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PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE


ESTADO DE MATO GROSSO

NORMAS E ROTINAS DE
ENFERMAGEM NA
ATENÇÃO BÁSICA
Prefeitura Municipal de Rio Branco-MT

Área de Atuação:
Secretaria Municipal de Saúde
Unidade Básica de Saúde

APRESENTAÇÃO

A Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco tem a missão de ofertar um


serviço de saúde de qualidade e que atenda às necessidades da população, o
desafio consiste em buscar garantir os valores da universalidade de acesso, da
equidade no atendimento, da atenção integrada e da qualidade do serviço.

A organização da Atenção Básica em Rio Branco orienta-se por diretrizes


operacionais, aqui definidas que irão nortear a forma e o funcionamento das
Unidades e os processos de trabalho das equipes, incluindo a normatização das
áreas de intervenção e as linhas estratégicas de ação pelo modelo de atenção
integral e contínua à saúde dos indivíduos e sua comunidade, com ações de
promoção, prevenção, proteção e recuperação da saúde.
A normatização das rotinas e dos procedimentos visam uniformizar e facilitar a
atuação das equipes nas atividades diárias, para desempenhar o trabalho de forma
segura e melhorar a qualidade da assistência prestada ao usuário.

O Manual de Normas, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem tem como


objetivo:

- Atualizar os profissionais da enfermagem nas questões Administrativas e


Técnicas, bem como nas rotinas de trabalho.

- Ressaltar a importância de sistematizar técnicas e procedimentos em


consonância com princípios científicos na perspectiva do aprimoramento da
tecnologia do cuidado e para a segurança do cliente.

- Fornecer orientações para ações de Educação Permanente em serviço;


Rotinas de enfermagem e Técnicas e procedimentos de enfermagem.

- Divulgar e alinhar orientações administrativas e técnicas de relevância, como


subsídio para a eficácia do processo de trabalho da enfermagem.

- Respaldar as ações e serviços da equipe de enfermagem.


“O que se opõe ao descuido e ao descaso é
cuidado.
Cuidar é mais que um ato; é uma atitude.
Portanto abrange mais que um momento de
atenção, de zelo e desvelo.
Representa uma atitude de ocupação,
preocupação de responsabilização e
envolvimento afetivo com o outro.”

Leonardo Boff
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 07
1 - O PROCESSO DE TRABALHO NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE ...... 08

2 - ORGANIZAÇÃO GERAL DO SERVIÇO ......................................................... 09

2.1- Funcionamento da Unidade Básica de Saúde .............................................. 10

2.1.2 – Comunicação ........................................................................................... 10

2.1.3 – Recepção ................................................................................................. 11

2.1.4 - Responsabilidades: ................................................................................... 11

2.1.5 - Identificação/Cadastro............................................................................... 12

2.1.6 - Prontuário/Arquivo .................................................................................... 12

2.1.7 - Cadastro de Famílias ................................................................................ 14

2.1.8 - Atividades Assistenciais ............................................................................ 15

2.1.9 – Acolhimento .............................................................................................. 16

2.1.10 - Consultas Médicas .................................................................................. 17

2.1.11 – Agendamentos ....................................................................................... 17

2.1.12 – Consultas de Enfermagem ..................................................................... 18

2.1.13- Consulta Odontológica ............................................................................. 18

2.1.14 - Visita domiciliar ....................................................................................... 19

2.1.15 - Atividades coletivas ................................................................................. 19

3 - COMPOSIÇÃO DAS EQUIPES DA ATENÇÃO BÁSICA ................................ 20

3.1 - Critérios para composição do horário das equipes: ........................................... 20

3.2 - Composições das equipes e horário de trabalho dos profissionais da Atenção


Básica .................................................................................................................. 20

4 - DIRETRIZES PARA A GESTÃO DAS EQUIPES ............................................ 24

4.1- Atividades administrativas do Enfermeiro Coordenador da Unidade ............ 24

4.2-Atividades do Técnico ou Auxiliar de Enfermagem ........................................ 26


4.3- Atividades do Enfermeiro .............................................................................. 27

4.4 - Atividades do Médico ................................................................................... 28

4.5 - Atividades mínimas do Cirurgião Dentista.................................................... 29

4.6 - Atividades do Auxiliar de Saúde Bucal (ASB) .............................................. 29

4.7- Atividades mínimas dos profissionais NASF ................................................. 29

5 - PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM REALIZADOS NAS ESFs .............. 32

6 - NORMAS E ROTINAS DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ......................... 36

7 - AÇÕES COLETIVAS...................................................................................... 38

8 - TRABALHO EM EQUIPE ................................................................................ 39

09 – PATRIMÔNIO............................................................................................... 40

10 – ALMOXARIFADO ......................................................................................... 41

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 42

REFERÊNCIAS .................................................................................................... 43
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INTRODUÇÃO

Segundo Ministério da Saúde (2011) a "Atenção Básica é um conjunto de


ações de saúde que englobam a promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e
reabilitação. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e
sanitárias, democráticas e participativas sobre a forma do trabalho em equipe e
dirigidas a populações de território (território-processo) bem delimitado, pelos quais
assume responsabilidade. Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa
densidade que devem resolver os problemas de saúde das populações, de maior
frequência e relevância".

No município de Rio Branco as Unidades Básicas de Saúde deverão estar


organizadas tomando por base o seu território e as necessidades em saúde da
população. Assim sendo, o território deverá ser bem definido possibilitando ao
munícipe ter uma referência de serviço de saúde, o trabalho deverá ser
desenvolvido prioritariamente, por meio do enfoque familiar.

As Unidades de Saúde da Família são compostas por uma equipe


multiprofissional, que acompanha um número delimitado de famílias localizadas em
áreas definidas, atuando na promoção da saúde, prevenção e recuperação,
reabilitação das enfermidades e com isso melhora a saúde da comunidade.

As atividades desenvolvidas pela equipe de enfermagem são compostas por


um conjunto de ações administrativas e técnicas que tem como objetivo qualificar a
assistência prestada ao cliente.
A fim de que se obtenham resultados positivos em todo o processo que
envolve o atendimento ao cliente por parte da equipe de enfermagem é necessário
que haja uma rotina de trabalho que agilize e facilite o cumprimento das atividades
de forma ordenada, e propicie a presença de uma equipe bem treinada e
tecnicamente habilitada.
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1 - O PROCESSO DE TRABALHO NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

Considerando que o processo de trabalho na Atenção Básica está pautado,


entre outros, pelos princípios do SUS, as ações, conforme a estratégia adotada
pelas Unidades Básicas de Saúde – UBS deverão estar:

1. Centrada na Vigilância em Saúde, influenciando os diferentes momentos do


processo saúde-doença, buscando a promoção da saúde, a prevenção das
enfermidades e acidentes, a atenção curativa e reabilitadora, com a finalidade de
adequar o atendimento às necessidades de saúde da população adstrita;

