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N-1203 REV.

D JUL / 97

PROJETO DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO


CONTRA INCÊNDIO EM INSTALAÇÕES
COM HIDROCARBONETOS
Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.

Toda esta Norma foi alterada em relação à revisão anterior.

Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto


desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela
adoção e aplicação dos itens da mesma.
Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser
CONTEC utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de
Comissão de Normas não seguí-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-
Técnicas gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta
Norma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros
verbos de caráter impositivo.
Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizada nas
condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade
de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS
usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e
“aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática
SC - 16 Recomendada].
Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possam contribuir
Segurança Industrial
para o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão
Autora.
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão
Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a
proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas
durante os trabalhos para alteração desta Norma.
“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO
S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação

As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho –


GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelos
Representantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia,
Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas por
técnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) e
aprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dos
Órgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnica
PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser
reanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas técnicas
PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N -1. Para
informações completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas
PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 48 páginas


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PÁGINA EM BRANCO

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1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis e práticas recomendadas para os projetos de
sistemas fixos de combate a incêndio com água e com espuma, destinados às áreas de
processamento, armazenamento e transferência de petróleo e seus derivados.

1.2 Esta Norma se aplica a projetos iniciados a partir da data de sua edição.

1.3 Esta Norma também se aplica as Estações Intermediárias de Compressão e Bombeamento


de Dutos.

1.4 Esta Norma não se aplica às sondas terrestres, unidades marítimas, navios, oleodutos e
gasodutos.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas para a
presente Norma.

PETROBRAS N-4 - Uso da Cor em Instalação Terrestre;


PETROBRAS N-9 - Limpeza de Superfície de Aço com Jato Abrasivo;
PETROBRAS N-57 - Projeto Mecânico de Tubulações Industriais;
PETROBRAS N-76 - Materiais de Tubulação;
PETROBRAS N-111 - Hidrantes Industriais;
PETROBRAS N-1196 - Tinta Epoxi sem Solvente Curada com Poliamina;
PETROBRAS N-1268 - Adaptador para Mangueira de Incêndio;
PETROBRAS N-1272 - Tampão para Mangueira de Incêndio;
PETROBRAS N-1645 - Segurança na Armazenagem de Gás Liquefeito de
Petróleo;
PETROBRAS N-1742 - Selo PW para Tanque de Teto Flutuante;
PETROBRAS N-2142 - Teste de Campo para LGE;
PETROBRAS N-2444 - Material de Tubulação para Dutos, Bases, Terminais e
Estações;
ABNT NBR 7505 - Armazenagem de Petróleo, seus Derivados Líquidos e
Álcool Carburante;
NFPA Nº 11 - Low Expansion Foam and Combined Agent Systems;
NFPA Nº 15 - Water Spray Fixed Systems for Fire Protection;
NFPA Nº 20 - Centrifugal Fire Pumps.

3 DEFINIÇÕES

Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições a seguir:

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3.1 Risco Isolado

Aquele determinado por conjunto de equipamentos quando há possibilidade de ser isolado por
todos os lados por equipamento e pessoal de combate a incêndio ou por meios que impeçam o
extravasamento de produto para áreas externas ao risco.

3.2 Maior Risco

Aquele que possa existir oriundo de instalações projetadas ou existentes que requer a maior
demanda de água para o combate ao incêndio.

3.3 Estação de Compressão

Instalação industrial caracterizada pela compressão intermediária de gasoduto.

3.4 Estação de Bombeamento sem Tancagem (intermediária)

Instalação industrial caracterizada pelo bombeio intermediário de oleoduto, podendo ter


tanque de alívio.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Conceitos Básicos

4.1.1 Para o projeto dos sistemas de proteção consideram-se dois conceitos fundamentais:

a) dimensionamento pelo maior risco isolado;


b) não-simultaneidade de eventos, isto é, o dimensionamento deve ser feito
baseando-se na ocorrência de apenas um incêndio.

4.1.2 Independentemente das facilidades de combate ao fogo, grupos de vasos com


espaçamento horizontal inferior a 7,5 metros devem ser considerados como risco isolado.

4.1.3 Cada quadra de unidade de processo constitui um risco isolado; nos parques de
armazenamento, cada tanque constitui um risco isolado.

4.2 Suprimento de Água

O suprimento de água de combate a incêndio deve atender aos requisitos da


ABNT NBR 7505, complementados por:

a) 3 horas para Parques de Armazenamento de Gases Liquefeitos de Petróleo, sob


pressão, em esferas e cilindros, com qualquer capacidade e em qualquer tipo de
instalação;

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b) 3 horas para Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGN) ou outra


instalação de processo, afastados de outros riscos;
c) 1 hora para Estações de Compressão;
d) 1 hora para Estações de Bombeamento sem tancagem.

4.3 Tipo e Qualidade da Água

4.3.1 A água usada no sistema em operação pode ser doce ou salgada, sem tratamento, desde
que isenta de óleo ou outras substâncias incompatíveis com a produção de espuma.

4.3.2 Sempre que possível, o sistema deve ficar pressurizado com água doce, a fim de evitar-
se a rápida formação de incrustações e corrosão. Quando não houver alternativa e a rede
necessitar ficar permanentemente com água salgada, toda a tubulação deve estar adequada
para esta finalidade.

