevantes.

4.3. DETERMINAÇAO DOS ESTADOS TERMODINÂMICOS

Foi utilizado o software EES – Engeneering Equation Solver para determinar as


propriedades termodinâmicas de cada estado, assim como os diagramas (P x h) e (T x s) para o
fluido R-404A. Os dados de entrada foram as temperaturas de condensação e evaporação e o
título dos estados 1 e 3.

Figura 13 - Diagrama P x h, para o R-404A.

Fonte: Autor
38

Figura 14 - Diagrama T x s, para o R-404A.

Fonte: Autor.

Tabela 12. Propriedades termodinâmicas do ciclo.


Estado h [kJ/ kg] P [Kpa] s [kJ/ kg.K] T [°C] X (título)
1 198,7 165,6 0,8369 -35 1
2 244,8 1259 0,8369 35 -
3 105,2 1259 0,3851 35 0
4 105,2 165,6 0,443 -35 0,5138
Fonte: Autor.
39

5 SELEÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

5.1 UNIDADE EVAPORADORA

5.1.1 Capacidade de catálogo

Como a DT desejada é diferente da do catálogo, devemos calcular a capacidade de


evaporação para o DT de 6 [°C] como medida de correção usa-se a seguinte relação:

DTCatálogo
QE,catálogo  QT  (14)
DTDesejado

6 C 
QE,catálogo  32.513,91 kcal h
5 C 
QE,catálogo  39.016,69 kcal h

5.1.2. Seleção do evaporador

Inicialmente deve-se verificar se há algum modelo que ofereça uma flecha de ar


mínima de 9,6 [m] para atender o comprimento máximo da câmara e também utilize o fluido
refrigerante selecionado, no caso o R-404A.
A o evaporador escolhido será da fabricante TRINEVA ARTEFATOS DE
REFRIGERAÇÃO (Figura 15).
Como no catálogo não tem o valor correspondente para a capacidade calculada, o
evaporador escolhido será o FTBS 388 que tem uma capacidade ligeiramente maior, sendo
44.863 [kcal/h] em -35 [°C] e flecha de ar de 20[m] de alcance, atendendo assim os requisitos
do projeto.
40

Figura 15. Seleção evaporador.

Fonte: www.trineva.com.br/pdfs/Catalogo2015_SITE.pdf

5.1.3.1. Capacidade requerida

Para calcular a capacidade térmica no DT requerido, disponível no catálogo do


fabricante, será:

DTdesejado
QE  QE,catálogo  1, 05 (15)
DTCatálogo

5 C 
Q E  44863 kcal h  37.385,83 kcal h
6 C 
41

5.2. UNIDADE CONDENSADORA

5.2.1. Calor rejeitado no condensador

Para calcular o calor rejeitado no evaporador precisamos primeiramente da vazão


mássica, que pode ser calculada fazendo um balanço de energia no evaporador (CREDER,
2004).

 Q 
m R  (16)
 h1  h4 

 
 37.385,83 kcal h  
m   1.675,365  kg 
  kJ   1 Kcal    h 
 198, 7  105, 2  
 kg   4,19  kJ  
    

Uma vez calculada a massa, pode-se calcular a carga requerida no condensador


(C.R.C.) aplicando a primeira lei da termodinâmica no condensador (CREDER, 2004).

C.R.C.  m  (h2  h3 ) (17)

 kg   kJ   1 Kcal   kcal 
C.R.C.  1.675,365     244,8  105, 2        55.818,84 
h  kg   4,19  kJ   h 

5.2.2 Capacidade de catálogo do condensador

Como o DT que está sendo utilizado no projeto é diferente do DT do catálogo (10°C),


será feito a conversão do C.R.C para o DT igual a 5°C.

DTCatálogo
Qe,catálogo  C.R.C.  (18)
DTDesejado

 kcal  10 C   kcal 


Qe,catálogo  55.818,84     111.637,68 
 h  5 C   h 
42

5.2.3 Condensador

Deve-se escolher um condensador que atenda a capacidade de catálogo, calculada


anteriormente. Portanto, o condensador selecionado foi o modelo 241-88 de 8 polos da
fabricante Trineva, por não ter um condensador com a capacidade requerida, foi selecionado
um com capacidade ligeiramente maior (Tabela 13).

