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MECÂNICA TÉCNICA
São Leopoldo
2009
1
SUMÁRIO
1 CÁLCULO APLICADO
Medir uma grandeza física significa compará-la com outra grandeza de mesma
espécie, tomada como padrão. Este padrão é a unidade de medida.
Unidades de comprimento
Símbolo km hm dam m dm cm mm
Unidades de Área
Unidades de Volume
Símbolo kl hl dal l dl cl ml
4
Unidades de Massa
Símbolo kg hg dag g dg cg mg
UNIDADES FUNDAMENTAIS DO SI
GRANDEZA NOME SÍMBOLO
comprimento metro m
massa quilograma kg
tempo segundo s
SISTEMA MKS
comprimento massa tempo
M K S
m (metro) kg (quilograma) s (segundo)
Sistema CGS
SISTEMA CGS
comprimento massa tempo
C G S
cm (centímetro) g (grama) s (segundo)
1) Converter:
a) 50 in em cm ________________ b) 25 cm em in _____________________
Exemplos:
EXERCÍCIOS
1.4 PREFIXOS SI
hipotenusa a
cateto
cateto c
8
a 2 = b2 + c 2
EXERCÍCIOS
a) 17 cm
b) 18 cm
c) 19cm d
d) 20 cm 12 cm
e) 21 cm
16 cm
a) 3
b) 3
c) 4
d) 5 5 3 cm 10 cm
e) 5
.
x
3) Uma torre vertical é presa por cabos de aço fixos no chão, em um terreno plano
horizontal, conforme mostra a figura. Se A está a 15 m da base B da torre e C está a 20 m de
altura, o comprimento do cabo AC é:
a) 15 m
C
b) 20 m
c) 25 m
d) 35 m
e) 40 m
A B
9
1.6 TRIGONOMETRIA
a
c
α
A b B
SENO DE UM ÂNGULO
cateto oposto c
sen  = sen α = =
hipotenusa a
CO-SENO DE UM ÂNGULO
cateto adjacente b
cos  = cos α = =
hipotenusa a
10
TANGENTE DE UM ÂNGULO
cateto oposto c
tg  = tg α = =
cateto adjacente b
EXERCÍCIOS
a) b)
20 cm 53º
X X
30º
12 cm
2) Um fio vai ser esticado do topo de um prédio até um ponto no chão, conforme indica a
figura. Considerando sen 37º = 0,6 ; cos 37º = 0,8 e tg 37º = 0,75, determine o comprimento
do fio.
37º
42 m
11
3) Qual é a altura da igreja, sabendo-se que a distância do ponto A até o ponto B é 100 m.
37º
s
a) sen α =
t
t
b) sen α =
r
s r
c) cos α = s
r
t . α
d) cos α =
r t
s
e) tg α =
r
Exemplo:
Em 12 m2 de parede foram utilizados 540 tijolos. Quantos tijolos serão necessários
para construir 20 m2 de parede ?
20 m2 X
10800
X . 12 = 20 . 540 → X . 12 = 10800 → X= →
12
X = 900 tijol.os.
Exemplo: Uma casa é construída por 20 pedreiros em 30 dias. Em quantos dias será
construída a mesma casa se o número de pedreiros aumentar para 50?
Relação: mais operários menos dias
A relação Mais - Menos ou Menos – Mais caracteriza a regra de três inversa.
Na regra de três inversa multiplicamos lada a lado.
20 operários 30 dias
50 operários X
600
50 . X = 20 . 30 → 50X = 600 → X= → X = 12 dias
50
EXERCÍCIOS
1) Uma máquina produz 100 peças em 5 horas. Quantas peças produz em 2 horas?
2) Uma ponte é feita em 120 dias por 16 trabalhadores. Se o número de trabalhadores for
reduzido para 10, qual o número de dias necessários para a construção da mesma ponte ?
3) Duas polias, ligadas por uma correia, têm raios 20 cm e 50 cm. Supondo que a polia
maior efetua 100 rpm, qual a rotação da polia menor ?
13
Exemplo 1
- 3X + Y = 14
4X – Y = 8
- 3X + Y = 14
4X – Y = 8
X + 0Y = 22 → X = 22
-3X + Y = 14 → X = 22
- 3. (22) + Y = 14
- 66 + Y = 14 → Y = 14 + 66 → Y = 80
Exemplo 2
4X + 3Y = 6
2X + 5Y = -4
Nesse exemplo não adianta somar as equações, pois nem X nem Y serão cancelados.