4.3.3 Quando a água contiver considerável quantidade de material sólido em suspensão, que
possa vir a obstruir aspersores ou outros equipamentos, devem ser previstos dispositivos para
retenção das impurezas e limpeza das linhas sem interrupção do abastecimento.

5 VAZÃO DE ÁGUA

5.1 Cálculo de Vazão

Para o cálculo da vazão deve ser adotado o valor correspondente ao maior risco para:

a) resfriamento de unidades de processo;


b) resfriamento de um tanque atmosférico em chamas e dos tanques vizinhos;
c) aplicação de espuma a um tanque e resfriamento dos tanques vizinhos;
d) resfriamento de vasos de pressão para o armazenamento de gases liquefeitos;
e) resfriamento das estações de compressão;

Notas: 1) Em função de análise de risco para as comunidades circunvizinhas, as estações


coletoras de áreas de produção, com tanques de petróleo de capacidade individual
inferior a 200 m3, podem ser dispensadas de sistemas fixos de água ou espuma,
devendo ser protegidas por sistemas móveis de geração de espuma.
2) Em função de análise de risco para as comunidades vizinhas, as estações de
compressão, bem como as estações de bombeamento sem tancagem (intermediária),
podem ser dispensadas de sistemas fixos de água e espuma.
3) É dispensado o cálculo da vazão de água de combate a incêndio nas instalações
abaixo, adotando-se as seguintes vazões:
- Estações de bombeamento..........................................................4000 l/min;
- "Piers" de atracação para embarcações de até 20000 toneladas....2000l/min;
- "Piers" de atracação para embarcações acima de 20000 toneladas
e acima......................................................................................6000l/min.

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5.2 Resfriamento de Unidades de Processo

5.2.1 Uma unidade de processo deve ser protegida por meio de hidrantes e canhões-monitores
fixos. Em caso de vasos que armazenam gases inflamáveis liquefeitos sob pressão devem ser
usados aspersores fixos, conforme item 11.

Nota: A vazão do sistema deve ser determinada em função da área definida pelo Limite de
Bateria da Unidade de Processo, multiplicada pela taxa de 3 l/min.m2, devendo-se
adotar como vazão mínima 4000 l/min e como vazão máxima 20000 l/min.

5.2.2 Os canhões-monitores podem ser substituídos por sistemas de aspersores fixos


projetados de acordo com o item 11.

5.3 Resfriamento de Tanques Atmosféricos

5.3.1 Nos tanques para armazenamento não-refrigerados, deve ser prevista a aplicação de
água para resfriamento do tanque em chamas, de acordo com o especificado na norma
ABNT NBR 7505.

Nota: Caso o tanque vizinho seja do tipo teto flutuante, para o resfriamento só deve ser
considerada a metade da área do costado.

5.3.2 Nos tanques para armazenamento refrigerado, não deve ser prevista a aplicação de água
no próprio tanque em chamas, devido ao efeito de aquecimento que aumentará a vaporização
do produto com o conseqüente crescimento das chamas e do nível de radiação para os
equipamentos e pessoas próximas. Em caso de exposição a fogo, deve ser prevista a aspersão
de água com baixa velocidade e distribuição uniforme sobre o teto e costado, calculada à base
de 3 l/min.m2 de área a ser protegida. Para o cálculo da vazão total devem ser considerados os
tanques situados a distância inferior a 1,5 vez o diâmetro do tanque em chamas, sendo válido
dividir-se o sistema de aspersão em setores, para melhor aproveitamento da quantidade de
água disponível. De qualquer forma, o teto deve ser totalmente resfriado e a superfície lateral
mínima a ser molhada não deve ser inferior a um terço (1/3) da superfície lateral total do
tanque.

5.4 Aplicação de Espuma a um Tanque e Resfriamento dos Vizinhos

Deve ser prevista água para a produção de espuma mecânica de acordo com os critérios
estabelecidos no item 8.5. Além dessa vazão, deve ser prevista água para o resfriamento dos
tanques vizinhos, conforme estabelecido na norma ABNT NBR 7505.

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5.5 Resfriamento de Vasos de Pressão que Armazenam Gases Liquefeitos de Petróleo

5.5.1 A vazão de água destinada a cada esfera, por meios fixos, deve ser a soma dos valores
correspondentes a:

a) resfriamento de toda a superfície, calculada multiplicando-se a taxa de 5 l/min.m2


pela superfície total;
b) complementação do resfriamento definido no item anterior, com a colocação de
um aspersor para a região da junção do costado com cada coluna de suporte; a
vazão de cada aspersor corresponde a 10% do valor determinado em a), dividido
pelo número de colunas;
c) proteção por aspersores da válvula de bloqueio, curva e válvula de retenção da
linha de enchimento, quando esta penetra na esfera pelo topo (Ver norma
PETROBRAS N-1645); o número de aspersores e a respectiva vazão devem ser
calculados para que o conjunto receba, pelo menos, 10 l/min.m2, mas o total não
deve ser inferior a 100 l/min.

5.5.2 A vazão destinada a cada cilindro, por meios fixos, deve ser a soma dos valores
determinados conforme os critérios abaixo, exceto no caso previsto na Nota:

a) lançamento de água segundo a taxa mínima de 10 l/min.m2, uniformemente


distribuídos por aspersores sobre toda a superfície (Ver FIGURA A-15, do
ANEXO);
b) proteção, por aspersores, da válvula de bloqueio, curva e válvula de retenção da
linha de enchimento, quando esta penetra no cilindro pelo topo (Ver norma
PETROBRAS N-1645); o número de aspersores e a respectiva vazão devem ser
calculados para que o conjunto receba, pelo menos, 10 l/min.m2, mas o total não
deve ser inferior a 100 l/min.

