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Legislação Aplicada à Área de

Gestão de Saúde e Segurança


Débora Silva dos Santos
Silvana Silva dos Santos

Curso Técnico em Segurança do Trabalho


Educação a Distância
2019
Legislação Aplicada à Área de
Gestão de Saúde e Segurança
Débora Silva dos Santos
Silvana Silva dos Santos

Curso Técnico em Segurança do Trabalho

Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa

Educação a Distância

Recife - PE

1.ed. | set. 2019


Professor(es) Autor(es) Diagramação
Débora Silva dos Santos Jailson Miranda
Silvana Silva dos Santos
Catalogação e Normalização
Revisão Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129)
Débora Silva dos Santos
Silvana Silva dos Santos Coordenação de Curso
Raísa Rení Lima Andrade Raísa Rení Lima Andrade

Coordenação Design Educacional Coordenação Executiva


Deisiane Gomes Bazante George Bento Catunda
Renata Marques de Otero
Design Educacional Manoel Vanderley dos Santos Neto
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger
Fernanda Paiva Furtado da Silveira Coordenação Geral
Izabela Pereira Cavalcanti Maria de Araújo Medeiros Souza
Jailson Miranda Maria de Lourdes Cordeiro Marques
Roberto de Freitas Morais Sobrinho
Escola Técnica Estadual
Professor Antônio Carlos Gomes da Costa

Catalogação e Normalização
Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISDB

S237l
Santos, Débora Silva.
Legislação aplicada à área de gestão de Saúde e Segurança: Curso Técnico em Segurança do
Trabalho: Educação a distância / Débora Silva dos Santos, Silvana Silva dos Santos. – Recife:
Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa, 2019.
80p.: il.

Inclui referências bibliográficas.


Caderno eletrônico produzido em setembro de 2019 pela Escola Técnica Estadual Professor
Antônio Carlos Gomes da Costa

1. Acidentes do trabalho — Leis e legislação — Brasil do trabalho — Leis e legislação — 2.


Higiene Brasil 3. Segurança do trabalho — Leis e legislação — Brasil. I. Santos, Débora Silva dos.
II. Título.
CDU – 34:331.4(81)(094)

Elaborado por Hugo Carlos Cavalcanti | CRB-4 2129


Sumário
Introdução .............................................................................................................................................. 6

1.Competência 01 | Legislação Aplicada à Saúde e Segurança do Trabalho na Construção Civil ......... 9

1.1 Comunicação prévia ................................................................................................................................. 12

1.2 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção – PCMAT .............. 14

1.3 Área de vivência ....................................................................................................................................... 20

1.3.1 Instalações sanitárias ............................................................................................................................ 22

1.3.2 Alojamento ............................................................................................................................................ 25

1.3.3 Local para Refeição ............................................................................................................................... 27

1.3.4 Cozinha .................................................................................................................................................. 27

1.4 Demolição ................................................................................................................................................ 29

1.5 Escavações, fundações e desmonte de rochas ........................................................................................ 31

1.6 Carpintaria................................................................................................................................................ 33

1.7 Armações de aço ...................................................................................................................................... 34

1.8 Vibradores de imersão ............................................................................................................................. 36

1.9 Escadas, rampas e passarelas .................................................................................................................. 36

1.10 Medidas de proteção contra quedas de altura...................................................................................... 38

2.Competência 02 | Legislação Brasileira Específica à Área de Agroindústria .................................... 42

2.1 Direitos dos empregados: ........................................................................................................................ 44

2.2 Gestão de segurança, saúde e meio ambiente de trabalho rural ............................................................ 46

2.2.1 Assistência médica ................................................................................................................................ 47

2.2.2 Acidente com animais peçonhentos ..................................................................................................... 48

2.3 Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Rural- SESTR ................................................ 49

2.4 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural- CIPATR ............................................. 53

2.5 Agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins ................................................................................................ 56

3.Competência 03 | Conhecer a Legislação Brasileira Específica da Área Portuária ........................... 58


3.1 Plano de Controle de Emergência e Plano de Ajuda Mútua .................................................................... 59

3.2 SESSTP - Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Portuário ....................................... 60

3.3 CPAT - Comissão de Prevenção de Acidentes no Trabalho Portuário ..................................................... 61

3.5 Escada e rampas....................................................................................................................................... 66

3.6 Os conveses .............................................................................................................................................. 69

3.7 Os porões ............................................................................................................................................... 71

3.8 Equipamentos de içar .............................................................................................................................. 73

3.9 Locais frigorificados.................................................................................................................................. 74

3.10 Operações com cargas perigosas ........................................................................................................... 75

Conclusão ............................................................................................................................................. 78

Referências ........................................................................................................................................... 79

Minicurrículo do Professor ................................................................................................................... 80


Introdução
Seja bem-vindo à disciplina de Legislação Aplicada à Saúde e Segurança do Trabalho na
Construção Civil, na Agroindústria e no Trabalho Portuário!
Estamos certos de que uma educação profissional de qualidade como a formação técnica,
é capaz de promover ao cidadão capacidades para produzir, bem como segurança diante das
diferentes dimensões da realidade. Desejamos sucesso na sua formação profissional!

Figura 1 - Avatar professora Débora


Fonte: A autora
Descrição: imagem de uma mulher branca sorrindo, com cabelos longos e lisos da cor castanho claro. Usando uma
camiseta branca.

Nesta disciplina, você estudará o que temos descrito nas Normas Regulamentadoras do
Ministério do Trabalho e Emprego. Esta disciplina é de suma importância para o Técnico em
Segurança do Trabalho. Nela serão conhecidas as principais normas que regem essa profissão,
inclusive alguns conceitos básicos sobre a Legislação, para que o profissional possa aprender os
principais procedimentos jurídicos ligados à sua atuação.
Dessa forma, na 1ª semana, estudaremos o que diz a NR nº 18, do MTE referente ao
conforto, riscos e prevenção de acidentes na construção civil. Na 2ª semana, vamos ao meio rural
visualizar os riscos do trabalhador do campo (da silvicultura, piscicultura e atividades afins). Além
disso, estudaremos a NR nº31, do MTE e abordaremos questões referentes aos exames médicos,
prevenção de acidentes com animais peçonhentos, transporte de pessoas e outras situações comuns
no meio rural.

6
Por fim, teremos na 3ª semana o estudo da NR nº 29, do MTE que aborda os requisitos
mínimos de saúde e segurança para o trabalhador portuário.
O profissional da área de Segurança do Trabalho precisa ter conhecimentos básicos de
legislação a fim de desenvolver o seu papel que é o de garantir a sua integridade profissional, bem
como dos demais sujeitos envolvidos seja no trabalho ou na vida, sendo este um dos objetivos desta
disciplina. Além disso, as normas que aqui devem ser conhecidas, estudadas e colocadas em prática,
pois o seu cumprimento, garantirá a integridade, a saúde e a qualidade de vida de muitas pessoas,
além de garantir a preservação do meio ambiente.

Portanto, desejamos a você bons estudos!

Figura 2 - Técnicas em Segurança do trabalho


Fontes:
https://www.google.com.br/search?q=tecnico+de+seguran%C3%A7a+do+trabalho+desenho&source=lnms&tbm=isch&
sa=X&ved=0ahUKEwiqn_bHl_7jAhXKGbkGHccQChEQ_AUIESgB&biw=1088&bih=500#imgrc=lIRqJXHlUQTfQM:

https://www.google.com.br/search?q=tecnico+de+seguran%C3%A7a+do+trabalho+desenho&source=lnms&tbm=isch&
sa=X&ved=0ahUKEwiqn_bHl_7jAhXKGbkGHccQChEQ_AUIESgB&biw=1088&bih=500#imgdii=GvFFHI-
fVDCFQM:&imgrc=lIRqJXHlUQTfQM:

https://www.google.com.br/search?q=tecnico+de+seguran%C3%A7a+do+trabalho+desenho&source=lnms&tbm=isch&
sa=X&ved=0ahUKEwiqn_bHl_7jAhXKGbkGHccQChEQ_AUIESgB&biw=1088&bih=500#imgdii=Iqbe6x_E5OcGbM:&imgrc=
lIRqJXHlUQTfQM:
Descrição: Imagem de três mulheres, vestidas como técnicas de Segurança do trabalho, as duas da ponta com o
capacete branco, calça jeans e camisa cinza, e a do meio com capacete amarelo, camisa branca e calça jeans.

7
Figura 3- Técnicos em Segurança do trabalho
Fontes:
https://www.google.com.br/search?q=tecnico+de+seguran%C3%A7a+do+trabalho+desenho&source=lnms&tbm=isch&
sa=X&ved=0ahUKEwiqn_bHl_7jAhXKGbkGHccQChEQ_AUIESgB&biw=1088&bih=500#imgrc=O8GPlUQtrJ5d5M:

https://www.google.com.br/search?q=tecnico+de+seguran%C3%A7a+do+trabalho+desenho&source=lnms&tbm=isch&
sa=X&ved=0ahUKEwiqn_bHl_7jAhXKGbkGHccQChEQ_AUIESgB&biw=1088&bih=500#imgdii=LA-
jzxv7oKE1mM:&imgrc=O8GPlUQtrJ5d5M:
Descrição: Quatro desenhos de homens vestidos de segurança do trabalho. O primeiro de capacete amarelo, camisa
verde e calça jeans, o segundo, só o busto, com as mesmas características do primeiro, o terceiro de capacete branco,
macacão e laranja e o quarto somente o busto com as mesmas características do penúltimo.

8
Competência 01

1.Competência 01 | Legislação Aplicada à Saúde e Segurança do Trabalho


na Construção Civil
Nesta semana, você vai estudar a Norma Regulamentadora (NR) 18, que é a Legislação
que trata das CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO.
A construção civil é uma das áreas mais importantes dentro da economia de um país, pois é
responsável por ser uma das maiores fontes geradoras de emprego diretos e indiretos de um país, porém
também tem sido responsável por ter um histórico de um dos ramos com maior número de acidentes entre
os setores da economia. Avaliando esta realidade, compreendemos que é de inteira importância a
aplicação do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na indústria da Construção – PCMAT
dentro de uma obra civil, para manter os riscos de acidentes controlados e garantir condições e meio
ambiente de trabalho seguro para os funcionários.
O PCMAT é um programa de controle legal e contextualizado dentro da Norma
Regulamentadora – NR 18, onde se definem as diretrizes para o planejamento e organização de uma obra
civil, desde a organização a área de vivência, as Instalações sanitárias, os alojamentos, local para
refeição, cozinha, demolição, escavações, fundações e desmonte de rochas, carpintaria, armações de
aço, vibradores de imersão, escadas, rampas e passarelas e medidas de proteção contra quedas de altura

Atenção as Videoaulas e aos Fóruns!

Você pode acessar essa NR no link:


http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr18.htm

9
Competência 01

Observe que a NR trata de condições e meio ambiente de trabalho. Quando pensamos


em condições, pensamos nas condições mínimas de saúde e segurança para os trabalhos de
construção.

Indústria da Construção: O que você sabe a respeito da NR-18?

Neste caderno, iremos abordar, de forma resumida e objetiva, os principais pontos da NR


18, que abordam justamente essas questões.
A princípio é importante saber a respeito da construção civil que na economia de um país
é considerada uma das bases de toda a sua cadeia produtiva direta e indireta, que vai desde a
produção de materiais de construção, de máquinas e equipamentos, serviços, e o comércio de
materiais, o que confirma o impacto social e econômico desta atividade dentro de um país.

A NR-18 na indústria da Construção Civil


Assim, caro aluno, fica fácil compreender que o objetivo principal de NR 18 é a
implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança no meio ambiente de
trabalho na Indústria da Construção.

É BOM SABER!
A Legislação da segurança do trabalho é ampla e sofreu algumas
atualizações, por isso é importante que engenheiros e técnicos de
segurança do trabalho se mantenham atualizados quanto a estas
novidades.
Hoje, sabemos que em julho de 2019 o eSocial será obrigatório.
Cumprir a legislação da segurança do trabalho, além de promover a
saúde dos trabalhadores, dará mais segurança e preparo no caso de
possíveis complicações com a fiscalização, esse cuidado evita,
inclusive, processos trabalhistas.
Lembre-se, a legislação da segurança do trabalho, possibilita aos

Você já ouviu falar em RTP? Não? A partir de agora, leia com atenção todas as
Recomendações Técnicas de Procedimentos (RTP) abaixo e, em particular, a RTP 01.

10
Competência 01

RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS

Elas tratam das Recomendações Técnicas de Procedimentos com gravuras e


comentários da NR 18. Para relembrar, seguem os links:

RTP 01-Medidas de Proteção Contra Quedas de Altura


http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/recomendacao-tecnica-de-
procedimento/publicacao/detalhe/2012/9/rtp-01-medidas-de-protecao-contra-
quedas-de-altura
Esta recomendação técnica de procedimento especifica disposições técnicas
relativas à proteção contra riscos de queda de pessoas e materiais na indústria
da construção.

RTP 03-Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas


http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/recomendacao-tecnica-de-
procedimento/publicacao/detalhe/2012/9/rtp-03-escavacoes-fundacoes-e-
desmonte-de-rochas
Esta recomendação técnica de procedimentos especifica as medidas técnicas de
segurança relativas à proteção do trabalhador em atividades que envolvam
escavações, fundações e desmonte de rochas.

RTP 04-Escadas, Rampas e Passarelas


http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/recomendacao-tecnica-de-
procedimento/publicacao/detalhe/2012/9/rtp-04-escadas-rampas-e-passarelas
Esta recomendação técnica de procedimentos, tem por finalidade especificar e
fornecer disposições relativas a escadas, rampas e passarelas utilizadas na
indústria da construção.

RTP 05- Instalações Elétricas Temporárias em Canteiros de Obras


http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/recomendacao-tecnica-de-
procedimento/publicacao/detalhe/2012/9/rtp-05-instalacoes-eletricas-
temporarias-em-canteiros-de-obras
Orienta empresários, profissionais de segurança e saúde no trabalho,
eletricistas, dirigentes sindicais e demais profissionais quanto aos riscos e
medidas de prevenção coletivas e individuais nestas atividades.
Confira todas as RTP’s acessando link a seguir:

http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/recomendacao-tecnica-de-
procedimento

Aproveite para analisar mais uma vez a RTP 01 e comente a mesma no seu entendimento
lá no nosso fórum de dúvidas e discussões desta competência.

11
Competência 01

Com base nisso, agora vamos detalhar os pontos principais da NR 18.


Esses pontos abordam questões que vão desde a elaboração das documentações
obrigatórias na área de saúde e segurança até os requisitos mínimos exigidos em cada etapa da obra
com o fim de prevenir os acidentes do trabalho e assegurar o cumprimento da legislação específica.

1.1 Comunicação prévia


Querido aluno, você sabia que uma das suas responsabilidades, como Técnico de
Segurança, é providenciar a comunicação prévia?
Não podemos negar que é obrigatória a comunicação à Delegacia Regional do Trabalho,
antes do início das atividades, das seguintes informações:
• Endereço correto da obra;
• Endereço correto e qualificação (CEI, CGC ou CPF) do contratante, empregador ou
condomínio;
• Tipo de obra;
• Datas previstas do início e conclusão da obra;
• Número máximo previsto de trabalhadores na obra.
• A realização do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA (NR 9) ou do
Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção -
PCMAT (NR 18), dependendo do número de empregados.

