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Prefeitura Municipal de Curitiba

Secretaria Municipal da Educação

Caderno Pedagógico
SUGESTÕES EM EDUCAÇÃO ALIMENTAR
PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO

Caderno Pedagógico
SUGESTÕES EM EDUCAÇÃO ALIMENTAR
PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

CURITIBA - PARANÁ
2015
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
Gustavo Fruet

SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO


Roberlayne de Oliveira Borges Roballo

SUPERINTENDÊNCIA EXECUTIVA
Antonio Ulisses Carvalho

COORDENADORIA DE OBRAS E PROJETOS DO PROGRAMA DE DESCENTRALIZAÇÃO


Luiz Marcelo Mochenski

DEPARTAMENTO DE LOGÍSTICA
Maria Cristina Brandalize

DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO E INFORMAÇÕES


Elizabeth Helena Baptista Ramos

SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO EDUCACIONAL


Ida Regina Moro Milléo de Mendonça

COORDENADORIA DE ATENDIMENTO ÀS NECESSIDADES ESPECIAIS


Elda Cristiane Bissi

COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO INTEGRADA


Eliane Aparecida Trojan Butenas

COORDENADORIA DE ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DE ENSINO


Eliana Cristina Mansano

COORDENADORIA DE FORMAÇÃO CONTINUADA


Cíntia Caldonazo Wendler

COORDENADORIA DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS PARA JOVENS E ADULTOS


Maria do Socorro Ferreira de Moraes

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO INFANTIL


Maria da Glória Galeb

DEPARTAMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL


Leticia Mara de Meira

DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E DIFUSÃO EDUCACIONAL


Marlon Misael Terres
APRESENTAÇÃO

“Bebida é água,
Comida é pasto,
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?
A gente não quer só comida,
a gente quer comida,
diversão e arte...”
(Arnaldo Antunes, Marcel Fromer, Sérgio Brito, 1987)

Sabe-se que a alimentação é um dos aspectos imprescindíveis para suprir necessidades


básicas do ser humano. Porém, a alimentação vai além de prover a nutrição adequada,
envolvendo aspectos socioculturais e históricos que merecem um olhar sensível das
instituições educativas no sentido de favorecer às crianças experiências significativas
através do comer e beber.
Nas teorias de desenvolvimento infantil, verifica-se a importância das interações do
sujeito com o meio e com o outro para favorecer o seu processo de aprendizagem. Para o
bebê, as primeiras descobertas do mundo ocorrem pela boca, especialmente através do
mamar (sendo de extrema importância o aleitamento materno) e do comer (mastigação,
uso de utensílios, diferenças de texturas e temperatura, entre outros aspectos), bem como
da sua interação com a figura materna, inserindo-o desde muito cedo numa determinada
cultura. Sendo assim, o consumo de alimentos e todo seu ritual, tanto na instituição de
educação infantil quanto em família, fazem-se importantes, visto que o desenvolvimento
da criança passa por experiências que envolvem interações com utensílios, espaços e
pessoas. Além disso, a interação social e imitação também são importantes elementos na
construção de saberes, pois, ao imitar as ações de um parceiro mais experiente, a criança
reelabora estas ações e desta forma apropria-se de novas aprendizagens para atuar com
autonomia.
Nesse sentido, o bom aproveitamento do tempo e espaços dedicados à alimentação no
CMEI se reflete em momentos agradáveis e educativos. Isso porque ao mesmo tempo que
respeitam a fisiologia da mastigação (fundamental para uma boa digestão) e a atenção na
escolha dos alimentos (quantidade adequada, estimulação do paladar e olfato e seleção
dos alimentos para compor o prato, por exemplo), oportunizam a troca de experiências
em que uma criança observa a outra se alimentando e expressando suas preferências,
assim, possivelmente, uma influencia a outra a experimentar novos sabores e a ampliar o
conhecimento sobre a diversidade de alimentos favoráveis a uma boa nutrição.
Nos CMEIs da cidade de Curitiba, encontram-se muitas práticas que favorecem esse
processo, tornando o momento da alimentação mais significativo, integrando as ações
de cuidado e educação.
Atitudes como organização do ambiente dos refeitórios; uso de jogos americanos ou
toalhas de mesa e guardanapos; exposição de elementos que remetam à alimentação,
organizados pelos adultos ou pelas crianças (cardápio, mandalas, obras de arte);
utilização de música instrumental ambiente; interação dos profissionais com as crianças,
incentivando-as a conhecerem e a comerem os alimentos servidos, bem como a ter
autonomia para se servir e escolher seu próprio alimento e os colegas com quem quer
compartilhar este momento; entre outras atitudes, fazem da refeição um momento
tranquilo e que favorece o desenvolvimento de uma identidade em que as crianças aos
poucos se reconheçam como integrantes de uma sociedade que se preocupa em cuidar
de si, do outro e do ambiente em que vive.
Espera-se que este caderno possa enriquecer ainda mais estas práticas, ampliando
as possibilidades educativas, além das nutricionais, nos momentos de alimentação das
crianças.

