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Curso Pratico de Memorizacao - Moroni, Herbert Marcos Gois PDF
Curso Pratico de Memorizacao - Moroni, Herbert Marcos Gois PDF
2a EDIҪÃO
Universo dos Livros Editora Ltda.
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HERBERT MORONI E MARCOS GÓIS
São Paulo
2011
© 2011 by Universo dos Livros
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998.
Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida
ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos,
gravação ou quaisquer outros.
Diretor-Editorial
Luis Matos
Assistente-Editorial
Noele Rossi
Talita Gnidarchichi
Preparação
Fernanda Batista dos Santos
Revisão
Fabiana Chiotolli
Arte
Stephanie Lin
Capa
Zuleika Iamashita
Ilustrações
Candida Bitencourt Haesbaert
ISBN: 978-85-7930-242-8
CDD 153.14 22
Introdução
Para responder esta pergunta, devemos considerar a revolução provocada inicialmente pelo
lançamento, em 1983, do computador pessoal com mouse pela empresa americana APPLE e
consolidada pelos games e pela Internet.
Esta tecnologia tem desenvolvido habilidades inacreditáveis (leitura mais rápida, memória
ampliada, criatividade, velocidade de pensamento etc.), a ponto de sequer conseguirmos medir e
acompanhar essas mudanças nas pessoas.
Crianças passaram a ser consideradas hiperativas, quando, na verdade, elas apenas não se
adaptam a um sistema de ensino que não acompanha tais mudanças.
Para exemplificar, utilizaremos uma anedota: um português, da época dos descobrimentos, caiu
no mar e foi tragado por uma onda que o lançou no futuro. Ele teria aparecido na praia de
Copacabana de nossa época. Com os trajes tradicionais, as pessoas que o encontravam
acreditavam que ele estava com uma fantasia carnavalesca.
Ele, por sua vez, desesperou-se em ver mulheres despidas, carruagens sem cavalos e portas
(elevadores) que “tragavam” as pessoas. Desesperado, correu como um louco pela Avenida
Atlântica até encontrar uma escola onde se refugiou, lugar em que pode ser encontrado até hoje.
Por conta de a escola estar exatamente como as de sua época (usa-se ainda o giz nos quadros),
consegue se entender muito bem com os mestres, apenas reclamando das carteiras que, no seu
tempo, eram estofadas.
Portanto, quero fazer-lhe um desafio: todos os dias, reserve um tempo para estudar o texto e
fazer os exercícios sugeridos. A leitura ou estudo do texto deve ser realizado sempre no mesmo
horário. Já os exercícios podem ser feitos em outros horários, durante o dia, sempre antes de
iniciar o próximo dia. Mas é importante ler e entender os exercícios durante o tempo que você
reservou diariamente para trabalhar conosco.
Como o pintor, que necessita molhar o pincel para poder utilizar cores novas, você também
necessita exercitar a sua mente para acompanhar essas transformações. Garanto que sua vida vai
mudar para melhor em todos os aspectos. Mas é necessário que você se agende. Por isso, desafio
você a marcar uma hora em que estaremos juntos diariamente. Cada exercício criará novas
conexões mentais em seu cérebro, desenvolvendo habilidades que lhe proporcionarão resultados
impressionantes. E, no futuro, quando você atingir a melhor idade (acima de 60 anos), poderá
perceber a importância desse investimento.
Para completar, tente responder as perguntas a seguir:
Falta tempo para estudar? (Se a resposta for positiva, elimine algo, porque pincel sujo não
cumpre seu propósito).
Você é ambicioso e deseja compreender todas as novas realidades do mundo informatizado?
Você está devidamente motivado? (Se a resposta for negativa, observe tudo o que está
deixando de conquistar por falta de habilidades mentais).
Você gostaria de ter mais tempo para descansar e se divertir? (Por incrível que possa
parecer, as pessoas com maior habilidades mentais estudam menos e aprendem mais,
sobrando mais tempo para a família e para o lazer).
Qualquer que seja a sua idade, poderá sempre dizer que dispõe de uma memória mais flexível e
fiel e estará sempre aumentando seu valor pessoal.
Lembre-se: quanto mais utilizar sua memória, mais fiel ela lhe será.
Para tirarmos proveito de nossa memória, não é inútil conhecer alguns princípios essenciais do
funcionamento do cérebro, bem como a sua estrutura.
De fato, sabe-se, hoje, que as lembranças ficam gravadas na memória praticamente por toda a
vida, ou seja, as informações não são destruídas. O que nos falta é a capacidade para reencontrá-
las ou lê-las.
O cérebro humano possui cerca de dez bilhões de neurônios, ou seja, as células nervosas do
nosso organismo que apresentam maior complexidade e estrutura funcional.
O contato que ocorre entre dois neurônios é chamado de sinapse.
Dentritos são ramificações dos neurônios, semelhantes a galhos, que podem receber e
transmitir informações, além de serem o meio por onde os neurônios se conectam, formando a
sinapse. Para que as informações se movimentem, existem os axônios, que servem como “cabos
elétricos”. Estes “cabos” são cobertos por uma substância chamada de mielina, que serve para
isolar a informação a fim de tornar mais eficiente sua transmissão.
A regra é que cada neurônio possua um axônio e vários dentritos. O axônio se liga ao dentrito
de um outro neurônio, enquanto, da mesma forma, os vários dentritos do neurônio conectam-se
com axônios de outros neurônios. O conjunto forma uma extraordinária rede (a rede neural), capaz
de armazenar, transmitir e associar informações e conhecimento.
Quanto maior esta rede, mais eficiente é o seu cérebro. A boa notícia é que existem exercícios
que ampliam sensivelmente esta rede. São estes exercícios que você fará diariamente.
O cérebro funciona como qualquer órgão do nosso corpo e, para seu perfeito funcionamento, é
bom assegurar-lhe uma certa higiene que estudaremos oportunamente. É necessário também mantê-
lo em atividade se não desejamos deixá-lo “enferrujar”. Este é, precisamente, o objetivo deste
trabalho.
E, assim, terminamos nosso primeiro dia. Estamos felizes por você ter aceito nosso desafio.
Faça o exercício-teste nº 1 e lembre-se:
Todos possuem memória.
A memória é uma função do cérebro.
O cérebro funciona como os outros órgãos.
Boas técnicas + exercícios = Boa memória.
Anote o resultado. Se tiver fixado menos de dez nomes, a sua memória é claramente
insuficiente. Se retiver 10 a 15, você se encontra numa média boa. Se tiver fixado de 16 a 18, é
muito boa. Se retiver 19 ou 20, parabéns. Mesmo assim, ainda aprenderá com nosso trabalho a
lembrar uma lista bem maior.
Segundo dia
Como assegurar ao cérebro condições de
funcionamento favoráveis?
O nosso cérebro recebe uma quantidade considerável de sangue – 2.000 a 2.200 litros em 24
horas – o que representa cerca de 400 vezes o volume total de sangue em nosso corpo. O sangue,
como se sabe, necessita de oxigênio. Para facilitar o seu trabalho intelectual e, principalmente,
para que a sua memória funcione bem, é necessário assegurar ao sangue uma oxigenação
suficiente, que possa ser aproveitada pelo cérebro. Como? Por um lado, separando pelo menos um
dia por semana de ar livre. Por outro, durante o trabalho ou estudo, procurando respirar mais lenta
e profundamente. A postura é muito importante: ao se sentar, certifique-se de que seu quadril
esteja totalmente encostado no encosto do assento. Nunca trabalhe ou estude com as pernas
cruzadas, pois isso reduz muito a circulação sanguínea e, consequentemente, a oxigenação do
cérebro.
Outra providência importante é a questão da hidratação, já que a maioria das pessoas não toma
a quantidade de água suficiente e acaba sofrendo os efeitos de uma desidratação difícil de
diagnosticar. A água é importante para a pele e principalmente para o bom funcionamento do
cérebro, sendo que a ansiedade provocada pela pouca ingestão de água pode atrapalhar muito a
sua capacidade de concentração. Devemos beber diariamente pelo menos dois litros de água e
evitar refrigerantes e cafés com muito açúcar. Eu, por exemplo, coloco na porta da geladeira
quatro garrafas de meio litro de água e vou tomando durante o dia. Pode ter certeza de que esta
dica irá ajudá-lo muito a se concentrar e ter um melhor desempenho mental. E não venha com a
desculpa de que não gosta de beber água, pois ela é fundamental para o desenvolvimento de nossa
inteligência. Consequentemente, a primeira regra a observar, para que a sua memória seja melhor,
é a seguinte:
A segunda regra a seguir é a de dormir sempre no mesmo horário. Apesar de cada pessoa
necessitar de uma quantidade de sono diferente – alguns por causa do tipo de alimentação
necessitam de menos tempo de sono – o mais importante é sempre dormir no mesmo horário.
Pessoas que variam o horário de descanso acabam por prejudicar a sua capacidade de
assimilação nos dias seguintes, em que houve uma mudança de ritmo. Portanto, segunda regra de
higiene da memória:
3. Evite fumar.
Finalmente, desconfie do álcool, pois, se você deseja manter a sua memória em bom
funcionamento, deverá evitá-lo. É indiscutível que a regular absorção de álcool conduz a um
enfraquecimento da memória. Mesmo sob uma ligeira influência de álcool, ocasional, a fixação
das lembranças fica fortemente diminuída. Quanto mais álcool se absorve, menos as lembranças
se registram e se fixam.
