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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE)

Centro de Ciências e Tecnologia (CCT)


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará
(IFCE)
Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação (DIPPG)
MESTRADO INTEGRADO PROFISSIONAL EM
COMPUTAÇÃO APLICADA – UECE / IFCE

FRANCISCO MÁRCIO SANTOS DA SILVA

SOFTWARE EDUCATIVO EM CIRCUITOS


ELÉTRICOS AUTOMOTIVOS - ELETROAUTOS

FORTALEZA - CEARÁ
2013
FRANCISCO MÁRCIO SANTOS DA SILVA

SOFTWARE EDUCATIVO EM CIRCUITOS


ELÉTRICOS AUTOMOTIVOS - ELETROAUTOS

Dissertação apresentada à
Coordenação do Mestrado Profissional
em Computação Aplicada –
Universidade Estadual do Ceará -
UECE, realizado em parceria com o
Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia do Ceará – IFCE, como
requisito parcial para obtenção do grau
de Mestre em Computação Aplicada

Àrea de concentração: Informática Educativa


Orientador: Prof. PHD. Elian de Castro Machado

Fortaleza - Ceará
2013
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Universidade Estadual do Ceará
Biblioteca Central Prof. Antônio Martins Filho

Bibliotecário(a) Responsável – Giordana Nascimento de Freitas CRB-3 /1070

S586s Silva, Francisco Márcio Santos da


Software educativo em circuitos elétricos automotivos / Francisco Márcio
Santos da Silva. — 2013.
CD-ROM. 80 f. : il. (algumas color); 4 ¾ pol. .
“CD-ROM contendo o arquivo no formato PDF do trabalho acadêmico,
acondicionado em caixa de DVD Slin (19 x 14 cm x 7 mm)”.
Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências
e Tecnologia, Curso de Mestrado Profissional em Computação Aplicada, Fortaleza,
2013.
Orientação: Prof. Dr. Elian de Castro Machado.
Área de concentração: Informática educativa.
1. Informática educativa. 2. Software educacional. 3. Educação profissional. I.
Título.
CDD: 005
A Deus,
Senhor da minha vida
Meu Salvador em quem confio.
À minha mãe, Juvenilia,
pela sua coragem e determinação.
Meu Pai, Raimundo, um batalhador e
incentivador, participantes desta etapa
de minha vida.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela saúde, disposição e sua graça tão maravilhosa em


minha vida.

Agradeço à minha família e aos meus Pais, que sempre me apoiaram em todo
percurso da minha vida.

Agradeço ao SENAI, que sempre esteve no percurso da minha vida e do qual


sou orgulhoso por pertencer.

Agradeço aos professores do Mestrado MPCOM pela dedicação, em especial


ao meu Orientador Professor Elian Machado e ao Professor Willys, que muito
me honrou com sua presença na banca de defesa; à Professora Gilvanise, que
demonstra seu amor e dedicação pela educação, e ao Ilustre Professor José
Julião, pela contribuição a este trabalho.

Agradeço ao coordenador do MPCOMP, Professor Marcos Negreiros, por


quem tenho grande admiração, um homem dedicado.

Agradeço aos irmãos da Igreja Batista do Cordeiro, os quais em oração pedem


a Deus por mim.

Aos alunos da turma T10, que fizeram parte deste processo com união e
entusiasmo.
RESUMO

Este estudo tem como objetivo desenvolver o Software ELETROAUTOS como


uma ferramenta auxiliar para o ensino de circuitos elétricos automotivos,
comentando as etapas de desenvolvimento e implementação do software
educativo e apresentando os princípios pedagógicos que definiram os aspectos
de sua arquitetura funcional. Considerando que esta ferramenta educacional
será utilizada, preferencialmente, em cursos profissionalizantes de
aprendizagem e qualificação, submetidos aos parâmetros curriculares da atual
educação profissional brasileira, analisa-se o cenário decorrente da utilização
das novas tecnologias educacionais, baseadas no uso do computador, suas
implicações no processo ensino-aprendizagem e os novos preceitos da reforma
da educação profissional brasileira. A metodologia desenvolvida no trabalho
segue os preceitos de uma pesquisa bibliográfica que se encontra dividida em
duas etapas: a primeira é constituída da revisão literária pertinente ao tema; a
segunda é composta do desenvolvimento do software e sua avaliação por
alunos e professores. Os resultados demonstram que o software apresentou
uma avaliação satisfatória, no que se refere aos critérios pedagógicos. As
atividades experimentais desenvolvidas no ambiente virtual são vinculadas ao
modelo de laboratório tradicional por meio de simulação supervisionada pelos
professores participantes desse processo.

Palavras-chave: Informática na Educação; Software Educacional; Curso


Profissionalizante.
ABSTRACT

This study aims to develop the Software ELETROAUTOS as an auxiliary tool


for teaching automotive electrical circuits, commenting on the stages of
development and implementation of educational software and featuring the
pedagogical principles that defined the functional aspects of its architecture.
Whereas this educational tool will be used preferentially in learning vocational
courses and qualifications, subject to the parameters of the current curriculum
in Brazilian professional education, analyzes the scenario arising from the use
of new educational technologies based on the use of the computer, its
implications for the teaching-learning process and the new principles of
education reform Brazilian professional. The methodology developed in the
work follows the precepts of a literature that is divided into two stages: the first
consists of a literature review relevant to the subject, the second consists of the
development of software and its evaluation by students and teachers. The
results demonstrate that the software has presented a satisfactory assessment
in relation to educational criteria. The experimental activities developed in the
virtual environment are linked to traditional laboratory model through simulation
supervised by teachers participating in this process.

Keywords: Computers in Education, Educational Software, Vocational Courses.


LISTAS DE FIGURAS

FIGURAS
Figura 2.1 Itinerário Formativo.................................. 21
Figura 2.2 Retroprojetor de slides............................. 22
Figura 2.3 Ambiente pedagógico.............................. 25
Figura 2.4 Maquete didática...................................... 26
Figura 2.5 O computador utilizado pelo Professor.... 27
Figura 2.6 Laboratório de informática........................ 28
Figura 3.1 Software construindo e testando............ 31
Figura 3.2 Laboratório virtual construção de circuitos 32
Figura 3.3 Tela inicial do software de treinamento 33
Figura 3.4 Indice das atividades 33
Figura 3.5 Introdução do recurso 34
Figura 3.6 Associação de resisitores 35
Figura 3.7 Software Faradays 35
Figura 3.8 Simulação do circuito de carga 36
Figura 3.9 Laboratório virtual 37
Figura 3.10 Circuito paralelo 37
Figura 4.1 Circuito simples 45
Figura 4.2 Circuito em série 46
Figura 4.3 Circuito paralelo 46
Figura 4.4 Circuito de ligação a massa 47
Figura 4.5 Circuito luz de marcha ré 47
Figura 4.6 Circuito luz de freio 48
Figura 4.7 Circuito luz de estacionamento 48
Figura 4.8 Circuito da luz do farol 48
Figura 4.9 Definição da capa do software eletroautos 46
Figura 4.10 Índice com a ordem de acesso aos circuitos 47
Figura 4.11 Circuito básico – Eletroautos 48
Figura 4.12 Ambiente de estudo – circuito de freio 49
Figura 4.13 Circuito de estacionamento 50
Figura 4.14 Diagrama com relé universal 50
Figura 4.15 Alunos Pronatec 55
Figura 5.1 Circuito simples 56
Figura 5.2 Esquema elétrico luz de estacionamento 58
Figura 5.3 Lâmpada dois pólos 59
Figura 5.4 Diagrama elétrico 59
Figura 5.5 Diagrama elétrico 61
Figura 5.6 Diagrama elétrico com relé 63
Figura 5.7 Circuito simples 64
Figura 5.8 Circuito ligação à massa 64
Figura 5.9 Circuito farol 65
LISTAS DE QUADROS,TABELAS,DIAGRAMAS, GRÁFICOS.

Quadros

Quadro 4.1 Fase da metodologia ................................. 39


Quadro 4.2 Subprocesso Sophia .................................. 40
Quadro 4.3 Aspecto pedagógico do software .............. 42
Quadro 4.4 Responsáveis e ações................................ 43
Quadro 4.5 Cronograma de ações ................................ 44
Quadro 4.6 Questões/quesitos distribuídos ................. 52
Quadro 4.7 Resultados da pesquisa............................... 53
Quadro 4.8 Critérios e médias da avaliação ................... 53
Quadro 4.9 Pontos fortes e fracos ................................... 54

Gráficos

Gráfico 4.1 Critérios avaliados da usabilidade pedagógica 56

Diagramas

Diagrama 4.1 Caso de uso do software ELETROAUTOS 48


Diagrama 4.2 Exemplo de sequência lógica do programa 49
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

APRENDIZAGEM : Modalidade de Ensino na Formação Profissional


ARTEFATO : Atividades no Desenvolvimento do Software
ANFAVEA : Associação Nacional dos fabricantes de veículos
ASSINCRONO : Comunicação Eletrônica Mediada não simultâneo
CNI : Conselho Nacional de Industria
EAD : Educação a Distância
E-LEARNING : Termo Aplicativo Eletrônicos Voltado à Educação
FLEX FUEL : Termo Usado para veículos Bicombustível
FLASH : Linguagem de Programação
FEEDBACK : Retorno de uma Informação
ICONE : Pequeno Elemento Gráfico;
JAVA : Linguagem de Programa Orientada a Objeto
LDB : Legislação de Diretrizes e Bases
LAYOUT : Arranjo Esquema, Design.
LEPTOPS : Computador leve, Projeto para ser Transportado
MWM : Motores Werke Mannheim
MEC : Ministério Educação e Cultura
PAINT : Programa do Sistema Operacional Windows
PRONATEC : Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico
PHP : Linguagem de Programação
PROATIVA : Grupo de Pesquisa de Ambiente Interativos
PNEAD : Plano Nacional de Educação a Distância
QUALIFICAÇÂO : Modalidade de Ensino na Formação Profissional
RED : Recursos Educacionais
RIVED : Rede Internacional de Educação
SENAI : Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
SISTEMA S : Nome convencionado o conjunto de onze instituição
STORYBOARD : Organização Gráfica ilustrativas
SOFTWARE EDUCATIVO: Programa educativo digitalizado
SOPHIA : Grupo de Pesquisa de Ambiente Virtuais
TIC´S : Tecnologia da Informação e Comunicação
WINDONS : Sistemas Operacionais Criados pela Microsoft
OA .........................: Objeto de Aprendizagem
SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS 10
LISTA DE QUADROS 11
GLOSÁRIOS DE TERMOS 12

1- INTRODUÇÃO 15

2 – A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E A INFORMÁTICA 18

2.1 Modalidades de ensino profissionalizantes 19


2.1.1 Aprendizagem industrial 19
2.1.2 Qualificação profissional 20
2.2 A educação profissional em manutenção elétrica automotiva 22
2.3 A informática na formação profissional 22
2.3.1 Recursos didáticos tradicionais utilizados no ensino da eletricidade. 24
2.4 O ensino mediado pelo computador na formação de manutenção de 26
eletricista de automóveis

3 - A EXPERIÊNCIA DE SOFTWARES ANTERIORES – SOFTWARES 30


SEMELHANTES.

3.1 Os software utilizados no ensino da eletricidade automotiva 30


3.1.1 Software construindo e testando circuitos elétricos 31
3.1.2 Software educativo CD EL1 V1 CBT 32
3.1.3 Programa de eletricidade Básica MWM 34
3.1.4 Software educativo Faradays eletrocmagneticlab 35
3.1.5 Software Edison da designsoft 36
4 – PROCEDIMENTO METODOLOÓGICO NA CONSTRUÇÃO DO 38
SOFTWARE ELETROAUTOS.

4.1 A escolha da metodologia 40


4.2 Processo de projeto 41
4.3 Processo desenvolvimento do projeto 48
4.4 Distribuição e testes iniciais 52
4.4.1 Conclusões iniciais 56

5 – TESTES E AVALIDAÇÕES DO SOFTWARE ELETROAUTOS 58


RESULTADOS E CONCLUSÕES

5.1 Avaliação da turma PRONATEC 59


5.2 Teste do software na turma de aprendizagem 62
5.3 Comentários dos resultados avaliados 68
5.4 Relatos dos alunos ao software ELETROAUTOS 71
5.5 Análise do software pelos professores 71

6. CONCLUSÕES 75

REFERENCIAS 79

APÊNDICES

A - Questionário de avaliação inicial 82


B - Entrevista com os alunos 86
C - Entrevista com os professores 88
D - Avaliação da evolução da aprendizagem 93
15

1. INTRODUÇÃO

A concessionária é a empresa que representa as montadoras de veículos e


atua no mercado vendendo e oferecendo o suporte de manutenção técnica e
prestando serviços de reparação de manutenção corretiva e preventiva. Delgado e
Kureski (2010), analisando o mercado de serviços de reparação veicular, constataram
que, nas últimas décadas, houve uma reestruturação desse setor produtivo, em
decorrência dos avanços no campo da microeletrônica. Esses avanços motivam o
desenvolvimento de treinamentos de curta ou longa duração de carga horária
baseados em tecnologias que envolvem a eletricidade.

As mudanças nos modelos de produção e o avanço da tecnologia automotiva


promoveram no mercado de manutenção de automóveis, veículos com tecnologia
complexa mais carente de mão de obra especializada, para atuar na manutenção
desses veículos. A eletricidade e a eletrônica são exemplos de tecnologias cada vez
mais presentes de forma complexa nos veículos automotores. Essas mudanças
provocadas pela inserção de novas tecnologias nos automóveis impactaram
diretamente o ensino profissionalizante em manutenção automotiva. As reflexões das
escolas têm como resultado acompanhar técnicas de ensino, adequando uma forma
eficiente de ensinar essa tecnologia em uma linguagem mais simples e preparando a
mão de obra adequada às novas exigências do mercado, capaz de enfrentar esses
novos desafios da manutenção veicular.

Dentre os muitos problemas de aprendizagem existentes na área da


manutenção automotiva, a dificuldade no aprendizado de eletricidade e dos circuitos
elétricos do automóvel pode ser considerada tema bastante inquietante para
professores dos cursos profissionalizante e técnicos da manutenção automotiva que
se debruçam sobre o assunto e buscam alternativas para amenizar o problema.

