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FTL – FACULDADE TEOLÓGICA DE LORENA – Prof. Nilton Cesar Marcelino

ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA

INTRODUÇÃO

“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para
evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos
santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos
cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à
medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos
inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens
que, com astúcia, enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em
caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo,
bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de
cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor” Efésios 4.11-16.

Cuidar do rebanho de Deus é uma das mais nobres tarefas dadas por Deus
ao homem. Representa também enormes e pesadas responsabilidades, pois quem
administra uma igreja está lidando não só com as questões administrativas do dia-a-
dia, mas, sobretudo com o preparo de almas para a vida eterna.
Daí há quem pense que basta atender as necessidades espirituais do
rebanho para cumprir o propósito divino, deixando as questões administrativas em
plano secundário. Embora as necessidades espirituais sejam mais importantes, há o
lado humano, a organização, o modo de fazer as coisas, que também não podem
ser desprezados. Esses dois aspectos da igreja aparecem em linhas paralelas e têm
necessidade mútua. Um rebanho bem assistido depende de uma boa administração.
Ou, ao contrário, uma igreja bem administrada permite uma boa assistência ao
rebanho.
Administração: Ato de ministrar. Presidir. (1Tm 3.4,5). A palavra
administração possui um significado simples, porém está envolvido por
diversificados fatores que corroboram para o sucesso de sua aplicação nas diversas
áreas da sociedade. O termo “administração” vem do latim ad (direção, tendência
para) e minister (subordinação ou obediência), designa o desempenho de tarefas de
direção dos assuntos de um grupo.
O conceito de Administração é bastante amplo, mas em todas as definições
existem duas palavras-chave: gerenciamento e organização. Podemos definir a
administração como processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho
dos membros da organização, e de usar todos os recursos disponíveis da
organização para alcançar os objetivos definidos.
O administrador - A palavra despenseiro (Gr. oikonomos) é encontrada dez
vezes no Novo Testamento. Por vezes é também traduzida por “mordomo” (Lc
12.42) ou “administrador” (Lc 16.1), e eventualmente, como “tesoureiro” (Rm 16.23)
ou “curador” (Gl 4.2). A responsabilidade do despenseiro (Gr. oikonomia) é
mencionada nove vezes, sendo traduzida por “administração” (Lc 16.2),
“dispensação” (Cl 1.25) ou “serviço” (1Tm 1.4).
O conjunto de palavras tem como radicais os vocábulos “casa” (Gr. oikos) e
“lei” (Gr. nomos). No grego clássico, oikonomia significava, originalmente, a gerência
de um lar, e oikonomos denotava o mordomo da casa. No latim, o termo é
oeconomia, de onde se deriva o nosso vocábulo economia. Despenseiro equivale a
ecônomo, originalmente um indivíduo encarregado da administração de uma casa
grande (Isaias 22.19, 21; Lc 16.1-17).
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Administrar é distribuir, as tarefas fazendo que todos participem do trabalho.


O bom administrador leva as pessoas a realizar suas tarefas cada vez melhor e a se
realizarem no trabalho. “O que nos realmente importa, não é o que fazemos no dia-
a-dia, mas sim, aquilo que de fato conseguimos concluir”. O apostolo Paulo ressalta
esse pensamento em Ef 5.15,16; Cl 4,5).
O administrador de instituições evangélicas deve ter conhecimento de que a
administração eclesiástica divide-se em duas partes muito importantes que deverão
caminhar juntas, objetivando o mesmo fim, que são: Administração secular e
Administração espiritual.
Às vezes, para alguns pastores é muito frustrante pastorear uma Igreja em
crescimento. O pastor é sempre pressionado, a aumentar o número de membros de
membros da comunidade e a desenvolver a novos programas. Mas, se a Igreja
cresce, ele normalmente fica frustrado porque não se sente capaz de liderá-la. O
problema é que a maioria de nossos pastores não recebe preparo suficiente para
administrarem uma instituição grande e em expansão. Embora a maioria dos
pastores se sinta capaz de liderar a Igreja no campo espiritual, infelizmente, poucos
se sentem aptos o bastante para administrá-la como instituição.
Ao contrario das pessoas que exercem outras profissões, a equipe que
administra uma igreja normalmente recebeu sua formação nos seminários ou
faculdades teológicas, onde a grade curricular inclui disciplinas como Homilética,
Escatologia, Tipologia, Hermenêutica (Exegese), etc., e o estudo dessas disciplinas
é benéfico, ajudando o pastor a transmitir os ensinamentos doutrinários corretos.
Porém, nenhuma delas prepara o pastor para administrar ou liderar uma instituição
ou grupo.
Administração é trazer funcionalidade - Administração não é algo que se
faz de maneira aleatória. Ela exige que haja uma estrutura formal e bem
estabelecida, na qual sobressaem a um só tempo quatro palavras-chave: objetivo,
organização, planejamento e comando. Sem essas premissas não se chega a lugar
algum. Qualquer empreendimento, para cumprir suas finalidades, terá de ter,
portanto, objetivos bem definidos, organização com seqüências lógicas, simples e
precisas, planejamento que preveja todas as etapas do processo e comando capaz
de gerir a administração.
Assim, administrar, em linhas gerais, é fazer com que as coisas funcionem. É
tirá-las da inércia e torná-las eficientes e eficazes. É, portanto, exercer uma boa
liderança à luz de princípios para que os propósitos da organização sejam
alcançados, cumprindo assim a finalidade de sua existência.
LIDERANÇA EFICAZ É SINÔNIMO DE ADMINISTRAÇÃO EFICIENTE. As
duas coisas caminham juntas. A má administração nem sempre indica
incompetência, preguiça ou relaxamento do líder. Pode indicar apenas a falta de
uma metodologia correta de trabalho e de se organizar administrativamente. A boa
administração se faz necessária em todas as áreas da nossa vida.
EFICIÊNCIA E EFICÁCIA - Estes são dois conceitos muitos antigos, mas
implacavelmente atuais. Principalmente nos dias de hoje não compreendê-los ou, o
que é muito pior, confundi-los provoca, sem dúvida, grandes danos à performance e
aos resultados. As diferenças entre esses dois conceitos podem até parecer sutis,
mas realmente são extremamente importantes. EFICIÊNCIA é fazer certo as coisas,
EFICÁCIA são as coisas certas. O resultado depende de “fazer certo as coisas
certas”. Vejamos estes termos com maiores detalhes:
EFICIÊNCIA é: fazer certo; é o meio para se atingir um resultado; é a
atividade, ou, aquilo que se faz;
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EFICÁCIA é: a coisa certa; é o resultado; o objetivo: é aquilo para que se faz,


isto é, a sua Missão.
Qual a Missão da área de Treinamento? A resposta natural poderia ser:
treinar pessoas; reciclar; desenvolver ou algo parecido. Certo? Não, errado!
Percebam que as respostas estão representadas por verbos e dirige-se à ação,
portanto refere-se a aquilo que se faz, ou à atividade ou o MEIO para se atingir o
resultado. Este resultado, ou a chamada Missão poderia ser consignado como:
PESSOAS APTAS às necessidades da organização! Este é o objetivo. A área de
treinamento treina, ou desenvolve suas atividades para alcançar este resultado.
Porém, na prática utiliza-se, com freqüência o indicador de
“homens/horas/treinamento” para medir o resultado de treinamento quando se está
medindo, apenas, o seu esforço, ou seja, a sua eficiência no desenvolvimento da
ação, mas não a sua eficácia. Afinal, qual foi o resultado desse esforço em
treinamento?
Para ficar mais claro vamos a outro exemplo: Qual a Missão da área de
manutenção de ar condicionado? Mais uma vez a resposta natural seria:
consertar ar condicionado, que é uma resposta também errada. Consertar ar
condicionado é o que a área de manutenção faz para alcançar a sua Missão que é:
AR CONDICIONADO FUNCIONANDO!
O que isto quer dizer? Isto quer dizer que se provoca um grande desvio na
qualidade da contribuição das pessoas fortalecendo-se a atividade muitas vezes
distanciada do objetivo. Freqüentemente a área de manutenção de ar condicionado
é medida pelo tempo que gasta consertando ar condicionado quando deveria ser
medida pelo tempo que não gasta consertando, ou seja, pelo tempo de
funcionamento do equipamento. Esta é a medida da sua eficácia. Percebam então o
enorme dano que esta situação causa nos resultado individuais e globais das
organizações.
Ao se privilegiar as medidas que acompanham o esforço da realização pode-
se perder a relação com o resultado desse esforço. Em nome disso muitas
realizações dentro das organizações são, o que costumamos chamar de olhar o
próprio umbigo, perdendo-se a avaliação do nível de agregação de valor aos
objetivos da organização. E o que conta, cada vez mais, é exatamente o nível de
agregação de valor de cada profissional, de cada departamento, de cada
organização. Para isso é fundamental trabalhar-se com indicadores!
E este viés, infelizmente, ocorre em diversas áreas das empresas provocando
um enorme desvio nos resultados e na agregação de valor dessas áreas e, das
pessoas que se esforçam para atender as expectativas para o desenvolvimento dos
negócios. Preciso reforçar que esta preocupação é função indelegável dos níveis de
chefia das empresas!

1 A ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA
Administração Eclesiástica é o estudo dos diversos assuntos ligados ao
trabalho do pastor no que tange a sua função de líder ou administrador principal da
igreja á que serve.
Desde o início dos primeiros grupos sociais, a fim de conduzir bem os
trabalhos, criou-se a necessidade de estabelecer uma escala de comando cuja
função seria dirigir e gerir esses trabalhos coletivos. Diga-se de passagem, que a
Igreja é um agrupamento humano com um objetivo a ser alcançado, um propósito a
ser atingido, um alvo para cumprir.
Embora possamos adotar alguns princípios da administração secular, não
obstante, a Igreja precisa ser norteada por outros princípios. Em virtude de sua
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natureza, a Igreja não se confunde com nenhuma sociedade ou grupos éticos. A sua
corporalidade, organicidade, fraternidade, unicidade e consensualidade nascem,
estruturam-se e se perpetuam na regeneração em Cristo Jesus, o criador da
comunhão dos santos.
A missão da igreja é ser serva de Jesus Cristo pelo culto permanente e
exclusivo à Trindade; pelo amor interno, que confraterniza seus membros; pela
fidelidade às Escrituras; pela igualdade de seus componentes; pela missão
evangelizadora entre todos os povos; pelo incansável testemunho cristão.
Diante da necessidade de crescimento do reino de Deus aqui na terra torna-
se imprescindível a busca por métodos e estratégias que conduzam os cristãos a
trilharem caminhos objetivos e com metas pré-determinadas, afinal, não podemos
perder tempo, pois Cristo vem sem demora (Ap 3.11).
A administração eclesiástica, portanto, se insere na mesma definição. Só que
sua concepção é divina para atuar na esfera humana. De um lado é um organismo
vivo, que atua como agente do Reino de Deus, e de outro é uma organização que
precisa dispor de todas as ferramentas humanas para a realização de seus
objetivos.
Mas há uma diferença: como a Igreja tem propósitos não só para esta vida,
mas também para a eternidade, exige, por isso mesmo, dedicação que muitas vezes
foge aos parâmetros humanos.
A título de exemplo, numa organização secular quem negligencia suas tarefas
e deixa de ser produtivo corre o risco de ser demitido na primeira oportunidade. Na
igreja é diferente: toda a sua estrutura precisa estar voltada para restaurar o
indivíduo e fazer com que ele retorne à mesma fé.
É óbvio que não se excluem medidas disciplinares, quando necessárias, mas
mesmo neste caso o objetivo é sempre restaurar, nunca lançar no inferno. A igreja
jamais pode dar motivo para que alguém, no juízo, alegue ter perdido a salvação por
ter sido abandonado à beira da estrada.
Isto implica em afirmar que a finalidade básica da igreja, qualquer que seja o
modelo administrativo, é aperfeiçoar os santos para a obra do ministério e levá-los à
medida da estatura completa de Cristo.

1.2 A NECESSIDADE DE UMA BOA ADMINISTRAÇÃO


Qualquer que seja o processo de avaliação que você pense, Jesus, sem
sombra de dúvida, foi o maior administrador de todos os tempos. Senão, vejamos:
Longevidade? Mais de dois mil anos. Riquezas? Incalculáveis. Números? Impossível
avaliar. Lealdade de seus membros? Muitos dão a vida por esta organização.
Distribuição? No mundo inteiro. Diversificação? Integrada com grande sucesso em
todo tipo de empreendimento.
Podemos concluir que Jesus reina supremo, sendo o maior administrador que
o mundo já conheceu. Se você, meu irmão, realmente deseja ser bem-sucedido,
estude, aprenda e aplique os princípios de Jesus.
Uma empresa qualquer só será bem sucedida se tiver uma boa
administração. O mesmo acontece com a igreja, com os nossos lares ou com outro
empreendimento qualquer.
Todos nós sabemos que a Igreja é um organismo vivo, sustentada e dirigida
por nosso Senhor Jesus Cristo, o Cabeça da Igreja. No entanto, devemos lembrar
que ela é também uma organização que funciona como qualquer empresa:
- Possui um estatuto;
- Possui empregados remunerados;
- Têm pessoas que dão ordem; têm pessoas que recebem ordens;
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- Têm metas a serem alcançadas;


- Possui bens móveis e imóveis;
- Possui secretaria;
- Possui tesouraria;
- É organizada em departamentos;
- Presta relatórios estatísticos e contábeis, etc.

Temos na Bíblia exemplos de administração eficiente:


- Na criação do universo (Gn 1.1-31; 2.1,2);
- No conselho de Jetro (Êx 18.19-27);
- No conselho da congregação ao líder Esdras (Ed 10.10-14);
- Na obra realizada por Neemias (Ne 2-7).