Devemos preparar o sistema de modo que os coeficientes de uma das incógnitas
fiquem simétricos, por exemplo X. Para conseguir que os coeficientes fiquem simétricos,
podemos multiplicar a 2ª equação por (-2).
Obs.: Uma igualdade não se altera quando multiplicamos todos os seus temos
pelo mesmo número
14
4X + 3Y = 6
4X + 3Y = 6
12
4X + 3(-2) = 6 → 4X – 6 = 6 → 4X = 6+ 6 → 4X = 12 → X =
4
X=3
Exemplo 3
2a + 4b = 9
3a - 5b = 7
Para ajustar as equações para que uma das incógnita se anule podemos multiplicar a
1ª equação por -3 e a 2ª equação por 2.
2a + 4b = 9 x (-3)
3a - 5b = 7 x (2)
- 6a - 12b = -27
6a - 10b = 14
0a - 22b = - 13
13
13 = 22b → b=
22
13 52 52
2a + 4b = 9 → 2a + 4( ) = 9 → 2a + =9 → 2a = 9 -
22 22 22
15
73
73 73
2a = → a = 11 → a=
11 2 22
X + Y = 11
2X – 4Y = 10
Escolhemos uma das equações, a 1ª equação, por exemplo, e isolamos uma das incógnitas.
X + Y = 11 → X = 11 - Y
Tomamos a outra equação do sistema (2ª equação) e substituindo X pela expressão que
obtivemos anteriormente, temos:
2X – 4Y = 10
2 ( 11 – Y ) – 4Y = 10 → 22 – 2Y – 4Y = 10 → 22 – 6Y = 10 → 22 – 10 = 6Y
12
12 = 6Y → =Y → Y=2
6
X = 11 – Y → X = 11 – 2 → X=9
16
EXERCÍCIOS
1. - X + 4Y = 3
6X – 2Y = 26
2. 2a + b = -4
3a + 6b = -15
3.
2X + 3Y = 14
3X + 2Y = 11
17
A = a.b A = a2
a.h
A= A = a.h
2
( B + b).h D.d
A= A=
2 2
α em graus
α em radianos
A = π.R 2 α .π .R 2
α .R 2
A= A=
360 2
α em radianos
2
A = π.(R – r ) 2 R2
A= .(α − senα )
2
18
EXERCÍCIOS
A F E
a) 1200 m²
b) 1000 m²
c) 600 m²
30 m
20 m
d) 500 m²
e) 360 m²
24 m
Raio r = 10 cm
18 cm
A) B)
10 cm
r 34 cm
30 cm
42 cm
19
1.10 VOLUME
a c
a
a a b
V = a3 V = a.b.c
r
h
π .d 3
V = π. r2. h V=
6
r
h
r
r 2
π .r .h
V=
3
π .h
V= .( R 2 + r 2 + R.r )
3
Ab
h
h
AB
Ab
1 V=
h
.( AB + Ab + AB . Ab )
V = . Ab. h
3 3
20
EXERCÍCIOS
1) Quantos litros de água cabem num reservatório que tem a forma de um bloco retangular
com dimensões de 3 m x 1,5 m x 1,2 m.
1,5 m
1,2 m
3m
2) O cilindro representado na figura tem raio de 3 m e altura igual a 4m. Determine o seu
volume.
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
1) Efetue as conversões:
g) 15 in = __________________cm h) 40 lb = ____________________ kg
80 cm
60c m
.
Y
30 cm
a) b)
X
X
53º
30º
15 cm
22
6) Uma pessoa está distante 60 m da base de um prédio e vê o ponto mais alto do prédio sob
um ângulo de 37º em relação a horizontal. Qual é a altura do prédio ?