2. Integradas com os outros níveis de atenção do sistema de saúde para


assegurar a continuidade e qualidade da atenção prestada à população;

3. Voltadas para o reconhecimento do território e da sua população,


conhecendo a realidade da população que reside na área de abrangência da UBS e
da equipe de saúde da família, no que se refere aos aspectos socioeconômicos,
culturais, demográficos e epidemiológicos, identificando os problemas de saúde
mais comuns e os riscos de exposição;

4. No plano de ação de saúde local, elaborado a partir do diagnóstico de saúde


da população e com a participação da comunidade;

5. Contemplando a vigilância e o controle de doenças como tuberculose,


hanseníase, infecções sexualmente transmissíveis e AIDS, outras doenças
infectocontagiosas em geral, doenças crônicas não transmissíveis, relacionadas com
o trabalho e o meio ambiente;

6. Promovendo assistência integral buscando resolver a maior parte dos


problemas de saúde detectados na população na atenção primaria, respondendo de
forma contínua e racionalizada à demanda;

7. Para organizar os serviços e desenvolvê-los com ênfase na promoção da


saúde e no núcleo familiar, valorizando o vínculo com o usuário;

8. Direcionadas para os processos educativos com a população através de


grupos comunitários enfocando aspectos da melhoria de saúde e qualidade de vida;

9. Articulando intervenções intersetoriais e com organizações comunitárias


formais e informais para atuarem conjuntamente na solução de problemas de saúde.
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2-ORGANIZAÇÃO GERAL DO SERVIÇO

A Atenção Básica à Saúde em Rio Branco é organizada segundo o modelo da


Estratégia de Saúde da Família, com Equipes de Saúde da Família responsáveis
pelo acompanhamento e coordenação do cuidado da população de sua área de
abrangência (população adscrita).

 As Equipes de Saúde Bucal, (ESB), são vinculadas às ESF e componente


integrante da Estratégia de Saúde da Família, e devem observar os mesmos
princípios de garantia de acesso e coordenação do cuidado aplicáveis às
ESF.

 As Equipes da Atenção Básica (ESF, ESB e NASF) têm como foco atender às
demandas e necessidades da população, com ações de promoção,
prevenção, assistência e reabilitação centradas nas pessoas e famílias,
considerando as características do território.

 As Unidades Básicas de Saúde são a porta de entrada preferencial da rede


municipal para todas as demandas de saúde do cidadão/ usuário.

 O cidadão/usuário ao acessar diretamente outros pontos do SUS deverá ser


referenciado para sua Unidade Básica/Equipe de Saúde da Família.

 As Unidades Básicas de Saúde/Equipes de Saúde da Família atuam com


definição do território, mapeamento e reconhecimento da área adstrita.

 É de responsabilidade da Unidade Básica de Saúde oportunizar/facilitar o


acesso do cidadão/usuário à sua equipe de saúde da família, que é a
responsável por oportunizar/facilitar o acesso ao cuidado
apropriado/necessário no Sistema de Saúde. Para tanto, deverão utilizar
mecanismos que permitam novas possibilidades de organizar o acesso e as
agendas da unidade, pautadas na abordagem do acesso avançado, mais
conhecido como acesso aberto ou consultas do dia.

 É de responsabilidade da Unidade Básica de Saúde oportunizar/garantir


acolhimento com avaliação de risco/vulnerabilidade e, se necessário, primeiro
atendimento a pessoas não pertencentes ao seu território/área de
abrangência, com registro adequado e direcionamento do usuário para a
Unidade Básica de Saúde/Equipe de sua área de residência.
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 A Equipe de Saúde da Família é responsável pelo acompanhamento e pela


coordenação do cuidado das pessoas de sua área de abrangência e cabe a
ela a avaliação da necessidade de encaminhamentos a outras Equipes e
Serviços especializados da Rede Municipal.

2.1- Funcionamento da Unidade Básica de Saúde

Toda unidade deve disponibilizar as seguintes informações, em local visível e


de fácil acesso aos usuários, dentro de padrão estabelecido pela SMS.

1. Horário de atendimento;
2. Relação nominal dos trabalhadores com respectivo horário e escala de
serviço;
3. Relação de serviços oferecidos;

2.1.2 - Comunicação

Placa de identificação externa sempre atualizada, em bom estado e em local


visível; Todos os setores internos da UBS devem ser identificados de acordo com
sua atividade (sala de vacina, consultórios e outros) com o padrão definido pela
SMS.

Todos os funcionários devem trajar uniforme completo de acordo com as


normas estabelecidas pela SMS de Itaocara.

O uso do crachá padronizado é obrigatório para todos os funcionários;

 A UBS deve iniciar suas atividades às 7 horas e encerrar às 17 horas.

 Garantir acesso e acolhimento ao usuário durante um período de 08


horas/diárias.
 Qualquer medida ou intercorrência que comprometa o funcionamento da UBS
ou o atendimento aos usuários deve, obrigatoriamente, ser registrada no Livro
de Ocorrências, comunicada e discutida previamente com a Coordenadoria
de Atenção Básica.

 As iniciativas locais que visem aumentar o acesso da população aos serviços


em dias e horários fora do expediente da unidade também precisam ser
discutidas com antecedência com a Coordenação de Atenção Básica.
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 As faltas deverão ser comunicadas a chefia com antecedência de 24 horas


para que possa providenciar substituto, esta não podendo ser cumprida,
deverá ser comunicada até 24 horas depois, mediante apresentação de
atestado médico.

 As férias deverão ser comunicadas a chefia com antecedência de no mínimo


um mês.

2.1.3 – Recepção

A recepção deve acolher o usuário respeitando seus direitos e necessidades:

 Os usuários dos serviços de saúde apenas serão dispensados após receber


orientação adequada a sua solicitação, com informações e encaminhamentos
corretos;

 O setor deverá se manter aberto durante todo o funcionamento da UBS;

 O agendamento dos atendimentos será feito na recepção.

 Para o usuário que está sendo atendido pela 1ª vez realizar o cadastro do
cidadão no Prontuário Eletrônico do Cidadão/PEC (E-sus) para acesso a
consulta;

 Garantir agilidade no atendimento e eficácia nas ações;

 Manter os arquivos atualizados e organizados.

2.1.4 - Responsabilidades

 Efetuar o registro do usuário pertencente a área de abrangência da UBS;

 Agendar a consulta e ou atendimento dos usuários que necessitam do


serviço, conforme planejamento da UBS;
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 Orientar e encaminhar para o setor onde será realizado a consulta,


atendimento ou procedimento, conforme a agenda e/ou necessidade
apresentada;

 Orientar quanto o funcionamento dos serviços;

 Encaminhar os usuários para outros serviços;

 Registrar os encaminhamentos;

 Retirar e arquivar prontuários, durante todo expediente.