Roberlayne Borges Roballo


Secretária Municipal da Educação
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 9

COMPARTILHANDO IDEIAS EM EDUCAÇÃO ALIMENTAR 11


1. Experimentando novidades 13
2. Reflexão sobre alimentação infantil através de jogos e brincadeiras 23
3. Caderno de receitas 25
4. Horta 27
5. Abordagens em dias festivos 29

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES 35

AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO ALIMENTAR 37

PALAVRAS FINAIS 39

REFERÊNCIAS 41
INTRODUÇÃO

Para fins do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), “será considerada


Educação Alimentar e Nutricional (EAN) o conjunto de ações formativas, de prática
contínua e permanente, transdisciplinar, intersetorial e multiprofissional, que objetiva
estimular a adoção voluntária de práticas e escolhas alimentares saudáveis que colaborem
para a aprendizagem, o estado de saúde do escolar e a qualidade de vida do indivíduo”.
Os profissionais da Educação promovem a Educação Alimentar sempre que estimulam
o consumo de alimentos saudáveis ou abordam o tema alimentação em seus aspectos
biológicos, culturais, ecológicos ou até mesmo econômicos. A Educação Nutricional
está ligada ao trabalho do profissional nutricionista, que pode tornar-se um parceiro da
unidade para que sejam desenvolvidos projetos de Educação Alimentar e Nutricional.
De acordo com o Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para as
Políticas Públicas (2012), “a prática da EAN deve fazer uso de abordagens e recursos
educacionais problematizadores e ativos que favoreçam o diálogo junto a indivíduos e
grupos populacionais, considerando todas as fases do curso da vida, etapas do sistema
alimentar e as interações e significados que compõem o comportamento alimentar”.
Nesse sentido, o ato de alimentar-se não deve ser visto apenas como uma simples
oferta de energia ao corpo, mas também como um estímulo à reflexão e ao convívio
social, que vai desde a escolha e preparação de alimentos nutritivos até o seu consumo.
Uma alimentação inadequada pode desencadear obesidade, desnutrição e uma série
de outros problemas à população, que necessita de orientação sobre suas escolhas
alimentares desde cedo, evitando danos futuros à saúde. Deve-se lembrar que os
alimentos são dotados de significados culturais, emocionais e comportamentais, que
precisam ser considerados no trabalho com o tema.
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais, um dos eixos norteadores do trabalho
na educação infantil está pautado na necessidade da promoção de práticas de educação
e de cuidados, que possibilitam a integração dos aspectos físicos, emocionais, afetivos,
cognitivos, linguísticos e sociais da criança.
Nas Diretrizes Curriculares Municipais, destaca-se que o educar e o cuidar são
indissociáveis, sendo que dentre estes cuidados encontram-se o acesso a uma alimentação
sadia, à higiene e à saúde.
Dentre os Parâmetros e Indicadores de Qualidade para os CMEIs e para as escolas
municipais que ofertam educação infantil (2009), destaca-se que “nossas crianças têm
direito à alimentação saudável”, considerando que a alimentação incide tanto no fator
biológico (de saúde e crescimento das crianças) quanto no fator cultural (utensílios,
rituais e significados envolvidos nas refeições). Nesse sentido, considera-se como um
dos objetivos deste processo desenvolver nas crianças o gosto e o prazer por alimentos
que são importantes para uma dieta alimentar saudável.
O momento da alimentação é de fundamental importância no processo do
desenvolvimento infantil. Refletir sobre os utensílios usados na alimentação, o espaço
físico onde ocorre, o tempo destinado às refeições e as interações nesses momentos, é
fundamental no sentido de criarmos um ambiente culturalmente estruturado. Tais
9
fatores estão diretamente relacionados com a aceitação e aquisição dos hábitos
alimentares, devendo ser praticados de forma saudável, pois são hábitos adquiridos para
toda a vida.
Há que estimular o planejamento e a organização do espaço, do tempo e dos
materiais utilizados pelas crianças dos centros municipais de educação infantil (CMEIs)
e dos centros de educação infantil (CEIs) conveniados para os momentos da refeição,
de maneira a proporcionar um momento prazeroso e que possibilite à criança ser
protagonista do seu próprio aprendizado.
Compartilhando ideias
em Educação Alimentar

Seguem sugestões de atividades destinadas à Educação Infantil, que poderão ser


adaptadas à faixa etária da turma a realizar o processo.
1. EXPERIMENTANDO NOVIDADES

OBJETIVOS

– Oferecer oportunidades para a criança descobrir novos alimentos, estimulando o


paladar para diferentes sabores.

– Estimular habilidades com o uso de utensílios, como talheres, copos, canecas, entre
outros, nos momentos de alimentação.

POSSIBILIDADES DE ENCAMINHAMENTO

– Pesquisar hábitos alimentares das famílias e das crianças, respeitando costumes


regionais.

– Nos momentos de alimentação, principalmente no horário do almoço, incentivar as


crianças a consumirem diferentes alimentos, dentre eles os legumes e as hortaliças,
explicando o bem que fazem para o nosso desenvolvimento.

CMEI Oswaldo Cruz II – NRE CIC

– Trabalhar o nome dos legumes, questionando às crianças como eles são conhecidos
por elas e contando como são nomeados em outras regiões do país. Por exemplo,
expor sobre o aipim que também é conhecido como mandioca ou macaxeira,
principalmente na região nordeste do Brasil.

– É possível ainda desenvolver um projeto didático que tenha como produto final
uma horta, propiciando, dessa forma, diferentes aprendizagens para as crianças, como a
pesquisa sobre as épocas e os lugares que determinados legumes, frutas e hortaliças são
mais encontrados, os cuidados que devem ser tomados para o cultivo, o tipo de clima que
propicia o crescimento da planta, os pratos que podem ser feitos com esses alimentos e
como podem ser preparados, além disso, várias outras possibilidades de pesquisa
podem surgir destas conversas com as crianças.

