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COMPETIÇÃO
BRASILEIRA DE
ARBITRAGEM
“PETRÔNIO MUNIZ”
Segunda Edição
CASO COMPLETO
(com esclarecimentos
e correções)
[Type the abstract of the document here. The abstract is typically a short
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here. The abstract is typically a short summary of the contents of the
document.]
CASO1
1 Todos os eventos e personagens citados neste caso são fictícios e qualquer semelhança com
eventos ou personagens reais é mera coincidência.
2 O teor da Lei 1.523/02 é idêntico ao da Lei Estadual de Minas Gerais nº 14.868/03.
2
com a minuta constante do edital entre o Estado e a BACAMASO Gestão Prisional
S/A, sociedade de propósito específico, tal como exigido pelo Edital [Anexo 2].
11. Alguns meses depois, no entanto, o relatório bimestral da Colorado referente aos
meses de setembro e outubro, divulgado em novembro de 2010, qualificou a
prestação do serviço de alimentação como “Ruim” [Anexo 5]. Em 9 de dezembro
de 2010, um conceituado jornal de alcance nacional noticiou, a partir de reclamação
da Associação dos Familiares dos Presidiários de Vila Rica (“AFAP-VR”), uma
significativa queda na qualidade da alimentação oferecida aos detentos do
Complexo, que teria atingido “níveis humanamente inaceitáveis” [Anexo 6].
3
12. Seguindo a repercussão nacional da notícia, que gerou grande e continuada
discussão em outros meios de comunicação e diversas manifestações de vários
setores da sociedade nos dias subsequentes, o Estado, sem prévia notificação ao
particular, decidiu intervir na concessão, por meio do decreto nº 2.342, de 23 de
dezembro de 2010, a fim de garantir a adequação da prestação do serviço, bem
como o fiel cumprimento das normas contratuais, regulamentares e legais. Segundo
o decreto, o Estado passaria a prover diretamente a alimentação no complexo, de
modo que não mais remuneraria o Consórcio no montante parcial referente ao
serviço de alimentação. Dessa forma, o valor máximo da remuneração por detento
passaria de R$ 2.240,00 para R$ 1.870,00 [Anexo 7].
15. Em 27 de janeiro de 2011, a Auditoria Geral do Estado de Vila Rica, após devida
condução de processo administrativo de revisão dos atos do Estado, decidiu anular
o aditivo contratual que nomeava a CAMARB como instituição arbitral [Anexo 9].
16. No dia 28 de janeiro, a Secretaria Geral da CAMARB enviou ao Estado de Vila Rica
cópia da Solicitação de Arbitragem [Anexo 10]. O ente estatal apresentou resposta
em 1º de fevereiro de 2011, contestando a jurisdição do juízo arbitral para resolver a
disputa, ante a não-arbitrabilidade da matéria controvertida, a invalidade do termo
aditivo que alterou a cláusula 37 do Contrato de Concessão e a não exaustão da via
administrativa antes do recurso à arbitragem. No mérito, argumentou não tratar a
intervenção de questão contratual, mas de prerrogativa legal do Estado como Poder
Público, guardião do interesse público [Anexo 11].
4
Pública, ainda que nunca tivesse atuado como árbitro, nem integrasse a lista da
CAMARB. Os dois árbitros nomeados confirmaram sua disponibilidade e interesse
para atuar no procedimento arbitral, firmaram declaração de não impedimento e
responderam ao questionário enviado pela Secretaria Geral da CAMARB [Anexo
12]3.
20. Apesar dos fortes protestos do Estado, em 2 de maio de 2011, foi realizada
audiência para assinatura do Termo de Arbitragem [Anexo 15], em que ficaram
definidos os pedidos das partes que serão objeto de decisão pelo juízo arbitral, a
saber:
(B) O Dr. Ezequiel Escobar não é apto a atuar como árbitro na presente arbitragem;
(C) O Estado de Vila Rica violou disposições do Contrato de Concessão ao intervir na execução de
serviços a cargo da Requerente, ensejando direito da Requerente a ressarcimento, bem como à
retomada da execução dos serviços que foram objeto da intervenção.
3 As declarações de não impedimento e Respostas aos questionários foram preenchidas de forma idêntica por
todos os árbitros.