Nota: As baterias com 4 cilindros ou menos, cuja capacidade de cada cilindro seja inferior a
200 m3 e que constituam risco isolado (Ver item 3.1), podem ser protegidas apenas com
os recursos constantes do item 5.5.5.

5.5.3 Considerando-se uma esfera submetida a fogo, deve ser previsto o resfriamento desta,
bem como das esferas e baterias de cilindros cuja distância, costado a costado da esfera em
chamas, seja inferior a 30 m.

5.5.4 Um ou mais cilindros de volume individual igual ou superior a 200 m3 devem ser
considerados equivalentes a uma esfera, para efeito do item 5.5.3. Nos demais casos de
cilindros, devem ser resfriadas esferas e baterias de cilindros cuja distância, costado a costado,
seja inferior a 7,5m.

5.5.5 Deve-se somar à maior vazão estabelecida, segundo os critérios expressos em 5.5.3 e
5.5.4, o valor correspondente ao uso de dois canhões-monitores fixos, cada qual com
2000 l/min., lançando água sobre o bocal de saída do vaso em chamas, mais a vazão
correspondente à injeção de água prevista na norma PETROBRAS N-1645, se for decidido
que o suprimento sairá da rede de água de incêndio.

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5.6 Resfriamento de Estações de Compressão

5.6.1 Deve ser prevista a aplicação de água para resfriamento das casas de compressores com
taxa de 10 l/min.m2, aplicada, por meio de hidrantes e canhões, na área correspondente à
projeção horizontal da área destinada aos equipamentos, não necessitando ultrapassar
8000 l/min.

5.6.2 Os canhões-monitores fixos podem ser substituídos por sistema de aspersão de acordo
com o item 11.

6 REDE DE ÁGUA PARA COMBATE A INCÊNDIO

6.1 Projeto

6.1.1 A rede de incêndio deve ser independente de outras redes de água, e abranger toda a
área industrial, com ramais que atinjam pontos convenientes das áreas administrativas. Uma
vez que tanto as quadras das unidades de processo como as destinadas aos tanques de
armazenamento de produtos devem ser totalmente contornadas pela rede de incêndio, o
sistema nestas quadras deve se constituir de malhas completas.

6.1.2 Para facilitar a inspeção e manutenção, recomenda-se que as linhas do sistema de


tubulação, sempre que possível, sejam aéreas, seguindo, de preferência, o traçado das ruas.
Nas áreas críticas, dentro de unidades de processo, por exemplo, recomenda-se que as linhas
sejam subterrâneas. No caso de tubulações de materiais alternativos, especificados na norma
PETROBRAS N-2444 devem ser enterradas.

6.1.3 O projeto mecânico das tubulações deve ser feito de acordo com a norma
PETROBRAS N-57.

6.2 Material

6.2.1 As tubulações e válvulas da rede de água e espuma para combate a incêndio devem estar
de acordo com o estabelecido nas normas PETROBRAS N-76 e PETROBRAS N-2444.

6.2.2 As válvulas de bloqueio situadas em locais sujeitos a fogo próximo (trechos aéreos no
interior de unidades de processo, trechos sobre canaletas de águas oleosas) devem ser de aço.

6.3 Bloqueio

Devem existir válvulas de bloqueio localizadas de tal maneira que pelo menos dois lados de
uma malha que envolva quadras de processamento ou armazenamento possam ficar em
operação, no caso de rompimento ou bloqueio de um dos outros dois. As válvulas de bloqueio
devem ficar em condições de rápido e fácil acesso para sua operação, inspeção e manutenção.

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6.4 Pressão

6.4.1 Em condições de vazão nominal, a pressão mínima de trabalho deve ser:

a) nos locais onde haja carro de combate a incêndio, com bomba d'água - 690 kPa
(7 kgf/cm2), medida no hidrante;
b) nos demais casos - 690 kPa (7 kgf/cm2), medida no esguicho.

6.4.2 Para o cálculo da perda de carga entre o hidrante e o esguicho deve ser considerado o
comprimento das mangueiras como múltiplo de 15m, não devendo o comprimento total
exceder 90m.

6.4.3 Quando fora de uso a rede deve ficar permanentemente pressurizada com o mínimo de
99 kPa (1,0 kgf/cm2) no ponto mais desfavorável da linha.

6.4.4 A pressão de projeto da rede deve ser limitada a 1370 kPa (14 kgf/cm2).

6.5 Dimensionamento

6.5.1 As vazões de água, para cada malha da rede, devem ser determinadas para o caso mais
crítico de operação de combate a incêndio, considerando-se os parâmetros estabelecidos no
item 5 e admitindo-se toda a rede em operação. Para o cálculo das perdas de carga, usa-se a
fórmula de Williams-Hazen e o método de Hardy-Cross. Os valores de C a serem considerados
nessa fórmula são: C = 100 para tubulações sem revestimento interno e C = 120 para
tubulações com revestimento interno.

6.5.2 Para o dimensionamento de linhas de transferência de líquido gerador de espuma


fluorproteínica deve ser adotado, no mínimo, o diâmetro de 50,8 mm (2").