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CMEI Tapajós – NRE BQ

– Conversar sobre a importância da higiene para a saúde nos momentos em que


a criança lava as mãos para se alimentar, prepara receitas culinárias utilizando
luvas e touca, escova os dentes após a alimentação e em outras situações.

CMEI Caximba – NRE PN

– Mostrar às crianças várias receitas de um único vegetal ou legume, por exemplo,


receitas de bolinho, bolo, farofa, suco, todas utilizando a cenoura. E para que a criança
conheça a cenoura, o ideal é demonstrá-la com suas folhas e talos, ou ainda levar as
crianças para observá-la in loco na horta, assim perceberão que se trata de uma raiz que
fica embaixo da terra. Outra ideia é preparar e cortar a cenoura de diversas formas (crua
e cozida, em rodelas, cubos, tiras, ralada).

– Com a ajuda da turma, organizar preparações culinárias com a cenoura, por exemplo,
bolo, suco de cenoura com laranja e saladas. É importante prever um horário
do dia para proporcionar a degustação dos alimentos preparados; se for salada, o
ideal é inseri-la no almoço; se for bolo de cenoura ou suco, a degustação poderá ser no
momento do lanche das crianças.

CMEI Nelson Buffara – NRE SF

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SUGESTÕES DE RECEITA

BOLO DE ABOBRINHA E CENOURA REFRIGERANTE NATURAL SABOR LARANJA

– Ingredientes – Ingredientes
Suco de 1 laranja
Massa: Casca de 1/2 laranja
1 xícara bem cheia de cenoura ralada grossa Suco de 2 limões
1 xícara bem cheia de abobrinha ralada grossa 2 cenouras com casca picadas
1 colher (sopa) cheia de margarina 500 ml de água sem gás
1/2 xícara de água 1.500 ml de água com gás
1 xícara de açúcar 3 colheres (sopa) de açúcar
2 ovos
2 xícaras de farinha de trigo – Modo de fazer
1 colher (sopa) cheia de fermento 1. Bater no liquidificador as cenouras com 250
ml de água.
Cobertura: 2. Coar com a peneira e guardar o resíduo
1 colher (sobremesa) rasa de açúcar da cenoura para acrescentar em bolos, sopas,
1 colher (café) cheia de canela em pó enriquecer farofas e feijão, etc.
3. Em seguida, bater no liquidificador a casca
– Modo de fazer da laranja com outros 250 ml de água.
4. Passar na peneira e misturar ao suco da
Massa: cenoura.
1. Colocar em uma panela a cenoura, a abo- 5. Acrescentar os sucos de limão e de laranja.
brinha, a margarina e a água. Cozinhar por 5 6. Adoçar, mexer e acrescentar a água com gás.
minutos, em fogo alto, mexendo de vez em
quando. BEIJINHOS DE CENOURA
2. Retirar do fogo e deixar esfriar bem.
3. Colocar em uma tigela os legumes refoga- – Ingredientes
dos, o açúcar e os ovos, misturando bem. 1 kg de cenoura
4. Acrescentar a farinha de trigo e mexer bem 2 xícaras de açúcar
a massa. Por último, colocar o fermento em pó, 200 gramas de coco ralado
misturar delicadamente e despejar a massa em Cravos-da-índia para decorar
uma forma untada somente com margarina.
5. Levar para assar em forno preaquecido a – Modo de fazer
250°C (em forno elétrico) por aproximadamente 1. Higienizar as cenouras e passá-las no ralo fino
15 minutos ou até dourar. do ralador.
2. Em uma panela, colocar a cenoura, o açúcar
Cobertura: e 1/2 xícara de água.
1. Misturar o açúcar com canela e polvilhar so- 3. Levar ao fogo brando mexendo sempre até
bre o bolo ainda quente. desprender do fundo da panela.
Obs.: Para esta receita, use uma forma retangu- 4. Modelar docinhos e passá-los no coco ralado.
lar n. 1. Tamanho 20 cm x 29 cm.
o
5.Enfeitar com um cravo-da-índia.

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BRIGADEIRO DE MANDIOCA

– Ingredientes
1 1/2 xícara de mandioca
2 colheres (sopa) de margarina
10 colheres (sopa) de açúcar
1 xícara de leite em pó
3 colheres (sopa) de chocolate em pó
5 colheres (sopa) de granulado

– Modo de fazer
1. Cozinhar a mandioca até desmanchar.
2. Escorrer e amassar bem. Reservar.
3. À parte, derreter a margarina, acrescentar
a mandioca e misturar bem.
4. Juntar os demais ingredientes e cozinhar até
desprender do fundo da panela.
5. Modelar os docinhos e passá-los no
granulado.
Você pode fazer beijinhos desta mesma maneira,
substituindo o chocolate em pó e granulado por
coco ralado.

TORTA DE REPOLHO COM ATUM

– Ingredientes
1 prato fundo de repolho cortado em tiras finas
1 lata de atum sem óleo
1 xícara de farinha de trigo
3 ovos
1/2 xícara de óleo
1 colher de sobremesa de sal
1 colher de sopa de fermento

– Modo de fazer
1. Misturar tudo e colocar em uma forma que
possa ir ao micro-ondas (preferencialmente com
furo no meio).
2. Untar a forma com margarina e farinha de
rosca.
3. Assar em micro-ondas, na potência alta,
durante 8 minutos.

IMPORTANTE: Utilizar as folhas e talos dos vegetais nestas preparações ou guardá-los


para atividade posterior. Evite descartá-los, pois são altamente nutritivos e saborosos.