Resumindo... saiba do que se trata e como ela deve ser feita:

O que é a Comunicação Prévia de Obras?


Antes do início de uma obra, um responsável deve informar o Ministério do Trabalho
sobre o projeto antecipadamente.

É obrigatória?
Sim, a comunicação é exigida pela Norma Reguladora 18, que prevê medidas de
segurança nos ambientes de trabalho da Indústria da Construção.

12
Competência 01

Que tipo de obra deve ser comunicada?


Todas as atividades e os serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção
de edifícios em geral, de qualquer número de pavimentos ou tipo de construção, inclusive
manutenção de obras de urbanização e paisagismo precisam ser registradas.

Onde e como posso comunicar?


A comunicação é feita exclusivamente por meio do Sistema de Comunicação Prévia de
Obras (SCPO), de forma simples e rápida. Para realizar o procedimento, basta se cadastrar com CPF,
data de nascimento e e-mail.

O que acontece se eu não comunicar o início da obra?


O responsável pela obra será notificado e multado se não fizer a comunicação da obra ou
se comunicar e houver alguma oposição no cadastro ou no canteiro da construção.
Mas como essas informações devem estar dispostas nesse documento? É imprescindível
que você saiba como elaborar esse documento, pois isso faz parte da rotina do técnico em segurança
do trabalho na área da Construção Civil.

Atenção as Videoaulas e aos Fóruns!


Então, para que você se aproprie da forma como esse documento é
elaborado, e compreenda com um melhor entendimento do que
tratamos acima, assista às videoaulas e acesse o site do MTE e leia
sobre a “Comunicação Prévia”, pois outras informações importantes
serão acrescentadas. Fique atento!

Figura 4 – Logotipo Ministério do Trabalho Emprego


Fonte: https://i3.wp.com/www.blogsegurancadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2016/06/portaria-541-30-maio-
2016-184x93.png
Descrição: Um retângulo azul com bordas arredondadas, dentro a bandeira do Brasil do lado esquerdo, no lado direito

13
Competência 01

as siglas MTE, e abaixo escrito Ministério do Trabalho e Emprego, abaixo outro retângulo, escrito: portaria N 540 de
25.05.2016 – Comunicação prévia NR - 18

Além da comunicação prévia, existe outro documento obrigatório exigido na NR 18, que
é o PCMAT, desenvolvido a seguir.

1.2 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção


– PCMAT

É obrigatório a elaboração e o cumprimento do PCMAT nos estabelecimentos com 20


(vinte) ou mais trabalhadores, contemplando os aspectos da NR 18 e outros dispositivos de
segurança.
Assim, o PCMAT deve contemplar as exigências contidas na NR 9 – Programa de
Prevenção e Riscos Ambientais e ser mantido no estabelecimento à disposição do órgão regional do
MTE.

DICA
De acordo com o tópico 18.3.2. O PCMAT deve ser elaborado por
profissional legalmente habilitado na área de segurança do trabalho.
O Técnico em Segurança é legalmente habilitado em segurança do
trabalho, não é? Sim, ele é!

Figura 5 – Quem Pode Elaborar o PCMAT?


Fonte: As autoras
Descrição: Ilustração de um homem de barba e cabelos castanhos, usando casaco cinza com camisa laranja e gola
branca. Em cima da sua cabeça aparece interrogações e a imagem de uma lâmpada.

14
Competência 01

Indústria da Construção: Condições dos locais e utensílios


Sob o mesmo ponto de vista, os locais e utensílios relacionados abaixo devem estar em
bom estado de uso e condizente com a NR-18. Por exemplo:
• Áreas de Vivência;
• Instalações Sanitárias;
• Lavatórios, vasos sanitários e mictórios;
• Chuveiro, vestiário e alojamento;
• Locais para refeição, cozinha e lavanderia;
• Área de lazer.

Entretanto, se no canteiro de obras, não houver previsão de se contratar mais de 20


trabalhadores, então em vez de fazer o PCMAT, será preciso elaborar o PPRA (Programa de Prevenção
dos Riscos Ambientais). você pode verificar na NR 09, acessando o link:

ACESSE O SITE!
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr18.htm

Independentemente do sistema de gestão aplicado à Saúde e Segurança do Trabalho, a


empresa deverá obrigatoriamente priorizar a:

• Participação de todos os empregados, especialmente através da CIPA;


• Transparência em todas as ações planejadas com divulgação e detalhamento de suas
partes, com especial destaque para PCMSO e PPRA e, por extensão, ao PCMAT;
• Implementação das medidas programadas, com controle das metas preconizadas e
da eficácia pretendida, e
• Verificação e análise dos resultados, com reprogramações quantas forem necessárias
visando o seu aperfeiçoamento contínuo.

15
Competência 01

Atenção! Muita calma nesta hora! Não se preocupe! Nesse momento precisamos apenas
dar ênfase à elaboração do PCMAT.
Preparado? Então vamos lá!
Se o PCMAT é o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção, o que será que deve fazer parte de sua constituição? Observe mais abaixo:

QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DO PCMAT?


Estabelecer um sistema de gestão em Segurança do Trabalho nos serviços relacionados à
construção, através da definição de atribuições e responsabilidades à equipe que irá administrar a
obra. Garantir, por ações preventivas, a integridade física e a saúde do trabalhador da construção,
funcionários terceirizados, fornecedores, contratantes, visitantes, etc. Enfim, as pessoas que atuam
direta ou indiretamente na realização de uma obra ou serviço;

EM QUAIS OBRAS É NECESSÁRIA A ELABORAÇÃO DO PCMAT?


A legislação aplicável ao assunto é a Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho e
Emprego, que contempla a Norma Regulamentadora nº 18 (NR 18 – CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE
DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO). Esta, em seu item 18.3.1, especifica a obrigação da
elaboração e implantação do PCMAT em estabelecimentos (incluindo frente de obra) com 20
trabalhadores (empregados e terceirizados) ou mais.

COMO É ELABORADO O PCMAT?


A elaboração do programa se dá pela antecipação dos riscos inerentes à atividade da
construção civil. De modo semelhante à confecção do PPRA, (item 18.3.1.1 – “O PCMAT deve
contemplar as exigências contidas na NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais”), são
aplicados métodos e técnicas que têm por objetivo o reconhecimento, avaliação e controle dos riscos
encontrados nesta atividade laboral.
A partir deste levantamento, são tomadas providências para eliminar ou minimizar e
controlar estes riscos, através de medidas de proteção coletivas ou individuais. É importante que o
PCMAT tenha sólida ligação com o PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional), uma
vez que este depende do PCMAT para sua melhor aplicação.

16
Competência 01

QUAL O ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO PCMAT?


A elaboração do PCMAT é realizada em 5 etapas:
1. Análise de projetos

2. Vistoria do local

3. Reconhecimento e avaliação dos riscos

4. Elaboração do documento base

5. Implantação do programa

É BOM SABER!
E a quem cabe a responsabilidade pela implementação do PCMAT?
Diz a NR-18: 18.3.3 A implementação do PCMAT nos
estabelecimentos é de responsabilidade do empregador ou
condomínio. Ou seja, num canteiro de obras deve haver um só
PCMAT.
Quais agentes de riscos o PCMAT deve considerar?
Todos! No PCMAT pede-se a análise e implementação de medidas
preventivas contra todos os tipos de agentes de riscos que possam
colocar em risco a integridade física ou a saúde dos trabalhadores
no local.
Lembre-se, a legislação da segurança do trabalho, possibilita aos
Olá, você aprendeu que o PCMAT (O Programa de Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Indústria da Construção) é de extrema importância pois trata-se do conjunto de ações
ordenadamente pré-estabelecidas, relativas à segurança e saúde do trabalhador na realização de
atividades referentes à indústria da construção. São inúmeros os modelos de PCMAT, sugiro a você
aluno que faça uma pesquisa pela internet sobre os modelos de PCMAT existentes.
Depois que você realizou sua pesquisa sobre os vários modelos de PCMAT, espero que
você tenha observado que alguns dos modelos apresentados são complexos e envolvem a
participação de profissionais especializados. Portanto caro aluno e futuro Técnico em segurança do
trabalho observe os requisitos de segurança em cada etapa da obra, conforme o PCMAT.

17
Competência 01

IMAGINE...
Imagine um Drone sobrevoando uma obra de construção civil de
pequeno porte. E aí, você consegue pensar que imagens esse Drone
está registrando?

ACESSE O SITE!
https://www.buildin.com.br/drones-na-construcao-civil/

Elaboração da Comunicação Prévia e do PCM. Deste ponto em diante, observe os


requisitos de segurança em cada etapa da obra, conforme o PCMAT. Vamos lá!

Figura 6 – Obra vista por um Drone


Fonte: http://www.homedecore.com.br/wp-content/uploads/2015/09/drone-3.jpg
Descrição: Dois homens, com capacete de segurança olhando um drone acima e no fundo uma construção.

Você consegue imaginar as imagens registradas pelo Drone, o que você veria?

O Drone registrou várias etapas da obra e alguns espaços em comum, esses espaços são
chamados de área de vivência. Essas áreas de vivências são destinadas a suprir as necessidades

18
Competência 01

básicas humanas de alimentação, higiene, descanso, lazer, convivência e ambulatório, devendo ficar
fisicamente separadas das áreas laborais.
Existem os componentes que irão compor o canteiro de obras e que são divididos em
áreas de vivência e áreas operacionais, tais componentes dependem do porte da obra e serão
dimensionados pelo engenheiro civil de acordo com as especificações da norma e necessidade da
obra.
Como futuro Técnico em Segurança do Trabalho você irá verificar que em geral, os
trabalhadores da construção civil passam o dia na obra e, dependendo da localização do
empreendimento, ou seja, da obra, muitos desses trabalhadores precisam morar temporariamente
em alojamento. Portanto a instalação de áreas de vivência em canteiros de obras é uma medida
essencial para proporcionar bem-estar aos trabalhadores, sendo importante oferecer espaços
adequados para as refeições, higiene pessoal, descanso e lazer desses trabalhadores.

E importante manter sempre um bom rendimento dos trabalhadores, e esse rendimento aumenta
quando o canteiro de obras possui uma área de convivência saudável, segura e bem estruturada.
Gerando um impacto positivo sobre a produtividade da equipe.

O que diz a Norma técnica NR 18 para área de vivência na construção civil

É importante que você leia e estude a norma regulamentadora de número 18 (NR 18) que
é responsável por regulamentar a instalação de áreas de vivência na construção civil. A norma vai
abranger estruturas de refeitório, sanitários e áreas de lazer, instalação de alojamentos, ambulatório
médico, bebedouros e telefone comunitário. Medidas essas que são fundamentais para garantir a
saúde e o bem-estar da mão de obra contratada pelas empreiteiras.
Boas condições na Área de Vivência de um Canteiro de Obras é essencial, não é mesmo?

19
Competência 01

Atenção!
Agora vamos estudar com detalhe essas áreas de vivência.

1.3 Área de vivência

As áreas de vivência são espaços em comum compartilhados pelos trabalhadores e estão


distribuídas em instalações sanitárias, vestiário, alojamento, local de refeições, cozinha quando
possuir o preparo de refeições, lavanderia, área de lazer e ambulatório no caso de a obra ter mais de
50 funcionários.

Figura 7 - Área de vivência


Fonte: http://www.ergoss.com.br/wp-content/uploads/2015/11/vivencia.png
Descrição: figura de uma área de vivência composta por três espaços distribuídos: refeitório e cozinha; nas áreas
internas: tem gelàgua, mesa e bancos e na área externa: lixeiras e pia. Contém cinco bonecos representando
funcionários usando os espaços.

Importância da área de vivência – Um dos primeiros itens da lista de preocupações relevantes a


Norma Regulamentadora NR18 é a área de vivência em canteiros de obras de construção civil.
Segundo a NR18, esses locais devem oferecer adequada qualidade de estadia para garantir a saúde
dos trabalhadores e o bom andamento da construção.

A Norma diz que um alojamento é considerado adequado quando se tem abastecimento de água
potável com ausência de umidade, uma remoção de lixo juntamente com sistemas de higiene, possuir
luz natural ou artificial com instalações elétricas protegidas, proteção contra ruído e calor excessivo,

20
Competência 01

entre diversas outras exigências. Além dos dormitórios para os trabalhadores, as mesmas regras
devem ser respeitadas para os ambientes de alimentação como cozinhas e refeitórios, áreas de
estoque e espaço para lazer e descanso.

DICA!!!
Você sabia que nem toda obra tem alojamento, lavanderia e área de
lazer? Já parou para pensar por que será que nem toda obra possui
essas áreas de vivência? Portanto você deve pesquisar na internet
sobre esse questionamento. Bons estudos!!!

Sabemos que muitos trabalhadores precisam dormir no local de trabalho por morarem em áreas
distantes, sendo-lhes necessário alojamento, lavanderia e área de lazer, sendo esses itens não
opcionais, mas sim itens obrigatórios por lei. Essas áreas de vivência devem ser limpas e organizadas
para tornar o ambiente agradável para esses trabalhadores.

O planejamento do canteiro de obra é definido como o planejamento da logística da obra, como a


disposição das instalações provisórias, armazenamento de materiais, movimentação de
trabalhadores e máquinas, entre outros. Onde a construção das áreas de vivência pode ser de
alvenaria ou tábuas de boa qualidade, e que não apresentem avarias, mas também podem ser usados
os contêineres.

É importante saber que economia e praticidade podem ser proporcionadas pelo uso de contêineres
em canteiros de obras, além da mobilidade e praticidade que são outros benefícios apresentados, o
que significa benefícios às obras de curta e longa durações, além da economia de espaço.

DICA!!!
Olá você deve pesquisar na internet imagens diversas de Área de
Vivência em Contêiner. Siga em frente!

21
Competência 01

A NR 18 permite o uso de contêineres como alojamento porem devem ser atendidos


alguns parâmetros. Saiba que os contêineres, originalmente foram desenvolvidos para o transporte
de cargas, porem eles foram sendo adaptados para esses usos em função de sua praticidade de
movimentação e resistência. A norma permitiu seu uso em áreas de vivência de canteiro de obras e
frentes de trabalho, desde que, cada módulo apresente as seguintes características: Possuir área de
ventilação natural, efetiva, de no mínimo 15% (quinze por cento) da área do piso, composta por, no
mínimo, duas aberturas adequadamente dispostas para permitir eficaz ventilação interna; garantir
condições de conforto térmico; possuir pé direito (altura do chão ao teto) mínimo de 2,40m (dois
metros e quarenta centímetros); garantir os demais requisitos mínimos de conforto e higiene
estabelecidos na NR 18; e possuir proteção contra riscos de choque elétrico por contatos indiretos,
além do aterramento elétrico.

Figura 8 - Container para Canteiros de Obras


Fonte: https://www.grupovendap.com.br/container-para-canteiros-de-obras.php
Descrição: Imagem de vários Container em um canteiro de obras.