4 O teor da Lei é idêntico ao da Lei Estadual de Minas Gerais nº 19.477/11.
5
A Requerida pede seja reconhecido que:
(A) O Juízo Arbitral não possui jurisdição para apreciar a presente controvérsia uma vez que:
i) a controvérsia não pode ser submetida ao juízo arbitral;
ii) o termo aditivo que nomeia a CAMARB é inválido;
iii) a pendência de procedimento administrativo referente à intervenção obsta o recurso à
arbitragem.
(B) Caso se admita a jurisdição do Tribunal Arbitral, o Dr. Ezequiel Escobar é apto a atuar
como árbitro na presente arbitragem;
(C) A Requerida não violou disposições do Contrato de Concessão ao intervir na execução dos
citados serviços, por tratar tal intervenção de mero exercício de prerrogativas do Estado como Poder
Público, de modo que não faz a Requerente jus a ressarcimento algum.”
21. O Termo de Arbitragem determinou que o Tribunal proferirá decisão tratando das
questões relativas à sua jurisdição, de modo que as partes deverão apresentar
alegações iniciais referentes apenas aos pedidos (A) e (B) até o dia 29 de agosto de
2011, de acordo com as Regras da Competição Brasileira de Arbitragem Petrônio
Muniz. Ficou ajustado, ainda, no Termo, que as audiências a tratar das questões de
jurisdição do Tribunal Arbitral serão realizadas nos dias 14, 15 e 16 de outubro de
2011, também segundo o disposto naquelas Regras.
6
RELAÇÃO DE ANEXOS
7
ANEXO 1
[...]
PERGUNTA 15
8
ANEXO 2
PREÂMBULO
[...]
[...]
9
SISTEMA DE MENSURAÇÃO DE DESEMPENHO E
DISPONIBILIDADE: conjunto dos medidores utilizados para a mensuração da
disponibilidade e do desempenho operacional da CONCESSIONÁRIA, com a
definição do padrão aceitável e das cominações para o caso de não conformidade na
execução do CONTRATO, visando a servir como base de cálculo para o
pagamento da CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA MENSAL por UNIDADE
PENAL.
[...]
[...]
[...]
[...]
10
15.4. A CONCESSIONÁRIA deverá observar os parâmetros e medidores
estabelecidos no SISTEMA DE MENSURAÇÃO DE DESEMPENHO E DE
DISPONIBILIDADE, anexo a este CONTRATO.
11
e) Fornecimento de material de escritório;
h) Fornecimento do combustível;
i) Disponibilização de medicamentos;
[...]
12
c) fornecer todos os elementos técnicos necessários ao desenvolvimento da
CONCESSÃO ADMINISTRATIVA que estejam disponíveis ao PODER
CONCEDENTE;
[...]
[...]
[...]
13
q) realizar programas de treinamento de seu pessoal, visando ao constante
aperfeiçoamento deste para a adequada exploração da CONCESSÃO
ADMINISTRATIVA;
[...]
[...]
14
de sua responsabilidade, sendo a sua correta avaliação considerada risco exclusivo da
CONCESSIONÁRIA;
III - gestão ineficiente dos seus negócios, inclusive aquela caracterizada pelo
pagamento de custos operacionais e administrativos incompatíveis com os
parâmetros verificados no mercado;
25.6. O disposto no item 25.5 não se aplicará nos casos em que o PODER
CONCEDENTE tenha contribuído, ao menos culposamente, para as variações a
maior dos custos em questão.
37.1. De conformidade com o art. 13, da Lei Estadual nº 1.523/02, art. 11, III, da
Lei Federal nº 11.079/04, bem como a Lei Federal nº 9.307/96, as controvérsias
e/ou disputas decorrentes do presente CONTRATO ou com este relacionadas, que
não puderem ser resolvidas amigavelmente entre as PARTES e cuja apreciação não
seja da competência exclusiva do Poder Judiciário, serão definitivamente dirimidas
por meio da arbitragem.
15
termos em vigor à data de submissão da questão, até que uma decisão final seja
obtida relativamente à matéria em causa.
37.3 A arbitragem será conduzida por 03 (três) árbitros que serão escolhidos dentre
pessoas naturais, de reconhecida idoneidade e conhecimento da matéria objeto da
controvérsia. Cada PARTE nomeará um árbitro, devendo o terceiro árbitro ser
nomeado em conjunto pelos co-árbitros nomeados ou, caso estes não cheguem a
um acordo quanto à indicação do terceiro árbitro, esse será nomeado pelo
órgão/entidade arbitral contratado.
