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9 1. Contos
PARA DESENVOLVER
Educação Literária
“George”, de Maria Judite de Carvalho
As três idosas da vida
O diálogo entre realidade, memória
e imaginação
Metamorfoses da figura feminina
A complexidade da natureza humana
Linguagem, estilo e estrutura
Leitura
Artigo de opinião
Escrita
Texto de opinião
Síntese
Oralidade
Apreciação crítica [EO]
Documentário [CO] [Ano 1]
Gramática
Em revisão:
Flexão verbal
Formação de palavras
Valor aspetual
Campo semântico
Coesão
PARA SABER | PARA VERIFICAR
Contos
PARA DESENVOLVER
MARIA JUDITE DE CARVALHO CU
PERA
R
COMPREENSÃO DO ORAL
RE
ÃO
E X P O S IÇ
Visione atentamente o seguinte documento sobre a escritora Maria
Judite de Carvalho. ANO 1
1. Centre a sua atenção no discurso da narradora e tome notas que lhe permitam realizar
as atividades.
1.1 Complete a tabela com alguns dados biográficos de Maria Judite de Carvalho.
Data Acontecimento
Ler Mais, Ler Melhor, Maria Judite
de Carvalho 1921 a. _______________________________________________________________
1949 b. _______________________________________________________________
1949-1955 c. _______________________________________________________________
1998 d. _______________________________________________________________
Coluna A Coluna B
[D] Uma das técnicas narrativas [5] que lhe garantiram os estudos no Ensino
usadas pela escritora é Superior.
3. Infira sobre o relacionamento de Maria Judite de Carvalho com Urbano Tavares Rodri-
gues, evidenciando marcas do discurso comprovativas (marcas verbais e não verbais).
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Contos
MARI A J UDI TE DE CARVA L H O
INFORMAR
PERA
CU R
E S C R I TA
RE
S ÍN T E S E
1. Faça a síntese do texto, reduzindo-o para cerca de um quarto
ANO 1
da sua extensão, isto é, cerca de 75 palavras.
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Contos
MARI A J UDI TE DE CARVA L H O
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
George
Andam lentamente, mais do que se pode, como quem luta sem forças con-
tra o vento, ou como quem caminha, também é possível, na pesada e espessa
e dura água do mar. Mas não há água nem vento, só calor, na longa rua onde
George volta a passar depois de mais de vinte anos. Calor e também aquela ara-
5 gem macia e como que redonda, de forno aberto, que talvez venha do sul ou de
qualquer outro ponto cardeal ou colateral, perdeu a bússola não sabe onde nem
quando, perdeu tanta coisa sem ser a bússola. Perdeu ou largou?
Caminham pois lentamente, George e a outra cujo nome quase quis esquecer,
quase esqueceu. Trazem ambas vestidos claros, amplos, e a aragem empurra-os
10 ao de leve, um deles para o lado esquerdo de quem vai, o outro para o lado di-
reito de quem vem, ambos na mesma direção, naturalmente.
O rosto da jovem que se aproxima é vago e sem contornos, uma pincelada
clara, e quando os tiver, a esses contornos, ele será o rosto de uma fotografia que
tem corrido mundo numa mala qualquer, que tem morado no fundo de muitas
15 gavetas, o único fetiche de George. As suas feições ainda são incertas, salpicando
a mancha pálida, como acontece com o rosto das pessoas mortas. Mas, tal como
essas pessoas, tem, vai ter, uma voz muito real e viva, uma voz que a cal e as pás
de terra, e a pedra e o tempo, e ainda a distância e a confusão da vida de George,
não prejudicaram. Quando falar não criará espanto, um simples mal-estar.
