Você está na página 1de 13

Índice

Introdução ....................................................................................................................................... 1

1. Aproximação do individuo com as profissões ......................................................................... 2

2. Escolha profissional e mercado de trabalho ............................................................................ 3

3. Autoconhecimento e informação profissional ......................................................................... 5

4. Factores sociais da escolha profissional .................................................................................. 7

4.1. Factores Políticos ................................................................................................................. 7

4.2. Factores Económicos ........................................................................................................... 7

4.3. Factores Educacionais .......................................................................................................... 7

4.4. Factores Familiares .............................................................................................................. 8

5. Estado de carência ao nível de vida médio e a elite ................................................................ 8

Conclusão ...................................................................................................................................... 10

Bibliografia ................................................................................................................................... 11
Introdução
A orientação profissional e vocacional apresenta grande relevância no ambiente estudantil e
académico, sobretudo no contexto moçambicano, pois durante a juventude, os estudantes
vivenciam uma grande pressão social e da família quanto à escolha da profissão, um momento de
indecisões que permeiam a vida do jovem a respeito do futuro. A orientação profissional
objectiva oferecer condições para que a pessoa reflicta, com autonomia, sobre a escolha
profissional.
Entretanto, a orientação profissional não tem a função de direccionar a escolha profissional para
cursos de nível superior ou para as profissões que a sociedade espera serem financeiramente
gratificantes. Visto que alunos de escolas públicas geralmente apresentam condição
socioeconómica baixa, é importante destacar que as escolhas continuam presentes, desta forma,
os alunos podem decidir continuar os estudos mesmo vivenciando dificuldades financeiras ou
estudar e trabalhar.

Neste trabalho procura-se abordar a aproximação do individuo com as profissões debruçando-se


sobre a escolha profissional e o mercado de trabalho; o autoconhecimento e a informação
profissional; os factores sociais da escolha profissional bem como o estado de carência ao nível
de vida médio e a elite. O trabalho resulta de uma pesquisa bibliográfica assente em fontes
devidamente citadas ao longo do texto e mencionadas na bibliografia.

1
1. Aproximação do individuo com as profissões
Segundo Bock (2002) a escolha profissional resulta de um processo, mas é efectivada em
determinado momento, estabelecido socioculturalmente.
De acordo com Ferretti (1997), a escolha da profissão parece estar relacionada a uma decisão
individual, mas essa questão envolve um conjunto de factores, isto é, para que se decida é
necessário avaliar factores económicos, sociais, políticos, culturais, familiares, que devem ser
pensadas e conversadas com os jovens que se iniciam na escolha profissional, com a finalidade
de permitir o conhecimento sobre as possibilidades e limites em relação a si mesmo e ao meio
socioeconómico e cultural em que vivem.

Bock (2002) explica que a melhor escolha profissional é aquela que consegue dar conta
(reflexão) do maior número de determinações para, a partir delas, construir esboços de projectos
de vida profissional e pessoal, por isso, as actividades de roda de conversa procura orientar os
alunos por meio de experiências vividas por outros profissionais. A diversidade de relatos pode
levar o aluno a pensar sobre as possibilidades que são apresentadas a ele como escolhas.

Daí que uma alternativa viável de aproximação do individuo com as profissões pode ser a roda
de conversa sobre profissões.
A Roda de Conversa sobre Profissões justifica-se por possibilitar momentos de diálogos entre
alunos e profissionais da comunidade sobre experiências de trabalho, de escolha profissional, de
mercado de trabalho, de vivenciar a saída da casa dos pais e outras questões familiares, entre
outros aspectos.
Segundo Coelho (2007) a roda de conversa é um método que cria espaços de diálogo, em que as
pessoas podem escutar os outros e a si mesmos. Para ela as trocas de experiências, conversas,
discussão e divulgação de conhecimento constroem esse método.
A roda de conversa consiste em uma participação colectiva de debates sobre as diversas
profissões, por meio da criação de espaços de diálogo.
A Roda de Conversa sobre Profissões tem o objectivo de informar os estudantes, oferecer uma
possibilidade de reflexão por meio de esclarecimentos e relatos sobre o conhecimento acerca de
cursos, profissões, mercado de trabalho, enfim troca de experiências.

