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Patologias nos polímeros usados na construção civil

Leonardo Guimarães dos Santos, leoguimarae@hotmail.com


Curso MBA Gerenciamento de obras, qualidade e desempenho da construção
Instituto de Pós-Graduação e Graduação – IPOG
Petrolina, PE, 04 de maio de 2018

Resumo
Observa-se edificios que, comumente nao atigem o seu desempenho minimo pré-estabelecido,
mostrando a nescessidade de um estudo das falhas do edificio, e apresentação de algumas
medicas preventivas e corretivas, para as patologias apresentadas nos materiais polimericos.
Palavras-chave: Desempenho minimo. Preventivas. Corretivas. Patologia. Polimericos.

1. Introdução
O desenvolvimento humano, levou a necessidade de fixar-se em um local e posteriormente de
um abrigo para proteção, a construção desse, fez com o que se desenvolve os tipos de
materiais e técnicas construtivas, que permitiu construções mais voltadas as necessidades e
mais equilibradas com o meio ambiente.
Entretanto, ver-se que que alguns edifícios não, apresentam desempenho satisfatório, levando
a necessidade de desenvolver-se no âmbito de materiais utilizados e na área construtiva.
É sabido que todo edifício tem uma vida útil, que varia de acordo com a sua utilização,
durabilidade dos materiais empregados, condições de exposição, uso e manutenção.
É preciso escolher materiais adequados as solicitações do edifício, e realizar controles de
garantindo a adequação e utilização correta desses materiais.
No âmbito da falta de manutenção, ela pode fazer com que pequenas patologias, de fácil e
barata resolução, evoluam para situações de desempenho estético deficiente, de insegurança
estrutural e muito mais onerosa.

2. Propriedades dos materiais


A patologia pode ser entendida como o estudo dos problemas construtivos das edificações,
suas causas e origens. Esses problemas patológicos são constantemente identificados na
maioria das edificações, variando em intensidade, período e forma de aparição.
Frente a uma manifestação patológica, necessita analisar o processo em questão, visto que
esse processo, envolve um conjunto de procedimentos, no qual varia para cada caso. Segundo
Carmo (2000).
No processo construtivo, a definição dos materiais é de suma importância para o
conhecimento da vida útil, de períodos de manutenção preventiva. A utilização desses
elementos deve-se dar de acordo com as solicitações físicas e mecânicas e a sua interação com
o ambiente, a figura 1 mostra os momentos da vida útil de uma estrutura que pode ser
solicitado o estudo dos materiais. “O conhecimento do comportamento dos materiais quando
em uso é importante em muitas fases que levam à construção de um edifício ou de uma
estrutura, à sua gestão e até a sua demolição.” (BERTOLINI, 2010:13).
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Figura 1: Fases da Vida de uma construção e papel do material


Fonte: Bertolini (2010:13)

Durante a construção, deve ser mantido um controle de qualidade, visando a adequação dos
materiais que chegam e a sua correta utilização. No quesito vida útil da estrutura, são
necessárias verificações da evolução da degradação, observando se esta, se mantem em
limites aceitáveis. Quando a degradação está em um ponto que compromete a funcionalidade
ou estabilidade da estrutura, faz-se necessária uma manutenção corretiva. A inspeção dos
materiais é importante, para que se conheça a causa da degradação. “As formas patológicas
encontradas com maior frequência são as infiltrações, fissuras, corrosão de armadura,
movimentações térmicas e deslocamentos.” (ANTONIAZZI, 2009;3).

2.1 Ações do ambiente


Em seu uso, nas construções, os materiais são sujeitos a ações físico-química do ambiente.
Essas ações podem ser químicas (interação entre o material e as substancias presentes no
ambiente, por exemplo corrosão de metal), variações de umidade (causando variações
dimensionais nos materiais), variações de temperatura (causam variações dimensionais), essas
ações podem comprometer a funcionalidade dos materiais, e são em função do tempo de
exposição.