6.6 Interligação

6.6.1 A rede de incêndio de um órgão operacional pode ser interligada à de outro órgão,
desde que as características do projeto assim o permitam e haja aprovação do Órgão local de
Segurança Industrial.

6.6.2 Não são permitidas ligações permanentes da rede de incêndio para outras finalidades que
não as de Segurança Industrial, admitindo-se, entretanto, uma interligação com o sistema de
selagem da tocha (flare), face às pequenas quantidades de água necessárias. Neste caso, essas
ligações adicionais devem ser levadas em conta na pressurização permanente da rede, bem
como no caso do seu funcionamento em emergência, com pressões elevadas. Tais ligações não
devem exigir funcionamento das bombas principais, de modo rotineiro.

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6.7 Proteção Catódica

No caso de ser prevista a proteção contra corrosão interna por anodos de sacrifício, estes
devem ser instalados de modo a não comprometer o fluxo de água nem serem arrastados em
caso de desprendimento.

6.8 Cor de Identificação

6.8.1 Todos os componentes da rede de água para combate a incêndio, bem como dos
sistemas de espuma, devem ser pintados na cor vermelho-segurança, conforme estabelecido na
norma PETROBRAS N-4.

6.8.2 Excluem-se desta exigência os equipamentos tais como aspersores, chuveiros


automáticos, válvulas angulares de hidrantes e outros equipamentos acabados cuja pintura
prejudicaria sua operação.

7 HIDRANTES E CANHÕES-MONITORES

7.1 Nas áreas de processamento, armazenamento, transferência e outras áreas de Unidades


Industriais, devem ser adotados hidrantes com quatro saídas, exceto nos seguintes casos:

a) quando a demanda prevista por hidrante for superior a 4000 l/min, caso em que
devem ser adotados hidrantes com seis saídas;
b) quando a demanda prevista por hidrante for superior a 6000 l/min, caso em que
deve ser prevista a instalação de mais um hidrante, no local, de maneira a
complementar a vazão necessária à operação;
c) quando a vazão total da instalação for igual a 2000 l/min, caso em que devem ser
adotados hidrantes com duas saídas;
d) quando o hidrante se destinar a proteção de áreas administrativas, caso em que
devem ser adotados hidrantes com duas saídas.

7.2 Devem ser adotados os hidrantes padronizados pela norma PETROBRAS N-111,
estimando-se uma vazão de 1000 l/min por saída.

7.3 Os canhões-monitores devem ser especificados para permitir uma vazão mínima de
2000 l/min na pressão de 690 kPa (7 kgf/cm2), um giro horizontal de 360° e um curso vertical
de 80° para cima e de 15° para baixo da horizontal. Para efeito de projeto, deve ser
considerado o alcance máximo, na horizontal, de 45 metros quando em jato.

7.4 O espaçamento entre hidrantes deve obedecer a um máximo de 100 m nas áreas de
tanques atmosféricos e de 70 m nas demais áreas operacionais. Entretanto, é necessária uma
análise detalhada do posicionamento dos hidrantes, em cada projeto, pelo Órgão local de
Segurança Industrial.

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7.5 Os hidrantes devem ser locados de tal modo que os comprimentos máximos de mangueira
para se atingir qualquer ponto a se proteger nessas áreas sejam de 90 m. Considera-se, para
efeito de projeto, que um esguicho regulável de jato a neblina de 90° e diâmetro 38 mm
permita a vazão de 350 l/min à pressão de 690 kPa (7,0 kgf/cm2). O esguicho regulável de
65 mm de diâmetro, para mangueira, deve permitir a vazão de 650 l/min a 690 kPa
(7,0 kgf/cm2) e o esguicho regulável de 65 mm de diâmetro, para canhão, 2000 l/min à
pressão de 690 kPa (7,0 kgf/cm2). Na TABELA 1 são apresentadas as perdas de carga, por
atrito, em mangueiras.

7.6 Os hidrantes devem ser colocados em pontos de livre acesso, de preferência próximos às
ruas. Sendo necessário, devem ser estendidas derivações para hidrantes, a partir da rede de
incêndio, até pontos de fácil acesso.

7.7 É recomendável o uso de abrigos de mangueiras conforme FIGURAS A-1a, A-1b, A-2a,
A-2b, A-3a e A-3b do ANEXO ou de outro tipo adequado ao uso. A definição da localização
dos abrigos deve ficar a cargo do projeto, sujeito à aprovação do Órgão local de Segurança
Industrial.