2
2. Escolha profissional e mercado de trabalho
Na busca pela profissionalização e inserção no mercado de trabalho, a necessidade da
qualificação e a passagem pelo ensino superior é quase que unânime entre adolescentes, jovens e
adultos. A decisão de ingressar num curso superior aborda questionamentos que se ampliam,
desde a descoberta pela área de interesse até a preocupação com a escolha da profissão certa que
atenda aos interesses tanto pessoais quanto financeiros. Na sociedade actual, aumentaram as
dificuldades no que tange à escolha profissional e ao curso de graduação.
Alguns motivos resultam de ordem pessoal, outros de ordem geral. Segundo Silva et al. (2004) a
mudança do mercado de trabalho, o reflexo das inovações tecnológicas na indústria, da
informática, das telecomunicações e da robótica alterou os métodos, as rotinas, os dispositivos e
a quantidade de trabalho, exigindo mais do profissional em vários campos do conhecimento.
O mercado de trabalho pode ser entendido como um mecanismo de oferta e procuras constituídas
pelas empresas e pelas oportunidades de trabalho. Portanto, mercado de trabalho é um sistema de
oferta e procura, mas não necessariamente quer dizer que há um equilíbrio entre elas. Desta
forma, tudo que nos é informado e entendemos sobre o mercado sofrem modificações devido à
evolução da sociedade e formas de produção.
Em um estudo feito por Bardagi et al. (2006) com estudantes prestes a se formar, quando se
tratava das dificuldades de percepções sobre a inserção no mercado profissional, consta que o
mercado de trabalho constitui-se tema central quando se trata da percepção de dificuldades para
inserção profissional tanto entre os alunos muito satisfeitos e satisfeitos quanto pouco satisfeitos
e insatisfeitos com a escolha. Em ambos os grupos, a tendência de queda do trabalho formal, a
maior competição entre os profissionais, a maior exigência de qualificação, a necessidade de
experiência, entre outros aspectos, foi apontada, reflectindo um conhecimento da realidade actual
do mundo do trabalho.
Para Fior e Mercuri (2004), o mercado de trabalho é um mercado de encontro entre trabalhadores
que oferecem os seus serviços e as empresas que os procuram para satisfazer as suas
necessidades produtivas. Dessa forma, a transição da vida académica para o mercado de trabalho
é um dos trajectos centrais para o jovem no caminho da construção da vida adulta.
Muitas vezes a dicotomia entre a escolha profissional e o mercado de trabalho incapaz de
responder a demanda ou ao elevado número de candidatos a determinados empregos em
detrimentos de outros faz com que muitas pessoas passem a trabalhar fora da sua área de