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VARIAÇÃO COM APROVEITAMENTO INTEGRAL DOS ALIMENTOS

– Apresentar as folhas e os talos dos vegetais aos alunos e discutir o que se pode fazer
com eles, solicitando a participação ativa dos alunos nessa discussão.

– Propor aos alunos uma pesquisa com seus familiares sobre receitas que costumam
preparar com o talo de um determinado vegetal.

CMEI Caramuru – NRE CJ

– Refletir sobre o desperdício de alimentos ricos em nutrientes que poderiam ser


aproveitados e que são descartados: cascas, sementes, folhas e talos.

CMEI Ana Proveller – NRE CJ

– Para trabalhar as formas de aproveitar as folhas e os talos dos vegetais, sugere-se


fazer uma torta salgada preparada com talos e folhas de brócolis, couve-flor, beterraba e
cenoura, conforme a receita a seguir:

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SUGESTÕES DE RECEITA

TORTA DE TALOS E FOLHAS BOLO DE CASCA DE BANANA

– Ingredientes – Ingredientes
Talos e folhas de brócolis, couve-flor, beterraba 2 cascas de banana caturra em cubos pequenos
e cenoura 1 xícara de leite
Alho, cebola e temperos de sua preferência 1 ovo
3 ovos 1/4 de xícara de óleo
1/2 xícara (chá) de óleo 1 xícara de açúcar
1 xícara (chá) de leite 1 xícara de farinha de trigo
2 xícaras (chá) de farinha de trigo 1/2 xícara de farinha de rosca
2 colheres (sopa) de amido de milho 1/4 de xícara de aveia
1 colher (sopa) de fermento em pó 1 colher (sopa) de fermento em pó
1 pitada de sal
Manteiga ou margarina para untar a forma – Modo de fazer
1. Bater no liquidificador as cascas da banana, o
– Modo de fazer leite, o ovo, o óleo e o açúcar.
1. Picar todos os talos e folhas bem fininhos. 2. Colocar as farinhas e a aveia em uma vasilha,
2. Refogar com cebola, alho e os temperos de acrescentar em seguida a mistura liquidificada e
costume e reservar. mexer bem.
3. Bater no liquidificador os demais ingredientes: 3. Por último, adicionar o fermento e mexer
ovos, óleo, leite, trigo, amido, sal e fermento. delicadamente.
4. Despejar em forma untada uma camada de 4. Colocar a massa em assadeira untada
massa, rechear e depois cubrir com outra camada somente com margarina.
de massa. 5. Assar em forno preaquecido a 250°C (forno
5. Assar em forno quente preaquecido por elétrico) por aproximadamente 15 minutos ou até
aproximadamente 30 minutos. a massa soltar das laterais da forma.

– Servir a torta no lanche para que todos saboreiem a gostosura que fizeram.

CMEI Cajuru – NRE CJ

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– Sugere-se que todos os preparos feitos com as crianças sejam registrados e colados
na agenda ou em um caderno de receitas individual, assim, no final do ano, as crianças
terão uma coleção de receitas que produziram e experimentaram.

Obs.: Caso sejam produzidos sucos de beterraba, couve, cenoura, entre outros alimentos
coloridos, pode-se aproveitar o resíduo desses produtos para a produção de tintas ou
corantes naturais que poderão ser utilizados em diversas atividades.

CMEI Oswaldo Cruz II – NRE CIC

VARIAÇÃO COM FRUTAS

– Com as frutas pode-se desenvolver atividades semelhantes as registradas anterior-


mente.

CMEI Dr. Arnaldo Carnasciali – NRE BN

– No momento do lanche ou da colação, é importante conversar sobre as frutas e


explorar suas características com as crianças.

CMEI Dalagassa – NRE PN

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– As frutas servidas às crianças podem ser previamente cortadas, porém é ideal que
se deixe algumas na forma in natura para cortá-las na presença das crianças, dessa
forma, permite-se que percebam suas colorações interna e externa, suas cascas e suas
sementes.

CMEI Fazenda Boqueirão – NRE BQ

– É importante sempre conversar com as crianças sobre quais frutas e legumes são
consumidos com casca ou sem casca, durante os momentos de refeição.

CEI Conveniado Meu Pequeno Reino – NRE MZ

– Outra ideia é proporcionar às crianças momentos para que conversem sobre frutas
preferidas ou frutas mais consumidas em casa. A partir desta conversa, pode ser
construído um gráfico que represente as frutas preferidas das crianças.

CMEI Sonho de Criança – NRE BN

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– Sugere-se preparar uma salada de fruta e servir em um horário oportuno, destacando
que o ideal é fazer a alimentação na mesinha e com talheres adequados. Outra
opção é preparar sucos de frutas incluindo legumes ou verduras que tenham
pouca aceitação nos momentos da refeição, proporcionando, assim, familiarização com o
sabor e interesse pela experimentação.

CMEI Oswaldo Cruz II – NRE CIC

– Desenvolver atividades explorando os sentidos, como, por exemplo, vendar os olhos


das crianças e oferecer alimentos, em seguida solicitar que digam se o sabor é azedo,
doce, amargo ou salgado.

CEI Conveniado Yvone Pimentel – NRE PR

– Pode-se também construir cartazes ou gráficos e, ainda, desenvolver um livrinho que


represente as preferências alimentares da turma.

CMEI Vila Califórnia – NRE BV

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– Organizar piqueniques em que cada criança/família poderá levar uma fruta ou um
prato de doce ou salgado para compartilhar com os colegas.