TABELA 1 - PERDA DE CARGA EM MANGUEIRA DE INCÊNDIO


COM REVESTIMENTO INTERNO DE BORRACHA,
EM kPa E EM kgf/cm2 POR 15 m

Diâmetro da
Vazão Diâmetro da Mangueira Vazão
Mangueira
38,1 mm (1 1/2") 63,5 mm (2 1/2") 63,5 mm (2 1/2")
l /min kPa kgf/cm2 kPa kgf/cm2 l /min kPa kgf/cm2
37,8 1,70 0,02 - - 719,2 31,22 0,32
56,8 3,39 0,03 - - 757,0 34,28 0,35
75,7 5,78 0,05 - - 794,0 37,67 0,38
94,6 8,82 0,09 - - 832,7 40,73 0,42
113,5 12,21 0,12 - - 870,6 44,12 0,45
132,5 16,29 0,17 - - 908,4 47,85 0,49
151,4 20,36 0,21 - - 946,3 51,92 0,53
170,3 25,79 0,26 - - 984,1 55,65 0,57
195,3 31,56 0,32 - - 1022,0 59,39 0,61
227,1 44,79 0,46 - - 1059,9 63,45 0,65
265,0 57,69 0,59 - - 1097,7 67,53 0,69
302,8 78,72 0,80 - - 1135,5 71,94 0,73
340,7 93,99 0,96 - - 1173,4 76,35 0,78
378,5 111,96 1,14 8,49 0,09 1211,2 80,76 0,82
416,4 135,74 1,38 10,86 0,11 1249,1 85,85 0,88
454,2 159,48 1,63 13,23 0,14 1286,9 91,28 0,93
492,1 186,63 1,90 15,27 0,16 1324,8 96,36 0,98
529,9 - - 17,64 0,18 1362,6 101,79 1,04
567,8 - - 19,68 0,20 1400,5 106,89 1,09
605,6 - - 22,40 0,23 1438,3 111,98 1,14
643,5 - - 25,11 0,26 1476,2 117,41 1,20
681,3 - - 28,17 0,29 1514,0 122,84 1,25

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8 SISTEMAS DE ESPUMA

8.1 Obrigatoriedade

8.1.1 São obrigatórios sistemas de espuma para proteção de todas as áreas onde seja possível
o derrame ou vazamento de líquidos combustíveis ou inflamáveis ou onde esses líquidos já
estejam normalmente expostos à atmosfera.

8.2 Líquido Gerador de Espuma (LGE)

8.2.1 O líquido gerador de espuma para uso na Companhia deve atender à norma
PETROBRAS N-2142.

8.2.2 Salvo orientação específica, a dosagem do líquido gerador de espuma em água deve ser
feita na concentração de 3%.

8.3 Proteção de Tanques

8.3.1 São obrigatórios sistemas de aplicação dotados de câmara de espuma, nos casos
previstos na norma ABNT NBR 7505, que também contempla os tanques de teto fixo com
selo flutuante interno.

8.3.2 Para os tanques com diâmetro inferior a 9,00 m e altura inferior a 6,00 m, pode ser
efetuado o combate a incêndio por meio de esguichos ou canhões de espuma.

8.3.3 Para os tanques de teto flutuante dotados de selo tipo "PW", padronizado pela norma
PETROBRAS N-1742, é dispensável a utilização de sistemas de aplicação de espuma.

8.3.4 Não devem ser instalados sistemas de espumas em tanques que armazenem sempre
produto com temperatura igual ou maior que 100°C.

8.4 Proteção de Outras Áreas

É obrigatório o emprego de sistema de lançamento de espuma em áreas sujeitas a


derramamento de hidrocarbonetos com possibilidade de incêndio, tais como unidades de
processamento, parques de bombas e braços de carregamento ou em áreas com superfície livre
exposta, tais como: separadores de água e óleo e caixas coletoras.

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8.5 Dimensionamento para Tanques

8.5.1 Em tanques de teto fixo devem ser observados os critérios abaixo:

a) a vazão de solução de espuma para sistemas fixos e semi-fixos de espuma deve


ser calculada para se aplicarem, no mínimo, 4 l/min.m2 de superfície livre de
líquido no tanque;
b) para sistemas de proteção baseados em canhões lançadores de espuma ou
esguichos de espuma, citados no item 8.3.2, deve ser adotada uma vazão de
solução igual a 6,5 l/min.m2 de superfície livre do líquido no tanque;
c) além da vazão de solução aplicada no tanque acrescentar a vazão de esguicho
determinada no item 8.6.

8.5.2 Conforme a ABNT NBR 7505, em tanques de teto fixo com selo flutuante interno, o
sistema deve ser dimensionado de acordo com a norma NFPA 11.

TABELA 2 - FAIXA DE OPERAÇÃO PARA CÂMARAS DE ESPUMA

Diâmetro do Pressão no Vazão de


Modelo da
Orifício Aerador Solução
Limite mm kPa kgf/cm2 l /min
Câmara
Mínimo 15,76 207 2,1 143
MCS-9
Máximo 23,01 690 7,0 560
Mínimo 23,01 207 2,1 303
MCS-17
Máximo 31,04 690 7,0 1026
Mínimo 31,04 207 2,1 583
MCS-33
Máximo 46,36 690 7,0 2373
Mínimo 45,92 207 2,1 1287
MCS-55
Máximo 59,18 690 7,0 3917

TABELA 3 - NÚMERO DE CÂMARAS

Diâmetro do Tanque em m Número de Câmaras


D ≤ 24,4 1
24,4 < D ≤ 36,6 2
36,6 < D ≤ 42,7 3
42,7 < D ≤ 48,8 4
48,8 < D ≤ 54,9 5
54,9 < D < 60,0 6

Nota: Para diâmetros acima de 60,0 m deve ser prevista uma câmara a mais para cada 465 m2
ou fração de superfície líquida exposta adicional.

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8.6 Dimensionamento para Bacias de Tanques

Deve ser previsto o uso de esguichos de espuma para extinção de focos de incêndio no interior
da bacia; o número necessário de esguichos de espuma é obtido na TABELA 4 e a vazão
mínima a ser considerada é de 200 l/min por esguicho.