No ensino da disciplina de eletricidade, nos cursos de qualificação profissional,


os alunos sentem a dificuldade de interpretar os diagramas elétricos. Esse fato é
constatado pelos professores no final dos treinamentos mediante as avaliações finais;
constatam que muitos não conseguem atingir as expectativas de conhecimentos
desejadas no curso. Isso é preocupante, pois é uma base de conhecimento bastante
significativa para formação e, sem essa base, fica difícil compreender outros
conhecimentos que se interligam com a eletricidade automotiva, prejudicando futuros
profissionais no exercício do diagnóstico elétrico veicular.

O ensino profissionalizante de automóveis precisa de recursos didáticos que


desenvolvam atividades experimentais necessárias para o exercício da profissão do
mecânico eletricista de automóveis. Para melhorar a eficiência do ensino dos
conteúdos de eletricidade veicular, há necessidade de atividades autônomas e
colaborativas durante o processo de ensino e aprendizagem. Pereira (2006) afirma
que o princípio da flexibilidade pressupõe o aluno visto como sujeito ativo, tratado
como protagonista do processo de formação.

Alguns sofwares educativos foram criados nos centros de treinamentos das


montadoras de veículos automotivos, no objetivo de facilitar a aprendizagem dos
16

alunos na disciplina de eletricidade automotiva. Softwares como F2K da Renault S/A,


Eletricidade básica da MWM são exemplos dentre outros de objetos de aprendizagem
mediados em computadores para aplicar nas aulas de eletricidade automotiva, afim
de diminuir a carga cognitiva de aprendizagem. Outro trabalho importante é o da
empresa Edisonlab, que disponibiliza um software proprietário, com um laboratório
virtual para construção de circuitos elétricos. O repositório Portal do Professor também
oferece programas como; Farady´s e física vivencial, que podem muito bem ser
aplicados nos cursos de eletricidade automotiva.

O desenvolvimento de novos recursos didáticos, como os softwares educativos


e os ambientes virtuais de aprendizagem, merece atenção por parte dos educadores,
principalmente numa sociedade que evolui na utilização do computador.

Aplicar uma ferramenta que favoreça o aprendizado dos alunos do curso de


eletricidade automotiva elucidará muitas questões sobre as dificuldades de
aprendizagem de circuitos elétricos e incentivará alunos a continuarem estudando
novos assuntos relacionados à manutenção elétrica e eletrônica automotiva,
contribuindo, sobretudo, na qualidade da formação.

O objetivo geral deste trabalho é desenvolver um software educativo de


circuitos elétricos automotivos, com ambiente virtual para construção de circuitos
elétricos, visando aplicar o recurso didático nos cursos profissionalizantes de
eletricidade de automóveis na modalidade de ensino presencial.

Os procedimentos metodológicos contaram com uma pesquisa bibliográfica, na


revisão da literatura, seguindo a construção e aplicação do software ELETROAUTOS.
Pela pesquisa bibliográfica obteve-se informações sobre o tema pesquisado mediante
a leitura de artigos e livros publicados.

Na elaboração deste trabalho, foram estabelecidos os aspectos pedagógicos


que nortearam o desenvolvimento de um software educativo e os requisitos
estruturados e regulamentados na sua arquitetura. Foi definido um método pedagógico
para o manuseio e a interface de navegação do software, escolhendo as
configurações computacionais para arquitetura desejada do software educativo.

A seguir este trabalho está estruturado em seções que veremos a seguir.

Na seção 2, consta a revisão de literatura e leis que regulamentam a educação


profissional, a informática e as escolas profissionalizantes na área automotiva.

A seção 3 trata do software educativo e dos tipos de software aplicados na


eletricidade automotiva

A seção 4 trata da metodologia da construção do software ELETROAUTOS,


envolvendo o método utilizado, as etapas da elaboração do software e a distribuição e
testes iniciais com turmas de eletricidade do Programa nacional do ensino técnico.

Os resultados e as discussões estão presentes na seção 5, na qual consta a


análise do AO (objeto de Aprendizagem) que nada mais é do que o software
ELETROAUTOS
17

Por fim, nas considerações finais, é feito o delineamento das conclusões


observadas pelo resultado do desempenho dos colaboradores, em face dos
pressupostos descritos pela literatura pesquisada.
18

1. A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E A INFORMÁTICA

A educação é o referencial norteador das relações sociais e o progresso para


uma sociedade sustentável e saudável. A Lei de Diretrizes e Bases da educação
brasileira (LDB) apoia a ideia de que a educação abrange os processos formativos que
se desenvolvem na família, na convivência social, no trabalho, nas instituições de
ensino e pesquisa e outras manifestações sociais.
No contexto do trabalho e da produção, a educação é um processo essencial
para o desenvolvimento da produtividade e do avanço tecnológico e do alinhamento
constante das inovações, como no caso da informática a inserção do computador e os
impactos nesse novo processo.
A lei 11.7411 de 2008 alterou dispositivos da legislação de diretrizes e bases e
integra ações da educação profissional técnica de nível médio. A educação
profissional e tecnológica integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação
e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia. Nessa mudança, ficou
evidente a preocupação do governo em direcionar a educação profissional e
tecnológica para o público jovem e adulto. A lei registra a existência de várias
modalidades de educação profissional, nas quais se destacam aprendizagem,
qualificação profissional e ensino técnico.

A escassez de mão de obra qualificada no mercado de trabalho é uma


realidade em diversos segmentos da produção no Brasil. O mundo do trabalho exige
pessoas com habilidades e competências para enfrentar eventos que desafiam a cada
dia, principalmente áreas com tecnologias complexas, como no caso da automotiva.
Nascimento e Araújo (2010) mostram que as mudanças na formação profissional
demandam de transformações ocorridas no mundo do trabalho, como a informática no
meio produtivo. Assim a educação profissional é considerada um fator estratégico de
desenvolvimento.
Na reparação automotiva, esses desafios são constantes em razão da
quantidade de informações e tecnologias disponíveis nos automóveis.

A qualificação de pessoas na formação tecnológica é fundamental para o


mercado de trabalho, e o segredo é a parceria que os centros de formação profissional
têm com as grandes empresas locais que buscam neles mão de obra qualificada.

1
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) foi criado pelo Governo
Federal, em 2011, com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica
19

2.1 Modalidades de Ensino Profissionalizantes

Para os processos de ensino e aprendizagem na formação profissional,


existem modalidades regulamentadas por lei, desenvolvidas pelo Ministério da
Educação. O ensino de qualificação, aprendizagem e os cursos técnicos são
formações bem diferenciadas que atendem a diversos perfis de alunos.
Com relação à habilitação profissional e ao estabelecimento de ensino que
desenvolverá as ações de educação profissional, a LDB elucida muitas dessas
questões. A lei afirma que a preparação geral para o trabalho e, facultativamente, a
habilitação profissional poderão ser desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de
ensino médio com instituições especializadas em educação profissional.
A instituição SENAI é um estabelecimento de ensino com foco em educação
profissionalizante, sendo especializada na formação profissional para o atendimento à
indústria (as montadoras automotivas), que atua nas seguintes modalidades de
ensino: Aprendizagem Industrial, Qualificação Profissional e Cursos Técnicos.

2.1.1 Aprendizagem Industrial

A Lei 11.741/2008 altera a LDB e faz uma observação sobre as modalidades


de formação profissional, afirmando que a educação profissional e tecnológica, no
cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e
modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia de
formação inicial e continuada ou qualificação profissional.
O curso de aprendizagem em manutenção automotiva é uma modalidade de
formação continuada regida pela lei 10.097/2000, que apoia a formação do menor
aprendiz, e complementada pela lei 11.741, que assegura a formação gratuita ao
jovem aprendiz de até 24 anos de idade. O contrato de trabalho do menor ou jovem
aprendiz é um termo que obriga as empresas, como as concessionárias, a
contratarem e treinarem o aluno para prestar serviços na empresa e estudar numa
escola regulamentada para essa modalidade, como é expresso na citação a seguir:
Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado
por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se
compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24
(vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem
formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu
desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar
20

com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação


(BRASIL lei 11.741/Art 428).
A modalidade de aprendizagem na reparação automotiva tem uma carga
horária de curso de 1200 horas, quando o aluno faz a sua formação profissional na
escola e o estágio na empresa. Na fase escolar, ele estuda todos os sistemas
mecânico, elétrico e eletrônico do automóvel, definidos em uma grade curricular com
foco na manutenção veicular. Oliveira e Simão (2012) definem a ideia de que “As
tarefas desenvolvidas pelos menores deverão ser as realizadas no próprio ambiente
em que o mesmo foi contratado, em tarefas de complexidade progressiva”.
As empresas são obrigadas a contratar os aprendizes e no caso da
concessionária de automóveis é responsável pela seleção desses jovens para serem
inseridos no trabalho da manutenção veicular.

2.1.2 Modalidade Qualificação Profissional

Outra modalidade de ensino é a qualificação profissional, regida também pela


Lei 11.741. A característica principal dessa formação e que a diferencia da
aprendizagem é a fragmentação dos treinamentos com carga horária de menor
duração, os cursos especiais.
As instituições de educação profissional e tecnológica, além dos
seus cursos regulares, oferecerão cursos especiais, abertos à
comunidade, condicionada a matrícula à capacidade de
aproveitamento e não necessariamente ao nível de escolaridade
(BRASIL lei 11.741, art 42).
A qualificação profissional segue uma carga mínima de 160 horas de curso,
desenvolvendo-se as formações com teoria e prática. Nos treinamentos de
manutenção automotiva, essas formações são ofertadas com proposta de formação
inicial e continuada, obedecendo a um itinerário formativo (figura 2.1) definido pelo
comitê técnico setorial2 em que o aluno começa pelos cursos iniciais e os cursos
sequenciais com cargas horárias definidas, respectivamente.

2
Comitê técnico setorial – São empresas industrial do setor automobilístico junto com o Senai
desenvolveram uma grade de treinamentos para o mercado brasileiro
21

Figura 2.1 – Itinerário Formativo- Fonte: CNI-SENAI.

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego - PRONATEC


é um exemplo em que a modalidade de qualificação profissional é utilizada para
formar alunos da rede pública de forma gratuita. A Lei 12.513 de 2011( BRASIL,2012)
define que um dos objetivos é expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos
de educação profissional técnica de nível médio presencial e a distância, cursos e
programas de formação inicial e continuada ou qualificação profissional.
A requalificação profissional também é uma ação de qualificação, e os
mecânicos que estão no mercado de trabalho procuram o SENAI com o objetivo de
buscar novas informações tecnológicas. Muitos deles apenas procuram as inovações
da área automotiva, principalmente assunto ligado à eletricidade, algo a que muitos
profissionais se voltam em razão da forte presença dessa tecnologia nos veículos.
22

2.2 A Educação Profissional e a Manutenção Elétrica Automotiva.

A indústria automobilística busca conquistar e manter seus clientes,


construindo veículos atrativos com inovação tecnológica. No Brasil, de acordo com a
Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores(ANFAVEA,2010),
houve um significativo crescimento do interesse por veículos nos últimos anos,
principalmente de tecnologia “flexfuel”, o que se chama de sistema de injeção
eletrônica com tecnologia baseada em eletricidade e eletrônica com computadores de
bordo.
Em 2008, foram produzidas 2.254.553 unidades de veículos com tecnologia
eletrônica “flexfuel”. No ano de 2009, houve um salto nas vendas de aproximadamente
10%, totalizando 2.543.499 unidades. Em 2010, foram produzidos 2.625,092
(ANFAVEA, 2010). Haja vista os dados mencionados, há uma necessidade de
qualificar jovens e adultos para atender a demanda de veículos com tecnologia
baseado na eletricidade.
Qualificar profissionais, seja na modalidade de qualificação e aprendizagem
ou outra, é necessário, entendendo-se que o mercado de trabalho precisa de uma
mão de obra mais especializada em eletricidade automotiva, em que o profissional
execute atividades rotineiras de manutenção com autonomia nas decisões,
enfrentando os desafios da área automobilística.
No sistema elétrico e eletrônico veicular, observa-se o crescimento das
inovações tecnológicas nos automóveis. Com isso, a manutenção desses sistemas
também cresce, e as escolas devem oferecer profissionais preparados para lidar com
essas tecnologias. Para que compreendam melhor as novas tecnologias que estão
sendo introduzidas no automóvel, são fundamentais cursos de qualificação e
requalificação.