2.2 Vida útil


A vida útil de um elemento construtivo é definida como o período o qual garante as funções
para qual foi projetado, assim o conceito de durabilidade é aceito, quando um elemento tem a
vida útil, igual ou maior aquela definida no projeto, visto que, devido aos efeitos do ambiente,
os elementos construtivos sofrem a degradação e perdem progressivamente o seu
desempenho.
A NBR 15575-1/2013 cita que, “Cabe ao projetista o papel de especificar os materiais,
produtos e processos que atendam ao desempenho mínimo estabelecido nesta norma como
base nas normas prescritas e no desempenho declarado pelos fabricantes dos produtos a serem
empregados no projeto.”
Segundo Bertolini (2010;21) para definir a vida útil de um projeto deve-se:
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a) Definir as condições ambientais em que estará exposto;


b) Avaliar os efeitos do ambiente e prever a evolução temporal da degradação sobre
os materiais.

2.3 Interação com o ambiente


Os materiais têm um papel importante mesmo quando a obra é demolida, pois nesta fase, os
resíduos costumam ser descartados, alguns destes, porém, poderiam ser reciclados para a
produção de novos materiais, atendendo assim as exigências, cada vez maiores, de
sustentabilidade.
Para reduzir o impacto das construções sobre o meio ambiente será necessário promover mais
tecnologias de reciclagem, e privilegiar materiais com uma vida útil maior.

3. Polímeros
Os polímeros são compostos de massa molecular relativa, a maioria de origem orgânica
compostos por hidrogênio e carbono. Os plásticos são polímeros sintéticos, formados pela
combinação de Carbono, oxigênio, hidrogênio e outros elementos, que embora sólido no seu
estado final, tem a fase liquida em algum momento da sua fabricação.
São materiais estáveis em todos os ambientes, é certo porem que alguns polímeros só podem
ser utilizados devido acréscimo de substancias que previnem sua degradação.
A perda de substancias adicionadas aos polímeros para melhorar as suas propriedades físicas,
ou a degradação química pode alterar as propriedades do material, ou seja, as propriedades do
material podem variar mesmo na ausência de variação de temperatura e de reações químicas.

3. 1 Degradação dos polímeros


Os polímeros assim como os metais têm a propriedade mecânica de plasticidade, e como as
cerâmicas a propriedade de alta resistividade elétrica, e apresentam baixa densidade.A
degradação dos polímeros ocorre pelo rompimento das ligações por fenômenos físicos ou
químicos. Embora deformando-se com aumento da Temperatura (acima da Tg) esse
amolecimento não faz com que as ligações covalentes se rompam.
A degradação pode ser dividida em um fenômeno do tipo físico (reversível) e que não
modificam as ligações no interior das moléculas, ou químico (irreversível) que modificam,
rompem ou formam novas ligações, o interior das moléculas. Os tipos de degradação serão
citados na sequencia. (Figura 2).
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Figura 2: Mecanismos de degradação do materiais poliméricos


Fonte: Bertolini (2010:225)

3. 1.1 Efeito temperatura


Com o aumento de temperatura, a energia interna dos polímeros aumenta, com isso tem-se o
aumento da mobilidade interna, tornando-os mais flexíveis, a temperaturas muito altas à
quebra de ligações covalentes ocorrendo assim um tipo de degradação química. (Figura 3).

Figura 3: Efeitos da temperatura nos polimeros


Fonte: Bertolini (2010:225)

3. 1.1.1 Transformações físicas


Os polímeros têm grandes variações de suas propriedades devido a sua Temperatura de
transição vítrea (Tg), esta determina a passagem do estado vítreo para o estado viscoso. Por
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exemplo, os polímeros amorfos que abaixo da sua Tg, tem características rígida e frágil e
acima se torna inútil devido a sua deformação, essas mudanças no material são reversíveis,
porem ele pode sofrer mudanças permanentes.
Por isso deve-se ter o conhecimento do Tg do material para definir a máxima temperatura a
qual o material pode ser utilizado sem perda da sua resistência, esse “valor pratico” o qual é
considerado e utilizado ao invés da Tg é denominado de Heat Distortion Temperature e é
determinado por ensaios padronizados.
3. 1.1.2 Degradação Térmica
A certas temperaturas, mesmo sem oxigênio e radiação os polímeros podem adquirir energia
suficiente para romper as ligações das moléculas, ocorrendo assim uma degradação térmica.
Esta se porta de uma perda irreversível de resistência, rigidez e durabilidade. A quebra das
ligações das moléculas libera substancias voláteis. Outra efeito da degradação térmica é a
variação na cor, que inicialmente amarela e num estado mais avançado escurece devido a
presença de resíduos de carbono.
Mesmo sendo pouco importante para os polímeros, pois em condições normais a oxidação é
mais forte, é muito importante para os materiais plásticos que podem sofrer degradação
durante a modelagem. Assim acrescentam-se com grande frequência materiais estabilizadores,
como pos orgânicos, para evitar a degradação térmica em plásticos.