60º 45º
B H C
8) Transforme:
5m 2m
2m
2m
2m 5m
23
a) b)
14 cm
20 cm
20 cm
30 cm 8 cm
a) 21 m3
b) 12 m3 2,4 m
c) 18 m3
d) 8 m3
e) 6 m3
1,5 m
5m
a
a.
a
24
3x
15) As raízes reais da equação 9x2 - = 0, são
2
a) 0 ou -6
b) 1 ou 3
1
c) 0 ou
6
d) 3 ou 6
2
e) ou 1
3
2x + 3y = - 55
1
a) ( - 8 , - )
2
b) ( -13, 4 )
c) ( - 4, -8)
d) ( - 8, -13 )
e) (- 4 , 8 )
18) Dezesseis máquinas foram alugadas para fazer um serviço de terraplanagem em vinte
dias. Porém seis dessas máquinas não puderam ser usadas por defeitos técnicos. Em
quantos dias as máquinas restantes fizeram o mesmo serviço?
a) R$ 80,00
b)R$ 84,00
c) R$ 88,00
d)R$ 92,00
e) R$ 94,00
25
20. O pneu de um veículo, com 800 mm de diâmetro, ao dar uma volta completa percorre,
aproximadamente, uma distância de:
a) 2,51 m
b) 5,00 m
c) 25,10 m
d) 0,50 m
e) 1,51 m
a) 5 cm
b) 2 cm
3x+1
c) 4,5 cm
d) 10 cm
e) 7,5 cm
26
2 VETORES
A tudo aquilo que pode ser medido, associando-se a um valor numérico e a uma
unidade, dá-se o nome de grandeza física.
As grandezas físicas são classificadas em:
Grandeza Escalar: fica perfeitamente definida (caracterizada) pelo valor
numérico acompanhado de uma unidade de medida.
Exemplos: comprimento, área, volume, massa, tempo, temperatura, etc.
Grandeza Vetorial: necessita, para ser perfeitamente definida (caracterizada), de
um valor numérico, denominado módulo ou intensidade, acompanhado de uma unidade de
medida, de uma direção e de um sentido. Toda a grandeza Física Vetorial é representada
por um vetor.
Exemplos: Força, velocidade, aceleração, campo elétrico, etc.
2.2 CONCEITO
Exemplo 1
r
P Módulo: F = 30 N ou F = 30 N
Direção: 90º com o eixo horizontal X ou
r
F = 30 N direção Vertical
O Sentido : de O para P ou Norte
X.
27
v
Módulo: v = 8 m/s
Exemplo 2 P Direção: 55º com o eixo horizontal X
r
v = 8 m/s Sentido: de O para P
O 55º
X
Vetores iguais: Dois ou mais vetores são iguais quando têm o mesmo módulo, a mesma
direção e o mesmo sentido.
Vetores opostos: Dois vetores são opostos quando têm o mesmo módulo, a mesma direção e
sentidos contrários.
Vetor Resultante: Vetor Resultante de vários vetores é o vetor que, sozinho, produz o
mesmo efeito que todos os vetores reunidas.
r r
R = vetor resultante ou S = vetor soma
r r r
Sejam dois vetores F 1 e F 2 , formando entre si um ângulo α. O vetor soma S , também
r r r r r
chamado de vetor resultante R , é indicado por S ou R = F 1 + F 2.
r r
F1 F2
28
v
r R
F1
α
r
F2
O módulo do vetor resultante é dado por:
r r 2 r 2 r r
2
R = F1 + F2 + 2. F1 . F2 . cos α Lei dos cossenos
ou
r v v v v
R = F1 2 + F2 2 +2. F1 . F2 . cos α
r r
Exemplo - Dados os vetores a e b abaixo, de módulos iguais a 5 unidades e 9 unidades,
respectivamente. Sendo
cos 60º =0,5 , represente graficamente, pela regra do
r
paralelogramo o vetor soma S e calcule o seu módulo.
r r v
a a S
60º
r r
b b
v v v v v
S = a 2 + b 2 +2. a . b . cos α
v
S = 5 2 +9 2 +2.5.9. cos 60º = 25 + 81 + 90.0,5 = 25 + 81 + 45 = 12,29 u
29
A regra do polígono pode ser utilizada na adição de qualquer número de vetores. Para
a sua utilização devemos colocar os vetores de tal modo que a origem do segundo vetor
coincida com a extremidade do primeiro; a origem do terceiro coincida com a extremidade
do segundo; a origem do quarto coincida com a extremidade do terceiro; e assim
sucessivamente. O vetor soma ou vetor resultante é determinado ligando-se a origem do 1º
vetor à extremidade do último vetor, conforme mostra o exemplo abaixo.