2 AS FORMAS (MODELOS) DE GOVERNO ECLESIÁSTICO


Atualmente as igrejas são governadas de quatro formas básicas:
Congregacionalista, Representativa, Episcopal e Estatal. Dentro destas formas
políticas de governo da igreja são distribuídas as diferentes denominações religiosas
como:

a)Congregacionalista (também chamado Congregacional ou Independente)


Nesta forma de governo destaca-se a autonomia da igreja local. Não há
hierarquia entre pastores e bispos. Não há assembléias que governam por
representação. Cada igreja local é a autoridade máxima para resolver seus assuntos
prestando obediência a Cristo. Todos os membros têm direitos iguais e por isso é
democrático. A oportunidade de expressão é garantida a todos. No livro Atos dos
Apóstolos, fica bem claro momentos de plena liberdade de opinião e escolha. São
regidos por esta forma de governo cristão. (At 15.6-15).
Neste modelo sobressai o autogoverno, ou seja, cada igreja se administra
mediante a voz da maioria de seus membros, como sucede entre os batistas, os
congregacionais e alguns outros grupos evangélicos. A congregação local é
considerada autônoma nas suas decisões, e o poder de mando reside em suas
Assembléias locais.

b)Representativo (também chamado Presbiteriano ou Oligárquico)


Nesta forma de governo destaca-se a autonomia limitada da igreja local por
causa dos líderes eleitos para representá-la. O seu governo é representativo. O
povo elege os seus anciãos. Estes governam, através do presbitério, todas as
igrejas locais. Nem o presbitério pode tomar decisões finais. Este direito cabe à
Assembléia Geral, composta dos representantes dos sínodos.
Esta forma de governo foi desenvolvida como rejeição ao domínio por
hierarquias de bispos individuais (forma de governo episcopal). Esta teoria de
governo está fortemente associada com os movimentos da Reforma Protestante na
Suíça e na Escócia (calvinistas), com as igrejas reformadas (luteranas) e mais
particularmente com a Igreja Presbiteriana. O governo presbiteriano serviu e serve
de inspirações a vários regimes democráticos ao redor do mundo, principalmente no
que diz respeito às esferas de poder. A forma de governo consiste numa ordem
crescente de conselhos. O menor de todos os conselhos é o Conselho da Igreja
Local, formado pelos ministros docentes (pastores) e pelos ministros leigos
(presbíteros). Acima dos conselhos locais se encontram os Presbitérios, formados
por presbíteros representantes de cada igreja de sua área de abrangência.
Envolvendo os Presbitérios e formado por representantes dos mesmos, está o
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Sínodo, de autoridade máxima em sua circunscrição. Como estância máxima de


apelação e decisões sobre a igreja está a Assembléia Geral ou Supremo Concílio,
que toma todas as descisões sobre a Igreja e trata dos assuntos externos, ficando a
cargo de exercer poder jurídico sobre decisões tomadas por conselhos inferiores.
Semelhante forma de governo tembém é adotada pela Igreja Adventista do
Sétimo Dia, caraterizada pela eleição de delegados, para voto em assembléias, para
escolha dos dirigentes por um determinado período de tempo.

c)Episcopal ou Prelático
Nesta forma de governo constitui-se uma hierarquia inter-eclesiástica. Neste
sistema, adotado pela Igreja Católica e pela Igreja Ortodoxa, os ministros principais
da Igreja são os bispos. Outros ministros são presbíteros e diáconos. Todos estes
são mencionados no Novo Testamento. O Governo é centralizado na figura de um
dirigente, responsável pelas decisões e destinos da igreja, mas que possui um grupo
de subalternos, o Colégio Episcopal, responsáveis pela administração da gestão do
sistema. Há também o modelo episcopal monárquico onde um só é vitalício e
governa a igreja, eleito pelos cardeais, e é a autoridade máxima.
Em resumo, no sistema episcopal o poder pertence aos bispos diocesanos e
ao clero mais alto, como acontece nas igrejas romana, grega, anglicana e na maior
parte das igrejas orientais. A forma episcopal de governo é considerada a mais
antiga. Os que apóiam esta forma de governo acreditam que Cristo tenha confiado o
controle de sua Igreja na terra a uma ordem de oficiais chamados bispos. Cada
Igreja local é governada pelo seu bispo.

d)Estatal
Nesta forma de governo há o binômio Igreja-Estado onde o Estado tem voz
ativa no governo da Igreja. Na Alemanha, o Estado paga os superintendentes das
igrejas. Em outros países, o governo indica os bispos. A política luterana modifica-se
em países como o Brasil, onde o Estado é Laico (leigo), mas favorece a cooperação
entre Igreja e Estado.

3 AS FORMAS DE GOVERNO E O PADRÃO PRIMITIVO


Neste ponto surge uma pergunta: que modelo se adéqua aos princípios
bíblicos para a Igreja? O modelo episcopal é o que mais se distancia do padrão
primitivo, pois exclui a participação da Assembléia nas decisões e põe todo o peso
no colegiado de bispos ou do líder supremo. O livro de Atos e as epístolas mostram,
ao contrário, uma igreja participativa com ênfase para o governo local conduzido
pelo pastor, bispo ou presbítero (são termos sinônimos), com o apoio da junta
diaconal para as atividades temporais da igreja e tendo a Assembléia como o poder
máximo de decisão.
Os principais historiadores são unânimes em reconhecer que esse era o
modelo da igreja primitiva. Os líderes locais reuniam-se para o estudo prévio dos
assuntos (At 15.6), mas qualquer decisão era tomada pela igreja (At 15.22).
As cartas do Apocalipse reforçam a tese. Perceba que elas não se destinam a
um colegiado de bispos ou a um Sumo Pontífice, mas ao líder de cada igreja, o qual
é severamente cobrado pelo Senhor quanto a sua árdua responsabilidade. Em
nenhum momento há a suposição de um colegiado universal para decidir os rumos
da Igreja sem a participação dos crentes.
Assim, o modelo bíblico privilegia a igreja local. Embora possa estar ligada a
uma estrutura denominacional, à luz do Novo Testamento ela é soberana em sua
constituição, ação e em seus atos disciplinares. É ela quem indica seus candidatos
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ao ministério e os submete aos critérios convencionais para a ordenação, e não o


contrário. Ou seja, o modelo que mais se aproxima do padrão primitivo é o que
conjuga os principais aspectos do modelo congregacional com alguns aspectos do
modelo representativo (presbiteriano).

4 CONCEITO DE IGREJA
Quando se fala em igreja, hoje em dia, logo se pensa em numa organização
(Associação ou instituição com objetivos definidos) ou Instituição (Organização de
caráter social, religioso, filantrópico, etc.). Mas no início do Novo Testamento a Igreja
era conhecida como um organismo vivo e dinâmico. O significado do termo que a
origina no grego (ekklesia) nos ajudam a compreender o dinamismo de sua
existência.
a) EKKLESIA - A palavra ekklesia (igreja) vem da expressão grega ek kaléo, que
significa, literalmente, chamado para fora. A idéia é de uma assembléia de pessoas
convocadas para saírem da rotina comum da vida para se dedicarem a sua atividade
específica. Entre os gregos, a expressão era usada para designar a Assembléia
Democrática dos atenienses, convocados para tomarem decisões sobre a
administração da cidade. A idéia fundamental da palavra é a de uma reunião
formada de pessoas convocadas.
Quando os judeus foram dispersos pelo mundo, e por estarem longe de
Jerusalém, onde estava o templo, criaram as sinagogas, onde se reuniam para
cultuar a Deus, para se dedicarem ao ensino das Escrituras e para julgarem as
pendências que surgiam entre os membros de suas comunidades. A comparação
com o povo de Israel que foi chamado para fora do Egito é linda e extraordinária.
Deus chamou-nos para fora do mundo, do poder do pecado.
Se analisarmos o uso de Ekklesia na Septuaginta, observaremos que significa
"congregação", "ajuntamento de pessoas", "multidão”. O salmo 22.25 declara: "De ti
será meu louvor na grande Ekklesia, meus votos pagarei diante dos que o temem".
Pode se entender que a palavra assinala a Congregação do Senhor, composta
somente dos israelitas feitos idôneos por cumprir os deveres do povo do Senhor, a
participar no culto do Santuário. Excluindo-se os incircuncisos, os imundos, e a
multidão mesclada.
Dentro do mundo cristão no Novo Testamento o uso de Ekklesia é assinalado
115 vezes e pode ser classificado como: 2 vezes se refere à congregação hebraica
do Senhor; 3 vezes a assembléia grega; e 110 vezes à igreja cristã. Basicamente no
Novo Testamento seu uso é para designar uma assembléia específica e local de
cristãos organizados para a manutenção do culto, doutrinas, ordenanças e
disciplinas do Evangelho. Unidos sob uma aliança especial com Cristo e entre si
mesmos. Porém surge também uma conotação do corpo inteiro dos escolhidos nos
céus e na terra. Ekklesia nesse segundo aspecto designa uma igreja invisível
“universal” chamada assim porque não tem organização mundana ou visível.
Embasada nas seguintes características: unidade, santidade, universalidade e
perpetuidade.
As duas palavras, assembléia e igreja, são equivalentes. Porém, Assembléia
tem a vantagem de nos recordar constantemente o verdadeiro significado que a
palavra Igreja perdeu através dos tempos que é de “Reunião de numerosas
pessoas para determinado fim”. Além de que este último corre o risco de se
prestar a equívocos, pois que ele é atribuído particularmente a denominações
religiosas.
A Igreja do Senhor pode ser vista sob duas perspectivas: Universal e Local.
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▪ Igreja Universal - É o conjunto de todos os salvos em todas as épocas e lugares,


quer os que já estão na Gloria quer os que estão sobre a terra. A Igreja de Cristo
independente de denominação (1Co 10.32). A Igreja Universal abrange todos os
crentes verdadeiros, independente das diferenças geográficas, culturais ou
denominacionais. São os que correspondem a Cristo com fé e obediência (Rm 12.5).
▪ Igreja local – Representa uma parte da Igreja Universal. É formada pelo conjunto
de salvos por Cristo de um determinado local (cidade, distrito ou município). A Igreja
Local deve ser uma pequena réplica da Igreja universal.
Semelhantemente, a Igreja é também chamada "visível" e "invisível". Seria
impossível entender a natureza e o caráter verdadeiros da Igreja sem reconhecer
que ela, desde o seu início, tem recebido poder e orientação do Espírito Santo.
A Igreja é um Organismo e uma Organização ao mesmo tempo. Deve ser
considerada um organismo, algo que possui e gera vida, ou uma organização,
caracterizada pela estrutura e pela forma. O exame da Igreja do Novo Testamento
revelará certamente aspectos que favorecem o conceito de "organismo". Por outro
lado, o mesmo exame revelará que a Igreja, desde o seu início, operava com certo
grau de estrutura operacional. Os dois pontos se completam mutuamente.
E o povo de Deus é organizado num tríplice aspecto:
- Aspecto espiritual;
- Aspecto social e
- Aspecto econômico.
Estes três aspectos, segundo a Bíblia Sagrada, devem caminhar paralelos a fim de
atender à missão para a qual Deus a constituiu.

4.1 O PROPÓSITO DE DEUS PARA COM A IGREJA


O propósito do Senhor não era que a Igreja apenas existisse como finalidade
em si mesma. Pelo contrário, a Igreja é uma comunidade formada por Cristo em
benefício do mundo. A Bíblia Sagrada nos ensina que Deus elegeu a Igreja no
Mundo com uma missão:
1 – Evangelização (testemunho). È anunciar o Evangelho e seu poder,
aumentando, assim, o número de salvos (At 1.8; Mt 28.18-20; Lc 24-47). Todo bom
trabalho de evangelização deve ter como primazia a preservação dos frutos e a
transferência desses frutos em novos ganhadores de almas. A parte central das
últimas instruções de Jesus aos seus discípulos, antes da sua ascensão, foi a ordem
de evangelizar o mundo e fazer novos discípulos (Mt 28.19; At 1.8). A Igreja é
chamada a ser uma comunidade evangelizadora.
2 – Adoração (Glorificação ao nome de Deus). A Igreja também é chamada a
ser uma comunidade que adora. Quando os crentes adoram a Deus são
invariavelmente abençoados e espiritualmente fortalecidos. Todos os aspectos da
nossa vida cristã devem caracterizar-se pelo desejo de exaltar e glorificar ao Senhor
(1Co 10.31). A Igreja é um precioso tesouro de Deus na qual Ele se deleita. A
adoração lhe é muito preciosa. Adorar e glorificar a Deus em espírito e em verdade –
eis a missão da Igreja (Jo 3,23, 24; At 13.1-3).
3 – Edificação (aperfeiçoamento, fortalecimento, crescimento dos salvos).
Um terceiro propósito da Igreja é ser uma comunidade edificante. Esta é uma
missão qualitativa que a Igreja tem para consigo mesma. O ensino é a salva guarda
dos que são ganhos para nosso Senhor Jesus Cristo. Atendendo às necessidades
do mesmo e, desta maneira, fortalecendo e edificando a Igreja. (Ef 3.14-21; 4.11-16;
Gl 4.19,20; Jo 17.15-23; 1Pe 3.15; 2Pe 3.18). Na evangelização, a Igreja focaliza o
mundo; na adoração, volta-se para Deus; e, na edificação, atenta para si mesma (Ef
4.12-16).
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4- A responsabilidade social. A Igreja também é chamada a ser uma


comunidade com solicitude e responsabilidade sociais (Tg 1.27; 1Jo 3.17,18).
O propósito de Deus para com sua Igreja, esta alicerçada na pessoa de nosso
Senhor Jesus Cristo e sua morte na Cruz do Calvário; porque a crucificação e morte
de nosso Senhor Jesus Cristo é a essência e o fundamento do Plano divino da
redenção da humanidade para formar a Igreja Universal (Lc 23.33; 1Co 1.18, 22,
23). A mensagem da Cruz não somente abrange a sabedoria e a verdade, mas
também o poder de Deus, para salvar, curar, expulsar demônios e redimir as almas
do poder do pecado (1Co 1.18).