3. 1.2 Envelhecimento físico


O envelhecimento físico é um fenômeno que ocorre em polímeros amorfos, é definido com
uma concentração da estrutura devido ao rearranjo das moléculas, tendo como consequência o
aumento da rigidez e fragilidade do material, esse fenômeno ocorre pelo fato de que abaixo da
Tg, o polímero amorfo sai do equilíbrio, pois tem, com o resfriamento abaixo do Tg, um
volume especifico maior do que o de equilíbrio, e quanto mais rápido for esse resfriamento
maiores são os Tg e o volume especifico que o material alcança.
Com pequenas variações do volume especifico o material tem um aumento do modulo de
elasticidade e da capacidade de carga, aumentando com isso a sua rigidez e resistência, porem
diminuindo a sua tenacidade, e com isso fragilizando-se.

3. 1.3 Ação de solventes


Quando os polímeros e o liquido são afins pode formar-se ligações secundarias entre eles, e
levam os solventes acumular-se em pontos do polímero onde possam romper as moléculas,
modificando assim a estrutura física dessas e dilatando o polímero. Pequenas quantidades de
solvente levam a uma diminuição da Tg. Para certas combinações de polímeros e solventes de
alta afinidade, entretanto, pode-se romper as ligações a ponto de dissolve-las, esse tipo de
interação, porem é muito rara devido as quantidades de solvente e tempo de contato serem
pequenos.
Os solventes podem ser utilizados na produção dos polímeros, como por exemplo nos
plásticos onde aplicando o solvente, em alguns casos, determina-se a dissolução das
moléculas superficiais unindo as superfícies ou no caso dos plastificantes onde os solventes
causa uma pequena dilatação, diminuindo o Tg, e transformando um material viscoso em um
material de comportamento vítreo a temperatura ambiente.
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Figura 4: exemplos de interação entre os materiais polimericos e substâncias liquidas


Fonte: Bertolini (2010:229)

3. 1.4 Meteorização
Polímeros de comportamento dúctil pode romper-se facilmente devido a ação de forças de
tração combinadas com líquidos orgânicos, esse fenômeno é denominado de meteorização.
Isso ocorre quando o solvente dilata o polímero e a força de tração leva a concentração de
forças na fissura, que esta enfraquecida pelo solvente, rompendo assim as ligações
secundárias das moléculas. O que determina a meteorização são os seguintes fatores:

a) Combinação entre polímero e liquido;


b) Esforço aplicado;
c) Capacidade do liquido em penetrar no polímero;
d) Tempo de contato.

3. 1.5 Ação do Ambiente


Os polímeros podem sofrer degradação química devido a exposição a atmosfera, por serem
sensíveis a ação das radiações ultravioleta, a qual determina o aquecimento do polímero
podendo produzir uma degradação térmica e excitar os elétrons das ligações covalentes
possibilitando o rompimento das ligações. Polímeros do tipo acrílico tem uma elevada
resistência as radiações UV e não amarelam a exposição à luz. Para combater esse fenômeno
pode acrescentar partículas que absorvam as radiações UV, como o dióxido de titânio, Caso a
transparência seja fundamental pode-se adicionar o Benzotriazola que absorve radiações UV
sem tornar o material opaco.
O oxigênio pode degradar o material mesmo este estando em temperatura a qual a degradação
térmica é pequena, pois o oxigênio pode determinar a reticulação do polímero. Os principais
efeitos da oxidação são uma fragilização do polímero pelo aumento do Tg. Os efeitos dessa
fragilização são evidentes nas aplicações sob a forma de camada fina, no caso de camadas
maiores a ação limita-se a camada superficial. A oxidação aumenta com o aumento da
temperatura e na presença de radiação UV.
O Efeito principal da degradação pela ação do ambiente é a fragilização do material,
facilitando o ataque biológico, já que o agentes biológicos ainda não tem enzimas capazes de
atacar esses matérias, ou seja, so conseguem atacar os polímeros se estes já tiverem sido bem
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degradados pela oxidação. Esse resistência torna os polímeros adequados para empregos dos
mesmos no campo sanitário da construção.