2.1.5 - Identificação/Cadastro

 Devem ser registrados todos os usuários, e cadastrados somente os usuários


pertencentes à área de abrangência da UBS. No caso do atendimento do
usuário procedente de outro território deverá ser aberta uma ficha de
atendimento, com dados de identificação completos para posterior verificação
e encaminhamento para a unidade de referência do mesmo;

 O cadastro dos usuários nas UBS deve conter nome e endereço completo
(sem abreviaturas), ponto de referência, telefone residencial, comercial ou de
contato e ocupação;

 Ficha de atendimento na UBS: realizado pela recepção nas UBS.

2.1.6 - Prontuário/Arquivo

Prontuários

 As informações contidas nos prontuários pertencem ao usuário ou ao


responsável legal, respeitando os preceitos éticos, e ficam sob a guarda das
UBS, não podendo ser retirados sem autorização expressa;

 Ao abrir prontuários novos, todos os dados serão devidamente preenchidos


para todos os usuários acompanhados nas UBS, residentes na área de
abrangência;
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 Os usuários cadastrados e acompanhados pelas equipes de Saúde da


Família e Equipe de Agentes Comunitários de Saúde (EACS) devem ter o
prontuário familiar (envelope da família);

 Os usuários que são acompanhados pelos profissionais das UBS e que não
residem na área de atuação das Equipes Saúde da Família devem ter
prontuário individual;

 As consultas de todos os profissionais da UBS devem ser registradas com


letra legível, e seguindo a normatização estabelecida pelos respectivos
Conselhos de Classe Regionais;

 Todos os atendimentos e procedimentos (prescrições, solicitações e


resultados de exames, curativos, visitas domiciliares) realizados devem ser
devidamente registrados em prontuário ou anexados ao mesmo quando as
anotações forem feitas em outros impressos, devendo igualmente ser
datados, assinados, carimbados com a especificação do n° do Conselho de
Classe;

 Manter anexado aos prontuários individuais as fichas de evolução clínica, os


cadastros domiciliar e territorial e os cadastros individuais preenchidos pelos
Agentes Comunitários de Saúde;

 A UBS tem como responsabilidade a guarda e a disponibilidade de todos os


prontuários e das fichas de atendimento, por um período de 20 anos
(Resolução-CFM 1.639/2002), a contar a partir da data do último registro de
atendimento do paciente.

Arquivo

 O arquivo dos prontuários deve estar centralizado na recepção ou próximo da


mesma;

 Arquivamento dos prontuários:

 Familiar: deve ser feito pelo número de identificação da microárea e


por família;

 Individual: deve ser feito sequencialmente pelo número de cadastro da


família e arquivados no envelope da família;
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 Ficha de atendimento do usuário eventual: o arquivo deve ser feito em


ordem alfabética, por nome de usuário;

 O arquivamento dos prontuários familiares deverá ser feito em ordem


numérica, seguindo a sistemática: microárea – 02 dígitos; família - 03
dígitos; e as fichas índices em ordem de maior idade;

 Os prontuários individuais deverão ser arquivados diariamente pelo


funcionário responsável;

 Mensalmente será feito revisão do prontuário familiar e retirado do arquivo


ativo para o passivo, aquelas famílias que não estão mais na área. Esta
informação deverá ser repassada pelo Agente Comunitário de Saúde,
responsável pela microárea;

 Manter arquivo passivo para guardar os prontuários das famílias que saírem
da área;

 Os prontuários familiares deverão ser arquivados verticalmente, para facilitar


o manuseio e conservação.

2.1.7 - Cadastro de Famílias

 De acordo com o a Política Nacional da Atenção Básica (PNAB), cada equipe


de Saúde da Família deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas,
sendo a média recomendada de 3.000;

 Todo ACS deverá cobrir uma microárea com até 750 pessoas, em áreas
urbanas. Na zona rural, o número de pessoas poderá ser variável,
respeitando a realidade geográfica, considerando a densidade populacional e
a facilidade de acesso à Unidade Básica de Saúde;

 Os cadastros das famílias e respectivas numerações do domicílio devem ser


realizados sequencialmente, iniciando pelo primeiro domicílio de cada
microárea;
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 As equipes devem efetuar uma avaliação semestral do território, para possível


readequação;

 Individual/Domicílio: realizado no domicílio pelo Agente Comunitário de Saúde


(ACS) da ESF ou Equipe de Agentes Comunitários de Saúde-EACS. O
cadastro familiar será realizado tão logo uma família se instale na área de
abrangência;

 O prontuário familiar, que consiste de uma cópia da Ficha de Cadastro de


domicílio do e-SUS é de responsabilidade do Agente Comunitário de Saúde,
que deverá semanalmente, no dia da reunião da equipe, repassar os
envelopes das famílias novas e mensalmente atualizar as cadastradas:
nascimentos, óbitos, fora da área.

2.1.8 - Atividades Assistenciais

Deve garantir atendimento de todas as atividades assistenciais (consultas


médicas e de enfermagem, vacinação, etc) durante todo o período de funcionamento
da unidade, inclusive estabelecendo escala dos trabalhadores nos horários de
almoço, reuniões gerais e treinamento de profissionais e férias.

As ações desenvolvidas são:

 Consultas médicas e de enfermagem, consultas odontológicas; tratamento


odontológico;

 Visitas Domiciliares;

 Grupos Educativos;

 Ações de promoção da saúde, articulando ações intersetoriais de forma


planejada e sistematizada;

 Encaminhamentos para especialidades e fornecimento de medicação básica;

 Encaminhamento para os programas de Atenção Básica;

 Procedimentos:
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Os procedimentos devem ser ofertados durante o horário de funcionamento da


UBS, e ser realizados pelos Auxiliares/Técnicos de Enfermagem, Enfermeiro da UBS
e da Estratégia de Saúde da Família, de acordo com a Escala de Enfermagem do
serviço.

 Aferição da Pressão Arterial;

 Aferição da Temperatura;

 Realização de teste de Glicemia;

 Realização de Medidas Antropométricas;

 Nebulização;

 Injeções;

 Curativos;

 Vacinas;

 Retiradas de pontos;

 Coleta de exame citopatológico (Papanicolau);

 Realização de testes rápidos para: Sífilis, HIV, Hepatites B e C.

2.1.9 – Acolhimento

Acolher é receber bem, ouvir a demanda, buscar formas de compreendê-la e


solidarizar-se com ela. Desenvolver maneiras adequadas de receber os distintos
modos como a população busca ajuda nos serviços de saúde, respeitando o
momento existencial de cada um.

O acolhimento na saúde é a construção de uma nova postura dos profissionais


e do serviço, que visa à ampliação do acesso com abordagem de risco e
vulnerabilidade, como responsabilidade social, a construção de novos valores de
solidariedade, compromisso e construção da cidadania.