3
formação. Por outro lado as dificuldades económicas para fazer um curso do emprego desejado
pode fazer com que algumas pessoas passem a trabalhar onde não queriam, isso para suprirem
suas necessidades financeiras.
Muitos profissionais estão se dispondo a exercer actividades com as quais não se identificam o
que se deve ao fato do contexto em que estão vivendo. Em um estudo feito por Bardagi et al.
(2006) entre estudantes formandos de diversos cursos universitários, foi relatado que vários
alunos estavam envolvidos com actividades remuneradas fora de seus cursos, revelando tanto a
presença de múltiplos interesses, quanto as exigências impostas pelas condições
socioeconómicas durante a formação académica, na qual se esperava comprometimento e
investimento emocional, familiar e financeiro. Por exemplo, provavelmente o estudante que
prioriza a obtenção de um emprego, necessita contribuir para a renda familiar, porém, se
envolverá menos com as actividades do curso. Estudos apontam que trabalhos não associados à
formação tendem a ter um impacto negativo sobre o estudante e seu comprometimento com a
escolha e a satisfação, aumentando a ansiedade com a formação e o desenvolvimento vocacional
destes alunos.
Questões quanto a escolha da profissão pelo indivíduo podem ser influenciadas por diversas
formas como a reputação, aos requisitos exigidos no mercado, empregos seguros, como também,
a influência da cultura e da sociedade, família e escola no processo da escolha da vocação.
Vários desafios são enfrentados pelos jovens quando se vêem frente ao mercado de trabalho e à
necessidade de serem inseridos nele, precisando se capacitar para acompanhar as transformações
do mercado e da sociedade. Oportunidades de trabalho são vistas pelo estudante como um sonho
a se realiza. Pois estão inseridos num mercado em que quanto mais capacitado o profissional,
maior sua empregabilidade. “A exigência do conhecimento e experiência que se buscam no
jovem é exorbitante para aqueles principalmente que buscam o primeiro emprego” (Biase, 2008).
Percebe-se que o crescimento populacional não acompanha a geração de novos postos de
trabalho, ou seja, há muito mais demanda do que oferta de vagas de empregos no mercado.
Ao mesmo tempo em que está aumentando o grau de escolaridade, também está crescendo o
nível de exigência das empresas. Portanto, segundo Biase (2008), estudante que deseja se inserir
no mercado de trabalho deve constantemente se manter informado quanto ao mercado, buscando
novas especializações e conhecimento de diversas áreas.

4
Um dos desafios enfrentados pelos jovens quando estão para finalizar o curso e dar início à
actividade profissional é a insegurança. No período final da formação, o sentimento de dever dos
alunos aumenta, predominando uma debilidade e pressentimento de pouco conhecer para
enfrentar o mundo de trabalho, de acordo com Maroco (2007) que descrevem uma experiência
com estudantes de último ano do curso de Psicologia. Com isso, eles sentem-se interessados em
ferramentas que lhes darão estratégias para a busca de trabalho, como oficinas de currículos,
banco de empregos etc. Nota-se, assim, a importância de a própria universidade incentivar os
alunos na busca de trabalho, desenvolvendo seus conhecimentos e aperfeiçoando suas
habilidades.
Diante ao que foi exposto, acredita-se também que a preocupação dos jovens actualmente quanto
a grande competição no mundo do trabalho e dessa procura do curso superior seja de cada vez
mais investimentos numa formação de amplo conhecimento e não só especializado.
No entanto, cursar o ensino de graduação só para ter um diploma não irá solucionar os problemas
da concorrência na inserção no mercado de trabalho, mas os multiplica. Portanto, é necessário ter
uma formação plena com sucesso, além de objectivos reais e sólidos.

3. Autoconhecimento e informação profissional


Considerando-se o autoconhecimento como “as informações que uma pessoa possui sobre seu
modo de ser, suas características principais, valores pessoais, crenças, habilidades, gostos,
interesses e metas pessoais” (Soares, 2000).
Uma pessoa procura informação profissional quando as acções indicam que o transcorrer da vida
já foi ou está se processando fora do curso esperado, indicando uma distância entre “o que é” e
“o que deveria ser” ou “gostaria que fosse”. O objectivo da orientação de carreira é habilitar o
indivíduo para viver o melhor caminho. Em todos os problemas de carreira o indivíduo é visto
como paciente ou como vítima de uma situação. “O objectivo do orientador é fazer com que ele
possa ser o agente capaz de tomar as acções efectivas e significativas para obter os seus
objectivos na vida” (Soares, 2000).
Nas palavras de Martins (2007) o universo de possibilidades no qual o sujeito exerce suas
escolhas é delimitado historicamente pela forma como ele compreende a realidade, definido
nesse sentido, o escopo das alternativas que lhe são apresentadas à consciência. A realidade que