4.2 A IGREJA NO PENSAMENTO DE JESUS


É impossível falar de igreja sem falar de nosso Senhor Jesus Cristo. A igreja
acha-se fortemente ligada ao seu fundador. E somente Ele em todo o Novo
Testamento fala da igreja como "minha igreja" (Mt 16.18). A igreja é de nosso
Senhor Jesus Cristo porque foi fundada por Ele. Ele é o cabeça, o noivo e o
cordeiro que deu a sua vida por ela, entregando-se ao sacrifício para salvá-la.
Dentro do pensamento de Jesus a igreja caracteriza-se por algumas marcas como:
1) Uma comunidade redentora = Esta comunidade possui a meta principal
de alcançar outras pessoas com a mensagem de salvação. Dentro do sonho de
Jesus a igreja surge como uma comunidade embalada duma missão sacerdotal.
"Também eu os enviei ao mundo..." enviado é apóstolo e missionário. Os discípulos
foram mandados como apóstolos. Mas todos nós somos missionários de Deus neste
mundo sem Deus; envolvendo ainda o caráter ou fator multiplicador via testemunho,
"pela sua palavra hão de crer em mim". Para a expansão do seu reino Deus usa o
testemunho da igreja. Pois é a nossa palavra que leva a Palavra de Deus ao mundo.
Uma comunidade que abrace a palavra da vida e encarne a missão profética
proclamando altissonantemente a salvação.
2) Uma comunidade que vive o amor = "que vos ameis uns aos outros". A
igreja de nosso Senhor Jesus Cristo é uma comunidade de amor. Ela é a igreja de
Deus e Deus é amor. Nada, então, justifica a ausência de amor na igreja, entre os
crentes salvos por Jesus Cristo. Deus quer que sejamos agentes de seu amor e não
somente objetos do seu amor. Ele deseja que tenhamos o perdão como estilo de
vida.
3) Uma comunidade de adoradores santificados para a adoração a Deus
= "santifica-os na verdade". A igreja é chamada de comunidade dos santos no Novo
Testamento e Jesus quer que sejamos santos. Tanto que pede ao Pai que opere em
nós a real santificação. E esta só pode ser realizada por meio da Palavra de Deus e
então a função principal da igreja que é a adoração poderá ser realizada.
4) Uma comunidade peregrina = A Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo foi
instituída neste mundo a partir da relação que se estabelece entre homens e
mulheres convertidos, transformados, com o seu Salvador. A nós foi prometida uma
vida eterna, com sua plenitude no mundo vindouro. Entretanto, essa nova vida já
teve seu início aqui desde o arrependimento de nossos pecados, a confiança em
Cristo como salvador e a entrega a ele, como servos ao seu Senhor. Porém, somos
peregrinos, e como tais, temos incumbências a cumprir, de modo que Deus de nós
se agrade. Como uma comunidade peregrina à igreja deve seguir a vontade de
Deus. Então a igreja deve obedecer e viver pela fé, ouvindo a voz divina e seguindo
suas ordens, crendo absolutamente na fidelidade e bondade do seu Senhor. Deve
aguardar a recompensa futura reconhecendo o cuidado de Deus. Deve render
louvores a Deus e colocar em prática a beneficência e o amor ao próximo. Deve
andar em santidade e testemunhar para os não crentes.
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4.3 A IGREJA NO NOVO TESTAMENTO


De conformidade com o conceito do Novo Testamento, uma Igreja Cristã é
um grupo de pessoas devidamente chamadas e separadas do mundo, batizadas sob
profissão de sua fé em Cristo, unidas sob o pacto para o culto e o serviço cristão,
sob a suprema autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, cuja palavra é sua única
lei e regra de vida em todas as questões de fé e pratica religiosa. No Novo
Testamento, “a ekklesia” é um grupo de pessoas chamadas e separadas da
multidão comum, em virtude de uma vocação divina, escolhidas para serem santas,
investidas nos privilégios e incumbidas dos deveres de cidadania no reino de Cristo.
A Igreja primitiva era:
- Perseverante – (At 2.42). Esta perseverança era quádrupla. Ela
perseverava na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão, e nas
orações.
- Temente a Deus – (At 2.43). Por temerem a Deus foi que os primitivos
cristãos não temeram o mundo contrario a idéia do reino de Deus, por ele
anunciados e guardado. E em toda alma havia temor.
- Carismática – (At 2.43). A vida cristã perseverante e temente a Deus dos
cristãos primitivos chancelava e autenticava o ministério dos apóstolos dos
primórdios.
- Uma Igreja unida – (At 2.44). A primeira comunidade dos salvos era
formada por pessoas que primavam por viver em união. “... era um coração e a alma
da multidão dos que criam...” (At 4.32).
- Uma igreja caritativa – (At 2.44,46). De acordo com o registro de Lucas no
Livro de Atos dos Apóstolos, os cristãos primitivos tinham tudo em comum. De modo
que entre eles não havia necessitado algum (At 4.34), e isto deveria ocorrer nos dias
de hoje.

4.3.1 O CONTEÚDO DAS MENSAGENS


O fervor espiritual que caracterizava os crentes, logo na fundação da Igreja,
era algo sobrenatural que os impulsionava à realização de grande e sublime tarefa
de ganhar almas para o Senhor Jesus Cristo. Seguem abaixo alguns aspetos das
mensagens que pregavam:
1 – Base Bíblica – Os Apóstolos e os demais não pregavam suas idéias e
filosofias; porém baseavam todos os seus testemunhos nas Escrituras Sagradas, e
nos ensinamentos recebido pelo Senhor Jesus Cristo. (At 1.16,20; 2.16,21). A
palavra de Deus gera fé nos corações. (Rm 10.17).
2 – Arrependimento – Eles davam ênfase muito grande ao arrependimento,
como condição para alcançar o perdão (At 3.19). Isto deveria ser uma atitude
individual, como a salvação também o é (Jo 3.3,5; Mt 7.13,14; Ap 22.17).
3 – Batismo nas águas – Era o cumprimento de uma das ordenanças (ver
AS ORDENANÇAS DA IGREJA) de nosso Senhor Jesus Cristo (Mc. 16.15,16). O
Batismo exigia o seguinte:
Condição – deveriam ser pessoas arrependidas e que, de bom grado,
tivessem recebido a Palavra e cresse em Jesus Cristo, como Salvador (At 8.
12,37).
Modo – os candidatos eram batizados em águas, ou seja, batismo feito por
imersão, como ocorreu como Jesus e o Eunuco (Mt 3,16; At 8.38,39).
Idade – o candidato deveria ser adultos para ser batizados (Mc 15.15.16), o
que não era possível a recém-nascidos;
Fórmula – eram batizados “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo
(Mt 28.19). Quando a Bíblia registra que batizavam “em nome de Jesus”, não
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se trava de qualquer contradição a esta fórmula, e, sim, que os discípulos


eram autorizados por Cristo, pois tudo eles faziam em nome de dele (Cl 3.17):
Pregavam - (Lc 24.47); Curavam – (At 3.6,16); Expulsavam demônios – Mt
16.17) e Disciplinavam – (1Co 8.9; 1Ts 3.6), em nome do Filho de Deus.

4 – Ênfase ao nome de Jesus – Os judeus reconheciam o Pai e o Espírito


Santo, mas não o Filho. Ao enfatizarem este nome, visavam o reconhecimento de
Jesus como o Messias, o Redentor (At 2.22,36), e a salvação única e
exclusivamente neste nome (Lc 24.47; At 4.12).
5 – O Batismo com o Espírito Santo – A promessa do batismo, feita por
Jesus (Lc 24.49; At 1.8), havia se concretizado era para todos os crentes em Jesus.
O batismo com o Espírito Santo os havia tornado destemidos (At 2.14) e desejavam
que todos os crentes também fossem.
6 – Santificação – O arrependimento implicava em abandonar a vida
pecaminosa, a fim de produzirem frutos de arrependimento (Mt 3.8), para conduzi-
los a salvação (Hb 12.14).
7 – Temor – (At 2.43). Todos tinham uma vida de temor, ou seja, viviam de
modo a agradar o Senhor em tudo. Temor de Deus é ter medo do pecado Gn 39.9; é
afastar-se do mal (Pv 3.7); e é guardar a Palavra de Deus (Ec 12.13).
8 – Perseverança – (At 2. 42, 46). Eles perseveravam: Na doutrina dos
apóstolos, isto é, mantinham – se nos ensinamentos que tinham recebido de nosso
Senhor Jesus Cristo como fundamento (Ef 2.20,21); Na comunhão uns com os
outros, o que constitui uma condição para Deus abençoar a todos (Sl 133.1-3); No
partir do pão, ou seja, na Ceia do Senhor, uma das ordenanças de Jesus Cristo (ver
AS ORDENANÇAS DA IGREJA), para comemoração de sua vitória sobre a morte
(1Co 11.26); Nas orações, para fortalecimento da comunhão com Deus; e juntos, no
Templo todos os dias, para firmeza da fé e a comunhão de uns para com os outros.
9 – Adoração – Glorificando a Deus como Senhor que Ele é, e nas dos que
recebiam salvação. O ensino da Bíblia Sagrada é: “Em tudo daí graças” (1Ts 5.18).
10 – Testemunho – Repartiam com os outros a s bênçãos recebidas, pois
testificavam – lhes da salvação, conforme o mandamento do Senhor Jesus (Mc. 16.
15,16).

4.3.2 O MÉTODO DE EVANGELIZAÇÃO


● Pregava-se o evangelho nos países onde não era conhecido.
● Deixaram Jerusalém e Antioquia e saíram à Ásia e à Europa, pregando a judeus e
gentios (2Co 8.1; 1Ts 2.14)
● Pregava-se ao Publico em geral.
● Serviam-se da casa de um novo crente, para iniciar uma igreja.
● Usavam uma Sinagoga (At 17.1).
● Com o passar dos tempos escolhiam anciões ou presbíteros, e diáconos, homens
cheios do Espírito Santo para a direção, assim como os ministérios necessários ao
rebanho, para levar acabo a obra de evangelização (1Ts 5.12; At 20.18-35).
O Novo Testamento apresenta a Igreja como a comunidade do Reino de
Deus, a comunidade que reconhece a Jesus como Senhor do universo, por meio da
qual, numa antecipação do fim, o Reino se manifesta concretamente na história.

4.4 A IGREJA DURANTE A HISTÓRIA DO CRISTIANISMO


Durante a História do Cristianismo, a Igreja prosseguiu, na sua missão de
anunciar a salvação. Vejamos resumidamente:
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1 – Era apostólica (até 100 d.C). Durante este período a mensagem do


evangelho foi pregada em todo mundo da época (Cl. 1.6,23), e alcançou todo o
Império Romano, como Israel, Síria, Chipre, Ásia, Ásia Menor, Macedônia, Acaia,
Creta e Itália.
2 – Era pós-apostólica até Constantino (de 100 d.C. até 313 d.C.) Os
Cristãos, representados por alguns missionários, bem como por comerciantes,
soldados e escravos, se dispersaram por todos o Império e outras regiões, e
levaram a mensagem da salvação, não obstante, sofreram oposições dos
imperadores romanos. Assim, algumas regiões da França, Índia, África, Pérsia,
Egito, Arábia e Armênia foram alcançadas.
3 – De Constantino a Lutero (de 313 d.C. até 1.517 d.C.). A mensagem
continuou a ser divulgada pela Igreja, principalmente na Europa. Foram alcançadas
algumas regiões da Romênia, Irlanda, Escócia, Holanda, Dinamarca, Alemanha,
Suíça, Espanha, Suécia, Moravia, Boêmia, Inglaterra, Noruega, Islândia, Rússia e
Groenlândia.
4 – De Lutero ao inicio do século XX (De 1.517 d.C. até 1.900 d.C.). É o
período dos grandes reformadores e missionários que levaram a mensagem da
salvação a Alemanha, Escócia, Holanda, Dinamarca, Alemanha, Suíça, França,
Escócia, Índia, Birmânia, América Latina, Oceania e aos Estados Unidos. Durante
esse período surgiram Igrejas Evangélicas de fé e ordem diferentes.
5 – De 1.900 d.C. até os nossos dias. Milhões de pessoas têm sido
alcançadas pela mensagem do evangelho da salvação, neste período, em muitos
países, entre eles o Brasil. Porem para Igreja cumprir o seu papel de evangelização
mundial falta muito. Apenas ela tem parcialmente evangelizado. Portanto a missão
da Igreja esta incompleta.