É necessário evitar qualquer absorção de álcool mesmo sob forma ligeira (vinho, cerveja etc.),
especialmente quando temos que estudar ou quando temos de frequentar cursos, assistir a uma
conferência etc. Então, observe a quarta regra:
4. Evite o álcool.
Portanto, se pretende melhorar a sua memória: tenha confiança nela e faça-a funcionar. A fé e
a confiança sempre precedem os milagres, porém a falta de confiança nos condena ao fracasso.
Lembre-se:
hora dados TV
cão touro
Se fixar de 18 a 20, estará bem, pois poderemos ensiná-lo a memorizar uma lista bem maior; de
15 a 17, ainda está bem; de 10 a 14, está na média; abaixo de 10, demonstra que não sabe servir-
se da sua memória.
Anote o resultado.
Terceiro dia
P articularidades de algumas memórias
Parabéns por estar cumprindo à risca o nosso desafio. No terceiro dia, iniciaremos nosso
trabalho conhecendo um pouco a amnésia, a astenia e a ciclotimia.
Todos já ouvimos falar de casos de amnésia, em que o doente tem um comportamento
perfeitamente normal em todas as circunstâncias, mas perdeu totalmente a lembrança do seu
passado. O fato é que o amnésico reencontra suas lembranças, por vezes, sob a influência de um
choque físico ou emocional.
Há uma outra doença da memória que não se pode ignorar, pois todos nós estamos sujeitos a ela
um ou outro dia: a astenia.
Astenia é simplesmente: uma fadiga excessiva do cérebro que lhe provoca um funcionamento
deficiente. A astenia é bastante frequente no caso de sobrecarga intelectual, especialmente nos
estudantes que se preparam para um exame. Em um grau menor, ela provoca nevralgias,
enxaquecas, náuseas etc. Num caso de astenia, o doente não pode tirar do cérebro, e
especialmente da memória, um rendimento superior a um quarto do que ele obtém normalmente.
Seguindo os princípios de higiene expostos neste trabalho e aplicando os métodos de
memorização, você evitará a astenia.
É necessário dizer algo acerca da ciclotimia, porque muita gente é ciclitímica.
A ciclotimia traduz-se por uma sucessão de estados de euforia e de estados de depressão ou por
uma sucessão de períodos de grande atividade cerebral e de períodos de grande indolência.
Quando se encontra no período ascendente, o ciclotímico é capaz de fazer grandes esforços, age e
concentra-se mais facilmente, retém tudo e trabalha de maneira eficaz, sem que isso lhe custe.
Depois, sobrevém uma fase descendente, em que o esforço se torna penoso.
Quando adolescente, trabalhei em uma agência bancária onde todo final de mês eu ficava dentro
do cofre fazendo uma conferência de documentos. Muito tempo depois, e mesmo sem estar dentro
do cofre, sempre na mesma data, sentia-me desanimado e sufocado. Eu havia desenvolvido um
comportamento ciclotímico.
Venci este problema a partir do momento em que compreendi o mecanismo do reflexo
condicionado, concentrando nesta data o maior número possível de tarefas agradáveis para diluir
o problema e fazendo exercícios de programação mental como o que vou sugerir a seguir.
1. Escolha uma música agradável que desperte em você sentimentos e lembranças agradáveis:
evite as canções que lembram tristeza ou saudade.
2. Escolha também alguma situação pela qual você já passou que seja alegre e motivadora. Por
exemplo: a lembrança de um passeio no campo ou numa praia.
3. Sente-se, a coluna vertebral deve permanecer reta, quadril totalmente acoplado no encosto da
cadeira, joelhos levemente entreabertos, braços e mãos sobre as pernas e permaneça com os
olhos fechados. Inspire profundamente, segure um pouco e depois expire, a princípio pense
em cada parte de seu corpo, imaginando e procurando relaxá-la. Comece pelos pés e suba
devagar até o couro cabeludo. Procure manter-se concentrado na sua postura e respiração,
relaxando cada parte de seu corpo.
4. Imagine-se revivendo a situação que escolheu previamente. Procure trazer para o momento
presente as sensações e emoções que sentiu ao passear na praia, por exemplo. Lembre-se dos
aromas, as sensações na pele, os sons.
5. Estas ações devem fazê-lo sentir-se alegre, então se imagine realizando algo, difícil, no
futuro. Pode ser a realização destes exercícios do texto ou outra coisa qualquer que tenha
dificuldade. Neste momento, é importante que a situação se desenrole de maneira ideal. Não
se lembre dos problemas e limitações, pois o objetivo desse exercício é exatamente eliminar
estas dificuldades.
6. Quando a seleção de músicas indicar que o tempo estipulado passou, levante-se e faça
alguma coisa que aprecie muito, como cantar uma canção, comer um doce que goste, assistir
a um filme, ou seja, permita-se um prêmio que o deixe ainda mais feliz.
Faça diariamente este exercício por 15 minutos sempre que se sentir ansioso. Fuja da angústia,
da tristeza e das lembranças dolorosas, pois esses sentimentos são verdadeiros vampiros de nossa
alma.
Foi o russo Pavlov que mostrou que o cérebro, como o resto do nosso organismo, possui
reflexos.
Sabe o que é um reflexo corrente? Por exemplo, ao tocar inadvertidamente num prato quente, a
mão retrai-se instantânea e abruptamente, sem que a sua vontade tenha tido oportunidade de
intervir no comando desse gesto.
O reflexo é, portanto, uma reação motora (de movimento) a uma influência sensitiva (de
sensação). A sensação de picada provoca um movimento de recuo por parte do membro picado.
Esses reflexos explicam-se por ligações diretas realizadas pelas fibras nervosas entre zonas
sensíveis e os músculos motores.
Pavlov introduziu e fixou na goela de um cão uma fístula colocada no orifício do canal das
glândulas salivares de maneira a poder medir a produção de saliva destas glândulas.
Nos dias seguintes, ele dava um assobio e após alguns instantes dava um pedaço de carne ao
cão, o que provocava no animal a salivação.
Após 15 dias de repetição deste ato, assobiou, mas não deu a carne, porém a saliva se produziu
igualmente. Tudo se passava como se o assobio se tivesse tornado para cão o excitante da
produção de saliva.
Dizemos que o assobio se tornou um “excitante condicionador” e a produção de saliva um
“reflexo condicionado” pelo assobio. Este reflexo é adquirido, não inato.
Pavlov multiplicou as experiências deste gênero e constatou que esses reflexos condicionados
são muito fáceis de se estabelecer no homem.
O importante para nós é sabermos utilizar o Reflexo Condicionado a nosso favor. Mas como?
Se precisarmos estudar para uma prova, separamos um tempo para o estudo diariamente,
sempre no mesmo horário e local. Procure usar a mesma mesa, cadeira, iluminação, procure criar
as mesmas circunstâncias de estudo para todos os dias, atente para os detalhes.
Assim nosso cérebro, sempre naquele horário e local, se estimulará mais rápido e facilmente
através do Reflexo Condicionado.
Nosso estudo pode render muito, com pouco tempo. Na verdade, pela minha experiência, o
tempo de estudo não é o mais importante e sim a qualidade do mesmo.
Já vi pessoas que estudavam por cinco horas seguidas e que tinham um rendimento muito baixo,
inferior a uma hora, enquanto pessoas que estudavam apenas por uma hora tinham um alto
rendimento. Lógico que essa mesma pessoa que estudava uma hora poderia ter um rendimento
muito maior se estudasse as cinco horas, mas nem sempre dispomos de tanto tempo para o estudo,
temos outras diversas tarefas, que necessitam de nossa atenção e, se podemos render mais com
menos tempo, podemos utilizar o tempo restante para outras tarefas.
Utilize o Reflexo Condicionado para seus estudos, faça um teste.
É nesta ordem que se torna necessário pô-los em ação. Se omitir um destes fatores, não
significa que seja incapaz de reter ou fixar, mas sempre que desejar fixar qualquer coisa, é
indispensável seguir o processo normal e completo: impressão, associação e repetição.
Quando alguém nos é apresentado, normalmente não nos esquecemos de sua fisionomia, mas
acabamos por esquecer o seu nome. Isto se explica porque a impressão da imagem foi maior, por
mais tempo, enquanto o som do nome foi menor, apenas alguns segundos em que o nome foi-nos
falado.
Se lembrarmos de algum nome e não de outros, também foi por causa de uma má-impressão,
associação e repetição.
É o que explica, por exemplo, a fixação do nome de certa pessoa que encontramos em uma
reunião, enquanto não lembramos do nome de uma outra pessoa presente na mesma reunião e que
conhecemos. Verifica-se que concedemos uma atenção suficiente à pessoa (impressão),
provavelmente estabeleceram-se, na sua mente (consciente ou inconscientemente), certas
associações alusivas, e o seu nome foi mencionado várias vezes (ou você mesmo o repetiu, para si
próprio).
No segundo caso, não se prestou atenção suficiente (uma impressão deficiente) ou não se
realizou associação alguma, não ouvindo ou repetindo o seu nome.
As condições de registro diferentes correspondem a intensidades de lembranças diferentes.
Lembrarmos das coisas que temos interesse em recordar posteriormente e esquecermos o que
temos (nós ou o nosso inconsciente) intenção de esquecer. Em termos mais simples, a regra de
Freud diz, no plano prático: para reter qualquer coisa, é necessário querê-la conscientemente.
A observação
Obse rve be m
Quando se trata de lembrar de qualquer coisa, a atenção deve tomar uma forma mais precisa: a
observação. Para que se recorde bem de determinado quadro de um mestre, não basta que se
limite a prestar-lhe uma certa atenção. Para começar, é preciso fazer uma ideia de conjunto e,
depois, torna-se necessário estudar-lhe os pormenores.