1.3.1 Instalações sanitárias

Entende-se como instalação sanitária o local destinado ao asseio corporal e/ou ao


atendimento das necessidades fisiológicas de excreção. Na NR 18 no item 18.4.2 estão descritas as
recomendações de higiene e segurança para as instalações sanitárias em canteiros de obra. Saiba que

22
Competência 01

as instalações sanitárias servirão exclusivamente para este fim, é proibida a utilização das instalações
sanitárias para outros fins.
As paredes das instalações sanitárias deverão ser resistentes e laváveis, podendo ser de
madeira, e o piso deve ser impermeável, lavável e antiderrapante, quando necessário, deverão ser
separadas para homens e mulheres. É importante ressaltar que não devem ter contato direto com as
áreas para refeições.
O pé direito deverá obedecer ao Código de Obras do Município, ou ter no mínimo 2,50
m, e com relação ao deslocamento máximo entre o posto de trabalho e as instalações sanitárias não
deverá ultrapassar 150m, devem estar em local de acesso fácil e seguro para os trabalhadores. Você
futuro Técnico em Segurança do Trabalho de estar atento e bem atualizado com relação a essas
recomendações.

DICA!!!
Olá agora você deve pesquisar na internet imagens diversas de
Instalações sanitária em canteiros de obra. Siga em frente e boa
pesquisa!

Você pode estrar se perguntando, mas em qual quantidade os estes itens conjuntos vaso,
mictório, lavatório e chuveiro devem ser disponibilizados?
O item 18.4.2.4 da NR 18 determina que estes itens devem estar disponíveis numa
proporção baseada na quantidade de trabalhadores (inclui empregados da construtora principal e
empreiteiras) que exercem atividades no local.

Conjunto vaso, mictório, lavatório 1 para cada 20 trabalhadores ou fração

Chuveiro 1 para cada 10 trabalhadores ou fração

Quadro 1 - Proporção de chuveiros por trabalhadores


Fonte: A autora

É importante você saber que os lavatórios deverão estar a 90 cm do chão, ter um espaço
mínimo entre as torneiras de 60 cm e ter um local adequado para deposição de papéis.

23
Competência 01

Vamos agora ver as unidades para vasos sanitários, elas devem ter área mínima de 1 m2,
e a altura mínima de 1,80 m (divisória), e deverão possuir porta com trinco interno e ter abertura
inferior de no máximo 15 cm., e deverá existir um recipiente com tampa para descarte de papel.
Vamos agora falar da disposição dos mictórios, eles poderão ser individuais ou tipo calha
e deverão estar a 50 cm do piso, se tratando dos chuveiros a divisória deverá ter no mínimo 2,1 de
altura; com área mínima de 0,80 m2; e o piso deve ser de material antiderrapante ou ser provido de
estrados de madeira, também poderão ser individuais ou coletivos, e cada chuveiro precisará ter
suporte para toalha e para sabonete. Portanto fica claro que em qualquer canteiro de obra você como
futuro Técnico em Segurança do Trabalho de saber que as instalações sanitárias devem ser mantidas
em perfeito estado de conservação e higiene.
São muitas informações a respeito de instalações sanitárias vimos aqui as mais relevantes,
recomendo que você caro aluno lei atentamente a NR 18, ela fornece todas as especificações nos
itens que fazem referência a esse assunto e pesquise na internet mais sobre esse assunto.
Você viu que a NR-18 estabelece uma série de itens que devem estar à disposição do
trabalhador em um canteiro de obras, com a finalidade de garantir conforto, segurança e dignidade,
não trata-se apenas de uma questão legal, mas a existência dessas áreas vai além do cumprimento
da lei.
Esses itens vão permitir que o trabalhador se sinta respeitado e valorizado você não
concorda?
Você como futuro profissional da Segurança do trabalho deve ter em mente que deve ser
propiciando condições humanas dignas no trabalho, uma vez que essa é uma parte valiosa na vida de
qualquer trabalhador.

Atenção!
O canteiro que segue a NR-18 será mais eficiente e produtivo.
Portanto, contribua para divulgar as boas práticas!

Além das instalações sanitárias, devemos nos atentar as especificações legais referentes ao
alojamento.

24
Competência 01

1.3.2 Alojamento

É uma exigência da Norma Regulamentadora no 18 (NR 18), que obras afastadas dos
centros urbanos devem instalar alojamentos provisórios nos canteiros para a permanência dos
trabalhadores.
A NR 18 preconiza que só será necessário alojamento nos canteiros de obra quando
houver trabalhadores que durmam no próprio local de trabalho. Portanto não deverá haver
alojamento em todos os tipos de obra. Esses locais devem ser de boa qualidade para garantir a saúde
dos trabalhadores e, por conseguinte, o bom andamento da construção.
O alojamento considerado adequado segundo a NR 18 deve ter abastecimento de água
potável, a luz deve ser natural e/ou artificial, o sistema higiênico e remoção de lixo, ausência de
umidade, e as instalações elétricas protegidas, ter proteção contra ruído excessivo, entre outras
especificações. Lembre-se caro aluno que essas exigências não sejam cumpridas, a construtora pode
ser multada.
Importante destacar para você que é proibido a permanência de pessoas com doença
infectocontagiosa nos alojamentos ou em qualquer outra área da obra.

Figura 9 – Itens que não podem ter em alojamentos.


Fonte: http://equipedeobra17.pini.com.br/construcao-reforma/45/alojamentos-e-vestiarios-de-obra-para-garantir-a-
qualidade-250405-1.aspx
Descrição: Figura de uma frigideira com um ovo frito no lado esquerdo, circulado de vermelho e uma reta também
vermelha em diagonal, representando o símbolo de proibido. No lado direito a figura da parte superior de um
trabalhador, utilizando máscara de proteção respiratória. E capacete de segurança

Você pode estar se perguntando e no caso dos trabalhadores que não estão alojados no
canteiro, é obrigatória a construção de vestiários?

25
Competência 01

Sim é obrigatória a construção de vestiários, e essas instalações devem estar próximas


aos alojamentos ou à entrada da obra, e não devem ter ligação direta com o refeitório, e os armários
devem ser individualizados e possuir fechaduras ou cadeados. Os armários devem ser metálicos, são
os mais indicados, tendo como exemplo dos usados em academias, escolas e clubes.
Esses vestiários devem ser planejados de acordo com o número de trabalhadores previsto
na obra, pois lembre-se caro aluno que cada fase da obra tem uma quantidade diferente de
funcionários. Conforme a obra avança poderá ser necessário redimensionar o tamanho do vestiário.

Figura 10 - Vestiário
Fonte: http://equipedeobra17.pini.com.br/construcao-reforma/45/imagens/popup_NR18_2.jpg

26
Competência 01

Descrição: Figura da parte superior de um vestuário, com banheiros.

Nos canteiros de obra é obrigatória a existência de local adequado para refeições doa
trabalhadores.

1.3.3 Local para Refeição

Você deve saber que em toda obra independentemente do número de trabalhadores e


da existência ou não de cozinha no canteiro de obra, deve haver local específico para o aquecimento
de refeições dos trabalhadores, dotado de equipamento adequado e seguro para o aquecimento. São
espaços reservados para os trabalhadores se reunirem para realizar suas refeições, sendo
disponibilizado local específico para o aquecimento das mesmas. Em muitas obras alguns
trabalhadores preferem levar sua própria marmitas, portanto sempre deve haver um espaço
exclusivo para o aquecimento de refeições. E vale lembrar caro aluno que é proibido preparar e
aquecer comida fora dessas áreas.
É obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca, para os trabalhadores, por
meio de bebedouro de jato inclinado ou outro dispositivo equivalente, sendo proibido o uso de copos
coletivos entre os trabalhadores.

DICA
Você deve pesquisar na internet imagens diversas de Local para
Refeição em canteiros de obra. Siga em frente e boa pesquisa!

Algumas obras possuem, além do local de refeições, uma cozinha para o preparo do
alimento. E você caro aluno pode estar se perguntando como deve ser a estrutura dessa cozinha?

1.3.4 Cozinha

O canteiro de obras só deve possuir uma cozinha quando produzirem os alimentos.


Algumas construtoras fornecem as refeições por serviços terceirizados contratados, porem de

27
Competência 01

qualquer forma algumas empreiteiras determinam um local destinado para este fim, servindo de
apoio para aquecer alimento como foi estudado.
Quando for necessário ter uma cozinha no canteiro de obras a mesma deve ser equipada
com geladeira e freezer, mobiliário lavável. Ela deve ser instalada em local distante de sanitários e
com acesso restrito ao pessoal encarregado de preparar as refeições; deve ter ventilação natural ou
artificial que permita boa exaustão.
Deve ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), ou respeitar o
Código de Obras do Município da obra; as paredes devem ser de alvenaria, concreto, madeira ou
material equivalente. O piso de ser de concreto, cimentado ou de outro material de fácil limpeza; e
ter cobertura de material resistente ao fogo;
Na cozinha deve ter uma pia para lavar os alimentos e utensílios; e possuir instalações
sanitárias que não se comuniquem com a cozinha, de uso exclusivo dos encarregados de manipular
gêneros alimentícios, refeições e utensílios, não devendo ser ligadas à caixa de gordura.
Também é importante dispor de recipiente, com tampa, para coleta de lixo; e possuir
equipamento de refrigeração para preservação dos alimentos; e ficar adjacente ao local para
refeições; e ter instalações elétricas adequadamente protegidas.
Para os funcionários que trabalham na cozinha é obrigatório o uso de aventais e gorros.

Atenção!
Quando for utilizado o GLP (Gás Liquefeito do Petróleo ou gás de
cozinha), os botijões devem ser instalados fora do ambiente de
utilização, em área permanentemente ventilada e coberta.

Vamos lá, você deve saber que as áreas de vivência devem possuir local próprio, esse local
deve ser coberto, ventilado e iluminado para que o trabalhador alojado na obra possa lavar, secar e
passar suas roupas de uso pessoal, local esse que é chamado de Lavanderia. A Lavanderia deve ser
dotada de tanques individuais ou coletivos em número adequado. Algumas obras contratam
terceiros para realizar este serviço, sem ônus para o trabalhador.
A área de lazer segundo a NR 18, nas áreas de vivências devem ser previstos locais para
recreação dos trabalhadores alojados, podendo ser utilizado o local de refeições para este fim.

28
Competência 01

Também segundo a NR 18, torna-se obrigatório a instalação de ambulatório médico nos canteiros de
obras quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinquenta) ou mais trabalhadores.
Muito bem, até o momento estudamos as áreas de vivência, vamos agora estudar os
principais cuidados com a segurança do trabalho em cada uma das etapas da obra. Fique ligado que
as atividades de construção civil são realizadas por etapas ou fases de obra. De modo geral toda
construção possui etapas principais que corresponde a fase de início de atividades de construção até
o acabamento final. Então vamos lá, a primeira etapa a ser estudada será a de Demolição.

1.4 Demolição

Você deve saber que Demolição é uma ação de se destruir, de uma forma bem medida e
calculada, alguma construção para então dar lugar para a construção de uma nova construção. Essa
ação de demolir pode até não parecer, mas é uma das atividades mais comuns e utilizadas na
construção civil. Saiba que a ação de demolição pode ser imprescindível devido a idade de uma
estrutura ou por questões de segurança da obra, lembrando a você que as construções que se
encontram no entorno da área a ser demolida devem ser previamente avaliadas e examinadas para
evitar acidentes com as mesmas.
Imagine você uma construção antiga com risco de desabamento é recorrente que seja
demolida para evitar possíveis acidentes. Portanto, você deve saber que existem diversos meios e
técnicas para realizar a demolição de alguma estrutura. Essa ação de demolição deve ter o
acompanhamento de profissionais legalmente habilitados e sempre a Segurança do trabalho deve
estar presente nessas ações.
Agora vai estudar três técnicas que é a de Demolição mecânica, Demolição através do uso
de explosivos e Demolição manual.

29
Competência 01

Figura 11 - Demolição Mecânica


Fonte: https://www.demolidorasolum.com.br/wp-content/uploads/2018/01/solum-obra-demolicao-oncomed-bh-3.jpg
Descrição: imagem representando a demolição mecânica de uma edificação com uso de um trator.

Figura 12 - Demolição Manual


Fonte: https://www.demolidora.com/wp-content/uploads/demolicao-manual.png
Descrição: Demolição manual feita por um trabalhador equipado utilizando picareta.

ATENÇÃO
Você precisa pesquisar na internet imagens e artigos diversos que
abordem e mostre essas três técnicas que é a de Demolição
mecânica, Demolição através do uso de explosivos e Demolição
manual. Siga em frente e boa pesquisa!

30
Competência 01

Essa fase de Escavação que você vai estudar é a fase de movimentação de terra e é uma
fase muito importante, antes de iniciar esse trabalho é importante que seja feito um estudo prévio
do terreno para identificar suas características.

1.5 Escavações, fundações e desmonte de rochas

A escavação de uma obra corresponde a etapa de trabalhos com a criação de furos e valas
no terreno, conforme as indicações definidas em projeto para servir a fundação, e esse trabalho
ocorre após o término da locação e definição de níveis. A área de trabalho deve ser previamente
limpa, devendo ser retirados ou escorados solidamente árvores, rochas, equipamentos, materiais e
objetos de qualquer natureza quando houver risco de comprometimento de sua estabilidade durante
a execução de serviços sejam muros, edificações vizinhas e todas as estruturas que possam ser
afetadas pela escavação devem ser escorados.
É importante que você saiba como um futuro Técnico em Segurança do Trabalho que
essas etapas sejam de escavação, fundação e desmonte de rochas devem ser realizadas com base nas
normas de segurança e ter o acompanhamento de um responsável técnico legalmente habilitado.
Pois são vários riscos identificados nessa fase por exemplo de escavação que são a de
risco de desabamento de terra, gases, umidade, poeira, ruído provocado por equipamentos de obra,
transporte de peso, choque elétrico e esforço físico, entre outros. Segundo a NR 18 essas indicações
aprontam medidas técnicas de segurança referentes à proteção de trabalho em atividades que
envolvam Escavações, Fundações e Desmonte de Rocha.
Na execução das escavações existir cabo subterrâneo de energia elétrica nas
proximidades as mesmas só poderão ser iniciadas quando o cabo estiver desligado e na
impossibilidade de desligar o cabo devem ser tomadas medidas especiais junto à concessionária.
Com relação aos taludes instáveis das escavações com profundidade superior a 1,25m
(um metro e vinte e cinco centímetros) devem ter sua estabilidade garantida por meio de estruturas
dimensionadas para este fim.
É importante ressaltar também que para elaboração do projeto e execução das
escavações a céu aberto, serão observadas as condições exigidas na NBR 9061/85 - Segurança de
Escavação a Céu Aberto da ABNT.
Você sabe o que é um talude?

31
Competência 01

Talude é de um terreno inclinado que serve como base de sustentação ao solo, e pode
ser encontrado de origem natural ou artificial. O escoramento dos taludes é uma medida de
segurança importante, pois a estabilidade dos taludes deve ser garantida por meio das medidas de
segurança. O responsável técnico deverá buscar a adoção de técnicas de estabilização que garantam
a completa estabilidade dos taludes, tais como: retalhamento, escoramento, adiantamento,
grampeamento e impermeabilização.