5
surge diante de seus olhos não está lá desde sempre, mas se desvela diante dele a cada passo,
constituindo essa realidade e determinando o conjunto de alternativas.
Muitos autores afirmam ser necessário algum grau de autoconhecimento para realizar o
planeamento de carreira. Comenta-se que, para planejar a carreira, é essencial ter conhecimento
sobre características, gostos e interesses pessoais, pois isso facilita o processo de direccionar a
carreira para aquilo que traz realização pessoal. O objectivo do planeamento de carreira é
permitir que o indivíduo encontre algum grau de felicidade no trabalho; sem conhecimento sobre
si mesmo, parece difícil encontrar essa satisfação. A carreira é feita de muitas pequenas escolhas
e essas escolhas precisam estar baseadas nos interesses da pessoa, no que ela gosta de fazer.
Dessa forma, a principal relação que se estabelece entre o autoconhecimento e o planeamento de
carreira é que aquele pode auxiliar a pessoa em seu processo constante de escolhas e na busca
por realização profissional.
É importante ter autoconhecimento, mas isso não é essencial para planejar a carreira. Para quem
apresenta uma concepção de carreira limitada à ascensão de cargos e salários e, portanto, ao
modelo tradicional de carreira, o ideal seria receber orientação desde muito cedo. Essa
orientação, e não o autoconhecimento, é que auxiliaria o processo de escolhas e a tomada de
decisões na carreira.
Para Lisboa (2000) “não sermos reprodutores de modelos de uma sociedade que não privilegia o
humano, mas sim o capital; significa sermos comprometidos e criativos; comprometidos
connosco e com os outros; não vermos somente a parte, mas o todo; não olharmos somente para
nós mesmos, mas olharmos para o outro com todas as suas possibilidades e diferenças; não
agirmos visando somente a nós, mas também aos outros; compartilhar, interessando-nos,
interagindo, comprometendo-nos”.
O orientador profissional, hoje mais do que nunca, precisa comprometer-se. Precisa mergulhar
no caldo social ao qual pertence e dele emergir impregnado da cor que lhe for dada, como sujeito
reflexivo, não somente alguém que pensa a realidade, mas o faz criticamente.

6
4. Factores sociais da escolha profissional
Conforme Soares (2002) os factores sociais da escolha profissional se sintetizam na busca da
ascensão social através de formação académica (curso superior, tendo a escolher o curso devido
a renda futura que tal profissão lhe renderá), influência da sociedade e globalização na família e
no indivíduo. Referem-se à divisão da sociedade em classes sociais, à busca de ascensão social
por meio do estudo, à influência da sociedade na família e aos efeitos da globalização na cultura
e na família. Estes factores estão basicamente relacionados à classe social na qual o sujeito nasce
e que determinará suas oportunidades de formação profissional e de emprego. No âmbito social
Soares (2002) aponta também os seguintes factores:

4.1. Factores Políticos


Referem-se à política governamental e seu posicionamento frente à educação, em especial ao
ensino médio, pós-médio, ensino profissionalizante e universidade. Tem-se observado que o
sistema político brasileiro, até agora vigente, não tem dado a devida atenção à área da educação,
não lhe enviando os recursos necessários e nem levando a sério as leis que o regulamentam. A
falta de uma política educacional compatível com os interesses da população é um fato constante
na história de Moçambique.

4.2. Factores Económicos


Refere-se ao mercado de trabalho, a queda do poder aquisitivo (possibilidade ou não de arcar
com os custos dos estudos, seja a mensalidade, custos com moradia em outra cidade)
desemprego, falta de planeamento económico.

4.3. Factores Educacionais


É como o sistema de ensino brasileiro se constitui, o investimento destinado a este fim e a
disponibilização das universidades públicas e privadas. Referem-se ao sistema de ensino, à falta
de investimento do poder público na educação, à necessidade e aos prejuízos do vestibular e à
questão da universidade pública e privada. O ensino superior público passou a ser privilégio de
uma parcela cada vez mais reduzida da população, proveniente das camadas economicamente
mais favorecidas.