2.3 A Informática na Formação Profissional

A Informática é outro segmento em grande ascensão na sociedade, influindo


praticamente em todas as modalidades educacionais. Os tablets, notebooks,
smartfones e celulares e dispositivos móveis e os aplicativos se expandem no
mercado consumidor. A computação móvel é também um fato concreto da nova
tecnologia da informação e comunicação. Um exemplo está nos automóveis, com os
23

kits multimídia, e nas oficinas mecânicas, com programa de diagnóstico do sistema


elétrico e eletrônico.
O ensino na formação profissional atua sobre os aspectos da reprodução dos
recursos e conhecimento do mundo do trabalho, trazendo a realidade das empresas
para a formação profissional. Aliar a qualificação e a informática na área automotiva
desenvolverá habilidades e conhecimentos para que alunos possam desenvolver suas
atividades profissionais dentro de uma realidade do ponto vista tecnológico e estrutural
da indústria automotiva.
O computador, no cenário industrial e comercial, é uma ferramenta de apoio
importante, influindo na produtividade. Na manutenção automotiva, não é possível
excluir o computador, e os mecânicos devem se adaptar se qualificando e adequando-
se a essa nova estrutura. Na realidade, é uma das missões da educação profissional
em manutenção elétrica: capacitar futuros profissionais no objetivo de se adaptar aos
recursos computacionais existentes, no caso o computador e os dispositivos móveis,
melhorando assim os diagnósticos de manutenção.
As barreiras das deficiências sensoriais, física e mental e o baixo nível de
escolarização representam também uma grande dificuldade eminente ao uso pleno de
computadores no setor automotivo. Muitos profissionais da área de manutenção têm
alfabetização insuficiente para utilização autônoma e desenvolta de grande parte dos
conteúdos e das interfaces computacionais hoje existentes.
No mercado da reparação automotiva, observa-se o computador presente
como ferramenta de diagnóstico para soluções de muitos problemas elétricos. O
automóvel é um produto tecnológico, devendo os profissionais ter equipamentos
alinhados a essas inovações. Saber apenas utilizar computador não é suficiente: é
preciso conhecer melhor softwares e suas aplicações, hardware para a interação com
os programas inseridos no automóvel por meio dos computadores de bordo e todo o
conjunto se torna indispensável para a realização de uma tarefa de diagnóstico e
reparo.
24

2.3.1 Recursos Didáticos Tradicionais Utilizados no Ensino da Eletricidade


Automotiva

Todo processo de ensino e aprendizagem exige reflexão e mudanças, com o


objetivo de propor a melhor forma de transmissão. Os métodos de ensino tradicional
ainda são bastante utilizados pelos professores. Inovações, técnicas de ensino
utilizando o computador e software educativos ainda não são assimiladas pelos
professores que na sua maioria utilizam métodos bem tradicionais. Weber e Behrens
(2010) fazem uma observação sobre o tradicionalismo e o conservadorismos de
muitos professores em sala de aula que resistem as novas práticas de ensino e
aprendizagem.
O quadro e o pincel marcador são recursos inseparáveis do professor, os quais
o docente utiliza para anotações, desenhos, esquemas elétricos e desenvolvimento de
cálculos. O uso exagerado de um só recurso, seja qual for, torna a aula monótona.
No ensino do conteúdo de circuitos elétricos, é muito comum o professor
desenhar esquemas elétricos dos circuitos do automóvel no quadro e fazer a
explicação para os alunos. Na construção dos circuitos no quadro, perde-se muito
tempo da aula desenhando, método pouco eficiente, pois alguns alunos têm
dificuldade de entender e tentam decifrar os gráficos e as simbologias que são
pertinentes aos circuitos elétricos.
Outro recurso ultrapassado, mas ainda utilizado em sala de aula nos cursos de
eletricidade de automóveis é o retroprojetor de slides ( figura 2.2 ). Esse recurso o
professor utiliza na exposição de conteúdos e esquemas elétricos. Alguns docentes o
adotam de forma exagerada, projetando a própria apostila impressa, o que pode tornar
cansativo o trabalho, pois as lâminas de projeção contêm formato fixo dos desenhos,
tornando a aula ainda mais entediante.
25

Figura 2.2 : Retroprojetor de slide. Fonte própria.

Para o desenvolvimento dos treinamentos de eletricidade de automóveis,


geralmente os ambientes pedagógicos são a sala de aula e a oficina (figura 2.3). Na
oficina, são desenvolvidas as práticas necessárias do treinamento.

Figura 2.3 : Ambiente Pedagógico Oficina. Fonte própria.

Um objeto de aprendizagem muito comum utilizado pelo professor nas práticas


de circuitos elétricos é a maquete didática na figura 2.4, para o desenvolvimento dos
circuitos elétricos. Com esse recurso, o aluno trabalha em equipe, desenvolvendo as
habilidades técnicas e interpretativas referentes aos circuitos elétricos do automóvel.
26

Figura 2.4 - Maquete Elétrica Didática. Fonte própria.


Quanto a material de consumo para as práticas da construção dos circuitos
elétricos da maquete didática, há um custo de aproximadamente 200 metros de
condutor do tipo cabinho, 3 fitas isolantes, 300 terminais tipo macho e fêmea e
componentes elétricos que se danificam com o tempo de uso, como relés, lâmpadas e
motores elétricos.
Os softwares educativos podem muito contribuir para o aprendizado dos alunos
nos cursos de elétrica. Suas características técnicas e pedagógicas podem auxiliar o
professor nesse objetivo. Para Franco (2006), as necessidades implícitas são também
chamadas de qualidade em uso e devem permitir aos usuários atingir metas, como
efetividade, produtividade, segurança e satisfação, em um contexto de uso
especificado.

2.4 O Ensino Mediado pelo Computador na Formação de Manutenção de


Eletricista de Automóveis.

. O sistema “S”, por meio do CNI (Conselho Nacional da Indústria), teve a


iniciativa de realizar a inclusão digital dos professores do ensino profissionalizante das
escolas do SENAI. Foram disponibilizados computadores para todos os professores
do ensino profissionalizante no Brasil pelo Programa Educação para a Nova Indústria.
Essa inciativa deu aos professores uma motivação, propondo um recurso
didático novo e fazendo uma reflexão sobre a prática pedagógica e o uso do
computador como meio facilitador das aulas (figura 2.5). No entanto, além do
computador, o professor necessita de outros recursos, como o projetor “data show”,
para as aulas expositivas.
27

Rodrigues et al. (2008) mostram que a mudança de postura do educador


proporciona uma socialização do seu trabalho, deixando de lado o seu isolamento.
Sendo assim, seu trabalho vem das necessidades dos educandos na construção do
conhecimento, transformando o educador em um orientador dos processos de
ensino e aprendizagem .

Figura 2.5: O computador utilizado pelo professor como recurso didático. Fonte própria.

O professor tem seus métodos de ensino e muitas opções de utilização dos


recursos didáticos, porém alguns docentes que receberam esses computadores pelo
projeto permanecem ainda com métodos tradicionais.
Nos tempos atuais o computador tem se configurado com um
artefato que tanto armazena e manipula informações quanto
promove a sua difusão através da Internet. No entanto o seu
uso como ferramenta pedagógica ainda não se dá de maneira
plenamente funcional (TAVARES,2010,p. 5).

O Laboratório de Informática (figura 2.6) é um ambiente destinado ao estudo


mediado pelo computador. A utilização deste espaço, muitas vezes, é feita pelos
professores sem muito propósito, mas apenas para acesso à internet. Nas aulas de
eletricidade automotiva, esse espaço didático não é explorado devido à falta de
softwares interativos e de professores ligados à tecnologia e a programas
educacionais.
28

Figura 2.6: O laboratório de Informática - ambiente pedagógico. Fonte própria.

Nas atividades didáticas dos professores, é comum o uso do computador


apenas como instrumento de aulas expositivas com o auxilio do programa Power Point
e na pesquisa de literaturas técnicas digitalizadas.
Muitos alunos usam computadores no dia a dia, acessando as redes sociais
pela internet. Acerca do uso do computador pelo aluno. Os professores poderiam
aproveitar essa situação e propor softwares educativos livres sobre os conteúdos de
um curso de eletricidade automotiva. Para que isso aconteça, é necessário incentivo
com relação ao emprego dos recursos digitais apropriados para o uso da
aprendizagem. As TIC´s podem muito bem contribuir para facilitar a aprendizagem dos
alunos.
Aprender circuitos elétricos exige, além de interesse e concentração do aluno,
recursos didáticos disponíveis para um adequado desenvolvimento do aprendizado.
As escolas ainda usam recursos e métodos convencionais no ensino de circuitos
elétricos. Para Franzoni, Laburú, Silva (2010), é habitual nas escolas os esquemas
convencionais serem introduzidos logo no início do estudo dos circuitos elétricos.
Desenvolver um ensino no qual o professor repasse os conteúdos com técnicas
pedagógicas tradicionais pode produzir alunos desmotivados.
Para que o profissional possa executar a manutenção elétrica veicular, é
necessário que tenha o domínio do circuito elétrico e, assim, possa traçar a lógica do
diagnóstico, consultando e interpretando o esquema elétrico para que seja realizado o
conserto. Tudo isso exige do estudante a capacidade contemplativa, algo com que
muitos alunos e profissionais na área ainda sentem dificuldade. Na formação, alguns
discentes chegam a desistir do curso ou não despertam interesse em estudar outra
tecnologia referente à eletricidade, por julgarem o conhecimento difícil e enfadonho de
apreender.
29

Por exigir certo grau de abstração, o ensino de circuitos elétricos é uma tarefa
normalmente tediosa para a maioria dos estudantes, e a aprendizagem acaba se
tornado mera memorização e operações mecânicas. A simples memorização de
operações mecânicas no estudo da eletricidade pode resultar em profissionais
despreparados para os diagnósticos elétricos.
As exigências do mundo moderno, em razão dessas dificuldades, fazem com
que as escolas de formação profissional estejam cada vez mais sintonizadas com
recursos didáticos que melhorem a formação desses profissionais. A informática
provocou, em diversos setores da sociedade, uma integração de comunicação via
redes de computadores para viabilizar diversos processos de desenvolvimento
humano. A escola deve, neste aspecto, trazer os recursos do meio produtivo para
sala de aula, ensinando a utilizá-los de forma responsável e mais profissional.
30

3. A EXPERIÊNCIA DE SOFTWARES ANTERIORES – Softwares


semelhantes

Atualmente, existem muitos objetos de aprendizagem que auxiliam o processo


de aprendizagem de eletricidade automotiva. Entretanto, alguns têm foco em circuitos
elétricos básicos e fundamentais, mas não há recursos em mídia com aprofundamento
dos circuitos específicos do automóvel, e não há programas com laboratório virtual
para a feitura dos circuitos para a melhor fixação do conhecimento. Muitos são
programas da área do tipo tutorial com assuntos teóricos e conceituais, com
animações, porém sem muitos detalhes específicos dos circuitos elétricos.

3.1 Os Softwares utilizados no Ensino da Eletricidade Automotiva

Muitos softwares educativos são encontrados na internet por meio dos


repositórios educativos disponíveis para escola e comunidade em geral; eles podem
ser aproveitados nas aulas de eletricidade como instrumento didático.
A maioria desses programas educativos é de conteúdos básicos de
eletricidade, porém os softwares específicos da eletricidade automotiva já são raros de
encontrar, principalmente os que atendam às expectativas do curso quanto a
conteúdos e exigências regionais. Sem dúvida, encontrando softwares como recursos
educacionais em maior quantidade e gratuitos, o processo de ensino e aprendizagem
seria mais dinâmico e motivador.
O uso do computador aliado ao quadro negro, giz e livro didático,
juntamente com as metodologias de ensino-aprendizagem e os
professores, tem facilitado a aceleração do processo de ensino-
aprendizagem, proporcionando aos alunos interação com o
conteúdo, através de animações, visualizações e verificações
disponíveis durante a utilização desses softwares educativos
(OLIVEIRA, AMARAL, DOMINGOS, 2011, p. 84).
Muitos softwares educativos aplicados na área automotiva são de propriedade
das montadoras. Isso significa que o uso desses programas fica limitado somente ao
professor da montadora, que muitas vezes não pode liberar o recurso em razão do
contrato de confidencialidade das informações e recursos didáticos firmados entre a
montadora e a instituição de ensino que presta serviços de treinamento.
Nas aulas de eletricidade, alguns professores tentam usar alguns softwares
educativos. Essa experiência possibilitou uma nova maneira de trabalho e os alunos
31

gostaram mais das aulas. Ferreira (2010) afirma que escolas, ao utilizarem os
recursos da informática nas aulas, permitirão a criação de espaços de aprendizagem
em que os alunos pesquisem, realizem antecipações e simulações, comprovam ideias
prévias e executam-nas. Na aprendizagem de eletricidade automotiva, esse espaço de
aprendizagem poderá ser significativo para o desenvolvimento do conhecimento dos
alunos.
A seguir, são descritos os programas e as características principais desses
softwares educativos que têm alguma semelhança com o programa proposto.

3.1.1 Software Construindo e Testando Circuitos Elétricos

Este programa pertence à Física Vivencial e é encontrado para download no


repositório portal do professor (http://portaldoprofessor.mec.gov.br). O software
abrange a educação básica do ensino médio e pode ser aplicado na eletricidade
automotiva. O conteúdo do programa é sobre os circuitos elétricos fundamentais,
teoria da associação dos resistores, geradores e acumuladores (pilhas), e
instrumentos elétricos. Na figura 3.1, está a tela principal do software com os ícones
para a navegação.

Figura 3.1 – Tela principal do Software construindo e testando circuitos


elétricos, tela principal. Fonte Disponível: www.portaldoprofessor.com.br
acesso em 8/05/2012.

O recurso tem um laboratório virtual para o exercício das atividades (figura 3.2),
possibilitando experimentação simulada dos circuitos elétricos e medições elétricas
com instrumentos do tipo multímetro.
32

Figura 3.2 – Laboratório virtual construção do circuito- Fonte


www.portaldoprofessor.com.br. acesso em 8/05/2012.

O Software possui vídeo aula e pode ser acessado no ícone chamado de


“produção de conhecimento”. Assim, o estudante poderá tirar dúvidas, assistindo ao
professor fazer as demonstrações dos circuitos.

3.1.2 Software educativo CD EL1 V1 CBT

Esse software educativo é de propriedade da Renault S/A, utilizado nos


treinamentos de requalificação profissional da rede de manutenção da concessionária.
O objetivo do recurso é aperfeiçoar seus profissionais em eletricidade básica
automotiva. O recurso didático é um tutorial interativo (figura 3.2) de navegabilidade
não linear. No programa há animações e áudio de acordo com o conteúdo proposto.

O aluno pode desenvolver o treinamento de forma assíncrona na oficina ou em


casa, e o professor pode utilizar como recurso didático no método expositivo das
aulas. O programa tem conteúdo de informações específicas dos automóveis, como
sistema de carga e partida, iluminação e sinalização.
33

Figura 3.3: Tela inicial do software de treinamento. Fonte: Programa de treinamento


Renault.

O software apresenta variados aspectos, com uma interface amigável sem


complexidade no acesso, ou seja, algo bem intuitivo. Há animações de circuitos
elétricos, contudo não há laboratório virtual para construção de circuitos elétricos. Na
figura 3.4, está o índice do programa, em que o aluno pode acessar cada aula e
assistir às explicações dos conteúdos.

Figura 3.4: Índice das Atividades. Fonte: Programa de treinamento Renault.

O programa está no português de Portugal e precisa de uma senha para


acessar, pois o recurso é de propriedade da montadora.
34

3.1.3 Programa de Eletricidade Básica MWM

A MWM3 é uma empresa de grande porte no cenário automobilístico cujo


produto de maior venda são os motores a diesel. Essa empresa também tem uma
parceria com o SENAI, que requalifica os profissionais da rede de manutenção da
linha pesada de veículos automotores.
O software que a MWM desenvolveu utiliza recurso didático tipo tutorial interativo
de navegabilidade não linear(figura 3.5). No programa, há poucas animações e não
existe áudio. O objetivo do programa é para o uso nos treinamentos de eletricidade. O
software é de propriedade exclusiva da MWM utilizado como recurso didático somente
para docente homologado pela montadora.