TABELA 4 - NÚMERO MÍNIMO DE ESGUICHOS

Diâmetro do Maior Tanque (m) Número Mínimo de Esguichos


D ≤ 20 1
20 < D ≤ 36 2
D > 36 3

8.7 Dimensionamento para Outras Áreas

A vazão de projeto de solução de espuma deve ser calculada para no mínimo 6,5 l/min.m2 de
superfície atingida pelo combustível, não podendo ser inferior a 200 l/min e deve ser lançada
de duas direções distintas e alimentação independentemente, cada uma com esta vazão, sem
simultaneidade de aplicação.

8.8 Sistema Dosador

8.8.1 O sistema deve ser constituído por:

a) carros de combate a incêndio - nos órgãos operacionais que possuam arranjo


físico e pessoal adequado à sua operação;
b) sistemas fixos de proporcionamento - nos órgãos operacionais onde seja inviável
a adoção de carros de combate a incêndio.

8.8.2 Nas instalações de pequeno porte, dependendo da aprovação do Órgão local de


Segurança Industrial, pode ser adotado o suprimento e dosagem de líquido gerador de espuma
por meio de carretas rebocáveis com edutores, de tipo e capacidade aplicáveis.

8.9 Estoque de Líquido Gerador de Espuma

8.9.1 O estoque mínimo de líquido gerador de espuma deve ser fixado de modo a permitir a
operação contínua do sistema de combate a incêndio com espuma para o maior risco a cobrir.

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8.9.2 Para tanques de teto fixo, o estoque deve permitir a operação contínua do sistema de
combate ao fogo no tanque pelo tempo fixado na TABELA 5 e a operação dos esguichos para
extinção do fogo na bacia pelo tempo fixado na TABELA 6.

TABELA 5 - TEMPO DE OPERAÇÃO DOS SISTEMAS DE COMBATE A


INCÊNDIO COM ESPUMA EM TANQUES

Tempo Mínimo de Operação (min)


Tanques de Teto Fixo,
Sistema Fixo Esguichos e Canhões
Câmaras de Lançadores de
contendo: Espuma Espuma
Óleos Lubrificantes e outros
Produtos com Ponto de Fulgor 25 35
acima de 93,3 °C.
Querosene e outros Produtos com
Ponto de Fulgor entre 37,8° e 93,3 30 50
°C.
Gasolina, Nafta, Óleo Diesel e
outros Líquidos com Ponto de 55 65
Fulgor abaixo de 37,8 °C.
Petróleo 55 65

Nota: Obtido com o uso da câmara de espuma (FIGURAS A-6a, A-6b e A-6c, do
ANEXO).

TABELA 6 - TEMPO DE OPERAÇÃO DOS ESGUICHOS DE


ESPUMA PARA EXTINÇÃO DE FOGO NA BACIA

Diâmetro do Tanque (m) Tempo Mínimo de Operação (min)


D ≤ 10 10
10 < D ≤ 29 20
D > 29 30

8.9.3 Para outras áreas, conforme definido em 8.4, a operação contínua do sistema de espuma
deve ser de 30 minutos, no mínimo.

8.10 Sistemas para Tanques de Teto Fixo

8.10.1 O sistema para proteção por espuma dos tanques de teto fixo deve prever as seguintes
partes:

a) ponto de alimentação;
b) tubulação de alimentação;
c) aerador;

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d) câmara de espuma;
e) defletor de espuma;
f) hidrante de solução, no caso de sistemas fixos de proporcionamento.

8.10.2 Os pontos de alimentação devem ficar fora da bacia de contenção e a uma distância
superior a um diâmetro do tanque ou 15 m, o que for maior, do costado do tanque respectivo.
Na localização do ponto de alimentação deve-se levar em conta a direção predominante dos
ventos, de modo a protegê-lo da radiação das chamas. Conforme o sistema dosador adotado
devem ser observados os critérios a seguir:

a) por carros de combate a incêndio: devem ser utilizadas conexões de rua,


conforme mostrado na FIGURA A-4a e A-4b, do ANEXO, que devem ficar de
0,80 m a 1,00 m de altura. Deve ser prevista uma distância útil de modo que um
carro não interfira na operação de outro. A distância das conexões de rua ao
hidrante supridor de água deve ser de 15 m a 20 m. O número de conexões de
63,5 mm (2 1/2") para cada tubulação de alimentação deve ser estimado
tomando-se o valor de 1000 l/min para cada uma;
b) por sistemas fixos de dosagem: devem ser utilizadas válvulas de bloqueio
individual para cada tubulação de alimentação.

8.10.3 Cada tubulação de alimentação deve servir exclusivamente a uma câmara de espuma.
Recomenda-se que no interior das bacias essas tubulações sejam aéreas, podendo transpassar o
dique, se julgado conveniente, no caso de terrenos com taxas de recalque desprezíveis.
Quando as taxas de recalque não forem desprezíveis, as tubulações devem passar sobre os
diques. Nos pontos baixos, essas tubulações devem dispor de dreno. Deve ser mantido um
caimento na linha, sempre que possível, em direção ao dique. O traçado dessas linhas desde o
tanque até a conexão de rua deve seguir o menor trajeto, não havendo necessidade de traçados
paralelos aos diques ou às tubulações de transferência. Para fins de cálculo das tubulações de
alimentação no sistema de dosagem por carros de combate a incêndio, devem ser adotadas as
seguintes premissas:

a) a pressão na descarga da bomba dos caminhões de combate a incêndio é de


1034 kPa (10,5 kgf/cm2);
b) a ligação dos caminhões de combate a incêndio às conexões de rua é composta
por linhas de, no máximo, 45 m de mangueiras de 63,5 mm (2 1/2") de diâmetro,
revestidas internamente de borracha;
c) a vazão máxima por mangueira é de 1000 l/min. A TABELA 1 contém as perdas
por atrito estimadas;
d) a pressão a montante da placa de orifício deve ser, no mínimo, de 207 kPa
(2,1 kgf/cm2) e, no máximo, de 690 kPa (7,0 kgf/cm2);
e) no cálculo de perda por atrito na tubulação, deve ser utilizada a fórmula de
WILLIAMS-HAZEN e os valores de C a serem adotados são: C = 100 para
tubulação sem revestimento interno e C = 120 para tubulação com revestimento
interno;
f) o diâmetro mínimo da tubulação deve ser de 63,5 mm (2 1/2").

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g) para o cálculo das tubulações no sistema fixo de dosagem, devem ser adotadas as
seguintes premissas:

- a pressão a montante da placa de orifício deve ser, no mínimo, de 207 kPa


(2,1 kgf/cm2) e, no máximo, 690 kPa (7,0 kgf/cm2);
- no cálculo de perda por atrito na tubulação deve ser utilizada a fórmula de
WILLIAMS-HAZEN e os valores de C a serem adotados são: C = 100 para
tubulação sem revestimento interno e C = 120 para tubulação com revestimento
interno;
- o diâmetro mínimo da tubulação deve ser de 63,5 mm (2 1/2").

8.10.4 O cálculo do diâmetro da placa de orifício do aerador deve ser feito considerando-se a
TABELA 7 com a pressão disponível a montante da placa.

8.10.5 De acordo com o estabelecido na norma NFPA N° 11, devem ser adotadas as seguintes
premissas:

a) o número de câmaras é determinado em função do diâmetro do tanque, conforme


a TABELA 3;
b) as câmaras devem ser fixadas ao costado do tanque por meio de flanges de
pescoço, conforme a FIGURA A-5;
c) na escolha do modelo da câmara deve ser obedecida a faixa de operação fixada na
TABELA 2 e na FIGURA A-16.

8.10.6 O defletor de espuma, colocado no interior do tanque, deve dirigir o jato de espuma de
encontro ao costado. As dimensões dos defletores constam das FIGURAS A-7, A-8, A-9 e
A-10, do ANEXO.

8.10.7 Quando são adotados sistemas fixos de dosagem, deve ser prevista a colocação de, no
mínimo, um hidrante de espuma com duas ou quatro saídas, próximo ao tanque e fora da bacia
de contenção, para aplicação de espuma na bacia por meio de esguichos de espuma. Qualquer
ponto da bacia de contenção deve ser alcançado por até 06 (seis) lances de mangueiras de
15 metros.

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8.11 Sistemas para Outras Áreas

Quando o sistema de geração de espuma for fixo, devem ser previstos para as áreas citadas no
item 8.4, pelo menos, 02 (dois) hidrantes de solução de 02 (duas) saídas para aplicação de
espuma por meio de esguicho.

8.12 Sistemas Fixos de Dosagem

8.12.1 Estes sistemas devem ser constituídos de estações centrais fixas para dosagem ou
bombeio do líquido gerador de espuma que substituem os carros de combate a incêndio e
demais equipamentos móveis.

8.12.2 O cálculo hidráulico das linhas de líquido gerador de espuma deve ser feito
utilizando-se a fórmula de WILLIAMS-HAZEN (C = 100) e o método de HARDY-CROSS.
No caso de líquidos geradores não-newtonianos, o dimensionamento requer o estabelecimento
de reograma específico.

8.12.3 Recomenda-se que o sistema dosador seja localizado na proximidade da área a ser
protegida. No caso de proteção de tanques, o sistema deve ficar fora da bacia de contenção.

8.12.4 As estações centrais devem ser localizadas fora de áreas de risco.

8.12.5 Além dos requisitos anteriores aplicáveis, devem ser previstos os seguintes itens no
projeto de estação central, que deve obedecer ao diagrama de blocos de FIGURA A-11a, do
ANEXO.

a) sistema de lavagem com água das tubulações de líquido gerador de espuma;


b) saída para testes do sistema;
c) tomada para carregamento do reservatório, por sucção de recipientes;
d) o dispositivo de sucção deve trabalhar afogado;
e) o sistema de dosagem deve possuir um dosador de reserva instalado;
f) o reservatório de líquido gerador de espuma deve ser localizado de modo a
permitir seu completo esvaziamento por gravidade;
g) o reservatório de líquido gerador de espuma deve ser isolado termicamente ou
abrigado contra radiação solar direta, de modo a garantir uma temperatura, para
o líquido, inferior a 45 °C;
h) no caso de reservatórios atmosféricos de líquido gerador de espuma deve-se
adotar os dispositivos da FIGURA A-11b;
i) as válvulas da linha de LGE, para uso em emergência, devem ser do tipo esfera.