4.Tecnicas de proteção
4.1 Pinturas e revestimentos protetores
Alguns materiais de construção devem sua durabilidade ao tratamento superficial que os
protegem da ação de agentes agressivos presentes no ambiente. Esse tratamento consiste em
uma camada protetora, formada por uma substancia polimérica sobre sua superfície, com o
intuito de simplesmente proteger ou de modificar o comportamento físico-químico do
material. Os revestimentos protetores são constituídos de um selante polimérico no qual
dissolve-se solventes, aditivos e pigmentos.
A aderência ao substrato é fundamental para que o revestimento protetor seja duradouro e
eficaz. Logo a pintura deve ser capaz de molhar o substrato o qual deve estar devidamente
preparado. “A muitas causas que podem levar à falência de um revestimento orgânico”
(WELDON, 2001). A aplicação incorreta pode ser a origem de alguma delas, pois causa o não
funcionamento do sistema protetor. Um fator importante é o a coesão do material de
revestimento que pode ser prejudicada pela dosagem excessiva de pigmentos. Além do
emprego de um revestimento defeituoso ou não apropriado, ou até mesmo devido a exposição
excessiva e precoce ao ambiente.
O revestimento torna-se ineficaz quando aumenta sua permeabilidade, fissura-se. Essa
danificação pode ser causada por demanda excessivas aplicadas aos revestimentos, pancadas,
abrasão, deformação ou vibração do substrato. As demandas podem, também, ser geradas no
interior do revestimento devido à evaporação do solvente. No início o polímero é liquido e a
contração não produz danos, porem na fase final da liga o revestimento é mais rígido e geram-
se tensões maiores no seu interior. Assim se o revestimento tem boa adesão, mas uma má
coesão ele pode fissurar, se for ao contrário, boa coesão e baixa adesão ele pode laminar-se.
O dano do revestimento pode ser consequência da degradação do material polimérico, visto
que devido à baixa espessura, o revestimento é suscetível a ação ambiental, quando
comparados com matérias plásticos.
Os materiais poliméricos com elevada resistência química, podem se degradar em tempo
rápido, pois algumas resinas têm baixa estabilidade em ambientes alcalinos úmidos, não
sendo, por isso, apropriadas para a aplicação em concretos.

4.2 Selantes
Os selantes, que segundo a norma ISO 4618 é “líquido simples ou mistura de líquidos, volátil
sob determinadas condições de secagem, e no qual o ligante é solúvel”, são utilizados na
construção para isolar do ambiente externo as aberturas presentes nas juntas entre os
componentes construtivos e estruturais. Devendo, assim, ser um material que consegue aderir
as paredes e ter flexibilidade para permitir os movimentos da junta, impedir a passagem de ar,
água e poeira. “Ter durabilidade suficiente para bloquear, em particular, a ação da água, do
oxigênio e da radiação ultravioleta.” (WOLF, 1999).
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Figura 5: Exemplo de juntas selantes


Fonte: Bertolini (2010:229)

A figura 5: (a) demonstra o selante sujeito a esforços de tração ou compressão para seguir as
variações dimensionais da junta, (b) quando a junta é de dimensão pequena, insere-se
materiais de deslocamento que permitem o escorrimento, sem atrito, (c) as juntas podem ser
sobrepostas, onde o selante é submetido a demandas de corte, e consequentemente, estando
mais protegido, tende a durar mais.
A durabilidade de uma junta selada nao depende só das propriedades do solvente os quais
apresentam variedade no desempenho. Assim sendo, devem ser analisadas as características
dos produtos e as exigências de desempenho para cada tipo de necessidade.

