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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

CENTRO DE ENGENHARIA, MODELAGEM E


CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
BC1707 – MÉTODOS EXPERIMENTAIS EM
ENGENHARIA

Ana Caroline Silva Melo RA: 11132511


Ariane Destefano de Oliveira RA: 11089811
Mariane da Silva Nascimento RA: 11080711

Experimento 4:
Coeficiente de Restituição

Relatório solicitado pelo


Prof. Dr. Mário Minami
apresentado à disciplina Métodos
Experimentais em Engenharia , da
Universidade Federal do ABC.

Santo André,
Fevereiro / 2014
Índice
1. Resumo 01
2. Contextualização 02
3. Objetivos 03
4. Descrição Experimental e Metodologia 04
5. Resultados e Discussão do Experimento 10
6. Projeto 27
7. Conclusão 30
8. Bibliografia 31
1. RESUMO

O estudo dos coeficientes de restituição é de grande relevância em


escala industrial como também no ambiente acadêmico. Através de seu
estudo pode-se desenvolver produtos como, por exemplo, calçados que
melhor absorvam o impacto do contato do corpo de uma pessoa com o
solo. Neste experimento, utilizamos um cronometro como também um
sistema utilizando um microfone acoplado a um amplificador ligado a um
osciloscópio de forma a se medir os intervalos Δtn necessários para a
obtenção do coeficiente de restituição. Foram obtidos coeficientes de
restituição para vários materiais como: Bola de Gude, Bola de Pebolim, Bola
de Metal, Bola de Ping Pong. Entre esses valores, o mais significativo e
semelhante aos valores encontrados na literatura foram para a bola de
pebolim, que obteve os valores 0,58 ± 0,30; 0,854 ± 0,009 e 0,680 ± 0,004,
onde seu valor encontrado na literatura foi de 0,688. Ao se analisar as
medidas Δt1 para a bola de ping pong num segundo momento, de modo a
avaliar sua incerteza estática e comparar seus valores, foi encontrado um
valor muito próximo ao da literatura que foi de 0,895 ± 0,024. Ao obter o
coeficiente de restituição através da construção de um gráfico, também para
bola de ping pong, o valor encontrado foi de 0,871 ± 0,004, que também
apresentou grande conformidade com o valor literário que foi de 0,870.

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2. CONTEXTUALIZAÇÃO

As interações que ocorrem diante de um choque entre diferentes


materiais podem ser caracterizados pelo coeficiente de restituição. Este, é
utilizado em diversas situações do nosso mundo cotidiano, como por exemplo,
o de se verificar e produzir palmilhas que amortecem o impacto entre o chão e
o corpo da pessoa que usa um calçado,ou seja, a palmilha evita que haja um
“reflexo” da reação do impacto da pisada.
O coeficiente de restituição será menor, quanto maior for a dissipação de
energia, ou seja, diante do impacto causado do contato do corpo com o chão,
se o material do calçado consegui absorver o impacto, isso mostra que ele tem
um menor coeficiente de restituição em comparação ao do chão. Desta forma,
quanto mais porosa, maior quantidade de sulcos e menos rígida for à estrutura
do material que compõe o calçado, maior será a absorção de energia no
mesmo, ou seja, o impacto da colisão não é transmitido novamente ao corpo
da pessoa.
Em geral, o coeficiente de restituição pode ser definido como a razão
das velocidades de um objeto em queda, no instante em que ele atinge uma
dada superfície e no instante em que ele deixa essa superfície. O coeficiente
de restituição é obtido pela seguinte relação:

= = =

As colições podem ser classificadas de três maneiras: As colições são


perfeitamente elásticas quando , parcialmente inelásticas quando
e por fim são perfeitamente inelásticas quando é nulo. A primeira
colisão ocorre quando a velocidade, ou a atura depois do choque é a mesma,
ou seja, Vida=Vvolta e Hida=Hvolta. A terceira colisão ocorre quando, após a queda
livre, o material permanece em repouso, ou seja, não há deslocamento de volta
após a queda, de modo que a velocidade é nula.
No caso em que esta entre 0 e 1, após o lançamento do objeto em
queda livre, quando este toca a outra superfície, e ocorre o choque, parte da
energia da colisão é dissipada pelo superfície que foi tocada pelo objeto em
queda. Esta dissipação pode ocorrer de várias maneiras possíveis como, por
exemplo, ser transformada em energia sonora e deformação dos materiais
devido ao impacto obtido pelo choque entre os materiais.
Há diversas formas para se determinar o coeficiente de restituição,
sendo uma delas a partir do som. O som emitido pelo choque entre os dois
materiais pode captado por um microfone junto a um amplificador operacional,
que amplifica o sinal obtido e esse sinal é fonte de um osciloscópio. A partir dos
picos que aparecem na tela é possível determinar a variação de tempo entre os
choques consecutivos e consequentemente o coeficiente de restituição.
Neste experimento, tal método foi utilizado para se determinar o valor do
coeficiente de restituição de diversos tipos de bolas que foram lançadas em
queda livre sobre uma base de granito.

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3. OBJETIVOS

O objetivo deste experimento consiste na análise da característica física de


dureza ou resistência em materiais, determinação do coeficiente de restituição
de diferentes materiais mediante procedimentos práticos e estudo da variação
da energia cinética de uma bola em choque parcialmente elástico.