r r r r
Ex. Dadas as forças F 1 , F 2, F 3 e F 4 , cujos módulos são, respectivamente, 30
N, 50N, 40 N e 20 N, determine graficamente (método do polígono) a força resultante
r r r r r
R = F 1 + F 2 + F 3 + F 4. Escala: 1 cm = 10 N
r r
F2 F4
r r
F1 F3
r
F4
r
R ≅ 31 N
r
F3
r
F1
r
F2
v
R = 7N
30
r v
F1 R =7-3=4N
v r
R = 4N F2
r
F2 v v 2 r 2
R = F1 + F2
31
Ex. 1
Y rr
proj x F → projeção no eixo X da força F
rr
F = 30 N
r
Fy =0 proj x F = Fx = 30 N
proj y F = Fy = 0
r
Fx X
Ex. 2
Y
r
Fy proj x F = Fx = 0 N
proj y F = Fy = 60 N
v
F = 60 N
r
Fx = 0 X
- Eixo “X”
- Orientação do vetor para a direita – positivo
- Orientação do vetor para a esquerda - negativo
+
- Eixo “Y” - +
- Orientação do vetor para cima positivo
- Orientação do vetor para baixo negativo
-
32
Todo o vetor pode ser obtido a partir da soma de dois outros vetores, perpendiculares
r
entre si, chamados de componentes do vetor dado. Assim, dado o vetor F = 100 N , ele pode
r r
ser decomposto em dois outros vetores, Fx e Fy , que recebem o nome de componentes
r
retangulares ( ou componentes horizontal e vertical ) do vetor F .
Y Y
r
r r 2 F
β F Fy
β
1
α α
r
X Fx X
Cálculo de Fx Cálculo de Fy
Triângulo 1 Triângulo 2
Fx Fy
cos α = cos β =
F F
cos α . F = Fx F. cos β = Fy
Fx = F . cos α Fy = F. cos β
33
FY
sen α = → Fy = F . sen α
F
r
Ex.1. Determinar os componentes horizontal e vertical do vetor F .
Y
r
F = 50 N Fx = F cos α
Fx = 50 . cos 37º
r
Fy 53º Fx = 50 . 0,8 = 40 N
37º Fy = F. cos β
r Fy = 50 .cos 53º
Fx X Fy = 50.0,6 = 30 N
r
Ex. 2. Determinar as componentes horizontal e vertical do vetor v representado abaixo.
r
v
60º
X
Ex. Dadas as forças indicadas na figura, determine o módulo, a direção e o sentido da força
r r v v v
resultante R ( R = F 1+ F 2+ F 3 )
Y
r
F 2 = 20 N
r
F1 = 50 N
37º
X
r
F 3 = 40 N
1º ) Resultante em X
Rx = Σ proj x F
2º ) Resultante em Y
RY = Σ proj Y F
Ry 28
Direção: tg θ = tg θ = = 0,823 θ ≅ 39º
Rx 34
EXERCÍCIOS - VETORES
r
b
60º
r
a
36
2) Nos casos a seguir, determine a força resultante que age sobre cada partícula, sabendo-se
r r
que a intensidade das forças F 1 e F 2 são, respectivamente, 20 N e 50 N.
A) B)
r r r
F2 F2 F1
•
r
F1
C) D)
r r r
F1 120º F1 F2
r
F2
r r v r r r v
3) Para os vetores a e b e c a seguir , determine graficamente o vetor S = a + b + c
r
r b
a v
c
r
4) Em cada caso determine as componentes retangulares do vetor F representado abaixo.
a) Y b) Y
r
F = 50 N
r
F = 40 N
.
37º
X X
c) Y
Y d)
r r
F = 30 N F = 40 N
. 60°
X X
37
5) Determine o módulo, a direção e o sentido da força resultante que age sobre a partícula.
