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Memorial Antropológico
Muito se discute sobre o suicídio, e a visão que temos hoje sobre o suicida,
que foi construída através de estereótipos sociais e correntes religiosas em sua
grande maioria, pouco buscava entender os motivos pelo qual aquela atitude
extrema fora tomada pelo indivíduo, e sim uma explicação “moral” para a prática
e as suas consequências. A partir do prisma antropológico podemos desmistificar
os conceitos até então construídos, partindo de uma análise profunda sob os
aspectos sociais, psicológicos e históricos, podendo assim ter uma visão ampla,
profunda e metódica. Preocupo-me em pontuar que o presente tema, e a analise
que descrevo neste tópico partiu da observação individual dos alunos exposta
durante a aula, contando com a intervenção docente da professora Carla. Houve
muita divergência de pensamentos entre os presentes na sala, porém, por fim
pudemos chegar ao consenso de que este tema tão delicado, e tão em pauta na
nossa sociedade moderna ao ser compreendido pela Antropologia deixa de ser
observado isoladamente como um caso de saúde mental, ou até como algo
espiritual, como as religiões ocidentais vieram a categorizar. E sim, algo que deve
ser compreendido através do campo do comportamento humano, da influência
cultural e até mesmo da interação do indivíduo suicida com a sociedade em que
está inserido. Além de todas essas esferas das ciências humanas, biológicas e
sociais, empregadas pela Antropologia, deve se ter a sensibilidade e a humanidade
ao tratar de temas tão complexos como o suicídio.