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Direito Processual Penal

Lei processual penal:


Eficácia no Tempo:
ULTRA ATIVIDADE: quando o período de vigência da lei é posterior da sua entrada em vigor.
RETROATIVIDADE: quando o período de vigência da lei é anterior a sua entrada em vigor, lei
posterior revogada alcança os fatos passados, pois benéfica mais o réu do que a lei revogada.

⇥ Princípio Aplicável: aplicação imediata. ‘’TEMPUS REGIT ACTUS’’ (tempo rege a ação). Os Atos
sendo feito de acordo com a nova lei.

⇥ Efeito: ‘’EX NUNC’’ nunca retroagirá.

⇥ Repristinação: não se aplica, exceto se for expressa ou manifestada.

Eficácia no Espaço: Aplica a territorialidade, aplicando o código brasileiro quando o crime for
praticado em território brasileiro.

Interpretação:
⇥ Analogia: não existe lei, não existe analogia de norma penal incriminadora, utiliza-se caso
semelhante, somente utilizada para beneficiar o acusado.

Interpretação Extensiva: tem norma regulamentadora, vai alagar, ampliar, abranger maior
quantidade de casos concretos.

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Interpretação Analógica: tem norma regulamentadora, porém é uma lei genérica, sendo uma
atividade interprete diante de uma norma específica que dentro de seu conteúdo apresente
expressões abertas.

⇥ Juiz das Garantias – arts. 3-A / 3 – F (Lei 13.964/19)


‘Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de
investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação.’

‘Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e
pela salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à autorização prévia do
Poder Judiciário, competindo-lhe especialmente:

I - Receber a comunicação imediata da prisão, nos termos do inciso LXII do caput do art. 5º da
Constituição Federal;

II - Receber o auto da prisão em flagrante para o controle da legalidade da prisão, observado o


disposto no art. 310 deste Código;

III - zelar pela observância dos direitos do preso, podendo determinar que este seja conduzido à sua
presença, a qualquer tempo;

IV - Ser informado sobre a instauração de qualquer investigação criminal;

V - Decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou outra medida cautelar, observado o


disposto no § 1º deste artigo;

VI - Prorrogar a prisão provisória ou outra medida cautelar, bem como substituí-las ou revogá-las,
assegurado, no primeiro caso, o exercício do contraditório em audiência pública e oral, na forma do
disposto neste Código ou em legislação especial pertinente;

VII - decidir sobre o requerimento de produção antecipada de provas consideradas urgentes e não
repetíveis, assegurados o contraditório e a ampla defesa em audiência pública e oral;

VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, estando o investigado preso, em vista das razões
apresentadas pela autoridade policial e observado o disposto no § 2º deste artigo;

IX - Determinar o trancamento do inquérito policial quando não houver fundamento razoável para
sua instauração ou prosseguimento;

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X - Requisitar documentos, laudos e informações ao delegado de polícia sobre o andamento da
investigação;

XI - decidir sobre os requerimentos de:

a) interceptação telefônica, do fluxo de comunicações em sistemas de informática e telemática ou


de outras formas de comunicação;

b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados e telefônico;

c) busca e apreensão domiciliar;

d) acesso a informações sigilosas;

e) outros meios de obtenção da prova que restrinjam direitos fundamentais do investigado;

XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do oferecimento da denúncia;

XIII - determinar a instauração de incidente de insanidade mental;

XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa, nos termos do art. 399 deste Código;

XV - Assegurar prontamente, quando se fizer necessário, o direito outorgado ao investigado e ao


seu defensor de acesso a todos os elementos informativos e provas produzidos no âmbito da
investigação criminal, salvo no que concerne, estritamente, às diligências em andamento;

XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico para acompanhar a produção da perícia;

XVII - decidir sobre a homologação de acordo de não persecução penal ou os de colaboração


premiada, quando formalizados durante a investigação;

XVIII - outras matérias inerentes às atribuições definidas no caput deste artigo.

§ 1º (VETADO).

§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da


autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito
por até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será
imediatamente relaxada.’

‘Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações penais, exceto as de
menor potencial ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa na forma do art. 399
deste Código.

§ 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões pendentes serão decididas pelo juiz da instrução e
julgamento.

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§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias não vinculam o juiz da instrução e julgamento,
que, após o recebimento da denúncia ou queixa, deverá reexaminar a necessidade das medidas
cautelares em curso, no prazo máximo de 10 (dez) dias.

§ 3º Os autos que compõem as matérias de competência do juiz das garantias ficarão acautelados
na secretaria desse juízo, à disposição do Ministério Público e da defesa, e não serão apensados aos
autos do processo enviados ao juiz da instrução e julgamento, ressalvados os documentos relativos
às provas irrepetíveis, medidas de obtenção de provas ou de antecipação de provas, que deverão
ser remetidos para apensamento em apartado.

§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos autos acautelados na secretaria do juízo das
garantias.’

‘Art. 3º-D. O juiz que, na fase de investigação, praticar qualquer ato incluído nas competências dos
arts. 4º e 5º deste Código ficará impedido de funcionar no processo.

Parágrafo único. Nas comarcas em que funcionar apenas um juiz, os tribunais criarão um sistema
de rodízio de magistrados, a fim de atender às disposições deste Capítulo.’

‘Art. 3º-E. O juiz das garantias será designado conforme as normas de organização judiciária da
União, dos Estados e do Distrito Federal, observando critérios objetivos a serem periodicamente
divulgados pelo respectivo tribunal.’

‘Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o cumprimento das regras para o tratamento dos
presos, impedindo o acordo ou ajuste de qualquer autoridade com órgãos da imprensa para
explorar a imagem da pessoa submetida à prisão, sob pena de responsabilidade civil, administrativa
e penal.

Parágrafo único. Por meio de regulamento, as autoridades deverão disciplinar, em 180 (cento e
oitenta) dias, o modo pelo qual as informações sobre a realização da prisão e a identidade do preso
serão, de modo padronizado e respeitada a programação normativa aludida no caput deste artigo,
transmitidas à imprensa, assegurados a efetividade da persecução penal, o direito à informação e a
dignidade da pessoa submetida à prisão.’

Principais princípios da Lei Processual Penal


Verdade Real (ART.156): juiz buscando provas, não julgando somente oque tem em mãos, base no bem
jurídico imensurável.

Legalidade ou Obrigatoriedade: autoridades públicas que buscam o crime, dever de agir do MP.

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⇥ Exceção: Quando não vai ser a autoridade que busca a investigação?
⇥ Ação Penal Priv: Apenas o autor tem que pedir a ação
⇥ Ação Penal Púb. Condi: A vítima tem que autorizar o processo.
⇥Transação da Pena: Um acordo penal, crimes para menor potencial ofensivo, pena máxima de 2 anos e
contravenções penais.

Oficialidade: quem busca os crimes são as autoridades.