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4. DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL E METODOLOGIA

4.1 Equipamentos e materiais a serem utilizados:

 Osciloscópio Tektronix 2022B


 Caixa contendo dois circuitos amplificadores, cada um deles conectado
a um microfone de eletreto
 Fonte de alimentação (+3V) Minipa MPL – 3303
 2 cabos de conexão banana/banana
 2 cabos de conexão banana/jacaré
 Cilindro de Plástico (h = 50 cm e ø = 22 cm de diâmetro): o objetivo do
cilindro consiste em induzir a bola a se deslocar verticalmente após cada
impacto (minimizando assim irregularidades na superfície da base)
 Base de granito
 Cronômetro Cronobio
 Esferas de diferentes materiais, por exemplo:
- Bola de ping pong (material
sintético)

- Bola de pebolim (material


sintético)

- Bola de gude (vidro)

- Bola de borracha

- Bola de aço

Figura 1 – Esferas utilizadas no experimento.

4.2 Aparato Experimental

1. Montar um arranjo experimental, conforme figura 2.

4
Figura 2 - Aparato experimental para a determinação do coeficiente de restituição.

2. A bola de material a ser avaliado, deverá ser solta em queda livre e


sempre deve sair do mesmo ponto: a altura H do cilindro é considerada
como referência. O objetivo do cilindro consiste em induzir a bola a se
deslocar verticalmente após cada impacto (minimizando assim
irregularidades na superfície da base).

3. Através do osciloscópio e de um conjunto consistindo de: “microfone de


eletreto – amplificador – osciloscópio”, projetado para captar o sinal
acústico que contém a informação dos impactos consecutivos, deverá
ser medido o tempo entre dois impactos consecutivos da bola com a
base de granito. O circuito amplificador serve para condicionar
(amplificar) o sinal do microfone, de forma a se realizar sua captura no
osciloscópio. O circuito é baseado num amplificador operacional.
Embora a caixa contenha dois conjuntos (microfone + amplificador),
apenas um deles será utilizado no experimento.

Considerações:

A altura H é uma das grandezas de influência, vale ressaltar que quanto


maior for a altura inicial da bola, a incerteza na altura resultará em uma
incerteza padrão relativa mais reduzida. Considerando outras possíveis
grandezas de influência, que serão desprezadas por hipótese (por exemplo:
atritos, resistência do ar, energia cinética devida à rotação da bola), avalie se o
valor da altura utilizado é adequado.
É importante notar que os testes são comparativos, mais precisamente,
o ensaio apresenta um procedimento para comparar alguns materiais.
Considerando as hipóteses e os materiais disponíveis, bem como os
procedimentos do ensaio utilizado, avalie quais são as maiores grandezas de
influência em uma comparação dos valores experimentais com possíveis
valores de referência encontrados na literatura.

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4.3 Medidas do coeficiente de restituição de diferentes materiais

1. O tubo de plástico deverá ser posicionado na vertical em relação à base


de mármore. Medir a altura H do tubo, estimando sua incerteza.

2. Serão avaliados diversos tipos de materiais, portanto selecione a esfera,


cujo material deverá ser avaliado, segure a esfera no topo do tubo de
plástico, solte a bola em queda livre, com o cronômetro, meça o tempo
de queda to.

3. Use a equação para calcular to.

4. Compare os dois valores de to, levando em conta as incertezas


associadas. Utilize para os cálculos de ε o valor mais preciso de to.

5. Mediante o sinal de impacto acústico captado pelo microfone de eletreto


(figura 3), amplificado e apresentado na tela do osciloscópio, meça o
intervalo de tempo entre os dois primeiros impactos sucessivos (Δt1).

6. Para calcular o coeficiente de restituição, utilize as equações e

7. Também calcule o coeficiente de restituição a partir de dois intervalos de


tempo sucessivos envolvendo três colisões.

8. Repita o procedimento para as demais esferas.

Figura 3 - Aparato experimental para a coleta do sinal acústico e visualização do


sinal elétrico amplificado.

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Cuidados experimentais:

 Para realizar a conexão do microfone e do amplificador com a fonte de


alimentação e o osciloscópio, siga as instruções dos técnicos e do
professor.
 Certifique-se de conectar ao osciloscópio a saída do circuito
correspondente ao microfone utilizado (S1 ou S2).
 A tensão de alimentação do amplificador não deve ultrapassar 3V ou
3,5V para não despolarizar o microfone.

Uso do osciloscópio (tempo entre dois impactos consecutivos):

Para a medição do tempo entre dois impactos consecutivos é


recomendado “congelar” a imagem na tela do osciloscópio contendo o sinal do
microfone amplificado, com os “picos” característicos dos transitórios gerados
(figura 4).

Figura 4 – Sinal acústico captado pelo microfone, amplificado e apresentado no


osciloscópio.

A operação de “congelar” a imagem pode ser realizada mediante o


comando run/stop ou single seq (figura 5). Não é necessário coletar os dados
via flash memory, pois a medida do tempo é realizada diretamente na tela do
osciloscópio, através dos cursores verticais.