CMEI Vila Lorena – NRE CJ

VARIAÇÃO – ARTE COM ALIMENTOS

CMEI Fani Lerner – NRE PN

– Há vários artistas que se inspiram nos alimentos para compor suas obras. Tais obras,
além de servirem de apreciação para as crianças, podem seguir uma sequência didática
que proporcione conhecimento sobre essa possibilidade de arte. Uma ideia é apresentar
as obras de Giuseppe Arcimboldo e Paul Cézanne.

– Após a leitura das obras pelas crianças, pode-se propor que construam com os
alimentos, como frutas, verduras, legumes, uma obra que poderá ser uma figura humana
ou animal, ou ainda o que a criatividade das crianças permitir. Dessa forma, as crianças
poderão perceber os alimentos com sentidos além do paladar, abrangendo também o
tato, o olfato, a visão e até mesmo a audição. Após a construção dessa obra, pode-se
propor um desenho de observação.

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2. REFLEXÃO SOBRE ALIMENTAÇÃO INFANTIL
ATRAVÉS DE JOGOS E BRINCADEIRAS

OBJETIVOS

– Estimular o conhecimento das crianças sobre a alimentação em suas vidas.

– Promover experiências e descobertas alimentares.

POSSIBILIDADES DE ENCAMINHAMENTO

– Fazer uma brincadeira de roda em que as crianças deverão passar uma boneca a to-
dos os colegas. Ao mesmo tempo que seguram a boneca, deverão falar o que pode ter na
alimentação de uma criança pequena, sendo que, a cada fala das crianças, a educadora
pode interferir orientando a conversa e estimulando o aprendizado.

CMEI Xaxim – NRE BQ

À medida que forem aparecendo as questões e problematizações observadas pelo


professor, levantar assuntos como o aleitamento materno, a importância da sucção, da
mastigação e da variedade de alimentos saudáveis, nas diversas fases da infância.

CMEI Rosy Terezinha Bially – NRE BN

23
– Pode-se mostrar figuras de alimentos, relacionando-as com a alimentação servida na
unidade, e utilizá-las para desenvolver brincadeiras.

– Solicitar às crianças que desenhem os alimentos citados como nutritivos, depois


colem seus desenhos em uma panela que ficará num determinado espaço da sala para
exposição.

CMEI Vó Nazareth – NRE CJ

Lançar questões como:


– Por que comemos?
– O que comemos?
– Como devemos nos alimentar?
– Como os amigos podem colaborar contando sobre as suas preferências?

Partindo desses questionamentos, amplia-se o repertório sobre alimentação saudável.

– Proporcionar brincadeiras de adivinha tematizando frutas, como “O que é, o que é,


tem coroa mas não é rei, tem escamas mas não é peixe? Resposta: Abacaxi”, e outras que
fazem parte do contexto cultural.

– Produzir com as crianças jogos de tabuleiro envolvendo a alimentação, como neste


exemplo: o jogo consiste em uma pista/circuito contendo alimentos diversos represen-
tados nas “casas” da pista. Utilizar como peças (peões) vários carrinhos coloridos, ade-
quados ao tamanho do tabuleiro. Será necessário também um dado com números e um
cartão que simboliza um semáforo.

Verde – refere-se aos alimentos nutritivos (anda duas casas);


Amarelo – alimentos que devem ser consumidos com moderação (anda uma casa);
Vermelho – alimentos que devem ser consumidos esporadicamente (fica na mesma casa).

Citar as regras do jogo, sendo que o objetivo é conhecer e identificar alimentos de


acordo com as cores do semáforo e realizar o comando destinado a cada alimento/cor.
Antes de iniciar o jogo, faz-se um sorteio para definir a sequência dos jogadores.
Lançado o dado, o número que sair corresponde ao número de casas que
o jogador vai andar. Vence o participante que passar a linha de chegada
primeiro.

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CMEI Prof.a Lygia Carneiro – NRE SF

3. CADERNO DE RECEITAS

OBJETIVOS

– Envolver as famílias e crianças no resgate cultural do preparo de alimentos caseiros


e naturais.

– Valorizar a culinária popular e as refeições em família.

– Incentivar toda a comunidade escolar a adquirir hábitos alimentares saudáveis,


minimizando o consumo de alimentos industrializados e optando pelo essencial à saúde
e ao bem-estar.

POSSIBILIDADES DE ENCAMINHAMENTO

– Encapar um caderno e personalizá-lo com o tema alimentação.

– Selecionar duas a três receitas saudáveis possíveis de serem feitas em casa pelas
crianças, com a participação dos pais, avós e familiares.

– Informar às famílias que seu filho está elaborando com a turma um caderno de
receitas. Esse caderno será enviado à casa de cada criança, por um determinado período.

CMEI Uberaba – NRE CJ

25
– Estabelecer com as famílias e crianças algumas regras para o uso do caderno.

– O aluno que levar o caderno deve acrescentar uma receita com a ajuda de seus
familiares. Esse momento pode ser registrado com relato e/ou foto.

– Ao retornar o caderno, mostrá-lo para a turma explorando a “novidade” feita na casa


do amigo. A criança que levou o material pode contar como foi sua experiência e mostrar
as fotos.

– Para envolver ainda mais a família nessa atividade, pode-se colocar a sugestão de
receita da semana no mural do CMEI ou, ainda, promover, nos momentos de reuniões, a
degustação de algumas receitas do caderno.
Com essa atividade estimula-se a participação familiar e acrescenta-se novos estímu-
los para uma alimentação saudável.

CMEI Itapema – NRE CIC

– Ao expor o resultado do trabalho, em reuniões de pais, retomar a importância da


participação da família nas atividades, contribuindo, dessa forma, para o equilíbrio
emocional da criança.