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9 SISTEMAS PARA RESFRIAMENTO DE VASOS DE PRESSÃO QUE


ARMAZENAM GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO

9.1 Esferas

9.1.1 O resfriamento de esferas de armazenagem à temperatura ambiente deve ser feito


através da aplicação de água no topo, por meio de um defletor de jato, complementada, na
junção dos suportes com o costado, através de um anel com aspersores abertos, conforme
FIGURAS A-12a e A-12b e A-13, do ANEXO.

9.1.2 O resfriamento de esferas semi-refrigeradas deve ser feito através da aplicação de água
no topo, por meio de um anel de aspersores abertos, de baixa velocidade, complementada na
junção dos suportes com o costado por meio de outro anel de aspersores abertos, conforme a
FIGURA A-14a e A-14b, do ANEXO.

9.1.3 A área da válvula automática da linha única de transferência deve ser protegida por meio
de canhões-monitores fixos, dotados de esguicho regulável para jato pleno e neblina. O
posicionamento dos canhões deve permitir alcançar esta área de duas direções diferentes.

9.1.4 A distância dos canhões às esferas deve ser fixada em função do alcance do modelo
adotado e, no mínimo, igual a um diâmetro da esfera.

9.1.5 As válvulas de bloqueio dos sistemas fixos de resfriamento de esferas devem se localizar
fora do parque, junto à interligação com a rede de água de incêndio, a uma distância do
costado da esfera, no mínimo, igual a um diâmetro, ou 15 metros, o que for maior.

9.2 Cilindros

9.2.1 O resfriamento de cilindros deve ser feito através de aplicação de água por meio de
tubulações com aspersores abertos, convenientemente distribuídos, de modo a dar cobertura
ao costado e às calotas, conforme a FIGURA A-15, do ANEXO e o exposto no item 11.

9.2.2 Para até dois grupos de quatro vasos, o resfriamento pode ser baseado em canhões
monitores fixos.

9.2.3 A área da válvula automática da linha única de transferência deve ser protegida por meio
de canhões-monitores fixos, dotados de esguichos reguláveis para jato pleno e neblina. O
posicionamento dos canhões deve permitir alcançar esta área de duas direções diferentes.

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9.2.4 A distância desses canhões aos cilindros deve ser fixada em função do alcance do
modelo adotado e deve ser, no mínimo, igual a 15 metros.

9.2.5 As válvulas de bloqueio dos sistemas fixos de resfriamento de cilindros devem se


localizar fora do parque, junto à interligação com a rede de água de incêndio, a uma distância
mínima de 15 metros do costado do cilindro.

10 BOMBAS DE ÁGUA E DE LGE

10.1 Requisitos

10.1.1 As bombas de água para combate a incêndio devem atender à norma NFPA Nº 20.

10.1.2 A vazão de projeto deve ser distribuída igualmente entre as bombas.

10.1.3 Qualquer que seja a quantidade de bombas de um sistema deve haver, pelo menos, uma
bomba reserva, capaz de substituir qualquer uma das consideradas efetivas.

10.1.4 Para trabalhos especiais tais como apoio a manutenção, devem ser previstos
dispositivos que permitam a utilização da rede de incêndio com vazões de até 20% da vazão de
apenas uma das bombas de incêndio sem que seja necessário operá-las.

10.1.5 Caso a opção seja pelo uso de uma bomba específica, apenas para manter a rede
pressurizada, deve ser prevista a instalação de um vaso hidropneumático ou outro dispositivo
que permita a operação contínua da bomba pelo tempo mínimo de um minuto. A vazão da
bomba deve corresponder a, pelo menos, vinte vezes o vazamento nos diversos pontos do
sistema, o qual pode ser estimado em torno de 0,15 l/min por hidrante.

Nota: Como exceção à norma NFPA Nº 20, é dispensável a adoção de dispositivos fixos
específicos para medição de água, a serem utilizados durante os testes das bombas de
incêndio.

10.2 Acionadores

10.2.1 O tipo de acionamento das bombas deve ser confiável, entendendo-se como tal:

a) alimentação elétrica proveniente de geração externa confiável e de geração própria,


com instalação atendendo aos requisitos da norma NFPA Nº 20, inclusive quanto à
independência dos alimentadores, que devem ser subterrâneos;

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b) uso de motores diesel, cada qual suprido por tanque e tubulação de abastecimento
independentes dos demais, dimensionados para um mínimo de 8 horas de
autonomia à potência nominal.

10.2.2 Não deve ser previsto acionamento duplo para as bombas de incêndio (dois
acionadores para uma bomba).

10.2.3 Os acionadores das bombas de incêndio devem ser capazes de fornecer uma potência
10% superior à necessária para atender ao ponto da curva da bomba correspondente a 150%
da vazão de projeto.

10.3 Bombas para Líquido Gerador de Espuma

Os acionadores das bombas para LGE devem atender aos requisitos do item 10.2,
considerando-se a autonomia, para os motores diesel, de 2 horas.

11 SISTEMAS DE ASPERSORES DE ÁGUA PARA INCÊNDIO

11.1 Tais sistemas devem ser projetados de acordo com a norma NFPA Nº 15.

11.2 Os sistemas devem ser do tipo de aspersores abertos. O modelo, tamanho, ângulo de
abertura, distância às superfícies a proteger, distribuição e espaçamento dos aspersores devem
ser especificados para cada caso, em função do projeto, o mesmo ocorrendo quanto à
conjugação a sistemas de alarmes por meio de válvulas de fluxo.

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/ANEXO

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