⇥ Exceção: Quando não vai ser a autoridade?
⇥ Ação Penal Priv. É a vítima que vai atrás.
⇥ Ação Penal Subsidiária da Púb. Quando o promotor não faz a denúncia, o privado pode fazer o papel do
púb.

Oficiosidade (ART. 5º, §5): autoridades púb incumbidas devendo agir de ofício, sem necessidade de
provocação ou de assentimento de outrem.
⇥ Exceção: Quando não vai agir?
Quando for A.P.P.
Quando for A.P.C. Púb: pois precisam de autoridade para continuar o processo.

Juiz Natural: ninguém será sentenciado, senão por juiz competente.

Indisponibilidade: aplicam-se as autoridades que buscam o crime, pode pedir absolvição, mas pode não
receber, fazendo denúncia tem que ir até a sentença.
⇥ Exceção: Quando pode parar?
• Suspensão condicional do processo
• Sursis Processual: é um instituto aplicado antes da condenação do acusado.
ART 89. Lei 89.9099: Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas
ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo,
por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por
outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena.
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⇥ Atendidas as condições o juiz pode aplicar as seguintes condições:
• Reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo
• Proibição de frequentar determinados lugares
• Proibição de ausentar- se da comarca onde reside sem autorização legal
• Comparecimento pessoal e obrigatório a juízo mensamente para justificar suas atividades.
⇥ Passado o tempo, juiz declara extinta a punibilidade.

Súmulas Importantes:
⇥ Súm 536 STJ: A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de
delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.
⇥ Súm 243 STJ: O benefício da suspensão do processo não é aplicável em relação às infrações penais
cometidas em concurso material, concurso formal ou continuidade delitiva, quando a pena mínima
cominada, seja pelo somatório, seja pela incidência da majorante, ultrapassar o limite de um (01) ano.

⇥ Requisitos para a concessão da suspensão do processo são:


• Pena mínima em abstrato da infração igual ou inferior a 1 ano
• Réu não estar sendo processado ou condenado por outro crime
• Demais requisitos do sursis.

⇥ Causas de revogação podendo ser:


Facultativas:
⇥ acusado ser processado por contravenção
⇥ acusado descumprir outra condição imposta

Obrigatórias:
⇥ acusado ser processado por outro crime
⇥ acusado não reparar o dano

Sursis Processual:
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⇥ Cabimento: para qualquer crime cuja pena mínima em abstrato de ATÉ 1 ano.
⇥ Requisitos: réu primário + bons antecedentes + não ter utilizado esse benefício nos últimos 5 anos.
⇥ Momento processual: é possível no momento que ocorrer DENÚNCIA OU QUEIXA.
⇥ Quando o MP pode parar um processo?
• Somente quando o agente privado querer e;
• Suspensão condicional do Processo.

Após a análise, a acusação irá fazer uma proposta, falando que pode escolhe entre o ‘’SURSIS’’ ou
cumprimento o processo.
⇥ Réu aceita: Suspende o processo condicionalmente.
⇥ Réu Recusa: Processo continua até a sentença.
Para que o processo continue suspenso terá que cumprir as condições, descumprindo o processo continua
normalmente.
Cumprindo, terá extinta a punibilidade, podendo usar esse benefício novamente só quando passar os anos
cumpridos da suspensão + 5 anos seguintes.
⇥ Prescrição será suspensa quando o processo também for.

Suspensão Condicional da pena.


⇥ Cabimento: para qualquer crime cuja pena em concreto menor que 2.
⇥ Requisitos: réu primário + bons antecedentes + não ter utilizado esse benefício nos últimos 5 anos + se
não couber penas restritivas de direitos caberá penas alternativas.
⇥ Momento processual: quando se dá a prolação de uma sentença condenatória, final do processo.
Não cumprindo as condições irá para o cárcere.
⇥ quando se tem todos os requisitos, mas o juiz e nem o promotor não oferecer, o adv. tem que pedir a
suspensão condicional da pena.
OBS: caso o réu não cumpre os requisitos do SURSIS PROCESSUAL o processo irá continuar, após isso irá ser
condenado, pode-se utilizar nesse caso o SURSIS PENAL

Sursis:
⇥ Simples: 1 ano de serviço comunidade ou limitação do fim de semana. CONDENADO ATÉ 2A
⇥ Especial: reparar a vítima. CONDENADO ATÉ 2A
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⇥ Etário: + de 70 anos. CONDENADO ATÉ 4 ANOS.
⇥ Humanitário: Grave Doença. CONDENADO ATÉ 4 ANOS.
⇥ Período de prova do Humanitário e Etário 4 a 6 anos.

Publicidade (ART. 792): todos tem acesso ao processo

⇥ Exceção: IP não tem publicidade e sim sigilo, Polícia Civil e Militar não libera o sigilo.
⇥ ocorrendo a quebra desse sigilo estará quebrando o preceito fundamental.

Contraditório: as partes podem questionar tudo.


Espécies:
⇥ Imediata: questionar na hora, na frente do juiz.
⇥ Diferida / Postergada: não pode fazer o questionamento na hora.

Inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos: no processo, investigação tem que
prestar provas legais, lícitas, válidas.

Devido Processo Legal: para qualquer crime existe uma forma de processar, não podendo julgar por
mera fisionomia, devendo seguir o procedimento.

Estado de Inocência ou Presunção de Inocência: garantia processual atribuída ao acusado pela


pratica da infração, oferecendo a prerrogativa de não ser considerado culpado por ato delituoso até que a
sentença penal condenatória transite em julgado.
⇥ quem for preso cautelarmente não fere nenhum princípio.

Ampla Defesa: a todo acusado a mais completa defesa, pessoal ou técnica, efetuada por um defensor.

Favor Rei: a dúvida sempre beneficiará o acusado, se houver as duas interpretações, deve se optar pela
mais benéfica.

Identidade Física do Juiz: o juiz que produzir provas é apto para sentenciar.
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Prazos no Direito Processual Penal.
⇥ Contagem: art. 798, parágrafo 1º, do CPP; sempre em dia útil, excluindo o dia quando ocorrer a intimação
do réu (precisando ser útil também), contando então o primeiro dia da contagem e o dia final do prazo é
incluído (também devendo ser útil).
⇥ OBS: Súmula 310 do STF: Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de
intimação for feita nesse dia, o prazo judicial terá início na segunda-feira imediata, salvo se não houver
expediente, caso em que começará no primeiro dia útil que se seguir.

⇥ Fluência dos Prazos: art. 798, caput, do CPP; é contínuo e sem ininterruptibilidade.

⇥ Término do Prazo em Domingo ou Feriado: o término precisa ser em dia útil também, se terminar no
domingo vai para o próximo dia útil.

Inquérito Policial– Arts. 4º a 23

A persecução penal se desenvolve em duas fases:


⇥ Investigação: Em regra é a Polícia Civil, PM não faz investigação, apenas previne o crime.
⇥ Ação Penal
Investigação: Quando não será Polícia Civil?
Regra e Exceção: ⇥ O MP tem poder de investigação
⇥ O magistrado, o juiz podem investigar se a lei autorizar
⇥ CPIS, podendo investigar
⇥ Agentes fiscais do trabalho, da receita federal, conselho tutelar.