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Figura 5 – Localização das teclas run/stop e single seq para “congelar” a imagem na tela
do osciloscópio, e da tecla autoset.

Para a obtenção de dois ou mais transitórios na tela do osciloscópio,


contendo os picos correspondentes aos impactos (figura 4), deve-se ajustar
adequadamente os controles de ganho de tensão (amplitude) e base de tempo
(eixo horizontal) do osciloscópio.
A ponta de prova do osciloscópio e a correspondente configuração do
canal 1 deverão ser ajustadas para (x1).
Para o ajuste da amplitude, sugere-se que seja usado o modo
automático do osciloscópio (comando “autoset” na figura 5). Para o ajuste da
base de tempo, pode ser usado um valor entre 50 e 100 ms/divisão,
dependendo do material sendo testado.

4.4 Avaliações da incerteza estática e comparação dos resultados

Com o intuito de avaliar a incerteza de ε para uma das bolas utilizando o


desvio padrão da média como incerteza padrão e também, com o intuito de
utilizar o valor desta incerteza e comparar o valor do ε experimental com o que
é encontrado na literatura, o experimento com a bola de ping-pong deve ser
repetido por 4 vezes
O procedimento experimental neste item ocorre da mesma maneira
como descrito no item que utiliza o osciloscópio. Nesse sentido, para o cálculo
de tais resultados é necessário a captação de Δt1 (4 vezes) de lançamentos da
bola de ping-pong e do valor teórico para juntamente com suas respectivas
incertezas.

4.5 Obtenção do coeficiente de restituição a partir do gráfico (Δtn x


n)

Esta etapa do seguinte relatório visa o cálculo do coeficiente de


restituição a partir do gráfico (Δtn x n). Para isso usaremos a bola de ping pong

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(devido seu alto coeficiente de restituição). Para tal cálculo, devem-se seguir os
passos abaixo:
1) Medir os valores de Δtn em função de n, com os valores de Δtn medidos
com os cursores do osciloscópio a partir da imagem na tela do mesmo;

2) Construir uma tabela utilizando os dados necessários para a montagem


do gráfico

3) A partir da construção do gráfico com os dados acima e do ajuste de


curvas necessário, determinaremos o valor de ε.

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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO DO EXPERIMENTO

Tabela 1 – Especificações técnicas dos equipamentos utilizados.

Escala de
Equipamento Marca/Modelo Resolução Incerteza Inst.
fundo

1/5 da unidade
Osciloscópio Tektronix TDS 2022 B ajustável ajustável
/ div na tela

Fonte de
Minipa MPL – 3303 30 V 0,1 V 0,05 V
Alimentação CC

Cronômetro Cronobio 9:99 99 00:00 01 0,003 s

5.1 Medidas do coeficiente de restituição de diferentes materiais

5.1.1 Valores de t0 teórico e Δt medidos no cronômetro

A altura do tubo plástico foi medida com a régua em dois pontos


diferentes, sendo obtidos os seguintes valores, 429 e 431 mm, sendo o valor
médio de 430 mm. Para o cálculo da incerteza da altura foram consideradas a
incerteza instrumental (μinstr), a incerteza estatística (μestat) e a incerteza
experimental (μexper).
A incerteza instrumental está relacionada ao valor mínimo de medição do
instrumento; como a menor divisão da régua é um milímetro, μinstr = 0,5 mm
(metade da menor divisão).
A incerteza estatística refere-se ao desvio padrão da média, o qual é
calculado pela equação:

= = 1,0 mm

A incerteza experimental está relacionada ao posicionamento da bola em


relação ao topo do cilindro. Essa incerteza foi considerada da ordem de 5,0
mm.
Assim, a incerteza da altura pode ser calculada pela equação:

Com base no cálculo das incertezas, pode-se afirmar que a altura considerada
do tudo plástico é H = (430 ± 5) mm.

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Foram medidos os valores do tempo de queda to e o intervalo de tempo
entre os dois primeiros impactos sucessivos Δt1, conforme as tabelas 2 e 3. A
incerteza do tempo, associada ao cronômetro, foi estimada como a média do
atraso do operador a dois acionamentos rápidos subsequentes, o qual resultou em
0,18 segundos.

Tabela 2 – Tempo de queda da esfera (queda livre), do momento em que é solta de H, até o
impacto com a base de granito.

Esfera
Bola de ping-pong (0,30 ± 0,18) s
Bola de pebolim (0,26 ± 0,18) s
Bola plástica (0,28 ± 0,18) s
Bola de gude (0,36 ± 0,18) s
Bola de metal (0,35 ± 0,18) s

Tabela 3 – Valores referentes ao intervalo de tempo entre os dois primeiros impactos


sucessivos.

Esfera Δt1
Bola de ping-pong (0,47 ± 0,18) s
Bola de pebolim (0,35 ± 0,18) s
Bola plástica (0,53 ± 0,18) s
Bola de gude (0,45 ± 0,18) s
Bola de metal (0,42 ± 0,18) s

Após a obtenção dos valores experimentais de t0 (medidos com o


cronômetro), foi calculado o valor teórico de t0 (a partir da expressão), para
posterior comparação com os valores obtidos. Considerou-se g = 9,8 m/s.