A partir do momento em que se trate de fixar qualquer coisa que comporta diferentes elementos
ou diferentes aspectos, tem de se observar. Veremos, também, ao estudar a associação, que esta
carece às vezes da observação de outros elementos, além da noção ou objeto a fixar.
Para aprender a melhor observar, treine-se a examinar as coisas sob os seus diferentes aspectos
e diferentes sentidos: veja o panorama geral e a cor, toque, sinta, prove, escute, examine o peso, o
volume, a dureza etc. Quanto maior for o número de sentidos em ação, mais facilmente se
recordará.
A observação da coisa a fixar é essencial, pois é esta primeira observação que produzirá um
registro inicial desta coisa na memória, ou seja: não se pode encontrar, posteriormente, na sua
memória o que lá não tiver posto.
As lacunas da nossa memória provêm, em grande parte, de um registro defeituoso, isto é, de
uma impressão deficiente.
Quando quiser fixar um trecho ou uma poesia, deve observar atentamente a escolha das
palavras, o ritmo das frases. Deixe que se formem no seu espírito as imagens sugeridas pelo autor.
Para se reterem as palavras, as ideias, é necessário dar-lhes imagens. Para se conservarem
abstrações, é necessário tentar concretizá-las, tentar “vê-las” sob a forma de imagens.
Quando se tratar de reter noções ou fatos múltiplos, pode-se facilitar o seu registro através de
abreviaturas e esquemas. É graças a símbolos e esquemas que se pode fixar mais facilmente as
reações químicas ou as experiências de física e as fórmulas matemáticas. Mas estes símbolos e
abreviatuas podem ajudá-lo também em domínios diferentes. Procure aplicações na sua profissão.
Procedendo desta maneira, você faz uma observação verdadeira, que deixará na sua memória
uma impressão duradoura.
Este método de observação não é válido, unicamente, em relação aos monumentos, já que se
aplica a tudo: paisagens, quadros, objetos, plantas, feições etc.
Passe sempre pelas seguintes fases:
Questionário
Resposta às seguintes perguntas:
Apenas depois de escrever as respostas, verifique o resultado e o quanto você não prestou
atenção.
Respostas
Classificação
O registro das ideias, das noções e dos fatos é facilitado pela classificação, que consiste, por
um lado, em agrupar o conjunto de dados semelhantes, por outro, ligar esses dados a um grupo
mais geral.
A classificação pode ser feita mentalmente, porém, caso se trate de noções complexas, é
recomendável fazer-se um quadro sinóptico.
O quadro sinóptico é de uso geral. Ou seja, enquanto o esquema ou as abreviaturas são somente
transcrições simplificadas de dados que se prestam à esquematização ou abreviatura, o quadro
sinóptico pode empregar-se sempre que se pretenda ter uma visão de conjunto de uma questão,
mesmo complexa.
Fazer um quadro sinóptico é simplesmente elaborar os assuntos de forma a expor os títulos e
subtítulos em uma determinada ordem cronológica.
Trabalharemos os quadros sinópticos. Tomando, como exemplo, a História de Portugal, poderia
se estabelecer uma primeira linha, ou primeira geração, de um quadro sinóptico, da seguinte
maneira:
A República 1910
Seguidamente, conhecendo bem este quadro, você aprofundará cada um dos principais pontos e
terá novos quadros sinópticos. Por exemplo, em relação à 1ª Dinastia, criamos um item da segunda
linha ou segunda geração, cada tópico do quadro anterior pode ser desdobrado de acordo com
este primeiro exemplo:
Tabela 7.2.
Depois de dado o exemplo, faça a sua própria classificação, escolhendo o critério e o número
de itens que quiser. Classificar auxilia a memorizar.
As associações
Crie assoc iaçõe s
É este o verdadeiro segredo das boas memórias.
William James escreveu:
”O Segredo de uma boa memória é o segredo de formar associações múltiplas e diversas com
qualquer elemento que desejemos fixar… Cada associação torna-se um complexo ao qual o
elemento está ligado, constituindo, assim, um meio de trazê-lo à superfície, se lá não estiver.”
Parabéns por ser pontual e ter chegado até aqui! As instruções e os exercícios devem estar
mexendo com a sua cabeça. Começaremos o dia de hoje fazendo um exercício de associação.
enguia meia
Tente agora dizer esta lista de palavras ordenadamente. Não o conseguirá, sem dúvida. Tente,
então, recordar-se do maior número de palavras desta lista.
Verificará que lhe faltam muitas. Por quê? Porque você empregou simplesmente um método
deficiente, mau.
Classificando em grupos, talvez melhore bastante. Mas estudaremos agora como fixar as
palavras pelo método das associações de imagens. Este método é muito interessante, é uma
excelente aplicação do que acabamos de dizer acerca das associações.
Imagine um chapéu de coco, no qual está colocado um telefone. O receptor deste aparelho está
cheio de espinhos, porque é um cacto. Este receptor-cacto é difícil de se usar pelo senhor que está
telefonando, não considerando o fato de ele ter a boca cheia de bolo; mas, surpresa: neste bolo há
um pequeno envelope que se abre e de onde sai muito dinheiro. Uma das notas cai no chão e
transforma-se numa enguia que se salva refugiando-se no escritório. Este escritório tem um estilo
particular, porque tem forma de uma casa, cuja chaminé é formada por um lápis enorme, que
parece com um foguete. Ele dispara, voa e vai contra o casaco de um homem, casaco este curioso
porque é todo feito de renda e pendurado no botão do centro está uma enorme meia, na qual está
amarrada, por sua vez, uma chave de parafusos. Esta chave de parafusos é também uma chave-
foguete que voa e vai de encontro a uma tigela de arroz que um gato está comendo. Este gato
“coloca” um livro na cabeça, foge e refugia-se no farol de um automóvel. Este farol projeta a sua
potente luz sobre um anzol gigante.
Podem acontecer falhas, por experiência própria, quanto a um furo na revisão. Geralmente, não
esquecemos este ponto novamente, porque tomamos os devidos cuidados na próxima associação.
Nono dia
O processo normal de memorização (continuação)
No método das associações, podemos encontrar imensas aplicações no campo das ciências
naturais, da física, da geografia. Tomemos, por exemplo, as principais indústrias da Bélgica.
Comece por fazer um quadro sinóptico, ou simplesmente uma lista das palavras a reter.
Seguidamente, irá associá-las em cadeia pelo método anteriormente preconizado.
Faça a experiência conosco:
Indústria da Bélgica: siderúrgicas e indústrias do zinco, indústria do chumbo, cerâmica,
vidreira, indústria do cristal, têxtil, construções mecânicas, indústria química, indústria alimentar,
cal e cimentos, couros e peles.
Para facilitar este agrupamento, procederá por símbolos:
a siderúrgica será simbolizada por uma viga de aço;
a palavra vitral representará a indústria vidreira;
uma bala de revólver, a indústria o chumbo;
um barracão, a indústria do zinco;
um balão de destilação representará a indústria química;
uma porção de salsichas, a indústria alimentar;
o têxtil será simbolizado por uma bobina de fio, o cal e o cimento, por um muro;
o couro, por um sapato;
as peles, por uma pele (para adorno feminino);
o cristal, por uma taça; e
a indústria de construções mecânicas, por um motor.
Daqui se extrai a seguinte lista: viga de aço, vitral, bala de revólver, barracão, balão de
destilação, salsichas, bobinas, muro, sapato, pele, taça de cristal e motor.
Deixo, a seu cuidado, a construção da cadeia de associações (uma viga de aço voando sobre um
vitral, quebrando o vidro e enchendo o barracão de estilhaços etc.).
Para evitar a confusão entre países diferentes, não atribuirá o mesmo símbolo à mesma
indústria: a indústria do couro será simbolizada, segundo os países, por uma luva, um cinto, uma
mala de senhora etc. Além disso, relacionará o primeiro nome da cadeia ao nome do país. Por
exemplo, você poderá visualizar um conjunto de vigas de aço que firme a palavra Bélgica; veja,
seguidamente, estas vigas deslocar-se e quebrar alguns vitrais etc.
Não tenha receio de construir associações audaciosas ou, até, idiotas, pois o importante é “ver”
bem as imagens elaboradas. Misture imagens em movimento (como o lápis, a chave de parafusos,
o livro do nosso primeiro exemplo) com imagens fixas, já que isso facilita a memorização das
palavras.
Não se preocupe se demorar um pouco para fazer as imagens agora, com a prática, usando o
método das “associações de imagens”, chegará a construir as cadeias em dois ou três minutos, em
muitíssimo menos tempo do que através do estudo mecânico clássico ou tradicional.
Exe rc íc io-te ste nº 24
Construa uma cadeia de associações de imagens com a lista das principais indústrias belgas,
servindo-se das palavras-chave indicadas no texto. Mas faça, neste exercício, apenas com as
duplas. Depois, cubra com as mãos a primeira coluna e verifique se, automaticamente, você se
recorda da segunda coluna. Depois cubra a segunda coluna e repita. Por fim, faça uma associação
com todas. Contudo, fazendo uma com as outras, fica mais fácil.
Tabela 9.1.
A repetição
A repetição é um princípio conhecido do funcionamento da memória, já que é um método que as
crianças empregam quando começam a aprender qualquer coisa.
