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Portanto, o equilíbrio desses fatores vai definir nossa capacidade de resistir aos
estressores estruturais, emocionais e químicos a que estamos sendo submetidos.
No entanto, é preciso compreender de forma clara que esse é um equilíbrio caótico,
pois depende de uma interação constante entre os fatores e de uma interação deles
com o meio ambiente que nos cerca.
Para compreender melhor essa interação, usamos um exemplo de fácil
compreensão, que mostra claramente como ela ocorre.
Fatores Estruturais
Para respirarmos, nosso sistema corpo/mente precisa conseguir que nossos
pulmões encham de ar. Isso demanda uma série de ações mecânicas do nosso
corpo, entre as quais podemos citar, por exemplo: o movimento vertical para baixo
do diafragma, criando espaço para o pulmão aumentar de volume, o que move a
coluna através da ação da parte posterior do diafragma sobre as vértebras. Esse
movimento, por seu lado, faz com que a coluna sofra uma retificação momentânea
da sua lordose, o que vai pressionar a junção esfeno-basilar, e, como
conseqüência, mover os ossos do crânio de forma sincronizada, e etc, etc, etc.
Quanto aos fatores emocionais, estes também são acelerados pela respiração, pois
nossa mente necessita trabalhar com maior rapidez uma vez que estamos movendo
o sistema estrutural mais rapidamente. Simultaneamente, os fatores químicos são
acelerados, pois, para raciocinarmos mais rapidamente, precisamos, entre outros,
de mais neurotransmissores, de mais hormônios e de eliminar rapidamente as
toxinas criadas pelos processos químicos naturais do sistema corpo/mente. Como
se vê, uma mudança num fator estrutural automaticamente altera os outros dois
fatores.
Fatores Emocionais
Por outro lado, se, por exemplo, estamos mais, ou menos, ansiosos, isso vai afetar
a velocidade com que nosso diafragma se move, criando uma interação direta entre
os fatores emocionais e os fatores estruturais. Portanto, quanto mais ansiosos, com
maior velocidade nosso diafragma vai mover e mais necessidade de produtos
químicos teremos no sistema para que ele funcione adequadamente, o que vai
afetar os fatores químicos. No limite, teremos a impossibilidade da estrutura
corporal mover com a velocidade que nossa ansiedade está demandando o que
levará a uma “falência” do sistema corpo/mente e ao aparecimento de fatores
extremos físicos – tais como taquicardias, pressão no peito, dores inexplicáveis no
tronco, emocionais –, depressão, insônia, angústia, etc., e químicos – alergias,
rinites, diarréias, suores profusos, etc. Ao conjunto desses fatores, muitos chamam
de síndrome do pânico, uma vez que, conscientemente, não conseguimos
identificar a razão do aparecimento de todos esses sintomas. Para o sistema entrar
nesse processo, é necessário que a quantidade de toxinas do sistema ultrapasse a
capacidade dele em reclicá-las. Da mesma forma, se estamos ansiosos, e fazemos
alguma atividade física, isso diminui nossa ansiedade, pois ajuda na eliminação das
toxinas químicas existentes no sistema corpo/mente. Como se vê, há uma
interação direta entre os fatores emocionais, os fatores físicos e os fatores
químicos.
Fatores Químicos
Se nós respiramos mais, ou menos, rapidamente haverá uma troca de oxigênio
mais, ou menos, intensa em nossos pulmões. Por outro lado, se estamos num
ambiente em que há muitos produtos químicos agressivos, isso vai debilitar nossa
respiração, afetando os fatores emocionais e, como conseqüência, vai criar
emoções negativas em nosso sistema corpo/mente. Uma das principais emoções é
a ansiedade, uma vez que não conseguimos respirar corretamente porque o
sistema corpo/mente está sendo intoxicado pelos xenobióticos (fatores químicos
agressivos advindos do meio ambiente). Além disso, quando estressamos, nosso
sistema corpo/mente inicia uma série de processos químicos automáticos de
sobrevivência, o que vai afetar nossos fatores estruturais e, como já vimos, os
fatores emocionais. Dentre esses fatores destacamos a produção de adrenalina que
acelera o batimento cardíaco, aumentando o movimento dos pulmões, e a produção
de colesterol e cortisol em grandes quantidades o que altera o funcionamento do
sistema químico e, como conseqüência do sistema emocional. Outros fatores
químicos importantes são os alimentos que ingerimos e produzem alergias internas
(na mucosa gastro-intestinal) o que, como resultado, produz um excesso de
aldeídos na corrente sangüínea e desbalanceia o sistema. Da mesma forma, se uma
alimentação é pobre em minerais, dentre eles o zinco, o magnésio e o molibdênio,
nosso sistema perde a capacidade de se desintoxicar.
Como pudemos ver, para o BM, a resposta à pergunta inicialmente feita é clara:
“Saúde é o equilíbrio dos fatores estruturais, dos fatores emocionais e dos fatores
químicos entre si e o equilíbrio deles no meio ambiente em que nos encontramos”.
Por conseguinte, estar balanceado é ter a capacidade de manter nosso sistema
corpo/mente em equilíbrio através de procedimentos simples, e naturais, que
compõem o conjunto de técnicas que denominamos BM.