= = 0,30 s

Para o cálculo da incerteza do valor de t0 foi utilizada a equação:

Considerando-se o valor da gravidade como g = (9,80 ± 0,05) m/s2:

= 2,06.10-3 s

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Os valores experimentais de t0 variaram entre 0,26 e 0,36 segundos, com
uma incerteza de 0,18 segundos, o valor teórico obtido foi de 0,30 segundos,
sendo o mesmo para todas as bolas, com uma incerteza de 2,06. 10-3
segundos.
Como podem ser observados, os valores experimentais apresentaram
uma incerteza muito grande, de ordem de grandeza similar ao valor medido, o
que faz com que o valor teórico, com uma incerteza muito menor, seja o mais
adequado para que se façam os cálculos para obtenção do coeficiente de
restituição.
Para o cálculo do coeficiente de restituição (ε), utilizou-se a equação:

Considerando n igual a um e isolando a variável de interesse (ε), obtém-se:

Para o cálculo da incerteza do coeficiente de restituição foi utilizada a


equação:

A partir dessas equações foi calculado o coeficiente de cada uma das bolas
utilizadas no experimento com sua incerteza associada:

Bola de ping-pong

Bola de pebolim

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Bola plástica

0,30

Bola de gude

0,30

Bola de metal

0,30

Tabela 4 – Valores de ε e a incerteza associada obtidos com t0 teórico e com Δt1 cronometrado
para as diferentes bolas.

Esfera ε cronômetro
Bola de ping-pong 0,78 ± 0,30
Bola de pebolim 0,58 ± 0,30
Bola plástica 0,88 ± 0,30
Bola de gude 0,75 ± 0,30
Bola de metal 0,70 ± 0,30

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A partir das incertezas associadas aos coeficientes de restituição
calculados anteriormente, pode-se se observar que esses valores são bem
altos, isso se deve ao fato da incerteza dos valores de Δt1 ser da mesma ordem
de grandeza que o valor mensurado.

5.1.2 Valores de t0 teórico e Δt medidos no osciloscópio

Com o microfone fixado à base de granito, as diferentes bolas foram


liberadas e os intervalos de tempo (Δt1 e Δt2) foram medidos a partir da
imagem observada na tela do osciloscópio. Os valores obtidos encontram-se
na tabela 5.

Tabela 5 – Valores de Δt1 e Δt2 obtidos com o osciloscópio para as diferentes bolas.

Esfera Δt1 Δt2


Bola de ping-pong (540 ± 4)ms (460 ± 4)ms
Bola de pebolim (500 ± 4)ms (340 ± 4)ms
Bola plástica (580 ± 4)ms (580 ± 4)ms
Bola de gude (500 ± 4)ms (420 ± 4)ms
Bola de metal (480 ± 4)ms (380 ± 4)ms

Para o cálculo do coeficiente de restituição (e sua incerteza) a partir dos


valores de t0 teórico e Δt1 medido no osciloscópio, utilizou-se as equações:

e =

Para t0 o valor obtido foi:

= = 0,296s = 296ms

Com uma incerteza de 2,06. 10-3 segundos, conforme cálculo anterior.


Dessa forma o valor de t0 obtido foi de (296 ± 2) ms.

Utilizando os valores de Δt1 que constam na tabela 5, foram obtidos os


coeficientes de restituição das diferentes bolas:

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Bola de ping-pong

Bola de pebolim

Bola plástica

Bola de gude

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Bola de metal

Tabela 6 – Valores de ε e a incerteza associada obtidos com t0 teórico e com Δt1 medido no
osciloscópio para as diferentes bolas.
Esfera ε osciloscópio
Bola de ping-pong 0,912 ± 0,009
Bola de pebolim 0,845 ± 0,009
Bola plástica 0,980 ± 0,009
Bola de gude 0,845 ± 0,009
Bola de metal 0,811 ± 0,009

Neste caso, em comparação com os dados obtidos com Δt1 cronometrado,


as incertezas associadas foram de ordem de grandeza menor, pois as
incertezas associadas a t0 teórico e Δt1 obtidos com o osciloscópio são
menores.

5.1.3 Valores de Δt1 e Δt2 medidos no osciloscópio

Para o cálculo do coeficiente de restituição a partir dos valores de Δt1 e


Δt2 medidos no osciloscópio, utilizou-se a equação:

= = =

Considerando n igual a um e selecionando os parâmetros de interesse, obtém-


se:

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=

A incerteza considerada foi a incerteza do osciloscópio, cujo valor foi de


quatro milissegundos, ou seja, 0,004 segundos. Utilizando os valores de Δt1 e
Δt2 que constam na tabela 5, foram obtidos os coeficientes de restituição das
diferentes bolas:
Bola de ping-pong
=

Bola de pebolim
=

Bola plástica

Bola de gude
=

Bola de metal
=

Tabela 7 – Valores de ε e a incerteza associada obtidos com Δt1 e Δt2 medidos no osciloscópio
para as diferentes bolas.
Esfera ε osciloscópio
Bola de ping-pong 0,852 ± 0,004
Bola de pebolim 0,680 ± 0,004
Bola plástica 1,000 ± 0,004
Bola de gude 0,840 ± 0,004
Bola de metal 0,792 ± 0,004

Assim como anteriormente (t0 teórico e Δt1 obtido com o osciloscópio), em


comparação com os dados obtidos com Δt1 cronometrado, as incertezas
associadas foram de ordem de grandeza menor, pois as incertezas associadas
ao osciloscópio são de ordem de grandeza menor.