4.5 O FUNDAMENTO DA IGREJA


I – Não é Pedro (Mt 16.15-18). O texto bíblico revela o diálogo entre Jesus e
os discípulos, quanto este disseram que certas pessoas o consideravam como
Batista ressurreto, ou Elias, ou Jeremias outro dos antigos profetas (Mt 14.1,2; Lc
9.7,8; Mc 6.14,15). “Então Simão Pedro, respondeu e disse: Tu és o Cristo Filho do
Deus vivo”. Diante desta resposta Jesus disse: “... Pois Eu também te digo que tu és
Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão sobre ela” (Mt 16.18). O próprio Pedro declara que nosso Senhor
Jesus Cristo é a “pedra viva... eleita e preciosa... a pedra que os edificadores
rejeitaram” (1Pe 2.4, 6-7; At 4.11).
II – A Pedra é Cristo. Na resposta de Jesus podemos ver que Ele próprio é a
pedra sobre a qual a Igreja esta assentada (1Co 3.11).
III – A edificação da Igreja. Em Mt 16.18, vemos a promessa da edificação
da Igreja sobre o próprio Cristo. Ele é a Rocha. Somente Ele satisfaz esta condição,
conforme lemos em (1Co 3.11; 10.14; Rm 9.33; Mt 21.42; Mc 12.20; Lc 20.17. Sem
duvida pelo foi um dos lideres da Igreja primitiva, ao lado de Tiago e João (At 12.17;
15.13; Gl 2.9). Não base bíblica para afirmar que a Igreja teria Pedro com rocha
sobre a qual ela seria edificada.
IV – As chaves dadas a Pedro. Em resposta a Pedro, Jesus disse: "Eu te
darei as chaves do Reino dos céus (Mt 16.19). As “chaves dos reinos dos céus” são
melhor entendidas como o poder e a autoridade para transmitir a mensagem do
Evangelho. No dia de Pentecoste Pedro foi usado para abrir a porta do Evangelho
aos judeus (At 2.38-42) e aos gentios, na casa de Cornélio (At 10.34-36).
Desde o momento de sua fundação histórica, no dia de Pentecoste, a
Igreja se preocupou em anunciar, em todo o mundo, a mensagem do Evangelho, a
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fim de alcançá-lo plenamente (Cl 1.6.23). Durante a História do Cristianismo, ela


passou por diversas fases difíceis: houve épocas de muitas provações, que não
abateram a sua visão Evangelística; em diversas ocasiões, embora não houvesse
perseguições tão acirradas, a Igreja continuou no papel de levar as boas novas de
salvação. Nos nossos dias ainda faltam milhões de almas a serem evangelizadas,
não obstante os esforços envidados pela Igreja.

4.5.1 O SACERDÓCIO DE TODOS OS CRENTES


Uma das doutrinas mais importantes, ressaltadas durantes a Reforma
Protestante, foi o sacerdócio de todos os crentes. O conceito de sacerdócio de todos
os crentes certamente está fundamentada nas Escrituras (1 Pe 2.5,9; Ap 1.6; 5.10).
A Igreja, ao contrário do Novo Testamento e no decurso dos séculos, sempre tendeu
a dividir-se em duas categorias gerais: o clero (gr. Klêros, "porção") e o laicato (gr.
Laos, "povo").

4.5.2 AS ORDENANÇAS DA IGREJA


A maioria dos grupos protestantes concorda entre si que Cristo deixou à
Igreja duas observâncias: Batismo nas Águas e a Ceia do Senhor. Estes ritos
históricos da fé cristã são normalmente chamados sacramentos ou ordenanças.
O termo "sacramento" que provém de sacramentum, latim, é mais antigo e
aparentemente de uso mais generalizado que o termo "ordenança". O termo
"ordenança" também se deriva do latim “ordo”, uma ordem. Relacionada ao Batismo
nas Águas e à Santa Ceia, a palavra "ordenança" sugere que essas cerimônias
sagradas foram instruídas por mandamentos, ou ordem de Cristo.
a)O Batismo nas Águas - A ordenança do Batismo nas Águas tem feito parte
da prática cristã desde o início da Igreja. O modelo para o batismo está
referendado em Cristo (Mt 3.13-17) e tem como propósito simbolizar a identificação
do crente com Cristo e a Igreja. Historicamente, são três as formas principais de
batismo: a Imersão, a Afusão e a Aspersão.
1. Imersão é o ato de imergir, mergulhar, fazer penetrar, afundar, banhar.
2. Afusão quer dizer derramamento.
3. Aspersão é o ato de aspergir, respingar, borrifar, orvalhar.
Encontra-se na Bíblia justificação para qualquer um dos três processos?
Se o batismo é uma comemoração da morte, sepultamento e ressurreição de Cristo
(Rm 6:3; Cl 2:12), apenas uma maneira pode representar com fidelidade esses
aspectos da vida de nosso Salvador. A maneira bíblica de batizar foi apenas por
imersão, e confirmam este processo o batismo de Cristo e o da igreja primitiva.
A Bíblia de Jerusalém (tradução católica) traz a seguinte nota para Rm
6.3: “O „banho‟ por imersão na água (sentido etimológico de batizar) sepulta o
pecador na morte de Cristo (Cl 2:12), de onde sai com ele pela ressurreição (Rm
8:22), como nova criatura (2Co 5:17), homem novo (Ef 2:15) ...”
Atos 8:36 e 38 são passagens muito evidentes, na indicação do batismo por
imersão. Se apenas um pouco de água é suficiente no batismo por aspersão, não
haveria necessidade de Filipe e o eunuco procurarem um lugar de água abundante.
No verso 38 lemos: “ambos desceram à água”. Há traduções que trazem –
desceram para dentro da água. Que esta tradução é melhor confirma-se pelo verso
39, que diz “saíram da água”. Para sair da água é necessário primeiro nela entrar.
Algumas igrejas administram o batismo por imersão escudadas nas
seguintes premissas:
1. O verbo batizar no original grego – baptizo, significa imergir, mergulhar,
submergir, como nos confirma a própria história.
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2. A narração dos batismos apresentados no Novo Testamento são evidências


de que as pessoas eram imersas.

b)A Ceia do Senhor - Segundo as instruções dadas por Jesus, os cristãos


participam da Ceia em "memória" d‟Ele (Lc 22.19,20; 1Co 11.24,25). Na Ceia, talvez
possamos sugerir um tríplice sentido de lembrança: passado, presente e futuro. A
Ceia representa comunhão com Deus e a Igreja. Os conceitos da Ceia são:
Transubstanciação e Consubstanciação.
i)Transubstanciação - É a crença católica-romana de que uma vez que um
sacerdote ordenado abençoe o pão da Ceia do Senhor, este é transformado
literalmente na carne de Cristo; e quando ele abençoa o vinho, este é transformado
literalmente no sangue de Cristo. Baseiam-se em textos como: Jo 6:32-58; Mt
9.26:26; Lc 22:17-23; e 1Co 11:24-25.
ii)Consubstanciação - É a crença na presença espiritual de Jesus nas
espécies do pão e do vinho. E significa que Jesus se encontra presente COM a
substância do pão e do vinho sem modificá-las / transformá-las. Na
consubstanciação, o Corpo e o sangue, se juntam ao pão e vinho, porém a
substância do pão permanece, juntamente com sua aparência.
Qual é a crença correta? Bem, uma vez que o próprio Jesus se referiu à
cerimônia da ceia como um memorial, “em memória de mim” (Lc 22.19). Cremos,
portanto, que o mais correto é afirmarmos que os elementos da ceia são símbolos
que apontam para realidades espirituais. O pão nem se transforma em carne nem
tem presente em si o corpo real de Cristo. O pão representa o corpo de Cristo, assim
como o vinho representa o sangue de Cristo. Quando Jesus disse que deveríamos
comer sua carne e beber seu sangue (Jo 6.53), ele próprio disse que suas palavras
eram espírito e vida (Jo 6.63), ou seja, estas palavras deveriam ser entendidas
espiritualmente e não literalmente como os judeus entenderam e se escandalizaram.
Jesus estava dizendo que, assim como o pão é essencialmente para ser comido e
fazer parte da pessoa para que possa sustentá-la, assim também a pessoa deve se
encher da pessoa de Cristo para que possa ter vida. Estudar acerca do pão não
mata a fome de ninguém. A pessoa deve se encher de pão para matar a fome. Da
mesma forma, ter certas informações acerca de Jesus não sacia a fome espiritual de
ninguém. Devemos nos alimentar diariamente de Jesus. Isso é comer sua carne e
beber seu sangue.

4.6 A IGREJA EVANGÉLICA


Igreja Evangélica, segundo o aspecto histórico, é aquela que adota a prática
religiosa da Reforma Protestante, notadamente os chamados Solas (sola significa
doutrina em latim) da Reforma: Sola Scriptura (somente a Bíblia Sagrada), Soli
Deo Gloria (a salvação é de Deus e é realizada por Deus), Solus Christus
(somente Cristo), Sola Gratia et Fide (somente a graça mediante a fé), Sola Gratia
(na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça e, os
quais tem a Bíblia como único livro inspirado divinamente e como regra de fé; e
segundo o conceito analítico, chamam-se evangélicas as igrejas que se originaram
diretamente na Reforma ou se desdobraram dessas e não romperam com os
ensinos bíblicos fundamentais protestantes, quanto à salvação da alma,
reconhecendo, por essa razão, legitimidade desses ensinos.

4.7 A IGREJA E A SOCIEDADE


A Igreja não foi instituída para ser influenciada pelo sistema social e sim para
transformá-lo. “Para que sejam irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus e
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inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual


resplandeceis como astros no mundo” (Fl 2.15).
A Igreja é um organismo espiritual e vivo, e ao mesmo tempo, esta
organizada em um corpo social. Assim sendo, estes dois aspectos da Igreja devem
estar coesos e bem visíveis dentro do prisma da revelação divina. Atualmente, ao
analisarmos essas duas facetas da Igreja, verificamos a existência de grupos que
tendem a se colocar em oposições extremas, desprezando o centro da verdade
revelada na Bíblia Sagrada. Porém, como povo de Deus, devemos nortear nossa
vida pelas Sagradas Escrituras. Somente ela é a nossa única regra de fé e conduta.
Pois esta foi a bandeira de Martinho Lutero que, no século XVI, com a Reforma
Protestante.
Além de fazer parte da sociedade, a Igreja influencia a sociedade, seus
membros são elementos sociáveis, sua estrutura é social, mas, há uma grande
distinção entre Igreja e sociedade. Vivemos neste mundo, mas não pertencemos a
este mundo. É o que apreendemos quando lemos a oração sacerdotal de nosso
Senhor Jesus Cristo (Jo 17.9). Portanto, não podemos contaminar nossas vestes
espirituais com as oferendas apresentadas por Satanás. Temos que mostrar ao
mundo que a Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo tem algo diferente. Pois somos a
luz do mundo (Mt 5.14, 16).
É dever da Igreja: revelar a Deus e Sua vontade a sociedade, sarar as feridas
da sociedade, abençoar a sociedade.

4.8 A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE UMA IGREJA


A estrutura organizacional pode ser dividida em dois grandes grupos: ATOS
CONSTITUTIVOS e ORGANOGRAMA FUNCIONAL.

4.8.1 OS ATOS CONSTITUTIVOS


Uma igreja, para constituir-se, precisa basicamente de três documentos:
1) Ata da Assembléia Constitutiva;
2)Estatuto, onde se determinam a natureza, os fins, as responsabilidades, a
organização, a forma de governo, a competência, a administração e questões afins;
3)Regimento Interno, onde se particularizam as normas da instituição, que não
podem jamais conflitar com o Estatuto. (ver A IGREJA COMO PESSOA JURÍDICA).
Uma coisa precisa ficar bastante clara nos atos constitutivos: como e porque
a igreja foi constituída, bem como a denominação a que pertence, para que haja o
seu reconhecimento segundo os critérios da convenção que abriga a denominação.
Só de posse desses documentos a igreja adquirirá personalidade jurídica e
poderá cumprir perante a lei não só suas funções espirituais, mas suas atividades
jurídicas e sociais, como, por exemplo, a aquisição e alienação de bens.

4.8.2 O ORGANOGRAMA FUNCIONAL


O organograma é o ordenamento funcional da estrutura eclesiástica. Há
pequenas diferenças de uma para outra, dependendo das peculiaridades locais, mas
basicamente as igrejas adotam o seguinte modelo estrutural:
a)Assembléia
Compõe-se dos membros regulares e se constitui no poder máximo de
discussão e decisão, cabendo aos órgãos da igreja cumprir o que for aprovado em
Assembléia sob pena de prevaricação.
Há dois tipos de Assembléia: Ordinária e Extraordinária. A primeira trata dos
assuntos do dia-a-dia. A segunda, dos assuntos que se constituem exceção, como:
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admissão ou exoneração do pastor, aquisição ou alienação de bens, aprovação ou


reforma de Estatuto e aprovação ou reforma de Regimento Interno.
Em ambos os casos o Estatuto prevê o quorum necessário para que suas
decisões sejam legitimas.

b)Diretoria
Compõe-se normalmente de:
a) Presidente;
b) Dois vice-presidentes;
c) Dois secretários e;
d) Dois tesoureiros.
Estes têm a responsabilidade de conduzir a administração. O mandato
costuma ser bienal (o mesmo para os coordenadores de departamentos), a exceção
do presidente, que, por ser simultaneamente o pastor, na tradição assembleiana,
permanece à frente da igreja enquanto bem servir ou até quando deixar o pastorado
por transferência, jubilação ou em virtude de alguma decisão disciplinar. O "bem
servir", aqui, às vezes é letra morta, mas levado em conta o seu verdadeiro sentido
significa o direito de a Igreja decidir pela exoneração de seu pastor nos casos
exaustivamente comprovados em que ele não mais esteja "bem servindo" à Igreja.
Ao presidente cabe:
a) Convocar e dirigir todas as Assembléias, bem como as reuniões da
Diretoria e do Corpo Ministerial;
b) Representar a igreja judicial e extrajudicialmente;
c) Assinar, com o 1º secretário e o 1º tesoureiro, escrituras de compra e
venda, de hipoteca e de alienação de bens imóveis, sempre mediante autorização
prévia e nos termos do Estatuto;
d) Assinar as atas das Assembléias da igreja, depois de aprovadas;
e) Assinar, com o 1º tesoureiro, cheques e outros documentos de crédito em
conta conjunta;
f) Autorizar, com o 1º tesoureiro, todas as contas e gastos, assinando os
recibos e demais documentos da tesouraria, de acordo com as decisões
administrativas;
g) Velar pelo bom desempenho da igreja, observar e fazer cumprir o Estatuto,
o Regimento Interno e as resoluções da Assembléia;
h) Representar, de fato, a igreja perante suas coirmãs e convenções.
Na qualidade de pastor é também de sua responsabilidade a direção dos atos
de cultos e das reuniões solenes, bem como a orientação espiritual e doutrinária dos
membros.