Tabela 13 - Seleção condensador.

Fonte: http://trineva.com.br/pdfs/Catalogo2015_SITE.pdf

Figura 16 - Condensador selecionado.

Fonte: http://trineva.com.br/pdfs/Catalogo2015_SITE.pdf
43

5.3. COMPRESSOR

A capacidade do compressor é obtida aplicando a primeira lei da termodinâmica no


compressor (CREDER, 2004).

W  m  (h1  h2 ) (19)

 kg   kJ   kJ 
W  1.675,365    198, 7  244,8     77.234,33  
h  kg  h
ou
W  21, 45[kW ]
ou
W  28, 76[hp ]

O compressor de refrigeração escolhido é o Bock Ha34p/315-4 que é compatível com


fluido refrigerante R-404A e está dentro da faixa de operação (Figura 17).

Figura 17 - Escolha do compressor.

Fonte: http://www.geabock.com.br/pdf/m12.pdf
44

Figura 18 - Compressor selecionado

Fonte: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-817338428-compressor-bock-ha34p315-4-220380v-380000-
cada-_JM

5.4. TUBULAÇÃO

Tubulações de conexão entre a unidade condensadora e o evaporador serão necessárias


para a montagem do sistema frigorífico, como exemplo da Figura 19.
45

Figura 19 - Sistema frigorífico.

Fonte: http://heatcraft.com.br

O diâmetro da tubulação é obtido por meio do catálogo do evaporador selecionado.

Tabela 14 - Diâmetro da tubulação.

Fonte: www.trineva.com.br/pdfs/Catalogo2015_SITE.pdf
46

Assim, tem que o diâmetro de entrada é de 1.1/8” e o de saída é de 2.1/8”.

5.5. VÁLVULA

A válvula é um dispositivo de expansão importante para o funcionamento de sistemas


de refrigeração. Tem como função principal reduzir a pressão na entrada do evaporador e
regular a vazão de refrigerante. As válvulas de expansão são selecionadas a partir da
temperatura de evaporação, da queda de pressão entre o condensador e evaporador e da carga
térmica do evaporador. No ciclo proposto a temperatura de condensação é de -35°C e a queda
de pressão é de 1093,4 KPa ou 10,93 bar e a carga térmica é de 32.513,91 kcal/h ou 37,81 kW.
Com esses parâmetros, a válvula escolhida foi a TES 12-34.4 da Danffos.

Tabela 15 - Catálogo de válvulas Daffos.

Fonte: http://gestao.faccat.br
47

6. CUSTO DO PROJETO

Com os equipamentos necessários selecionados, foi realizada uma pesquisa de preços


para estimar o custo total da implantação de uma câmara de congelamento na cidade de
Caruaru-PE. O custo por unidade, a quantidade necessária de equipamentos e o custo total,
assim, como os seus respectivos vendedores, podem ser vistos na Tabela 16.

Tabela 16. Custo do projeto.


Produto Quantidade Preço (unidade) Preço Total Vendedor
[R$] [R$]
Caixa Pallet Plástico 15 450,00 6.750 1

Lâmpada Fluorescente 2 75,60 151,20 2


65 [W]
Empilhadeira Elétrica 1 27.338 27.338 3
Japona Frigorífica 5 75,00 375,00 4
Calça Térmica 5 61,00 305,00 5
Capuz Térmico 5 18,00 90,00 6
Luva Térmica 5 96,78 483,90 7
Bota com Forro de Lã 5 192,49 962,45 8
Meia Térmica 5 29,90 149,50 9
Porta para a Câmara 1 3.070,64 3.070,64 10
Válvula de Expansão 1 264,00* 264,00 11
Painel para a Câmara 86 405,00 34.843,00 12
Unidade Evaporadora 1 27.527,76 27.527,76 13
Unidade Condensadora 1 20.620,00* 20.620,00 14
Fluido Refrigerante 3 429,00 1.287,00 15
Prateleiras 3 1.675,64 5.026,92 16
Tubos de entrada 1.1/8” 2 74,06 148,12 17
Tubos de saída 2.1/8”. 2 253,68* 253,68 18
Compressor 1 3.800,00 3.800,00 19
TOTAL: 133.446,17
*Preço estimado ou aproximado.
Fonte: Autor.
48