20 Agora estão mais perto e ela encontra, ainda sem os ver, dois olhos largos,
semicerrados, uma boca fina, cabelos escuros, lisos, sobre um pescoço alto de
Modigliani. Mas nesse tempo, dantes, não sabia quem era Modigliani e outros
que tais, não eram lá de casa, os pais tinham sido condenados pelas instâncias
supremas à quase ignorância, gente de trabalho, diziam como se os outros não
25 trabalhassem, e sorriam um pouco com a superioridade dessa mesma ignorân-
cia se a ouviam falar de um livro, de um filme, de um quadro nem pensar, o
único que tinham visto talvez fosse a velha estampa desbotada do Angelus que
estava na casa de jantar. Com superioridade, pois, e também com uma certa in-
dignação. Ou seria mesmo vergonha? Como quem ouve um filho atrasado dizer
30 inépcias diante de gente de fora que depois, Senhor, pode ir contar ao mundo o
que ouviu. E rir. E rir.
Já não sabe, não quer saber, quando saiu da vila e partiu à descoberta da ci-
dade grande, onde, dizia-se lá em casa, as mulheres se perdem. Mais tarde par-
tiu por além-terra, por além-mar. Fez loiros os cabelos, de todos os loiros, um
35 dia ruivos por cansaço de si, mais tarde castanhos, loiros de novo, esverdeados,
nunca escuros, quase pretos, como dantes eram. Teve muitos amores, grandes
e não tanto, definitivos e passageiros, simples amores, casou-se, divorciou-se,
partiu, chegou, voltou a partir e a chegar, quantas vezes? Agora está − estava −,
até quando? em Amesterdão.
40 Depois de ter deixado a vila, viveu sempre em quartos alugados mais ou
menos modestos, depois em casas mobiladas mais ou menos agradáveis. As
últimas foram mesmo francamente confortáveis. Vives numa casa mobilada sem
nada de teu? Mas deve ser um horror, como podes?, teria dito a mãe, se soubesse.
Não o soube, porém. As cartas que lhe escrevia nunca tinham sido minuciosas,
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Contos
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− Ri-se de partir, como nós nos rimos de uma coisa impossível, de uma ideia
louca. Quer comprar uma terra, construir uma casa a seu modo. Recebeu uma he-
95 rança e só sonha com isso. Creio que é a altura de eu...
− Creio que sim.
− Pois não é verdade?
− Ainda desenhas?
− Se não desenhasse dava em maluca. E eles acham que eu tenho muito jeiti-
100 nho, que hei de um dia ser uma boa senhora da vila, uma esposa exemplar, uma
mãe perfeita, tudo isso com muito jeito para o desenho. Até posso fazer retratos das
crianças quando tiver tempo, não é verdade?
− É o que eles acham, não é?
− A mãe está a acabar o meu enxoval.
105 − Eu sei.
Há um breve silêncio, depois George diz devagar:
− Que calor, cheira a queimado, o ar. Terá sido sempre assim?
− Farto-me de dizer: cheira a queimado, o ar. Ninguém me ouve.
− Ninguém ouve ninguém, não sabes? Que aprendeste com a vida, mulher?
110 A sua voz está mole, pegajosa, difícil, as palavras perdem o fim, desinteres-
sadas de si próprias, é como se se preparassem para o sono.
− Creio que estou atrasada − diz então, olhando para o relógio. − Estou mesmo
− acrescenta, olhando melhor. − E não posso perder o comboio. Amanhã bem cedo
sigo para Amesterdão. Estou a viver em Amesterdão, agora. Tenho lá um atelier.
115 − Amesterdão é? Onde fica isso?
Mas é uma pergunta que não pede resposta. Gi fá-la por fazer e sorri o seu
lindo sorriso branco de 18 anos. Depois ambas dão um beijo rápido, breve, no ar,
não se tocam, nem tal seria possível, começam a mover-se ao mesmo tempo,
devagar, como quem anda na água ou contra o vento. Vão ficando longe, mais
120 longe. E nenhuma delas olha para trás. O esquecimento desceu sobre ambas.