⇥ Conceito de IP: conjunto de diligências, atos investigatórios, realizadas pela polícia judiciária com o
objetivo de investigar as infrações penais e colher elementos necessários para que possa ser proposta a
ação penal.

Destinação do IP, para que serve?


⇥ para uma futura e eventual ação penal

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Quem preside o IP?
⇥ é a autoridade policial, delegado que manda no inquérito

Existe o Juizado de Instrução no Brasil?


⇥ juiz que investiga, acusa e condena, podendo excepcionalmente investigar. NUNCA ACUSA, não existe no
Br o juizado de instrução.

Características do IP:
⇥ É peça meramente informativa; busca dar base a investigação criminal
⇥ É dispensável, pois quando o MP, na hipótese de ação penal pub, já contar com informações suficientes
para a sua propositura.
⇥ O IP é escrito (art.9º CPP), ato solene, sempre será escrito
⇥ O IP é sigiloso (art.20 CPP); adv., tem a prerrogativa para ter acesso ao IP, deve ter uma procuração para
que tenha esse acesso.
⇥ O IP é inquisitivo (art. 14 do CPP), interrogar não tendo ampla defesa, podendo pedir ao adv. a
integridade, não se defende cliente em IP.

⇥ Valor probatório do IP: não possui valor probatório, juiz não podendo condenar apenas com o IP.

Início do IP:
⇥ Crime de Ação Penal Publica Incondicionada – art. 100 CPP.
• Por portaria – “ex oficio” - art. 5º, I, CPP: ato adm, por meio que o Delegado determina
• Requisição do juiz - art. 5º, II, CPP: Juiz manda, o que tem que ser feito
• Requisição do MP - art. 5º, II, CPP: idem ao item acima
• Requerimento da vítima – art. 5º, II, CPP: Perguntando se quer ou não.
• Auto de prisão em flagrante.

⇥ Ação Penal Pública Condicionada – art. 5º, §4º.


• mediante representação da vítima ou de seu representante – delatio criminis postulatória,
precisando da autorização da vítima, devendo esta representar o MP para iniciar a investigação
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• mediante requisição do Ministro da Justiça – crime contra a honra do presidente, ordem do Ministro
da Justiça para iniciar o processo.

⇥ Ação Penal Privada (aplicando os 5 requisitos anteriores)


• mediante requerimento da vítima ou quem tem qualidade para intentar Ação penal (art. 5º, §5º)

*Termos técnicos para responder na prova sobre instauração do inquérito*


⇥Cognição imediata: de ofício
⇥ Mediata ou delatio criminis simples: por 3º (delação)
⇥ Criminis postulatória: pela vítima
⇥ Coercitiva: prisão em flagrante (mediante portaria)
⇥ Inqualificada: denúncia anônima

Do Indiciamento:

⇥ O que é?
Ato adm, que formaliza a imputação de um crime, a autoria de um crime a alguém.

⇥ Consequências?
• Quem é indicado vai porque responderá por algum crime
• Ele deverá ter que ser ouvido, não devendo ser obrigado a falar, mas a interrogativa deve ser feita.

⇥ Indiciado menor (art. 15 CPP): se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curado pela autoridade
policial. Apenas menores de 18 anos.

⇥ Índio precisa de curador?


Índio socializado não precisa de curador.

⇥ Incomunicabilidade do preso – art. 21 CPP: o réu fica incomunicável por 3 dias, apenas adv. pode visitar.
⇥ Exceção: se tiver em estado de sítio ou estão de defesa o preso não pode ficar em incomunicabilidade.
⇥ Relatório Final – 10, § 1º: juntada das diligências e forma o relatório, mostrando todos os atos que o
delegado usou nas diligências.
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⇥ Prazo para a conclusão do IP.
• Regra: 10 dias preso
30 dias solto
• Possível prorrogar somente se o réu estiver solto, e sendo repetido quantas vezes o juiz aceitar.
• Exceção (lei de tóxicos): 90 dias soltos e 30 dias preso, podendo prorrogar por apenas uma vez.
• Justiça Federal: 15 dias preso e 30 dias solto.
• Economia popular: preso ou solto 10 dias.
• Hediondos e equiparados: 30 dias.

⇥ Devolução do IP para a polícia: somente se o réu estiver solto.

⇥ Arquivamento do IP: Alteração no art. 28 do CPP – Lei 13.964/19:

Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma
natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e
encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei.

§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial,
poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da
instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica.

§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão
do arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem couber a sua
representação judicial.”

O arquivamento deve se dar em duas fases:


⇥ Primeira fase: o representante do Ministério Público emite manifestação pelo arquivamento, comunica
formalmente vítima e investigados, quando existentes, advertindo expressamente da possibilidade recursal
em 30 dias (prazo que se conta da respectiva intimação e não da juntada aos autos, na linha do art. 798, do
CPP);

⇥ Segunda fase: Efetivadas as comunicações formais, ausente pedido voluntário de revisão da vítima (ou
seu representante), investigado ou autoridade investigadora, devidamente certificado o prazo, sobem os
autos para homologação do arquivamento pelo órgão competente da Instituição do Ministério Público que

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pode confirmar ou divergir, total ou parcialmente, caso em que será designado novo membro do Ministério
Público para o exercício da ação penal.

⇥ Acordo de Não Persecução Penal


Novidade art. 28-A do CPP – Lei 13.964/19: não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado
confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e
com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não
persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as
seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente:

⇥ É possível “HC” para trancar o IP?


O trancamento de inquérito policial ou ação penal por meio de Habeas Corpus é medida excepcional,
somente autorizada em casos em que fique claro a atipicidade da conduta, a absoluta falta de provas da
materialidade e indícios da autoria ou a ocorrência de alguma causa extintiva da punibilidade.
⇥ Ação Pública no IP: MP
⇥ Ação Privada: Querelante, podendo fazer novas diligencias, queixa crime, renúncia (forma de extinção da
punibilidade)

Da Ação Penal Arts. 24 a 62

⇥ Garantias – devido processo legal e acesso a jurisdição.


⇥ Classificação da Ação Penal:
⇥ Ação Penal Pública:
• Incondicionada;
• Condicionada.

⇥ Ação Penal Privada:


• Ação Penal Exclusivamente Privada;
• Ação Penal Privada Personalíssima;
• Ação Penal Privada Subsidiária da Pública.

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Ação Penal Pública Incondicionada:

⇥ Características Gerais: apenas o MP que promove, para Promotor promover, precisa de indícios de
autoria ou participação e indícios de materialidade
⇥ Crimes que afetem interesses ou patrimônio da União, Estados e Municípios – art. 24, parágrafo 2º., do
CPP.