Figura 3.5: Introdução do recurso. Fonte: Programa de treinamento MWM.

O programa desenvolve o conteúdo da eletricidade básica, buscando direcionar


para os circuitos elétricos fundamentais, associação de resistores e Lei OHM (figura
3.6). Para a montadora de motores, é importante salienta os aspectos básicos da
eletricidade, tendo em vista o reconhecimento dessa deficiência dos seus profissionais
da rede de manutenção.

3
MWM Motores Diesel Ltda. (MWM), originalmente denominada Motoren Werke Mannheim AG, é
uma empresa brasileira de motores de combustão a diesel para veículos. Foi fundada em 1922, comprada
pela Klöckner-Humboldt-Deutz AG (KHD) em 1985 e vendida para a Navistar International em março de
2005.
35

Figura 3.6: Associação de resistores em série. Fonte: Programa de treinamento MWM.

O Software não tem um laboratório virtual para as atividades de construção de


circuitos elétricos, ficando limitado aos circuitos fundamentais da eletricidade.

3.1.4 Software Educativo Faraday´s Eletrocmagnetic Lab

Esse software se encontra para download no portal do professor


(www.portaldoprofessor.com.br). O software permite desenvolver simulações do
magnetismo (figura 3.7) e eletromagnetismo sem um laboratório montado para fazer
essas experiências.

Figura 3.7: Software Faraday´s simulando o magnetismo. Fonte:


www.portaldoprofessor.com.br acess : 12/03/2013

. A figura 3.8 mostra uma tela do programa em que o aluno simula um circuito
de carga, utilizando a torneira para o acionamento da água. Essa simulação facilita o
entendimento desse circuito, fazendo uma ligação do circuito hidráulico com o elétrico.
36

O software foi programado na linguagem Java4, e o recurso é muito simples de


ser utilizado pelo aluno. A dificuldade encontrada está no menu em inglês, o que pode
ser problema para alguns usuários.

Figura 3.8: Simulação do sistema de carga. Fonte: www.portaldoprofessor.com.br acesso:


14/03/2013.

3.1.5 Software Edison da designsoft


O software Edison possui algumas versões disponíveis na internet. O programa
é um software proprietário e a sua disponibilidade para download é mediante a compra
pelo site (http://www.edisonlab.com/English/edison).
O software é um simulador de circuitos elétricos e eletrônicos. Há um
laboratório virtual, em que o usuário interage com os componentes elétricos
disponíveis, confeccionando circuitos básicos e complexos de eletricidade. A figura 3.9
mostra o laboratório virtual para o desenvolvimento dos circuitos elétricos,
selecionando os componentes em que deseja fazer as ligações.

4
Java é uma linguagem de programação orientada a objeto desenvolvida na década de 90 por uma equipe
de programadores chefiada por James Gosling, na empresa Sun Microsystems.
37

Figura 3.9: Laboratório virtual. Fonte http://www.edisonlab.com/English/edison


Acesso em 25/03/2013.

No software “Edison”, os componentes elétricos se apresentam no formato real,


o que torna a carga cognitiva bem leve para a compreensão do circuito no momento
da construção. Ao ser construído o circuito pelo aluno, o programa vai executando o
diagrama elétrico. A figura 3.10 mostra, no lado esquerdo, o esquema montado; no
lado direito, o diagrama elétrico.

Figura 3.10: Circuito paralelo com componentes. Fonte:


http://www.edisonlab.com/English/edison Acesso: 25/03/2013.

Nas aulas de eletricidade automotiva, os professores podem aplicar esse


software, pois, com o laboratório virtual, o aluno tem a oportunidade de construir
diversos circuitos.
Com os circuitos elétricos desenvolvidos, o aluno poderá medir virtualmente
valores de tensão, resistência e corrente elétrica, utilizando o software educativo.
Essas práticas de simulação dos circuitos elétricos são bastante úteis para os
estudantes.
38

4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS NA CONSTRUÇÃO DO


SOFTWARE ELETROAUTOS

Todo desenvolvimento de um software educativo envolve profissionais da área


de informática, programação, designer gráficos, pedagogos e professores com o
objetivo de obter qualidade de programa e aceitação pelo público-alvo. Para que isso
seja uma realidade, há necessidade de adotar uma metodologia para padronização
dos procedimentos no desenvolvimento do software.
As metodologias têm uma sequência de fases a fim de possibilitarem fluxos
contínuos de correções. Com base na metodologia, poderá ter início o
desenvolvimento de produtos com uma boa comunicação entre os profissionais
envolvidos, capazes de atingir de maneira satisfatória os requisitos desejados.
Varias metodologias são divulgadas na literatura de criação de objetos de
aprendizagem. Alguns exemplos são Vaughan (2010), Costa (1998), Johnson (1992),
Oliveira, Bassani e outros.
No quadro 4.1, abaixo, estão as características e os processos de cada autor
citado e a diferença entre cada metodologia.
39

Etapas Vaughan Johnson Costa Oliveira Bassani Sophia

1 Definição Definição Concepção Escolha Levantament Processo de


da idéia do o de requisito projeto
conteúdo

2 Planificação Desenvolvim Realização Análise Análise Processo de


ento desenvolvimento

3 Produção Avaliação e Teste e Mapa Projeto/protot Processo de


manutenção validação conceitual ipação distribuição

4 Avaliação Difusão Arquitetur Teste e


a validação
navegacio
nal

5 Distribuição Exploração Storyboar


d

6 Implemen
tação

7 Document
ação de
uso

8 Utilização
avaliação
e
manutenç
ão
Quadro 4.1: Fases da metodologia por diferentes autores. Fonte: Artigo - Uma experiência para
definição de storyboard em metodologia de desenvolvimento colaborativo de objetos de
aprendizagem.

Também existem ambientes para a criação de softwares educacionais,


desenvolvidos por universidades e organismos de criação. Dentre estes a Rede
Interativa Virtual de Educação (RIVED), do Ministério da Educação (MEC), e a
Produção de Ambientes Interativos e Objetos de Aprendizagem, da Universidade
Federal do Ceará (PROATIVA).
O Projeto SOPHIA compreende um repositório de objetos de aprendizagem
que visa apoiar os alunos quanto à realização de atividades e com conteúdo de apoio
40

às disciplinas do curso Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas


(TADS), da Universidade Vale do Itajaí, em Santa Catarina. O curso é na modalidade
de ensino a distância e tem como objetivo formar profissionais da área de Computação
e Informática para atuação em desenvolvimento, implantação e gerenciamento de
sistemas de informação.
O projeto Sophia compreende um repositório de objetos de aprendizagem que
visa apoiar os alunos quanto à realização de atividades e com conteúdo de apoio às
disciplinas.

4.1 A Escolha da Metodologia

Para o desenvolvimento do software ELETROAUTOS, foi escolhida a


metodologia SOPHIA, que compreende três etapas importantes (Quadro 4.2), da
concepção à implementação do programa.

Etapa 1 1. PROCESSO DE PROJETO

Etapa 2 2. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO

Etapa 3 3. PROCESSO DE DISTRIBUIÇÃO

Quadro 4.2: Subprocesso Sophia.

Na construção do software ELETROAUTOS, seguiram-se as três etapas com


atividades definidas e organizadas pela equipe desenvolvedora (coordenador,
Professor, Designer, Programador). A equipe terá responsabilidades definidas com as
seguintes funções.

1 Coordenador: responsável pelo gerenciamento das atividades e a


comunicação entre os componentes da equipe.
2 Professor conteudista: responsável pela parte pedagógica,
conteúdos e avaliação do produto.
3 Designer: responsável pelo desenvolvimento dos conteúdos em
animações, cores e vídeos no programa.
4 Programador: implementar o programa numa linguagem específica
de máquina para gerar os conteúdos no software.
41

4.2 Processo de Projeto


Na primeira fase do processo de construção do programa, foram desenvolvidos
os seguintes artefatos:
- Artefato I - o plano pedagógico.
- Artefato II - plano de desenvolvimento.
- Artefato III - estrutura do software.

• Artefato I: Plano Pedagógico


O propósito do software ELETROAUTOS é ser um recurso do tipo tutorial, com
exercícios de reforço e interativo com o laboratório virtual, na metodologia pedagógica
do ensino profissionalizante. O público-alvo do software foi composto pelos alunos que
iniciavam a formação profissional em eletricidade automotiva, de acordo com o
itinerário formativo.
O objetivo da construção do software foi ter uma ferramenta didática específica
de eletricidade automotiva em circuitos elétricos automotivos.

O quadro seguinte contém as características pedagógicas do programa


ELETROAUTOS.
42

Iten Caraterísticas Aspectos pedagógicos

1 Práticas virtuais Desenvolvimento de circuitos elétricos no computador.

2 Práticas seguras Desenvolvimento de atividades com orientação do


professor, utilizando o computador antes das práticas no
veículo.

3 Aulas dinâmicas Utilização do computador como meio interativo e motivador.

4 Sensibilização Uso das TIC´s, preparando o aluno no contato com o


computador para o mercado de trabalho.

5 Recurso de média O programa tem um índice em que o aluno poderá interagir,


interatividade mediante os comandos lógicos do programa.

6 Aprender e simular O software tem como recurso de aprendizagem circuitos


elétricos; o usuário desenvolve o conteúdo e depois simula
e constrói o mesmo circuito elétrico automotivo.

7 Autonomia O software ELETROAUTOS é intuitivo, e o usuário é


estimulado a descobrir a forma correta de montar os
circuitos elétricos. Para isso, deve estudar antes o circuito
para que depois possa realizar a montagem.

Quadro 4.3: Aspectos pedagógicos do software.

Foi desenvolvido um roteiro (quadro abaixo) pela equipe pedagógica para as


atribuições e ações por parte de cada integrante da equipe no processo do
desenvolvimento do programa ELETROAUTOS.
43

Responsáveis Ações

Professores/ Definição de disciplina e forma de trabalhar nas atividades didáticas da


coordenador manutenção automotiva.

Coordenador 1. Pesquisa de público- alvo.

2. Levantamento dos requisitos educacionais.

3. Planejamento pedagógico dos cursos.

4. Coordenação das demais equipes.

Professores 1. Elaboração ou reutilização das situações didáticas e de conteúdo.


conteudistas 2. Pesquisa de conteúdo.

3. Mapeamento do conteúdo a ser abordado.

4. Especificação de conteúdos adicionais.

5. Avaliação do conteúdo na etapa de produção.

Quadro 4.4: Responsáveis e ações.

Artefato II: Plano de desenvolvimento

O cronograma foi também desenvolvido para a realização do projeto, definindo


responsabilidades e datas com as ações importantes para o andamento do trabalho.
Com esse plano de ação, ficou responsável o coordenador para fazer o
acompanhamento das atividades.
44

Data Ações Responsáveis

Dez / 2010 • Definição de disciplina e forma de trabalhar Professor / coordenador.


nas atividades didáticas de manutenção
automotiva e público- alvo.

Janeiro • Levantamento dos requisitos do programa e Coordenador.

Fevereiro o plano pedagógico.

Março

/ 2011

Abril • Pesquisa de conteúdo. Especificação de Professor conteudista.

Maio conteúdos adicionais.

Junho • Avaliação do conteúdo na etapa de

Julho produção.

/ 2012

Agosto a • Desenvolvimento de conteúdos em forma de Designer/programador.


dezembro / mídias, implementação das situações
2012 didáticas.

Janeiro a • Acessar o programa e fazer avaliação. Alunos e professores.


agosto / 2013

Quadro 4.5: Cronograma de ações.

• Artefato III: Estrutura do software ELETROAUTOS

O software ELETROAUTOS vem com uma linguagem de programação em


flash, com objetivo de criar opções para as atividades virtuais e autônomas dos
estudantes, propondo conteúdos teóricos, simulando circuitos elétricos automotivos e
dispondo de um ambiente virtual para os exercícios.
A escolha do programa em que vai funcionar o software foi uma decisão da
equipe desenvolvedora. Para o software ELETROAUTOS, foi necessário refletir sobre
uma linguagem de programação de fácil utilização para atingir os propósitos. Escolher
uma linguagem de programação que tenha recursos de interatividade, produzindo
imagens e simulação, é fundamental. A linguagem em flash, no entendimento da
equipe, atende a essas expectativas.
O programa da Adobe Flash conhecido como Flash Professional MX flash 8.0 é
uma linguagem de autoria utilizada para construção de animações interativas e
conteúdos digitais. Muerer, Steffani (2009) comentam que o flash disponibiliza
45

ferramentas que permitem importar figuras e animações cujas características


primitivas, como cor, tamanho, movimentos e formas, podem ser modificados.
Pode-se associar o programa Flash MX, pela sua flexibilidade e baixo grau de
complexidade, a outras linguagens. As características do programa Flash MX são
consideradas cúmplices no desenvolvimento de muitos objetos de aprendizagem, pela
flexibilidade e nível de complexidade menor em relação a outros programas, como
JAVA e PHP. Sua flexibilidade obtém o poder de expor o conteúdo digitalizado de
forma totalmente acessível.

• Conteúdo didático do programa

O conteúdo do software foi definido pela equipe pedagógica (professores e


coordenador), contendo oito circuitos elétricos: três fundamentais da eletricidade e
cinco circuitos específicos do automóvel, da disciplina Iluminação e sinalização.
O descritivo dos circuitos fundamentais está definido abaixo com função e
características, de acordo com Irwin (2005, p. 32).

Circuitos fundamentais

“Um circuito é um conjunto de componentes eletrônicos interligados”.


• Circuito elétrico simples – será um elemento interligado por fios
condutores alimentados por um acumulador de energia.

Figura 4.1 – Circuito Simples.


46

• Circuito elétrico em série – circuito formado por malha única e ligado


por dois ou mais elementos em série, quando são atravessados pela mesma corrente.

Figura 4.2 - Circuito em Série.

• Circuito elétrico paralelo – formado por um único par de nós, em que


dois ou mais elementos estão ligados em paralelo, quando se encontram submetidos à
mesma tensão.

Figura 4.3 – Circuito Paralelo.


47

• Os circuitos específicos da disciplina Iluminação e sinalização

Os respectivos conteúdos são definidos e baseados no material


eletroeletrônica veicular do CNI-SENAI (2010):

• Ligação à massa (figura 4.4) – um circuito elétrico sempre termina por


um retorno à fonte. Os fabricantes utilizam seguidamente o chassi ou a carroceria
como condutor de retorno. Esses condutores metálicos são chamados de retorno.