4.8.3 A IGREJA É CONSTITUÍDA DE:


1)Membros da Igreja – No sentido espiritual e universal, membros são todos os que
crêem em nosso Senhor Jesus Cristo e passam a ser membro do corpo invisível da
Igreja. Mas somente depois de passarem pelo Batismo nas Águas, em termos
legais, passam a fazer parte do corpo visível de Cristo, que é a Igreja.

2) Corpo Ministerial - O Governo da Igreja – Como Organização a Igreja é


administrada e regida por um corpo de ministros e oficiais que as Escrituras chamam
de Ministério. Compõe-se dos pastores que servem à igreja, seja na sede, seja nas
congregações, os quais se reúnem sob convocação do presidente para a discussão
prévia dos assuntos que serão levados à ordem do dia para a apreciação da
Assembléia. Dependendo do local pode haver indistinção entre a declaração de
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Pastor e Presbítero. Isto se deve pelo fato do termo presbítero geralmente ser uma
aplicação dada ao pastor com função de supervisão e/ou superintendência. Eles
trabalham juntamente com outros obreiros que ainda não tiveram uma ordenação
formal, na orientação dos destinos espirituais dos cristãos e na administração do
patrimônio da Igreja.
Os ministérios expressos na bíblia corroboram diretamente para o
crescimento e administração da igreja. Eis as funções ministeriais divididas em duas
partes:
a) Ministros – ministérios superiores (Apóstolos, Profetas, Evangelista, Pastores,
Doutores ou Mestres). Existem ainda hoje Apóstolos? Esta pergunta é constante no
seio da cristandade. Com a morte dos Apóstolos, esse título, pelo que parece, foi
imediatamente transferido para os pastores (At 20.28-29; Hb 13.7-8, 17, 24). A
história da Igreja nos mostra que através dos tempos Deus tem levantado
determinados homens que foram verdadeiros apóstolos.
i)Apostolo significa: (Ef 4.11) “embaixador da parte de Deus” e no contexto
da Igreja, “um enviado”.
ii)Profeta significa: (Ef 4.11) “vidente” (1Sm 9.9) “este nome foi usado pela
primeira vez pelo próprio Deus com relação a Abraão e o rei dos filisteus
Abimeleque e Sara (Gn 20.6,7).
iii)Evangelista significa: (Ef 4.11) “Missionário evangelizador”. Sua missão
evangelizar, levar as boas novas de salvação (Mt 10.7,16; 2Tm 4.5). É uma pessoa
dotada de capacidade especial para pregar o evangelho. Alguns usam esse título
apenas em relação aos escritores dos quatro evangelhos. A Bíblia, no entanto, cita
ainda Filipe e Timóteo como evangelistas (At 21:8; 2Tm 4:5). Todos os cristãos
podem e devem anunciar o evangelho. Todavia, a maioria não é capaz de fazer uma
pregação propriamente dita. O evangelista é um pregador, e faz isso com maestria,
habilidade, e poder que lhe são conferidos pelo Espírito Santo especialmente para
esse fim. Evidentemente, nem todo pregador é evangelista. É bom frisarmos
também que o trabalho do evangelista não se restringe à pregação, mas abrange
também o evangelismo pessoal.
iv)Pastores (O Anjo da Igreja) significado: É um termo bastante vasto no
Antigo Testamento (Gn 49.24; Sl 23.1; 8.1; Is 40.11; Jr 31.10, etc.). No Novo
Testamento (Jo 10. 11; Hb 13. 20; 1Pe 2.25; Jo 9.34). Voltando à origem do termo,
um pastor é a pessoa que cuida de um rebanho de ovelhas. O ministério do pastor
na igreja possui as atribuições de: alimentar, cuidar, proteger, defender, conduzir.
Esse é um ministério lindo. Dos cinco ministérios de Efésios 4.11, o pastor é o que
está mais próximo da ovelha, mais comprometido e mais atencioso para com ela.
Vejamos algumas qualidades que um pastor temente a Deus precisa ter:
▪ A força de um boi; ▪ A tenacidade de um cão; ▪ A paciência de um asno; ▪ A
versatilidade de um camaleão; ▪ A visão de uma águia; ▪ A mansidão de um cordeiro;
▪ A lealdade de um Apóstolo; ▪ A fé de um profeta; ▪ O fervor de um evangelista; ▪ A
ternura de um pastor de ovelhas; ▪ A dedicação de um mestre; ▪ A moderação de um
ancião; ▪ O dever de um diácono fiel.
v)Doutores ou Mestres: São aqueles chamados por Deus para o Ministério
do ensino. Mestre significa: (Ef 4.11) “aquele que ensina”. Na igreja todos são
discípulos, mas nem todos são Mestres.

b) Oficiais – ministérios inferiores (locais) - Presbíteros e Diáconos. A Igreja é


descrita nas paginas das Escrituras como sendo a coluna da firmeza e da verdade.
(1Tm 3.15), deste assunto há também uma referencia em (Pv 9.1-2; Ef 2.20-22;).
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i)Presbítero: A separação esta baseada em (1Tm 3.1-7). Essa classe de


oficiais da igreja possui no Novo Testamento pelo menos três títulos: (ancião,
presbítero e bispo) e são citados nas seguintes passagens bíblicas.
▪ Os Anciãos – (At 14.23; 15.2, 6, 22-23; 16.4; 20.17; 2Jo 1)
▪ Os Presbíteros – (1Tm 5.17,19; Tt 1.5; Tg 5.14; 1Pe 5.1; 3Jo 1).
▪ Os Bispos – (At 20.28; Fl 1.1; 1Tm 3.2; Tt 1.7).
Significa velho, ancião. Na primeira viagem missionária, Paulo e Barnabé, na ida
fizeram trabalho evangelístico e público; no retorno, em cada cidade por onde
passaram reuniram os convertidos organizaram igreja se ordenaram presbíteros (At
14:21‐23). Deveriam ser homens de certa idade, firmes na fé, inabaláveis no amor e
constantes na obra do Senhor. Eles foram eleitos pela igreja para desempenhar
funções pastorais na palavra (em algumas igrejas são chamados de “Ministros da
Palavra”), nos batismos, na celebração das ceias, etc. Os presbíteros recrutados
entre os convertidos das igrejas deveriam ser homens de negócios e de trabalho.
Alguns se dedicaram grandemente ao trabalho do Senhor e passaram a dar tempo
integral ao ministério e o apóstolo Paulo mandou dar a esses homens, salários
dobrados (1Tm 5:17). Sua responsabilidade e autoridade para supervisionar não iam
além do rebanho local. Não há nenhuma base bíblica para presbíteros de um local
supervisionarem uma igreja em outro local. É também interessante e importante
observar que as passagens que falam de bispos, presbíteros ou pastores nunca
falam de apenas um servindo numa congregação. O modelo do Novo Testamento é
ter uma pluralidade de bispos numa igreja local (Fp 11). Deus não autorizou nenhum
homem a supervisionar sozinho uma igreja local.
ii)Diácono: Outro ministério que figura no Novo Testamento é o dos
diáconos. Sua separação esta baseada em (1Tm 3.8-10). Sua primeira menção se
encontra em Atos dos Apóstolos, no capítulo 6, quando, devido às murmurações dos
cristãos helenistas foram escolhidos sete homens para a direção do trabalho social
da igreja de Jerusalém. Os diáconos foram instituídos com os seguintes objetivos:
(a) Deixar desembaraçados os ministros para se dedicarem à oração e
ao estudo e ensino da palavra de Deus;
(b) Promover a paz na igreja ao preencher uma carência que estava
gerando conflitos;
(c) Promover o bem estar dos crentes que seriam beneficiados com o
seu serviço;
(d) Reforçar a liderança da Igreja.
Suas qualificações são encontradas em 1Tm 3.8-12: "Quanto a diáconos, é
necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho,
não cobiçosos de sórdida ganância, conservando o mistério da fé com a consciência
limpa. Também sejam estes primeiramente experimentados; e, caso se mostrarem
irrepreensíveis, exerçam o diaconato... O diácono seja marido de uma só mulher e
governe bem seus filhos e a própria casa."

3)Conselho Fiscal - Compõe-se normalmente de três membros, com a


responsabilidade de auditar as contas da igreja e emitir parecer sobre o balancete a
ser apreciado em Assembléia.

4)Departamentos:
Departamento de Administração: Como o próprio nome indica, esse
departamento cuida das questões administrativas e responde pelas seguintes áreas:
Serviços Gerais, Diaconia, Obras, Compras e Almoxarifado, Patrimônio,
Transportes, Segurança e Finanças.
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Departamento de Evangelização e Missões: Estas são basicamente as


suas áreas de atuação: Cruzadas Evangelísticas, Evangelismo Explosivo, Hospitais
e Presídios, Casas de Recuperação, Grupos Alternativos, Missões Nacionais e
Missões Transculturais.
Departamento de Educação Cristã: Estão sob sua responsabilidade as
seguintes áreas: Escola Bíblica Dominical, Integração e Discipulado, Cursos
Teológicos e Seminários de Formação e Reciclagem.
Departamento de Assistência Social: Compreende basicamente as
seguintes tarefas: Atendimento Ambulatorial, Farmácia, Caixa Funerária, Cestas
Básicas e Campanhas Sociais.
Departamento de Música: Cuida dos Grupos Musicais, Equipe de Louvor e
Formação de Músicos e Adoradores.
Departamento de Comunicação: Resultam na captação, organização e
divulgação de informações e notícias concernentes ao meio evangélico,
primordialmente ligados a Igreja local.
Departamento de Núcleos de Crescimento: Esta é outra área importante de
sustentação do crescimento da igreja. Aqui estão os núcleos (ou grupos familiares),
que dispõem de uma estrutura própria para o seu desenvolvimento assim
estabelecido: coordenador geral, supervisores de áreas, dirigentes, vice-dirigentes e
secretários de núcleos.
Departamento de Apoio Espiritual: O Departamento de Apoio Espiritual é
de vital importância para a vida da igreja. Estão sob sua coordenação as seguintes
áreas: Movimento de Oração, Visitação Doméstica, Apoio Pastoral e
Aconselhamento.
Capelania: Visa a assistência às pessoas de mobilidade restrita ou por
enfermidade (hospitais) ou por prisão (penitenciária).

5 A IGREJA COMO PESSOA JURÍDICA


Para que uma Instituição religiosa possa existir é necessário
fundamentalmente um ESTATUTO registrado nos órgãos competentes do Estado,
constitutivo do grupo, pois nele constará o conjunto de normas que estabelecem a
estrutura e a organização da sociedade ou do grupo.
O Novo Código Civil Brasileiro, em seus Artigos 44 – 60, estabelece que
“nenhuma sociedade pode existir ou funcionar no território nacional sem ser
juridicamente constituída”, prescreve as condições para a constituição jurídica de
qualquer sociedade privada de natureza religiosa ou cultural, etc.
Quando uma igreja se torna pessoa jurídica, pelo registro do seu Estatuto,
adquire uma conceituação mais concreta, denominada Pessoa Jurídica, sem
nenhum prejuízo para os fins espirituais.
Uma igreja sem estatuto é como uma igreja fantasma, não existe
juridicamente e está sujeita a muitos perigos. Uma das conseqüências mais graves
da inexistência de estatuto é o conceito que os próprios membros farão da sua
própria igreja. Uma igreja sem Estatuto registrado não pode ser representada
juridicamente, não pode ser proprietária de nada, nem reclamar quaisquer direito em
Juízo, ficará sempre na dependência de outras entidades para representá-la.
Existe uma idéia errônea de que a igreja se não for registrada fica isenta INSS,
estará a salvo de fiscalização. A falta de inscrição não isenta a igreja das obrigações
sociais.
Um estatuto bem elaborado é uma segurança para igreja. Sem estatuto, a
igreja corre o perigo de desvios doutrinários, patrimoniais e fica sujeita a lideranças
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mal informadas ou mal intencionadas. O estatuto é a primeira coisa que uma igreja
deve elaborar, aprovar e registrar. Só assim, passa existir como pessoa Jurídica.