Princípios:

Obrigatoriedade ou Legalidade Processual; se tiver os requisitos do crime, materialidade e autoria,


obrigado a iniciar

Indisponibilidade; se ele propor a Denúncia, terá que ir até o final, exceto o SURSIS PROCESSUAL
Divisibilidade: podendo o Promotor processar apenas 3 de 5 réus por exemplo, e arquivar contra os outros
2.

Ação Penal Pública Condicionada


⇥ Características Gerais:
• Apenas MP que promove;
• Precisa de indícios de autoria e materialidade;
⇥ Ele precisa de condição;
• Representação
• Requisição do Ministro da Justiça
• Condição legal
⇥ Representação:

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⇥ Conceito: é a manifestação de vontade da vítima ou de seu representante legal, no sentido de autorizar o
desencadeamento da ação penal.

⇥ Natureza Jurídica: condição objetiva de procedimentar

⇥ Oferecimento, pode autorizar:


• Indo a Delegacia
• Direto ao própria MP
• Direto ao Juiz
⇥ Exceção: Delito de menor potencial, a representação vale só se for em frente ao Magistrado.

⇥ Quem pode exercer o direito de representação:


vítima < 18 anos: representante legal
vítima > ou = 18 anos e < 21 anos: a própria vítima ou representante legal
vítima > ou = 21 anos: ofendido ou por representante legal

⇥ Observações:
Se a vítima morrer: CADI
Crimes de Lesão Corporal Leve e Culposa: representante.
Vítima Incapaz: curador, representante legal

⇥ É possível a retratação da Representação?


Sim, antes do oferecimento da denúncia

⇥ É possível a retratação da retratação da Representação?


Sim, devendo ser feito antes do oferecimento.

⇥ Prazo para representação: 6 meses, contados do dia que a vítima se sabe quem é o autor.

⇥ JECRIM: Crime culposo e de menor potencial ofensivo, prazo de 30 dias do conhecimento do autor.

⇥ Aspectos da Representação:
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• Pode ser escrita ou oral (art. 39, parágrafo 1º., do CPP);
• Pode ser realizada pela própria vítima ou por procurador com poderes especiais (art. 39, caput, do
CPP);
• Não apresenta nenhum rigor formal, basta ficar claro a vontade da vítima (STF e art. 39, parágrafo
2º., do CPP);
• Não vincula o MP (art. 28 do CPP);
• Hipótese de concurso de agentes – princípio da indivisibilidade para a vítima, quando se tem vários
réus, representa todos ou nenhum.

⇥ Prazo da Representação:
• Regra Geral: 6 meses – conhecimento da autoria! (art. 38 do CPP);
• Prazo peremptório e fatal, não se suspende, não se interrompe, nem se prorroga!
• Prazo de direito material!

⇥ Exceções:
• Lei de Imprensa (5250/67 – art. 41, parágrafo 1º.) – 3 meses da veiculação na mídia.
• JECrim (Lei 9099/95 - art. 91) – 30 dias do conhecimento da autoria.

Denúncia

⇥ Conceito: peça que inaugura o processo, incondicionada e condicionada há denúncia.


⇥ Requisitos (art. 41 do CPP):
• Exposição do Fato Criminoso: deverá o promotor escrever tudo do fato, detalhadamente
• Identificação do Réu: detalhar tudo, e se tiver mais de um réu detalhar de cada um
• Classificação Jurídica do Crime: tipificar o crime, colocar o número do artigo e etc.
• Rol de Testemunhas: não precisa necessariamente ter

⇥ Denúncia Inepta – falta dos requisitos essenciais!


OBS:

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• Convalidação da Denúncia – vícios meramente formais – art. 569 do CPP.
• Assistente do MP pode aditar a denúncia? Não, pois ele é o titular da ação.

⇥ Prazo da Denúncia (art. 46 do CPP):


• Réu Solto – 15 dias;
• Réu Preso – 5 dias;

⇥ Consequências da Inércia do MP em relação a elaboração da Denúncia:


• Réu preso pode ser solto;
• Ação Penal Privada Subsidiária da Pública (art. 29 do CPP); a vítima pode propor ação se o promotor
ficar inerte.
• Perda de Vencimentos (art. 801 do CPP); a cada dia de vencimento, menos um dia no salário
⇥ Eventual configuração do crime de prevaricação (art. 319 do CP): corrupção passiva, crimes tendo mais
de uma conduta.

⇥ Observações Importantes:
⇥ Concurso de Crimes:
⇥ É possível denúncia sem IP? (art. 39, parágrafo 5º., do CPP): sim, pois o inquérito é indispensável.
⇥ Hipóteses de Rejeição da Denúncia: art. 43 do CPP (revogado – art. 395 do CPP NOVO!).
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando;
I - For manifestamente inepta; (faltas de requisitos básicos)
II - Faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; (quando falta condição)
III - Faltar justa causa para o exercício da ação penal (excludente de ilicitude, culpabilidade, materialidade,
atipicidade, e punibilidade, indulto, anistia e etc.)

Ação Penal Privada

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⇥Titularidade da Ação x Direito de Punir!
⇥ Princípios da Ação Penal Privada:

Oportunidade ou Conveniência – ligado a proposição da ação, vítima pode querer ou não a ação

Disponibilidade – ligado ao prosseguimento da ação já proposta: a vida pode parar a ação no meio do

caminho, quando quiser.

Indivisibilidade: faz queixa contra todos ou contra ninguém.

⇥ Ação Penal Exclusivamente Privada – morte da vítima – (CO)CADI – arts. 31 e 34 do CPP; vítima vai
propor, se ela morrer ela tem a possibilidade do co CADI, para propor para ela.

⇥ Ação Penal Privada Personalíssima – morte da vítima – extinção da punibilidade – art. 30 do CPP;
somente vítima podendo propor

⇥ Ação Penal Privada Subsidiária da Pública (APPSP) – inércia do MP – 29 do CPP: juiz, MP


Prazos para a oferta da denúncia: 5 dias preso, 15 solto, MP
MP e o Querelado: 6 meses, abrindo essa janela pois o MP ficou inerte.

⇥ Cabe APPSP quando o MP requerer o arquivamento dos autos de IP?


Não, somente se o MP ficar inerte, não fazer nada.

⇥ A APPSP é dever ou faculdade da vítima?


Faculdade da vítima

⇥ Prazo da vítima? 6 meses a contar do término do prazo que o MP tem para o oferecimento da denúncia.
Começa a contar quando acaba o prazo inicial de 5 e 15 dias do MP

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⇥ Dentro do prazo da vítima oferecer a APPSP, o MP pode propor a denúncia?
Não existindo a queixa antes da denúncia poderá o MP propor a ação.

⇥ Existe limite para o oferecimento da denúncia?


Até antes da prescrição ocorrer

⇥ Papel do MP na APPSP = “interveniente adesivo obrigatório” – art. 45 do CPP.


