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Discentes:
Fernando Henrique Gomes Zucatelli
Leonel Allan Gomes Gervasio
Manuela Petagna
Raian Bolonha Castilho Spinelli
Turma: A/Diurno
1. RESUMO ........................................................................................................................... 2
2. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3
3. OBJETIVOS ....................................................................................................................... 4
4. PARTE EXPERIMENTAL ................................................................................................ 4
4.1. Materiais ...................................................................................................................... 4
4.2. Métodos ....................................................................................................................... 4
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 5
6. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 11
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 12
8. APÊNDICES .................................................................................................................... 13
8.1. Deduções matemáticas ............................................................................................... 13
8.2. Medidas de Dispersão ................................................................................................ 13
8.3. Aplicação em engenharia ........................................................................................... 13
8.4. Folha de dados ........................................................................................................... 14
8.5. Questões ..................................................................................................................... 15
2
1. RESUMO
Dentre os materiais que existem, sólidos, líquidos e gases, os sólidos são
aqueles que podem ser dimensionados de forma mais precisa e assim determinar
seu volume. O dimensionamento de sólidos se dá a partir de instrumentos de
medida e estes devem ser escolhidos de acordo com o tipo de material que será
utilizado. No experimento realizado foram utilizados régua, paquímetro e micrômetro
para análise de qual instrumento seria mais vantajoso no procedimento proposto,
sendo que foram analisados 6 objetos diferentes. Para medir a massa foi utilizada
uma balança digital. No desenvolvimento dos cálculos foi escolhida uma das peças
para se determinar a densidade e assim qual seria seu material constituinte. A peça
escolhida foi a esfera e ao final, com o valor densidade 2,51 ± 0,02 g/cm³, foi
identificada como sendo de vidro (2,00 a 2,9 g/cm³). Logo é possível distinguir
materiais apenas a partir de suas dimensões e massa.
3
2. INTRODUÇÃO
Dentre os três principais estados fundamentais da matéria, sólido, líquido e
gasoso, o sólido é aquele que possui um volume definido e, portanto, é possível que
facilmente sejam determinadas suas dimensões, posteriormente, seu volume e, a
partir do conhecimento de sua massa, a densidade [1].
Para determinar as dimensões de dado sólido é necessário utilizar um
instrumento de medida que se aplique ao material e à precisão necessária. Alguns
materiais podem necessitar de até mais de um tipo de instrumento de medida, um
exemplo é o fio de cabelo, cujo comprimento pode ser medido por uma régua,
entretanto seu diâmetro deve ser medido por um instrumento mais preciso como o
micrômetro.
A cada instrumento de medida é associado um erro, no caso de instrumentos
digitais, este é descrito no manual de acordo com o fabricante (como uma balança
ou um multímetro digital) e no caso de instrumentos analógicos, o erro é a metade
da menor divisão do instrumento (no caso da régua é 1mm/2 = 0,5mm)
A partir da obtenção das medidas das dimensões de um sólido qualquer é
possível determinar seu volume. Cada sólido tem uma equação específica, algumas
dessas equações podem ser vistas na Tabela 1.
Tabela 1 – Volume de alguns sólidos.
Sólido Equação do Volume
D2
Cilindro V = π R2 A = π A (1)
4
Paralelepípedo V = L.C. A (2)
4 4 D3 D3
Esfera V = π R3 = π =π (3)
3 3 8 6
Lâmina V = L.C.E (4)
L: Largura; C: Comprimento; A: Altura; E: Espessura; V:Volume
O volume e a densidade são valores que advém das medições feitas pelos
instrumentos de medida e assim os erros associados a eles são propagados a partir
dos valores iniciais. (apêndice 8.1)
A partir da determinação da densidade do sólido estudado e também de
características visuais (para materiais muito diferentes) é possível saber qual o
material constituinte do sólido. A Tabela 10 do apêndice 8.4 fornece a densidade de
alguns materiais para comparação neste experimento.