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Compararam-se os valores dos coeficientes de restituição e incerteza
associada dos três diferentes tipos de coleta para as diferentes esferas,
conforme tabela 8.

Tabela 8 – Valores de ε e a incerteza associada, obtidos por diferentes métodos para as


diferentes esferas.

ε (com t0 teórico ε (com t0 teórico e ε (com Δt1 e Δt2


Esfera e com Δt1 com Δt1 medido medidos
cronometrado) no osciloscópio) no osciloscópio)
Bola de ping-pong 0,78 ± 0,30 0,918 ± 0,009 0,852 ± 0,004
Bola de pebolim 0,58 ± 0,30 0,845 ± 0,009 0,680 ± 0,004
Bola plástica 0,88 ± 0,30 0,980 ± 0,009 1,000 ± 0,004
Bola de gude 0,75 ± 0,30 0,845 ± 0,009 0,840 ± 0,004
Bola de metal 0,70 ± 0,30 0,810 ± 0,009 0,792 ± 0,004

Analisando a tabela 8 foi possível perceber que os valores calculados


por métodos diferentes para as esferas foram próximos para algumas delas e
não tão próximos para outras.
De maneira geral, é possível perceber que os valores obtidos pelos
dados do osciloscópio tiveram uma menor variação em comparação aos
obtidos pelo cronômetro, o que pode ser explicado pela maior dificuldade na
realização das medidas com o cronômetro, bem como uma menor precisão
associada aos dados.
A tabela abaixo (tabela 9) contém os valores para os coeficientes de
restituição dos materiais utilizados no experimento, encontrados na literatura:

Tabela 9 – Valores encontrados na literatura para os coeficientes de restituição dos materiais

Bola εteor [2,3]


Ping – Pong 0,870
Gude 0,930

Metal 0,600

Plástica 0,830

Pebolim 0,688

Ao analisar os valores encontrados experimentalmente, podemos


perceber que os valores medidos por métodos diferentes de uma forma geral
obtiveram certas discrepâncias entre si. Dentre eles o que mais se aproximou
nas três medições foi a bola de metal. De uma forma geral é possível perceber

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que os valores obtidos através do osciloscópio tiveram uma menor variação
tanto em relação aos seus valores, como as suas incertezas em comparação
aos resultados obtidos pelo cronômetro. Outro ponto notável neste sentido é o
fato de que as incertezas relacionadas aos valores medidos pelo uso do
cronômetro foram consideravelmente maiores do que os obtidos através do uso
do osciloscópio. Essa maior incerteza pode estar associada a dificuldades na
realização das cronometragens como também, uma menor precisão associada
a seus dados.
Analisando os valores encontrados experimentalmente para os materiais
acima citados e comparando-os com seus valores encontrados na literatura,
podemos perceber que apenas uma das bolinhas obteve similaridade entre o
valor experimental e teórico: a bola de pebolim, que em sua avaliação mediante
Δt1 e Δt2 obteve um coeficiente de restituição de ε = 0,680 ± 0,004. A bola de
ping-pong neste sentido foi o que possuiu maior discrepância entre os valores
experimentais e teórico. Nas demais, em certas medidas, é possível encontrar
um valor que se assemelhe ao valor encontrado na literatura, mas mesmo
assim, essa semelhança não possui grande relevância. Vale ressaltar que nos
cálculos realizados para a bola plástica, utilizando os valores de Δt1 e Δt2 do
osciloscópio, o valor do coeficiente foi de ε=1, ou seja, isso significa que diante
deste valor, a colisão seria perfeitamente elástica, não haveria dissipação de
energia após o lançamento do material em questão. E ao analisar seu valor na
literatura observamos que isso não é possível, pois há dissipação de energia
no processo, pois o coeficiente para o mesmo encontrado na literatura é de
ε=0,830, o que indica que após o choque da bola de pebolim com a superfície
de granito, há sim dissipação de energia na colisão e, portanto, ela não volta
com a mesma velocidade e nem atingindo sua altura inicial.

5.2 Avaliações da incerteza estática e comparação dos resultados

Para se calcular o valor de ε, como também de sua incerteza estática, é


necessário a medição repetida de Δt1 (4 medidas) com sua respectiva incerteza
e também o valor teórico de t0 (que para os cálculos referentes a medida no
osciloscópio foram de 296 ms) juntamente com sua incerteza associada. Os
valores obtidos para Δt1, t0 e suas respectivas incertezas se encontram na
tabela abaixo (tabela 10)

Tabela 10 – Valores de Δt1 e t0 referente a bola de ping pong

Δt1 t0
(540 ± 4) ms (296 ± 2) ms
(520 ± 4) ms (296 ± 2) ms
(530 ± 4) ms (296 ± 2) ms
(530 ± 4) ms (296 ± 2) ms

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A partir das fórmulas:

e =

foi possível obter os valores de e para as respectivas medidas de Δt1 e t0:

Para 540 ms

Para 520 ms

Para 530 ms

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Desta forma, agora será possível calcular o valor médio de para as 4
medidas de e calcular sua incerteza, utilizando o desvio padrão da média
como incerteza padrão.