A repetição é um potente fator de memorização. Pondo em jogo os reflexos mecânicos do seu
cérebro, ela pode permitir a lembrança de coisas que não apresentam qualquer atrativo ou
interesse e às quais não elaborou associação alguma. Desta forma, até pode, à custa de repetição,
reter um poema numa língua que lhe é totalmente desconhecida, por exemplo.
Esta memória, puramente mecânica, é bem melhor nas crianças que nos adultos, pois, com o
envelhecimento, ela diminui. Em compensação, a capacidade de fazer associações aumenta com o
decorrer dos anos. Então, o que se perde por um lado é largamente compensado pelo outro.
A repetição desempenha um papel importante na fixação das lembranças – e isso em qualquer
idade.
Repita o que acaba de aprender e faça-o com intervalos. Não deseje “armazenar” tudo de uma
vez; pelo contrário, volte à “carga” várias vezes.
Quando estudar qualquer coisa, reveja, sempre que possível, o que aprendeu. Para fixar um
nome, uma morada, repita-os mentalmente, várias vezes ao mesmo tempo, procure elaborar
associações.
S. Tomás de Aquino dá-nos o seguinte conselho, na sua Summa Theologica:
”É necessário meditar frequentemente no que queremos fixar.”
As nossas lembranças são corroídas, pouco a pouco, pelo tempo, se nada fizermos para impedir
isso. O remédio é simples: a revisão.
leão balança
Décimo dia
A Lei de Jost
Assim que tiver um pouco de treino, os itens que acabei de ensinar poderão ser executados
rapidamente, e para várias pessoas que lhe forem apresentadas sucessivamente. Não serão
necessários mais do que quatro ou cinco segundos para fazer as associações.
Suponha que você se encontre em uma recepção ou participe de um congresso e deseja
memorizar o nome de 10, 20, 30 ou mais pessoas.
Essa técnica é baseada no método de associação de imagens e dele já demos exemplos. O
processo consiste em fazer imediatamente uma associação entre a pessoa que está diante de você e
uma palavra que tenha uma assonância parecida com o respectivo nome. Como já explicamos,
você encontrará para cada nome um facilitador. Veja a lista de nomes a seguir, tomados por acaso,
e proceda desta forma:
Clemente;
Gastão;
Gaspar;
Mario;
Pedro;
Moreira.
Bem entendido, o importante é representar bem, para si, as coisas que imagina. Utilize as
alavancas mentais (transformar, redimensionar, movimentar e multiplicar).
Veja o Sr. Clemente, que está à sua frente, transformando-se subitamente em uma estátua de
cimento.
Veja o Sr. Moreira comendo amoras, muitas amoras.
O essencial é andar rapidamente e visualizar de forma clara, na imaginação, as associações que
foram feitas.
Hoje você aprenderá a usar sua memória para lembrar de compromissos com hora marcada,
como uma agenda.
Para tanto, basta criar associações entre cada uma das coisas que planeja fazer, na ordem em
que deseja fazê-las.
Exemplo: suponha que você deva, ao sair de casa, passar no correio para expedir uma
encomenda. Depois, telefonar ao Rafael para marcar uma entrevista. Também precisa lembrar de
comprar envelopes. Seguidamente, às 9h30min, o seu cliente, Sr. Felipe, vai atendê-lo. Quando
sair deste, você planeja, às 10h30min, se encontrar com outro cliente, o Sr. Monteiro. Às
11h30min, você deverá estar na rodoviária para esperar um colaborador da firma.
Para memorizar esses compromissos, você pode fazer como se segue: tente visualizar em seu
pensamento, ao sair de casa, você dizendo a sua esposa: “vou ao correio”. Imagine-se depois no
balcão das “Encomendas Registradas”. Veja o funcionário do correio lhe devolvendo o troco do
seu dinheiro lhe dizendo: “telefone ao Rafael”. Quando tiver finalizado o telefonema, imagine-se
estrebuchando encima de montanhas de envelopes. No primeiro envelope, você lê: “Felipe
9h30min”. Em seguida, imagine o Sr. Felipe despedindo-se de você dizendo: “o Monteiro o
espera às 10h30min”. Depois, imagine-se, ao sair do encontro com o Sr. Monteiro, vendo um
letreiro enorme, cravado na porta com uma flecha que diz: “rodoviária”.
Conforme se verifica, é inútil procurar fazer associações complicadas, pois é preciso apenas
alguns segundos para estabelecer todas as associações necessárias. Mais uma vez lembro: o
importante é ver as imagens criadas na mente.
Ao sair de casa, você pensará imediatamente em ir ao correio e a cada compromisso as
imagens puramente artificiais voltarão no momento oportuno para lembrar o que você tem que
fazer. Cada situação será um facilitador para a sua memória. Mas, lembre-se: o cérebro apenas
grava as coisas que você imagina.
Caderno Tinta
Laranjas Queijo
Torradas Manteiga
Tabela 11.1.
Forme, tão rapidamente quanto possível, as associações de imagens. Primeiro em duplas: cubra
com a mão a primeira coluna e tente, ao olhar a palavra da lista visível, lembrar automaticamente
a outra. Inverta a coluna que você cobriu. Depois de fazer em duplas, faça agora uma associação
com todas. Dentro de uma hora, tente reconstituir a lista.
1. Ouça o trecho todo uma vez, atentamente, para adquirir uma impressão geral.
2. Ouça novamente. Agora, procure analisar as diferentes partes, os diferentes movimentos.
Preste atenção às semelhanças e diferenças que possam existir entre as várias partes. Se
necessário, ouça de novo as partes semelhantes uma após a outra.
3. Escute novamente o começo e o fim.
4. Tente reconstituir, cantarolando, o começo e o fim.
5. Ouça, outra vez, para fixar trechos.
6. Anote as “falhas” que porventura existam.
7. Escute novamente o conjunto e tente reconstituí-lo inteiramente.
Embora este método seja muito mais simples na prática que no papel, sem maiores esforços
você obterá resultados satisfatórios em apenas uma única sessão.
Pelo menos no princípio, você poderá, por exemplo:
Executar o 1º e 2º passos no primeiro dia;
Os 3º e 4º passos no segundo dia;
No terceiro dia, os 5º e 6º passos;
No quarto dia, o 7º passo.
Para fixar o que lê, primeiramente você tem que estar disposto a ler.
Isso parece óbvio, mas é um problema comum, se você não quer ler, se não está disposto a fazê-
lo, ficará distraído e não conseguirá se concentrar, ou seja, este é o primeiro ponto a se observar.
Se aplicar o que o ensinamos, poderá antes da leitura calcular o tempo para planejar melhor a
leitura.
Para isso, basta ler uma página que seja modelo e multiplicar o total pelo número de páginas do
seu texto. Saberá o tempo que precisa reservar para a leitura planejada, o que pode ser um fator
determinante no resultado.
Em seguida, tenha, por exemplo, um lápis ao seu alcance e marque os parágrafos ou passagens
mais importantes, as ideias-chave, as noções que deseja memorizar com precisão.
Assim que terminar a sua leitura, releia todos os parágrafos ou trechos marcados lateralmente
ou sublinhados, feche o livro e tente reconstituí-los.
Se o conteúdo for longo, reveja todos os dias a parte marcada na véspera e, para consolidar,
faça uma revisão semanal.
Se for necessário fixar um certo número de ideias de maneira precisa e ordenada, poderá
utilizar as tabelas de chamada ou método das localidades, técnicas as quais logo aprenderá.
Deste modo, você terá um conhecimento particular da obra lida, da qual terá também uma boa
visão de conjunto.
É no fim das 24 horas seguintes ao seu estudo que você tem maior probabilidade de
esquecimento.
Não deixe, pois, passar mais de 24 horas antes de uma revisão. Mas não reveja antes de cinco
ou seis horas após a primeira leitura (Lei de Jost).
Conclusão
Para concluir, gostaria de relembrar que, para fixar o que lê, você deve:
Estar disposto a ler, para melhorar a concentração;
Marcar, com as palavras-chave, frases e trechos importantes, ou seja, tenha sempre em mão
um lápis e um caderno, caso não queira ou não possa fazer anotações no próprio livro;
Sempre releia os pontos marcados após a leitura, pois o ajudará muito a fixar o conteúdo.
Estes também são de grande valia para futuras revisões.
Tabela 13.1.
Escreva em um papel ou imprima a tabela anterior e faça uma lista dos assuntos que você sente
necessidade de se concentrar. Anote aqueles nos quais você consegue se concentrar facilmente à
esquerda e os de difícil concentração à direita.
Existem nove hipóteses em dez de que na coluna da esquerda estejam listadas as coisas que
mais lhe interessam e na da direita aquelas que você tem menos interesse ou que conhece
superficialmente.
Este pequeno e simples teste ajuda-o a compreender a necessidade de se interessar pelos
métodos através dos quais poderá aumentar o seu poder de concentração.
Responda agora esta pergunta: Qual é o sentido profundo de “Concentração” ?
A concentração é a faculdade que torna possível fixar a atenção em um assunto ou ocupação,
inibindo que esta atenção seja desviada para outros assuntos. Em outras palavras, a concentração
permite que, entre todas as imagens e pensamentos que possam evoluir do nosso cérebro, façamos
uma escolha a favor do que decidimos dar nossa atenção, repelindo os outros.
Já falamos sobre o reflexo condicionado em outros tutoriais: se você estudar sempre nos
mesmos horários e condições, seu corpo se acostumará a entrar no estado necessário ao estudo
com essas condições. Isso também serve para a concentração, já que sabemos que ela é
imprescindível para os estudos.