3. OBJETIVOS
O objetivo deste experimento é praticar medições com paquímetro e
micrômetro analógicos e balança digital avaliando suas incertezas. Usando-os para
medir a massa e dimensões de peças de diferentes formatos e materiais com intuito
de calcular o volume e densidade das peças para identificar seu material. Também é
objetivo calcular as incertezas associadas ao volume e a densidade a partir das
incertezas das medições.
4. PARTE EXPERIMENTAL
4.1. Materiais
Peças em formato de cilindro, paralelepípedo, esfera, cilindro com furo
passante (tubo). Balança digital Shimadzu AW220. Régua milimétrica de 300 mm
sem identificação de marca. Paquímetro universal analógico Pantec 150 mm res.:
0,02 mm. Micrômetro Pantec IP54 0-25 mm res.: 0,001mm.
4.2. Métodos
Inicialmente mediu-se 5 vezes cada umas das dimensões das peças,
alternando-se os operadores. Esse procedimento foi repetido com todos os
instrumentos de medição, sendo dada a preferência da primeira medição para a
régua ou o paquímetro, devido a limitação da capacidade do micrômetro. Com o
micrômetro não foram realizadas as medidas das alturas dos cilindros, justamente
devido a sua capacidade não permitir que esta medição seja realizada, tal como a
medição do diâmetro interno do cilindro com orifício, pois o micrômetro utilizado
destina-se apenas a medições externas.
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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir dos instrumentos de medida, foi possível medir os valores das
dimensões dos sólidos de análise e sua massa, sendo estes apresentados da
Tabela 2 a Tabela 8, conforme apresentadas abaixo. Os símbolos s², Uestat e U,
representam os valores calculados da variância, incerteza da média e desvio
padrão, respectivamente.
19,0 ±0,5
18,0 ±0,5
18,0 ±0,5
média 18,0 -
s² 0,5 -
Uestat 0,3 -
U 0,7 -
Cilindro
Recortado Diâmetro (mm) Incerteza diâmetro Altura (mm) Incerteza altura Orifício (mm) Incerteza orifício
Micrômetro 20,192 ±0,0005 - ±0,0005 - ±0,0005
20,178 ±0,0005 - ±0,0005 - ±0,0005
20,158 ±0,0005 - ±0,0005 - ±0,0005
20,150 ±0,0005 - ±0,0005 - ±0,0005
20,173 ±0,0005 - ±0,0005 - ±0,0005
média 20,170 - - - - -
s² 0,0003 - - - - -
Uestat 0,007 - - - - -
U 0,017 - - - - -
Paquímetro 20,24 ±0,01 27,18 ±0,01 17,00 ±0,01
20,12 ±0,01 27,14 ±0,01 17,00 ±0,01
20,20 ±0,01 27,20 ±0,01 17,00 ±0,01
20,20 ±0,01 27,20 ±0,01 16,96 ±0,01
20,22 ±0,01 27,16 ±0,01 16,94 ±0,01
média 20,20 - 27,18 - 16,98 -
s² 0,002 - 0,001 - 0,0008 -
Uestat 0,02 - 0,01 - 0,01 -
U 0,05 - 0,03 - 0,03 -
Régua 20,0 ±0,5 27,0 ±0,5 16,0 ±0,5
20,0 ±0,5 27,0 ±0,5 17,0 ±0,5
20,0 ±0,5 27,0 ±0,5 17,0 ±0,5
20,0 ±0,5 27,0 ±0,5 17,0 ±0,5
20,0 ±0,5 27,0 ±0,5 16,0 ±0,5
média 20,0 - 27,0 - 16,6 -
s² 0,0 - 0,0 - 0,3 -
Uestat 0,0 - 0,0 - 0,2 -
U 0,0 - 0,0 - 0,5 -
6. CONCLUSÃO
A partir dos dados do experimento é possível inferir que instrumentos de
medida diferentes podem dar resultados diferentes e assim dependendo do material
sólido estudado um instrumento é necessário.