Agora está à janela a ver o comboio fugir de dantes, perder para todo o sem-
pre árvores e casas da sua juventude, perder mesmo a mulher gorda, da passa-
gem de nível, será a mesma ou uma filha ou uma neta igual a ela? Árvores, casas
e mulher acabam agora mesmo de morrer, deram o último suspiro, adeus. Uma
125 lágrima que não tem nada a ver com isto mas com o que se passou antes – que
terá sido que já não se lembra? −, uma simples lágrima no olho direito, o outro,
que esquisito, sempre se recusa a chorar. É como se se negasse a compartilhar
os seus problemas, não e não.
A figura vai-se formando aos poucos como um puzzle gasoso, inquieto, in-
130 forme. Vê-se um pedacinho bem nítido e colorido mas que logo se esvai para
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Contos
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aparecer daí a pouco, nítido ainda, mas esfumado. George fecha os olhos com a
força possível, tem sono, volta a abri-los com dificuldade, olhos de pupilas es-
curas, semicirculares, boiando num material qualquer, esbranquiçado e oleoso.
À sua frente uma senhora de idade, primeiro esboçada, finalmente comple-
135 ta, olha-a atentamente. De idade não, George detesta eufemismos, mesmo só
pensados, uma mulher velha. Tem as mãos enrugadas sobre uma carteira preta,
cara, talvez italiana, italiana, sim, tem a certeza. A velha sorri de si para consigo,
ou então partiu para qualquer lugar e deixou o sorriso como quem deixa um
guarda-chuva esquecido numa sala de espera. O seu sorriso não tem nada a ver
140 com o de Gi − porque havia de ter? −, são como o dia e a noite. Uma velha de
cabelos pintados de acaju, de rosto pintado de vários tons de rosa, é certo que
discretamente mas sem grande perfeição. A boca, por exemplo, está um pouco
esborratada.
Sem voz e sem perder o sorriso diz:
145 − Verá que há de passar, tudo passa. Amanhã é sempre outro dia. Só há uma
coisa, um crime, que ninguém nos perdoa, nada a fazer. Mas isso ainda está longe,
muito longe, para quê pensar nisso? Ainda ninguém a acusa, ainda ninguém a
condena. Que idade tem?
− Quarenta e cinco anos. Porquê?
150 − É muito nova − afirma. − Muito nova.
− Sinto-me velha, às vezes.
− É normal. Eu tenho quase 70 anos. Como estava a chorar, pensei...
Encolhe os ombros, responde aborrecida:
− Não tive desgosto nenhum, nenhum. Um encontro, um simples encontro...
155 − Também tenho muitos encontros, eu. Não quero tê-los mas sou obrigada a
isso, vivo tão só. Cheguei à ignomínia de pedir a pessoas conhecidas retratos da
minha família. Não tinha nenhum, só um retrato meu, de rapariguinha. E retratos
de amigos, também. De amigos desaparecidos, levados pelas tempestades, os mais
queridos, naturalmente. Porque... o tal crime de que lhe falei, o único sem perdão,
160 a velhice. Um dia vai acordar na sua casa mobilada...
− Como sabe que...
− E verá que está só e olhará para o espelho com mais atenção e verá que está
velha. Irremediavelmente velha.
− Tenho um trabalho que me agrada.
165 − Não seja tonta, menina. Outro dia vai reparar, ou talvez já tenha dado por
isso, que está a ver pior, e outro ainda que as mãos lhe tremem. E, se for um pouco
sensata, ou se souber olhar em volta, descobrirá que este mundo já não lhe per-
tence, é dos outros, dos que julgam que Baden Powell é um tipo que toca guitarra e
que Levi Strauss é uma marca de calças.
170 − Isso é ignorância, não tem nada a ver com a idade.
− Talvez seja ignorância, também. Talvez seja. Estou a incomodá-la, parece-me.
− Dói-me simplesmente a cabeça.
− Desculpe.