Portanto, o valor encontrado para ε e sua respectiva incerteza é de:

Por fim, ao analisar os resultados obtidos, podemos afirmar que o valor


encontrado para ε experimentalmente é coerente ao valor presente na literatura
ε = 0,870 [2,3]. Isso se deve ao fato de que a incerteza associada cobre o
intervalo, próximo ao valor teórico encontrado na literatura. Os valores podem
variar de 0,871 a 0,919. Porém, vale ressaltar que o valor de incerteza
encontrado foi relativamente alto. Isso se deve pelas dificuldades experimentais
como, por exemplo: má interpretação dos valores de Δt1 no osciloscópio, má
posicionamento do objeto a ser lançado em queda livre, entre outros.

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5.3 Obtenção do coeficiente de restituição a partir do gráfico (Δtn x
n)

Considerando a bola de ping pong, construiu-se uma tabela com os


dados de intervalo de tempo entre os impactos obtidos do osciloscópio e
número de impactos (tabela 11)

Tabela 11 - Valores de Δtn para a bola de ping- pong

Δtn n
520 ms 1
460 ms 2
400 ms 3
360 ms 4

Gráfico 1 - Gráfico (Δtn x n) com ajuste de função exponencial dos dados de Δtn
feito em Microsoft Excel 2007®.
600

500
intervalo entre choques (ms)

y = 610,41e-0,136x
R² = 0,9917
400

300
Série1
Exponencial (Série1)
200

100

0
0 1 2 3 4 5
número de choques (n)

A partir da função ajustada no gráfico acima e com uso da equação


abaixo, tem-se que o valor de ε é:

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A medida foi obtida através do parâmetro B da equação. A sua incerteza
provém do erro instrumental do aparelho de medição do intervalo entre os
choques Δtn, dessa forma, sua incerteza será a mesma incerteza presente no
osciloscópio. (0,004)

Desta forma, nosso valor final encontrado é de:

Diante da análise dos resultados obtidos com os valores encontrados na


literatura, listados na tabela 10, podemos afirmar que o valor encontrado
experimentalmente foi muito preciso se comparado com o valor na literatura.

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5.4 Questões

1 - Comparar as medidas de t0 (tempo de queda até o primeiro impacto),


obtidas para as diversas bolas. Em teoria, estes valores deveriam ser
diferentes? Comente.

Tabela 12 – Valores de t0 teórico e experimental para diferentes materiais

Bola t0 teórico t0 experimental


Ping-Pong 0,30 ± 2,06x10-3 0,30 ± 0,18
Gude 0,30 ± 2,06x10-3 0,36 ± 0,18
Metal 0,30 ± 2,06x10-3 0,35 ± 0,18
Plástica 0,30 ± 2,06x10-3 0,26 ± 0,18
Pebolim 0,30 ± 2,06x10-3 0,26 ± 0,18

Os valores de t0 teórico são iguais para todos os modelos de bola,


portanto os valores de t0 experimental também deveriam ser iguais, pois o
tempo de queda é independente da massa do objeto e estes são liberados da
mesma altura H. Em teoria a bola esta sendo abandonada no vácuo, e nessa
situação não há dissipação da energia cinética, porém em uma situação real
isso não ocorre. Ainda, para o caso de t0 experimental é necessário considerar
as incertezas relacionadas, tais como incerteza estatística, experimental e
estatística.

2 - Comente sobre as principais fontes de incertezas nos procedimentos de


medição do coeficiente de restituição.

- Incerteza do tempo, esta diretamente relacionada ao operador do cronômetro


e tem natureza estatística.

- Incerteza do coeficiente de restituição, é o erro estatístico calculado pela


propagação de erros e é dependente de Δt n e de t0. É calculado pela
expressão:

- Incerteza instrumental, esta relacionada aos instrumentos de medição e suas


incertezas sistemáticas associadas a cada medida.

- Incerteza nas medidas, relacionada com possíveis erros na analise de valores


experimentais medidos e imprecisão do operador no momento da medição.

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3 - Faça uma tabela comparativa do coeficiente de restituição de todos os
materiais testados, através dos diferentes métodos utilizados. Avalie se, com
as incertezas estimadas, se pode afirmar que os materiais possuem
coeficientes de restituição diferentes.

Tabela 13 - Valores de ε medidos por diferentes métodos para diferentes materiais

Esfera ε cronômetro ε osciloscópio (t0 teórico) ε osciloscópio


Bola de ping-pong 0,78 ± 0,30 0,912 ± 0,009 0,852 ± 0,004
Bola de pebolim 0,58 ± 0,30 0,845 ± 0,009 0,680 ± 0,004
Bola plástica 0,88 ± 0,30 0,980 ± 0,009 1,000 ± 0,004
Bola de gude 0,75 ± 0,30 0,845 ± 0,009 0,840 ± 0,004
Bola de metal 0,70 ± 0,30 0,811 ± 0,009 0,792 ± 0,004

Para os cálculos de e através de medidas do osciloscópio, temos valores


mais próximos e considerando as incertezas estimadas esses valores podem
ser considerados os mesmos, exceto no caso da bola de pebolim onde os
valores são discrepantes mesmo considerando os intervalos de incerteza. Já
para o caso do cronometro temos valores de incerteza altos, o que permite que
os valores sejam os mesmos do e do osciloscópio. Essa incerteza mais alta se
dá pelo fato do experimento ser bastante impreciso e depender diretamente da
análise do operador para obter os valores necessários.