Objetivos:

 Humanizar o atendimento;
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 Organizar o serviço;

 Otimizar o atendimento;

 Maior resolutividade;

 Estabelecer fluxo de atendimento para a demanda espontânea;

 Menor desgaste da equipe e união dos profissionais num objetivo comum;

 Intensificar o trabalho em equipe;

 Aumentar a satisfação da comunidade;

 Compromisso com a construção de cidadania e autonomia da comunidade;

 Fornecer elementos para o diagnóstico local.

A prática de "Acolher" consiste em uma escuta qualificada que todos os


funcionários das UBS devem realizar, ouvindo às necessidades que levaram o
usuário ao serviço, orientando ou encaminhando de acordo com a sua competência
profissional.

Como um dos dispositivos de implementação do acolhimento nas UBS, será


utilizado o Fluxograma Descritor de orientação do processo de trabalho que é um
recurso que desenha o modo de organizar os processos de trabalho que se
vinculam entre si descrevendo desde a entrada no processo, etapas percorridas,
saídas e resultados alcançados. Funciona como ferramenta para reflexão da equipe
e conhecimento do usuário sobre como é o trabalho no dia a dia dos serviços.

2.1.10 - Consultas Médicas

As consultas Médicas são realizadas diariamente nas ESFs e UBSs conforme


cronograma semanal de atendimentos.

 A consulta do paciente deve ocorrer conforme programação do serviço


(cuidado continuado, puericultura, etc.) sendo considerado a orientação pelo
ACS, por agendamento prévio ou por demanda espontânea;

 As demais atividades dos médicos da ESF devem ser programadas


administrativamente e pactuadas com a equipe.
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 Todos os procedimentos como peso, altura, pressão arterial e outros deverão


ser realizados antes ou durante a consulta do profissional;

 Para registrar as consultas médicas e de enfermagem, utilizar as fichas


específicas de atendimento e ficha de Atendimento Ambulatorial (Prontuário);

 A caderneta da criança será analisada em todas às consultas e atualizada


quando necessário;

 Registrar no prontuário a história, exame físico, hipótese diagnóstica e


proposta terapêutica, conforme normatização do Conselho de Classe
Regional de cada categoria profissional;

 Datar, carimbar e assinar.

2.1.11 – Agendamentos

O agendamento de consultas é diário, permanente, sem data de aberturas e


fechamento.

2.1.12 – Consultas de Enfermagem

A consulta de enfermagem é uma atividade prestada do enfermeiro ao usuário


na qual são identificados problemas de saúde e/ou doenças onde são prescritas e
implementadas medidas de enfermagem com o objetivo de promoção, proteção,
recuperação ou reabilitação do mesmo. É um conjunto de ações de sucessão
ordenada, para conhecer a situação de saúde da clientela e tomar decisões quanto
à assistência a ser prestada, visando as mudanças favoráveis à saúde (MARARIDO;
CASTILHO, 2006).

As consultas de enfermagem são realizadas diariamente nas ESFs e UBSs


conforme cronograma semanal de atendimentos.

A agenda dos enfermeiros das UBS deve contemplar o agendamento do pré-


natal, puericultura, hipertensão, diabetes e tuberculose, hanseníase, exame
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citopatológico entre outros, segundo protocolos estabelecidos, tomando em


consideração os dados epidemiológico do território.

2.1.13- Consulta Odontológica

As consultas odontológicas são realizadas diariamente nas ESFs e UBSs


conforme cronograma semanal de atendimentos.

 Deve ser garantido o atendimento universal, com consultas programáticas e/


ou urgências a todas as faixas etárias;

 As consultas devem ocorrer conforme programação da UBS e da ESB, para


atendimento de grupos específicos, e por demanda espontânea;

 Na primeira consulta registrar as necessidades do usuário e realizar profilaxia,


entretanto poderá, conforme a necessidade do usuário, ser atendida a queixa
principal, ficando o exame e a profilaxia para a consulta subsequente
agendada;

 A urgência odontológica deve ser avaliada pelo cirurgião-dentista e


encaminhada de acordo com o grau de resolutividade da UBS;

 Na saúde bucal, as ações intersetoriais a serem desenvolvidas são os


Procedimentos Coletivos, realizados em pré-escolas, escolas de ensino
fundamental e outros espaços sociais.

2.1.14 - Visita domiciliar

 As visitas domiciliares na UBS devem ser sistematizadas e regulares para os


usuários que dela necessitem: acamados, busca ativa, puérperas e recém-
nascidos. Recomenda-se que as visitas domiciliares estejam previstas nas
ações programáticas da UBS;

 Agendar as visitas conforme a programação semanal, priorizando as


situações de risco e outras demandas da equipe;

 Os ACS devem visitar 100% de suas famílias cadastradas no mês,


estabelecendo uma meta de 08 a 09 visitas/dia;
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 O ACS deve realizar diariamente a visita domiciliar garantindo o vínculo e o


acesso ao contexto familiar e social. O resultado de cada visita deve ser
repassado à equipe para o conhecimento e encaminhamento de cada caso
conforme a sua realidade.

 Cada ACS deve realizar a busca ativa de mulheres para realizarem o exame
do citopatológico, sendo que a cada 10 preventivos coletados de cada ACS,
a mesma tem direito a 1 (dia útil) de folga.

2.1.15 - Atividades coletivas

 Devem ser realizadas ações coletivas como grupos educativos, oficinas,


vídeos e outros que são fundamentais para abordagem das questões de
saúde coletiva, a fim de promover saúde ou de reduzir riscos à saúde;

 Recomenda-se que os grupos educativos sejam realizados conforme a


proposta de agenda, podendo contar com a participação de outros
profissionais (assistentes sociais, psicólogos, educadores, cirurgiões-dentistas
e equipe de saúde bucal).
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3 - COMPOSIÇÃO DAS EQUIPES DA ATENÇÃO BÁSICA

3.1 - Critérios para composição do horário das equipes:

 O critério para adaptação de horário deve seguir a necessidade do serviço;

 Durante o horário de funcionamento das unidades, o acolhimento deve estar


sempre disponível, inclusive no horário do almoço;

 Sempre deve haver na unidade pelo menos um médico e um enfermeiro;

 O horário de atendimento da unidade e dos profissionais deve permanecer


visível na recepção da unidade para todas as categorias profissionais
independente do tipo de vínculo;

3.2 - Composições das equipes e horário de trabalho dos profissionais da Atenção


Básica

Equipes de Atenção Básica

 A Equipe de Saúde da Família (ESF) deverá ser composta por: médico,


enfermeiro, auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem e agente
comunitário de saúde;
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 A Equipe de Saúde Bucal (ESB) é composta por, no mínimo, cirurgião


dentista e auxiliar de saúde bucal (ASB) e/ou técnico de higiene dental (THD);

 A equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) é composta por um


número variável de profissionais, com carga horária total somada de 200h
semanais, e carga horária individual entre 20 e 40 horas semanal. A
composição é definida pelo gestor municipal a partir do seguinte elenco de
profissões: Psiquiatra, Pediatra, Psicólogo, Nutricionista, Profissional de
Educação Física, Farmacêutico, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo e Assistente
Social;

 Para compor ESF/ESB, o profissional deve ter preferencialmente carga


horária de 40 horas semanais;

 Excepcionalmente, algumas Unidades Básicas de Saúde poderão ter


profissionais de ESF/ESB com carga horária diminuída, de acordo com
características locais e decisão do gestor, e observadas disposições vigentes
na legislação federal da Atenção Básica;

 Para compor NASF, o profissional deve ter carga horária mínima de 20h
dedicada a ações na Atenção Básica;

 Qualquer adaptação de horário dos profissionais deve observar a


necessidade do serviço;

 Os profissionais devem cumprir carga horária integralmente dentro do horário


em que as Unidades encontram-se abertas para atendimento ao público nos
cinco dias da semana.