4.2. 1 Tipos de selantes


Existem diversas maneiras de classificar estes produtos em função das suas propriedades:

a) Polisulfetos: Endurecem ao ar só com o efeito da umidade e permitem


deformidade de até 25%. Podem ser: Monocomponentes são produtos que curam
ou adquirem a forma final quando entram em contato com o meio ambiente, sob a
ação do ar e umidade (ex.: selante de poliuretano NP1 e Ultra), por evaporação de
solvente da composição do material (ex.: silicone, acrílico, butílico, asfaltos
elastoméricos em base de solventes) ou por ação de temperatura (ex.: asfaltos
poliméricos aplicados a quente); Bicomponentes: são produtos que curam ou
vulcanizam pela ação de um catalisador (poliuretano, polissulfeto);
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b) A base de borrachas butílicas: endurecem por evaporação do solvente, tem longa


duração se não forem expostos ao sol e são próprios para juntas entre esquadrias;
c) À base de betume: ideal para ambientes úmidos e juntas com movimentos
limitados;
d) À base de látex de polímeros acrílicos: endurecem por simples evaporação de
água, têm boa resistência a umidade e radiação ultravioleta, aderem a superfícies
úmidas, por isso são utilizados ao ar livre;
e) Silicônicos: são monocomponentes e endurecem por reação com a umidade do ar,
tem boa aderência ao vidro e ao metal. Têm ótima resistência ao calor e a umidade,
sendo utilizados para fachadas continuas.
f) Poliuretanos; monocomponentes e bicomponentes, sendo os bicomponentes
próprios ate para o uso em contato permanente com a água.
Os selantes de maneira geral são caracterizados por:

a) Impermeabilidade à água de percolação, pressão hidrostática ou umidade;


b) Impermeabilidade a gases e vapores;
c) Resistência aos esforços de tração, compressão, cisalhamento, impacto,
puncionamento, vibração, abrasão, torção;
d) Boa aderência aos mais diversos substratos, sem perda de aderência ao longo do
tempo;
e) Expandir-se e contrair-se quando submetido a tensões, sem transmitir ao substrato
de base tensões elevadas que possam desagregá-lo ou provocar o seu
descolamento;
f) Resistência aos raios ultravioletas do sol;
g) Resistência a produtos químicos ou agentes agressivos, tais como, óleos, gasolina,
ácidos, sais, esgoto, etc.;
h) Resistente a variações térmicas;
i) Resistente à fadiga e movimentos cíclicos ou repetitivos;
j) Não inchar, formar bolhas, rugas, • não desbotar ou alterar sua cor, prejudicando o
acabamento estético;
k) Não permitir proliferação de fungos ou bactérias;
l) Elevada durabilidade;
m) Não manchar o substrato, alterando o aspecto estético;
n) Adequado tempo de trabalhabilidade, secagem e polimerização em função das
condições de utilização.
Além disso, têm uma elevada viscosidade e podem ter dificuldades para umedecer o substrato
e aderir-se a ele. Sendo essa dificuldade combatida com o uso do primers, constituídos por
polímeros de baixa viscosidade, que penetram nos poros e aderem ao selante, tem também a
função de formar uma película impedidora para isolar o selante da alcalinidade do concreto.

4.2.2 Aditivos para selantes


Aditivos são produtos usados numa formulação de revestimento para conferir propriedades
físicas ou químicas especificas ao revestimento como sejam contribuir para facilitar a
fabricação, melhorar a estabilidade da tinta na embalagem, facilitar a agitação e resolver
defeitos que possam aparecer na película de tinta, durante a secagem ou mesmo depois de
seca.
De maneira geral são produtos destinados a melhorar a aplicação e as propriedades da película
seca. Existem muitos tipos de aditivos que podem ser adicionados ao revestimento, e que
podem alterar bastante a sua função. (Tabela 1). Assim sendo, os aditivos devem ser
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escolhidos devido a sua propriedade, visto que o importante é a função que o mesmo ira
desempenhar.