26
4. HORTA

OBJETIVOS

– Desenvolver hábitos alimentares saudáveis com estes segmentos: gestor,


pedagogo, família, educadores, professores, agente-administrativo e profissionais da
unidade de saúde.

– Buscar soluções individuais e comunitárias em relação à alimentação saudável.

– Promover o consumo de alimentos saudáveis e valorizar atitudes relacionadas à


saúde e ao bem-estar individual e coletivo.

– Desenvolver nas crianças o gosto e o prazer por alimentos que são importantes para
uma dieta alimentar saudável.

– Resgatar e incentivar bons hábitos alimentares, por meio de trabalhos realizados


com as crianças e seus familiares.

– Disponibilizar espaços apropriados para que as crianças desenvolvam ações


independentes ao se alimentar.

POSSIBILIDADES DE ENCAMINHAMENTO

As atividades sugeridas a seguir fazem parte de um planejamento anual e são


desenvolvidas semanalmente pelas turmas do pré, mas podem ser adaptadas para a
realização em outros períodos ou turmas.

– Primeiramente, prepara-se a terra da horta para fazer o plantio com as crianças,


explicando a importância da composição do solo para o desenvolvimento das plantas.

– Sugere-se ler o livro Em Cima e Embaixo, de Janet Stevens, que oportuniza


conhecer mais sobre as hortaliças, verduras e tubérculos, ao mesmo tempo que apresenta
como plantá-los.

– Utilizar as rodas de conversas diárias para repertoriar as crianças sobre hábitos ali-
mentares, demonstrando uma diversidade de alimentos ideais para o consumo com sua
família.

– Realizar com os alunos o plantio de alimentos que nascem acima da terra. Pode-se
cultivar alface, couve, cebolinha, salsinha, tomate-cereja, entre outros, esclarecendo sobre
a necessidade de plantar, cuidar e colher. Levar a turma à horta para verificar a evolução
e o crescimento das hortaliças, lembrando de regá-la todos os dias.
27
CMEI Boa Vista – NRE BV

– Com os alimentos colhidos, preparar deliciosas saladas, sanduíches ou sucos.

– Visitar uma horta em um sítio ou em uma chácara para que as crianças observem a
dimensão de uma plantação que é utilizada para fins comerciais. Verificar se as crianças
podem colher e levar para casa legumes ou hortaliças.

– Realizar também o plantio, o cultivo, a colheita e a degustação dos alimentos que


nascem embaixo da terra, como beterraba, cenoura, batata, rabanete, entre outros.

– Pode-se estimular a compostagem, utilizando resíduos de alimentos gerados no


CMEI.

CMEI Oswaldo Cruz II – NRE CIC

– Preparar tintas com o resíduo dos alimentos. Ao fazer suco de beterraba com laranja,
limão ou maracujá, por exemplo, pede-se que reserve o resíduo da beterraba, que
serve de pigmento para as crianças enfeitarem suas produções artísticas. O mesmo
procedimento pode ser feito com o resíduo do suco verde.

– Pesquisar com as famílias receitas que utilizem os alimentos da horta do CMEI.

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CMEI Tia Chiquita – NRE BN

– Propor para as famílias oficinas culinárias com as receitas.

– Produzir, coletivamente, um livro grande com o tema Alimentação Saudável. Esse


livro poderá ser utilizado por todas as turmas da unidade para o desenvolvimento de
projetos em Educação Alimentar.

CMEI Boa Vista – NRE BV

5. ABORDAGENS EM DIAS FESTIVOS

OBJETIVOS

– Levar às crianças a perceberem influências culturais presentes na alimentação.

– Comemorar com as crianças datas especiais oferecendo preparações nutritivas.

– Reforçar a construção de hábitos alimentares saudáveis entre as crianças, além de


envolver toda comunidade escolar e interagir com a família, desenvolvendo entre os
participantes um elo com a saúde.

29
POSSIBILIDADES DE ENCAMINHAMENTO

ANIVERSÁRIO DE CURITIBA 29/03

– Trabalhar o aniversário de Curitiba e a origem do seu nome, expondo fotos da árvore


araucária e seu fruto – pinhão.

Obs.: Pode-se realizar um passeio nas redondezas da unidade para verificar se há


araucárias e, se possível, apresentar a pinha e o pinhão para os alunos.

– Exibir vídeo com curiosidades sobre as araucárias e reforçar a sua importância no


meio ambiente. Pode-se sugerir aos alunos o plantio de uma araucária na unidade ou em
suas casas.

– Após realizar o trabalho mencionado acima, propor a reprodução artística de


araucárias, disponibilizando diversos materiais.

CMEI Oswaldo Cruz II – NRE CIC

CMEI Oswaldo Cruz II – NRE CIC

– Resgatar aspectos culturais de uma festa de aniversário: o sentido da comemoração


e o ritual da festa.

– Demonstrar em calendário a data do aniversário da cidade e informar quantos anos


ela está completando. Os números relacionados à data do aniversário e à idade podem
ser trabalhados com materiais concretos.

– Sugerir a preparação de um bolo para a comemoração do aniversário da cidade.


Como a origem do seu nome está ligada à araucária, pode-se criar um bolo verde.