Esse papel pode ser corrigido pelo MP aditar a ação, pois ainda é dele

Queixa-Crime:

⇥ Requisitos – mesmos da denúncia – art. 41 do CPP;


• Exposição do fato criminoso;
• Identificação do Réu;
• Classificação Jurídica do Crime;
• Rol de testemunha;

⇥ Legitimidade para ingressar com a Queixa-Crime: VÍTIMA


• vítima < 18 anos: tutor ou representante

⇥ Aspectos formais da Queixa-Crime:


• Promovida pela vítima ou seu representante legal; maior de 18 é vítima, menor = representante
legal.
• Habilitação Técnica; adv. que promove
• Procuração específica – art. 44 do CPP; devendo descrever os fatos que ocorreu no ato, fazendo a
procuração especiais para dar poder especiais ao adv.
⇥ OBS: nulidade absoluta ou relativa caso não exista uma síntese dos fatos na procuração específica?
Não gera nulidade absoluta se a procuração estiver errada, gera um prazo de 6 meses.

⇥ Prazo da Queixa-Crime:
Regra Geral: 6 meses a contar do conhecimento da autoria
Pág. 19/10 – Processo Penal.
⇥ Prazo peremptório e fatal, não se suspende, não se interrompe, nem se prorroga!

⇥ Prazo de direito material!

⇥Exceção:
• Lei de Imprensa (5250/67 – art. 41, parágrafo 1º.) – 3 meses da veiculação na mídia.
• Papel do MP na Ação Penal Privada = “custos legis” (obs.: APPSP!).

⇥ Hipóteses de Rejeição da Queixa-Crime: art. 43 do CPP (revogado – art. 395 do CPP NOVO!).
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando;
I - For manifestamente inepta; (faltas de requisitos básicos)
II - Faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; (quando falta condição)
III - Faltar justa causa para o exercício da ação penal (excludente de ilicitude, culpabilidade, materialidade,
atipicidade, e punibilidade, indulto, anistia e etc.)

Formas de Extinção da Ação Penal Privada


⇥ Decadência;
⇥ Renúncia;
⇥ Desistência;
⇥ Perdão;
⇥ Perempção.

Renúncia
⇥ Conceito: é abrir mão, deixar pra lá

⇥ Natureza Jurídica: forma de extinção da punibilidade

⇥ Momento da Renúncia: antes do início da ação, queixa ou denúncia

⇥ Decisão da Renúncia – da vítima, do acusado ou de ambos? Depende da vítima

Pág. 20/10 – Processo Penal.


⇥ Tipos de Ação Penal que permitem a Renúncia:
• Ações Penais Privadas – exceto a Ação Penal Privada Subsidiária da Pública; a subsidiária não pode
fazer renúncia
• Ação Penal Pública Condicionada – renúncia ao direito de representação, pode não querer
representar.

⇥ Formas de Renúncia:
• Expressa: quando é falado
• Tácita: prática de atos incompatíveis com o caso. Ex: casar com autor, jantar com ele e etc.

Observações Importantes:

⇥ O Recebimento de Indenização, pago pelo Querelado, significa Renúncia por parte do Querelante?
Em regra, não, exceção: se pratica lesão leve, o autor da lesão paga a lesão para a vítima e faz recebido, isso
vale com renúncia da parte da vítima, pois aceitos o dinheiro, não recebido não se caracteriza renuncia

⇥ Hipótese de Concurso de Agentes! (arts. 48 e 49 do CPP)


Deve se renunciar para todos, em virtude do princípio da indivisibilidade.

⇥ Hipótese de Concurso de Ofendidos, algumas vítimas podem renunciar e outras não? PODE.

Perdão:
⇥ Conceito: esquecimento, disposição para perdoar.
OBS: Diferença com o Perdão Judicial! 1º: que a lei permite a não aplicação da pena.

⇥ Natureza Jurídica: forma de extinção da punibilidade

⇥ Momento do Perdão: dentro do processo

Pág. 21/10 – Processo Penal.


⇥ Decisão do Perdão – da vítima, do acusado ou de ambos?
A vítima ofereceu e o réu aceita, depende de ambos

⇥ Tipos de Ação Penal que permitem o Perdão: só nas Ações Penais Privadas – exceto a Ação Penal Privada
Subsidiária da Pública;
Somente nas ações penais privadas, exceto a ação penal privada subsidiária da pública.

⇥ Limite Máximo para o oferecimento do Perdão: até o trânsito em julgado da sentença condenatória

Observações Importantes:

⇥ Hipótese de Concurso de Agentes! (art. 51 do CPP): quando se tem vários réus na hora de oferecer o
perdão é indivisível, porém o aceitamento é divisível
⇥ Não há dupla legitimidade

⇥ Hipótese de Concurso de Ofendidos!

⇥ Existe a Retratação da Aceitação do Perdão pelo Acusado?


Não, se aceitou, acaba-se o processo

⇥ É possível o Perdão Parcial oferecido pelo Querelante?


Sim, se tem dois ou mais crime ele pode perdoar um e outro não.

Diferenças entre a Renúncia e o Perdão!


⇥ Renúncia é extra processual e um ato unilateral, a vitima fala que não quer mais o processo, ocorre antes
do oferecimento.
⇥ Perdão é ato processual e ato bilateral, o réu deve aceitar, ocorre durante o processo.

Comunicações Processuais
Pág. 22/10 – Processo Penal.
Citação:
⇥ Conceito: é um ato processual que tem a finalidade de dar conhecimento ao réu da existência da ação
processual.

⇥ Penal: bem como cientifica-lo do prazo para apresentação da resposta escrita, sendo de 10 dias.

⇥ Número de citações: Regra 1


⇥ Exceção: poderá haver 2, quando se descobre novo crime do indivíduo, ou quando o réu deve arcar com
alguma dívida.

⇥ Proc. sem citação: há nulidade absoluta, expedição do alvará de soltura.

Formas de citação no processo penal: a citação pode ser REAL, FICTA E POR HORA CERTA.

⇥ Real ou pessoal: é a regra, deve ser tentada antes de passar a ficta ou por hora certa é efetuada por
mandado, carta precatória, rogatória e de ordem, podendo ser feita em qualquer dia, hora inclusive final de
semana.

⇥ Mandado: quando o réu estiver no território sujeito a jurisdição do juiz que houver ordenado, quando o
réu reside ou está preso na própria comarca onde tramita a ação penal, é feita por Oficial de Justiça,
pessoalmente. Após o Oficial de Justiça localizar o réu, deve elaborar certidão, declarando a citação ou a
recusa do réu.
⇥ Exceção: Se o Of de Just não encontrar o réu, nos endereços constantes nos autos, fará certidão
declarando que ele está em lugar incerto e não sabido, com base na certidão, juiz irá determinar a citação
por edital no prazo de 15 dias.

⇥ Citação por hora certa: quando o réu se oculta para não ser citado

⇥ Militares: se o acusado for militar a citação será feita por intermédio de seu chefe de serviço, chefe é
quem é o responsável pelo batalhão no dia da citação.

⇥ Funcionário Púb: citado por Of de Just, por meio de mandado, porém o chefe da repartição deve ser
comunicado da data em que ele deverá comparecer em juízo.