4 - Comente o efeito da base de granito no ensaio. Ela afeta os resultados?


Sua massa afeta os resultados?

A base de granito apresenta um coeficiente de restituição elevado,


próximo a 1, garantindo uma mínima dissipação da energia e uma colisão
aproximadamente elástica. Desta forma, praticamente toda a energia com que
a bolinha colide com a base de granito, voltará para ela causando uma altura
maior no quique (isto irá variar de acordo com o coeficiente de restituição da
bolinha). As imperfeições da superfície também podem interferir nos
resultados, pois após a colisão com uma superfície irregular, a bolinha pode ter
sua direção desviada, alterando a altura posterior ao impacto e
consequentemente o tempo de subida.

Para o procedimento experimental, é necessário que a massa da base


granito não se mova após o choque com a bolinha, portanto a massa da base
de granito deve ser muito maior que a massa das bolinhas.

5 - Pesquise na literatura valores para os coeficientes de restituição dos


materiais avaliados, e comente a diferença entre estes valores e aqueles
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obtidos no experimento. Utilize o erro normalizado (E norm) para esta
comparação:

Tabela 14 – Valores de erro normalizado para diferentes materiais

Bola εteor [2,3] ε osciloscópio Enorm


Ping – Pong 0,870 0,852 ± 0,004 3,18
Gude 0,930 0,840 ± 0,004 15,9
Metal 0,600 0,792 ± 0,004 -33,9
Plástica 0,830 1,000 ± 0,004 -30,1
Pebolim 0,688 0,680 ± 0,004 1,4

*Na literatura não foram encontrados os valores do μteor, portanto para o cálculo
do Enorm foi utilizado o valor de μexp.

Se considerarmos os valores do erro normalizado temos valores


experimentais próximos aos valores da literatura para os casos da bola de
ping-pong e bola de pebolim. Para os demais casos, podemos justificar a
discrepância tão grande nos valores devido a irregularidades na bola e na base
de granito, inexperiência do operador, erros na leitura dos valores
experimentais e demais influencias externas.

6 - Descreva três exemplos de aplicações industriais para o procedimento


descrito neste experimento.

 Teste de Colisões entre Veículos (Crash Test Barrier): testes realizados


na indústria automotiva que visa desenvolver estruturas que absorvam o
máximo de energia ao longo de colisões, em casos de acidentes, a fim
de minimizar os possíveis danos aos motoristas e passageiros [5,6].

 Extensômetros: é um tipo de transdutor capaz de medir deformações de


corpos. Quando um material é deformado a sua resistência muda,
alterando também a característica do material. Assim, extensômetros
podem ser utilizados juntamente com sensores que têm uma ampla
utilidade em engenharia [7].

 Fusão Nuclear: o processo de colidir 2 átomos propositalmente para


formar um terceiro mais pesado é fortemente utilizado em usinas
nucleares para geração de energia. Logo, é muito importante saber
quais são as características dos átomos neste processo, tais como o
coeficiente de restituição, para obter um processo eficiente de geração
de energia nuclear [8].

26
6. PROJETO

6.1 Objetivos

Objetivo Geral

Este projeto tem como objetivo determinar o coeficiente de restituição de


pelo menos uma das bolas utilizadas no experimento

Objetivo Específico

Será feito o uso de um celular com câmera de vídeo para registro de


vídeo da queda de uma bola de ping-pong e posteriormente o uso do aplicativo
Windows Movie Maker para a obtenção dos valores apropriados para o cálculo
do coeficiente de restituição.

6.2 Procedimento Experimental

Materiais e Equipamentos

 1 bola de ping-pong;
 Cilindro de plástico;
 Base de granito;
 Aparelho celular com câmera de vídeo;
 Computador com o software Windows Movie Maker®.

Procedimentos

- De maneira análoga ao experimento, foi montado o arranjo da Figura 1. A


bola de ping-pong foi, assim, solta a partir da mesma altura.

- O lançamento da bola, até o momento em que ela parasse foi registrado por
meio de uma câmera de vídeo, cujos vídeos foram passados para o
computador e abertos no software Windows Movie Maker®.

- A partir daí, tirou-se os tempos até a primeira colisão e entre a primeira e


segunda colisões com a base, com a ajuda da redução da velocidade dos
vídeos, mantendo-se a proporcionalidade dos valores.

- O coeficiente de restituição foi calculado, então, de forma similar ao calculo na


seção 5.1.2.