Tabela 1: Tipos de Aditivos


Fonte: MARQUES (2013:26)

Os aditivos são
4.3 Adesivos
A colagem é um método de junção de duas superfícies de materiais, permite a colagem muito
rápida, se comparado com os outros métodos, distribui de maneira uniforme os esforços,
consegue unir materiais com características bem distintas, consegue adaptar-se a
irregularidades geométricas das superfícies, pode amortecer vibrações e é econômica. Porem a
sua utilização é limitada devido as características do material polimérico e do seu
comportamento viscoso. “No setor da construção civil, são muitas vezes utilizados adesivos
estruturais, constituídos de um material polimérico de consolidação térmica, rígido e tenaz,
capaz de formar uma junção que transmite esforços consideráveis” (GIERENZ e
KARMANN, 2001)
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4.3. 2 Tipos principais de adesivos


4.3. 2. 1 Adesivos Naturais
São adesivos que derivam de resinas vegetais, de betumes ou asfaltos naturais e de colas
animais. Sendo essa última proteína animal que se comporta como um material viscoso a
temperatura superior a 40ºC, solidificando-se a temperatura inferior e podendo ser aplicado
sobre material poroso, que permita a evaporação da água e a perda da fluidez do adesivo.

4.3. 2. 2 Adesivos de consolidação térmica


São formados pela reação de dois compostos, entre eles estão:

a) Ureia-formaldeido: Utiliza-se uma solução aquosa de formaldeído e ureia, e um


endurecedor, podem ser utilizadas em espessuras finas, por causa do risco de micro
fissuração durante o endurecimento;
b) Melanina-formaldeido: produzido em pó e misturado com água, endurecendo a
cerca de 100ºC, tendo boa resistência depois de exposto;
c) Fenol-formaldeido: constituído por um liquido que polimeriza a 100ºC, é utilizada
para a colagem de madeiras. Tem ótima resistência a umidade, mas é frágil;
d) Resinas poliuretanas: Consegue unir borracha vulcanizada os metais, mas tem
resistência a água intermediaria;
e) Resina epóxi: Têm boa adesão a quase todos os materiais, tem baixa contração
durante o endurecimento e alta resistência a tração e a água, o que o torna
apropriado para a colagem estrutural sobre vários materiais;
f) Resinas de poliéster insaturadas: Endurecem rapidamente, mesmo a baixas
temperaturas, apresentam alta contração durante o endurecimento e têm baixa
resistência ao ambiente alcalino.

4.3. 2. 3 Adesivos termoplásticos


São menos resistentes e apresentam uma deformação viscosa mais elevada que os adesivos de
consolidação térmica, motivo, pelo qual não são utilizados para aplicações estruturais. Seus
principais tipos são:

a) Acetato de polivinila: Solúvel em água, assim não é necessário endurecedor, é


usado em madeira ou para melhorar a adesão entre concretos com idades
diferentes;
b) Adesivos poliestirênicos: utilizados para a junção de materiais plásticos;
c) Adesivos betuminosos: São emulsões aquosas, aplicas a quente e com adição de
solventes;
d) Adesivos a base de borracha: compreendem borrachas auto aderentes, os adesivos
de contato, com os quais se aplica o adesivo sobre duas superfícies e depois da
evaporação do solvente, unem-se em dois pedaços.

5. Conclusão
A degradação dos elementos é inevitável, porem existem métodos de prolongamento da vida
útil dos materiais e a utilização de materiais poliméricos, os quais protegem os produtos
melhorando seus desempenhos mecânicos.
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Referências
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575: Edficações
Ambientais: Desempenho. Rio de Janeiro, 2013.

ISO 4618: Paints and Vernishes, 2013.

Bertolini, Luca Materiais de Construção: Patologia Reabilitação, Prevenção, São Paulo:


Oficina de textos, 2010.

Antoniazzi, Juliana Pippi Patologia da Construção: Abordagem e diagostico, Universidade


Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, 2009.

GIERENZ, G.; KARMANN, W. Adehsives and Adhesive Tape. Weinheim, Wiley- VHC,
2001.

WOLF, A. T (ed.). Durability of Building Sealants. Relatorio 21, Paris: RILEM


Publications 1999.

MARQUES, F. P. F.M. Tecnologia de aplicação de pinturas e patologias em paredes de


alvenaria e elementos de betão, Instituto Técnico de Lisboa, Lisboa 2013.

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