DICA IMPORTANTE !
Pesquise na internet imagens e artigos diversos que abordem e
mostre o escoramento em Talude. Siga em frente e boa pesquisa!

Trabalhos nos pés de taludes sem uma avaliação prévia pelo responsável técnico devem
ser evitados, pelos riscos de instabilidade que possam apresentar, pois a existência de riscos constitui
impedimento à execução dos trabalhos, até que estes sejam eliminados.
Saiba que a execução de trabalho manual ou a permanência de observadores dentro do
raio de ação das máquinas em atividade de movimentação de terra também devem ser evitados, e
quando for necessário rebaixar o lençol de água (freático), os serviços devem ser executados por
pessoas ou empresas extremamente qualificadas. No caso dos taludes instáveis e das escavações com
profundidade superior a 1,25m devem ter sua estabilidade garantida por meio de estruturas
dimensionadas para este fim.
Os taludes com altura superior a 1,75m devem ter estabilidade garantida, e quando
houver possibilidade de infiltração ou vazamento de gás, o local deve ser devidamente ventilado e
monitorado para segurança dos trabalhadores. Esse monitoramento deve ser realizado enquanto o
trabalho estiver sendo efetivado para, em caso de vazamento, ser imediatamente acionado o sistema
de alarme sonoro e visual.
É importante que se tenha uma grande atenção para as escavações realizadas em vias
públicas ou canteiros de obras devem ter sinalização de advertência, inclusive noturna, e barreira de
isolamento em todo o seu perímetro.

32
Competência 01

E para reforçar não se esqueça que a execução do serviço de escavação deverá ser feita
por trabalhadores qualificados, considerando sempre os requisitos de segurança que garantam a
inexistência de risco ao trabalhador.
Vamos agora estudar a área da carpintaria!

1.6 Carpintaria

Esta é uma etapa muito importante em uma obra, a carpintaria costuma trabalhar
essencialmente com madeira maciça e em seu estado natural, muito comum não só na construção
civil como na naval, e para a realização da atividade de carpintaria, os trabalhadores fazem o uso de
várias máquinas e ferramentas manuais que podem provocar lesões graves. Além disso, estas podem
produzir ruídos e poeira de madeira, caso não forem adotadas as medidas de proteção.

Nas atividades de carpintaria, é indispensável o uso de equipamentos, destaca-se a serra


circular, muito utilizada nas obras de construção civil.

Figura 13 - Carpintaria
Fonte: https://carpintarialousado.com/components/com_fpss/images/2sl.jpg
Descrição: Imagem de trabalhador usando uma serra circular em carpintaria.

Você já deve ter ouvido inúmeros relatos de acidentes de trabalho relacionados as


atividades da construção civil, e esses acidentes em sua maioria, são decorrentes da falta de atenção
com os procedimentos de segurança nas atividades. Portanto devido a importância dos
procedimentos de segurança do trabalho, vamos estudar o uso da serra circular.
Mas você saber definir o que é uma serra circular?

33
Competência 01

A Serra circular nada mais é que um disco ou uma lâmina de metal utilizado para cortar
madeira ou outros materiais, onde a lâmina é uma parte afiada cortante, que é capaz de causar lesões
cortantes sérias se não manuseada com muito cuidado e atenção.
Você como futuro técnico em segurança do Trabalho deve identificar todos os riscos da
utilização de serra circular em bancada choques eléctricos, cortes e amputações, pancadas por
objetos, abrasões e entalamentos, ruído ambiental, projeção de partículas e de poeiras.
Os procedimentos operacionais devem ser adotados, as medidas preventivas que devem
ser tomadas para garantir segurança, e trabalhadores qualificados devem estar manuseando esse
equipamento segundo a NR18. Estude com atenção a NR18 e lembre-se que utilizando as
recomendações especificações necessárias, os acidentes gerados são reduzidos consideravelmente.
Vamos estudar recomendações de segurança para as armações de aço.

1.7 Armações de aço

De acordo com a NR18, a dobragem e o corte de vergalhões de aço em dobra devem ser
feitos sobre bancadas ou plataformas apropriadas e estáveis, e devem ser apoiadas sobre superfícies
resistentes, niveladas e não escorregadas, afastadas da área de circulação de trabalhadores. A norma
também estabelece as regras de segurança nas atividades de armações de aço, onde as instalações
de pilares e vigas devem ser apoiadas e escoradas para evitar tombamento e desmoronamento; e o
local onde está situada a bancada de armação deve possuir cobertura resistente para proteção contra
queda de materiais de intempéries; e as lâmpadas de iluminação também devem ser protegidas
contra impactos para proteção dos trabalhadores contra a queda de materiais e intempéries.
Importante que se saiba que as operações somente podem ser realizadas por trabalhador qualificado.

Figura 14 - Trabalho na indústria da construção - armações de aço

34
Competência 01

Fonte: http://amconstrucaolocadora.blogspot.com/2012/09/nr-188-armacoes-de-aco.html
Descrição: imagem de trabalhadores em cima de uma área destinada para armações de aço.

Não é permitido que a área destinada para armações de aço seja de livre acesso a todo e
qualquer trabalhador ou visitante da obra, a área deve ser isolada, delimitada por meio de guarda-
corpo, e ser sinalizada com cartaz indicativo de área restrita apenas a trabalhadores autorizados da
obra.
Deve ser dado uma atenção as pontas verticais de vergalhões de aço desprotegidas, pois
as mesmas devem ser protegidas, muitos acidentes acontecem por não terem esse cuidado.

Figura 15 - Protetores de Vergalhões


Fonte: https://moldimplas.com.br/project/protetor-para-vergalhao/
Descrição: imagem de trabalhadores em cima de uma área destinada para armações de aço.

Agora vamos para mais uma nova etapa que é a da concretagem que é a finalização de
um conjunto de atividades relacionadas a construção de um elemento em uma edificação, e só pode
ocorrer de forma eficaz e segura se todos os outros serviços anteriores estiverem sido realizados e
verificados pelo engenheiro ou técnico responsável da obra com segurança. Nessa etapa de
concretagem é muito comum o uso de vibradores de imersão.
Fica a dica para você pesquisar na internet sobre Adensamento de concreto, O que é? E Quais as
vantagens?.

Agora vamos conhecer um pouco mais sobre o vibrador de imersão um equipamento


muito utilizado nos canteiros de obras para adensar a massa, na etapa de concretagem.

35
Competência 01

1.8 Vibradores de imersão

Na fase de concretagem da obra o adensamento do concreto é um método utilizado para


confeccionar lajes, vigas, alicerces, colunas e pavimentações, e esse adensamento pode ser feito por
processos manuais de socamento, apiloamento, mecânicos de vibração e centrifugação.

Figura 16 - Vibrador de Imersão


Fonte: https://www.casadoconstrutor.com.br/safety/vibrador-de-imersao/
Descrição: imagem de um trabalhador em uma obra fazendo uso de um Vibrador de Imersão, para transmitir vibrações
(vibrar) no concreto ainda fresco, eliminando os espaços vazios nas peças. É constituído de um motor e um mangote,
cujo o diâmetro correto é determinado pelo espaço livre entre as ferragens.

Agora vamos pensar um pouco nas madeiras utilizadas em uma obra?

1.9 Escadas, rampas e passarelas

Você já observou a quantidade de escadarias e rampas que visualizamos em uma


construção de edifício? As rampas, escadas e passarelas são muito utilizadas para passagem de
pessoas de um local para outro da obra onde se tenha uma escavação ou um desnível logo abaixo,
assim como para passagem de carros de mão e acesso às áreas de vivência. Todavia essas rampas não
podem ser construídas de todo jeito, pois é necessário seguir as recomendações legais do item 18.12
da Norma Regulamentadora nº 18.
A madeira utilizada não poderá apresentar nós e rachaduras que comprometam sua
resistência, nem poderá ser pintada, pois este ato pode encobrir imperfeições capazes de gerar
acidentes do trabalho.

36
Competência 01

As rampas, escadas e passarelas são muito utilizadas para passagem de pessoas de um


local para outro da obra onde se tenha uma escavação ou um desnível logo abaixo, e também para
passagem de carros de mão e acesso às áreas de vivência.
Para a circulação de pessoas e materiais as escadas de uso coletivo, rampas e passarelas
devem ser de construção sólida e dotadas de corrimão e rodapé, e a transposição de pisos com
diferença de nível superior a 0,40m deve ser feita por meio de escadas ou rampas sendo obrigatória
a instalação de rampa ou escada provisória de uso coletivo para transposição de níveis como meio de
circulação de trabalhadores.
Em função do fluxo de trabalhadores as escadas provisórias de uso coletivo, rampas e
passarelas devem dimensionadas respeitando a NR18.
Veja algumas figuras que mostram as formas erradas e corretas do uso de escadas de
mãos descritas com detalhes na Norma Regulamentado Nº 18 (NR18) e na RTP - Recomendação
técnica de procedimento Nº 04.

Figura 17 - Formas erradas e corretas do uso de escadas.


Fonte: segurancadotrabalhost.blogspot.com/2015/02/uso-correto-de-escadas-de-mao.html
Descrição: Duas figuras lado a lado. A do lado esquerdo uma escada posicionada na parede, como sendo errada e a do
lado direito, a escada posicionada em uma parede no espaço adequado com barras de proteção.

37
Competência 01

Figura 18 - Formas erradas e corretas do uso de escadas.


Fonte: segurancadotrabalhost.blogspot.com/2015/02/uso-correto-de-escadas-de-mao.html
Descrição: Duas figuras lado a lado. A do lado esquerdo uma escada posicionada na parede, como sendo errada, e um
trabalhador subindo atrás do outro e a do lado direito, a escada posicionada em uma parede no espaço adequado com
barras de proteção, onde um trabalhador sobe e outro aguarda para subir.

Atenção! Você sabe onde é proibido colocar as escadas?

Nas proximidades de portas ou áreas de circulação, onde houver risco de queda de


objetos ou materiais e nas proximidades de aberturas e vãos é proibido colocar escadas. Também é
proibido o uso junto a redes e equipamentos elétricos desprotegidos.

ATENÇÃO!
Para saber mais sobre esse assunto você deve ler e estudar mais os
detalhes da Norma Regulamentadora nº 18 que trata sobre as
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
Civil (NR-18), que estabelece critérios mínimos de segurança e
conforto para as instalações e serviços de canteiro.

1.10 Medidas de proteção contra quedas de altura

Como você vem estudando a construção civil é um dos setores da economia em que
muitos riscos estão presentes expondo a saúde e integridade do trabalhador, e que podem variar em
função da fase da obra, e dentre os riscos, um dos mais graves é o de queda proveniente de trabalho

38
Competência 01

em altura. A NR 18 e suas diretrizes traz uma série de obrigações relativas às medidas de proteção
para evitar quedas de altura.
Essas medidas são a instalação de proteção coletiva onde existir risco de queda de
trabalhadores ou de projeção de materiais, e na periferia da edificação, a instalação de proteção
contra queda de trabalhadores e projeção de materiais a partir do início dos serviços necessários à
concretagem da primeira laje. E a instalação, em todo perímetro da construção de edifícios com mais
de quatro pavimentos ou altura equivalente, de uma plataforma principal de proteção na altura da
primeira laje que esteja, no mínimo, um pé-direito acima do nível do terreno.
A NR 18 fala sobre outros itens de segurança essenciais na construção civil. Um deles é
sobre o perímetro da construção de edifícios deve ser fechado com tela que serve como uma barreira
protetora contra projeção de materiais e ferramenta, a partir da plataforma principal de proteção.
O princípio básico que consiste em limitar Quedas de Altura deve ser composto, por rede
de segurança; cordas de sustentação ou de amarração e perimétrica da rede, e também por conjunto
de sustentação, fixação e ancoragem e acessórios de rede.
O Sistema Limitador de Queda de Altura tem as fases de montagem, deslocamento e
desmontagem que devem ser supervisionadas pelo responsável técnico pela execução da obra e você
como futuro Técnico em Segurança do Trabalho deve sempre ficar atento e também acompanhar
essas fases para manter sempre a segurança dos trabalhadores.
No trabalho em altura é importante que o Técnico de Segurança do Trabalho da obra,
incentive e monitore os trabalhadores a usarem aos equipamentos de proteção individual (EPIs) e dar
sempre preferência também ao uso dos equipamentos de proteção coletiva (EPCs) mais resistentes.
Essa é uma medida preventiva, a utilização do EPI para garantir a segurança e preservação da
integridade física dos trabalhadores, onde os principais EPIs para quem trabalha em altura dentro da
construção civil são o cinto de segurança limitador de espaço, o capacete de proteção e a trava
quedas.

39
Competência 01

Figura 19 – Quedas em Altura


Fonte: http://www.protecao.com.br/upload/protecao_edicao/238_artigo_construcao_civil.jpg
Descrição: Ilustração de um trabalhador utilizando cinto de segurança limitador de espaço, o capacete de proteção e a
trava quedas.

Você estudou sobre um dos tópicos da NR 18, que fala sobre medidas de proteção contra
queda em altura. Lembrando que é importante ser feito a leitura detalhada da NR18 sobre o assunto.

E aí! Você alguma dúvida sobre esse assunto abordado? Escreva no


chat ou no fórum seu comentário!

Considera-se trabalho em altura, toda atividade executada acima de


2 metros do nível inferior, onde haja risco de queda.

Encerramos aqui nossa Primeira Competência. E você conseguiu entender o objetivo das exigências
impostas na NR 18?
O objetivo da NR18 é de assegurar que os trabalhadores trabalhem em um ambiente
seguro e de convívio social, sendo ela a mais importante para a atividade de um canteiro de obras.

40
Competência 01

Você viu só como manter um canteiro de obras seguro de acordo com as exigências da
Norma Regulamentadora NR18 é simples?
Gostou dessa competência? Não deixei de participar do fórum, chat, de ler e estudar todo
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pois sua participação é muito importante!

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Aproveite e assista a vídeo aula da Competência 01 disponível no
nosso ambiente virtual. Bons estudos!

41
Competência 02

2.Competência 02 | Legislação Brasileira Específica à Área de


Agroindústria
Olá caro aluno!
Você sabia que a agropecuária tem passado por várias mudanças nas últimas décadas?
Pois é!!! O avanço da profissionalização do setor tem levado a análise de aspectos antes
não considerados, surgindo assim uma maior regulação e regulamentação da atividade agropecuária.
Assim como na construção civil, também na área da agroindústria é preciso tomar as
precauções de segurança para evitar acidentes do trabalho, por isso, nesta semana, nós iremos
discutir a legislação de saúde e segurança do trabalho atualmente, está em vigor, Norma
Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração
Florestal e Aquicultura editada pelo Ministério do Trabalho e Emprego publicado em março de 2005.