Y r
F1 = 40 N F1
F2 = 30 N r
F2 60º
F3 = 10 N ●
53º
F4 = 50 N r X
F3 r
F4
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
1) Determine para os casos abaixo a intensidade da força resultante e trace, pelo método do
paralelogramo, a sua direção e o seu sentido.
a)
b)
60 N
65º
100 N
38
a)
200 N
53º 300 N
37º
100 N
b) Y
r
F 2 = 30 N
r
F 1 = 50 N
37º X
r r
F 3 = 60 N F 4 = 80 N
39
3 INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA
to t
d=0 do ∆d d
∆d d − do
vm = vm
∆t t − to
Unidades – no SI
∆d – metro (m)
∆t – segundo (s)
v - m/s
40
EXERCÍCIOS
1) Um automóvel, que trafega ao longo de uma rodovia, passa pelo marco de estrada 250 km
às 7 h e pelo marco 400 km às 10 h. Determine a velocidade escalar média, em km/h e m/s,
nesse intervalo de tempo.
vo v
v
to t
41
∆v v − v0
am = am =
∆t t − t0
∆v = variação da velocidade = v – vo
∆t = intervalo de tempo (variação do tempo) = t - to
vo = velocidade inicial
v = velocidade final
Unidades - no SI
v – m/s
t –s
a – m/s2
Aceleração é a grandeza física que relaciona a variação da velocidade com o tempo gasto
nessa variação.
Ex.: am = 5 m/s2 significa que a velocidade está variando, em média, de 5 m/s em cada 1
segundo.
EXERCÍCIOS
t(s) 0 2 4 6 8 10
v(m 8 16 24 32 40 48
/s)
42
4 LEIS DE NEWTON
4.1 INÉRCIA
Podemos concluir, que um corpo livre de ação de forças, ou com força resultante
nula, conservará , por inércia, sua velocidade constante. Todo o corpo em equilíbrio mantém,
por inércia, sua velocidade constante.
Referencial Inercial
Quando uma força resultante atua num ponto material, este adquire uma aceleração
na mesma direção e sentido da força, segundo um referencial inercial.
m = massa
v v
F r = m. a a = aceleração
Fr = força resultante
v v
As grandezas vetoriais F r e a possuem mesma direção e sentido.
Unidades – no SI
m em quilograma (kg)
v
a em m/s²
v
Fr em newton (N)
1kg.1m/s² = 1 N
Peso de um corpo ( P )
Peso na Lua
P = m.g P = 80 kg.1,6 m/s² = 128 N
Massa na Lua
m = 80 kg a massa é constante em qualquer planeta.
46
v
Se um corpo A aplicar uma força F A sobre um corpo B, este aplica em A
v
uma força FB de mesma intensidade, mesma direção e sentido oposto.
Exemplo 1
v
P
No exemplo, o bloco é atraído pela Terra, exercendo sobre a mesa uma força de
compressão. Pelo princípio da Ação e Reação a mesa exerce sobre o bloco uma força de
v
reação F N de mesma intensidade, mesma direção, porém de sentido contrário.
47
Exemplo 3
EXERCÍCIOS
1) Suponha que um bloco seja puxado com uma força horizontal F = 20 kgf sobre uma
superfície horizontal sem atrito, adquirindo um movimento retilíneo com uma aceleração de
5 m/s2. Qual é a massa do bloco? Considere 1 kgf = 9,8 N
v
2) Um bloco de massa 4 kg desliza sobre um plano horizontal sujeito a ação das forças F1 =
v
50 N e F2 = 26 N, conforme indica a figura. Determine a aceleração do corpo e a reação do
plano de apoio. Considere g = 9,8 m/s2
v v
F2 F1
48
5 FORÇA DE ATRITO
r
F
Existem dois tipos de forças de atrito. Força de atrito estática e força de atrito
cinético. Quando a força de atrito impede que o corpo deslize, ou seja, neste caso o corpo
está em repouso, dizemos que o atrito é do tipo estático. Quando a força de atrito atua sobre
corpos que estão deslizando sobre alguma superfície, ou seja em movimento, dizemos que o
atrito é do tipo dinâmico.
49
r
N
v
F
v
Fae
r
P
Admita um corpo sobre uma superfície, conforme figura acima, sendo solicitada a
v v
mover-se pela força F . Enquanto o corpo não deslizar, à medida que cresce o valor de F ,
v
cresce também o valor da força de atrito estática, de modo a equilibra a força F , impedindo
v
o movimento. Quando a força F atingir um determinado valor, o corpo fica na iminência de
deslizar, e a força de atrito estática atinge o seu valor máximo. A partir desse instante, com
v
qualquer acréscimo que a força F sofra , o corpo começa a deslizar.