⇥ Precatória: quando o réu estiver fora do território de jurisdição do juiz processante, será citado mediante
precatória, o réu reside em comarca diversa daquela que tramita a ação penal ou está preso.

⇥ Rogatória: o acusando estando no estrangeiro em lugar sabido, será citado mediante rogatória,
suspende-se o curso do prazo da prescrição até o seu cumprimento, também se aplica para ligações
estrangeiras (Estrangeiro que trabalho no BR)

OBS: quando o réu está no estrangeiro em local desconhecido, deve ser citado por editar no prazo de 15
dias.

⇥ Carta de ordem: quando o acusado possui foro por prerrogativa de função

Diferença entre precatória e rogatória:


Pág. 23/10 – Processo Penal.
⇥ Precatória: pedido que um juiz faz para outro, de outra comarca para citar e intimar
⇥ Rogatória: se diferencia da precatória somente por seu caráter internacional.

⇥ Ficta ou presumida: é uma exceção, devendo se trazer no edital


Hipóteses: quando o réu não for encontrado para citação pessoal é necessário que o réu tenha sido
procurado em todos os endereços constados nos autos, inclusive locais de trabalho e no telefone sob pena
de nulidade da citação por edital, deve se esgotar todos os meios. A prova de que o réu está em local
desconhecido é a certidão elaborada pelo Of de Justiça, no prazo de 15 dias.

Aspectos gerais da citação por edital:


• publicação na imprensa (diário oficial)
• cópia do edital fixado no fórum (painel dos autos)
• publicação de toda denúncia ou pelo menos o dispositivo (súm 366 STF), citação por edital que indica
o dispositivo não é nula.

Réu preso pode ser citado por edital?


⇥ Se o réu estiver na mesma unidade de federação por onde transcorre o preso citação é NULA
⇥ Se o réu estiver preso em unidade de federação distintas da que transcorre o preso a citação é VÁLIDA.

⇥ ART 366: Réu citado por edital e não comparece no interrogatório e nem constitui adv., suspensão do
processo e da prescrição do crime.

Realização Defesa Técnica Comparecimento Réu no Consequências


(Adv.) Processo (Réu)
A COMPARECEU NÃO COMPARECEU PROC CONT. RÉU- Cons
Citação Ficta REVEL equê
(Edital) B NÃO COMPARECEU COMPARECEU PROC CONTINUA ncias:
NOMEIA ADV ⇥A
C NÃO COMPARECEU NÃO COMPARECEU - ART 366 réu –
revel,
efeitos da revelia, sabendo do processo, mas não comparecendo indo aos autos.
Réu não será intimado para os demais atos do processo, somente adv.
Réu pode ocorrer a decretação da prisão preventiva

⇥ B nomeação de adv. para o réu = Defensor Pub.

⇥ C há prazo para defesa:


• Obrigatória: suspensão do processo e da prescrição
• Facultativa: Decretação da prisão preventiva se presentes os requisitos e provas urgentes, produção
antecipada de provas.
Pág. 24/10 – Processo Penal.
• A suspensão do processo nesse caso não tem limite
OBS: não se aplica no Jeri, pois é sumaríssimo, não podendo citação por edital
OBS ART 360: se o réu estiver preso, será pessoalmente citado, citação real.

Realização Defesa Técnica Comparecimento Réu no Consequências Cons


(Adv.) Processo (Réu) equê
A COMPARECEU NÃO COMPARECEU PROC CONT. RÉU- ncias:
Citação REVEL
pessoal B NÃO COMPARECEU COMPARECEU PROC CONTINUA ⇥C
NOMEIA ADV ART
(REAL) C NÃO COMPARECEU NÃO COMPARECEU - RÉU REVEL, 367,
NOMEIA ADV. proce
sso seguirá sem a presença do acusado, que citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato deixar de
comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunica o novo endereço
ao juízo.

⇥ Citação por hora certa: verificando que o réu se oculta para não ser citado, o Off de Justiça, procederá a
citação como hora certa, o Of de Justiça, deve ter procurado o acusado pelo menos 2 vezes em sua
residência ou domiciliar sem encontrá-lo, e se suspeitar que o réu está se ocultando, deverá intimar
qualquer pessoa da família do acusado ou vizinho.

⇥ Após a citação o réu tem 10 dias para apresentar uma defesa técnica, resposta a acusação de resposta
escrita, peça obrigatória, a resposta a alegação é com as teses alegando tudo que quiser.

1º Tese técnica:
⇥ Preliminar, meramente processual com o objeto de obter nulidades (anula a prova)
⇥ Pode se alegar duas coisas
• Erro procedimental
• Prejuízo para o réu

2º tese é o MÉRITO (absolvição sumária)


⇥ Crime, conduta do réu
4 teses penais:
I. Excludente de ilicitude
II. Excludente de culpabilidade
III. Atipicidade
IV. Formas de extinção da punibilidade
Salvo: inimputabilidade

3º tese (pleito de provas)


⇥ Perícia
⇥ Testemunhas, rito ordinário, 8 por crime, ou por qualificadora
⇥ documentos

Pág. 25/10 – Processo Penal.


Síntese:
• Juiz – inquérito
• Denúncia
• Resposta a acusação
• Juiz pode, absolvição sumária, apelação do recurso ou instauração criminal (princípio da identidade
física do juiz)
• Produção de provas.

⇥ Prazo para provas: 60 dias (celeridade processual)

⇥ Ordem de produção de provas:


I. Instrução e julgamento ouvindo a vítima
II. Testemunha, acusação
III. Rol de testemunhas no rol da acusação
IV. Testemunha da defesa
V. Peritos
VI. Acareações
VII. Reconhecimento de pessoas e coisas
VIII. Réu sendo ouvido por ultimo para poder se defender e garantir a maior ampla defesa e contraditório
⇥ juiz que der uma decisão para anular uma produção de provas total ou parcial, cabe um recurso em
sentido restrito.

Intimação
⇥ Conceito: Ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.
⇥ Adv. constitutivo: por edital, diário oficial
⇥ Adv. dativo ou nomeado: pessoal, defensor e MP, pessoalmente, e-mail, telefone
⇥ Notificação: para atos presentes
⇥ Intimação: para atos passados.
⇥ Citação: chamamento do réu ao juízo quando se dá ciência do processo
⇥ Intimação: comunicação de um ato processual realizado, réu já foi citado.

Pág. 26/10 – Processo Penal.


Prisões

Prisão temporária: natureza cautelar com prazo preestabelecido de duração, inclusive na fase do IP. Lei
7.960/89

Requisitos:
I. Quando imprescindível para as investigações
II. Quando o acusado não tem residência fixa ou se sua identidade é duvidosa
III. Nos delitos apontados como, homicídio qualificado, crimes graves, sendo rol taxativo

⇥ Teoria utilizada: Damásio e Antônio Magalhães, sendo obrigatório o III e qualquer um sendo o I ou II.

⇥ Quem pode decretar?


Somente juízes, ninguém mais além, não podendo ser de ofício.