37.3.2. Os árbitros deverão ser profissionais sem vínculo com as PARTES, não
podendo estar enquadrados nas situações de impedimento e suspeição previstas na
Lei Federal nº 5.869/73 (Código de Processo Civil) para autoridades judiciais, e
deverão proceder com imparcialidade, independência, competência e discrição,
aplicando-lhes, no que couber, o disposto do Capítulo III, da Lei Federal nº
9.307/96.
37.5 A arbitragem terá lugar na cidade de Beagá, capital de Vila Rica, em cujo foro
serão ajuizadas, se for o caso, as ações necessárias para assegurar a sua realização e a
execução da sentença arbitral.
CLÁUSULA 38 – DA INTERVENÇÃO
[...]
16
38.1.3. Inadequações, insuficiências ou deficiências graves e reiteradas dos serviços e
atividades prestados e das obras executadas, caracterizadas pelo não atendimento
dos parâmetros de desempenho previstos neste CONTRATO, não resolvidas em
prazo fixado pelo PODER CONCEDENTE para regularização da situação;
[...]
38.6. O procedimento a que se refere o item anterior será conduzido pelo PODER
CONCEDENTE e deverá ser concluído no prazo de 90 (noventa) dias,
prorrogáveis, excepcionalmente, por 90 (noventa) dias.
17
38.7. Caso assim não seja, considerar-se-á inválida a intervenção, devolvendo-se à
CONCESSIONÁRIA a CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, sem prejuízo de seu
direito à indenização.
38.9. A função de interventor poderá recair sobre agente dos quadros do PODER
CONCEDENTE, pessoa especificamente nomeada, colegiado ou empresa,
assumindo a CONCESSIONÁRIA os custos da remuneração.
[...]
PARTES:
CONCESSIONÁRIA
18
ANEXO 3
37.1. Em conformidade com o art. 13, da Lei Estadual nº 1.523/02, art. 11,
III, da Lei Federal nº 11.079/04, bem como a Lei Federal nº
9.307/96, as controvérsias e/ou disputas decorrentes do presente
CONTRATO ou a este relacionadas, que não puderem ser resolvidas
amigavelmente entre as PARTES, e cuja apreciação não seja da
competência exclusiva do Poder Judiciário, serão definitivamente
dirimidas por meio da arbitragem.
19
CONTRATO, e das determinações do PODER CONCEDENTE
que no seu âmbito sejam comunicadas e recebidas pela
CONCESSIONÁRIA previamente à data de submissão da questão à
arbitragem, até que uma decisão final seja obtida relativamente à
matéria em causa.
CONCESSIONÁRIA
Testemunha 1 Testemunha 2
Nome: Nome:
CPF: CPF:
20
ANEXO 4
PORTAL PPP
O Complexo Prisional de Córrego das Chuvas, cuja operação foi recentemente iniciada
pela BACAMASO Gestão Prisional S/A, vencedora do Edital de PPP publicado pelo
Governo do Estado em 14 de março de 2006, apresentou resultados excepcionais no
primeiro relatório bimestral de auditoria elaborado por Colorado Auditores
Independentes.
O Governo do Estado, dessa forma, demonstra os benefícios deste tipo de parceria para
os cidadãos de Vila Rica.
21
ANEXO 5
Colorado
AUDITORES INDEPENDENTES
Prezado Gestor,
(...)
22
auditado. Os alimentos muitas vezes chegavam com data de validade expirada e não
houve qualquer método de conservação dos alimentos perecíveis. Tal fato, inclusive, pode
ter contribuído para o aumento de 56% nos atendimentos do posto médico do
Complexo, merecendo análise específica no futuro. Por este motivo, atribuímos o nível
RUIM ao critério “fornecimento e conservação de alimentos”.
(...)
Cordialmente,
(assinado)
COLORADO AUDITORES INDEPENDENTES
Peter C. Colorado
23
ANEXO 6
A NAÇÃO
Quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
24
ANEXO 7
O GOVERNADOR DO ESTADO DE VILA RICA, no uso de atribuição que lhe confere o inciso VII do art.
5
90, da Constituição do Estado ;
2. Considerando que o Poder Concedente deve adotar medidas acautelatórias para assegurar a
continuidade da prestação dos serviços públicos, de forma adequada, eficiente e em
conformidade com os direitos fundamentais garantidos pela Constituição da República
Federativa do Brasil;
DECRETA
Art. 1º - Fica decretada a intervenção na Concessão objeto do Contrato nº 02/06, que institui e
regulamenta a exploração mediante concessão administrativa da construção e gestão do Complexo Penal
de Córrego das Chuvas pela BACAMASO Gestão Prisional S/A.