A partir do conhecimento das dimensões de um sólido e das equações de
volume e densidade é possível determinar com bastante acurácia qual o material
constituinte de um sólido e esse fato é bastante importante para o meio laboratorial
em que experiências diferentes são realizadas e sempre é necessário saber o tipo
de material utilizado.
Isso pode ser visto na determinação do material da esfera, a densidade
calculada após as medições foi de 2,51 ± 0,02 g/cm³, o que aliada a analise visual e
comparação com os dados da Tabela 10 permite concluir que o material é o vidro.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
8. APÊNDICES
8.1. Deduções matemáticas
A propagação de erros para a esfera é dada pela equação (6)
2
2 ∂V 2 ∂V ∂ π D3 π 2 π 2
(uV ) = .(u D ) ; = = 3D = D
∂D ∂D ∂D 6 6 2
2
π π
⇒ uV = D 2 .(u D )2 = D 2 .u D
2 2 (6)
A incerteza na determinação da densidade pela equação (7).
2 2
1 −m
u ρ = .um + 2 .uV
V V (7)
(8)
(9)
(10)
(11)
8.5. Questões
Questão 1) Analisando seus dados e as dificuldades encontradas, quais são
as suas conclusões sobre a precisão e as limitações das medidas realizadas com a
régua, o paquímetro e o micrômetro?
R.: Os instrumentos de medida utilizados apresentam diferentes precisões e
limitações, dentre os quais o micrômetro é o que possui maior exatidão e a régua, a
maior precisão. Pelo formato e dimensão do instrumento foi possível observar que o
micrômetro foi o menos aplicável às peças disponíveis por possuir um local de
“apoio” do material limitado. A régua tem maior precisão de acordo com os valores
encontrados pelos operadores do experimento, como por exemplo, nas Tabelas 3, 6
e 8, em que os valores encontrados pela régua foram exatamente iguais em todas
as medições, e também possui maior facilidade de aplicabilidade (entretanto no
experimento foi extremamente difícil a medição do diâmetro de uma esfera com a
régua, pois o erro na medição se torna ainda maior devido à dificuldade de
posicionamento da esfera no instrumento) em contraposição ao paquímetro e o
micrômetro, os quais necessitam de certo conhecimento prévio para utilização, mas
são mais exatos na medida.
2 2
∂V ∂V 2 ∂V π ∂V π 2
(uV )2 = 2
.(u D ) + .(uh ) ; = D.h; = D
∂D ∂h ∂D 2 ∂h 4
2 2
π π 2 2
∴ uV = D.h (u D )2 + D 2 (uh ) 2 = R 2π 2 ( .h.u D ) + R 2 .R 2 .π2 ( uh )
2 4
2 2
uV = Rπ ( h.uD ) + ( R.uh ) (12)
O volume do cilíndro com o erro proveniente da medida do raio fica:
2 2
V ± uV = πR 2 h ± Rπ ( h.uD ) + ( R.uh ) (13)
Fixando-se h=1; UD=0,5 e Uh=0,5 em unidades de comprimento foi montada a
Tabela 11 tem-se alguns valores para visualização da variação do volume e seu
respectivo erro.
Tabela 11 – Comportamento do volume e seu erro a partir do valor do raio.
R V Uv Uv/V
1,00 3,14 2,22 0,56
2,00 12,57 7,02 0,35
3,00 28,27 14,90 0,30
4,00 50,27 25,91 0,28
5,00 78,54 40,05 0,27
6,00 113,10 57,33 0,26
7,00 153,94 77,75 0,26
8,00 201,06 101,31 0,26
9,00 254,47 128,02 0,26
10,00 314,16 157,86 0,25
*Valores na mesma unidade arbitrária de comprimento para R,V e UV. A relação UV/V é adimensional.