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A degradação microbiana que ocorre nos reservatórios de petróleo tem sido associada com
o aumento da acidez dos óleos. Experimentos de biodegradação de óleos foram realizados
em laboratório, observando-se a produção de quantidades significativas de ácidos
carboxílicos.
Entre outros exemplos, pode-se citar a pesquisa feita por Meredith et al., (2002), que
investigaram a influência dos ácidos carboxílicos na acidez de óleos crus. A comparação
entre os valores de acidez e análise da fração ácida de 33 amostras de óleos diferentes
indicou que a biodegradação é um dos principais processos responsáveis pelas altas
concentrações de ácidos carboxílicos no petróleo.
Os ácidos 6 carboxílicos são determinados no IAT, mas não no IAF. Como para a maioria
dos óleos crus o IAF é zero, o IAT é tido como medida da acidez naftênica (CLEMENTE e
FEDORAK, 2005).
Segundo Derungs (1956), um petróleo pode ser considerado ácido quando apresenta IAT
igual ou superior a 0,5 mg KOH/g. Porém, um estudo realizado em uma refinaria por Nugent
e Dobis (1998), mostraram que mesmo processando petróleos com IAT inferior a 0,5 mg
KOH/g, poderia haver corrosão de até 15,2 mpy (0,39 mm/ano) em aço carbono de alguns
pontos da planta.
As novas descobertas de petróleo no Brasil vêm apontando óleos com índices de acidez
naftênica cada vez mais elevados, como mostrado na Figura 1. A problemática associada a
isto está na possibilidade de altas taxas de corrosão das tubulações, bem como na
necessidade de tratamentos mais severos para minimizar os danos e garantir a qualidade
dos produtos gerados