Art. 2º - A intervenção referida no artigo anterior tem por objetivo restabelecer a adequada e eficiente
prestação do serviço de alimentação no Complexo, bem como assegurar o fiel cumprimento das normas
contratuais e legais pertinentes, podendo ser adotadas todas as medidas necessárias a garantir a
continuidade dos serviços.
Art. 3º - Fica determinado que o Estado de Vila Rica, através da Subsecretaria de Administração Prisional
da Secretaria do Estado de Defesa Social, exercerá diretamente as funções relativas à prestação de
serviços de alimentação aos detentos do Complexo Prisional de Córrego das Chuvas.
§ 2º - A Contraprestação Pecuniária Cheia pelo fiel cumprimento das previsões contratuais passa a
ser de R$ 1.870,00 (mil oitocentos e setenta reais) por detento ao mês.
Art. 4º - A intervenção de que trata este Decreto será exercida por Roger Mancini, subsecretário da
Subsecretaria de Administração Prisional da Secretaria do Estado de Defesa Social, sem prejuízo das
§ 1º - O Interventor referido no caput deste artigo fica investido, de imediato, em suas funções,
cumprindo-lhe adotar as providências para a promoção dos necessários registros decorrentes da
intervenção.
Art. 5º - A presente intervenção terá prazo de 180 (cento e oitenta) dias, prorrogável por igual período,
caso subsistam as razões que a determinaram.
Art. 6º - A intervenção poderá ser revogada antes do prazo estabelecido, desde que cessados os motivos
que a determinaram.
Palácio da Liberdade, em Beagá, aos 23 dias do mês de dezembro do ano de 2010; 222° da
Inconfidência de Vila Rica e 189º da Independência do Brasil.
26
ANEXO 8
I – Solicitante
Qualificação:
Endereço:
II - Parte Contrária
Qualificação:
Endereço:
[...]
27
foram objeto da intervenção.
V - Documentos Anexados:
[...]
Declaro-me ciente de que o valor fixado para fazer face às despesas iniciais do
procedimento arbitral até a celebração do compromisso arbitral/termo de
arbitragem, no valor de R$2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), não está sujeito a
reembolso.
_______________________________________
28
ANEXO 9
DECIDE:
Quincas Borba
Auditor-Geral do Estado
29
ANEXO 10
Prezado Senhor,
Atenciosamente,
30
ANEXO 11
31
6. Nesses termos, o Estado de Vila Rica requer o acolhimento
desta preliminar, reconhecendo o Tribunal Arbitral a inexistência de jurisdição.
II – Do Mérito
[...]
Olavo Beviláqua
Procurador do Estado de Vila Rica
32
ANEXO 126
Atenciosamente,
EZEQUIEL ESCOBAR
34
CAMARB - CÂMARA DE ARBITRAGEM EMPRESARIAL – BRASIL
Questionário
Em razão do disposto nos artigos 13, §6° e 14, da Lei n° 9.307, de 23.09.96, que dispõe sobre arbitragem
são formuladas ao Sr. Árbitro Indicado as seguintes questões:
2. Alguma vez atuou sob qualquer forma, ou qualidade, na defesa dos interesses das partes no processo
em que está sendo indicado para atuar como árbitro? E em relação à outra parte?
Resposta: Não
3. Já foi empregado, consultor externo ou atuou como perito judicial ou extrajudicial para alguma das
partes neste processo? E em empresa que exerce ou exerceu atividade profissional?
Resposta: Não
6. Tendo sido contatado por uma das partes emitiu julgamento prévio da questão a ser dirimida na
arbitragem?
Resposta: Não
7. Mantém alguma relação de negócio com qualquer das partes no processo ou de testemunha potencial
para o caso?
Resposta: Não
8. Algum membro de sua família ou de sua empresa mantém ou manteve relações comerciais com
alguma das partes no procedimento arbitral?
Resposta: Não
9. Alguma vez já atuou como árbitro ou perito judicial? Cite, se possível, as questões tratadas.
Resposta: Sim
__________________________
Assinatura
35
ANEXO 13
Pede deferimento.