⇥ Tempo para o Juiz decidir: 24hrs

⇥ Duração da prisão temporária: 5 dias, contado o dia que praticou o crime, soltando 00hr do último dia,
podendo ser prorrogado por +5 dias.

⇥ Exceção: Hediondos: 30 + 30, terminando tem que ser solto.

⇥ Direitos do preso temporário:


• Informações dos direitos constitucionais
• Liberdade após transcurso da prisão
• Separação dos demais presos.

Prisão em flagrante

⇥ Conceito: Aquilo que está acontecendo:

⇥ Após receber o autor da prisão, no prazo máximo de 24 horas após a realização da prisão, o juiz deverá
promover audiência de custodia com a presença do acurso, seu adv. constituído ou membro da Defensoria
Pública e nessa audiência o juiz devera, fundamentadamente:

I. Relaxar prisão ilegal (medida cabível de defesa em face da prisão em flagrante)

Pág. 27/10 – Processo Penal.


II. Converter a prisão em flagrante em preventiva quando presentes os requisitos constantes do art.
312 deste código e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da
prisão
III. Conceder liberdade provisória, com ou sem fiança (análise do réu)

⇥ Quem poderá decretar?


Facultativo: qualquer pessoa
Necessário: autoridades competentes

⇥ Quem estará sujeito a ser preso?


Qualquer pessoa

Exceto:
• PR
• Diplomatas
• Quem presta socorros á vítima em acidentes automobilísticos
• Contravenções penais.

Requisitos formais da prisão em flagrante:


• Lavratura do auto, depende de o delegado decretar ser flagrante ou não
• Oitiva da conduta
• Oitiva das testemunhas
• Oitivas do conduzido
• Expedição da nota de culpa
• Assinatura de todos
• Comunicação da prisão ao juiz e pessoa indicada pelo preso

Após concluir a prisão: Recolhimento ao cárcere do flagrado

⇥ Exceção:
• Crime afiançável
• Direito de livrar-se do solto
• Ação penal pública e privada
• Falta de fundamento ou suspeita na prisão

Prisão Preventiva

⇥ Conceito: natureza cautelar mais ampla, sendo uma eficiente para o encerramento durante o inquérito e
fase processual

⇥ Podendo caber em qualquer fase de investigação ou do processo penal, decretado pelo juiz a
requerimento do MP do querelante ou do assistente ou por representação da autoridade policial
⇥ Poderá ser decretada como garantia da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou
para assegurar a aplicação da lei penal quando houver prova de existência do crime e indícios suficiente de
autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado

Pág. 28/10 – Processo Penal.


⇥ Poderá ser decretada também se houver descumprimento de qualquer das obrigações importas por força
das outras medidas cautelares

⇥ Deverá ser decretara e motivada e fundamentada em receio de perigo e existente concreta de fatos
novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada.

⇥ Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua
manutenção a cada 90 dias, mediante decisão fundamentada sob pena de tornar prisão ilegal.

Modalidades das Prisões


⇥ Flagrante próprio: agente surpreendido cometendo a infração ou quando acaba de comete-la,
ocorrendo imediato

⇥ Impróprio: agente é perseguido logo após a infração, presumir ser o autor do fato

⇥ Presumido: agente é preso, após cometer o crime, com instrumento, armas, presumindo ser o autor do
fato

⇥ Compulsório: policiais civis, militares, rodoviários e os corpos de bombeiro, estando em serviços, tem o
dever de efetuar prisão em flagrante

⇥ Facultativo: autoriza qualquer pessoa ou não efetuar prisão

⇥ Esperado: polícia antecipando e tendo ciência que a infração ocorrerá

⇥ Preparado/provocado: agente é induzido ou instigado a cometer o crime

⇥ Prorrogado: policial tendo a faculdade de aguardar o momento mais adequado para realizar a prisão

⇥ Forjado/Maquinado/Urdido: armado, fabricado, realizado, para incriminar pessoa inocente

⇥ Apresentação: quem se entrega a polícia não se enquadra no flagrante.

Pág. 29/10 – Processo Penal.


Ação Civil Ex Delicto
⇥ possui a finalidade de buscar uma indenização pelo dano sofrido, cuja causa de pedir é o ilícito criminal.
Após trânsito em julgado da questão penal, com a sentença condenatória, esta faz coisa julgada no direito
civil.

⇥ Dessa forma, o ofendido está habilitado a executá-la na esfera civil. E ainda, quando ocorrer uma ação
civil e outra penal junta, a ação civil poderá ficar suspensa até o resultado da ação penal.

⇥ Inicialmente deve-se considerar que, mesmo que as ilicitudes civil e penal sejam distintas, existem casos
que geram efeitos nos dois campos jurídicos. Aqui se está diante de efeitos civis da sentença penal
condenatória, pois o delito traz uma pretensão de natureza indenizatória, conforme o disposto no Art. 186
do código civil.

⇥ a ação civil ex delicto é a ação que tem por finalidade reparar um dano, tanto moral como material,
proveniente de um ilícito penal que o objeto é uma sentença penal condenatória transitada em julgado, ou
seja, um título executivo judicial, proposta contra o agente causador do dano ou contra que a lei civil
apontar como indenizador.

⇥ Sentença Penal:

⇥ A partir da leitura do § único do Art. 63 combinado com o inciso IV do a Art. 387, ambos do CPP, verifica-
se que na própria sentença penal condenatória será fixado o valor mínimo para reparar os danos causados
pela infração que será executado após o trânsito em julgado da sentença.

⇥ Assim, na legislação brasileira há a cumulação entre a pretensão acusatória e a pretensão indenizatória.


Após a condenação do réu o juiz fixará um valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração.
Entretanto, a vítima pode buscar um montante maior na esfera cível, pois, como já dito, na sentença penal
fixa-se apenas o valor mínimo.

⇥ Execução da Sentença Condenatória Penal na Esfera Cível

⇥ Conforme disposição do Art. 475-N, inciso II, do CPC, a sentença penal condenatória transitada em
julgado constitui título executivo extrajudicial. A execução civil da sentença penal segue o mesmo rito de
qualquer execução decorrente de título executivo judicial.

⇥ Quando o condenado é absolvido na revisão criminal, ficam prejudicados os efeitos na sentença


condenatória, em função da desconstituição do título, como a instauração da execução.

⇥ Já a sentença de absolvição imprópria, quando aplicada a medida de segurança ao acusado por infração
penal, não se executa na esfera civil, pois não é título executivo, visto que a lei se refere à sentença
condenatória.

Pág. 30/10 – Processo Penal.


⇥ Quanto à sentença penal condenatória que tratar de uma contravenção penal, também se executa em
sede civil, pois o Art. 1º. da lei de contravenções penais estipula que: “Aplicam-se às contravenções gerais
do código penal, sempre que a presente lei não disponha de modo diverso”.