Agricultura: Cultivo de plantas com o objetivo de obter alimentos,


fibras, energia, matéria-prima para roupas, construções,
medicamentos e ferramentas.
Pecuária: atividade que envolve a criação de gado, a domesticação e
a reprodução de animais.
Silvicultura: atividade ligada à implantação e regeneração de
florestas, visando desta forma o aproveitamento e a manutenção
racional das florestas, em função do interesse ecológico, científico,
econômico e social.
Aquicultura: produção de organismos aquáticos, como a criação de
peixes, moluscos, crustáceos, anfíbios e o cultivo de plantas aquáticas
para uso do homem.
Fonte: http://fateccb.criarumblog.com/FATEC-CAPAO-BONITO-b1/O-
que-e-silvicultura-b1-p3.htm

Essa legislação entrou em vigor em 03/03/2005 e, até essa data, os profissionais de saúde
e segurança do trabalho faziam uso de Normas Regulamentadoras Rurais (NRRs) que eram em
número de 05. Porém, hoje, essas NRRs estão extintas.

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Competência 02

Não se esqueça de ler a NR 31 na íntegra no site:


http://www.enit.trabalho.gov.br

Esta Norma Regulamentadora tem por objetivo estabelecer os preceitos a serem


observadas na organização e no ambiente de trabalho no meio rural, de forma a tornar compatível o
planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração
florestal e aquicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho. Também se aplica às
atividades de exploração industrial desenvolvida no ambiente agrário (agroindústria rural).
A norma institui entre outras atribuições: Gestão de Segurança, Saúde e Meio Ambiente
de Trabalho Rural; Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Rural – SESTR; Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural – CIPATR;
Destacam-se ainda outras normativas referentes ao trabalho rural:
Agrotóxicos, Adjuvantes e Produtos afins (proteção); Meio Ambiente e Resíduos;
Ergonomia; Ferramentas Manuais; Máquinas, equipamentos e implementos; Secadores; Silos;
Acessos e Vias de Circulação; Transporte de cargas.
Como você observa, caro aluno, há um grande avanço na legislação que protege o
trabalhador rural e ao mesmo tempo cria uma série de obrigações ao empregador rural.
Na prevenção de acidentes, o empregador possui obrigações e o trabalhador também.
Vamos conhecê-las?
Você sabia que as normas de segurança do trabalho na agroindústria devem ser seguidas
pelo empregado e pelo empregador?

Cabe ao empregador rural algumas ações, como:

• Efetuar avaliações ambientais e adotar as medidas preventivas necessárias;


• Promover melhorias no local de trabalho, preservando o nível de segurança e a saúde
dos empregados;
• Dar cumprimento e fazer cumprir todas as normas relacionadas à segurança e saúde
no trabalho rural;

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Competência 02

• Avaliar, junto a CIPATR (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho


Rural), os acidentes e as doenças do trabalho;
• Garantir que a CIPATR participe das discussões que falam sobre controle de riscos.

O empregador rural também deve informar aos trabalhadores os riscos que podem advir
de seu trabalho e os resultados de seus exames médicos (realizados pelo SESTR, Segurança e Saúde
no Trabalho Rural).
O patrão deve adotar medidas preventivas na seguinte ordem de prioridades: eliminação
de riscos; controle de riscos na fonte e redução ao risco mínimo, adotando práticas seguras e outras
medidas eficazes.
O trabalhador deve seguir todas as determinações do empregador, aceitando as medidas
protetivas (se não o fizer, incorrerá em ato faltoso a recusa injustificada). Deve se submeter aos
exames médicos previstos na NR 31.
Essas recomendações devem ficar bem claras por meio de treinamentos e palestras
realizados pelos profissionais de saúde e segurança do trabalho.

Agora, vamos falar dos direitos dos empregados!

2.1 Direitos dos empregados:

Se por um lado existem os direitos do empregador rural, por outro lado, existem os
direitos do trabalhador rural como:
• Cumprir as determinações sobre as formas seguras de desenvolver suas atividades,
especialmente quanto às Ordens de Serviço para esse fim;
• Adotar as medidas de proteção determinadas pelo empregador, em conformidade
com esta Norma Regulamentadora, sob pena de constituir ato faltoso a recusa
injustificada;
• Submeter-se aos exames médicos previstos nesta Norma Regulamentadora;
• Colaborar com a empresa na aplicação desta Norma Regulamentadora.
Observe a imagem que segue:

44
Competência 02

Figura 20 - Atividade Interrompida Durante Chuva de Granizo


Fonte:
https://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&ved=2ahUKEwiH7tGi59DjAhUPK7kGHWP8Bc0QjRx6BAgBEA
U&url=https%3A%2F%2Fwww.blueberriesconsulting.com%2Fpt%2Fexportadores-lamentan-perdida-de-algunos-
huertos-tras-granizada-y-dicen-que-aun-no-se-puede-saber-si-afectara-
ventas%2F&psig=AOvVaw2RgK4Li0SXsCootCr23LDV&ust=1564169404034566
Descrição: Imagem de uma plantação de cana de açúcar muito danificada devido à chuva de granizo.

Na imagem, você vê uma plantação atingida por chuva de granizo. Diante dessa situação,
o trabalhador deve ter assegurado o direito à paralisação da atividade a fim de evitar acidentes do
trabalho.
Em que outro tipo de situação você visualiza a necessidade de paralisação da atividade?

ATENÇÃO
Pesquise sobre “Direito de Recusa”, deixando seu comentário no
fórum desta competência.

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Competência 02

Toda atividade, inclusive a agroindustrial depende de uma boa gestão de Segurança,


Saúde e Meio Ambiente. Vamos conhecer os fundamentos dessa gestão?

2.2 Gestão de segurança, saúde e meio ambiente de trabalho rural

Para alcançar a prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho na unidade


de produção rural a gestão deve atender a seguinte ordem de prioridade:
1. Eliminação de riscos através da substituição ou adequação dos processos
produtivos, máquinas e equipamentos;
2. Adoção de medidas de proteção coletiva para controle dos riscos na fonte;
3. Adoção de medidas de proteção pessoal.

E ainda atender os seguintes aspectos:

• Melhoria das condições e do meio ambiente de trabalho.


Que devem abranger os aspectos relacionados a:
a. Riscos químicos, físicos, mecânicos e biológicos;
b. Investigação e análise dos acidentes e das situações de trabalho que os
geraram;
c. Organização do trabalho.
• Promoção da saúde e da integridade física dos trabalhadores rurais;
• Campanhas educativas de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do
trabalho.

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Competência 02

Figura 21 - Campanhas Educativas


Fonte: https://caruaru.pe.gov.br/prefeitura-de-caruaru-realiza-campanha-zona-rural-mais-forte-a-partir-da-proxima-
terca-feira-16/
Descrição: Ilustração de um cartaz, Campanha “Zona Rural Mais Forte” realizado no município de Caruaru, onde quatro
comunidades receberam serviços gratuitos como, distribuição de água em carro pipa, vacinação de bovinos, aração de
terra silagem, recuperação de estradas e ainda trabalhos educativos dentre outros.

Na imagem você vê um folder da campanha educativa para fortalecimento da produção


e melhorias do pequeno produtor rural, onde os mesmos poderão aumentar sua produção de forma
segura e mais qualificada. Mas será que ainda existem trabalhadores e pequenos produtores rurais
que ainda não sabem melhorar a produção e assegurar a sua segurança e de seus trabalhadores?
Pense sobre isso!

2.2.1 Assistência médica

É de direito do trabalhador rural a realização de consultas médicas e a realização dos


exames obrigatórios relacionado a sua função, sem ônus ao trabalhador como consta na NR-07 –
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).

Não se esqueça de fortalecer seus conhecimentos através da leitura


da NR 07 que consta no site:
http://www.enit.trabalho.gov.br

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Competência 02

Deve ser garantido a realização dos seguintes exames médicos:


• Admissional: deve ser realizado antes que o trabalhador assuma suas atividades;
• Periódico: deve ser realizado anualmente;
• Retorno ao trabalho: deve ser realizado no primeiro dia do retorno à atividade do
trabalhador ausente;
• Mudança de função: deve ser realizado antes da data do início do exercício da nova
função;
• Demissional: deve ser realizado até a data da homologação.

Além do direito à assistência médica é obrigatório dispor no estabelecimento


equipamento de primeiros socorros, onde ficará sob responsabilidade de uma pessoa treinada para
essa finalidade. Em caso de urgência, o acidentado deverá ser removido sem despesa nenhuma,
sendo essa remoção de responsabilidade do empregador rural.
Os casos de urgência incluem intoxicação por agrotóxicos, acidentes graves e acidentes
com animais peçonhentos.
Vejamos o que a NR 31 fala sobre animais peçonhentos!

2.2.2 Acidente com animais peçonhentos

Em caso de acidentes com animais peçonhentos, após os procedimentos de primeiros


socorros, o trabalhador deverá ser encaminhado imediatamente à unidade de saúde mais próxima
do local.

A B

Figura 22 - A: Acidente com cobra; B: Cobra cascavel (Chordata)


Fonte: https://www.votuporangatudo.com.br/noticias/regiao/2019/03/homem-de-57-anos-morre-picado-por-cobra-
em-tr-s-fronteiras
Descrição: Duas imagens uma do lado da outra ( A e B); imagem A- você vê o braço com marca de dois furos devido a

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Competência 02

ataque de jararaca no meio rural e a imagem B- cobra cascavel em ataque.

E diante desses acidentes caberá ao empregador rural, através de laudo médico ou


atestado médico, tomar as seguintes atitudes:
• Emitir a CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho).
• Afastar o trabalhador da exposição ao risco ou afastar do trabalho.
• Encaminhar o trabalhador à previdência social para estabelecimento do nexo causal,
avaliação de incapacidade e definição da conduta previdenciária em relação ao
trabalho.

Todos esses procedimentos de segurança devem ser defendidos pelos profissionais de


saúde e segurança do trabalho através de serviço especializado.
Mas, qual o serviço de saúde e segurança do trabalho no meio rural?
Vamos estudar a seguir!

2.3 Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Rural- SESTR

O SESTR é uma variação do SESMT regido pela NR 04 e é composto de profissionais


especializados que tem como objetivo desenvolver ações técnicas, integradas às práticas de gestão
de segurança, saúde e meio ambiente de trabalho, para tornar o local de trabalho compatível com a
promoção da segurança e saúde e da preservação da integridade física do trabalhador rural.

ATENÇÃO!
Não esqueça de acessar a NR-04 no site abaixo
http://www.enit.trabalho.gov.br

É de competência do SESTR:
• Assessorar tecnicamente os empregadores e trabalhadores;
• Promover e desenvolver atividades educativas em saúde e segurança para todos os
trabalhadores;

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Competência 02

• Identificar e avaliar os riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores em todas


as fases do processo de produção;
• Indicar medidas de eliminação, controle ou redução dos riscos;
• Monitorar periodicamente a eficácia das medidas adotadas;
• Analisar as causas dos agravos relacionados ao trabalho e indicar as medidas
corretivas e preventivas pertinentes;
• Participar dos processos de concepção e alterações dos postos de trabalho, escolha
de equipamentos, tecnologias, métodos de produção e organização do trabalho, para
promover a adaptação do trabalho ao homem;
• Intervir imediatamente nas condições de trabalho que estejam associadas a graves e
iminentes riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores;
• Estar integrado com a CIPATR, valendo-se, ao máximo, de suas observações, além de
apoiá-la, treiná-la e atendê-la nas suas necessidades e solicitações;
• Manter registros atualizados referentes a avaliações das condições de trabalho,
indicadores de saúde dos trabalhadores, acidentes e doenças do trabalho e ações
desenvolvidas pelo SESTR.

Existem três modalidades de SESTR onde as empresas rurais podem escolher:


• Próprio – quando os profissionais especializados mantiverem vínculo empregatício
com a empresa.
• Externo – quando o empregador rural contar com consultoria externa.
• Coletivo – quando o serviço for compartilhado com outras empresas rurais.

Para empresas com mais de cinquenta trabalhadores é obrigatório a


existência de SESTR, próprio ou externo.

50
Competência 02

Os profissionais especializados deverão ser compostos pelos seguintes profissionais:


1. Nível superior:
o Engenheiro de Segurança do Trabalho;
o Médico do Trabalho;
o Enfermeiro do Trabalho.
2. Nível médio:
o Técnico de Segurança do Trabalho
o Auxiliar de ou técnico de Enfermagem do Trabalho

O número e o tipo de profissional serão dimensionados de acordo


com a quantidade de trabalhadores contidos na empresa. A
necessidade de inclusão de outros profissionais será estabelecida
em acordo ou convenção coletiva.

O dimensionamento do SESTR Próprio ou Coletivo obedecerão ao gráfico abaixo:

Trabalhadores rurais
3
Número de Profissionais

0
51 a 150 151 a 300 301 a 500 501 a 1000 Acima de 1000
Eng. Seg. 0 0 0 1 1
Méd. Trab. 0 0 1 1 1
Téc. Seg; 1 1 2 2 3
Enf. Trab. 0 0 0 1 1
Aux. Enf. 0 1 1 1 2

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Competência 02

Figura 23 - Dimensionamento do SESTR Próprio ou Coletivo


Fonte: Disponível em: < http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr31.htm
Descrição: Gráfico representando, em colunas a quantidade de profissional em relação a quantidade de trabalhador
rural.

O dimensionamento do SESTR Externo e Coletivo obedecer]ao o gráfico abaixo:

Trabalhadores Rurais
5
Número de profissionais

0
Até 500 500 a 1000 Acima de 1000
Eng. Seg. 1 1 2
Méd. Trab. 1 1 2
Téc. Seg. 2 3 4
Enf. Trab. 1 1 2
Aux. Enf. 1 2 3

Figura 24 - Dimensionamento do SESTR Externo e Coletivo


Fonte: http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr31.htm
Descrição: Gráfico representando SESTR externo e coletivo até o momento em que se tem 500 trabalhadores rurais, são
necessários todos os profissionais do SESTR, nas seguintes quantidades: 1 engenheiro de segurança do trabalho, 1
médico do trabalho, 2 técnicos em segurança do trabalho, 1 enfermeiro do trabalho e 1 auxiliar em enfermagem do
trabalho. De 501 até 1000 trabalhadores rurais, são necessários: 1 eng. De seg. do trabalho, 1 médico do trabalho, 3
técnicos em segurança do trabalho, , 1 enfermeiro do trabalho e 2 auxiliares de enfermagem do trabalho. Acima de
1000 trabalhadores rurais, são necessários: 2 engenheiros de segurança do trabalho, 2 médicos do trabalho, 4 técnicos
de segurança do trabalho, 2 enfermeiros do trabalho e 3 auxiliares de enfermagem do trabalho.

ATIVIDADE FÓRUM
Observando esses gráficos e tabelas de dimensionamento do SESTR,
responda: quais as vantagens e/ou desvantagens para cada
modalidade de SESTR?
Seria mais vantajoso contratar um SESTR coletivo ou próprio?
Vamos conversar sobre isso no fórum?

52
Competência 02

Além do SESTR, o trabalhador rural pode contar com o apoio da CIPATR que é uma
modalidade de CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), porém no meio rural.