A força de atrito estática é dada por:
Fae = µe.N
r
N
v
v
v
F
v
Fad
r
P
v
Se o corpo está escorregando na superfície de apoio, com velocidade v , conforme
figura, significa que a força de atrito que age nele é dinâmico ou cinético e é dada por:
Fad = µd.N
µd = coeficiente de atrito dinâmico ( depende das duas superfícies que estão em contato).
N = força normal
Observações:
O meio no qual o corpo está imerso ( ar ou líquido) oferece também uma resistência
ao deslocamento.
Um corpo abandonado do alto de um prédio adquire movimento acelerado por causa
da ação da força peso. Além dessa força, atua no corpo a força de resistência do ar, que tem
mesma direção e sentido contrário ao da força peso.
Essa força de resistência do ar é variável e depende da velocidade do corpo, de sua
forma e da maior secção transversal em relação à direção do movimento.
Exemplos:
• Um pára-quedas tem forma semi-esférica côncava (área grande) para aumentar a
força de resistência do ar.
• Carros, aviões e peixes têm forma aerodinâmica (cortam o ar e água) e área da
secção transversal muito pequena para diminuir a força de resistência do ar ou da
água.
EXERCÍCIOS
2) Para iniciar o movimento de um corpo de massa 8 kg, apoiado sobre um plano horizontal,
é necessária uma força mínima de 50 N. Para manter o corpo em movimento uniforme é
preciso aplicar ao bloco uma força de 40 N. Determine os coeficientes de atrito estático e
dinâmico entre o corpo e o plano. Adote g = 10 m/s2.
B
53
6 PLANO INCLINADO
Y
v
N
v
Fa
v
a v
Px
β α
v
Py
X
v
α P
Px = P. sen α ou Px = P. cos β
Py = P . cos α
P = peso do corpo
N = reação normal de apoio
Fa = Força de atrito
Px > Fa → corpo em movimento
Py = N
54
EXERCÍCIOS
1) Um corpo de massa 20 kg desce um plano horizontal que faz um ângulo de 37º com a
horizontal. O coeficiente de atrito entre as superfícies é 0,4. Considerando g = 10 m/s2 ,
determine:
a) a reação normal de apoio
b) a aceleração do corpo. m
v
F
30º
v
Sabendo que g = 10 m/s2 , calcule a intensidade da força F nos seguintes casos:
a) o corpo sobe o plano inclinado com uma aceleração de 2 m/s2
b) o corpo sobe o plano inclinado com velocidade constante.
55
3) No sistema da figura, o coeficiente de atrito estático entre o bloco A e o plano vale 0,3 e o
coeficiente de atrito dinâmico vale 0,2. As massas de A e B são respectivamente iguais a 10
kg e 8 kg e o sistema é abandonado a partir do repouso. O fio e a polia são ideais e g = 10
m/s2.
A
B
30º
56
v v
Equilíbrio estático - v = 0 - ponto material em repouso em relação
Fr = 0 a um referencial
v v
Equilíbrio dinâmico - v = constante ≠ 0 - o ponto material está em
MRU ( movimento retilíneo e uniforme )
EXERCÍCIOS
1) Calcule a intensidade das trações nos fios ideais 1 e 2 nas situações abaixo.
30º 60º
53°
a) b)
2 1 2
P = 300 N
P = 200 N
57
60º 37º
P = 50 N
3) A figura mostra o esquema de sustentação de duas cargas por meio de um cabo de aço. O
cabo está fixo em A e passa por uma pequena roldana em B. O esforço no cabo AC é 500
kgf. Calcular as cargas P e Q. Considere os fios ideais e despreze o atrito.
37º
C A Q
⋅ 30º
B A
500 N
58
5) Considere uma esfera homogênea de peso 250 N suspensa por um fio e encostada a uma
parede vertical, como ilustra a figura. A esfera está em equilíbrio. Determine:
25º
40º
60º
P = 200 N
59
8.1 CONCEITO
r
F
r
A intensidade do momento da F em relação ao ponto O (pólo) é dado por:
MTO O F = F. d
r
O momento da força F , em relação a um ponto O fixo, é o produto da intensidade da
r
força F pela distância d do ponto à reta suporte da força.