Figura 4.4- ligação a massa

• Circuito de marcha a ré (figura 4.5) – as luzes de ré, brancas acendem


automaticamente quando a marcha a ré é engatada para iluminar a zona traseira do
veículo.

Figura 4.5 – Circuito de marcha ré

• Circuito de freio (figura 4.6) – as luzes de freio têm um papel importante


no que diz respeito à segurança da direção. É comandado por um interruptor fixado na
pedaleira, na extremidade do pedal de freio.
48

Figura 4.6 – Circuito luz de freio

• Luz de estacionamento ( figura 4.7) – a luz de presença permite ao


motorista perceber a existência de outro veículo.

Figura 4.7 – Circuito luz de estacionamento

• Circuito farol( figura 4.8) – o bom funcionamento dos faróis é essencial


para a segurança dos motoristas, pois permite a eles se beneficiarem de boa
visibilidade na estrada durante a direção noturna.

Figura 4.8 – circuito luz do farol


49

• Relacionamento usuário e o software


O diagrama de caso e uso utilizado pela equipe desenvolvedora, no gráfico abaixo,
mostra como foi definido o relacionamento do usuário com o software educativo
ELETROAUTOS na execução das atividades de aprendizagem.

Diagrama 4.1: Caso de uso do software ELETROAUTOS. Fonte: ArgoUML.

. De acordo com o diagrama 4.1, o aluno seleciona a atividade, estuda o circuito


elétrico e, em seguida, faz a atividade de fixação, no final de todas as atividades;
verifica através de uma avaliação final, daquilo que aprendeu.

Relação : índice e conteúdos

Com relação aos conteúdos propostos, foi uma relação entre os circuitos e o
laboratório virtual. Todos os circuitos tinham uma relação com o índice e o circuito
com o laboratório virtual para a construção do circuito desenvolvido.

Índice Circuito elétrico Exercicio – Lab


Virtual
Diagrama 4.2 – Exemplo de sequência lógica do programa
50

Essas telas mostram um exemplo de sequência lógica do programa com relação


aos circuitos vistos no diagrama 4.2 .

4.3 Processo de Desenvolvimento do Projeto

Para a equipe desenvolvedora, a dinâmica com a imagem da capa (Figura 4.3)


desperta a curiosidade do estudante para acessar o software. O índice mostra os
circuitos de iluminação, que é o conteúdo nos circuitos elétricos do programa.

Figura 4.9: Definição da capa do software definido.

O índice (Figura 4.10) contém a relação dos circuitos dispostos nos ícones em
retângulo com o nome de cada circuito que se deseja estudar. Os ícones direcionam o
aluno para o conteúdo, propondo o acesso a cada circuito.

Figura 4.10: Índice com os ícones dos circuitos.


51

O layout da tela mostra uma estética agradável com cores não muito fortes. No
canto da tela, há um ícone com o nome CAPA, direcionando o estudante de forma
intuitiva para o retorno a tela anterior.
A figura 4.11 mostra a tela do circuito básico simples, caso o aluno queira
retornar para o ÍNDICE. Ele pode clicar no ícone que está no canto da tela.

Figura 4.11: Circuito básico ELETROAUTOS.

No momento em que o estudante estiver analisando o circuito, poderá clicar


nos componentes elétricos (interruptores, bateria, lâmpada) do esquema, e haverá
uma animação dos elétrons, passando pelo fio condutor do polo positivo ao polo
negativo da bateria e mostrando para o aluno o comportamento dos elétrons no
acionamento da lâmpada. Essa animação é importante porque mostra que o sentido
convencional da corrente elétrica é contrário ao sentido do fluxo de elétrons.
No programa, há informações dos componentes envolvidos no circuito elétrico.
No momento em que o aluno interage com o circuito, ele vai clicando no ícone PASSO
a PASSO do lado esquerdo da tela, e o circuito vai se formando no padrão de
esquema elétrico com o formato dos componentes reais.
52

Figura 4.12 - Ambiente de estudo - circuito de luz de freio.

No circuito da luz de freio (Figura 4.12), existem dois exemplos de formatos


diferentes de circuito: um representa o formato de diagrama elétrico; outro o formato
do circuito com os componentes reais. A gravura, que representa o pé do motorista no
pedal, ajuda o aluno na compreensão do acionamento deste circuito elétrico. Assim o
estudante faz a associação mental do circuito, entendendo a forma como este
funciona.

O laboratório virtual (Figura 4.13) é destinado às montagens experimentais de


circuitos elétricos, sem necessidade de gastos de material de consumo elétrico ou
quebra de algum componente elétrico no processo de aprendizagem.

Figura 4.13: O laboratório virtual do circuito de luz de estacionamento.

O laboratório virtual sempre vai finalizar o aprendizado de cada circuito, com


uma atividade de construção de circuitos elétricos, mostrando o resultado dos circuitos
53

montados com resposta correta ou errada. Assim, o aluno vai testando se aprendeu de
fato a fazer o circuito sozinho.
.

Figura 4.14: Diagrama do relé universal.

Outro aspecto que o software propõe na aprendizagem do aluno, são as


informações tecnológicas atualizadas com a utilização de componentes mais
complexos inseridos no automóvel. O diagrama da figura 4.14 mostra um circuito com
um relé universal e a aplicação dele em um circuito elétrico.

4.4 Distribuição e testes iniciais

A distribuição do programa foi realizada nas turmas de eletricidade automotiva


de aprendizagem e qualificação profissional, quando foi procedida a apresentação do
produto para os alunos, a fim de realizar os ensaios do programa.
O método didático utilizado com o uso do recurso foi organizado de forma que
os alunos trabalhassem em dupla com um computador, para verificar a promoção da
integração destes por intermédio da construção dos circuitos propostos e nos
exercícios, observando se haveria de corrigir algum erro do programa.

.
54

Figura 4.15: Alunos do PRONATEC. Fonte própria.

Depois da distribuição do programa ELETROAUTOS, foi realizado um


questionário do tipo Escala Likert, com 20 perguntas (Apêndice A) baseadas na
usabilidade pedagógica de Nokelaine (2006). Desta forma, houve um feedback do
programa pelos alunos, verificando os aspectos positivos e negativos.

O questionário aplicado em uma turma é baseado em dez fundamentos da


usabilidade pedagógica, indicados no quadro 4.4 seguinte. Na aplicação do
questionário, foi mostrado o significado de cada critério no sentido de verificar se o
programa teria atributos pedagógicos na sua facilidade de uso.

Quant Critérios
Questões

2 Controle do aluno 1 2

2 Atividade do aluno 3 4

2 Aprendizagem cooperativa, colaborativa e motivação 5 6

2 Orientação a objetos 7 8

2 Aplicabilidade 9 10

2 Valor agregado 11 12

2 Motivação 13 14

2 Avaliação de conhecimento prévio 15 16

2 Flexibilidade 17 18

2 Feedback 19 20

Quadro 4.6: Questões / Quesitos distribuídos – Fonte própria.

No quadro 4.7 estão, os resultados tabulados do questionário trabalhado


com 20 alunos que participaram da distribuição do ELETROAUTOS.
55

A L U N O S

Item 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 Média

1 4 5 4 4 4 4 4 5 4 4 4 4 5 4 4 5 5 5 5 5 4 5 4.40

2 4 5 5 5 5 4 5 5 5 5 5 5 5 5 4 5 5 5 5 5 5 4 4.81

3 2 4 3 4 2 4 4 2 3 5 4 3 4 2 5 4 4 5 4 5 2 4 3,45

4 4 5 4 5 5 5 5 4 4 5 4 5 5 5 5 5 4 5 4 5 5 4 4.63

5 4 5 4 5 3 5 4 1 4 4 4 4 5 5 4 5 5 5 5 4 5 4 4.27

6 4 5 4 5 5 5 5 5 4 5 5 5 5 5 3 4 5 1 4 5 5 5 4.50

7 4 4 5 4 4 5 4 3 4 5 4 4 5 5 5 5 5 5 4 5 5 4 4.45

8 3 5 5 4 5 5 5 5 4 4 4 5 5 4 5 4 5 5 5 5 4 4 4.54

9 5 4 4 4 5 5 5 4 4 5 5 4 5 5 5 4 5 5 4 5 5 4 4.59

10 4 2 4 4 5 4 4 1 5 1 4 4 5 5 5 4 1 1 5 5 4 4 3.68

11 4 5 5 5 5 5 4 4 5 5 4 3 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 4.68

12 5 4 4 4 4 4 4 4 3 4 4 5 5 5 5 5 4 5 5 4 5 4 4.36

13 5 5 5 5 5 4 5 4 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 4.81

14 4 5 4 4 4 5 5 4 4 4 5 4 5 5 5 4 4 5 5 5 4 4 4.45

15 4 4 4 2 4 4 4 5 4 4 5 5 4 5 5 3 1 2 5 4 5 4 3.95

16 4 5 4 2 4 3 4 5 5 3 4 4 5 5 4 4 2 2 4 5 5 4 3.95

17 4 5 4 4 5 5 4 3 5 5 5 5 5 5 4 4 5 5 5 5 4 4 4.54

18 4 4 4 4 5 5 5 4 4 4 5 3 5 5 5 4 5 5 5 5 4 4 4.45

19 4 4 4 2 4 4 1 4 4 2 5 4 5 5 3 3 5 5 4 5 4 4 3.86

20 4 4 4 4 4 4 5 3 4 5 5 4 5 5 4 4 5 5 4 3 5 4 4.27

Quadro 4.7: Resultados da pesquisa.

Com os dados tabulados no quadro 4.7, foi realizado o cálculo da média de


cada critério, dividindo o resultado do somatório pelo número de alunos. Cada critério
no questionário é identificado por duas questões no formulário de pesquisa. Assim, no
momento de definir a média de cada critério, foi realizada a soma das questões,
dividindo-se por dois, para obter a média final (Quadro 4.8).
56

item Quesitos Média

1 Controle do aluno 4.60

2 Atividade do aluno 4.04

3 Aprendizagem 4.38
cooperativa, colaborativa e
motivação

4 Orientação a objetos 4.49

5 Aplicabilidade 4.13

6 Valor agregado 4.52

7 Motivação 4.63

8 Avaliação de 3.95
conhecimento prévio

9 Flexibilidade 4.49

10 Feedback 4.06

Quadro 4.8: Critérios e médias da avaliação.

O gráfico 4.1 mostra o diagrama de Pareto, onde os resultados são


apresentados.

Gráfico 4.1: Critérios avaliado da usabilidade pedagógica.

4.4.1 Conclusões iniciais

Para uma avaliação inicial do programa pelos alunos, mostrou-se que os


aspectos motivacionais gerados pelo programa foram o ponto mais destacado,
atingindo a maior pontuação.
Foram também pontuadas, através de observações dos professores, algumas
opiniões e sugestões de melhoria no software. Abaixo, uma tabela de pontos fortes e
fracos destacados no momento da aplicação.
57

PONTOS FORTES PONTOS A MODIFICAR

Imagens e ilustrações. Outros tipos de circuitos do automóvel.

Ilustrações do material e linguagem fácil. Travam em alguns circuitos elétricos nos


exercícios.

Interface dinâmica e boa usabilidade. Não tem como alterar algum dado do
conteúdo e das imagens.

Conteúdo com assuntos específicos da Exige conhecimento em flash para melhorar o


eletricidade de automóveis. programa.

Atividade de fixação virtual. Cores muito fortes.

Recurso didático para auxilio nas aulas. Erros de português.

Boa portabilidade e granulidade.

Quadro 4.9: Pontos fortes e fracos.

Foram realizadas algumas modificações no programa, como correções de


alguns erros de português e circuitos que travavam no momento das execuções das
atividades. Também foram efetuadas as mudanças nas imagens e cores de
determinadas animações e outros pontos fracos evidenciados na pesquisa inicial.
58

5 TESTE E VALIDAÇÃO SOFTWARE ELETROAUTOS – RESULTADOS


CONCLUSÕES

Para a validação do software ELETROAUTOS na aprendizagem de circuitos


elétricos de automóveis nos cursos presenciais do SENAI, foram realizados dois
momentos na pesquisa. No primeiro, foi utilizada uma amostra com 20 alunos das
duas turmas do curso de mecânico eletricista automotivo, na disciplina iluminação e
sinalização, do PRONATEC, com duração de 200 horas. No segundo momento, foi
desenvolvido um trabalho de pesquisa com 11 alunos da turma de aprendizagem de
manutenção automotiva da concessionária Volkswagen, na disciplina iluminação e
sinalização.
Para verificar a eficiência do programa, foi aplicada avaliação de
conhecimento, baseada nos conteúdos de eletricidade e interpretação de esquema
elétrico (Apêndice B).
Na aplicação da avaliação (Apêndice D) nas turmas, a do PRONATEC foi
denominada de turma “A”, aquela na qual foi aplicado o software educativo; a outra
denominada de turma “B”, na qual foi usado o método tradicional para o ensino de
circuitos elétricos. O objetivo da avaliação é verificar a performance das duas turmas e
depois fazer uma análise de aprendizagem de circuitos elétricos automotivos, saber o
resultado das turmas e se houve evolução satisfatória de aprendizagem na turma em
que foi aplicado o programa.

5.1 Avaliação turma PRONATEC

O primeiro aspecto da avaliação aplicada tem como objetivo verificar se o


Software ELETROAUTOS atingiu o esperado com relação ao conhecimento teórico
proposto de circuitos elétricos fundamentais e específicos. Para isso, foram
constituídas avaliações com pergunta subjetiva de determinadas questões importantes
de eletricidade.
59

A primeira questão abordada foi identificar, por meio de um circuito simples, os


principais componentes elétricos (Figura 5.1).

Figura 5.1: Circuito Simples.

O objetivo é perceber, com esse tipo de questão, se o aluno aprendeu a


associar a simbologia com determinadas peças, no momento da interpretação do
esquema elétrico. O resultado foi o seguinte:

Relação da turma “A” e “B”.

Turmas Percentual (acertos)

A 100

B 60

A segunda questão abordada foi verificar se os alunos saberiam, por meio dos
diagramas, identificar dois circuitos básicos da eletricidade. O resultado foi este:

Relação da turma “A” e turma “B”

Turmas Percentual (acertos)

A 100

B 40

Na terceira questão, foi perguntado sobre o significado da ligação à massa.