Beagá, 18 de fevereiro de 2011
_____________________________________
Teixeira de Freitas
36
ANEXO 14
Atenciosamente,
37
CAMARB - CÂMARA DE ARBITRAGEM EMPRESARIAL – BRASIL
DELIBERAÇÃO DA DIRETORIA
38
ANEXO 15
TERMO DE ARBITRAGEM
ARBITRAGEM Nº 06/11
A) REQUERENTES:
B) REQUERIDA:
II – ÁRBITROS
A) Pelas REQUERENTES:
B) Pela REQUERIDA:
39
Profissão: Advogada
(B) O Dr. Ezequiel Escobar não é apto a atuar como árbitro na presente
arbitragem;
Pleitos da REQUERIDA:
(A) O Juízo Arbitral não possui jurisdição para apreciar a presente controvérsia
uma vez que:
i) a controvérsia não pode ser submetida ao juízo arbitral;
ii) o termo aditivo que nomeia a CAMARB é inválido;
iii) a pendência de procedimento administrativo referente à
intervenção obsta o recurso à arbitragem.
4.1 As Partes decidiram que o procedimento arbitral será conduzido de acordo com as
regras do Regulamento de Arbitragem da CAMARB vigentes no momento da
realização de cada ato processual, ao qual se acrescerá o disposto nesta convenção.
Não será aplicada a regra de sigilo, prevista no art.12.1 do Regulamento, devendo ser
respeitado, no entanto, dever de discrição pelas partes, árbitros e demais envolvidos.
40
4.2 A CAMARB, órgão institucional de solução extrajudicial de controvérsias, possui
sede em Belo Horizonte, Minas Gerais, na Rua Paraíba, nº 1.000, 16º andar,
Funcionários, cujo Estatuto encontra-se registrado no Cartório de Registro Civil das
Pessoas Jurídicas de Belo Horizonte, sob o nº 28, no registro 105.736, livro A, em
03/12/08.
4.3 Todas as peças processuais e documentos apresentados pelas partes devem ser
enviadas à Secretaria Geral da CAMARB no endereço eletrônico
competicao@camarb.com.br, que serão remetidas aos árbitros e aos procuradores
das partes.
4.4 Os prazos regimentais e aqueles fixados pelo Tribunal Arbitral terão início no dia
útil subseqüente à data do recebimento da correspondência que for enviada pela
Secretaria Geral da CAMARB, constante do Aviso de Recebimento ou do comprovante
de entrega pessoal que acompanhará a mesma. Caso a correspondência seja
entregue na sexta – feira, o início da contagem do prazo se dará na terça-feira.
Feriados e dias não úteis são excluídos do cálculo do prazo inicial. Caso o último dia
do prazo for feriado ou dia não útil, o prazo vencerá no primeiro dia útil seguinte.
4.4.1 Não obstante o início da contagem dos prazos dar-se a partir do primeiro dia útil
subseqüente à data do recebimento da correspondência acima referida, as partes e a
Secretaria Geral da CAMARB se comprometem a enviar, por mensagem eletrônica (e-
mail), as peças processuais (petições, intimações, decisões etc), simultaneamente ao
envio do documento original.
V - LOCAL DA ARBITRAGEM
5.1 O procedimento arbitral terá lugar na cidade de Beagá, Capital do Estado de Vila
Rica, em local previamente comunicado às partes, onde será proferida a sentença
arbitral.
7.1 A sentença arbitral será proferida no prazo de até 30 (trinta) dias, a contar do
término do prazo para apresentação das alegações finais das partes, podendo esse
prazo ser prorrogado por mais 30 (trinta) dias por decisão do Tribunal Arbitral, sem
prejuízo dos demais prazos estabelecidos para o procedimento arbitral no
Regulamento de Arbitragem.
VIII - IDIOMA
41
9.1 O valor do litígio, estimado pela Requerente, perfaz um total de R$4.750.000,00
(quatro milhões, setecentos e cinqüenta mil reais). Nos termos do Regulamento de
Arbitragem e da Tabela de Taxa de Administração e Honorários dos Árbitros da
CAMARB, as despesas da arbitragem referentes à Taxa de Administração serão de
R$37.675,00 (trinta e sete mil, seiscentos e setenta e cinco reais) e os Honorários dos
Árbitros serão no valor de R$193.961,25 (cento e noventa e três mil, novecentos e
sessenta e um reais e vinte e cinco centavos), cabendo R$70.811,25 (setenta mil,
oitocentos e onze reais e vinte e cinco centavos) à presidente do Tribunal Arbitral e
R$61.575,00 (sessenta e um mil quinhentos e setenta e cinco reais) a cada co-árbitro.