7
4.4. Factores Familiares
Referem-se à busca da realização das expectativas familiares em detrimento dos interesses
pessoais. Os desejos dos pais em relação à profissionalização dos filhos, seus valores e crenças e
como isso influenciam na decisão e na fabricação dos diferentes papéis profissionais. A família é
a célula social responsável pela transmissão da ideologia dominante, dos valores morais, dos
pensamentos e da cultura. Ela é o elo intermediário entre o social e o indivíduo a busca de
satisfazer as expectativas da família, realização de sonhos não conquistados pelos pais ou
parentes, continuação do legado profissional da família e continuidade de gerações. Pode se dizer
que nas escolhas baseadas neste factor está presente uma abertura, que é também um vínculo
entre o passado, marcado pelo fato de fazer parte de uma determinada família, com suas relações
de dependência aos pais e o futuro, onde se assumirá uma identidade adulta. Sabe-se que o
sobrenome de uma família permite tomar lugar enquanto individualidade, ou seja, ser um sujeito
de uma herança familiar, já a profissão vai permitir tomar lugar enquanto adulto, isto é, como
pessoa autónoma na sociedade. Santos 2005 diz que muitas vezes o jovem considera não só os
seus conhecimentos, assim como os conhecimentos e projectos dos pais, onde é comum o
processo de identificação com a profissão de algum familiar, pois a história familiar é um ponto
de partida para a construção de conceitos quem os jovens têm de si mesmo, assim como para a
compreensão de suas aptidões.

5. Estado de carência ao nível de vida médio e a elite


Um aspecto que distingue as noções de “desigualdade” e “diferença” é que a primeira
corresponde a diferenças não desejadas (Therborn, 2006). Como referiu um prestigiado
sociólogo português “devemos reivindicar a diferença sempre que a igualdade é opressora e
devemos reivindicar a igualdade sempre que a desigualdade é exploradora ou excludente”
(Santos, 2006). A diferença pode ser étnica, de género, de religião de nacionalidade, de cultura,
etc., mas a desigualdade aponta para estruturas mais profundas de interdependência, o que nos
obriga a ter presente o conceito de “classe social”. Acresce que este tem por trás de si toda uma
história, que, evidentemente, não pode ser ignorada.
O crescimento da classe média caminhou de par com a redução da luta de classes e o aumento da
mobilidade social, passando esta a ser olhada – pelo menos no contexto europeu – como
resultado da conflitualidade e da reestruturação das oportunidades e relações de poder. “As

8
classes fragmentaram-se e as desigualdades tornaram-se mais plurais e dispersas” (Therborn,
2006).
A classe média continua a revelar um peso escasso e uma duvidosa solidez, se comparada com as
elites. O sistema de ensino superior, geralmente considerado um dos principais canais de
promoção da mobilidade debate-se com indefinições diversas e muitos jovens que o frequentam,
sobretudo os que são oriundos da classe trabalhadora menos qualificada, correm o risco de não
acederem a uma profissão que lhes garanta um estatuto social substancialmente superior ao das
suas famílias de origem. Todavia, é de realçar o seu importante papel enquanto meio de combate
à discriminação sexual, já que a população maioritariamente feminina que frequenta o ensino
superior está a procurar aproveitar as credenciais aí alcançadas para disputar com o sexo oposto
posições mais igualitárias no mercado de trabalho. Se os obstáculos a essa pretensão são ainda
relevantes, a situação melhorou substancialmente em diversos sectores profissionais.