Na turma “A“, todos os alunos definiram de forma correta. A seguir algumas definições
dos alunos:
60

“Uma ligação feita na carroceria do veiculo, onde é carregada pelo negativo da


bateria” (Marcos).

“Ligação a, massa, borne negativo da bateria para ligar na carroceria.”


(Afonso).

“Ligação a massa é o negativo da bateria que se conecta a carcaça do veiculo.”


(Wallace)

Na turma “B”, nenhum dos alunos conseguiu responder de forma satisfatória


uma definição tão simples e básica do circuito elétrico do automóvel. Essa questão, na
avaliação da maioria dos alunos, ficou em branco. Algumas definições dos alunos, de
forma equivocada:
“eu entendo que ligação a massa vem do próprio carro“ (Lucas)

“toda a carcaça do veiculo” (Paulo)

“que é o aterramento do veiculo que vem diretamente da bateria” (Filemon)

Na quarta questão, foi apresentado um esquema elétrico de um circuito de


automóvel (Figura 5.2) e perguntado o nome do circuito elétrico.

Figura 5.2: Esquema elétrico do sistema de luz de estacionamento.

Os alunos da turma “A” responderam com 100 por cento de acerto, já a turma
B não deu nenhuma resposta correta.
Outra questão apresentou a figura (5.3) de uma lâmpada de dois polos dos
faróis (figura 5.3) para os alunos definirem o que representava.
61

Figura 5.3: Lâmpada de dois polos.

Na turma “A”, todos deram uma resposta satisfatória; na turma B, apenas um


aluno respondeu corretamente.
Para finalizar a avaliação, foi verificado se, de fato, os alunos das turmas “A” e
“B” sabem interpretar um diagrama elétrico especifico da eletricidade automotiva.
Fazer uma leitura correta do diagrama elétrico é um objetivo importante a ser
alcançado pelos alunos. A turma “A”, como já foi registrado, utilizou o software para a
aprendizagem dos circuitos elétricos.
Na avaliação, foi apresentado o diagrama de um circuito elétrico, na figura 5.4,
do farol alto e baixo de um automóvel Gol Volkswagen. Foram destacadas dez
perguntas diretas, e os alunos deveriam consultar o esquema elétrico e responder.
Assim, de acordo com a resposta, tem-se a possibilidade de saber se os alunos
entendem ou não o esquema.

Figura 5.4: Diagrama elétrico.


62

Foi feita a pergunta sobre o nome do circuito elétrico em destaque.

O resultado, em percentual, foi este:

* Turma “A” 100 de acerto

* Turma “B” 30 de acerto

Outra pergunta foi sobre o significado das figuras no diagrama que representa
componentes elétricos em forma de simbologia.
O resultado, em percentual, foi o seguinte:

* Turma “A” 80 de acerto

* Turma “B” Ninguém acertou

Outro questionamento foi sobre o significado dos fusíveis de proteção e o tipo de


alimentação elétrica envolvida no diagrama.
Resultado, em percentual:

* Turma “A” 80 de acerto

* Turma “B” 40 de acerto

5.2 Avaliação do Software na Turma de Aprendizagem

Na turma da aprendizagem, foi desenvolvida a disciplina Sistemas Elétricos de


Iluminação e Sinalização automotiva, com 80 horas de carga horária. No primeiro
momento, o professor não aplicou o software; depois foi realizada a avaliação.
Em outro momento, foi apresentado o software e aplicado nos leptops para a
realização das atividades virtuais que o programa oferece, quando as possíveis
dúvidas poderiam ser tratadas com o recurso. Após finalizar as atividades, foi aplicada
a mesma avaliação (Apêndice “D”), para observar se houve progresso no que
concerne à avaliação anterior.

Abaixo, alguns resultados da avaliação na pesquisa:


Questão 01 - Conhecimentos sobre as principais simbologias do circuito elétrico
63

Sem a utilização do software

Sobre as simbologias dos componentes dos circuitos elétricos, os alunos


responderam de forma satisfatória, sem precisar de outro recurso didático. Apenas
dois deles não reconheceram as simbologias da ligação à massa.

Com a utilização do software

Depois de utilizar o programa, houve 100 por cento de acerto sobre as


questões representativas dos componentes elétricos automotivos. Os dois alunos que
não reconheceram a ligação à massa agora responderam corretamente.

Questão 2 - Conhecimento sobre os circuitos fundamentais

Sem a utilização do software

Foram destacados na avaliação dois tipos de circuitos elétricos diferentes, um


em série e o outro paralelo, para que os alunos pudessem apontar o tipo de circuito
em foco. O resultado foi este: apenas um aluno não reconheceu o circuito elétrico de
nível fundamental. Esse resultado é considerado muito bom.

Com a utilização do software

Houve 100 por cento de acerto na identificação dos circuitos fundamentais. O


aluno que deixou em branco a resposta na primeira avaliação, na segunda, corrigiu
com a resposta correta.

Questão 3 - Foram abordados alguns temas abertos sobre circuitos elétricos,


para verificar se os alunos sabem escrever sobre determinados temas da eletricidade
veicular. O resultado está em sequência.

Sem a utilização do software

• Quase 100% dos alunos não sabe definir o que é uma ligação à massa
veicular.
64

• Somente 15% dos alunos souberam explicar a diferença de diagrama elétrico


e circuito elétrico.
• 80% alunos souberam definir o significado das linhas elétricas do circuito.

Com a utilização do software

• 80% dos alunos souberam responder o significado da ligação à massa e a


diferença entre circuito e diagrama elétrico.

Questão 4 - Interpretação do esquema elétrico

Foi investigado se os alunos sabem interpretar esquemas elétricos de um


circuito de sistema de iluminação.
Sem a utilização do software

Sobre o diagrama mostrado na figura 5.6, 80% dos alunos não souberam
responder do que se tratava o diagrama elétrico.

Figura 5.6: Diagrama elétrico l


65

Com a utilização do software


Houve 100 por cento de acerto dos alunos.
.
Questão 5 - O diagrama da figura 5.7, destacado na avaliação, foi para saber
que tipo de circuito e a finalidade no sistema elétrico do automóvel.

Sem a utilização do software


Resultado: ninguém acertou sobre a importância do circuito e para que serve
no automóvel.

Figura 5.7: Diagrama elétrico com relé.

Com a utilização do software

Os alunos que tiveram dúvidas sobre os dois circuitos de iluminação na


primeira avaliação, com o uso do software, melhoraram o conhecimento, elevando
para 80% o índice de acerto nos diagramas.

Sem a utilização do software


Questão 6 - Outro aspecto no contexto da interpretação dos diagramas
elétricos foi fazer um paralelo entre as figuras 5.8 e 5.9 e mostrar se existe alguma
diferença.
66

Figura A

Figura 5.8: Circuitos simples.

Figura B

Figura 5.9: Circuito de ligação à massa.


Apenas um aluno argumentou com lógica a sua resposta. Os demais
deixaram respostas em branco por não terem noção da resposta.

Com a utilização do software

No momento seguinte, houve 100% de acerto, com bons argumentos


por parte de alguns alunos e explicações detalhadas.
Sem a utilização do software
Questão 7 - Na última questão, foi destacado o esquema elétrico do farol
veicular e feitas algumas perguntas para saber se o aluno sabe interpretar o
esquema.
67

Figura 5.10: Circuito de farol.

• 80% não sabem a que se refere o esquema elétrico.


• 70% não sabem diferenciar uma ligação à massa do circuito.
• 75% não sabem a finalidade do fusível no circuito.

Com a utilização do software

• 80% responderam a que se refere o circuito.


• 100 % dos alunos souberam diferenciar uma ligação à massa.
• 80% dos alunos sabem identificar os componentes de forma simbólica.
• Todos sabem localizar um fusível e verificar no esquema o que ele protege.

5.3 Comentários dos Resultados Avaliados

Numa análise dos resultados da avaliação nas duas turmas do PRONATEC, no


aspecto dos conhecimentos específicos entre a turma “A” e a turma “B”, pode-se
concluir que os resultados da turma “A”, que utilizou o software ELTROAUTOS, foram
bastante satisfatórios, mostrando bom desempenho nos acertos das questões
propostas em relação à turma “B”.
A seguir, estão alguns aspectos destacados da turma “ A”:
68

• Acerto de 80% de todas as questões propostas na avaliação.


• Boa motivação dos alunos no estudo dos circuitos elétricos, utilizando o
recurso didático no laboratório de informática.
• Conhecimento das principais simbologias de componentes elétricos do
automóvel.
• Sabem distinguir os circuitos paralelos à série e os específicos do sistema de
iluminação.
• Definem com clareza o significado de ligação à massa e as linhas elétricas
automotivas.

Os alunos da turma “B”, na qual não foi aplicado o software, demonstraram um


nível muito baixo de conhecimento. Certamente isso impactará no exercício da
profissão no mercado, pois não haverá progresso em decorrência da falta de
conhecimentos básicos e especificos.

Na sequência, coletaram-se alguns aspectos relevantes a destacar na turma


“B”:

* Resultados abaixo da média desejada, com percentual inferior a 50 %.


* Alunos não conhecem as principais simbologias elétricas do circuito.
* Não sabem distinguir os circuitos elétricos fundamentais.
* Não reconhecem o circuito especifico do automóvel no diagrama elétrico.
* Têm dificuldade de definir a ligação à massa e não a reconhecem no diagrama
elétrico.
Certamente, se o programa tivesse sido aplicado na turma “B”, poderia haver
melhora na aprendizagem em diversos aspectos, tanto no estímulo dos alunos como
na abordagem dos conteúdos, com a utilização do laboratório virtual e nas atividades
práticas na oficina, assim como foi realizado na turma “A”.
Na análise dos resultados quanto à interpretação dos diagramas elétricos, na
turma “A” responderam todas as perguntas da avaliação do esquema elétrico,
mostrando que o software ELETROAUTOS foi importante e decisivo para a
aprendizagem. No momento em que os estudantes conseguem interpretar um
diagrama elétrico, abre-se uma expectativa para aprender outros diagramas mais
complexos do automóvel.
69

O resultado da turma “B”, na interpretação do diagrama elétrico, teve rendimento


abaixo da média. Isso permite perceber que os alunos não aprenderam muita coisa
sobre eletricidade automotiva.
Abaixo, os pontos importantes a destacar sobre as turmas “A” e “B” no processo
de interpretação de um diagrama elétrico automotivo:

Turma “A”

• Os alunos sabiam das principais representações simbólicas do esquema


elétrico.
• A maioria reconheceu o esquema elétrico da avaliação.
• Reconhecem as principais linhas elétricas energizadas.
• Reconhecem estratégias de massa, localizando-as no esquema elétrico.
• Definem as proteções elétricas, localizando-as no esquema elétrico.

Turma “B”

• A maioria não reconhece o nome do esquema elétrico.


• A maioria dos alunos não sabe localizar os pontos de massa no esquema.
• A maioria dos símbolos elétricos os alunos não sabem definir.
• Alguns deixaram pontos em branco na resposta da avaliação.
Na turma da aprendizagem de manutenção automobilística da concessionária
Volkswagen, os alunos não alcançaram bom desempenho antes de aplicar o software
em alguns critérios.
A seguir, alguns aspectos em que deixaram a desejar:
• 90% dos alunos sabem definir as linhas elétricas de um circuito.
• 80% dos alunos não sabem responder o significado da ligação à massa e a
diferença entre circuito e diagrama elétrico
• Apenas um aluno argumentou com lógica a sua resposta, ao passo que os
demais deixaram as respostas em branco por não terem noção dela.

Na aplicação do programa ELETROAUTOS, houve uma melhora muito


significativa na aprendizagem dos alunos. Esses aspectos mostram o favorecimento
que o software ensejou na contribuição do conhecimento dos alunos.

Eis Alguns aspectos a destacar dessa melhoria:


70

• Os alunos que tiveram dúvidas sobre os dois circuitos de iluminação na


primeira avaliação com o uso do software melhoraram o conhecimento,
elevando para 80% o índice de acerto dos diagramas.
• 80% dos alunos souberam responder o significado da ligação à massa e a
diferença entre circuito e diagrama elétrico.
• Houve 100 por cento de acerto na identificação dos circuitos fundamentais.
• No momento depois, houve 100% de acerto, com bons argumentos por parte
de alguns alunos, explicando com detalhes.

5.4 Relatos dos Alunos com relação ao Software ELETROAUTOS.

Foram colhidas, por meio de entrevista (Apêndice B) opiniões dos alunos com
relação ao ELETROAUTOS. A entrevista foi composta por oito perguntas, com o
objetivo de tratar alguns aspectos importantes do software. Os entrevistados tiveram
nomes fictícios quando citados neste trabalho de pesquisa.
No aspecto dos requisitos não funcionais do software ELETROAUTOS,
observa-se, pelos comentários dos entrevistados, a satisfação sobre algum requisito.
A funcionalidade do programa, como imagens, cores, ilustrações e recursos, foi
destacada pelos alunos.
“As imagens, modelos e cores de cada peça, ferramenta e condutor estão
bem ilustradas” (Abrãao).

“O material é bem ilustrado e de fácil entendimento” (Israel).

“Ele esclarece bem algumas partes do sistema elétrico automotivo” (José).

“O programa possui um recurso aonde ao passar o mouse por cima da


abreviatura informa o significado” (Josué).

A usabilidade é outro requisito destacado pelos alunos no uso do software


educativo. Nesse aspecto, percebe-se que os alunos sentiram fácil controle do
programa e escolheram o que desejavam estudar nos conteúdos do programa.
“O programa disponibiliza um menu inicial que proporciona o usuário
escolher o assunto” (Davi).

“O material permite que a gente construa o circuito da maneira certa”


(Samuel).

“A interface do programa é bem dinâmica e fácil” (Jecé).

“O recurso “aponte e clique” permite a fácil movimentação pelos menus”


(Salomão).
71

“È um programa de rápido aprendizado, e que facilita no controle das


tarefas” (Samuel).

Mesmo que o índice do programa (Figura 5.4) proponha uma ordem coerente
de aprendizagem para os alunos, o programa não tem linearidade, pois eles têm a
liberdade de escolher os circuitos elétricos que quiserem estudar.

Figura 5.11: Índice com a ordem de acesso dos circuitos.