Equipe Multiprofissional

 Fazem parte da equipe de saúde da família: 1 médico, 1 enfermeiro, 1 a 2


técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde, cirurgião dentista,
técnico de saúde bucal (opcional), auxiliar de saúde bucal e auxiliar
administrativo;
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 O processo de trabalho deve ser organizado de forma a haver integração,


participação e senso de responsabilização de todos os profissionais. Cabe às
equipes organizarem suas agendas de forma a aperfeiçoar o trabalho,
podendo os profissionais fazer suas atividades, como visita domiciliar em
conjunto ou individualmente, em horários separados;

 Não existe hierarquia na equipe, mas a supervisão e a coordenação da


equipe devem ficar sob responsabilidade do médico e do enfermeiro. Os
agentes comunitários de saúde não devem ser supervisionados
exclusivamente pelo enfermeiro. O médico deve participar ativamente dessa
supervisão, inclusive avaliando indicadores, preenchendo as informações nas
fichas do e-SUS, busca ativa de pacientes e demais ações dos ACS.

Registros e Sistemas de Informações

 É essencial manter o cadastro das famílias e das pessoas atualizados pelos


Agentes Comunitários de Saúde, para que a Unidade Básica de
Saúde/Equipe reconheça a população adscrita e tenha o contato atualizado
da mesma quando necessário;

 Todos os profissionais devem prezar pela qualidade e alimentação dos


registros das suas atividades nos Sistemas de Informação em Saúde, visto
que as mesmas geram dados que podem ser usados como indicadores de
avaliação, planejamento e qualidade dos serviços ofertados;

 Todos os procedimentos e consultas realizadas pelos profissionais devem ser


registrados no prontuário com data, assinatura e carimbo do profissional que
o realizou, visto que o mesmo comprova a efetividade e a qualidade da
prestação de serviços pela instituição. Estas informações têm caráter legal,
sigiloso e científico.

Encaminhamento para outros Serviços/Níveis de Atenção

 Todo encaminhamento realizado pela Unidade Básica de Saúde/Equipe para


outras Equipes e Serviços deve ser registrado em prontuário e nas guias de
referências específicas utilizadas pela regulação.(Anexo);

 Em situações de urgência, recomenda-se adicionalmente contato telefônico


e/ou encaminhamento por escrito com o usuário;
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 Todo usuário encaminhado a outras Equipes e Serviços deve receber da


unidade de saúde orientações por escrito com nome, endereço e telefone da
Unidade/Serviço para qual está sendo encaminhado, além de data e horário
do encaminhamento;

 As Equipes de Saúde da Família devem ter mecanismos de gerenciamento


conjunto dos casos compartilhados com outras Equipes /Serviços, no intuito
de integrar os pontos de atenção e manter o acompanhamento e
coordenação/responsabilidade durante todo o processo;

 Os atendimentos das ESF para os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)


serão preferencialmente encaminhados pela Equipe de Saúde Mental do
NASF, onde houver e pelas Equipes de Saúde da Atenção Básicas;

 Os pacientes oriundos da atenção básica com necessidade de internamento


hospitalar de urgência ou emergência deverão ser encaminhados para a
hospitalização através do instrumento de registro AIH, solicitado pelo medico
da Atenção básica.

Fornecimento de Medicamentos na Atenção Básica

 O Dispensário deve ser mantido aberto durante todo horário de


funcionamento da Unidade.

 O farmacêutico deve garantir a dispensação de medicamentos aos usuários


da rede.
25

4 - DIRETRIZES PARA A GESTÃO DAS EQUIPES

4.1- Atividades administrativas do Enfermeiro Coordenador da Unidade

Algumas atribuições:

Responsabilidade pelo território

 Realizar o diagnóstico epidemiológico e social do território com os


profissionais de saúde e a comunidade.

Planejamento

 Elaborar o planejamento local a partir do diagnóstico epidemiológico, com


estabelecimento de metas e definição de prioridades de acordo com as
necessidades dos diferentes grupos sociais (moradores de áreas de risco,
menores de 02 anos, gestantes, idosos, diabetes, fármaco-dependentes,
vítimas de violência, etc);

 Estimular a participação dos profissionais na elaboração dos planos de


ação.

 Orientar o profissional de enfermagem a identificar a equipe, o horário e o


local onde cada trabalhador deverá estar exercendo suas funções;

Obrigatoriedade
26

 Realizar a escala mensal da UBS/ESF; Entregar cópia da mesma no prazo


máximo de até 10 dias à Coordenação de Atenção Básica via e-mail:
flaviapsilva1@gmail.com;

 Entregar as fichas de Dengue todas as sextas-feiras à Coordenação de


Vigilância Ambiental;

 Do dia 01 ao 03 de cada mês fechar o relatório dos testes Rápidos no site


do SISLOGLAB;

 Todo dia 10 de cada mês Entregar o Ponto de todos os funcionários das


Unidades Básicas de Saúde à Coordenação da ESF;

 Todo dia 20 de cada mês fazer a exportação do BPA via e-mail para:
itaocarasaude@bol.com.br ;

 Ultima semana de cada mês fazer a exportação e entrega do E-SUS via e-


mail para: eacsitaocara@hotmail.com ;

 Ultima semana de cada mês entregar o relatório do SISVAN a Coordenação


do Programa;

 Ultima semana de cada mês entregar o relatório de Produção da Unidade via


e-mail para: eacsitaocara@hotmail.com;

 Ultima semana de cada mês entregar o relatório de imunização à


coordenação do Programa.