2.4 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural- CIPATR

A CIPATR é regulamenta pela norma nº 31 e a CIPA (comissão interna de prevenção de


acidentes do trabalho) é regulamentada pela norma nº 05. As duas normas possuem muitas coisas
em comum, principalmente seu objetivo, porém seu dimensionamento e sua forma de gestão são
diferentes.
Vejamos as principais características do dimensionamento da CIPATR e da CIPA:
• Ambas as comissões são formadas por pessoa que representa o dono da empresa e
outra que representa os trabalhadores em números iguais (Figura 14);
• Os empregados terão seus representantes eleitos de forma secreta;
• O mandato para CIPATR terá duração de dois anos, permitida uma reeleição e para
CIPA um ano, sem reeleição;
• Existirá um suplente para cada titular;
• O Presidente da CIPA ou Coordenador da CIPATR são escolhidos pelo empregador. O
Vice-Presidente ou vicecoordenador é selecionado entre os titulares nomeados pelos
empregados;
• Todas as atas de eleição e posse e o calendário das reuniões devem ser mantidas no
estabelecimento.

Antes de prosseguir leia a NR 05 para comparar as diferenças entre


as normas.
http://www.enit.trabalho.gov.br

É de responsabilidade da CIPATR:
• Acompanhar a implementação das medidas de prevenção necessárias, bem como da
avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;

53
Competência 02

• Identificar as situações de riscos nas instalações ou áreas de atividades do


estabelecimento rural, comunicando-as ao empregador para as devidas
providências;
• Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
• Participar, com o SESTR, quando houver, das discussões promovidas pelo
empregador;
• Interromper, informando ao SESTR, quando houver, ou ao empregador rural ou
equiparado, o funcionamento de máquina ou setor onde considere haver risco grave
e iminente;
• Colaborar no desenvolvimento e implementação das ações da Gestão de Segurança,
Saúde e Meio Ambiente de Trabalho Rural;
• Participar, em conjunto com o SESTR, quando houver, ou com o empregador, da
análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução
dos problemas encontrados;
• Requisitar à empresa cópia das CAT emitidas;
• Divulgar e zelar pela observância desta Norma Regulamentadora;
• Propor atividades que visem despertar o interesse dos trabalhadores pelos assuntos
de prevenção de acidentes de trabalho;
• Propor ao empregador a realização de cursos e treinamentos que julgar necessários
para os trabalhadores;
• Elaborar o calendário anual de reuniões ordinárias;
• Convocar, com conhecimento do empregador, trabalhadores para prestar
informações por ocasião dos estudos dos acidentes de trabalho;
• Encaminhar ao empregador, ao SESTR e às entidades de classe as recomendações
aprovadas, bem como acompanhar as respectivas execuções;
• Constituir grupos de trabalho para o estudo das causas dos acidentes de trabalho
rural.
Observe o gráfico de dimensionamento da CIPATR:

54
Competência 02

Dimensionamento do CIPATR
5

0
20 a 35 36 a 70 71 a 100 101 a 500

Representantes dos trabalhadores Representantes o empregador

Figura 25 - Dimensionamento da CIPATR


Fonte: http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr31.htm
Descrição: Tabela representando o dimensionamento da CIPATR. A partir de 20 trabalhadores rurais é obrigatória a
formação de uma CIPATR. De 20 até 35 trabalhadores rurais, deve-se ter 1 titular representante dos trabalhadores e 1
titular representante do empregador. Lembrando que para cada titular deve haver 1 suplente.

Após o dimensionamento da CIPATR o empregador deverá promover treinamento em


segurança e saúde no trabalho antes da posse dos membros contendo os seguintes conteúdos:
• Noções de organização, funcionamento, importância e atuação da CIPATR;
• Estudo das condições de trabalho com análise dos riscos originados do processo
produtivo no campo, bem como medidas de controle;
• Caracterização e estudo de acidentes ou doenças do trabalho, metodologia de
investigação e análise;
• Noções de primeiros socorros;
• Noções de prevenção de DST, AIDS e dependências químicas;
• Noções sobre legislação trabalhista e previdenciária relativa à Segurança e Saúde no
Trabalho;

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Competência 02

• Noções sobre prevenção e combate a incêndios;


• Princípios gerais de higiene no trabalho;
• Relações humanas no trabalho;
• Proteção de máquinas equipamentos;
• Noções de ergonomia.

Caro estudante, já vimos como o SESTR e a CIPATR atuam junto ao


empregado rural, mas quais os cuidados em relação à saúde e ao
bem-estar do trabalhador?
Como o SESTR e a CIPATR podem prevenir acidentes com
agrotóxicos, por exemplo?

2.5 Agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins

Agrotóxico, defensivos agrícolas ou agroquímicos, são produtos aplicados na agricultura


para conter pragas, doenças ou algo que favoreça danos as plantações. São nocivos à saúde e devem
ser aplicados de forma consciente e segura pelo trabalhador.
Pensando nisso, foi elaborada a NR-06 que trata dos Equipamentos de Proteção Individual
- EPI, que consiste em informar todos os tipos de EPs a serem utilizados pelos trabalhadores de acordo
com cada risco e profissão realizada.
Por isso, todo trabalhador que se expõe de forma direta aos agrotóxicos deve ser treinado
com curso de capacitação com carga horária mínima de 20 (vinte) horas, distribuídas em no máximo
oito horas diárias com o seguinte conteúdo mínimo:
• Conhecimento das formas de exposição direta e indireta aos agrotóxicos;
• Conhecimento de sinais e sintomas de intoxicação e medidas de primeiros socorros;
• Rotulagem e sinalização de segurança;
• Medidas higiênicas durante e após o trabalho;
• Uso de vestimentas e equipamentos de proteção pessoal;
• Limpeza e manutenção das roupas, vestimentas e equipamentos de proteção
pessoal.

56
Competência 02

Observe a NR 06 que trata de EPI no site:


http://www.enit.trabalho.gov.br

Na figura 15 podemos observar dois trabalhadores aplicando agrotóxicos, porém de forma diferentes.

B
A

Figura 26 – A: Aplicação de Agrotóxico de forma incorreta; B: Aplicação de Agrotóxico de forma correta


Fontes: https://www.brasildefato.com.br/node/32094/; :http://www.sru.com.br/noticias/169/palestra-sobre-
aplicacao-correta-de-agrotoxicos-acontece-no-sru
Descrição: Duas imagens uma do lado da outra (A e B); imagem A o trabalhador está aplicando agrotóxicos nas
hortaliças de forma incorreta, pois não está protegido com os EPIs adequadamente, enquanto que na imagem B,
percebemos o trabalhador totalmente protegido ao realizar o mesmo trabalho que o trabalhador da imagem A.

Você consegue visualizar as diferenças nas imagens acima?

Assista ao vídeo “Uso correto de EPIs” no site:


https://www.youtube.com/watch?v=neMiEWpBm6M

Mais por quê o uso de EPIs é tão importante na agricultura? Na sua aula atividade, você
precisa observar na NR 31 os cuidados quanto à aplicação dos agrotóxicos e as proibições.

Observe uma reportagem sobre a liberação de alguns agrotóxicos no


site:
https://reporterbrasil.org.br/2019/01/governo-liberou-registros-de-
agrotoxicos-altamente-toxicos/

Finalizamos aqui a segunda semana. Espero que tenha sido de grande valia para você! Na
próxima semana, você irá estudar a legislação brasileira específica do trabalho portuário. Até lá!

57
Competência 03

3.Competência 03 | Conhecer a Legislação Brasileira Específica da Área


Portuária

Estamos na última competência e nesse momento vamos explorar a Norma


Regulamentadora nº 29, do Ministério do Trabalho em Emprego, publicada na Portaria nº 158, de 10
de abril de 2006, no Diário Oficial da União de 17 de abril de 2006. O seu objetivo é regular a proteção
obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, facilitar os primeiros socorros a acidentados e
alcançar melhores condições possíveis de segurança e saúde aos trabalhadores portuários.
Vamos lá, primeiramente devemos pensar quais são as atividades realizadas pelos
trabalhadores portuários.
Nas imagens a seguir, podem ajudar a você identificar essas atividades.

Figura 27 - Zona Primária


Fonte: http://www.portosdoparana.pr.gov.br/modules
/noticias/print.php?storyid=354
Descrição: imagem de alguns contêineres brancos armazenados na zona primária. Existe também um caminhão baú que
será utilizado para transporte das cargas dos contêineres.

Figura 28– Atividade Portuária


Fonte: http://maisro.com.br/wp-content/uploads/2015/07/7-porto-1.jpg

58
Competência 03

Descrição: Imagem de alguns trabalhadores descarregando mercadoria em um porto.

Figura 29– Atracação


Fonte:http://2.bp.blogspot.com/-
yUEX3dV4jXc/VhLY1zNs52I/AAAAAAAAM4g/53VkdqUkxP0/s1600/CDP%2B%2528atraca%25C3%25A7%25C3%25A3o%2
529%2B02.jpg
Descrição: Imagem de alguns trabalhadores atracando no porto.

E aí, conseguir identificar? Você sabe o que é zona primária de uma área portuária?
Não se preocupe, vamos abordar nessa competência as principais atividades e os locais
portuários.
Mas primeiro, vamos lê a NR 29, OK!

Antes de seguir adiante, leia a NR 29 na íntegra, acessando o site:


http://www.enit.trabalho.gov.br

Você pode estar se perguntando como é feita a segurança do trabalhador nos portos
brasileiros? Para obter essa resposta estude a NR 29. Ok!

3.1 Plano de Controle de Emergência e Plano de Ajuda Mútua

Após a Leitura da NR 29, vamos agora abordar o que fazer em uma situação de
emergência. Nesse momento é importante saber quais são os procedimentos que devem ser
adotados. Para isso, é essencial seguir as orientações contidas no Plano de Controle de Emergência -
PCE e o Plano de Ajuda Mútua – PAM, os quais prever os recursos necessários para as seguintes
situações de emergenciais que são a de incêndio ou explosão, de vazamento de produtos perigosos;

59
Competência 03

de queda de homem ao mar; de condições adversas de tempo que afetem a segurança das operações
portuárias; de poluição ou acidente ambiental e de socorro aos acidentados.
O PCE deve ser elaborado pela administração do porto, o Órgão Gestor de Mão de Obra
– OGMO e os empregadores. O PCE contém as ações coordenadas que serão seguidas nas situações
descritas anteriormente, devendo ser composta com outras organizações o PAM.
Em ambos, PCE e PAM prever a realização periódica de treinamentos simulados, com a
indicação de trabalhadores, os quais compõem as equipes e efetivam a participação de todos.
Mas, não temos somente, os PCE e PAM para auxiliar-nos em um momento de
emergência. Podemos contar com o apoio dos profissionais de saúde e segurança do trabalho que
compõem o Serviço Especializado em Segurança e Saúde do Trabalhador Portuário – SESSTP, que
ajudam na execução dos procedimentos de segurança.
A seguir vamos conhecer o Serviço Especializado em Segurança e Saúde do Trabalhador
Portuário – SESSTP.

3.2 SESSTP - Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Portuário

O Serviço Especializado em Segurança e Saúde do Trabalhador Portuário – SESSTP é


mantido pelo Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO e deve estar presente em todos portos.
A exemplo na construção civil que possui os serviços de saúde e segurança específicos e
a presenta dimensionamento, no trabalho portuário também possui estes serviços de saúde e
segurança específicos e também obedece a um dimensionamento propício para o risco existente na
atividade.
A seguir o quadro de dimensionamento mínimo do SESSTP presente na NR 29.
Números de Trabalhadores
Profissionais Especializados
20 – 250 251-750 751 – 2000 2001 – 3500
Engenheiro de Segurança -- 01 02 03
Técnico de Segurança 01 02 04 11
Médico do Trabalho -- 01* 02 03
Enfermeiro de Trabalho -- -- 01 03
Auxiliar de Enf. do Trabalho 01 01 02 04
*Horário Parcial de 3 horas
Tabela 1 – Dimensionamento mínimo do SESSTP
Fonte: http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr29.htm
Descrição: Tabela onde temos a primeira coluna os profissionais especializados, e na segunda o número de
trabalhadores.

60
Competência 03

Vamos entender esse quadro: O dimensionamento mínimo do SESSTP a partir de 20


trabalhadores, vai ter a necessidade de contratar um Técnico de Segurança e um Auxiliar de
Enfermagem do Trabalho. No caso desse número de trabalhadores for superior a 250, teremos a
contração de um Engenheiro de Segurança, possui dois Técnico de Segurança, ter a presença de um
Médico do Trabalho com horário parcial de 3 horas e manter um Auxiliar de Enfermagem do Trabalho.

É BOM SABER!
O que ocorre com dimensionamento mínimo do SESSTP com um
número superior de 3500 trabalhadores?
Diz na NR-29: 29.2.1.2.2 Acima de 3500 (três mil e quinhentos)
trabalhadores para cada grupo de 2000 (dois mil) trabalhadores, ou
fração acima de 500, haverá um acréscimo de 01 profissional
especializado por função, exceto no caso do Técnico de Segurança
do Trabalho, no qual haverá um acréscimo de três profissionais.

VIDEOAULA
Assista na videoaula sobre o assunto a explicação acerca
dimensionamento do SESSTP e analise com atenção o quadro
apresentado acima.

Vamos lá? Você sabe o que é CPATP?

3.3 CPAT - Comissão de Prevenção de Acidentes no Trabalho Portuário

A prevenção de acidentes e doenças ocupacionais são tópicos que vêm ganhando


importância dentro das empresas e organizações em geral, e os trabalhadores portuários não estão
excluídos de tais medidas.
A Comissão de Prevenção de Acidentes no Trabalho Portuário (CPATP), instituída pela
Norma Regulamentadora nº 29 (Segurança e Saúde no Trabalho Portuário), passa a dispor sobre a
importância da participação dos trabalhadores portuários nas políticas e programas de controle e
prevenção de acidentes no ambiente de trabalho. A CPATP é um importante instrumento que oferece
aos trabalhadores medidas de prevenção de acidentes e melhorias para a qualidade do ambiente de

61
Competência 03

trabalho, reduzindo ou eliminando os riscos existentes. Vimos que a CPATP se torna um importante
instrumento que dá aos trabalhadores portuários o cumprimento de que o ambiente de trabalho tem
a segurança adequada para a realização das atividades e não represente qualquer tipo de risco à vida.
A CPATP também tem alguns objetivos e atribuições importantes que é de estimular o
interesse dos trabalhadores portuários quanto à importância das questões relacionadas à segurança
e saúde no ambiente de trabalho; a realização de inspeções nas áreas portuárias, identificando
possíveis fatores de riscos e sugerindo medidas de prevenção ou solicitando que a SESSTP (Serviço
Especializado em Segurança e Saúde do Trabalhador Portuário) apresente uma solução técnica a ser
analisada pela comissão.
Também de participar das reuniões mensais, a fim de debater problemas de segurança,
saúde e conforto dos trabalhadores; e participar de cursos de aperfeiçoamento em segurança e saúde
oferecidos pelo Órgão Gestor de Mão de Obra ou pela própria CPATP.
Agora é o momento de você revisar. Lembre-se que você estudou a CIPATR e já leu a NR
05 que trata da CIPA, portanto é o momento de você comparar essas modalidades dessas comissões
de prevenção de acidentes e faça uma análise das diferenças existentes entre elas.
Observe o quadro de dimensionamento da CPATP:

Nº médio de 20 51 101 501 1.001 2.001 5.001 Acima de 10.000 e


trabalhadores a a a a a a a cada grupo de 2.500
50 100 500 1000 2000 10.000 50 acrescentar

Nº de
Representantes 01 02 04 06 09 12 15 02
Titulares dos
trabalhadores
Quadro 2 – quadro de dimensionamento da CPATP
Fonte: A autora

Vamos entender esse quadro: você vê o dimensionamento da CPATP. A partir de 20


trabalhadores portuários até 50 trabalhadores portuários deve-se ter 1 titular representante do
empregador e 1 titular representante dos trabalhadores. Lembrando que para cada titular, deve
haver 1 suplente.