5.1 FORMAÇÃO LEGAL DO ESTATUTO


A seguir relacionaremos algumas denominações legais usuais na formação
do Estatuto de uma Empresa ou Igreja:
● CONSTITUIÇÃO DA ASSOCIAÇÃO – sem fins lucrativos.
● NOME – da instituição com a finalidade de defini-la.
● SEDE E FORO – onde terá sua atividade em caráter principal e onde serão
exercidos os seus direitos.
● FINALIDADES – caracterizando as razões de sua existência, o que irá
fazer, o que pretende, até que ponto terá penetração na vida social.
● DURAÇÃO – desde os prazos ilimitados aos determinados.
● MEMBROS – suas finalidade, direitos, deveres, condições para admissão,
motivos para disciplina e exclusão.
● DIRETORIA – o órgão que vai gerir os negócios e interesses do grupo, ou o
que representará.
● ASSEMBLÉIAS GERAIS – poderão ser ordinárias (aquelas realizadas em
datas fixadas no estatuto) ou as extraordinárias (em datas diversas). Modo de
convocação, competência e meios.
● QUORUM – numero de membros necessariamente presentes nas sessões
para deliberar.
● ELEIÇÕES – processo, período, duração dos mandatos e maioria exigida
para a eleição.
● PATRIMONIO – a fonte de recursos para sua manutenção.
● MODIFICAÇÕES ESTATUTARIAS – regras para evitarem modificações
constantes – exigências de dois terços.
● DISPOSIÇÕES GERAIS – o que foi explicado anteriormente.
Percebe – se que o estatuto é de natureza constitutiva, estática, sem se deter
em estudos minuciosos. No momento em que os participantes de
determinado grupo se reúnem para deliberar, suas normas de trabalho
estarão estabelecidas Regimento Interno.

5.2 COMPLEMENTO LEGAL DO ESTATUTO


O que deve constar no estatuto, para facilitar as atividades da igreja:
● Administração.
● Responsabilidade.
● Declaração formal de que a igreja não visa lucros.
● Declaração da origem e aplicação dos bens, e prestação de contas.
● Destino da sociedade em caso de cisão.
● Definição genérica das atribuições da diretoria.
● Previsão de um Regimento Interno.
● Declaração do que cabe ao pastor a Presidência da Igreja.
● Quorum para as decisões vitais, como compra e venda de imóveis, eleição
e demissão do pastor ou membros da diretoria e reforma do estatuto.
O que não deve constar no estatuto pode fazer parte do regimento interno,
que não precisa ser registrado, mas que terá valor jurídico se for previsto no estatuto
e aprovado pela igreja, constando das atas.

5.3 REGIMENTO INTERNO.


O que deve constar no Regimento Interno.
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● Particularidades sobre o culto.


● Organização interna da igreja.
● Métodos de trabalho, inclusive de contribuição.
● Afirmações de caráter doutrinário.
● Especificações sobre o uso de propriedades, inclusive do tempo sede.
● Especificações sobre entidades filiadas a igreja (estas se necessário poderá
reger-se por estatuto próprio).
● Especificação sobre o modo de exclusão e recebimento de membros.

5.4 COMPONENTES DA ADMINISTRAÇÃO DA IGREJA


A Igreja é composta de Sede e Congregações, que tomarão o nome do lugar
onde se encontrarem, com exceção a congregação em que funcionar a Sede da
Igreja que dominar-se “Sede”.
O Órgão dirigente da Igreja composta de:
● Diretoria.
● Assembléia Geral.

A diretoria será composta de:


 Presidente;
 Primeiro e Segundo Vice Presidente;
 Primeiro, Segundo e Terceiro Secretários;
 Primeiro e Segundo Tesoureiros.

5.5 A DIVISÃO ADMINISTRATIVA DA IGREJA


A Igreja é administrativamente dividida em:
A) Secretaria
a) Instalação da Secretaria:
- Atribuição do Secretário (Diretoria);
- Competência do Secretário;
- Documentos que fazem parte de uma Secretaria:
▪ Rol de Membros da Igreja; (Fichário ou Sistema computadorizado)
▪ O Livro de Atas (ver Aspectos do Livro de Atas);
▪ O Livro de Presença;
▪ O Livro de Registro de Matrimônios;
▪ O Livro de Registro de Aniversariantes;
▪ O Livro de Registro de Nascimentos;
▪ O Cartão de Membros;
▪ Formulários Diversos;
▪ Correspondências Expedidas;
▪ Correspondências Recebidas;
▪ Arquivos e seu sistema. etc.
I – Sistema Alfabético;
II – Método Nominal;
III- Método Dicionário; e,
V – Outros métodos (o que se adaptar melhor).

Aspectos do Livro de Atas:


Formação das atas e seu registro - É nas Atas que se farão os registros de
todas as ocorrências verificadas durante as reuniões, e, por terem valor legal, devem
ser redigidas em livros próprios e jamais em folhas avulsas. Os registros são para o
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futuro, a base das jurisprudências, ou seja, das decisões adotadas pela presidência
ou pelo grupo, em grau de recursos, mas somente nos casos em que os Estatutos e
o Regimento Interno sejam lacunosos ou omissos. As Atas nestes casos servem
como suplemento dos Estatutos ou Regimento Interno.
 O Livro de Atas deve ser registrado no Cartório de Registro de Pessoas
Jurídicas;
 Suas folhas devem ser numeradas e rubricadas;
 Deve conter o Termo de Abertura e o Termo de Encerramento;
 O livro de atas deve ser do tamanho 22X33cm, sendo os textos
manuscritos (hoje pode ser digitado);
 Nos cultos, faz-se somente um rascunho dos acontecimentos para
depois consigná-las no Livro de Atas.
a) Termo de abertura - O livro de Atas deve conter 50 ou 100 fls. (ou mais),
tipograficamente numeradas e constar neste parêntese a rubrica de uso do Primeiro
Secretário, as quais servirão para o registro das atas de sessões ordinárias (ou
extraordinárias) da Igreja Evangélica..., tomando este o número 01 (etc.) - Local e
data - Assinatura e carimbo da igreja.
b) Termo de encerramento - (ultima pagina).
Repetir o mesmo na abertura alterando, somente a expressão “servirão” para
“serviram”.
c) Devem as atas conter o seguinte roteiro:
1) Cabeçalho;
2) Corpo;
3) E o fecho (encerramento).
d) Das Atas constarão necessariamente
 A natureza da reunião.
 A hora, dia, mês, ano e local da sua realização.
 O nome de quem a presidiu.
 Os membros presentes e ausentes, com justificativas. (em assembléia
Geral não)
 O expediente recebido e remetido.
 A síntese das resoluções tomadas.
 O resultado das votações.
 Se solicitado declaração de votos.
 Qualquer outro fato tratado na reunião.

B) Tesouraria
Como componente irrestrito da administração eclesiástica está o
gerenciamento financeiro dos recursos adquiridos pela igreja por intermédio do
depósito de ofertas e devolução de dízimos. Estes recursos precisam de uso
racional para atender às necessidades da igreja local, vislumbrando sempre a
multiforme participação da igreja: ação social, obra missionária, recuperação de
pessoas sob ação de vícios, construção e reforma de templo.
Crie um Plano. Chega a ser assustador, mas poucas Igrejas têm um plano
contábil/financeiro (plano diretor) pelo qual possam acompanhar seu desempenho e
medir seu progresso.
São raros os pastores, tesoureiros e administradores, que tenham elaborado
um plano para a Igreja, com objetivos a serem alcançados no curto, médio e longo
prazos. Com preparo inadequado, obtemos resultados inadequados.
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Jesus tinha um plano e o seguiu fielmente. Essa foi a razão maior de seu
sucesso. Sabia para onde ia e permanecia naquela direção. Mas, como saber
gerenciar sem o relato de dados coletados em relatórios contábeis/financeiros?
Sem isso, você não tem para onde ir, não tem alvo para onde canalizar suas
energias. Sem um plano contábil/financeiro, você agirá apenas em face das
circunstâncias. Se dermos o enfoque celestial ao preparo de Jesus, veremos que
não teve princípio, foi sempre eterno.
Mas, num enfoque temporal, Jesus preparou-se durante 30 anos, antes de
dar início à execução de seu trabalho. Para assegurar a máxima eficácia e a
completa realização de nossos planos, temos de nos preparar primeiramente.
E foi pela compreensão do Antigo Testamento que Jesus baseou muito de
sua abordagem para executar Seu plano. Ele tinha uma base de conhecimento na
qual fundamentava suas ações, e Ele as executou brilhantemente.
E, para sermos bem sucedidos em nossa administração, devemos fazer o
mesmo. Quer você como pastor, tesoureiro ou administrador da Igreja, nada, mas
nada mesmo, substitui o preparo.
Dê-lhe atenção e tempo necessários. Jesus assim o fez. Seu espantoso
sucesso é um testemunho da importância do preparo. Quando da multiplicação dos
pães, Jesus mandou contar a multidão, o que nada mais é que usar aspectos
contábeis para a tomada de decisão.
O que Jesus nos ensina, e nos inspira, vai além das regras de como proceder
na administração contábil/financeira da Igreja, ensina-nos a conduzir nossa vida
desde que aceitemos as palavras encontradas na Bíblia.
A chave da administração contábil/financeira da Igreja está em saber que o
tempo gasto na administração, significa administração de nós mesmos.

C) Departamento de Missões

D) Departamento Musical

E) Departamentos da Mocidade, dos Adolescentes e das crianças

F) Departamento do Circulo de Oração

G) Departamento da Escola Dominical, e etc., podendo ser acrescentado ou


diminuído.

6 AS PRERROGATIVAS DA IGREJA
As prerrogativas da Igreja são:
1 – Poder de ligar e desligar. “... e tudo que ligares na terra será ligado nos
céus e tudo que desligares na terra será desligado no céu” (Mt 16.19). Trata – se de
autoridade dada por Cristo a Igreja. Esse poder não é absoluto, somente pode ser
utilizado nos limites da Palavra de Deus.
2 – Autoridade para reconciliar. Há quatro passos importantes para
reconciliação entre irmão que são:
a) O ofendido deve procurar o irmão (Mt 18.15);
b) Leva ainda contigo uns outros dois (Mt 18.16);
c) Se não a escutar, dize-o a Igreja (Mt 18.17);
d) E se também não escutar a igreja, considera-o como gentio e publicano (Mt
18.17).
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3 – Autoridade da concordância.
a) “Se dois de vós concordarem na terra”. (Mt 18.19,29);
b) “a cerca de qualquer coisa” (Jo 15.7) É importante lembrar que Deus nos atende
se pedirmos algo de acordo com sua vontade (1Jo 5.14);
c) “Isto será feito por meu Pai que esta nos céus”. Deus atende o crente que lhe
pede algo em nome de Jesus seu Filho (Jo 14.13). d) “Dois ou três” (Mt 18.20).

7 IGREJA E SEU SISTEMA DISCIPLINAR


São passiveis de disciplina os membros que infringirem a doutrina e
costumes, preceituados pela Palavra de Deus e essa disciplina deverá ser dosada
conforme as penalidades abaixo:
São penas disciplinares:
I. Advertência (2Ts 3.14-15; Tt 3.10 e 1Ts 5.14)
II. Repreensão (Mt 18.15-17; 2Tm 3.16; 2Tm 4.2 e Tt 1.13)
III. Suspensão por prazo determinado e
IV. Desligamento do rol de membros (Mt 16.19; 18.19,20).

7.1 Disciplina na Igreja – A disciplina é uma benção e uma necessidade na Igreja


(At 5.1-11; 2Ts 3.6-14; Rm 16.17-18; 1Co 5). Jesus falou sobre a disciplina (Mt
18.15-17). Deus é um Deus de ordem. Como um pai disciplina seus filhos na família
(Hb 12. 5-11), assim deve haver disciplina na Igreja. Apesar de a Igreja não ter
condições de obrigar a consciência do membro, ela tem de julgar sobre a
observação dos ensinos bíblicos e cristãos por parte dos que a ela pertencem.
a) Propósito da disciplina – Não se deve considerar a disciplina com caráter
negativo, castigo por parte da Igreja. A disciplina tem caráter positivo:
- Corrigir uma má situação (2Co 7.9).
- Restaurar o caído (Gl 6.1; Mt 6.14-15).
- Manter o bom testemunho da Igreja (1Tm 3.7; 2Tm 1.11).
- Advertir os demais membros para que não se descuidem (1Co 5.6-7).
- Apelar à consciência do ofensor para que pense sobre sua conduta.
b) Motivos para disciplina.
- Conduta desordenada ou desaprovada pela Igreja (2Ts 3.11-15).
- Imoralidade (1Co 5)
- Contenciosidade – espírito divisionista – (Rm 16.17-18; 2Co 13-1; 1Tm 3.15-20).
- Propagação de falsas doutrinas (Tt 3.10-11).
- Filiação a organizações ou Igrejas incompatíveis com o cristianismo.
- outros.
c) Categorias de ofensas.
- Particulares;
- Públicas.
d) Método ou procedimento na disciplina (Jesus ensinou Mt 18.15-18).
- Na medida do possível, deve-se tratar o problema entre as pessoas afetadas.
- Duas ou três testemunhas.
- Não se arrependendo o ofensor, ou se o caso, tomar proporções e chegar ao
conhecimento de muitos, deve ser levado à Igreja.
- Caso se recuse humildemente a reconhecer sua falta, e a pedir perdão, deve o
ofensor ser suspenso do rol de membros (Mt 18. 18; 2Ts 3.14; 1Co 5.11).
Arrependendo-se, que seja perdoado, se a falta não for tal que exija suspensão
imediata do rol de membros.
- Se o caso for de flagrante escândalo para a Igreja, ao ser comprovado, deve ser
imediatamente suspenso do rol de membros, tudo porem com justiça.
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e) Como tratar a pessoa sob disciplina.