Ponto “O” – pólo do momento
F = força
d = braço da força – distância da reta suporte da força ( linha de ação da força) ao eixo de
rotação. Perpendicular traçada da linha de ação da força ao ponto (pólo).
MTO O F = Momento da força F em relação ao ponto O.
No caso de uma força que não seja perpendicular ao segmento de reta que une o
ponto de aplicação da força ao pólo, podemos calcular o momento dessa forças de duas
maneiras: decompondo a força ou calculando a medida do braço da força.
60
Unidades no SI :
F - em N (Newton)
d - em m ( metro )
MTO - N.m
EXERCÍCIOS
1) Calcular o momento de cada uma das forças, em relação ao ponto O, da barra em figura.
r
F 1 = 80 N
r
O F2 = 50 N
r
F 3 = 100 N
0,3 m 0,2 m
61
r r
F2 = 60 N F 4 = 70 N
r
F 6 = 90 N
A B C D E
r r r
F1 = 50 N F 3 = 80 N F 5 = 100 N
1m 1m 1m 1m
O 30 cm
r
F3 = 40N
r
F3 = 40 N
r
F = 60 N
4
40 cm
r
4) Determine o momento da força F em relação ao ponto A.
20 cm
A• B
37º r
F = 100 N
62
8.3 BINÁRIO
A B sentido de rotação
r
F
OBS:
Um binário tende a produzir apenas uma rotação no corpo em que é aplicado e só pode
ser equilibrado por outro binário, pois uma outra força que atuasse no corpo provocaria
uma resultante R ≠ 0; Mto binário = F.b
A resultante de um binário é nula.
O momento do binário é dado por:
b = braço do binário
F = intensidade da força
EXERCÍCIOS
r
F = 50 N
0,3 m
63
2)
r
F = 70 N
30º
A 20 cm B
30º
r
F = 70 N
1) Calcule a intensidade das trações nos fios ideais 1 e 2 nas situações abaixo.
40º 50º
60°
a) b)
2 1 2
P = 400 N
P = 500 N
2) A figura mostra o esquema de sustentação de três cargas por meio de cabos. Determine
os pesos N e P, sabendo-se que o peso Q é igual a 600 kgf. Considere os fios ideais.
30º
Q
N
P
N
64
45º
P = 900 N
r r r
F2 F3 F4
r
F5
A B C D E
r r
F1 F6
2m 3 m 2 m 2m
.
B 0,3 m A
60°
r
F = 80 N
65
9 VÍNCULOS
Representação:
r
F
Exemplo - Apoio simples
66
Representação:
Exemplo
Representação:
Exemplo - Engaste
Para que a vinculação seja eficaz é necessário que a quantidade de vínculos seja
suficiente para impedir os movimentos da estrutura e ainda que esses vínculos estejam
corretamente distribuídos.
67
- Vinculação eficaz
r
F2
r
F1
- Vinculação ineficaz
r
F2
r
F1
r
F2
r
F1
68
r
F1
r
F2
69
EXERCÍCIOS
1) 200 N 500 N
A B
1m 3m 1m
2)
A B 100 N
1m 1,5 m 1,5 m 1m
3)
500 N 1 000 N
A B 37°
1m 2m 1m
500 kgf/m
800 kgf
4)
A B
2m 2m 4m 2m
71
30°
A C B
F = 4 000 N
2 m 1 m
5 kN/m 1
10 kN
53º
A B
4m 3m 3m
72
7) O guindaste da figura foi projetado para 5 kN. Determinar a força atuante na haste do
cilindro e reação horizontal e vertical na articulação A.
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
a)
10 kN 15 kN
200 mm 350 mm 350 mm
73
600 N 300 N
200 Nm
b)
37º
500 N
1,5 m 1,5 m
c)
8000 N/m 2500 N
d)
4 kN/m 5 kN
e)
4 kN/m 6 kN/m
3m 3m
74
REFERÊNCIAS
BONJORNO, José R. et al. Física fundamental: volume único. São Paulo: FTD, 1992.
MELCONIAN, Sarkis. Mecânica técnica e resistência dos materiais. 14. ed. São Paulo:
Érica, 2004.