9.3 A CAMARB emitirá recibos de caução relativos ao pagamento dos honorários dos
árbitros, valores estes que ficarão sob sua guarda. Posteriormente, quando do efetivo
pagamento aos árbitros dos respectivos honorários, documentos comprobatórios
desse pagamento serão emitidos, em nome das partes, por aqueles árbitros ou
sociedades de que façam parte, fazendo-se, no ato, as retenções que forem
pertinentes.
9.5 As partes concordam que o valor econômico real e definitivo do litígio será
determinado pelo Tribunal Arbitral, com base nos elementos produzidos durante a
arbitragem. Na hipótese do referido valor definitivo ser superior ou inferior ao valor
atribuído pelas partes, proceder-se-á à respectiva correção, devendo as partes
responsáveis, se for o caso, complementar a taxa de administração e os honorários
dos árbitros, inicialmente depositados, conforme os valores estabelecidos na Tabela
de Taxa de Administração e Honorários dos Árbitros da CAMARB; ou serem as partes
reembolsadas dos referidos valores pagos a maior.
10.1 Por ocasião da presente audiência foi tentada, sem sucesso, a conciliação entre
as partes, em observância ao artigo 21, parágrafo 4º da Lei de Arbitragem (Lei
9.307/96). Se as partes, a qualquer momento, chegarem a uma composição amigável,
poderão requerer ao Tribunal Arbitral que designe audiência específica de conciliação
e/ou que a homologue mediante sentença arbitral, nos termos do artigo 28 da Lei de
Arbitragem.
42
de Arbitragem Petrônio Muniz. Em seguida, determinou, ainda, que as audiências a
tratar das questões de jurisdição do Tribunal Arbitral serão realizadas nos dias 14, 15
e 16 de outubro de 2011, também segundo o disposto naquelas Regras.
XI – DISPOSIÇOES FINAIS
Assinaturas:
REQUERENTE: PROCURADOR:
_______________________ _______________________
BACAMASO Gestão Prisional S/A Teixeira de Freitas
REQUERIDA: PROCURADOR:
_______________________ _______________________
Estado de Vila Rica Olavo Beviláqua
TRIBUNAL ARBITRAL:
_________________________
Dra. Capitu Santiago
ÁRBITRA PRESIDENTE
_______________________ _______________________
Dr. Ezequiel Escobar Dr. Bento Casmurro
ÁRBITRO ÁRBITRO
43
CAMARB – CÂMARA DE ARBITRAGEM EMPRESARIAL – BRASIL:
_____________________________
Felipe Ferreira M. Moraes
SECRETÁRIO GERAL
Testemunhas:
1) _________________________
Nome:
CPF:
Endereço:
2) _________________________
Nome:
CPF:
Endereço:
44
ANEXO 16
ORDEM PROCESSUAL Nº 01
O artigo 38.1.3.1 do Contrato de Concessão Administrativa (Anexo 2) passa a vigorar com a seguinte
redação: “A inobservância reiterada de atendimento das metas de desempenho se configura pela permanência
da CONCESSIONÁRIA por 04 (quatro) avaliações consecutivas na faixa de mínima da variação do
IBD, ou seja, 0,8 (oito décimos)”.
45
resposta do item 9 do Questionário enviado pela CAMARB por ele
preenchido? Os itens do questionário foram respondidos de forma idêntica pelos três árbitros,
como disposto no anexo 12, à exceção do Dr. Ezequiel Escobar que foi o único a responder
“NÃO” no item 9.
6. Qual o valor estimado do Contrato? De acordo com a cláusula 12.1 “O valor estimado
do contrato é de R$ 2.111.476.080,00 (dois bilhões e cento e onze milhões e quatrocentos e
setenta e seis mil e oitenta reais), calculado com base na soma dos valores nominais, constantes em
valores de 2006, da contraprestação pecuniária mensal e da parcela anual de desempenho,
calculadas com base no teto do valor da vaga dia disponibilizada e ocupada em unidade de regime
fechado, ao longo do período de concessão administrativa.”
46
14. O processo administrativo a que se refere o parágrafo 15 do Caso, realizado
pela Auditoria Geral do Estado, dizia respeito apenas à celebração do Termo
Aditivo que alterou a cláusula 37 do Contrato? Sim. A concessionária participou
também deste processo, sendo-lhe garantido o contraditório.
Esta Ordem Processual foi objeto de deliberação conjunta e unânime dos membros do
Tribunal Arbitral.
47