Existem algumas pessoas que têm maior facilidade para concentração e estudo em
circunstâncias e locais adversos. Mesmo que você seja uma dessas pessoas, procure seguir o
princípio que aprendemos nesta lição e verá que multiplicará sua capacidade de aprendizado.
Agora, mesmo que você não tenha um local tão propício à concentração, pode treinar seu corpo
com um pouco mais de dificuldade, porque você deve levar em conta as circunstâncias que tem à
sua disposição. Mesmo assim, procure utilizar sempre os mesmos horários, local e condições.
Falo isso porque às vezes temos dificuldades em encontrar um local com o silêncio que julgamos
necessário à nossa concentração, mas isso não é o fim do mundo: com um pouco de treino você
conseguirá se desligar dos “barulhos” externos. Para isso, ainda assim é importante horário, local
e condições, sendo que, quando falo em condições, digo em relação à mesa, às cadeiras, aos
blocos de anotações, ou seja, às coisas habituais que são sempre necessárias quando se dedica ao
estudo.
Conclusão
Hoje salientamos novamente a importância da concentração para os estudos e relembramos que
o reflexo condicionado pode ser usado para ajudar nossa concentração.
Aprendemos que temos maior facilidade de concentração em assuntos do nosso interesse, ou
seja, é importante que nos interessemos pelo que queremos estudar.
Também aprendemos hoje o primeiro princípio sobre a concentração que é relacionada ao
ambiente: um local apropriado facilita a concentração.
Conclusão
Para se obter uma boa concentração, você deve aplicar os quatro princípios que estudamos:
Escolher um ambiente propício;
Eliminar as causas materiais de distração;
Estar seguro da sua boa forma física;
Penetrar bem no seu objetivo ou finalidade.
Conclusão
Terminamos, assim, a exposição dos seis princípios da concentração para o estudo. Não busque
a concentração para o estudo sem eles, a saber:
Escolher o seu ambiente;
Eliminar as causas de distração;
Estar em boa forma física;
Penetrar bem na finalidade;
Ter conhecimentos de base;
Aumentar o seu interesse imediato.
Para se recordar destes seis pontos, construiremos uma “concatenação” com as duas ou três
primeiras letras de cada palavra-chave (destacada em itálico). Obtemos a seguinte mnemônica:
AMDISFOR-FINCONINT.
Para reencontrar uma melhor concentração, quando, durante o estudo, se distrair, faça o
seguinte:
Estabeleça profundamente a consciência do seu objetivo pessoal;
Volte para o local exato em que perdeu a concentração e marque-o com o lápis;
Certifique-se de que não tenha sido a dificuldade de compreensão que causou a perda de
concentração, pois, se este for o caso, tente compreender perfeitamente o sentido antes de
prosseguir, mesmo que precise consultar outros materiais. Se não for o caso, retome a leitura
e assinale sempre que perder a concentração. Com mais de três passagens assinaladas na
mesma página, é inútil prosseguir.
Neste caso, suspenda o estudo por 15 minutos. Tome um ar, ande um pouco, beba um pouco de
chá ou água fresca e procure na lista AMDISFOR-FINCONIT quais as causas que o impedem de
se concentrar. Assim que as localizar, terá também encontrado o remédio.
Tudo que aprendemos sobre concentração para os estudos pode ser aplicado no lado
profissional também, para a elaboração de um relatório ou preparação de uma exposição.
Para terminar o estudo sobre os problemas da concentração, recomendo evitar duas coisas:
A leitura-devaneio;
A leitura-embaladora.
A leitura-devaneio acontece quando você, simplesmente, se distrai por uma ideia ou palavra
que encontra. Não se deixe conquistar pelo devaneio ou sonho. Aliás, isso vai contra tudo o que
aprendemos sobre a concentração. É necessário criar em si mesmo o seguinte reflexo
condicionado: quando se lê, é indispensável que isso signifique para você obrigação de se
concentrar. Vai sonhar? Feche o livro, mude de lugar, instale-se em um sofá confortável, e sonhe.
Mas proíba a si mesmo a mistura “leitura-sonho ou devaneio”. É uma mistura envenenada.
A leitura-embaladora acontece quando você lê antes de dormir. Não tenho por que me opor
quanto a isso, desde que você suspenda conscientemente a leitura quando começar a se sentir
sonolento. Não use a leitura para passar do estado de vigília para o semi-sono, abandonando às
pressas a leitura antes de adormecer profundamente.
Para falar inglês, você precisa saber como constituir as frases conforme as regras do idioma em
questão. As aplicações das regras de sintaxe e de gramática devem vir de forma espontânea
também, ou seja, sem esforço de reflexão. Para conseguir isso, você precisa conhecer, de
memória, algumas frases que se apliquem à regra em questão.
Mas é necessário, antes de mais nada, dominar um vocabulário básico com pelo menos 200
palavras no idioma que deseja aprender para se aperfeiçoar na pronúncia e gramática.
O aprendizado de qualquer idioma deve sempre seguir a seguinte ordem:
Desenvolva a compreensão de um vocabulário básico com, no mínimo, 200 palavras;
Aperfeiçoe a pronúncia assistindo a filmes e ouvindo músicas;
Gradativamente, utilize leituras, iniciando até mesmo com textos infantis, para aos poucos
dominar a gramática.
Não conseguiremos neste texto nos aprofundar no estudo das três fases, mas, se possibilitarmos
uma maneira de dominar rapidamente um vocabulário de 200 palavras, já terá sido um grande
começo.
Para fixar o vocabulário estrangeiro, você pode por vezes estabelecer uma ligação com uma
palavra portuguesa que tenha a mesma consonância que a palavra estrangeira. Pode também
estabelecer associações com palavras portuguesas fáceis de determinar pela sua aproximação ou
afinidade. No quadro a seguir a palavra da primeira coluna é o significado ou tradução; a coluna
do meio é o facilitador, ou seja, uma palavra em português que nem sempre tem algum significado
parecido com a tradução, mas cuja imagem associada com a palavra em inglês criará o reflexo
condicionado que possibilitará o domínio do idioma; e, na terceira coluna, temos a palavra em
inglês.
A associação deve ser feita com as palavras nas duas primeiras colunas, automóvel e carro:
crie a imagem bem nítida na sua mente e use as alavancas, (transformar, redimensionar,
movimentar e multiplicar). Quando falar automóvel, a ideia carro surgirá automaticamente, pois
um automóvel é um carro caro, valioso.
Imagine a sua bagagem em um saco. Para isso, utilize as alavancas.
Veja, na sua mente, o ato de escrever com uma pena. Ao abrir uma porta, você bate o pé e sente
muita dor, então, sempre que estiver diante de uma porta teremos dor que lembra door. E assim
por diante. Adquira um dicionário da língua que você deseja aprender e elabore um quadro com o
auxílio de um dicionário de português.
Primeiro a palavra em português, em segundo lugar o facilitador, que você encontrará no
dicionário da língua portuguesa, que deve ter um som parecido da palavra no idioma que você
deseja desenvolver.
Para auxiliar, lembre-se que você não deve procurar relações com a letra vogal e sim no valor
da sílaba consoante. Palavras com T e D são muito parecidas, também tem sons parecidos: M e N,
L e LH, CH e X e J, C e Q, F e V e P e B. Você pode ir ao dicionário para buscar não apenas o
significado, mas palavras com sons parecidos para servirem de facilitadores. Comece com as
palavras do quadro e depois amplie:
Tabela 16.1.
Desgosto/Grief;
Elogio/Praise;
Garrafa/Bottle;
Guloso/Greedy;
História/Story.
As concatenações
Agora vamos estudar, para variar, a forma mais primária, a mais simplista dos recursos
mnemônicos, as concatenações.
Desde os primeiros anos, na escola, que recorremos a mnemônica, por exemplo, a lista dos
Césares (imperadores romanos) será mais fácil de fixar se lembrarmos das três palavras seguintes
cujas sílabas correspondem à primeira sílaba do nome de um imperador: Césautica, Claunegalo,
Vivestido.
Este aglomerado de sílabas não tem sentido, mas o ritmo das três palavras torna-as fáceis de
reter. Estas cadeias de palavras chamam-se concatenações. No caso, os imperadores são: César,
Augusto, Tibério, Calígula, Cláudio, Nero, Galba, Otão, Vitélio, Vespasiano, Tito, Domiciano.
As cores do arco-íris, na sua ordem espectral, podem ser memorizadas usando a palavra
VLAVAAV. Então, as cores são: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta.
Décimo sétimo dia
As concatenações (continuação)
As concatenações são relativamente fáceis de elaborar, além de que podem ser formadas,
especialmente, para fixar listas de palavras e nomes.
Os especialistas em venda ensinam aos seus alunos que, para triunfar em vendas, é necessário:
Captar a atenção;
Criar o interesse;
Suscitar o desejo;
Provocar a ação.
Você se lembrará facilmente dessas quatro frases pensando em AIDA. Veja outro exemplo a
seguir: para recordar as principais cidades de um itinerário ou para se lembrar do nome de cinco
a dez pessoas que encontrar, ou que participarem em uma conferência.
Entretanto, tratando-se de listas extensas, reconheço que as concatenações são insuficientes. Por
isso, ensinarei métodos bem mais eficazes.
A Ge ome tria
Para aprender Geometria, é necessário em primeiro lugar compreendê-la. Consequentemente, o
estudo de qualquer lição pressupõe a compreensão completa da matéria. Se notar lacunas no
entendimento da matéria, em geral, não fique constrangido: comece por pegar seu primeiro livro
de Geometria. A resolução de problemas é fácil, a partir do momento em que se domina bem a
matéria e tem na memória as fórmulas. Mais adiante, você aprenderá um método para recordar
estas fórmulas.