George fecha os olhos com força e deixa-se embalar por pensamentos mais
175 agradáveis, bem-vindos: a exposição que vai fazer, aquele quadro que vendeu
muito bem o mês passado, a próxima viagem aos Estados Unidos, o dinheiro que
pôs no banco. O dinheiro no banco, nos bancos, é uma das suas últimas paixões.
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Ela pensa − sabe? − que com dinheiro ninguém está totalmente só, ninguém
é totalmente abandonado. A velha Georgina já o deve ter esquecido. A velhice
180 também traz consigo, deve trazer, um certo esquecimento das coisas essenciais,
pensa. Abre os olhos para lho dizer, para lho pensar, para lho atirar em silêncio
à cara enrugada, mas a velha já ali não está.
O calor de há pouco foi desaparecendo e agora não há vestígios daquela ara-
gem de forno aberto. O ar está muito levemente morno e quase agradável. Geor-
185 ge suspira, tranquilizada. Amanhã estará em Amesterdão na bela casa mobilada
onde, durante quanto tempo?, vai morar com o último dos seus amores.
Maria Judite de Carvalho, “George” in Conto português. Séculos XIX-XXI – Antologia crítica, vol. 3 (Coord.
Maria Isabel Rocheta, Serafina Martins), Porto, Edições Caixotim, 2011, pp. 115-120.
2. Nos parágrafos seguintes, o leitor depara-se, de forma mais explícita, com uma outra
personagem.
2.1 Explicite o modo como é progressivamente desenhado o retrato da “jovem que se
aproxima”.
2.2 Demonstre o recurso às sensações na construção do seu retrato.
5. Explique o significado da interrogação “até quando?” (l. 39) relacionando-a com o con-
teúdo de todo o parágrafo.
10. Infira o significado do uso do discurso direto no confronto de George com o passado
(Gi) e com o futuro (Georgina).
11. Demonstre o caráter fragmentário da figura feminina ao longo das três fases da sua
vida, caracterizando-a nessas diferentes fases (passado, presente e futuro).
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13. Apresente uma explicação para a adoção do nome “George” na fase adulta da perso-
nagem.
14. Justifique a inserção deste texto no género conto, considerando as suas caracterís-
ticas.
GRAMÁTICA
1. Indique o processo de formação dos termos “bibelots” (l. 50) e “guarda-chuva” (l. 139).
EXPRESSÃO ORAL
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INFORMAR
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L E I T U RA /G RA M Á T I CA
A
voz mantém a energia para transmitir a exaltação e o
protesto da Ode à Liberdade de Jaime Cortesão que, ao
longo de décadas, fez vibrar milhares de pessoas em
espetáculos públicos.
5 Os olhos continuam despertos para o mundo que a rodeia
e exige a partilha de compromissos de solidariedade para
transpor a incerteza, a violência, a desigualdade e estabelecer
uma cultura de justiça, de tolerância e diálogo.
Chama-se Maria de Jesus Barroso Soares.
10 Tem uma presença atuante, na vida cultural, na intervenção cívica, na militância política,
na orientação pedagógica de várias gerações, desde a segunda metade do século XX e que
se projeta nos dias atuais. Sempre com a mesma determinação e coragem.
Ao mesmo tempo que estudou no Conservatório, tirou o curso de História e Filosofia da
Faculdade de Letras de Lisboa. Um dos seus mestres inesquecíveis foi Vieira de Almeida que
15 fez da cátedra uma tribuna de combate à rotina, à mediocridade e ao pensamento único.
Incutia, em cada aluno, a responsabilidade ética, a ousadia, a inovação e o imperativo da
mudança, para transformar o País mergulhado em estruturas arcaicas.
Enquanto aluno do Colégio Moderno de João Soares, de Mário Soares, de Maria Barroso,
devo a Maria Barroso a iniciação no universo de Fernando Pessoa heterónimo e ortónimo,
20 que eu procurava decifrar, numa pequena-grande antologia selecionada por Casais Montei-
ro, que Vitorino Nemésio oferecera a meu Pai.