- Não tratá-lo como inimigo (2Ts 3.15).
- Em vez disso, devemos ganhá-lo de novo (Tg 5.19-20).
- Esta é uma tarefa para pessoas espirituais (Gl 6.1).
- O disciplinado poderá ser posteriormente restaurado, desde que se revele
realmente arrependido.
f) Casos especiais de disciplina aplicada por muitos.
Casos de perdão para pessoas que exercem cargos na Igreja ou liderança.
- É preciso limitar os direitos destas pessoas, para dar tempo a que o publico e a
Igreja vejam o arrependimento e restabeleçam a confiança de antes. Ex. regente de
coral ao se arrepender deve voltar logo à função?
- É necessário um tempo de prova, no qual a pessoa tem de demonstrar o
arrependimento. Há Igrejas que dão logo a reconciliação, mas suspendem da Santa
Ceia do Senhor por determinado tempo.
- É preciso estar seguro da medida tomada e também nunca se deve facilitar tanto a
ponto de se pensar que o pecado é coisa tão simples que a Igreja nem sequer se
incomoda.
g) Casos de defesa extra-bíblica.
- Advogado.
- Justiça comum.
h) Publicidade na disciplina.
- Não deve ser aplicado em secreto.
- Toda a Igreja deve decidir.
- Sendo publico, o culpado sentirá melhor a desaprovação da sua conduta.
- Ao voltar, tudo deve ficar sanado; ninguém tem o direito de trazer à memória os
fatos perdoados.
i) Atitude do pastor frente ao procedimento de disciplina do membro:
- Deve ministrá-la com espírito de humildade e de amor (Gl 6.1)
- A disciplina não é um castigo, ela visa redimir e restaurar o membro.
- Tudo o que tem espírito de represália ou revanche é carnal e dificulta a submissão
da pessoa.
- O bom pastor dá a vida... e deve estar ansioso pela volta da ovelha que se perdeu,
mesmo que seja em outra igreja.
- A disciplina deve ser aplicada imparcialmente.
- A disciplina nunca deve se transformar em arma nas mãos do pastor ou do
dirigente, como meio de impor a sua própria vontade: Nada há mais reprovável que
amedrontar membros com disciplina para colocá-los na linha. Além do mais, pastor
não é ditador. É, sim, um guia e exemplo do redil (1Pe 5.1-3)

8 O RECEBIMENTO DE NOVOS MEMBROS


O crescimento da igreja é um alvo a ser constantemente buscado. Ele se dá
em três direções:
1) Crescimento vertical (para com Deus);
2) Crescimento horizontal (uns para com os outros), e;
3) Crescimento quantitativo (a inclusão de novos membros).
Os dois primeiros podem ser denominados de crescimento qualitativo. Eles
representam os três primeiros objetivos da Declaração de Propósitos de Rick
Warren: celebrar a Deus, ministrar ao próximo e ensinar a obediência. O
crescimento quantitativo corresponde aos dois últimos objetivos da mesma
declaração: batizar e fazer discípulos. Uma igreja que cresce em qualidade o
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resultado será o crescimento quantitativo. Uma coisa chama a outra. Assim, há três
maneiras de se receberem novos membros na igreja:
a) Pelo batismo - Os que se convertem devem ser preparados e levados ao
batismo depois de assinarem a Declaração de Propósitos da igreja, tomando assim
conhecimento de seus deveres e privilégios como membros do Corpo de Cristo.
b) Por carta de transferência - Aqui se refere àqueles que vêm com carta de
transferência de outras igrejas. É conveniente que essas pessoas conheçam
primeiro a Igreja para a qual estão se transferindo, leiam e assinem a Declaração de
Propósitos para então se tornarem membros.
c) Recebimento de desviados - Neste caso, há duas considerações a fazer: se ele
foi membro da mesma igreja e agora está de retorno, precisa renovar seus
compromissos para ser recebido e dar claro testemunho de sua decisão. Mas se sua
origem é diferente, é recomendável informar a sua nova condição à igreja de onde
se desviou para que então possa ser livremente recebido após assinar a Declaração
de Propósitos.

9 FUNÇÕES ESSENCIAIS DA ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA


A Administração Secular tem como base administrativa, três grandes ramos
que são:
▪Gerencia de Pessoal – que cuida das pessoas que se compõe a firma,
preocupando com a situação disciplinar, integração, o treinamento, a produtividade,
a administração, a demissão, as férias, a substituição, etc. de pessoal.
▪Gerencia Financeira – Analisa a receita e programa as despesas.
▪Organização de Métodos – estuda e pesquisa a maneira da empresa
operar, estabelecendo a seqüência mais lógica e o tempo preciso para realização de
um trabalho. Isso acima mencionado é empregado a uma empresa secular; porém
para uma Igreja (uma organização cristã) é necessário acrescentar mais um item:
(obedecer à direção do Espírito Santo de Deus).
Como já afirmamos anteriormente, Administração é o "processo de planejar,
organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros da organização, e de usar
todos os recursos disponíveis da organização para alcançar os objetivos definidos”.
Veremos agora, quatro aspectos do processo da administração secular e que são
também importantes na vida da igreja:
9.1 Planejar: Preparar-se para o futuro, com necessária antecedência através
de um programa de ação. É predeterminar um curso de ação. O próprio Senhor
Jesus Cristo que é melhor construir sobre uma rocha que sobre a areia (Mt 7.24-27).
Significa estabelecer os objetivos da igreja, especificando a forma como eles serão
alcançados. Parte de uma sondagem do presente, passado e futuro, desenvolvendo
um plano de ações para atingir os objetivos traçados. É a primeira das funções, já
que servirá de base diretora à operacionalização das outras funções. Ao fazer o
planejamento perguntamos: o que queremos, quais são os nossos objetivos, qual
nossa missão; que recursos dispomos e quais deveremos buscar; quem nos irá
ajudar nesta tarefa, etc.
i. Conheça o seu grupo – não podemos realizar qualquer atividade se não
reconhecermos primeiramente o que dispomos para a execução. É importante
sabermos quanto membros temos, conhecermos a ocupação dos mesmos,
qual a formação profissional e eclesiástica, se houver. Verifique as
habilidades e talentos nato de sua equipe, e qual a perspectiva que eles têm
para a edificação da obra de Deus neste lugar. Tudo isto fará com que você
evite colocar como porteiro da congregação alguém que trabalha como vigia
noturno, ou como líder do louvor alguém que é tímido e desafinado. Poderá
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ainda evitar que um gago seja o leitor oficial de um culto de domingo. Por
isso, não se pode planejar sem conhecer primeiro o grupo de está diante de
sua vista.
ii. Distinga as qualidades fortes e fracas – nem todos são iguais. Isto é
notório no cotidiano de qualquer pessoa. Paulo destaca isto muito bem ao
relatar a igreja como um corpo humano que é composto por diversos
membros diferentes com funcionalidades diferentes (1Co 12.27; Ef 5.23).
Dessa forma, não há nenhum membro do corpo que segure objetos tão bem
quanto faz a mão, ou que nos possibilite andar com elegância como faz os
pés. Por isso, busque descobrir quais as qualidades mais hábeis para dos
seus liderados e então explore-as, pois terás um avanço significativo do grupo
que está diante de você. Já as habilidades fracas devem ser tratadas para
serem ou transformadas em potencialidade ou substituídas por outras ações
que garantam a eficácia do grupo.
iii. Estabeleça os objetivos – os objetivos permitem-nos orientar nossas ações
dentro de um grupo. Tenha foco, pense com clareza naquilo que quer
alcançar ou realizar; caso esteja trabalhando em equipe, apresente a todas
suas idéias estando sempre aberto para receber comentários, críticas e as
sugestões. Documente a sua idéia, pois você não possui um HD em sua
cabeça. Transfira os seus sonhos e suas idéias da cabeça para o papel.
Escreva-as de forma simples e completa. Transforme suas idéias em
números, estabeleça parâmetros e números de referência ou ainda índices e
percentuais. Não se esqueça de estabelecer prazo para o alcance desses
objetivos. É importante que durante e após o estabelecimento dos objetivos
seja feito os devidos ajustes para alinhar-se continuamente ao seu alvo.
Defina as etapas, e tenha claro todos os passos que você deve dar para, no
final, alcançar a concretização do seu alvo. As etapas nada mais são do que
metas intermediárias sem as quais o alcance dos objetivos será quase
impossível.
iv. Liste as suas estratégias - As estratégias são aplicadas, quando
encontradas situações não ideais ou que indiquem inviabilidades. As
estratégias permitem que o objetivo seja alcançado por meios distintos.
v. Lembre-se de “repartir o pão” – Jesus, sendo Deus e humano aqui na terra,
escolheu doze homens, aos quais chamou apóstolo, para auxiliarem no seu
ministério aqui na terra. Vemos em João 4 quando Jesus e seus discípulos
chegaram ao poço de Jacó, foram os discípulos buscar alimento enquanto o
Mestre repousava um pouco. Na entrada triunfal em Jerusalém os discípulos
buscam o jumentinho para que Jesus entrasse montado nele. Não existe um
líder, sob a ótica humana, capaz de resolver tudo sozinho! É preciso “repartir
o pão” ou se preferir as obrigações. Distribuía ações entre seus líderes para
que todos cooperem com a obra de Deus e não fiques sobrecarregado.

9.2 Organizar: É a forma de coordenar todos os recursos da igreja, sejam


humanos, financeiros ou materiais, alocando-os da melhor forma segundo o
planejamento estabelecido. Uma casa desorganizada jamais subsistirá nas mãos de
um administrador (Lc 15.8). É reunir meios e recursos materiais e humanos,
distribuídos racionalmente de tal forma harmonizados que possam funcionar como
um todo. É comandar e determinar as providências, a fim de que toda a organização
funcione de acordo com o planejado.
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9.3 Dirigir ou liderar: Forme líderes que administrem a igreja. Guardada as


devidas proporções, é como um jogo de futebol, que em cada jogo (obstáculo) tenha
que ser vencido para que se ganhe o campeonato (planejamento). Motivar e
incentivar a equipe. Delegue autoridade e responsabilidade e cobre resultados.
Elogie, premie, e comemore. Lidere a equipe motivada e satisfeita para que o time
alcance os objetivos. O trabalho em equipe é que leva a igreja a ter sucesso, pois
acabou a era do “eu sozinho”. Na administração participativa as equipes envolvidas
nos processos eleitos para se atingir os objetivos do planejamento buscam juntas as
soluções.

9.4 Controle ou Coordenação: O que não é medido é difícil de ser avaliado.


O que não é cobrado não é feito. Controlar ou coordenar é manter o organismo em
funcionamento homogêneo e integrado em suas diversas atividades. É proporcionar
o desenvolvimento de cada órgão, procurando manter o equilíbrio do sistema
operacional. Dessa forma, evitar-se-ão atritos, perda de tempo e complicações
indesejáveis. Esta atividade é que nos permite dirigir e corrigir os trabalhos que não
estão sendo feitos dentro do nosso planejamento. É avaliar e regular o trabalho em
andamento e acabado, estabelecendo os critérios pelos quais se avalizarão os
métodos e os resultados. Com o controle, o líder pode premiar as equipes que
atingirem os objetivos.

10 QUALIDADES NO EXERCÍCIO DA ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA


Todos nós temos alguma capacidade de liderança e exercemos algum tipo de
influência. Mas nem todos têm perfil para o exercício da liderança formal. Em se
tratando da liderança eclesiástica, aí o funil se torna mais estreito. Em primeiro lugar,
descobre-se em Efésios 4.11-16 que Deus é quem estabelece a liderança
eclesiástica – não o homem. Em segundo lugar, as qualificações de 1Tm 3.1-7 para
os líderes exigem um elevado padrão de excelência. A sua forma de conduta tem de
estar acima da média. Tudo o que os bons livros de liderança propõem para os bons
líderes encontra-se na Bíblia. Eles apenas traduzem em linguagem contemporânea
aquilo que já está descrito na Palavra de Deus. Vejamos algumas qualificações da
liderança eclesiástica:
1) Convicção – É preciso acreditar naquilo que prega.
2) Caráter – (Diferença entre temperamento, caráter e reputação).
3) Poder de agregação – Em sentido figurado, o líder é um “vendedor” de idéias.
4) Poder de articulação – Uma idéia só terá funcionalidade se o grupo estiver
articulado para esse fim.
5) Clareza de propósitos – “De onde eu vim, o que eu estou fazendo aqui e para
onde eu vou”.
6) Visão da coletividade – Em outras palavras, conhecer os seus liderados.
7) Capacidade de ser igual – O líder não está acima, ele é um com os demais. A
única coisa que o distingue é o fato de ser um ponto de aglutinação. Ele não faz
todas as tarefas sozinho.
8) Capacidade de ser imitado – Ele é um exemplo para os que o cercam.
9) Capacidade estratégica – As estratégias são vitais para o exercício da liderança.
10) Capacidade de ouvir – Quem pouco ouve, muito erra.
11) Capacidade de dialogar – O diálogo esclarece e unifica a linguagem.
12) Capacidade de decidir – Há tempo para todas as coisas, inclusive para decidir.
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11 A MÁ ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA
11.1 CAUSAS DE UMA MÁ ADMINISTRAÇÃO
Está diretamente relacionada com o seu líder. Dentre muitas causas
existentes, apontaremos apenas duas:

11.1.1 Líder exclusivista – "Por que te assentas só?" (v 14)


A pergunta feita pelo sogro de Moisés é óbvia:
a) Moisés andava tão ocupado que não tinha tempo nem para a sua família que
deixara aos cuidados do sogro (Ex 18.1-7);
b) No meio de uma congregação de milhares de homens capacitados, Moisés
assentou-se só para resolver todas as questões. (Ex 18.14);
c) Filas enormes (como as que temos visto nas repartições públicas), e o povo sem
atendimento. (Ex 18.13)
Moisés era exclusivista. Achava ser o único que Deus podia usar. Era o único
capaz.

11.1.2 Líder centralizador – "É porque este povo vem a mim para consultar a
Deus". (v 15)
Moisés era o culpado desta grande desordem e ineficiência no atendimento
às pessoas, pois centralizou todas as causas, grandes e pequenas, em torno de si.
"É porque este povo vem a mim." O povo não tinha outra alternativa.