Atividades do Agente Comunitário de Saúde (ACS):

 Realizar territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe,


identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e
vulnerabilidades;

 Acompanhar sistematicamente os usuários/famílias da microárea adscrita e


também de microáreas descobertas em casos específicos previstos em
Normativa Municipal;

 Atualizar no mínimo mensalmente os cadastros e relatórios no Sistema de


Informação;

 Orientar as famílias/usuários quanto a oferta/utilização dos Serviços de Saúde


disponíveis;
27

 Realizar o contato entre a Equipe de Saúde da Família, equipe NASF ou


coordenação da Unidade Básica de Saúde com o usuário/família quando
solicitado;

 Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção das doenças e


de agravos, e de vigilância à saúde, por meio de visitas domiciliares e de
ações educativas individuais e coletivas nos domicílios, na comunidade e na
Unidade Básica de Saúde;

 Colaborar na organização do acesso dos usuários à Unidade Básica de


Saúde e auxiliar no planejamento e execução de outras atividades internas de
apoio, sob demanda da equipe/coordenação;

 Realizar busca ativa e outras ações dirigidas quando solicitado pela Equipe
em qualquer ponto da área de abrangência da Unidade Básica de Saúde;

4.2-Atividades do Técnico ou Auxiliar de Enfermagem

 Realizar territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe,


identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e
vulnerabilidades;

 Realizar ações/procedimentos de enfermagem incluindo curativos, retirada de


pontos, administração de medicamentos, aferição de sinais vitais, imunização,
entre outros;

 Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;

 Observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas dentro da sua


competência;

 Participar do processo/programação da assistência de enfermagem;

 Realizar processamento seguro do material permanente (limpeza,


desinfecção e esterilização);

 Realizar Vigilância em Saúde (busca ativa, notificação e acompanhamento de


agravos de notificação compulsória e outros de importância local, entre
outros);

 Colaborar na organização do Acesso da Unidade Básica de Saúde;


28

 Participar de atividades Coletivas da Equipe de Saúde da Família;

 Realizar atendimento domiciliar.

4.3- Atividades do Enfermeiro

 Realizar atendimento Clínico individual (Consulta de Enfermagem) e/ou


compartilhado em todas as faixas etárias;

 Realizar atendimento Clínico individual (Consulta de Enfermagem) e/ou


compartilhado em domicílio, quando necessário;

 Realizar territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe,


identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e
vulnerabilidades;

 Realizar atendimento de demanda programada, espontânea e classificação


de risco/vulnerabilidade;

 Realizar atendimento Coletivo dentro da necessidade e característica local.

 Elaborar, executar e avaliar projetos terapêuticos em conjunto com a Equipe


de Saúde da Família e NASF;

 Realizar Vigilância em Saúde (busca ativa, notificação e acompanhamento de


agravos de notificação compulsória e outros de importância local, entre
outros);

 Realizar o projeto terapêutico singular;

 Supervisionar/Coordenar Equipe de Enfermagem, incluindo planejamento,


organização, supervisão, execução e avaliação dos serviços de assistência
de enfermagem;
29

 Supervisionar os Agentes Comunitários de Saúde, incluindo planejamento,


organização, supervisão, execução e avaliação das ações desenvolvidas pelo
ACS.

 Supervisionar Imunização (Rede de frio, Sala de Vacina, campanhas de


vacina, faltosos, cobertura, entre outros);

 Realizar Controle de Infecção incluindo monitoramento da esterilização e


armazenamento de material;

4.4 - Atividades do Médico

 Supervisionar e realizar o processo de territorialização e mapeamento da área


de atuação da equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a
riscos e vulnerabilidades com o apoio e orientação do Distrito Sanitário Sede;

 Realizar atendimento Clínico individual e compartilhado em todas as faixas


etárias;

 Realizar atendimento de demanda programada e espontânea;

 Realizar atendimento Clínico individual e/ou compartilhado em domicílio;

 Realizar primeiro atendimento à Urgência e Emergência e, quando


necessário, encaminhamento responsável a outros pontos da rede de
atenção;

 Realizar encaminhamento de usuários para ações e serviços especializados,


quando necessário, mantendo a vinculação e a coordenação do cuidado do
usuário;

 Colaborar com a regulação do acesso de usuários a serviços especializados,


em âmbito local e, quando solicitado, regional;

 Realizar procedimentos diagnósticos e terapêuticos;

 Elaborar, executar e avaliar projetos terapêuticos em conjunto com a Equipe


de Saúde da Família e NASF.
30

 Realizar Vigilância em Saúde (busca ativa, notificação e acompanhamento de


agravos de notificação compulsória e outros de importância local, entre
outros).

 Emitir laudos, atestados e declarações de todos os tipos, exceto laudos


periciais e atestados admissionais e demissionais;

 Realizar atendimento coletivo dentro da necessidade e característica local.

 Planejar, executar e acompanhar o desenvolvimento de atividades docente-


assistenciais na unidade, incluindo preceptoria direta de estudantes de
graduação e/ou pós-graduação;

4.5 - Atividades mínimas do Cirurgião Dentista

 Realizar territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe,


identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e
vulnerabilidades;

 Realizar atendimento clínico individual em todas as faixas etárias;

 Realizar atendimento de demanda programada e espontânea;

 Realizar primeiro atendimento à Urgência e Emergência;

 Realizar encaminhamento de usuários para ações e serviços especializados,


quando necessário, mantendo a vinculação e a coordenação do cuidado do
usuário;

 Elaborar, executar e avaliar de projetos terapêuticos em conjunto com a


Equipe de Saúde da Família e NASF;

 Realizar procedimentos Odontológicos, incluindo pequenos procedimentos


cirúrgicos;

 Realizar atendimento Coletivo dentro da necessidade e característica local;

 Emitir laudos, atestados e declarações.


31

 Realizar supervisão técnica do Auxiliar de Saúde Bucal (ASB) e Técnico de


Higiene Dental (THD) incluindo planejamento, organização, supervisão,
execução e avaliação das ações;

4.6 - Atividades do Auxiliar de Saúde Bucal (ASB)

 Realizar territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe,


identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e
vulnerabilidades;

 Instrumentalizar e auxiliar o cirurgião dentista e/ou o THD nos procedimentos


clínicos;

 Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;

 Realizar o acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal;

 Realizar ações preventivas e de promoção da saúde bucal;

 Realizar processamento seguro dos materiais permanentes e instrumentos


utilizados (limpeza, desinfecção e esterilização);

 Preparar e organizar instrumental e materiais necessários;

 Cuidar da manutenção e conservação dos equipamentos odontológicos;

 Acompanhar/organizar a agenda clínica do cirurgião dentista;

 Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado


funcionamento do CS;

 Aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, transporte, manuseio


e descarte de produtos e resíduos odontológicos;

 Colaborar com o desenvolvimento de atividades docente-assistenciais na


unidade.