Quando há “transportes” (das unidades para as dezenas, por exemplo), é necessário tê-las em
conta:
375 + 248
300 + 200 = 500
70 + 40 = 110 = 610
5 + 8 = 13
Seja finalmente:
610 + 13 = 623
Conclusão
Habitue-se, portanto, ao cálculo mental e verificará que lhe dará maior facilidade em todos os
ramos da Matemática. E, na vida prática, o cálculo mental lhe ajudará em muitos serviços, pois
facilita bastante a memorização de algarismos.
Décimo oitavo dia
Como estudar a F ísica e a Química
Para o estudo de dados materiais e dos fatos, você aplicará, exatamente, os mesmos métodos
que adotamos para a Geografia e a História.
Para o estudo dos esquemas e fórmulas, aconselho a memorização direta, de preferência a
qualquer método mnemônico. Para tanto, seguirá o processo Impressão – Associação – Repetição.
Constituirá, também, para si um caderno de esquemas e fórmulas que aprenderá, fazendo revisões
pelo método cumulativo-repetitivo.
Como em Matemática, o êxito dos problemas de Física e Química depende estritamente do
conhecimento profundo das fórmulas, isto é, o que aprendeu em Matemática é aplicável aqui. A
mnemônica pode auxiliá-lo a memorizar as fórmulas e os vários exercícios desenvolverão
conexões mentais importantes para a habilidade de calcular. Porém, é a prática repetitiva de
resolver problemas que consolidarão o aprendizado de ciências exatas.
Além do método geral de estudo, que aprendeu até aqui, você aprenderá as ciências naturais
com a ajuda dos seguintes meios:
Quadros sinópticos, a fim de ter uma imprescindível visão de conjunto e fixar as subdivisões;
Elaboração de esquemas simplificados;
Concatenações, para fixar os nomes dos gêneros, das espécies, das famílias etc.;
Método cumulativo-repetitivo, para reter os quadros sinópticos, os esquemas e as
concatenações. Para facilitar a aplicação deste método, fará, bem entendido, um caderno
especial no qual consignará todos os elementos a fixar – quadros sinópticos, esquemas e
concatenações.
Essas dez palavras são um exemplo de articulações numéricas, que são muito úteis nas revisões
e mesmo no processo de memorização.
Tomemos por exemplo a lista de compras do exercício-teste nº 28:
Caderno Tinta
Laranjas Queijo
Torradas Manteiga
Tabela 18.1.
As associações foram simples, feitas de item com item da lista, primeiramente em colunas uns
com os outros. Cada um se torna facilitador do outro. Cobrindo com a mão uma das colunas e
visualizando qualquer item da lista, o outro é lembrado automaticamente. Mas podemos ter uma
lista fixa de palavras para memorizar, sendo que elas também se referem a um número:
1. Lápis: caderno;
2. Óculos: tinta;
3. Tridente: laranjas;
4. Cadeira: queijo;
5. Luva: torradas;
6. Cachimbo: manteiga;
7. Machado: refrigerante;
8. Cacho de uvas: algodão hidrófilo.
9. Taco de golfe: xarope para tosse;
10. Jogador com Camisa 10: pasta de dentes.
A primeira coluna é uma tabela feita com articulações numéricas. Se associar uns com os
outros, ao pensar no item oito (cacho de uvas), imediatamente pensará em algodão hidrófilo,
desde que tenha feito a associação e a alavanca mental necessárias (transformar, redimensionar,
multiplicar e movimentar).
A vantagem é que, além de lembrar o item associado, podemos saber a ordem em que ele se
encontra na lista. Os peritos em memória realizam exercícios de associações em tabelas
previamente assimiladas, que facilitam a memorização. Esta tabela é apenas um exemplo, já que é
muito limitada.
Iniciaremos o dia de hoje já com um exercício, que é muito importante para sua memória.
Estas articulações numéricas têm como critério o som, ou seja, as palavras rimam umas com as
outras.
4 = r5 = l.
54 é igual a l-r, ou seja, “ler” ou “lar”.
45 é r-l, ou seja, “rol” ou “ralo”.
454 é r-l-r, ou seja, “reler”.
1 t, d
2 n, nh
3 m
4 r
5 l, lh
8 f, v
9 p, b
Tabela 19.1.
1 t, d
2 n, nh
3 m
Tabela 19.2.
Eis como Aimé Paris, criador do sistema, o ajuda a fixar a articulação principal que
corresponde a cada algarismo:
Tabela 19.3.
data = d – t = 11
Dominó = d – m – n = 132
Inversamente:
10 _____________________________________________________________________
17 _____________________________________________________________________
21 _____________________________________________________________________
31 _____________________________________________________________________
50 _____________________________________________________________________
88 _____________________________________________________________________
70 _____________________________________________________________________
3020 _____________________________________________________________________
Tabela 20.1.
O 3020, Micenas, pode parecer difícil, porém, com um pouco de prática, você até achará muito
divertido. Ao encontrar alguma dificuldade, recorra ao auxílio de um dicionário.
4 r
5 l, lh
Tabela 20.2.
Tabela 20.3.
Mas o melhor para fixá-los são os exercícios de aplicação que veremos a seguir.
Lerei à
noite _________________________________________________________________
Comprarei _________________________________________________________________
no _________________________________________________________________
mercado _________________________________________________________________
Ração _________________________________________________________________
Carroça _________________________________________________________________
Dois gatos _________________________________________________________________
na rua _________________________________________________________________
Carta _________________________________________________________________
Russo _________________________________________________________________
O caminho _________________________________________________________________
de Deus _________________________________________________________________
Loção de _________________________________________________________________
barbear _________________________________________________________________
Caos
Tabela 20.4.
Encontre pelo menos cinco palavras para traduzir cada um dos números:
45 _______________________________________________________________________
56 _______________________________________________________________________
64 _______________________________________________________________________
Tabela 20.5.
8 f, v
9 p, b
Tabela 20.6.
k assemelha-se a um 7 ou ka-sete
Tabela 20.7.
Desta forma você pode, sem dificuldade, encontrar frases deste gênero para todas as datas
históricas que desejar reter.
Exemplos:
20 de junho = n s j
5 de maio = s l l
1º de dezembro de 1640 = Reconquista da Independência – no começo da frase aparecerá “t d”
e no fim “r s”.
Poderíamos formar esta frase mnemônica: “Todos os portugueses, nesse dia, aclamaram os
heróis.”
Estamos acostumados a soluções primárias e com o processo repetitivo. No início, você se
sentirá incomodado, terá que pensar e recorrer ao dicionário. Mas esse é o grande objetivo do
nosso desafio: transformar o seu pensamento. Pensar com velocidade, criatividade e eficiência
depende de conexões neurais. Você não estará apenas adquirindo um conhecimento para aplicar
numa prova ou no trabalho, mas também desenvolvendo habilidades cognitivas que transformarão
sua vida.
Para memorizar que o esqueleto humano se compõe de 211 ossos, podemos traduzir 211 em uma
palavra usando a técnica das articulações numéricas. Esta palavra pode ser anotado. Em que n
significa 2, t significa 1 e d também significa 1, conforme as regras da técnica de articulação
numérica que você a aprendeu.
Já para memorizar o número total de vértebras (33), podemos usar a palavra mamãe, já que
esta possui duas letras m, cada uma significando um número três.
Para memorizar o número de vértebras dos cinco grupos em que se classificam as vértebras,
construiremos uma pequena frase iniciada por mamãe (33) e composta das articulações seguintes:
Tabela 20.8.
Coragem e paciência!
Vigésimo primeiro dia
Aplicação à Geografia
Vamos ao exemplo do processo de aplicar os facilitadores. Com relação ao rio Reno e o Elba,
é fácil encontrar a frase, veja:
“O Reno e o Elba são dois rios teutônicos.”
Ou seja,
t – t – n – c = 1.127
Lembre-se de que você pode usar um dicionário a fim de ajudá-lo a encontrar palavras para
suas frases mnemônicas, além de que isso também o ajuda a enriquecer seu vocabulário, já que
aprenderá o significado de outras palavras.
Para fixação da produção de trigo, poderíamos usar as seguintes frases:
“Nos EUA, o trigo é mole” (35).
“Na Rússia, o trigo é quase inesgotável” (70).
Tabela d e chamad a
Suponha que você tenha decorado 100 palavras, em ordem e de forma que consiga identificar
qualquer número relacionado a cada palavra.
A tabela de chamadas é esta lista. Como você já sabe, números são abstratos e difíceis de
memorizar, a menos que demos um significado a eles, relacionando eles com palavras, por
exemplo, que são concretas e fáceis de memorizar.
Usando esta tabela você conseguirá memorizar facilmente uma lista de até 100 itens e saber
como relacionar cada item com sua posição, porque cada item da lista estará associado a uma
palavra que você conhece e sabe qual número ela representa.
Este é um método fantástico que uso no meu dia a dia com muita facilidade e para praticamente
qualquer coisa.
Em minha opinião, as cartas do Tarô, que são muito parecidas com o nosso baralho, se
analisarmos, são muito mais um sistema numérico de memorização relacionado com a Bíblia e
com o alfabeto hebraico do que um jogo de sorte, ou um sistema para adivinhar o futuro.