– Antes de iniciar a preparação do bolo deve-se mostrar e nomear para as crianças


os ingredientes que serão utilizados. Sugere-se o bolo verde, por conter valor nutricio-
nal interessante e aspectos relacionados à saúde e ao meio ambiente. Esse bolo verde
pode ser preparado em forminhas para minibolo, pois, dessa forma, facilita tanto na
maneira de servi-lo para as crianças quanto na montagem da mesa.
30
CMEI Oswaldo Cruz II – NRE CIC

RECEITA DO BOLO VERDE

– Ingredientes
4 ovos
150 ml de óleo de soja
1/2 maço de agrião
1 xícara de farinha de trigo integral
1 xícara de farinha de trigo branca
2 xícaras de açúcar
1 colher de fermento em pó
30 forminhas para minibolo (média)

– Modo de fazer
1. Bater no liquidificador os ovos, o óleo e o
agrião.
2. Despejar este caldo verde em uma vasilha
e misturar com o restante dos ingredientes.
3. Por último, acrescentar o fermento e levar
para assar por aproximadamente 30 minutos a
180o ou até que os bolos fiquem dourados.

Obs.: Após a colocação de toucas protetoras para os cabelos e a higienização das


mãos é que se inicia o preparo do bolo com as crianças.

– Organizar a montagem das ramificações da árvore araucária com os minibolos


e a montagem do tronco com bolo em forma tradicional, cortado no formato e tamanho
adequados.

CMEI Oswaldo Cruz II – NRE CIC

– Cantar parabéns para a cidade; realizar a degustação do bolo; divulgar e sugerir a


receita para a comunidade.
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ALIMENTOS COMUNS NO DIA A DIA

– Em roda de conversa, contar a lenda do milho. Após, oferecer espigas de milho para
as crianças manipularem e auxiliarem no processo de limpeza para que sejam cozidas e
degustadas. Realizar uma lista de alimentos que podem ser produzidos a partir dessa
matéria-prima e, posteriormente, elaborar registro com as crianças.

CMEI Boa Vista – NRE BV

– Em roda de conversa, contar a lenda da mandioca. Oferecer mandioca para a


manipulação e degustação. Realizar uma lista de alimentos que podem ser produzidos a
partir dessa matéria-prima e, posteriormente, elaborar registro com as crianças.

– Discutir com os alunos a relação da cultura alimentar dos índios com a própria saúde,
a forma como eles obtêm os alimentos e as influências da cultura alimentar indígena na
nossa comunidade. Pode-se mostrar fotos, trazer objetos indígenas para a sala, sugerir
receitas, entre outras ações.

COM AS PRÓPRIAS MÃOS (mães)

– Despertar nas crianças o interesse em produzir, com as próprias mãos, um presente


para as mães ou avós.

– Valorizar o trabalho artesanal e a alimentação caseira.

– Sugerir o preparo de bolachinhas, nomeadas de acordo com a ideia das crianças, que
posteriormente podem ser embaladas e entregues como presente às mães.

– Ler a receita com as crianças e estimular a participação na produção das bolachas.

CMEI Boa Vista – NRE BV

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COM AS PRÓPRIAS MÃOS (pais)

CMEI Nelson Buffara – NRE SF

– Solicitar às mães que tragam para o CMEI uma caneca.

– Sugerir o preparo de biscoitos, minibolos ou outras receitas que possam ser guardadas
na caneca que, junto a um belo cartão, será entregue com carinho para os pais.

UMA FESTA ESPECIAL

– Planejar com a equipe da unidade uma festa animada com cardápio saudável para
comemorar o Dia da Criança.

CMEI Oswaldo Cruz II – NRE CIC

– Conscientizar pais, familiares e comunidade sobre o melhor presente que podemos


oferecer às crianças: educação e desenvolvimento saudável.

– Com a ajuda de toda a comunidade, organizar uma festa saudável com alimentos
saborosos que favorecem o desenvolvimento de hábitos saudáveis de alimentação,
adquiridos ainda na infância.

– Preparar um cardápio com muitas guloseimas saudáveis, como suco natural de laranja,
limonada, espetinho de frutas, sanduíche natural, salgados variados assados, doces de
uva e morango com cobertura de chocolate, maçã do amor e mesa decorada com frutas.
Muitas dessas opções poderão ser consumidas, inclusive, pelas crianças do berçário.

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CMEI Oswaldo Cruz II – NRE CIC

CMEI Vó Anna – NRE PN

– Caso a unidade possua horta, utilizar os alimentos produzidos no local para a


preparação de alguma receita, informando às crianças sobre a origem daquele alimento
e valorizando os cuidados que tiveram com essa produção.

CMEI Oswaldo Cruz II – NRE CIC

– Propor brincadeiras, danças ou gincanas para os alunos comemorarem o Dia das


Crianças com muita alegria.

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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

“A criança que aprende que a comida adequada faz bem a seu corpo, assim como
ouvir boas histórias agrada à alma, sabe esperar e suportar frustrações, o que é
fundamental para viver bem em sociedade” (TIBA, 2002).
Em conjunto com a alimentação saudável, os bons hábitos de higiene, a reciclagem,
os sinais de alerta para desnutrição, a obesidade, a anemia e outros problemas de saúde
relacionados aos alimentos podem ser trabalhados pelos educadores e familiares.
Ressaltamos que as crianças que frequentam os CMEIs da Rede Municipal de Ensino
recebem uma alimentação balanceada, seguindo os princípios do Programa Nacional
da Alimentação Escolar (PNAE), a qual supre no mínimo 70% das necessidades
nutricionais diárias. As nutricionistas da Gerência de Alimentação, que pertencem
ao Departamento de Logística da Secretaria Municipal da Educação, desenvolvem
os cardápios da alimentação escolar, e as conferentes da alimentação, nas unidades
educativas, acompanham a qualidade e quantidade das refeições.
Nesse sentido, os educadores e professores precisam assumir posturas adequadas
e ações de incentivo ao consumo saudável, não somente nas atividades planejadas,
mas também nos períodos das refeições. O momento da refeição deve ser tratado
como algo prazeroso e necessário para a saúde da criança, sem pressa, sem
recompensas e sem atividades paralelas. Os casos de irregularidades constatados pelo
educador, na alimentação servida no CMEI, devem ser informados ao gestor e ao
conferente da alimentação da unidade para que providências sejam tomadas junto à
Gerência de Alimentação.