4.7- Atividades mínimas dos profissionais NASF


32

 Apoiar as ESF/ESB na territorialização e mapeamento da área de atuação da


equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e
vulnerabilidades;

 Apoiar as ESF/ESB na articulação de recursos terapêuticos do território e das


redes de saúde e intersetoriais;

 Realizar atividades colaborativas diretas com as ESF/ESB, como consultas


conjuntas; visitas domiciliares conjuntas; grupos compartilhados; apoio do
NASF a grupos das ESF, entre outros;

 Realizar, em conjunto com as ESF/ESB, o manejo de casos complexos,


através de: atendimentos específicos; discussão de projetos/planos
terapêuticos; interconsultas presenciais e por telefone ou meio eletrônico;
apoio à tomada de decisão da ESF em situações complexas, urgentes ou
imprevistas;

 Realizar intervenções específicas dos profissionais dos NASF, como


consultas individuais ou familiares; grupos específicos; intervenções
educativas com profissionais e com a população;

 Realizar atendimentos e outras intervenções / atividades, em conjunto com as


ESF/ESB ou não, para pessoas de todas as faixas etárias e com todos os
tipos de problemas, dentro dos limites de seu núcleo profissional e da
capacidade tecnológica da atenção primária;

 Realizar a gestão/regulação do acesso aos seus atendimentos e intervenções


específicas e contribuir para a regulação do acesso a serviços de atenção
especializada em sua área temática / profissional, em conjunto com as ESF;

 Realizar encontros regulares com todas as ESF apoiadas para organização,


execução e avaliação do apoio, com periodicidade mínima mensal;

 Registrar todas as ações realizadas com usuários nos sistemas de


informação oficiais da SMS;

 Colaborar com o desenvolvimento de atividades docente-assistenciais nas


equipes e unidades apoiadas.
33

5 - PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM REALIZADOS NAS ESFS

a) Lavagem das mãos

Descrição da Técnica no POP nº 001

Lave sempre as mãos, já que este é um dos procedimentos mais importantes


para se prevenir à infecção cruzada. Lave-as imediatamente após a retirada das
luvas, entre o contato com o paciente e outro e após contatos diretos ou indiretos
com sangue ou líquidos corporais (inclusive entre a realização de procedimentos
diferentes em um mesmo paciente).

Obs.: Manter unhas curtas e limpas; retirar anéis, pulseiras e relógio.

B) Atividades em salas de vacinas

Descrição da Técnica no POP nº 008


34

A sala de vacina deve ser mantida em funcionamento durante todo o


expediente, aproveitando todas as oportunidades para o incentivo e atualização
vacinal.

As atividades da sala de vacinação são desenvolvidas pela equipe de


enfermagem treinada e capacitada para desenvolver os seguintes
procedimentos: manuseio, conservação, preparo e administração, registro e
descarte dos resíduos resultantes das ações de vacinação.

PROCEDIMENTOS DA SALA DE VACINA

C) Nebulização

Descrição da Técnica no POP nº 006

A finalidade da nebulização é umidificar as vias respiratórias, fluidificar


secreções da mucosa do trato respiratório, para assim facilitar a sua expulsão, e
ajudar no tratamento medicamentoso de doenças pulmonares.

D) Exame Citopatológico de Colo do Útero (Coleta de Papanicolaou)

Descrição da Técnica no POP nº 016

Coleta de material cérvico vaginal para realização de exame diagnóstico.

O objetivo é detectar a presença de lesões neoplásicas ou pré-neoplásicas


e alguns processos de outra natureza (parasitas, processos inflamatórios, etc).

E) Aferição de Pressão Arterial


35

Descrição da Técnica no POP nº 003

A medida da pressão arterial (PA) é o procedimento utilizado para


diagnosticar a hipertensão arterial, bem como acompanhar e avaliar os pacientes
hipertensos quanto à eficácia terapêutica, monitorar prevalências populacionais e
identificar fatores de risco associados à hipertensão.

Esses procedimentos, aparentemente simples, favorecem a detecção


precoce e revertem a evolução de complicações. Aferir a pressão arterial tem sido,
portanto, um procedimento essencial na avaliação da saúde, tanto nos programas
preventivos de doenças cardiovasculares, quanto nos de tratamento.

Deve estar disponível durante o horário de funcionamento da Unidade e ser


realizada, preferencialmente, seguindo indicação dos profissionais técnicos.

F) Mensuração da Temperatura Axilar

Descrição da Técnica no POP nº 002

Técnica empregada para mensurar a temperatura corporal através do


termômetro de vidro ou digital. Na medida em que é aquecido pelo calor da axila, o
equipamento possui uma escala numérica em graus Celsius que permite a
mensuração da temperatura;

Finalidade:

 Determinar os estados febris, hipotermia, infecções, problemas


termorreguladores.

 Auxiliar no diagnóstico e avaliar a resposta no tratamento médico e cuidados


de enfermagem.

G) Glicemia Capilar Periférica

Descrição da Técnica no POP nº 16

A glicemia capilar é um exame sanguíneo que oferece resultado imediato


acerca da concentração de glicose nos vasos capilares da polpa digital, através do
aparelho com fitas que fazem captação elétrica da gota de hemoglobina.

O objetivo é controlar índice glicêmico do usuário de acordo com a prescrição


médica e ou conforme avaliação da necessidade. Terminologia: hipoglicemia ou
hiperglicemia.
36

H) Retirada de Pontos

Descrição da Técnica no POP nº 23

A Retirada de Pontos consiste no procedimento de remoção dos fios cirúrgicos


com técnica asséptica da retirada de fios, colocados para aproximar as bordas de
uma lesão, com intuito de facilitar a cicatrização.

Os profissionais técnicos de enfermagem, desde que capacitados, poderão


retirar os pontos da ferida cirúrgica feita com solicitação médica, exceto em casos
em que a incisão cirúrgica apresente sinais de complicações supracitadas.

I) Curativos

Descrição da Técnica no POP nº 76

É um meio terapêutico que consiste na limpeza e aplicação de uma cobertura


estéril em uma ferida, quando necessário, com a finalidade de promover a rápida
cicatrização e prevenir a contaminação ou infecção.

Objetivos:

 Auxiliar o organismo a promover a cicatrização;


 Eliminar os fatores desfavoráveis que retardam a cicatrização da lesão;
 Diminuir infecções cruzadas, através de técnicas e procedimentos adequados;

J) Teste rápido para: Sífilis; Hepatite-B e C; HIV.

Descrição da Técnica no POP nº 61 ao 73

Testes rápidos são aqueles cuja execução, leitura e interpretação dos


resultados são feitas em, no máximo, 30 minutos. Além disso, são de fácil execução
e não necessitam de estrutura laboratorial.
37

6 - NORMAS E ROTINAS DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

A UBS deve notificar os agravos de notificação compulsória (Anexo)

 Encaminhar as notificações: Monitoramento das Doenças Diarreicas Agudas


(MDDA) e demais agravos de notificação compulsória, segundo semana
epidemiológica, para a DRS, de preferência, o Coordenador entregará no
setor de vigilância no turno da manhã, a “notificação negativa” poderá ser
encaminhada por e-mail, ou pelo telefone;

 Realizar conferência das fichas, verificando preenchimento dos campos


obrigatórios, antes de encaminhar para a DRS;

 Comunicar por telefone à DRS os casos de notificação e investigação, que


requerem intervenções imediatas;

 Realizar avaliação semanal das notificações;


38

 Suprir o serviço com os impressos e material necessário para


desenvolvimento das atividades;

 Acompanhar seguimento dos casos notificados que residem em área de


atuação das equipes saúde da família;

 Buscar junto ao laboratório LACEN, os resultados de exames relacionados à


notificação e investigação do caso, pelo Gerenciador de Ambiente
Laboratorial (GAL/LACEN) ou por telefone;

 Abrir pasta de notificação e arquivar por semana epidemiológica a 2ª via da


ficha de notificação.