Por exemplo: os naipes do Tarô e do baralho podem ser associados às alavancas que usamos
para intensificar as imagens relacionadas aos facilitadores:
Paus: no Tarô, é o fogo que pode ser associado ao processo de transformação. Em tudo que o
fogo atinge, haverá transformação. A argila fica dura e os metais ficam mais resistentes. Sem
contar que os alimentos ficam mais seguros e saborosos. Até a esterilização pode ser feita
com o auxílio do fogo.
Ouros: no Tarô, é a terra, que pode ser associada ao processo de multiplicação. É na terra
que plantamos a semente que se multiplicará e nos fornecerá o alimento.
Copas: no Tarô, é o naipe da água, associado ao processo de medida e redimensionamento
das coisas. Para modelar alguma coisa, nós a deixamos líquida, pois assim podemos dar a
forma que desejarmos. Na alavanca da dimensão, alteramos propositalmente a altura, largura
ou comprimento, ou seja, o volume, para podermos intensificar a imagem mental e
proporcionar melhor memorização.
Espada: no Tarô, podemos associar ao ar, já que a espada corta o ar que representa o
movimento. Nada melhor do que o ar, vento, brisa ou furacão para representar o movimento
das coisas.
Também podemos, entre outras coisas, perceber que os Arcanos Maiores do Tarô e suas 22
cartas possuem uma relação direta com as 22 letras do alfabeto hebraico, 22 capítulos do
Apocalipse, além de que cada arquétipo ainda evoca diretamente uma parte da Bíblia.
Por exemplo, entre muitos:
A carta seis do Tarô, “Os amantes”, pode sugerir a história vivida por Davi e a mulher de
Urias;
A carta oito, “A força”, lembra Sansão e o leão e também Dalila que o traiu;
A carta um, “O mago”, evoca Adão dando nome a todas as coisas e assim por diante.
Não é o Tarô que usaremos como tabela de chamadas, mas acredito que padres e sábios dos
tempos antigos fizeram outro uso do Tarô, bem diferente do uso atual de simplesmente ler a sorte.
Elaboraremos a nossa própria tabela. Para isso, utilizaremos as articulações numéricas já
desenvolvidas em exercícios passados.
Será necessário que tenhamos total domínio da lista fonética, ou seja, das relações que existem
criadas artificialmente para possibilitar a cada número, e depois ampliando infinitamente, um
equivalente em palavras.
Vamos rever esta lista fonética:
1 t, d
2 n, nh
3 m
4 r
5 l, lh
8 f, v
9 p, b
Tabela 21.1.
Com ela, podemos elaborar uma lista infinita de palavras e frases, cada uma representando um
número em ordem crescente. Se o primeiro item da sua lista, que você mantém em sua mente, for
“tia” e se o primeiro objeto da lista a memorizar é “camisa”, você estabelecerá uma associação
como qualquer uma destas:
A minha camisa só é lavada pela minha tia (pode visualizar sua tia lavando sua camisa,
lembre-se das alavancas para fazer a associação, exagere no tamanho da tia e na quantidade
de camisas, por exemplo, de forma que a imagem seja absurda, tornando mais fácil a
retenção pelo cérebro).
Esta camisa foi prenda da minha tia.
Procederá do mesmo modo com relação ao segundo objeto e assim por diante.
Se lhe perguntarem em seguida qual é o primeiro objeto da lista, saberá que é o que está
associado à palavra tia, reencontrando, sem esforço, a associação feita e, consequentemente, o
objeto em questão.
1 tia
2 unha
3 mãe
4 hora
5 alho
6 chá
7 cão
8 uva
9 pia
10 doce
Tabela 21.2.
Você verá que esta tabela é fácil de fixar, uma vez que as palavras traduzem sua transposição
(articulação numérica).
Palavras: livro, café, pão, chave de parafusos, tacho, cadeira, pintura, cortina, cinema e
caracol.
Vigésimo segundo dia
Tabela de chamada (continuação)
11 dado
12 duna
13 time
14 touro
15 toalha
16 ducha
17 taco
18 TV
19 tubo
20 noz
Tabela 22.1.
Certifique-se de dominar a lista anteriormente mostrada antes de prosseguir. Poderá, para isso,
relacionar esses itens com os anteriores.
Exe rc íc io-te ste nº 53
Fixe as dez palavras a seguir com o apoio da segunda lista da tabela de chamadas, ou seja, os
números de 11 a 20.
Palavras: papel, lápis, laranja, caneta, charuto, cesto, agulha, garrafa, azeite e vinho.
Aprendamos agora os números da terceira lista da tabela de chamadas. Você poderá associar
esta continuação da lista aos números anteriores. Trabalhar com essa lista por si só é um dos
melhores exercícios mentais que eu conheço, comparado ao Xadrez e à leitura.
21 nata
22 nenê
23 Nemo
24 Nero
25 anel
26 anjo
27 nhoque
28 noiva
29 nabo
30 missa
Tabela 22.2.
31 moto
32 mina
33 mamão
34 muro
35 mola
36 maca
37 magia
38 mofo
39 mapa
40 rosa
Tabela 22.3.
41 rato
42 urina
43 ramo
44 rir
45 rolo
46 rocha
47 rico
48 rifa
49 roupa
50 laço
51 lata
52 lona
53 limão
54 lírio
55 lula
56 loja
57 louco
58 luva
59 lupa
60 casa
Tabela 22.4.
Agora que você aprendeu a tabela de chamada do item 1 ao 60, aprenderemos uma aplicação
interessante do uso dela.
As palavras da tabela de chamadas atuam como “ganchos” na sua memória, em que você
“engancha” as informações que quer memorizar, o que facilita muito o processo de memorização
por facilitar as associações entre os neurônios.
A “volta” d os 50 Nomes
É a volta que você pode agora realizar diante de seus amigos e familiares. Esta proeza foi
praticada nos palcos por ilusionistas que não tinham nem mais nem menos memória que você. Para
tanto, basta conhecer corretamente a tabela de chamada.
Solicite a um dos espectadores que anote em uma folha as palavras que forem citadas pelos
outros espectadores, tendo cuidado de a cada palavra atribuir um número de ordem. Naturalmente,
ele começará por um, dois, três e assim por diante.
Depois, cada espectador fornece uma palavra de cada vez, à cadência de cinco em cinco
segundos, por exemplo.
Suponhamos que as primeiras palavras citadas forem:
1 livro
2 telefone
3 tecido
4 papel
5 roda
6 lâmpada
Tabela 22.5.
À medida que é dado um nome, você estabelece uma associação com a tabela de chamada.
Lembre-se de exagerar no tamanho e proporção, fazendo que a imagem da associação seja
absurda, além de utilizar as alavancas, pois isto facilita a memorização. Exemplo:
1 A minha tia dentro de um GRANDE livro.
Tabela 22.6.
Para iniciar o trabalho de memorização de listas, comece com 20 nomes. Você não terá muitas
dificuldades para fazer este exercício com 100 palavras, no entanto, muitas palavras cansa um
pouco seu “auditório”, além de que conseguirá efeito sensivelmente idêntico. Para o
desenvolvimento de seu cérebro, é bom que você pratique um pouco com 20 palavras de início.
Perceba como você pode usar esta técnica para seus estudos, pois, facilmente, você pode
memorizar listas de palavras-chave que o ajudam a lembrar de todo conteúdo. E poderá revisar
estas palavras mentalmente, uma a uma, com o auxílio da tabela de chamadas. Pense no resultado
em assimilação que você consegue com uma revisão mental.
Além disso, se não lembrar de alguma palavra-chave ou conteúdo relacionado a ela, você no
seu próximo período de estudo se dedicará àquele item específico que não conseguiu lembrar,
ganhando muito mais tempo de estudo para novos conteúdos. Apenas deve ter um cuidado especial
na classificação de seus estudos, não misturando assuntos para não confundir a tabela. Lembre-se
de que a tabela é apenas um facilitador de revisão e que as perguntas da matéria serão feitas
baseadas no conteúdo. Depois de algumas revisões, você nem precisará usar a tabela, passando a
utilizá-la apenas para assuntos novos. Lembre-se do que já aprendemos sobre a Lei de Jost e a
importância das revisões mentais.
1 2343
2 7581
3 6217
4 2141
5 3628
6 8710
7 4413
8 7115
9 8334
10 2737
Tabela 23.1.
2343: decompõe-se em 23 – 43, ou seja, nome e ramo na tabela de chamada. Associará, então,
nome e ramo à palavra tia (nº 1 da tabela de chamada).
Por exemplo:
“O meu nome está escrito num ramo e a minha tia tenta descobri-lo a todo custo.”
1 queijo
2 gato
3 revista
4 chave
5 bota
6 passaporte
7 cerveja
8 ampola
9 viola
10 mesa
11 janela
12 trave
Tabela 23.2.
1 3107
2 3541
3 2316
4 1218
5 4320
Tabela 23.3.
61 jato
62 china
63 gema
64 jarro
65 jaula
66 chuchu
67 cheque
68 chuva
69 juba
70 casa
71 cota
72 cana
73 cama
74 carro
75 quilo
76 queijo
77 coco
78 café
79 copo
80 fuso
Tabela 23.4.
Mas a mnemônica, por meio da sua constante prática, constitui uma excelente ginástica mental,
fazendo que você se habitue a manejar com rapidez as associações, além de treinar e desenvolver
o poder da imaginação e concentração.
Então, você não deve subestimar o interesse da mnemônica, que contribui indiretamente para
dar mais eficiência à sua memória pura.
Aprenda agora a continuação da tabela de chamada:
81 fita
82 vinho
83 fumo
84 vara
85 vala
86 ficha
87 faca
88 favo
89 fiapo
90 poço
Tabela 23.5.