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AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO
ALIMENTAR

Trata-se de uma avaliação comportamental que verifica o trabalho com a educação


alimentar por meio de ações da própria criança, como nos seguintes casos: passar a
consumir alimentos que antes não conhecia ou não lhe despertavam interesse; identificar
os alimentos pelo nome; reconhecer os efeitos dos alimentos em seu organismo; refletir
sobre aspectos que interferem diretamente na sua saúde.
Também é importante uma avaliação contínua das atividades, conforme característi-
cas peculiares da educação infantil. Essa avaliação fica sob a responsabilidade do profes-
sor e do educador que devem observar por meio de produções, como recorte, colagem,
desenho, o aprendizado do aluno e, ainda, sua mudança de atitude diante dos alimentos.

CMEI Pimpão – NRE PR

Ações como fotografar, filmar ou anotar relatos e/ou atitudes das crianças nos
momentos da refeição, dividindo essas informações com as famílias e a equipe pedagógica,
constituem-se em importantes ferramentas para analisar os progressos alcançados pelas
crianças, por meio das atividades relacionadas ao tema alimentação. A construção de
gráficos com as preferências alimentares das crianças também constitui-se em uma
ferramenta interessante.

CMEI Professora Lygia Carneiro – NRE SF

Resultados positivos nem sempre são atingidos de imediato, pois a Educação


Alimentar e Nutricional possui a característica de apresentar resultados a longo prazo.
Porém, uma vez apreendidos, os bons hábitos alimentares serão incorporados durante
toda a vida.
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38
PALAVRAS FINAIS

Com este material, esperamos encorajar muitos profissionais a elaborarem ou


prosseguirem com as ações de Educação Alimentar e Nutricional, que certamente
refletirão em saúde para todos os envolvidos.
Agradecemos e parabenizamos as unidades, as diretoras, as pedagogas, as educadoras
e as professoras que contribuíram com este caderno, elencando práticas educativas com o
tema alimentação saudável e cedendo imagens para ilustrar o material. Este caderno
reúne apenas uma pequena amostra dos excelentes trabalhos de Educação Alimentar
que vêm sendo desenvolvidos na educação infantil.
As nutricionistas da Gerência de Alimentação colocam-se à disposição para auxiliar a
todos os profissionais da educação que pretendam trabalhar com a Educação
Alimentar e Nutricional em suas unidades, bem como os convida a participar dos
cursos de formação continuada e eventos relacionados à alimentação e à saúde.

CONTATO
e-mail: alimentacao@sme.curitiba.pr.gov.br

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REFERÊNCIAS

ALVAREZ, L. Além da Nutrição. Revista EI Educação Infantil, n. 11, p. 38-43, out./ 2014.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Marco de referência


da educação alimentar e nutricional para as políticas públicas. Brasília, 2012.

CURITIBA. Secretaria Municipal da Educação. Diretrizes Curriculares para a Educação


Municipal de Curitiba. Volume 2: Educação Infantil. Curitiba: SME, 2006.

______. ______. Parâmetros e Indicadores de Qualidade para os Centros Municipais de


Educação Infantil. Curitiba: SME, 2009.

______. ______. Parâmetros e Indicadores de Qualidade para as Escolas Municipais que


ofertam Educação Infantil. Curitiba: SME, 2009.

LOPES, K. R.; MENDES, R. P.; FARIA, L. B. F. Coleção Proinfantil, Módulo II, Unidade 4,
Livro de Estudo, vol. 2. Brasília: MEC, 2005.

PAULA, E. M. A. T.; OLIVEIRA, Z. M. R. Comida, Diversão e Arte: o coletivo infantil no


almoço na creche. USP, 1994.

TIMA, I. Quem Ama, Educa! São Paulo: Gente, 2002.

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FICHA TÉCNICA

DEPARTAMENTO DE LOGÍSTICA
Maria Cristina Brandalize

GERÊNCIA DE ALIMENTAÇÃO
Maria Rosi Marques Galvão

EQUIPE GERÊNCIA DE ALIMENTAÇÃO


Carlos Eduardo dos Santos
Elizabeth Terezinha Carvalho
Fabiana Eufrasie de Oliveira Ribeiro
Jucy Terezinha Bueno Swain
Juli Ane Gervásio Veronezi
Liziane Mery Laufer Rodrigues
Nelson Yukio Nakagawa
Tabata Roberta Garagnani Gomes
Vanessa Pereira Prestes

REDAÇÃO
Jucy Terezinha Bueno Swain
Liziane Mery Laufer Rodrigues
Maria Rosi Marques Galvão

DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E DIFUSÃO EDUCACIONAL


Marlon Misael Terres

GERÊNCIA DE APOIO GRÁFICO


Lilian Fernanda de Christo

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO


Thieny Cleto Camargo

REVISÃO
Rosângela Carla Pavão Pereira
Sueli Vieira dos Santos

ESTAGIÁRIA DA REVISÃO
Erica Pego de Almeida

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