9
Conclusão
São cada vez maiores os desafios e as dúvidas no processo de escolha da profissão pelos jovens
desde o nível médio, que almejam segurança e realização profissional em Moçambique e no
mundo. A orientação profissional deve promover a reflexão das condições do mercado de
trabalho, das aptidões, gostos e desejos profissionais de forma preventiva e auxiliar o jovem a
fazer escolhas ponderadas e maduras em relação à escolha profissional.
O processo de escolhas requer estímulos a serem considerados como a aprendizagem, que é o
objectivo geral da Orientação Profissional.
Dentre os factores, que influenciam na decisão, como características individuais, convicções
políticas, religiosas, crenças, também as famílias têm grande influência, ajudando ou dificultando
na escolha. Pois a família tem história e características próprias e valores particular dado às
profissões.
O mercado de trabalho exige um profissional polivalente e bem orientado. Deste modo o modelo
de orientação profissional que medem características pessoais às quais encaixem numa profissão
está ultrapassado. Nesta mesma direcção, embora isso seja verdade, há uma busca mítica pela
orientação profissional, a crença de que o processo traga uma resposta mágica e solucione as
angústias decorrentes da escolha de uma profissão. A orientação profissional deve estar
disponível a todos os alunos do ensino médio, independente de sua classe económica,
proporcionando-lhes informações sobre a realidade do mercado de trabalho e do país, e
permitindo o conhecimento de si mesmo.

10
Bibliografia
Bardagi, M. P. et al. (2006). Escolha profissional e inserção no mercado de trabalho:
percepções de estudantes formandos. Artigo. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Biase, E. G. (2008). Motivos de escolha do curso de graduação: uma análise da produção
científica nacional. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, p.
22.
Bock, S. D. (2002). Orientação profissional: a abordagem sócio-histórica. São Paulo: Cortez.
Coelho, D. M. (2007). Intervenção em grupo: construindo rodas de conversa. Anais do XIV
Encontro Nacional da Abrapso, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Coelho, J. A. (2006). Organizações e carreiras sem fronteiras. In Costa, I. de S. A. da &
Balassiano, M. Gestão de carreira: dilemas e perspectivas. São Paulo: Atlas.
Ferretti, C. J. (1997). Uma nova proposta de orientação profissional. São Paulo: Cortez.
Fior, C. A., & Mercuri, E. (2004). Formação universitária: o impacto das actividades não
obrigatórias. Em: E. Mercuri& S. A. J. Polydoro (Orgs.), Estudante universitário: características
e experiências de formação. Cabral Editora e Livraria Universitária, São Paulo, SP, p.129-154.
Lisboa, M. D. (2000). A formação de orientadores profissionais: um compromisso social
multiplicador. In Soares, D, H. P. & Lisboa, M. D. (Orgs.). Orientação Profissional em Ação:
formação e prática de orientadores. São Paulo: Summus. Lisboa.
Maroco, J. (2007). Análise Estatística com Utilização do SPSS. (2ª ed.). Edições Sílabo:
Martins, L. C. (2007). Escolha profissional e desenvolvimento: contribuições a partir da
perspectiva sócio-histórico-cultural. In Barros, D. T. R., Lima, M. T., & Escalda, R. (Orgs.).
Escolha e inserção profissional: desafios para indivíduos, famílias e instituições: orientação
profissional: teoria e técnica (Vol. 3). São Paulo: Vetor.
Santos, B. S. (2006), A Gramática do Tempo: para uma nova cultura política. Porto:
Afrontamento.
Silva, R. B. et al. (2004). Percepções atuais na orientação e re-orientação profissional.
Barborói, n. 20, p. 71-83, jan –jun.
Soares, D. H. P. (2000). As diferentes abordagens em orientação profissional. In Soares, D. H.
P. & Lisboa, M. D. (Orgs.). Orientação profissional em ação: formação e prática de
orientadores. São Paulo: Summus.

11
Soares, D. H. P. (2002). Orientação Vocacional Ocupacional: novos achados teóricos,
técnicoseinstrumentais.2ª Ed. Artes Médicas.
Therborn, G. (Ed.) (2006), Inequalities of the World. London:Verso.

12

Você também pode gostar