Vendedor 1 - https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-706599148-caixapalletplasticocaixa-
paletecaixa-plastica-drobavel-_JM
Vendedor 2 - https://www.walmart.com.br/lampada-fluorescente-espiral-branca-65-w-x-220-
v-e27-foxlux/5529337/pr
Vendedor 3 - https://veiculo.mercadolivre.com.br/MLB-911911300-empilhadeira-eletrica-
paletrans-px1235-1200kg-35m-_JM
Vendedor 4 - https://www.superepi.com.br/japona-termica-impermeavel-35-azul-branca-
p175/
Vendedor 5 - https://www.superepi.com.br/calca-termica-nylon-para-temperatura-45-p176/
Vendedor 6 - https://www.superepi.com.br/capuz-termico-tipo-ninja-de-la-pamcold-p202/
Vendedor 7 - https://www.superepi.com.br/luva-de-baixa-temperatura-alaska-da-23200-p37/
Vendedor 8 - http://www.contrisul.com.br/bota-branca-com-forro-de-la-para-camara-fria-c-c-
-bompelct902vsfg/p
Vendedor 9 - https://www.superepi.com.br/meia-termica-de-nylon-bota-termica-p284/
Vendedor 10 - http://www.portafrigorifica.com.br/porta-frigorifica.htm
Vendedor 11 - https://www.refrigeracaocacique.com.br/342/comercial/valvulas-e-
bobinas/valvula-expansao-danfoss-tes2-n-15m-r-r404-s-orificio
Vendedor 12 -https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-718591788-camara-frigorifica-
direto-de-fabrica-_JM?source=gps
Vendedor 13 - www.trineva.com.br/pdfs/Catalogo2015_SITE.pdf
Vendedor 14 - https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-868819936-evaporador-mipal-
mi110-novo-elgim-trineva-bitzer-danfoss-_JM
Vendedor 15 - https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-914173787-gas-refrigerante-hp-62-
r-404a-refrigeraco-g792-_JM
Vendedor 16 - https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-739322701-porta-pallet-inicial-
300m-2200kg-p-nivel-230m-3-pares-_JM?source=gps
Vendedor 17 - http://www.refrigas.com.br/produto/tubo-de-cobre-panqueca-com-15-
metros.html
Vendedor 18 -https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-925910552-curva-de-cobre-
5397mm-90-218-_JM?source=gps
Vendedor 19 - https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-817338428-compressor-bock-
ha34p315-4-220380v-380000-cada-_JM
Vendedor 20 - https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-940222301-compressor-scroll-
panasonic-48000btus-380v-3f-sb303h9a-r22-_JM?source=gps
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CONCLUSÃO

O presente projeto realizou uma análise de implantação de uma câmara de


congelamento de carne vermelha para a cidade de Caruaru-PE. Assim, a partir da ocupação de
carne magra estimada em 10.000 [kg] e movimentação diária de 7.000 [kg/dia] foi analisado
que a instalação de câmara pré-moldada é mais vantajosa que a tradicional (feita de alvenaria),
pois a apresenta menor perda de calor para o ambiente. Também foi calculado toda a carga
térmica requerida para a instalação e seleção dos equipamentos que compõem o ciclo térmico
compressor, condensador, evaporador e válvula de expansão. Por fim, foi realizada uma
pesquisa de custo do projeto para uma possível instalação.
Adquiriu-se bastante conhecimento com este projeto, pois além do dimensionamento
realizado teve-se contato com catálogos para especificação dos equipamentos, além do contato
realizado com os fabricantes dos equipamentos.
Por fim, como sugestão para trabalhos futuros ser realizada a análise do ciclo térmico
real a partir dos equipamentos selecionadas.
50

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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