O conteúdo também é um critério bem destacado pelos entrevistados. Os


alunos comentaram que não encontraram dificuldades nem se sentiram perdidos na
aprendizagem por falta do entendimento de algum texto.
“O programa tem textos explicativos”(Jó).

“Além de uma linguagem fácil, alguns objetos vem com detalhes a mais se
você clicar nele” (Zacarias).

“Em assuntos mais específicos tinha disponível um conteúdo disponível”


(Jabez).

O programa prende a atenção do aluno. Muitos destacaram o laboratório


virtual (Figura 5.4.1) como uma forma de chamar a atenção, em virtude da construção
dos circuitos elétricos.
72

Figura 5.12: Laboratório virtual.

Para os entrevistados, fazer os circuitos é um desafio e exige concentração.


“Para realizar a montagem dos circuitos, requer atenção do usuário”
(Habacuque).

“Precisa o máximo de atenção, senão poderá errar a questão” (Malaquias).

“Fiquei muito concentrado no programa” (Daniel).

Nas reações dos alunos, eles querem desenvolver outros circuitos elétricos
diferentes dos exercícios já propostos pelo programa.

5.5 Análise do Software pelos Professores

Foram entrevistados quatro professores e trabalhados os aspectos da prática


docente ao software ELETROAUTOS. Os seus nomes também são fictícios.
Os professores concordaram com a ideia de que o software trouxe melhor
forma de ensinar, por meio da usabilidade e da interface amigável.
“Com sua interatividade e dinamismo, o software facilita o processo de
ensino-aprendizagem pois mostra de forma fácil e amigável os principais
componentes dos sistemas elétricos bem como o seu funcionamento que
sem a utilização do software exigia bastante poder de abstração dos alunos”
(Professor Raimundo).

No comentário do Professor Raimundo, pode-se ver que o software atinge bem


as expectativas das aulas de circuitos elétricos. Os recursos facilitaram o raciocínio
dos alunos com a diminuição da carga cognitiva.
73

Pode-se verificar, com o próximo argumento do professor, a aprovação do


recurso nas aulas teóricas de eletricidade por meio do comportamento das animações
que traduzem um momento real.
“As animações do software permite dinamizar a administração desse
conteúdo melhorando quanto na assimilação das aulas teóricas bem como
auxiliando nas atividades práticas” (Professor Paulo).

Outro aspecto importante também é a padronização dos recursos de ensino. O


uso do software torna a linguagem técnica padrão para os alunos. O professor Lucas
comenta sobre esse aspecto:
“Favorece o aluno e o professor, facilitou a solução de dúvidas e padroniza
o aprendizado”.

Com relação ao critério atividade com alunos, os professores acordaram que o


software pode ser utilizado numa atividade individual ou coletiva. O professor destaca
o fato de a utilização do programa em grupo ter favorecido a integração com os alunos
que começaram a construir os circuitos elétricos.
“O uso do software no laboratório propicia no aluno a interação com os
circuitos em questão proporcionando aos mesmos uma experiência
pedagógica que facilita a aprendizagem” (Professor Mateus).

O recurso proporciona ao professor menos utilização da voz e repetições nas


explicações dos conteúdos, porém exigiu mais gerenciamento das atividades de
ensino. O professor Raimundo faz uma afirmação quanto ao uso do programa nas
explicações de conteúdo:
“O professor irá trabalhar menos pelo fato de que os diagramas
elétricos estão apresentados de forma que facilita a visualização feita
pelos alunos facilitando a aprendizagem sem falar no dinamismo que
o mesmo proporciona ao mostrar o funcionamento dos sistemas”.

O programa, pelo argumento do professor, dá esse suporte pedagógico,


trazendo a reflexão da sua prática docente, melhorando os recursos didáticos das
aulas e propondo ao aluno a responsabilidade pela aprendizagem por via do software
educativo.
Os professores também acreditam que o uso do software tem comportamento
agradável e desperta a atenção do aluno. Isso faz com que se mantenham motivados
durante toda a aula, garantindo um melhor aproveitamento.
Na motivação, as reações dos alunos são observadas pelo professor, que
consegue ver a satisfação. Os argumentos seguintes, de dois professores, declaram
essa motivação no uso do software:
74

“Os alunos se alegram e ficam felizes ao conseguirem fazer o circuito


elétrico após o entendimento do funcionamento do mesmo, e isso é muito
gratificante para o docente, pois é um sinal que o aluno realmente aprendeu
e que o software realmente facilitou o aprendizado do aluno” (Lucas).

Nas sugestões de melhoria pelos professores ao software educativo


estudado, é importante destacar o envolvimento de mais circuitos elétricos
automotivos para dar continuidade a esse trabalho, haja vista que o programa é o
início de uma boa ideia para outros programas de treinamentos automotivos.
Concluindo o processo da pesquisa deste trabalho entre os professores, foi-lhes
pedido que destacassem os pontos fortes e fracos do software analisado. Os
entrevistados fizeram muitas ponderações positivas.
Um dos aspectos fortes destacado é a motivação dos alunos, que aumentou
quando perceberam que o programa se contextualizava com aquilo que eles viram,
aprendendo nas aulas expositivas e nas explicações práticas do curso.
A interatividade foi algo que agregou bem, principalmente quando no
laboratório virtual havia o desenvolvimento dos circuitos elétricos compatível com
esquema elétrico e nas atividades práticas. O professor Paulo faz uma observação
importante:
“Um dos pontos mais importantes é sem sombra de dúvidas a apresentação
de forma dinâmica do funcionamento dos sistemas de iluminação e
sinalização, o percurso do inicio ao fim da corrente elétrica . O
funcionamento dos interruptores, relés, comutadores de ignição sem falar
da qualidade e contextualização da realidade da figura dos componentes
onde a partir da agradável experiência de estudar pelo software o aluno
facilmente ira executar as operações e intervenções no automóvel”.

No geral, o programa deixou boa impressão para os alunos e para os professores,


pois relacionou as atividades práticas do curso de eletricidade com o laboratório
virtual.
75

6. CONCLUSÃO

Neste trabalho de pesquisa, foi feito um levantamento sobre a educação


profissional e a informática educativa, trabalhando os aspectos da formação do
mecânico eletricista da área automotiva. Foram comentadas as modalidades de
ensino profissionalizante e as leis vigentes que regulamentam essas modalidades.
Foram vistos alguns programas educativos que alguns professores utilizam nas aulas,
porém os recursos mais específicos da eletricidade automotiva são de propriedade da
montadora, dificultando o uso do recurso em outras turmas e situações de
aprendizagem.

Foi enfatizado o ensino profissionalizante, como o projeto PRONATEC e o


curso CAI. Esses projetos foram o laboratório de pesquisa do software
ELETROAUTOS, nos quais foi feita a toda a análise do recurso didático proposto.
O trabalho contemplou, também, informações da computação, cujo foco foram
as questões da usabilidade pedagógica, atributos e qualidade de um software e outros
aspectos importantes para um bom RED. Esses elementos nortearam a construção do
software ELETROAUTOS, que teve a preocupação de incorporar a boa
navegabilidade e a facilidade de uso.
Na pesquisa, procurou-se desenvolver e avaliar um software educativo que
favorecesse ao aluno a elaboração do conhecimento de circuitos elétricos
fundamentais e específicos da área automotiva. Os entrevistados estiveram
diretamente envolvidos no processo de ensino, desenvolvendo o conteúdo e os
circuitos elétricos do software, e os docentes se conscientizaram sobre a importância
do computador e de um software educativo nos processos de ensino e de
aprendizagem.
No ambiente virtual do software, mostrou-se o apoio à prática pedagógica do
professor, pois ele fez o gerenciamento das atividades dos alunos, norteando com
outros recursos pedagógicos a filosofia da própria instituição SENAI, que possui
marcas tecnicistas com a metodologia por competência.
O laboratório virtual ofereceu ao aluno a oportunidade de construir circuitos
elétricos, sem precisar de fios e ferramentas, individualizando sua aprendizagem no
exercício do programa em casa. O papel do professor no processo foi fundamental
para a realização das atividades com o software educativo e as dúvidas que
apareceram.
76

Depois de realizado todo o trabalho de aplicação do software ELETROAUTOS,


foram identificados os resultados alcançados com a utilização do programa.
Destacam-se os principais aspectos importantes:

a) Disponibilizou um recurso de eletricidade automotiva baseado em circuitos


elétricos específicos do automóvel.
b) Propôs uma aprendizagem de eletricidade automotiva com maior interatividade
dos os alunos com mediação do computador.
c) Reduziu os custos de material de consumo nas aulas práticas, proporcionado
por um laboratório virtual antes da realização das práticas de construção dos
circuitos elétricos.
d) Trouxe para a sala de aula atividade autônoma para os alunos.
e) Disponibilizou um recurso didático para o professor nas aulas expositivas e em
outros momentos de aprendizagem.
f) Facilitou uma linguagem técnica especifica da montadora para uma linguagem
acessível, lúdica e com uma leve carga cognitiva, utilizando recursos da
computação.
g) Sensibilizou e quebrou o paradigma dos recursos tradicionais utilizados pelos
professores no ensino do circuito elétrico automotivo.
Foram encontrados, durante a aplicação do software ELETROAUTOS, alguns
ajustes interessantes sugeridas por professores e alunos, para aperfeiçoar o recurso
educativo.
Os itens abaixo são as recomendações para futuros trabalhos:
a) Converter o programa ELETROAUTOS para o sistema operacional Android.
b) Desenvolver um tutorial para mostrar a melhor forma de utilização do recurso
nas aulas em método presencial e a distância.

c) Desenvolver mais circuitos elétricos do sistema de iluminação e sinalização,


utilizando outras estratégias no laboratório virtual para montagem dos circuitos
elétricos.
d) Desenvolver outros programas educativos na área automotiva, com base na
essência do ELETROAUTOS.

e) Disponibilizar nos repositórios educativos na internet para utilização do


software.
77

f) Desenvolver outros recursos educativos baseados no ELETROAUTOS em


outros programas, como Java ou PHP.
g) Incluir a opção de salvar as atividades realizadas pelos alunos.
h) Permitir interação via chat entre os alunos.
Foi realizado um teste de eficácia da ferramenta, utilizando três turmas de
eletricidade para medir a importância do software na formação do conhecimento de
circuitos elétricos.
Como foi comprovado em uma turma que não utilizou o software, percebeu-se
que muitos dos alunos tiveram dificuldade em interpretar esquemas elétricos
automotivos e que alguns professores são resistentes a novos recursos didáticos,
prevalecendo ainda o uso de recursos e métodos tradicionais. Com a utilização do
software ELETROAUTOS, comprovou-se que o recurso facilitou a aprendizagem dos
alunos e auxiliou o professor como aparato didático em sua prática.
O uso dos recursos da informática na escola é muito importante, pois contribui
significativamente para o ensino e aprendizagem dos professores e dos alunos. O
laboratório de informática foi um ambiente novo para as aulas teóricas de eletricidade
automotiva. Os notebooks na oficina, com o programa ELETROAUTOS para auxiliar
nas dúvidas dos alunos em determinados circuitos elétricos, foi algo novo nas
atividades práticas na aprendizagem dos circuitos elétricos.
Espera-se que o programa seja utilizado em todas as modalidades de ensino
da eletricidade automotiva e por todas as instituições de ensino profissionalizante e
que esse recurso seja fonte inspiradora para outros, formando um acervo de recursos
didáticos que tragam para a comunidade da educação profissional automotiva um
multiplicador de conhecimento e de formação de profissionais por excelência.
78

REFERÊNCIAS

ANFAVEA - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FABRICANTES DE VEICULOS


AUTOMOTORES.Disponível:http://www.anfavea.com.br/tabelas2009/autoveiculos/tab
ela07_producao.pdf(2010). Acesso em: 24 março 2010.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO/IEC 9126-1 -


Engenharia de software - Qualidade de produto - Parte 1: Modelo de qualidade. São
Paulo: Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, 2003.

BRASIL, Ministério da Educação. Legislação Diretrizes e Bases. Lei Nº 9.394, 19 de


dezembro de 2000. Acesso: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10097.htm.

BRASIL, Ministério da Educação. Legislação Diretrizes e Bases. Lei Nº 11.741, de


16 julho de 2008. Acesso: http://www.planalto.gov.br/ccivil 23/06/2012.

BRASIL, Ministério da Educação. Legislação Diretrizes e Bases. Lei Nº 12.513, de


26 de outubro de 2011. Acesso: http://www.planalto.gov.br/ccivil 23/06/2012

BRASIL, Ministério da Educação. Legislação Diretrizes e Bases. Lei Nº 10.097, DE


20 de dezembro de 1996. Acesso: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm
23/06/2012

CNI-SENAI. Automotiva. Mecânico de manutenção de automóveis. Desenho


Curricular Nacional. Vol. 1, Número 1, Brasília, 2010.

CNI, SESI, SENAI. Educação para nova industrial. Confederação Nacional da


Industria. Brasília, 2007

DELGADO, Paulo Roberto.; KURESKI, Ricardo. A importância do setor de serviços no


estado do Paraná. Revista Paraense de Desenvolvimento, Curitiba, n.118, p.139-158,
jan./jun. 2010.
79

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computacionais no auxilio da aprendizagem significativa de conceitos básicos de
eletricidade. Revista Brasileira de Ensino a Física, v. 30,n. 3, 2008, Brasil.

FERREIRA, Naidson Clayr Santos. A informática no processo de ensino aprendizagem


do Instituto Federal Baiano – Campus Guanambi . Informática na educação: teoria &
prática Porto Alegre, v.13, n.1, jan./jun. 2010.

FRANZONI, Gilberto; LABURÚ, Carlos Eduardo; SILVA, Osmar Henrique Moura. O


desenho como mediador representacional entre o experimento e esquema de circuitos
elétricos. Revista eletrônica de investigação. Vol. 6, número 1, Julho de 2011.
FRANCO, Maria de Fátima. Avaliação de qualidade do software de autoria ELO. Texto
livre linguagem e tecnologia. Minas Gerais, vol 4, n 2, 2006.

FRANZONI, Gilberto. LABURÚ Carlos Eduardo. SILVA Osmar Henrique Moura. O


desenho como mediador representacional entre o experimento e esquema de circuitos
elétricos. Revista eletrônica de invetigación em educación en ciencias. Volumen 6 Nro.
1 . julio, 2010.

