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Nota:______
A1 / A2
OBSERVAÇÃO: Não precisa copiar, nesta folha, o enunciado das atividades, utilizando
este formulário exclusivamente para solução das mesmas.
-STF-
Excelso STF!
Colendo Plenário!
Ínclitos Ministros!
Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro José Antonio Dias Toffoli!
Ademais, por tratar-se de normas com relação direta com a justiça do trabalho,
constata-se a pertinência temática da matéria objeto da presente ação, conforme nos ensina o
ilustre mestre Hely Lopes Meirelles: “Segundo a jurisprudência do STF, há de se exigir que o
objeto da ação de inconstitucionalidade guarde relação de pertinência com a atividade de
representação da confederação ou da entidade de classe de âmbito nacional (Cf, ADIn n.
202-BA, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJU 2.4.93, p. 5.612; ADIn n. 159-PA, Rel. Min.
Octávio Gallotti, DJU 2.4.93, p. 5.611; ADIn n. 893-PR, Rel. Min. Carlos Velloso, DJU
3.9.93, p. 17.743). ”. (MEIRELLES, Hely Lopes; MENDES, Gilmar Ferreira; WALD,
Arnaldo, Mandado de segurança e ações constitucionais, 32ª ed., São Paulo: malheiros
editores, 2009, p. 356).
Ainda sobre a legitimidade, nos ensina o ilustre mestre Hely Lopes Meirelles acerca
do objeto da ADIn. “ Podem ser impugnados por ação direta de inconstitucionalidade, nos
termos do art. 102, I, “a”, primeira parte, da CF, leis ou atos normativos federais ou
estaduais. Com isso, utilizou-se o constituinte de formulação abrangente de todos os atos
normativos da União ou dos Estados. ”. (MEIRELLES, Hely Lopes; MENDES, Gilmar
Ferreira; WALD, Arnaldo, Mandado de segurança e ações constitucionais, 32ª ed., São
Paulo: malheiros editores, 2009, p. 357).
Dessa forma, não restam dúvidas quanto a possibilidade para a propositura da presente
ADIn, visto que o documento máximo – Constituição Federal de 1988 – atribui a legitimidade
à ANAMATRA e demais confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional,
desde que seja também preenchido o critério de pertinência temática para tal, conforme
consolidado pela doutrina e pelo STF.
Referida norma valora a reparação do dano moral sofrido pelo trabalhador de acordo
com o salário que o mesmo possuía no momento do dano, em direta ofensa ao princípio da
isonomia e às garantias do artigo 5º, incs. V e X, da Constituição (garantia do dano moral). A
norma ainda afronta, claramente, o artigo 2º do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e
Políticos e do Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, visto que
discrimina os trabalhadores em face de seus rendimentos, in verbis:
Ademais, o ilustre ministro Cezar Peluso, da Segunda Turma do STF, nos autos do
Recurso Extraordinário nº 447.584/RJ, firmou que é incompatível com o alcance da
indenizabilidade irrestrita assegurada pela CF/88 toda limitação, prévia e abstrata, ao valor de
indenização por dano moral, objeto de juízo de equidade.
Dessa forma, podemos dizer que não se pode extrair uma permissão explícita ou
implícita a restrição do direito de indenização contido nos incisos V e X do artigo 5º da Carta
Magna. A lei não pode restringir os direitos, liberdades e garantias constitucionais sem ferir
de morte o teor de nossa Carta Magna.
O artigo 223-G, § 1º e seus incisos, acaba por restringir a tutela do direito fundamental
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à incolumidade moral, contrariando o mandamento constitucional de máxima tutela aos
direitos fundamentais de 1ª, 2ª e 3ª geração. Sendo assim, a limitação imposta pelo dispositivo
normativo impugnado não deriva de reserva legal prevista na CF e busca fazer uma
manipulação jurídica um dispositivo contido no código civil brasileiro, que alude sobre o
status quo ante, que se torna impossível de ser atingido no âmbito trabalhista ao aplicar uma
limitação à indenização por dano moral com base no que o trabalhador ganha.
Destarte, isso implicaria uma clara violação aos artigos 1º, inc. IV, 170 e 193 da Carta
Magna, bem como ao artigo 944 do Código Civil, in verbis, respectivamente:
Por conseguinte, nos cabe ainda salientar que há diversos diplomas internacionais de
direitos humanos que reconhecem e englobam os valores que estão sendo feridos pela norma
outrora impugnada. A Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma a essencialidade
dos bens tutelados pelos direitos humanos fundamentais, bem como o Pacto Internacional
sobre Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e
Culturais, que também acabam por reconhecer e englobar diversos direitos humanos de
primeira e segunda geração que foram feridos de morte pelo artigo 223-G, § 1º, da CLT.
“Se não bastasse, o art. 223-G, § 1º, incisos I até IV, estabelece tarifação da
indenização por dano extrapatrimonial, se esquecendo que a Constituição da República
afasta o critério de tarifação da indenização por dano moral, em seu art. 5º, V, ao mencionar
enfaticamente a noção de proporcionalidade. Nesse contexto, a interpretação lógico-
racional, sistemática e teleológica desses dispositivos legais rejeita a absolutização do
tarifamento efetuado pela nova lei, considerando a tabela ali exposta basicamente como um
parâmetro para a fixação indenizatória pelo Magistrado, mas sem prevalência sobre a noção
jurídica advinda do princípio da proporcionalidade-razoabilidade. ”.
IV. CONCLUSÃO
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MATHEUS DUTINE DE MELO
OAB/SP nº 000.000
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GABRIELA FARIAS CAMACHO
OAB/SP nº 000.000
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ALANA MENDONÇA DA MOTA
OAB/SP nº 000.000