Entre tantas recordações que procuro sintetizar não esqueço os recitais de Maria Bar-
roso, com os poetas do Novo Cancioneiro − que enfureciam a polícia política que cercava
as salas – ao dizer com a voz firme e a sobriedade tensa, o poema de Sidónio Muralha: “já
25 não há mordaças, nem ameaças, nem algemas que possam impedir a nossa caminhada,
em que os poetas são os próprios versos dos poemas”. Ou, então, o irreprimível clamor de
Prometeu recriado por Joaquim Namorado: “Abafai-me os gritos com mordaças, maior será
a minha ânsia de gritá-los; amarrai-me os pulsos com grilhetas, maior será a minha ânsia
de quebrá--las; rasgai a minha carne, triturai os meus ossos, o meu sangue será a minha
30 bandeira; meus ossos o cimento de uma outra humanidade, que aqui ninguém se entrega.
Isto é vencer ou morrer!”
Estas exortações veementes voltam a ter sentido perante um país cada vez mais desi-
gual, a sistemática destruição das conquistas do 25 de Abril, a fome, o desemprego, a crise
na Justiça, o medo que se voltou a instalar. Sei que por todas estas circunstâncias Maria
35 Barroso, também lhe apetece repetir os versos emblemáticos de Álvaro de Campos: “Hoje
não faço anos. Duro. Somam-se dias. Mais nada. Raiva de não ter trazido o passado roubado
na algibeira”. Mas todos sabemos que, apesar das contrariedades e desilusões, a esperança
é um sinal de luz que lhe ilumina o caminho e se comunica aos que têm o privilégio do seu
convívio e da sua amizade.
António Valdemar, Público, edição online de 2 de maio de 2015
(consultado em agosto de 2016, com supressões).
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Contos
MARI A J UDI TE DE CARVA L H O
1.7 A frase “Incutia, em cada aluno, a responsabilidade ética” (l. 16) apresenta um valor as-
petual
[A] perfetivo.
[B] imperfetivo.
[C] iterativo.
[D] habitual.
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PA R A S A B E R "George"
“GEORGE” – As três idades da vida, metamorfoses da figura feminina
Retrato construído com o recurso à memória; “rapariguinha frágil”; 18 anos; um lindo sorriso; propensão para o
Gi desenho; mora numa vila portuguesa; tem namorado e a mãe está a preparar-lhe o enxoval. Através do diálogo
(Passado/ entre Gi e George percebe-se que a jovem tenciona abandonar a terra natal (refere que o namorado não tem
juventude) outra ambição senão a de ficar e construir uma casa).
Tem a função de recordar a George quem foi no passado.
Mora em Amesterdão; visitou a terra natal para se desfazer da casa paterna (que recebeu em herança após
a morte dos pais), o que significa o corte com o passado; é uma pintora famosa. Durante a fase adulta, tem
George
sofrido diversas transformações; é inconstante no amor e de personalidade complexa – muda constantemente
(Presente/idade
a cor dos cabelos, não possui nada de seu, mora em casas alugadas, desfaz-se dos livros; nada possui do
adulta)
passado, com exceção de uma fotografia sua quando jovem. Possui ânsia de liberdade desde jovem.
Vive reconfortada com o seu êxito como pintora e com as repercussões financeiras que este lhe traz.
Retrato construído com recurso à imaginação; perspetivação do futuro da figura feminina. Trata-se de uma
velha, imperfeitamente maquilhada com vários tons de rosa, cabelos cor de acaju; no entanto, usa uma carteira
Georgina
cara (italiana).
(Futuro/velhice)
Tem a função de deixar antever a George o que será o seu futuro, um tempo marcado pela solidão e pela
degradação física, o que impedirá a protagonista de pintar.
PA R A V E R I F I C A R "George"
Atente no conto “George”.
Coluna A Coluna B
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