 Tuberculose e Hanseníase

 Notificar todos os casos confirmados, preencher ficha de investigação,


no momento do atendimento;

 Realizar previsão de medicamentos de tuberculose e hanseníase,


conforme número de casos em tratamento;

 Realizar o Tratamento Diretamente Observado para os pacientes com


tuberculose pulmonar positiva e demais pacientes considerados
prioritários;

 Preencher e encaminhar os boletins de acompanhamento do SINAN a


DRS, dentro dos prazos agendados (mensalmente).

 Infeções Sexualmente Transmissíveis - IST

 O portador de IST do município é acompanhado pelo médico e liberada


as medicações necessárias;

 Identificar, encaminhar e acompanhar o portador e o parceiro no caso


de IST;

 Monitoramento dos óbitos de mulher em idade fértil e de criança;

 Realizar a investigação dos óbitos de mulheres em idade fértil e de


criança, com preenchimento da ficha específica, em área com
cobertura da saúde da família, a investigação ficará a cargo das
equipes e em áreas descobertas com a equipe de vigilância da DRS.
39

 Realização de testes rápidos.

7 - AÇÕES COLETIVAS

 Devem ser realizadas ações coletivas como grupos educativos, oficinas,


vídeos, literatura de cordel, feiras e outros que são fundamentais para
abordagem das questões de saúde coletiva, a fim de promover saúde ou de
reduzir riscos à saúde;

 O médico, o enfermeiro, o dentista das equipes da ESF devem realizar 1 ou 2


grupos semanais, e o ACS deve participar dos grupos conforme o
planejamento da equipe.
40

8 - TRABALHO EM EQUIPE

 Reunião geral da UBS: deve ser realizada para planejamento, monitoramento


e avaliação das ações, com enfoque principal na organização do serviço e
processo de trabalho;

 As reuniões devem ocorrer pelo menos uma vez por mês com pauta pré-
estabelecida e aberta, com possibilidade de discussões de proposta de
trabalho; devendo durante as reuniões ser garantido o atendimento da
população;

 Todos os profissionais de saúde devem ter garantido a sua participação


nessas reuniões;

 Reunião semanal de equipe: para avaliar e planejar ações decorrentes das


atividades cotidianas dos membros das equipes de saúde da família, com
tomadas de decisões em tempo real, e a subsequente análise dos resultados
obtidos;

 As reuniões devem ser realizadas com a participação de todos os integrantes


da equipe e recomenda-se que ocorra no inicio ou término do dia e com
41

horários diferentes e pré-estabelecidos para cada equipe, em média reservar


02 horas da agenda;

 Em todas as reuniões redigir uma Ata assinada por todos os participantes;

 Todas as UBS devem possibilitar ao usuário o registro de suas sugestões,


reclamações ou solicitações, disponibilizando livro ou caixa de sugestões que
serão analisadas durante as reuniões do Conselho Municipal de Saúde;

 Divulgar na UBS o contato da Ouvidoria do município: (22) 3861-3700

09 - PATRIMÔNIO

Os Coordenadores e todos os funcionários são responsáveis pela


conservação e integridade do patrimônio existente nas UBS, para tanto devem:

 Garantir a integração dos bens junto ao departamento patrimonial do Fundo


Municipal de Saúde;

 Organizar relação de patrimônio por sala;

 Relacionar e garantir a guarda dos materiais inservíveis patrimoniados da


Unidade, solicitando orientação da DRS quanto ao destino dos mesmos;

 Designar um funcionário do setor administrativo para fazer o controle


semestral do patrimônio;

 Realizar o boletim de ocorrência (B.O) sempre que verificado o


desaparecimento de qualquer material permanente e encaminhar o B.O para
abertura de processo e averiguação
42

10 – ALMOXARIFADO

A UBS deve ter um almoxarifado para a organização e o controle dos


materiais de consumo. O registro e o controle das requisições dos materiais devem
oferecer todas as informações necessárias sobre a movimentação do estoque e
consumo.

Principais Funções do Responsável pelo Almoxarifado:

 Receber e conferir os materiais;

 Registrar e controlar as requisições dos materiais por setor;

 Realizar a Baixa no estoque das requisições atendidas;

 Lançar a movimentação de requisição e entrega de material;

 Guardar, controlar e conservar os materiais estocados;

 Notificar a gerência quanto a irregularidades no setor;


43

 Arquivar as requisições de solicitação e entrega;

 Garantir o estoque mínimo;

 Emitir relatórios de solicitação e consumo;

 Fazer balanço mensal do estoque.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No serviço de enfermagem, é grande o número de pessoas, a complexidade e


diversidade de atividades, a divisão do trabalho, a relação entre cada um, na busca
de se coordenar esforços para o alcance do objetivo comum proposto, ou seja, a
prestação do cuidado de enfermagem. Para que estas atividades sejam conduzidas,
realizadas, torna-se necessário às normas e rotinas em uma unidade de saúde.

As normas são aquelas que explicam a forma como deve ser realizada uma
ação, tarefa ou atividade, sua fixação e utilização com rigor evita erros,
principalmente em situações de alteração no quadro de pessoal.

As rotinas devem servir para proporcionar um melhor e mais rápido andamento


do trabalho, e deve ser elaborada para cada serviço especificamente, de forma a
explicitar sua realidade.
44

REFERÊNCIAS

Boff L. Saber cuidar: ética do humano, compaixão pela terra. 4 ed. Rio de
Janeiro: Vozes; 1999. 199p.

Guia de Atenção Básica da Fundação Municipal de Saúde - Teresina – PI 2016 –


Disponível em: http://fms.teresina.pi.gov.br/system/downloads/docs/6/original_guia-
de-atencao-basica-da-fundacao-municipal-de-saude-de-teresina.pdf?1457439625

Ministério da Saúde. Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011 – Disponível em:


http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2488_21_10_2011.html
45

MARGARIDO, E. S.; CASTILHO, V. Aferição do tempo e do custo médio do


trabalho da enfermagem na consulta de enfermagem. Revista da Escola de
Enfermagem da USP 2006;

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Básica. Departamento


de Atenção Básica. Política nacional de atenção básica. 4. ed. Brasília:

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