62
Competência 03

Outros informes sobre a CPATP observem na NR 29. Aproveite e


reforce que você aprendeu!

Outros informes sobre a CPATP observem na NR 29. Aproveite e reforce que você aprendeu!

É BOM SABER!

Saiba que OGMO é a sigla que designa Órgão Gestor


de Mão de obra, são entidades sem fins lucrativos
que atuam no setor portuário e que possuem caráter
administrativo, fiscalizador e profissionalizante.

Fique atento e bons estudos!

Figura 30 – Avatar professora Débora Silva dos Santos


Fonte: A autora
Descrição: Figura de uma mulher branca sorrindo
, com cabelos longos e lisos da cor castanho claro; usando uma camiseta branca. Em cima a figura, balão de texto
explicativo, com o fundo da bandeira de Pernambuco.

63
Competência 03

A representação diante da CPATP deve corresponder a critérios que garantam que


trabalhadores expostos a um maior potencial de risco e ocorrência de acidentes devem ser
priorizados como participantes da comissão. Os membros da CPATP deverão se reunir pelo menos
uma vez por mês, em local apropriado e durante o horário normal de trabalho do porto, e no caso de
acidente que resulte em morte, perda de algum membro ou de função orgânica, ou que cause grande
prejuízo, a comissão deverá se reunir em caráter extraordinário no prazo máximo de 48 horas após o
ocorrido.
Em relação ao processo eleitoral da CPATP, a constituição da comissão deve ocorrer de
forma igualitária, cujo número de representantes deve ser igual para cada função exercida na área
portuária, por representantes dos funcionários portuários com vínculo empregatício por tempo
indeterminado e trabalhadores avulsos, assim como representantes dos operadores portuários e
empregadores.
Portanto, como a CPATP é legalizada por meio de eleição, a representação dos
trabalhadores deverá ser proporcional ao número de participantes por atividade exercida dentro da
área portuária, no caso alguma função não tenha número suficiente para ser representada por um
titular na Comissão, poderá ser contemplada com a suplência. Porem caso haja alguma função que
ainda permaneça sem a representação no treinamento obrigatório, todos os membros da CPATP
devem estudar e conhecer todas as atividades.
Os membros da CPATP devem continuar no mandato por dois anos, porém no primeiro
ano a presidência deve ser liderada por representante do Operador Portuário e no outro ano pelo
trabalhador, diferente da CIPA.
Alguma dúvida? Deixe seus comentários no Fórum permanente par dúvidas e discussões.
Não deixe de estudar a NR 29 pois está lá todos os informes a respeito deste assunto.
Vamos falar sobre segurança na atracação e desatracação de embarcações. Mas você
sabe o que é atracação e desatracação. Já teve contato direto com as atividades de atracação e
desatracação?
Muito comum na indústria naval a Atracação é o ato de amarrar uma embarcação e
desatracação é o ato inverso, o de desamarrar a embarcação. Essas operações são realizadas na borda
da muralha do cais, com risco de queda no mar, e oferece sérios riscos aos trabalhadores. Embora
não seja considerada atividade do trabalho portuário de acordo com a Lei nº 12.815/13, a atividade

64
Competência 03

consta na NR 29 – Saúde e Segurança do Trabalho Portuário. Sendo assim, devem ser adotadas
medidas de prevenção de acidentes.
Você deve estar se perguntando quais seriam essas medidas de prevenção? Existe
algumas dicas e recomendações sobre essa atividade?
A NR 29 relata que devem ser adotadas algumas medidas de prevenção de acidentes,
cuidados esses que são especiais e estão ligados aos riscos de prensagem, riscos de batidas contra e
esforços excessivos dos trabalhadores e sua segurança.
Estudaremos sobre as principais dela que estão baseadas na Norma Regulamentadora 29
nos tópicos a seguir.
E para ser assegurada uma comunicação bilateral, dever ser apresentado o uso de um
sistema de comunicação entre o prático, na embarcação, e o responsável em terra. Portanto o
responsável em terra deverá conduzir as operações de atracação, pois deverá assegurar que tudo
esteja correndo com eficiência e segurança. Os trabalhadores envolvidos nessas operações devem
fazer uso de coletes salva-vidas, classe IV, aprovados pela Diretoria de Portos e Costas – DPC, e
também deverão estar disponíveis próximas ao local da operação bóias salva-vidas, soltas ou fixadas
em cabos, e os trabalhadores que não fazem parte do processo deverão manter uma distância
mínima de 30 metros. Nas operações de atracação são o mínimo dois profissionais para participar
com segurança.

Vamos falar agora em cabos e espias!


Você sabe o que são “espias”?
São cabos para atracação que seguram o barco tanto temporária quanto permanente
junto ao píer, ou a outro barco e quando rebocado. É importante saber que uma embarcação não
pode combinar na mesma direção cabos de fibra e cabos metálicos, pois eles possuem diferentes
graus de elasticidade, portanto antes dos procedimentos deverá ser feito uma vistoria prévia dos
cabos e espias utilizados na atracação da embarcação.
Por estarem sempre sob tensão, os cabos podem esticar-se muito e, em caso de ruptura,
tendem a produzir o efeito chicote, portanto é os membros da equipe deverão sempre se posicionar
em local seguro para evitar serem alcançados pelo efeito. Os cabos devem ser estivados longe de

65
Competência 03

fontes de calor, não ter contato com produtos químicos e não devem ser expostos continuamente à
luz do sol.
Você como futuro Técnico de Segurança do Trabalho deve saber que os trabalhadores
continuam executando as rotinas laborais deste segmento, apesar das modernizações dos portos
com seus modelos de gestão destinados à melhoria da qualidade dos serviços e redução dos custos,
principalmente da mão de obra. Portanto, mesmo ocorrendo uma tendência de queda nos acidentes
de trabalho, é fundamental para contribuir na melhoria dos ambientes de trabalho, um trabalho
preventivo e fiscalizador por parte das equipes de segurança, para garantir a integridade física do
trabalhador.

Figura 31 - Navio Atracado


Fonte: http://www.portodorecife.pe.gov.br/noticia-int.php?id=naviosilverspirittemporadadecruzeiros
Descrição: Imagem de um navio branco grande, com 5 andares, atracado em um porto.

Na imagem acima, você vê um navio atracado ao cais, saiba que todo navio possui meios
de acessos ao mesmo, seja por rampas, escadas ou até mesmo por passarelas.
Então te convido agora a estudar sobre os requisitos de segurança para o acesso seguro
às embarcações. Você pode estar se perguntando quais seriem esses requisitos de segurança?

3.5 Escada e rampas

Entre qualquer navio e qualquer cais, flutuadores ou estruturas similares ou outro navio
encostado, deve haver um meio de acesso seguro ao qual a embarcação está amarrada.

66
Competência 03

Devem ser mantidos em bom estado de limpeza e conservação, e contar com superfícies
antiderrapantes, todos os acessos às embarcações como escadas e rampas, e todas as rampas e
escadas devem contar com guarda-corpos e corrimãos resistentes, oferecendo apoio adequado e
evitando movimentações que comprometam o equilíbrio dos trabalhadores.

É importante saber que os trabalhadores não podem ter acesso as embarcações em


equipamentos como guindastes e grua, exceto nos casos quando houver ocorrências de resgate e
salvamento, lembrando que esses equipamentos devem apresentar condições de segurança.
Deve-se investir em equipamentos que ajudem a garantir boa visibilidade aos operadores
como os sinaleiros e iluminação, de forma a evitar o prejuízo na movimentação das cargas. E para
evitar quedas de objetos e pessoas, as áreas devem estar desobstruídas e os espaços abertos devem
ser protegidos. Os trabalhadores devem ser bem as informados sobre como se deslocar de maneira
segura entre o navio e o terminal marítimo na zona portuária de movimentação de carga.
O acesso ao navio é feito geralmente através de uma Escada de portaló que é adequada
ao modelo do convés, ao tamanho, ao formato e ao bordo livre máximo do navio.
Mas o que é uma Escada de portaló? Você conhece uma Escada de portaló? E o que é
portaló?

Vamos lá para as explicações!


Escada de portaló é uma escada amovível que dá acesso ao portaló, é a abertura ou
passagem na amurada por onde se entra e sai do navio é o portaló.

67
Competência 03

Figura 32 - Escada de portaló


Fonte: http://salvador-nautico.blogspot.com/2017/04/escada-portalo.html
Descrição: Escada de acesso ao portaló, ligando este ao cais, colocada ao piso do navio e por fora do casco, ficando os
degraus perpendicularmente ao costado. A escada tem duas pequenas plataformas nos seus extremos, as quais são
chamadas patim superior e patim inferior

Todo o equipamento de acesso deve ser de boa fabricação, de material sólido e resistente
e livre de defeitos, não deve ser pintado ou tratado de forma a ocultar rachaduras ou qual quer outros
defeitos, e deve passar por manutenção apropriada e inspecionado periodicamente.
Após o navio ter sido amarrado o equipamento de acesso deve ser imediatamente
colocado em posição, e permanecer em posição enquanto o navio estiver atracado.
E no ponto de acesso ao navio uma boia salva-vidas com iluminação autônoma e um cabo
de segurança separado, ou dispositivo similar, devem ser posicionados. Importante ressaltar que
todos os meios de acesso e suas imediações devem ser suficientemente iluminados, devem ser
mantidos livres de neve, graxa ou qualquer outra substância que possa causar quedas ou escorregões,
e os trabalhadores devem usar apenas os meios previstos para o acesso ao navio.
Deve ser protegida por uma rede de segurança com tamanho, malha e fabricação
adequadas, fixada ao navio e ao cais da melhor forma possível, qualquer distância entre o cais e o
navio, por onde um trabalhador utilizando-se do meio de acesso possa cair na água.

68
Competência 03

Passarelas e escadas de portaló devem apresentar marcas de forma clara, especificando


o ângulo máximo de uso permitido e a carga máxima de segurança, tanto em número de pessoas
quanto em peso máximo total, e estes limites não podem ser excedidos.
Outras medidas e recomendações são apresentadas na NR 2, portanto não deixe de
estudar com atenção.
Vamos estudar agora o convés da embarcação e as recomendações de segurança!

3.6 Os conveses

E aí! Você já visitou um navio? Já teve a curiosidade de observar o convés nos filmes e
séries? Você pode imaginar como um convés pode ser extenso?

Figura 33- Convés


Fonte: https://ministeriodadefesablog.wordpress.com/2016/03/04/6-termos-utilizados-a-bordo-dos-navios-da-
marinha-que-voce-precisa-conhecer/
Descrição: Imagem de um navio no alto, com uma seta em amarelo destacando o convés.

O convés principal é frequentemente usado pelos trabalhadores como passagem


principal para acesso aos porões e aos equipamentos de guindar do navio.
A NR29 relata que a limpeza dos converses devem ser um posto de atenção pois os
mesmos devem estar sempre dispondo de uma área de circulação permitindo o trânsito seguro dos
trabalhadores. Tenção sempre redobrada com relação a limpeza e desobstrução é um ponto
importante para segurança e conforto dos trabalhadores. O Piso de possuir dispositivos ou processo
que tornem antiderrapante isso quando possuir perigo de escorregamento nas superfícies em suas

69
Competência 03

imediações. Deve ser dada uma atenção as aberturas, pois elas devem estar protegidas de forma que
impeçam a queda de pessoas ou objetos.
Vamos relatar alguns dos principais fatores de riscos que podem ser ressaltos no piso não
sinalizados podendo provocar tropeções, escorregões e quedas; área exposta à carga suspensa; o
tombamento ou deslizamento de cargas; a aberturas em pisos ou quartéis sem proteção ou
sinalização. O Iluminamento inadequado. A falta de limpeza ou derrame de materiais oleosos e
escorregadios e os corredores para trânsito de pessoas insuficientes.
No convés principal a circulação de pessoal deve ser realizada pelo lado do mar, a menos
por impossibilidade operacional ou técnica ou evidenciada.
O oferecimento de adequadas condições de visibilidade nos conveses deve ser dado aos
operadores dos equipamentos de içar, sinaleiros entre outros, para que não sejam prejudicadas as
manobras de movimentação de carga. E devem ser peadas e escoradas imediatamente após a
estivagem, as cargas e objetos que necessariamente tenham que ser estivadas no convés.
Devem ser mantidos sinalizados, olhais, escadas, tubulações, aberturas e cantos vivos, a
fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes.
Os equipamentos acionados por força motrizes só poderão ser abertos ou fechados por
trabalhadores autorizados, e após certificação de que não existe risco para os mesmos. E as
operações de abertura e fechamento desses equipamentos, os quartéis, tampas de escotilha e
aberturas similares, devem possuir dispositivos de segurança que impossibilite sua movimentação
acidental.
E sobre as cargas?
No caso do convéns possuir cargas as mesmas deverão estar peadas e escoradas para
evitar tombamento sobre o trabalhador evitando com isso graves acidentes. As aberturas que dão
acesso aos porões também devem estar seguras, observar se as aberturas no piso possuem
fechamento provisório resistente e se o piso é antiderrapante.
Você estudou algumas medidas de segurança que devem ser observadas. Convido você a
pesquisar mais sobre esse assunto que é muito importe. Bons estudos!
E aí tudo certo? Está dando para entender o assunto? Realmente são muitas informações
..., mas vamos juntos estudar agora sobre os porões.

70
Competência 03

3.7 Os porões

Os porões são compartimentos estanques, localizados entre o convés principal e o fundo


do navio, onde são acondicionadas as mercadorias transportadas pelos navios. Eles são numerados a
partir da proa (vante) para a popa (ré).
Existe um dinamismo intenso nos porões das embarcações, pois existe cargas
armazenadas e movimentação das mesmas por empilhadeiras e a segurança dessas manobras deve
estar presente.

Saiba que a estrutura e as partes de uma embarcação também têm


uma terminologia específica. Pesquise na internet o que significa
Proa e Popa.