Chegamos ao fim da tabela de chamada de 100 números. Segue, então, a última lista para você
memorizar, mas se quiser poderá utilizar uma tabela maior, precisando apenas para isso escolher
as articulações. Nos momentos de dificuldade, recorra ao dicionário ou utilize duas palavras:
91 peito
92 pano
93 puma
94 pêra
95 bala
96 beijo
97 pico
98 povo
99 pipa
100 taças
Tabela 24.1.
A tarefa de memorizar as 100 palavras com certeza lhe pareceu um pouco fastidiosa, mas o
conhecimento da tabela de chamada permitirá que realize novos empreendimentos.
Para fixar instantaneamente uma série d e números d e
d ois algarismos
É preciso, naturalmente, ter domínio da tabela de chamada. Suponhamos que você deseja fixar
uma série de números começando por: 7, 12, 16, 53.
Estes números correspondem às palavras cão, Tina, tacho, lima. Você tem agora que optar entre
dois métodos:
Associar estas palavras em cadeia, pelo método de associação de imagens; ou
Associar com a própria tabela de chamada, na ordem numérica.
O métod o d os locais
Este método é mais fácil de aplicar que a tabela de chamadas, mas se aplica dificilmente a
palavras abstratas e a números. No entanto, é muito prático para a fixação de listas de objetos.
Escolha um cômodo da sua casa que conheça perfeitamente, seu quarto, por exemplo, e atribua
um número de ordem a cada uma das partes seguintes:
4 a parede da frente
5 a janela
7 a parede da direita
8 o canto seguinte
9 o assoalho
10 o teto
Tabela 24.2.
Para fixar uma lista de objetos em uma certa ordem – por exemplo, pão, gato, telegrama, alho –,
você deve colocar em imaginação o pão em frente à porta, o gato na frente da parede da esquerda,
o telegrama no canto seguinte ou sobre um móvel que ocupe esse canto, o alho defronte à parede
da frente ou sobre um móvel ali situado etc.
Como pode perceber, você deve associar cada palavra com um local do cômodo. Este processo
é extremamente simples e a experiência mostra que você fixará sem dificuldade os objetos assim
colocados.
A vantagem deste sistema está no fato de que ele evita fazer uma verdadeira associação.
Para reter 100 nomes, basta escolher dez cômodos ou locais que conheça bem e que
referenciará e adaptará para cada dezena. Por exemplo:
O seu quarto para os números 1 a 10.
A sala de jantar para os números de 11 a 20.
A cozinha para os números de 21 a 30.
O banheiro para as divisões de 31 a 40.
A varanda para as palavras de 41 a 50.
O escritório para as palavras de 51 a 60. E assim por diante.
Sendo cada divisão classificada da forma indicada, você poderá executar a volta dos 50 nomes
ainda com mais facilidade que pela tabela de chamada, mas com a condição de pedir aos seus
amigos unicamente nomes de objetos concretos.
Na prática, o sistema de locais permite memorizar listas que lhe sejam enumeradas, mesmo
rapidamente.
Se desejar atingir o virtuosismo na utilização da sua memória, o método dos locais o ajudará
bastante.
Graças a este método, você poderá fixar instantaneamente 100 números de dois ou quatro
algarismos. Mais adiante você saberá como fixar a ordem das cartas de um baralho que são
folheadas a sua frente em uma partida, ou jogar de memória uma partida de damas ou xadrez.
De qualquer modo, será interessante para você constituir 30 ou 60 locais – o ideal será 100 – e
aprendê-los gradualmente.
5.76.61.68.70.81.41.
Agora elabore uma cadeia de palavras com base na tabela de chamada: leão, queijo, gato,
chuva, casa, búzio, roda.
Memorize esta lista simplesmente usando o método de associação de imagens. Este método
permite fixar facilmente e instantaneamente um número de 20 ou 30 algarismos ou três números de
oito a dez algarismos.
Se o evento for uma exposição ou comunicado que você precisa fazer, o ideal é que divida o
conteúdo em certo número de partes, em que cada parte possa ser sintetizada em uma palavra.
Estas palavras-chave são facilmente memorizáveis com o uso da tabela de chamada.
Se você for dar um discurso, poderá multiplicar as divisões ou palavras-chave dependendo do
tempo do seu discurso em até 100 palavras, já que dispõe de 100 “ganchos” na tabela de chamada.
Inversamente, se você for assistir a uma conferência ou um discurso, como não conhece
antecipadamente o respectivo conteúdo, procederá com base em pequenos fragmentos.
Assim que o orador tiver utilizado ou exposto uma ideia-chave, você a associará à tabela de
chamada e assim sucessivamente.
Poderá, então, lembrar facilmente, quando chegar à sua casa ou ao escritório, toda a
conferência por escrito, graças às associações que fez na tabela de chamada.
Algumas pessoas podem obter mais êxito aplicando o método das localidades: experimente e
verifique qual o sistema mais conveniente.
Quando se pretende fixar as palavras abstratas por métodos mnemônicos, é preciso substituí-las
rapidamente por palavras concretas ou por imagens concretas que possam invocar. A formação
das associações e das imagens se torna então mais fácil. Exemplos:
Guerra: pode substituir por uma estátua de Marte (Deus da Guerra) ou por uma bomba;
Fome: por um homem magro, faminto;
Medo: por uma criança aterrorizada.
Encontre imagens materiais que simbolizem essas ideias e retenha-as pelo método das
associações em cadeia ou pela tabela de chamada. Você pode usar também o método dos locais.
O essencial é “pôr a render” esses 5, 10, 15, 20 minutos diários de “tempo morto”.
Adote, pois, a seguinte regra: suprima os seus momentos de ócio, ou seja, utilize-os para treino
das suas funções cerebrais.
Neste momento, sua memória pura melhorou consideravelmente e sua capacidade de
concentração está certamente mais estável e fácil. Consequentemente, você se encontra capaz de
explorar os recursos do seu cérebro.
Você conhece agora a mnemônica, cujos princípios permitem fixar sem esforço listas, nomes,
números, horários etc.
Combinando equilibradamente mnemônica e memória pura, você terá ao seu dispor um utensílio
extraordinário, na sua vida profissional ou escolar. Poderá acumular conhecimentos e utilizar em
seu benefício a superioridade que adquiriu graças ao treino e formação de sua memória.
Qualquer que seja a sua idade, agora pode dizer que tem uma memória mais flexível e fiel, e
estará sempre aumentando seu valor pessoal. Aproveite-a, pois, para alargar seus conhecimentos.
Aprender coisas novas é, para os jovens, dispor de meios de ação suplementares,
indispensáveis hoje para quem quer triunfar. E para os menos jovens, aprender é obter a certeza
de que não está paralisado, é mostrar-se ativo, dinâmico e capaz de aumentar o seu valor pessoal.
Quando se procura aprender mais, quando se tenta aprofundar os seus conhecimentos neste ou
naquele ramo, fica-se jovem de espírito.
Para terminar, gostaria de destacar a importância de se repetir sempre que possível os
exercícios e técnicas desenvolvidos nesses dias. A maior surpresa você terá ao perceber que sua
memória terá condições de reter todo tipo de informação sem a necessidade de fazer as
associações conscientemente.
Não esgotamos o tema. Pelo contrário, você deve ter uma busca contínua. Sempre que possível,
adquira livros, faça novos cursos e assista a palestras sobre a memória. Esperamos que nosso
trabalho tenha demonstrado que a inteligência é desenvolvida e não uma bênção divina recebida
hereditariamente.
Aconselho você a ensinar outras pessoas, pois apenas ao ensinar alguém é que nos tornamos
verdadeiros conhecedores do assunto. Talvez seja por isso que fizemos questão de elaborar este
trabalho.
1 Automóvel Carro Car
Tabela 16.1.
7 12 5 5 4
q d-n l l r
Tabela 20.8.
Índice
Capa Página 2
Página de Título 5
Direitos Autorais Página 6
Introdução 8
Primeiro dia: Vale a pena investir tempo com este assunto? 9
Segundo dia: Como assegurar ao cérebro condições de funcionamento
12
favoráveis?
Terceiro dia: Particularidades de algumas memórias 15
Quarto dia: Como desenvolver seu poder de concentração 18
Quinto dia: O processo normal de memorização 21
Sexto dia: O processo normal de memorização (continuação) 24
Sétimo dia: O processo normal de memorização (continuação) 27
Oitavo dia: O processo normal de memorização (continuação) 31
Nono dia: O processo normal de memorização (continuação) 35
Décimo dia: A Lei de Jost 39
Décimo primeiro dia: Como fixar os seus compromissos 42
Décimo segundo dia: Como fixar o que lê 45
Décimo terceiro dia: A concentração – parte 1 48
Décimo quarto dia: A concentração – parte 2 51
Décimo quinto dia: A concentração – parte 3 54
Décimo sexto dia: Como aprender idiomas (continuação) 57
Décimo sétimo dia: As concatenações (continuação) 60
Décimo oitavo dia: Como estudar a Física e a Química 64
Décimo nono dia: As articulações numéricas – Tabelas de chamada – parte
68
2
Vigésimo dia: As articulações numéricas – parte 3 72
Vigésimo primeiro dia: Aplicação à Geografia 78
Vigésimo segundo dia: Tabela de chamada (continuação) 83
Vigésimo terceiro dia: Tabela de chamada (continuação) 89
Vigésimo quarto dia: Tabela de chamada (continuação) 95
Vigésimo quinto dia: Como fixar anotações em uma conferência 100