27
6.3 Resultados e Discussão

Os vídeos foram analisados utilizando o recurso de diminuir a velocidade


de exibição e através deste foi possível determinar os valores de t0 (tempo que
a bola demora a ter o primeiro choque com a base de granito) e t1 (intervalo
entre o primeiro e o segundo choque com a base de granito) para três vídeos
diferentes. A incerteza para as medidas é ± 0,125 s que é a menor divisão de
tempo do vídeo na escala do software,Os valores obtidos estão contidos na
tabela 12:

Tabela 15 - Valores de t0 e t1 para a bola de ping- pong obtidos através de vídeo

Vídeo t0 t1
Vídeo 1 263 ± 1 ms 534 ± 1 ms
Vídeo 2 304 ± 1 ms 496 ± 1 ms
Vídeo 3 309 ± 1 ms 509 ± 1 ms

Para realizar os cálculos de coeficiente de restituição foram calculados


os valores de média e desvio padrão para t0 e t1:

Média t0:

Média t1:

Com os valores obtidos podemos calcular o coeficiente de restituição:

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Podemos calcular a incerteza do ε:

Portanto, podemos concluir que o coeficiente de restituição da


bola de ping-pong é:

Através desse valor podemos entender que este é um método


eficaz para a medição do coeficiente de restituição, pois o valor
encontrado é próximo ao valor da literatura (0,870), se considerarmos a
incerteza estimada.

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7. CONCLUSÃO

Os materiais utilizados e seus coeficientes de restituição calculados


pelos valores de t0 e Δt1 cronometrados, de t0 e Δt1 medidos no osciloscópio,
Δt1 e Δt2 medidos no osciloscópio respectivamente, foram: bola de metal (0,70
± 0,30; 0,810 ± 0,009; 0,792 ± 0,004), bola plástica (0,88 ± 0,30; 0,980 ± 0,009;
1,000 ± 0,004), bola de gude (0,75 ± 0,30; 0,845 ± 0,009; 0,840 ± 0,004), bola
de pebolim (0,58 ± 0,30; 0,845 ± 0,009; 0,680 ± 0,004) e bola de ping pong
(0,78 ± 0,30; 0,918 ± 0,009; 0,852 ± 0,004).
Dentre esses valores obtidos, a bola de pebolim foi o que melhor atingiu
valores próximos aos encontrados na literatura. Diante disto, também é
possível verificar que os valores obtidos pelo cronômetro ficaram muito mais
vulneráveis a sua incerteza, que foi bem maior ao se analisar as incertezas
encontradas para os resultados obtidos por meio da medição de Δt 1 e Δt2 pelo
osciloscópio. Essas divergências ocorreram devido ao fato do procedimento ser
influenciado por diversos fatores de incerteza, tais como: erros no manuseio do
operador, irregularidades na bola e na base de granito e imprecisão do
instrumental utilizado.
Diante da análise da incerteza estática e comparação dos
resultados para a bola de ping pong, o valor obtido para o mesmo, juntamente
com a sua incerteza foi de ε = 0,895 ± 0,024, o que mostrou uma grande
conformidade do valor experimental com o valor encontrado na literatura (onde
ε para a bola de ping pong é de 0,870).
Diante da realização do procedimento que visava à obtenção do
coeficiente de restituição pela construção do gráfico (Δtn x n), também para a
bola de ping pong, o valor encontrado para o coeficiente foi de: ε = 0,871 ±
0,004 o que também mostrou grande conformidade do valor obtido
experimentalmente como o valor presente na literatura.
Com a realização do projeto proposto por este experimento podemos
encontrar o valor do coeficiente de restituição através do uso de uma câmera
de vídeo e o software Windows Movie Maker®, o valor obtido foi
, o que nos permite concluir que este é um método eficaz para a medição
de coeficiente de restituição visto que o valor se encontra compatível com o
valor encontrado na literatura.

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] EXPERIMENTO #4: Coeficiente de restituição. Edição: 3º Quadrimestre


2013 ed. Santo André: UFABC, 2013. 14 p. Disponível em:
<docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnx1Z
mFiY21lZWJjMTcwN3xneDo2ZjFmODJjODdmOGRmYWFm>. Acesso em: 10
jan. 2014.

[2] ELERT, G. Coefficients of Restitution. The Physics Factbook, 2006.


Disponível em: <hypertextbook.com/facts/2006/restitution.shtml >. Acesso em:
24 de jan. de 2014.

[3] ROBORTELA, AVELINO e EDSON. Coeficiente de Restituição em


Colisões (e). TCFisicaNet. Disponível em:
<www.apice.coop.br/fisicanet/TabelasConstantes/Coeficientesderestituicao.htm
>. Acesso em: 24 de jan. de 2014.
[4] NICE, K. Como Funcionam os Testes de Colisão. HowStuffWorks Brasil.
Disponível em: <http://carros.hsw.uol.com.br/testes-de-colisao.htm >. Acesso
em: 01 de fevereiro de 2014.

[5] Alves, G. T. Avaliação de absorção de energia de impacto uma abordagem


baseada em testes com estruturas. Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, 2009.

[6] PACIORNIK, S. Aula de Eletrônica para Automação de Processos e


Instrumentação para Engenharia Mecânica. Pontifícia Universidade Católica
do Rio de Janeiro. Disponível em: < http://www.dcmm.puc-
rio.br/cursos/eletronica/html/sld052.htm>. Acesso em: 01 de fevereiro de 2014.

[7] BIANCHIN, V. O que é Fusão e Fissão Nuclear?. Mundo Estranho,


editora ABRIL. Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-
que-e-fusao-e-fissao-nuclear>. Acesso em: 01 de fevereiro de 2014.

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