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Bowlby Teoria Do Apego
Bowlby Teoria Do Apego
A relação do bebê com a figura de apego é vertical ou seja, da criança com uma figura que lhe
dê proteção e segurança em situações de risco. O conceito de apego foi posteriormente ampliado para a
vida adulta.
Relações horizontais são relações (de reciprocidade) entre iguais.
O adulto faz vínculo afetivo com o bebê. Vínculo afetivo é uma relação que tem a história do
vínculo entre duas pessoas e que é durável ao longo do tempo ou da vida (pg. 122,123, em Bowlby,
Formação e Rompimento de Laços Afetivos). “ A formação de um vínculo é descrita como
“apaixonar-se”, a manutenção de um vínculo como “amar alguém” e a perda de um vínculo ou
parceiro como “sofrer por alguém”. Do mesmo modo, a ameaça de perda gera ansiedade e a
perda real produz tristeza, enquanto que cada uma destas situações é passível de suscitar raiva. A
manutenção inalterada de um vínculo afetivo é sentida como uma fonte de segurança e a
renovação de um vínculo, como uma fonte de júbilo. Como tais emoções são usualmente um
reflexo do estado dos vínculos afetivos de uma pessoa, conclui-se que a psicologia e a
psicopatologia da emoção são em grande parte a psicologia e a psicopatologia dos vínculos
afetivos.
Da parte do bebê humano, como ele nasce imaturo em termos de autonomia, a Evolução dotou-o com
capacidades ou competências para se comunicar com o adulto e eliciar nele comportamentos e respostas
( que são inconscientes) para interagir com o bebê. Portanto, do ponto de vista da evolução o adulto
modifica inconscientemente seu comportamento e reage ao bebê para lhe dar segurança e proteção.
Para Bowlby, o apego do bebê ao cuidador fica mais evidente e fortalecido em torno do 6 o mês de
vida, e vai ser visivelmente percebido através do comportamento de apego, que vai ser intensamente
eliciado até o 3o ano de vida. Se a criança, ao longo de seus três primeiros anos de vida sentir que a
figura de apego é acessível e disponível sempre que dela precisar, a criança a internalizará como uma
base segura. Assim, poderá se desprender da figura de apego e investir em seu desenvolvimento; e
então a partir dos 3 anos o comportamento de apego tende a se reduzir e a só aparecer em situações de
risco.
Mary Ainsworth desenvolveu o teste de separação da criança da figura de apego, e daí deduziu 3 tipos
de apego
1- Seguro quando o bebê experiencia figura acessível e disponível, que lhe dá proteção e
segurança em situações de risco
2- Inseguro
A- Evitativo ( ou de Esquiva) resulta de figura de apego rejeitadora, não disponível, ou que
dresponde inadequadamente às necessidades do bebê ou não entra em sincronicidade, ou seja na
“dança” da interação com o bebê. Daí desenvolve-se uma tendência à auto-suficiência, no sentido de
não se apegar para evitar o sofrimento, a dor de não poder contar com a proteção e segurança de
cuidadores. Geralmente estas mães tendem a ser depressivas.
B) Ansioso-Ambivalente ( Resistente) figura de apego ora disponível, ora não disponível, ou com
respostas não contingentes às necessidades da criança, que fica insegura e tende a buscar
constantemente a figura de apego, o que prejudica seu desenvolvimento. São os possessivos. Aqui
encontramos mães inconsistentes. Na situação de separação o bebê tanto procura quanto resiste ao
contato, quando a figura de apego retorna.
C) Desorganizado-desorientado (descoberto recentemente, 1986, por Main e Solomon) estilo de apego
em que um bebê mostra comportamentos contraditórios, e parece confuso e amedrontado.Mostra alegria
quando a mãe retorna porém vira de costas para ela ou dela se aproxima sem olhá-la.
A relação de apego levará a criança a internalizar o modelo interno de experiência que é o padrão de
relação que ela tem com a figura de apego ( não é a personalidade da fig. de apego).Tal adulto pode dar
para um filho o apego seguro e para outro não.
Assim, modelo interno de experiência ou modelo funcional interno não é a experiência concreta da
criança ou do indivíduo, mas a interpretação que o sujeito tem de sua experiência de apego.
Isabella e Belsky (1989) descrevem a interação bebê-figura de apego como uma sincronicidade, uma
dança na interação.
Papousek (1991) pesquisas de como o adulto modifica seu comportamento, seu tom de voz para
interagir com o bebê humano, numa mutualidade. Alguns autores utilizam o termo reciprocação.
Por ex., vínculo do pai com a criança pais tendem a brincar mais corporalmente com as crianças e
jogá-las para o ar e elas adoram.