IRWIN, J, David, Introdução á análise de circuitos elétricos. Ed. LTC, Auburn


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MEURER, Zilk Herzog, STEFFANI, Maria Helena, Objeto Educacional Astronomia:


ferramenta de ensino em espaços de aprendizagem formais e informais. Simpósio
Nacional de Física, SNEF 2009, Vitória-ES.

NASCIMENTO, Adriane Suely Rodrigues do.; ARAÚJO, Ronaldo Marcos de Lima. O


que relevam os artigos publicados na revista trabalho & educação sobre as práticas de
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NOKELAINEN, Petri. An emprical assessment of pedagogical usability criteria for


digital learning material with elementary school students. Educational Technology &
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digital learning material with elementary school students. International Forum of
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OLIVEIRA, Kethure Aline.; AMARAL, Marília Abrahão.; DOMINGOS, Gabriela


Recipputi. A Avaliação do uso de Objetos de Aprendizagem na Educação de
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do aprendiz no mercado de trabalho. Revista Faculdade Montes Belos, v. 5, n. 1,
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PEREIRA, Edvaldo da Silva. Educação de jovens e adultos-EJA e o programa de


integração da educação profissional ao ensino médio na modalidade de educação de
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PORTAL DO PROFESSOR. http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html. Acesso 06


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(Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação do Centro
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Christine Julie Mascarenhas.KONRATH, Mary Lúcia Pedroso. Jogos educacionais.
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e o ensino com a utilização de mídias. Revista Intersaberes, Curitiba, a. 5, n.10, p.
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.
81

APÊNDICE A – Questionário de avaliação inicial

Questionário avaliação da ferramenta educativa ELETROAUTOS Turma:


Aprendizagem de manutenção automotiva 2012
Aluno: __________________________________________

1. Quando eu trabalho nesta tarefa eu sinto que eu, não o programa, tenho controle
sobre a responsabilidade de minha aprendizagem.
Critério: CONTROLE DO ALUNO
Resposta:
( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo
parcialmente ( ) Discordo totalmente

7. Eu me aprofundei tanto neste material de aprendizagem que esqueci tudo o que


estava acontecendo ao meu redor e de quanto tempo se passou.
Critério: ATIVIDADE DO ALUNO
( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo
parcialmente ( ) Discordo totalmente
10. Estou orgulhoso com as minhas soluções ou uma solução realizada com outros
para o problema apresentado no material de aprendizagem. (Definição: Eu sinto que
eu ou fizemos algo significativo).
Critério: ATIVIDADE DO ALUNO
( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo
parcialmente ( ) Discordo totalmente
11 .Este material de aprendizagem me deixa conversar com meus colegas .
Critério: APRENDIZAGEM COOPERATIVA/COLABORATIVA
( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo
parcialmente ( ) Discordo totalmente
13. É agradável usar o material de aprendizagem com outro estudante no mesmo
computador.
Critério: APRENDIZAGEM COOPERA TIVA/COLABORATIVA, MOTIVAÇÃO
( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo
parcialmente ( ) Discordo totalmente
82

20. Este material de aprendizagem avisa claramente o que estou esperando saber (ou
aprender) após tê-lo utilizado Critério: ORIENTAÇÃO DE OBJETIVOS
( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo
parcialmente ( ) Discordo totalmente

21. Este material de aprendizagem mostra claramente porque é útil aprendê-lo.


(Definição: Os objetivos de aprendizagem são justificados, por exemplo, "Esta tarefa
irá ajudá-lo a fazer frases interrogativas na língua inglesa"). Critério: ORIENTAÇÃO
DE OBJETIVOS
( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo
parcialmente ( ) Discordo totalmente

23. Este material de aprendizagem mostra quanto progresso eu realizei em meus


estudos. (Definição: Eu sei no que ou experiente ou tenho que aprender mais).
Critério: ORIENTAÇÃO DE OBJETIVOS
( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo
parcialmente ( ) Discordo totalmente
26. Eu sinto que estou apto a usar as habilidades e conhecimento que este material de
aprendizagem tem me ensinado no futuro.
Critério: APLICABILlDADE
( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo
parcialmente ( ) Discordo totalmente
29. Este material de aprendizagem é adequadamente desafiador para mim. (Definição:
As tarefas não são tão fáceis ou tão difíceis).
Critério: APLICABILIDADE
( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo
parcialmente ( ) Discordo totalmente
32. As imagens e sons neste material de aprendizagem ajudam a aprender.
Critério: VALOR AGREGADO
( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo
parcialmente ( ) Discordo totalmente
35. É mais útil aprender tópicos com este material de aprendizagem do que com
métodos convencionais em uma sala de aula. (Definição: Pense se você estaria mais
disposto a fazer estas tarefas com um computador ou com um livro de estudos normal
ou livro de exercícios).

Critério: VALOR AGREGADO


83

( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo


parcialmente ( ) Discordo totalmente
38. Estou interessado nos tópicos deste material de aprendizagem.
Critério: MOTIVAÇÃO
( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo
parcialmente ( ) Discordo totalmente

39. Este material de aprendizagem requer que eu saiba algo que tem sido pensado em
algum outro material de aprendizagem. (Definição: Este material faz referência a
algum outro material de aprendizagem).
Critério: AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO PRÉVIO
( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo
parcialmente ( ) Discordo totalmente
41. Este material de aprendizagem revê materiais anteriores antes de iniciar a ensinar
um novo tópico. (Definição: Por exemplo, na matemática, o material primeiro inicia
com simples cálculos que são necessários para aprender um tópico mais difícil).
Critério: AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO PRÉVIO
( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo
parcialmente ( ) Discordo totalmente
42. Este material de aprendizagem oferece caminhos opcionais para o meu progresso.
(Definição: Eu posso escolher diferentes tarefas cada vez que eu uso o sistema).
Critério: FLEXIBILIDADE
( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo
parcialmente ( ) Discordo totalmente
45. Este material de aprendizagem torna rápido e fácil o aprendizado de um novo
tópico ou o recapitular de um tópico anterior.

Critério: VALOR AGREGADO


( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo
parcialmente ( ) Discordo totalmente

48. Este material de aprendizagem apresenta informações em formato que o toma fácil
de aprender. (Definição: A informação é apresentada de forma significativa e
interconectada e não em partes separadas que são difíceis de entender).
Critério: CONTROLE DO ALUNO, APLICABILIDADE
( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo
parcialmente ( ) Discordo totalmente
84

51. Quando eu erro uma solução de uma tarefa, o programa me envia um aviso
amigável.
Critério: FEEDBACK
( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo
parcialmente ( ) Discordo totalmente
52. Este material de aprendizagem me dá um feedback motivador. (Definição: Eu
estou querendo pôr a prova as funções menos usadas no material de aprendizagem
porque eu sei irá me dar todos os avisos que eu preciso).
Critério: FEEDBACK
( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo
parcialmente ( ) Discordo totalmente
56. Eu penso que aprendo mais rapidamente com este material do que normalmente.
(Definição: Este material de aprendizagem proporciona o tipo certo de suporte quando
preciso).
Critério: APLlCABILlDADE
( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo
parcialmente ( ) Discordo totalmente
85

APÊNDICE B – Entrevista com os alunos

Turma: Aprendizagem de manutenção automotiva


Aluno: ________________________________________
Olá, colega!

As perguntas deste questionário são destinadas a avaliar a facilidade de uso do


software que você acabou de utilizar. Fique à vontade em responder, pois o que está
sendo avaliado é este material e não você.

1. Você consegue visualizar bem os recursos disponíveis neste material?


_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_________________________________
2. Você entende com facilidade as palavras, nomes, abreviaturas ou símbolos que
estão neste material?

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
________________________________
3. Permite você alternar facilmente entre os menus ou telas?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_______________________
4. Esse material pode ser entendido e usado por qualquer aluno, com pouca ou muita
experiência no uso de computadores?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
________________________
86

5. Foi fácil aprender a usá-lo? Você não precisou ficar pedindo muito ajuda ao
professor até entender como o sistema funciona?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_______________________________
6. Você acha que o conteúdo deste material mantem a sua atenção?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
________________________
7. Você acha que tem controle sobre as tarefas que faz? (O sistema não lhe faz ir
simplesmente de um passo para o outro, você tem controle na ordem para finalização
de suas tarefas)
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
________________________________________
8. Você encontrou limitações para tirar suas dúvidas neste material? Não tem uma
dica ou informação a mais para qualquer dúvida ou curiosidade?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
____________________
87

APÊNDICE C– Entrevista com os Professores

Questionário avaliação do software educativo - ELETROAUTOS.

Objetivo: Fazer correções do ponto de vista técnico-pedagógico com relação ao


software
a) PRÁTICA DOCENTE
1. Para as aulas expositivas é um recurso adequado para o uso nas aulas de eletricidade
básica e sistemas de iluminação e sinalização veicular.

Critério: Aulas expositivas

Resposta:

( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo parcialmente ( )


Discordo totalmente

Opinião:

____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

2. Esse recurso pode ser utilizado numa atividade individualizada ou em grupo no laboratório
de informática.

Critério: Atividade com os alunos

Resposta:

( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo parcialmente ( )


Discordo totalmente

Opinião:

____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

3. Utilizando esse recurso o professor trabalha mais do que utilizando os métodos rotineiros.

Critério: Ação do professor

resposta

( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo parcialmente ( )


Discordo totalmente
88

Opinião:

____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

4. É agradável e motivador o uso do software para a aprendizagem dos alunos.

Critério: Aprendizagem e motivação.

( ) Concordo totalmente ( ) Concordo parcialmente ( ) Indeciso ( ) Discordo parcialmente ( )


Discordo totalmente.

Opinião:

____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

5. No aspecto pedagógico com o uso do software ELETROAUTOS quais as sugestões que


você poderia propor para melhorar o recurso.

Opinião:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

6. Quais os pontos fortes do recurso para a aprendizagem dos alunos.


_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
89

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
___________________________________________________________
B) Aspectos Técnicos
Avalie os circuitos assinalando com X na coluna do CONCORDO na tabela se estiver
de acordo, e com o X na coluna de SUGERIR caso tenha alguma sugestão. No caso
da sugestão, você deverá opinar no número correspondente do circuito abaixo.
1. Circuito básico
2. Ligação a massa
3. Ligação em série
4. Ligação em paralelo
5. Circuito de marcha ré
6. Circuito de luz de freio
7. Luz de estacionamento
8. Aplicação com relés universal
9. Farol com chave comutadora
10. Circuito de farol com relé
Tabela I

Item Circuito CONCORDO SUGERIR

1 Circuito básico

2 Ligação a massa

3 Ligação em série

4 Ligação em paralelo

5 Circuito marcha ré

6 Circuito de luz de freio

7 Luz de estacionamento

8 Aplicação com relé universal

9 Farol com chave comutadora


90

10 Circuito de farol om relé

1 Circuito básico
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

2. Ligação a massa
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. Ligação em série

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
4. Ligação em paralelo
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
5. Circuito de marcha ré
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
6. Circuito de luz de freio
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

7. Luz de estacionamento
91

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

8. Aplicação com relés universal


_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
9. Farol com chave comutadora
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
11. Circuito de farol com relé
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
92

APENDICE D - Avaliação da evolução da aprendizagem

SENAI - SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL


TESTE DE CONHECIMENTOS – CIRCUITOS ELÉTRICOS AUTOMOTIVOS

PARTICIPANTE : ________________________________________

CURSO :_______________________________________________

1. SOBRE O CIRCUITO BÁSICO ENUMERE CADA FIGURA DO CIRCUITO NO RETANGULO


DE ACORDO COM A NUMERAÇÃO DOS COMPONENTES ABAIXO.

1. Bateria
2. Lâmpada
3. Interruptor
4. Fusivel

2. ASSOCIE AS SIMBOLOGIAS COM O NOME DOS COMPONENTES REPRESENTADOS


ABAIXO

________________ ______________
93

________________

_________________________

3. OBSERVANDO AS FIGURAS ABAIXO RELACIONE QUAL É O CIRCUITO EM SÉRIE E


PARALELO.
a) Circuito __________________________

B) Circuito _____________________________

4. O QUE VOCÊ ENTENDE POR LIGAÇÃO A MASSA NA ELETRICIDADE VEICULAR ?


_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
94

_____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

5. DIFERENCIE DIAGRAMA ELÉTRICO DE CIRCUITO ELÉTRICO.

_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
________________________________________

6.QUAL O NOME QUE PERTECE O CIRCUITO ABAIXO.

_______________________________

7.RELACIONE A PRIMEIRA COLUNA COM A SEGUNDA.

(A) Luz de estacionamento ( ) Linha 56

(B) Direto da bateria ( ) Linha 15

(C) Ignição ( ) Linha 58

(D) Farol ( ) Linha 30


95

(E) Acessórios ( ) Linha X

(F) Massa ( ) Linha 31

8.RESPONDA A PERGUNTA BASEADO NO DESENHO ABAIXO

a) O que tipo de circuito é na ilustração acima ?


_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

b) O que significa os componentes associados as Letras A, B, C, D ?


_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

9) OBSERVANDO OS DIAGRAMAS ELÉTRICOS ABAIXO RESPONDA A PERGUNTA ABAIXO.

Circuito A
96

Circuito B

A) Existe alguma diferença entre os dois esquemas elétricos ? Justifique a sua resposta.
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

1) INTERPRETAÇÃO DO CIRCUITO ELÉTRICO

A) RESPONDA AS PERGUNTAS OBSERVANDO O DIAGRAMA ELÉTRICO DESTACADO


ABAIXO.
PEÇA D
97

Peça A

Peça E
PERGUNTAS:

1) Qual o tipo de circuito elétrico do esquema;


_______________________________________________________

2) Qual a linha elétrica que alimenta esse circuito.


_______________________________________________________

3) O que significa a linha 27 abaixo do circuito


_______________________________________________________
4) O que vem a ser a Peça A no circuito
______________________________________________________
5) O fusível 4 alimenta qual parte do circuito.
___________________________
6) Qual o nome da peça B.
_______________________________
7) Qual o nome da peça D.
__________________________________
98

8) Qual o significado do numero 21 na linha abaixo do circuito


_______________________________________________________
9) Qual o nome da peça E
_______________________________________________________
10. O que acontece quando corto o fio que se liga ao número 21 ?

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