Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
ACÓRDÃO
PRESIDENTE E RELATOR.
VOTO
2
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
do art. 121, § 2º, incisos I e IV c/c artigos 61, inciso I, e 29; e art. 121, §2º,
incisos I e IV, c/c artigos 14, inciso II, 61, inciso I, e 29, todos do Código
Penal, às penas iguais de 25 (vinte e cinco) anos e 04 (quatro) meses de
reclusão, em regime inicialmente fechado.
Sobre os fatos, narra a exordial que, no dia 10 de abril de 2013, por volta
de 22h40min, os recorrentes CARLOS HENRIQUE GONÇALVES SILVA e
DANIEL JUNEO LOPES DOS SANTOS unidos entre si e aos indivíduos
FERNANDO ALVES DE SOUZA e PAULO CÉZAR MARTINS ANTUNES
JÚNIOR, sob as ordens de GUSTAVO HAROLDO MOTA SOARES,
imbuídos pela comum e consciente vontade de matar, dirigiram-se até as
proximidades do número 251 da Rua Estevan Izídio Pereira, Bairro Santo
Inácio, Montes Claros/MG, onde, mediante emprego de armas de fogo,
efetuaram disparos contra a vítima ANA PAULA COELHO SILVA, que
ocasionaram-lhe as lesões descritas no Relatório de Necropsia (fls. 35/41),
determinantes da sua morte.
3
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
4
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
É o relatório.
5
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
PRELIMINAR
Sem razão.
6
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
De igual modo à fl. 687 a defesa de Daniel Juneo, após intimada para a
fase do art. 422, do CPP, se manifestou, sendo evidente sua ciência da
existência do depoimento.
MÉRITO
7
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
8
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
9
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
10
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
"(...) QUE o depoente combinou com ANA PAULA que a buscaria na casa
dela à 22h30min; (...) QUE ANA PAULA entrou no carro e sentou no banco
da frente e a amiga dela sentou no banco de trás, tendo o depoente
arrancado o carro; QUE eu arranquei e andei cento e cinquenta metros e fui
surpreendido por dois motoqueiros; QUE perguntei a ela qual o destino ai ela
fez assim (levantou o braço) foi quando ela levou o primeiro tiro, ai ela foi pra
frente e levou outro tiro, ela caiu em cima de mim e eu me protegi na coluna
do carro" (...) QUE "quando acertou o primeiro tiro nela eu arranquei o carro
e andei uns trinta metros, ai chegou outra moto atirando"; QUE esclarece o
depoente que parou o veículo e fingiu que estava morto "eles pararam a
moto do lado seu que na primeira moto tinha um passageiro alto e o piloto
era baixo"; (...) QUE em seguida o depoente abriu a porta do carro e verificou
que ANA PAULA tinha sido baleada no peito, sendo assim o depoente
acionou a Polícia e o SAMU (...)" (fls.22/23, ratificado à fl. 445)
11
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
SHEILA KAROLINE ROCHA SILVA iria viajar naquele final de semana com
depoente e ANA PAULA, porém desistiu; QUE não sabe informar o motivo da
desistência de SHEILA KAROLINE em viajar; QUE no retorno a Montes
Claros, ANA PAULA confidenciou ao depoente que estava preocupada com
SHEILA KAROLINE, pois esta estava sendo ameaçada de morte por um ex-
namorado; QUE ANA PAULA não citou nome do ex-namorado de SHEILA,
mas disse que era pessoa perigosa; QUE o depoente não conhece pessoa
apodada "GUNA" (Gustavo Aroldo Mota Soares); (...) PERGUNTADO se no
dia do crime SHEILA KAROLINE iria sair com o depoente e ANA PAULA,
RESPONDEU: QUE "sim, quando ANA PAULA levou o primeiro tiro, ela
estava conversando com a SHEILA, nós estávamos indo buscá-la"; (...) QUE
"naquele dia iria ter um baile funk no pesque e pague e ANA PAULA me
chamou para levá-la com outras três amigas, uma delas era a SHEILA": (...)
PERGUNTADO se os autores do homicídio falaram alguma coisa antes de
efetuar os disparos de arma de fogo. REPSONDEU: QUE "não, foi muito
rápido"; QUE salvo engano do depoente. a moça que estava com ele e ANA
PAULA no momento do crime era ANDRESA; (...)" (Destaquei)(fls. 131/132)
"(...) que confirma às declarações de fls. 22: que confirma que os atiradores
estavam em duas motos, ambas com garupeiros; que o fato ocorreu muito
rápido com duas pessoas atirando ao mesmo tempo e não pode repararas
características das motocicletas e nem dos atiradores; (...) que a Ana Paula
lhe relatou anteriormente que a Sheila tinha um ex namorado problemático
(...) que os disparos foram feito a no máximo 3 metros do veículo e todos no
vidro do lado do motorista; (...) que "fingiu de morto dentro do veiculo" mas
pode notar que os atiradores chegou perto do veículo para saber se matou
os ocupantes; (...)" (fl. 445)
12
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
13
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
14
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
"(...) Que o depoente combinou com Ana Paula que a buscaria na casa dela
às 22h30min (...) Que Ana Paula entrou no carro e sentou no banco da frente
e a amiga dela sentou no banco de trás, tendo o depoente arrancado o carro;
que eu arranquei e andei cento e cinquenta metros e fui surpreendido por
dois moto-queiros; Que perguntei a ela qual o destino aí ela fez assim
(levantou o braço) foi quando ela levou o primeiro tiro, aí ela foi pra frente e
levou outro tiro, ela caiu em cima de mim e eu me protegi na coluna do carro
(...) Que 'quando acertou o primeiro tiro nela eu arranquei o carro e andei uns
trinta metros, aí chegou outra moto atirando'; Que esclarece o depoente que
parou o veículo e fingiu que estava morto, 'eles pararam a moto do lado seu
que na primeira moto tinha um passageiro alto e o piloto era baixo'(...) Que
em seguida o depoente abriu a porta do carro e verificou que Ana Paula tinha
sido baleada no peito, sendo assim o depoente acionou a Polícia e o Samu
(...)". (fls. 22/23, confirmado em juízo, fl. 445).
15
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
valor acerca da situação a eles relatada, e tendo eles optado por uma das
interpretações possíveis sobre a prova apresentada, não caracteriza a
decisão como manifestamente contrária à prova dos autos, razão pela qual
deve ser mantida.
"A decisão do Júri que, com supedâneo nos elementos constantes dos autos,
opta por uma das versões apresentadas não pode ser anulada, sob a
alegação de ser contrária à prova dos autos, pois tal procedimento só se
justifica quando a decisão dos jurados é arbitrária, totalmente dissociada do
conjunto probatório" (TJSP, 3º Grupo de Câmaras; RT 675/354).
16
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
DA PENA APLICADA
17
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
18
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
19
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
No caso em apreço, vê-se das provas coligidas aos autos que houve
pluralidade de atos executórios com desígnios autônomos, o que impede o
reconhecimento do referido instituto.
20
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
21
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
Concurso material
22
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
23
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
Concurso material
24
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
25