Os trabalhos de estivagem (trabalho braçal portuário), realizados nos porões são os que
registram segundo as estatísticas as maiores taxas de frequência e de gravidade de acidentes do
trabalho nos portos brasileiros. Esses acidentes são causados pela exposição a diversos fatores de
riscos e vamos relatar alguns deles.
Os principais fatores de risco estão ligados a organização do trabalho, ao excesso de
jornada e a forma da remuneração; ao ritmo de trabalho muito acelerado e ao trabalho com diferença
de nível.
E a disposição dos Piso são fatores de riscos?
Sim, a disposição do piso são fatores de riscos presentes em muito porões, muitos deles
são irregulares com presença de buracos. Os pisos devem estar limpos e isentos de materiais
inservíveis e de substâncias que provoquem riscos de acidente.
A Iluminação inadequada; o acesso inadequado ao topo das cargas; a exposição a cargas
suspensas; movimentação de máquinas pesadas, que podem causar risco de atropelamentos e
prensagens; e a operação de moto serras.
E a operação de máquinas também são fatores de riscos?

71
Competência 03

Máquinas e equipamentos motorizados podem expelir gases gerando problemas a saúde


dos trabalhadores; a exposição ao ruído acima do recomendado são alguns dos fatores de risco
também presentes.
O trabalho repetitivo na operação de maquinas; o tombamento ou deslizamento de
carga; a presença de poeiras de granéis sólidos; e o trabalho repetitivo e árduo. A presença de cargas
perigosas; o posicionar-se sob a carga para colocação de calços; em fim são muitos riscos e é
importante que seja feito um trabalho por parte da equipe de segurança do trabalho afim de
minimizar ou eliminar esses riscos.
Outras medidas de segurança devem ser realizadas, com relação as escadas de acesso ao
porão devem estar em perfeito estado de conservação e limpeza. Quando o porão possuir escada
vertical até o piso, a mesma deve ser dotada de guarda-corpos ou ser provida de cabo de aço paralelo
à escada para se aplicar dispositivos do tipo trava-quedas acoplado ao cinto de segurança utilizado
na operação de subida e descida da escada.
E sobre as cargas?
A confecção das plataformas de trabalho deve ser feita de maneira que não ofereçam
riscos de desmoronamento e propiciem espaço seguro de trabalho.
A forração empregada deve oferecer equilíbrio à carga e criar sobre a mesma um piso de
trabalho regular e seguro para os trabalhadores, também é importante que o trânsito de
trabalhadores sobre os vãos entre cargas estivadas, só será permitido se cobertos com pranchas de
madeira de boa qualidade.
Com relação a altura entre a parte superior da carga e a coberta deve permitir ao
trabalhador condições adequadas de postura para realização do trabalho de forma segura.
Sobre as operações de carga e descarga com contêineres, ou outras cargas de altura
equivalente, é importante que você como futuro Técnico de Segurança do Trabalho saiba que é
obrigatório o uso de escadas, onde as mesmas devem ser construídas de material leve e resistente.
As cargas devem ser estivadas de forma que fiquem em posição segura, sem perigo de tombamento
ou desmoronamento sobre os trabalhadores no porão.
O processo de estivagem de cargas consiste em arranjar itens (cargas) no porão de um
navio, deve ser efetuada à distância de 1,00 m da abertura do porão, quando esta tiver que ser aberta
posteriormente.

72
Competência 03

A iluminação dos porões também é um ponto importante a ser observado e fiscalizado,


pois toda a área de operação deve ser adequada, deve ser adotando medidas para evitar colisões ou
atropelamentos.
Recomendo a você a pesquisar e consultar outros materiais que falem mais sobre esse
assunto. E claro não deixe de ler e estudar a NR29 pois ela trata de forma detalhada outros itens aqui
não abordados, mas que são de extrema importância para sua formação. Bons estudos!

3.8 Equipamentos de içar

Você sabe o que são equipamentos de içar? E você pode estar se perguntando o que é
içar?

Não deixe de assistir as nossas vídeo aulas sobre essa competência


que está disponível no nosso ambiente virtual.

Saiba que o trabalho com máquinas, equipamentos, aparelhos de içar e acessórios de


estivagem, como pás mecânicas, empilhadeiras, aparelhos de guindar e outros deverão serem
entregues para a operação em perfeitas condições de uso para segurança dos trabalhadores. Pois
para operar máquinas e equipamentos de içar, o trabalhador deve ser habilitado e devidamente
identificado.
Os equipamentos de movimentação de carga devem apresentar sua capacidade máxima
de carga e seu peso bruto de forma legível, e a capacidade máxima de carga do aparelho não deve
ser ultrapassada, devendo sempre ser respeitados seus limites de alcance.
Os equipamentos terrestres de guindar e os acessórios neles utilizados para içar cargas
devem ser periodicamente vistoriados e testados. Os equipamentos em operação devem estar
dispostos de forma que não ultrapassem outras áreas de trabalho, não sendo aceito o trânsito ou
permanência de trabalhadores no setor necessário à rotina operacional do equipamento.
E vista como área de risco o local onde se realizam serviços de manutenção, testes e
montagens de aparelhos de içar, a mesma deve ser isolada e devidamente sinalizada para que esses
riscos sejam minimizados ou até mesmo eliminados.

73
Competência 03

É importante saber que de modo preciso e de fácil visualização, os aparelhos de içar e os


acessórios de estivagem, devem trazer, a indicação de sua carga máxima admissível, e também deve
ter afixado no interior de sua cabine uma tabela de carga que possibilite ao operador (trabalhador
habilitado) o conhecimento da carga máxima em todas as suas condições de uso.
Todo equipamento de guindar deve emitir sinais sonoros e luminosos, durante seus
deslocamentos, e quando não estiverem sendo utilizados, os mesmos devem ser desligados e fixados
em posição que não ofereça riscos aos trabalhadores e à operação portuária.
No caso de acidente envolvendo esses equipamentos de içar, em que ocorram danos aos
mesmos que impeçam sua operação, estes não poderão reiniciar os trabalhos até que seja feito os
reparos ou os testes necessários em conformidade com os padrões ditados pela Sociedade
Classificadora do navio para segurança dos trabalhadores.
Não esqueça de consultar a NR29, lá você vai encontra detalhadamente outras
informações sobre esse assunto. Bons estudos!
O transporte marítimo pode englobar todo o tipo de carga desde químicos, combustíveis,
areias, cereais, minérios, automóveis, alimentos entre outros.
E vamos destacar o transporte de cargas frigorificadas, a exemplo mais comum o pescado
e produtos congelados, que existe um risco a mais que seria a exposição do trabalhador ao agente
físico frio.
Então convido você a estudar esse risco a seguir!

3.9 Locais frigorificados

Você sabe o que são cargas frigorificadas?


São a cargas que requerem processo de refrigeração ou congelamento para conservar as
qualidades essenciais dos gêneros alimentícios como carnes, peixes, vegetais, flores, frutas, produtos
farmacêuticos, entre outros.
Algumas medidas de segurança devem ser tomadas para acessar locais com refrigeração,
presentes em operações portuárias, os trabalhadores devem estar protegidos contra a exposição ao
frio excessivo de forma que a temperatura do corpo não fique abaixo de 36 ˚C.
Muitos danos ao trabalhador podem aparecer se não forem tomadas as devidas medidas
de segurança, como problemas na pele, que vão desde pequenas rachaduras até necrose, doenças

74
Competência 03

reumáticas, hipotermia, problemas no sistema respiratório e também no sistema locomotor.


Infelizmente algumas condições de saúde do trabalhador podem piorar os efeitos do frio como
alergias, utilização de bebidas alcoólicas, fumo, e uso de medicamento.
Portanto algumas medidas de prevenção devem ser empregadas para que esses riscos e
danos possam ser minimizados ou até mesmo eliminados.
A utilização de equipamento de proteção individual como luvas especiais, botas, aventais,
capuz para manutenção da temperatura do corpo, ingestão de líquidos quentes nos intervalos,
monitoramento do ambiente com termômetro. O trabalho solitário em locais frios deve ser evitado,
deve ser promovido o trabalho em duplas. Também deve ser evitada a sobrecarga de trabalho de
modo a evitar a sudorese excessiva que possa umedecer a vestimenta.

Pesquise na internet qual a diferença entre uma carga congelada ou


refrigerada?

Além de transporte de cargas frigorificadas, algumas embarcações transportam


denominadas como cargas perigosas. Mas o que seria uma carga perigosa?

3.10 Operações com cargas perigosas

Carga perigosa é qualquer produto seja ele natural ou artificial que possa apresentar risco
para as pessoas e para o meio ambiente.
As operações com cargas perigosas é uma rotina para quem exerce funções ligadas à
atividade portuária lidar com cargas consideradas perigosas, onde o embarque ou desembarque de
cargas perigosas é um momento crítico no trabalho portuário. Portanto muitas ações devem ser
implementadas para garantir a segurança no ambiente. E os portos necessitam estar preparados para
receberem e lidarem com essas cargas perigosas.
Além dos portos, os trabalhadores também necessitam estar preparados para operar com
as cargas perigosas, para evitar acidentes ou danos a sua saúde. E uma das formas de evitar acidentes
é conhecer cada uma das cargas em movimentação no porto é fundamental.

75
Competência 03

O trabalho com cargas perigosas envolve uma série de medidas e cuidado com a
segurança, sendo necessária a presença de trabalhadores preparadas para agir na eminência de uma
emergência, e que possam agir desde os procedimentos de primeiros socorros, combate a incêndio,
a como para coordenar evacuações de emergência.
Saiba que a separação das cargas pelo tipo de risco é uma das medidas mais importantes
de nível obrigatório, lembrando sempre que cargas que contém produtos que reagem com outros
precisam ser estocadas separadamente.
Se tratando das áreas de riscos, elas devem ser isoladas, sinalizadas e a comunicação deve
ser eficiente e nos casos de inflamáveis é proibido veículos que estejam emitindo faíscas pelo
escapamento par não gerarem acidentes.
Como já vimos as cargas tidas como perigosas são todas aquelas que podem causar riscos
aos trabalhadores e ao ambiente, devendo ser sinalizadas conforme sua classe, a saber:
• Classe 1: Explosivos
• Classe 2 e 3: Gases e Líquidos inflamáveis
• Classe 4: Sólidos e outras substâncias inflamáveis
• Classe 5: Óxidos e Peróxidos Orgânicos
• Classe 6: Substâncias Tóxicas e Infectantes
• Classe 7: Materiais radioativos
• Classe 8: Substâncias corrosivas
• Classe 9: Substâncias perigosas diversas

É importante saber que se incluem nesta Classe 9 todas as substâncias e artigos que
durante o transporte proporcionam um risco não abrangido por qualquer das outras classes.
Portanto, se a carga possui uma das características das classes acima citadas, trata-se de uma carga
perigosa.
Em conjunto com o SESSTP, a administração portuária, deve fixar em cada porto, a
quantidade máxima total por classe e subclasse de substâncias a serem armazenadas na zona
portuária.

76
Competência 03

Para o transporte de cargas perigosas, são aplicáveis normas especiais de segurança, afim
de garantir a segurança dos trabalhadores, da carga e do meio ambiente. Portanto as medidas de
segurança são importantes e devem ser impreterivelmente implementadas.

Figura 34 - Imagem com as placas de sinalização das classes de produtos perigosos.


Fonte: http://logisticaonline.blogspot.com/2013/03/nr-16.html
Descrição: Figura de placas representando a sinalização das nove classes de produtos perigosos. Classe 1: Explosivos,
Classe 2: Gases. Classe 3: Líquidos Inflamáveis, Classe 4: Sólidos inflamáveis, substâncias sujeitas a combustão
espontânea e substancias que em contato com a agua emitem gases inflamáveis, Classe 5: Substâncias oxidante e
peróxidos orgânicos, Classe 6: Substâncias tóxicas e infecciosas, Classe 7: Materiais Radioativos, Classe 8: Corrosivos,
Classe 9: Substâncias perigosas diversas.

Não deixe de assistir as videoaulas. Bons estudos!

77
Conclusão
Terminamos aqui a disciplina de Legislação Aplicada à Gestão de Saúde e Segurança do
Trabalho na Construção Civil, na Agroindústria e no trabalho Portuário.
As atividades do técnico em segurança do Trabalho são de grande importância nas três
áreas abordadas, pois o técnico em segurança do trabalho deve analisar os métodos e processos de
trabalho, identificando suas condições e fatores de risco, propondo melhorias e maior segurança, por
conseguinte, o cumprimento da Legislação de Segurança do Trabalho que consta nas Normas
Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego.
Vimos que existem Normas de Segurança específicas para cada atividade abordada, pois
os riscos inerentes à natureza da atividade necessitam de um tratamento especial e individualizado.
É necessário também ter um Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e
Medicina do Trabalho, uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e o controle de riscos por
meio do Gerenciamento de Riscos presentes nos mais variados locais de trabalho, seja na construção
civil, ou na agroindústria, ou no meio rural.
Bons estudos!

78
Referências

FÉLIX, Maria Christina, COSTA NETO, Ayres da. Planejamento e gestão do PCMAT: elaboração do
programa de condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção FUNDACENTRO,
São Paulo 2018, p. 126.

FUNDACENTRO. Manuais de Legislação de Segurança e Medicina do Trabalho. Ed. 73ª Atlas, 2014.

GARCIA JÚNIOR, Antônio Carlos. Manual Técnico da NR29 Segurança e Saúde no Trabalho Portuário,
FUNDACENTRO, São Paulo 2014, p. 327, ISBN 978-85-98117-87-4.

Normas Regulamentadoras NR 29. Disponível em:


https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-29.pdf. Acesso em 01 ago.
2019.

NORMAS REGULAMENTADORAS NR 18.

Disponível em: http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-


regulamentadoras/norma-regulamentadora-n-18-condicoes-e-meio-ambiente-de-trabalho-na-
industria-da-construcao. Acesso em 01 ago. 2019.

SOUSA, R. Agrotóxicos. Disponível em : <


https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/agrotoxicos.htm >. Acesso em: 29 jul. 2019.

79
Minicurrículo do Professor

Débora Silva dos Santos


Olá, sou Débora Silva dos Santos, graduada em Engenharia Agronômica
pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) , em Licenciatura
em Ciências Agrícolas pela UFRPE, Técnica de Segurança do Trabalho pela
EAD Pernambuco, e pós-graduada em Engenharia de Segurança do
Trabalho pela Faculdade Joaquim Nabuco, e Professora da Educação
Profissional do Curso Técnico em Segurança do Trabalho pela EAD
Pernambuco.
Encaro com entusiasmo a oportunidade de exercer a função de professora da Educação Profissional
pela Educação a Distância de Pernambuco – EAD Pernambuco. Mas é importante dizer que, me sinto
lisonjeada em fazer parte da Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa -
ETEPAC, onde juntos com outros profissionais e toda equipe que formam o EAD Pernambuco estamos
dando-os a oportunidade de formar esses jovens e qualificá-los por meio desses cursos técnicos.

Atenciosamente,
Débora Santos

Silvana Silva dos Santos


Sou Silvana Silva dos Santos, graduada em Engenharia Agronômica pela
UFRPE, Mestrado em Ciências Florestais pela UFRPE, Especialista em
Segurança do Trabalho pela UPE e Técnica em Segurança do Trabalho pelo
IFPE. Atualmente é professora EAD do curso técnico em Segurança do
Trabalho EAD da Secretaria Profissional de Educação de Pernambuco.

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