11.2 EVIDÊNCIAS DE UMA MÁ ADMINISTRAÇÃO


Muitas vezes criticamos o Governo pela má administração do país. Cobramos
das repartições públicas, maior agilidade no atendimento. No entanto, nos
esquecemos de melhorar nossa própria administração dentro das igrejas.
Jetro pôde detectar a causa básica do problema na forma como Moisés conduzia a
congregação:

11.2.1. Morosidade – "O povo estava em pé diante de Moisés desde a manhã


até à tarde." (v 13)
Por vezes temos tecido comentários a respeito deste ou daquele líder de
igreja ou congregação dizendo: "É um obreiro muito esforçado. Veja como trabalha,
não tem tempo nem para a sua família. Ele é um líder muito envolvido com a obra.
Que dedicação." Mas a boa administração nos ensina que trabalhando menos,
podemos produzir mais.
Apesar de Moisés estar atolado no serviço e de não ter tempo nem para a
família, o povo estava sem atendimento. Centenas de pessoas, com problemas
urgentes, tinham que aguardar durante o dia todo, a sua vez de ser atendido. Com
certeza, muitos casos graves eram adiados para o dia seguinte, ou quem sabe,
semanas depois. Morosidade, lentidão, ineficiência no serviço, são indícios de uma
má administração.

11.3 RESULTADOS DE UMA MÁ ADMINISTRAÇÃO


11.3.1 Sobrecarga – "Totalmente desfalecerás" (v 18)
Os resultados são sempre os mais desastrosos possíveis: Irmãos que
acabam indo para outra igreja, ou até mesmo se desviando, porque nunca foram
visitados pelo pastor ou por um de seus representantes. Falta aconselhamento, as
viúvas são desprezadas no ministério quotidiano (At 6.1). E apesar de tudo isto, o
líder não tem tempo para descansar, está estressado, sua família não sabe o que é
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ter um pai e um esposo. A obra não cresce. Os problemas amontoam-se até


explodirem em murmurações, contendas e divisões.
Uma igreja nestas condições, não possui dinamismo e muitos dos seus líderes
partiram cedo demais, porque contraíram doenças graves, resultantes deste
"desfalecimento".

12 A BOA ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA


Ficamos impressionados quando lemos: "Vendo pois a rainha de Sabá toda a
sabedoria de Salomão, e a casa que edificara, e a comida da sua mesa, e o
assentar de seus servos, e o estar de seus criados, e os vestidos deles, e os seus
copeiros..." (1Rs 10.4,5), mas esquecemos que podemos tirar deste texto um ótimo
exemplo de administração. Salomão recebeu de Deus, sabedoria para conduzir
(presidir, administrar) o povo de Israel, conforme pediu. (1Rs 3.9)
Conhece-se um líder, se é bom administrador, observando a sua igreja. É importante
que o líder saiba antes de tudo qual é o seu papel diante da igreja e quais são as
suas atribuições.

12.1 O líder deve assumir a sua posição


Por não saber administrar, por desconfiar da capacidade dos seus liderados,
por falta de visão, por presunção, alguns líderes absorvem todo o trabalho da
congregação, esquecendo-se das suas verdadeiras atribuições:
a) Intercessor – "Sê tu pelo povo diante de Deus e leva tu as coisas a Deus."
(v 19). É necessário ser homem de oração. Após tomar conhecimento dos
problemas, levá-los a Deus. Seu tempo não deve ser gasto fazendo aquilo que
outros podem fazê-lo. Seu tempo deve usado na oração intercessora e na
meditação bíblica. (1Sm 12.23)
b) Instrutor – "Faze-lhes saber o caminho em que devem andar e a obra que
devem fazer". (v 20). Jesus Cristo soube fazer bem esta distinção. Ele exigia dos
discípulos que fizessem suas tarefas (Mc 6.37, 39-41), e deixassem com Ele, aquilo
que outro não poderia fazer. (Mc 6.34,41a) Os apóstolos elegeram diáconos para
fazerem o trabalho auxiliar, afim de que pudessem permanecer na oração e na
ministração da palavra. (At 6.4) Jetro aconselhou Moisés a se libertar da carga
excessiva e se ocupar em ensinar ao povo o caminho e mostrar (a cada um) o que
deve fazer. A instrução religiosa e a doutrina bíblica são atribuições do líder. At
20.26-32; 2Tm 4.2.

12.2. O líder deve dividir a carga


Ninguém é insubstituível. A obra não para quando seu líder morre. Logo Deus
levanta outro para dar continuidade. A nossa capacidade vem de Deus, e Ele
capacita a quem quer e como quer. O obreiro não é um super-homem. Ele tem
necessidades como outro ser humano qualquer. Ele se cansa e precisa de
momentos de descontração, e a única maneira de dirimir o problema sem prejudicar
a obra, é repartindo com cada membro da igreja, uma parcela do trabalho a ser
realizado. Deve-se tomar as seguintes providências:

A) PROCURAR AUXILIARES NO MEIO DO POVO – "E TU, DENTRE O POVO,


PROCURA HOMENS CAPAZES, TEMENTES A DEUS, HOMENS DE VERDADE,
QUE ABORREÇAM A AVAREZA." (V 21)
É papel do líder, procurar auxiliares para que o ajudem no desempenho da
tarefa. Por isso ele precisa da visão celestial, a fim de reconhecer aqueles a quem
Deus tem capacitado para a obra. Escolhendo as pessoas erradas, ele cairá no
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mesmo fracasso, pois nunca poderá contar com nenhum dos seus auxiliares, visto
que não têm capacidade e não querem fazer nada. Esta é, sem dúvida, a explicação
por que as igrejas estão cheias de "obreiros" infrutíferos.
É importante frisar que os cooperadores devem ser procurados "dentre todo o
povo". No seio da Igreja. Quais são as suas características, de acordo com Êxodo
18.21 e At 6.3?
1) – Capazes – Homens qualificados espiritualmente, dotados de capacidade
de liderança e conhecimento das coisas de Deus. (2Tm 2.2) Por vezes imaginamos
que esta capacidade esteja apenas no intelecto, ou seja, na formação teológica do
obreiro, mas as qualidades a seguir nos mostrarão que um leigo pode ser
capacitado pelo Senhor como foram Pedro e Tiago, sendo simples pescadores. No
Antigo Testamento encontramos o exemplo de Amós, um vaqueiro sem formação
intelectual, mas designado para profeta de Deus. (Am 1.1; 7.14,15) A nossa
capacidade vem de Deus (2Co 3.4-6)
2) – Tementes a Deus – É uma grande virtude do líder ou cooperador, fazer
tudo no temor de Deus. No Livro de Jó 28.28; está escrito: "E disse ao homem: Eis
que o temor do Senhor é a sabedoria, e o apartar-se do mal é o entendimento."
Ninguém pode fazer um ministério profícuo sem reconhecer a santidade de Deus e
procurar viver de acordo com ela.
3) – Verazes – Qualidade fundamental para o servo de Deus, especialmente
para aquele que está imbuído na obra. Ser verdadeiro ainda que com prejuízo
próprio e nunca faltar com a verdade é condição preponderante para o sucesso
espiritual, pois a mentira é filha do diabo e não pode fazer parceria com os servos do
Senhor. Haverá momentos em que impasses de grandes proporções só poderão ser
resolvidos por homens capazes de dizer a verdade a qualquer preço. (Sl 15.1-4)
4) – Sem avareza – Em Ex 20.17, temos uma ordem de Deus contra a
avareza, que esta não deve ser praticada pelo seu povo, especialmente por homens
que têm compromisso com o seu serviço, pois o avarento nunca vai buscar o
interesse da obra, ou de outro irmão e sim, o seu próprio. (Sl 15.5) Leia também (At
20.33-36)
5) – De boa reputação – Não sejam "mascarados" e que andem em dia com
os seus negócios. Deve ser irrepreensível, marido de uma só mulher, honesto. (1Tm
3.2,8) Alguém, que seja respeitado no seio da congregação.
6) – Cheios do Espírito Santo – Isto é mais que ser batizado com o Espírito
Santo. É necessário demonstrar na vida prática, nas pregações, nas orações, na
comunicação, no amor, no equilíbrio, resultados convincentes. (Gl 5.22-26)
7) – Cheio de sabedoria – Refere-se a sabedoria de Deus (1Co 1.18-31; 2.1-
16), e não a sabedoria terrena, animal e diabólica (Tg 3.15). Isto não significa que
devemos desprezar o conhecimento secular.
8) Legando autoridade – "Põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais
de cem, maiorais de cinqüenta e maiorais de dez". (v 21)
A expressão: "Põe-nos sobre eles", equivale a dizer: "Dê-lhes autoridade sobre o
povo". Qualquer um que tentar desenvolver alguma atividade na igreja, sem que seja
primeiramente autorizado pelo líder, será tachado de presunçoso e atrevido. Será
visto como alguém que quer passar "o carro na frente dos bois". Por isso é
necessário que o líder autorize a tais cooperadores exercer cargos e atividades de
liderança sobre outros.
9) Atribuindo responsabilidades – "Todo negócio grave tragam a ti, mas
todo o negócio pequeno eles o julguem". (v 22). Neste momento é importante
lembrar da parábola dos talentos em Mateus 25.14,15, onde Jesus deixa claro que
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as pessoas chamadas tinham capacidades diferentes. Por isso, foram-lhes dadas


atribuições diferenciadas. A um mais, a outro menos.
O conselho de Jetro é coerente com este ensino de Jesus Cristo. Ele diz para
Moisés distribuir cargos de lideranças de maneira diferenciada: "Maiorais de mil,
maiorais de cem, maiorais de cinqüenta e maiorais de dez".
Em tudo que foi dito, o mais importante é lembrar que administrar bem, é
repartir a carga com outros cooperadores, de maneira que a obra seja realizada
satisfatoriamente. Vejamos o conceito de alguns personagens bíblicos, em relação à
obra de Deus:
a) Jetro – "Negócio mui difícil" (Ex 18.18);
b) Neemias – "Uma grande obra". (Ne 6.3);
c) Apóstolos – "Importante negócio". (At 6.3);
d) Paulo – "Excelente obra". (1Tm 3.1).

12.3 RESULTADOS DE UMA BOA ADMINISTRAÇÃO


São inúmeros os resultados benéficos, emergentes de uma boa
administração. Além de promover maior dinamismo na obra, os membros se sentem
mais confiantes na liderança, pois vêem suas reivindicações atendidas no tempo
certo. E por último:
a)O líder fica mais aliviado – "A ti mesmo te aliviarás da carga". (v 22) -
Um líder aliviado das pressões dos grandes problemas, que são comuns às grandes
obras, tem mais tempo para refletir, para orar, para meditar na palavra de Deus,
conseqüentemente, melhorará as suas pregações e os seus ensinos bíblicos,
acarretando em maior aprendizado para todos. Os grandes problemas serão
trazidos pelos cooperadores ao líder e os problemas menores eles mesmos
solucionarão.
b)Os liderados tornam-se mais participantes – "Eles a levarão contigo".
(v 22) - "A união faz a força". Três pedreiros trabalhando juntos levantarão com
maior eficiência, menos esforço e em tampo mais reduzido uma casa, do que um só
pedreiro, por mais habilidoso e capaz que seja. Uma igreja bem administrada torna-
se uma igreja operosa (1Ts 1.3), pois todos têm a oportunidade de participar. O
dinamismo e o sucesso são garantidos.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Igreja, em sua concepção divina, rege-se pelos princípios maiores das


Escrituras Sagradas. Em sua caminhada terrena, como comunidade local, submete-
se às leis para que o seu funcionamento seja legitimamente reconhecido. Todavia,
sempre que houver colisão entre as leis humanas e as leis de Deus estas
continuarão sendo o nosso padrão absoluto de referência para o nosso viver
eclesiástico.
Esperamos que esta introdução ao assunto da Administração Eclesiástica
possa atender as necessidades imediatas de instrução e adestramento dos
participantes deste curso.

“Liderar, servir, amar o próximo, este é um princípio


bíblico. A pessoa apropriada para assumir a liderança
manifesta seu amor agindo, naturalmente, como
facilitadora do processo de comprometimento e
cumprimento com e da missão. Em outras palavras:
não visa apenas aos resultados. O foco do líder deve
estar nas pessoas que fazem o resultado acontecer, os
membros. Todo líder deve refletir: “A quem sirvo?”e
“Com que objetivo?”. Observe o exemplo do maior
líder de todas as épocas, Cristo Jesus. Faça d’Ele o
seu modelo e permita que Sua Palavra norteie sua
vida, missão, administração/liderança e tudo o mais.”

LEMBRE-SE:

“CONHECIMENTO É A CAPACIDADE DE TRANSFORMAR


INFORMAÇÃO EM ESTRATÉGIA”.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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XXBrasil, 2001.

BÍBLIA, Português. BÍBLIA DE ESTUDO DE GENEBRA – Editora Cultura Cristã,


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BOEHNER, Philotheus. HISTÓRIA DA FILOSOFIA CRISTÃ – Editora Vozes, 2000.

BUCKLAND, Rev. A.R., M.A. DICIONÁRIO BÍBLICO UNIVERSAL, 14ª. Ed., 1.999,
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KLESSER, N.; CÂMARA, S. ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA. CPAD. 1992.

PEDRO, Severino. A IGREJA E AS SETE COLUNAS DA SABEDORIA. 1ª. Ed., Ed.


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RIGGS, Ralph M. O GUIA DO PASTOR. 2ª. Ed. 1976.

STONER, J. A. F; FREEMAN, R. E. ADMINISTRAÇÃO. Rio de Janeiro: Prentice-


XXHall do Brasil, 1999.

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