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Desenvolvimento Moral segundo Piaget

Célio Rodrigues – 3003

Em Busca da Autonomia

Há um escritor que diz que moral é a regra de bem proceder, e ética é o estudo
da moral de diversos contextos e culturas, sob o crivo da filosofia. É argumentar
um proceder correto e reto. Diversos pensadores se debruçaram sobre essa
questão, temos Sócrates na Grécia, temos Kant na Alemanha, temos Cristo nos
nossos corações.
Segundo Piaget, o desenvolvimento da moral tem três fases: a anomia, a
heteronomia e a autonomia. Na anomia, é a fase natural de egocentrismo da
criança, o que importa para ela é apenas a satisfação das suas vontades, desejos
e anseios. Se ela não consegue, ela chora. Se ela não alcança, faz pirraça. Mas
com o passar do tempo a criança vai entrando na heteronomia, vai
descentralizando o seu ego e tendo uma visão maior da realidade, é quando ela
entende que regras devem ser cumpridas e normas obedecidas. A família tem
um enorme papel nessa fase, através da disciplina pelo amor, do convite ao
autocontrole pelo afeto. Os amigos também têm sua cota de contribuição, pois
muitas regras são aprendidas em jogos e experiências de convivência. Mas
nessa fase, a norma é exterior, a criança precisa de códigos e manuais de
conduta para se relacionar em sociedade, mantendo-se na heteronomia, e muitos
adultos não ultrapassam esse período de desenvolvimento da moral. A
autonomia é quando a moral está escrita no coração do indivíduo, quem o dirige
é sua própria consciência, distinguindo o bem do mal, o certo do errado. Talvez
seja por isso que a educação seja mais importante que a política, pois se você
muda o coração da criança, não precisará de uma lei para regulamentar seu
comportamento, a lei já está dentro dela, nos seus princípios de amor. Logo, se
desejamos ajudar as crianças a encontrar a autonomia, comecemos coma nossa
reforma íntima, pois Gandhi disse que devemos ser a mudança que queremos
ver no mundo. Viver a humildade, a misericórdia, a compaixão, a paciência, a
resignação, a resiliência, a coragem, a tolerância e diversas outras virtudes que
se unem e dialogam para forjar o amor, que é a obra-prima do Autor da Vida.
Comecemos por nós mesmos através do autoconhecimento, estudemos as
nossas intenções em todas as experiências da vida, e retifiquemos nossa
intenção quando ela não estiver de acordo com os princípios do bem. A intenção
é o núcleo de tudo, ela que comanda nossas atitudes, e se não estiver
fundamentada na bondade, retifiquemos nossa mente para que ela se habitue,
pela repetição, a só vibrar no bem. A função da educação não é apenas
instrução, mas também, construção de bons hábitos.

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