⇥ Cabimento no Caso de Absolvição Sumária

⇥ No caso do réu ser absolvido sumariamente, analisa-se a presença de algum dos fundamentos dos incisos
do Art. 397 do CPP. Como a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato, que ocorre
quando o réu é absolvido sumariamente porque enquadrou-se em causa de exclusão de ilicitude.

⇥ Por outro lado, a vítima pode postular na esfera cível o valor dos danos sofridos no caso de estado de
necessidade agressivo, legítima defesa real e Aberractio Ictus.

⇥ Também não cabe propositura de ação indenizatória na existência manifesta de causa excludente da
culpabilidade do agente, exceto inimputabilidade. Já na hipótese do fato narrado não constituir crime e
quando extinta a punibilidade do agente não impedem a propositura da ação civil.

⇥ Legitimidade Ativa

⇥ Na ação civil ex delicto, o ofendido, seu representante legal e seus herdeiros possuem legitimidade ativa.
Ofendido é aquele que foi diretamente prejudicado pelo fato delituoso. Como substituto processual, pode
agir o ministério público sempre que o titular do direito à reparação do dano for pobre e dessa forma o
requerer.

⇥ No processo penal considera-se pobre a pessoa não puder prover às despesas do processo, sem privar-se
dos recursos indispensáveis ao próprio sustento e de sua família.

⇥ Conclusão

⇥ A ocorrência de um ilícito penal, sem dúvida pode trazer reflexos à esfera civil. Na atual legislação civil,
toda ação ou omissão voluntária, negligência, imperícia, violação de direito e dano a outrem, mesmo que
apenas moral, obriga a reparar o dano.

⇥ Destarte, como há ilícitos penais que extrapolam a esfera criminal e causam efeitos na esfera civil, a ação
civil ex delicto torna-se um mecanismo eficiente na concretização de direitos e no acesso à justiça, que se
opera no âmbito civil.

Pág. 31/10 – Processo Penal.


Competência
⇥ Competência por conexão: 2 ou mais delitos tendo nexo

⇥ Efeitos: Unificação dos delitos em único processo

⇥ Espécies de Conexão:

• Intersubjetiva: entre várias pessoas

• Intersubjetiva por simultaneidade: entre várias pessoas, crimes praticas ao mesmo tempo, não
existindo liame subjetivo (autoria colateral)
Ex: brigas entre times no jogo de futebol e vai surgindo pessoas e pessoas sem combinação

• Concursal ou por concurso: há combinação antes


Ex: la casa de papel (tendo 3º envolvido)

• Reciprocidade: Prática do crime com várias pessoas com combinação entre si


Ex: rivalidade com outras pessoas ou grupos

• Conexão Objetiva, lógica ou material: Quando uma infração é pratica para: facilitar a execução de
outra (obj teológica)
Ex: 1 réu pratica crime único para facilitar a execução de outro

• Objetiva consequencial: ocultar, garantir vantagem ou impunidade a outra


Ex: para ocultar a prática de outro crime, mato a testemunha

• Conexão Instrumental: quando a prova de um crime influi na prova de outro crime


Ex: furto e receptação, uma pessoa que compra uma mercadoria por meio ilícito.

⇥ Conexão por continência: conduta englobada com outra


• Hipóteses: Cumulação Subjetiva: existe um único crime e duas ou mais pessoas em concurso
Ex: duas ou mais pessoas combinam um único crime
• Cumulação Objetiva: vários crimes, apenas por uma conduta, através de uma pessoa.

Foro Prevalente

⇥ Concurso entre a competência do júri e crime comum = júri

⇥ Concurso de crimes comuns = crime de maior potencial ofensivo


⇥ Não existindo diferença entre jurisdição competente, gravida e número de infrações = 1º que tomar
conhecimento
Pág. 32/10 – Processo Penal.
⇥ Concurso de crimes entre jurisdição comum e especial = especial

⇥ Justiça Estadual e Federal = Federal

⇥ Crimes cometido por autor que tem foro por prerrogativa de função com outros agentes que não gozam
do foro privilegiado = prerrogativa de função

Provas – art. 155 e seguintes


⇥ Conceito: É a demonstração de um fato ou de uma afirmação de interesse criminal

⇥ Finalidade: Convencer o Magistrado

⇥ Fatos narrados e não contestados: confissão ficta!

⇥ Não precisam ser provados:


• Presunções absolutas
• Fatos notórios

Classificação das provas:


• Diretas
• Indiretas
• Pessoal
• Documental
• Material

⇥ Regra Geral é a liberdade de provas (art. 5º, LVI, da CF)


Prova Ilícita = Lato Sensu – Lei (Gênero)

Pág. 33/10 – Processo Penal.


Espécies:
⇥ Provas Ilegítimas – direito processual!
Como fazer (lei), se não cumprir ILEGÍTIMA

⇥ Provas Ilícitas – direito penal ou material!


Praticar um crime para obter a prova
Ex: escuta sem autorização judicial

⇥ Exceção – princípio da proporcionalidade – liberdade x prova ilícita ou ilegítima!


TJ: ver qual vale. Não é justo alguém ser condenado com prova ilícita ou ilegítima provando sua inocência –
pro réu, MP não pode

Princípios:

Princípio da Comunhão da prova: união de provas

Princípio do Contraditório:
⇥ Direto ou Imediato: no momento que a prova é produzida
-⇥ Diferido: prova já produzida, não consegue fazer na hora

Valoração das Provas:


⇥ Sistema Ordálio ou das Ordálias: (JUÍZ – passivo) não analisa provas.
⇥ Sistema vigente no Brasil: sistema da livre convicção, da verdade real, do livre convencimento ou da
persuasão racional (art. 155 CPP – nova redação dada pela Lei 11.690/08)

⇥ Requisitos:
O juiz deve valorar todas as provas
• Não há hierarquia das provas
• Todas possuem valor relativo: TODOS SÃO QUESTIONÁVEIS
• O juiz deve motivar a sentença ART 93, IX, CF

Pág. 34/10 – Processo Penal.


• Impossibilidade de fundamentar a decisão exclusivamente em provas inquisitoriais
• Prova – cautelar – não repetível – antecipada (urgente) IP (adm, informativa)

⇥ Exceção: Júri: sistema da íntima convicção

Das provas em espécie:

Perícia: Exame realizado por pessoa habilitadas

⇥ Características da perícia:
• Descrição minuciosa de tudo o que é observado;
• Resposta aos quesitos;
• Fundamentação

⇥ Laudo pericial: Documento que materializa a perícia

⇥ Quem determina a perícia?


Fase policial: Delegado
Fase processual: Juiz.

⇥ Quem elabora os quesitos?


Fase policial: autoridade policial (6º., VII, CPP)
Em juízo: juiz e as partes.

⇥ Quem pode ser perito? (art. 159 do CPP) ART 279.


• Curso superior + 21 anos + não alfabeto – Regra básica.

⇥ Perito é um sujeito secundário do processo, auxiliar do juízo e eventual em alguns processos.

⇥ As perícias podem ser:

Pág. 35/10 – Processo Penal.


• Perícias oficiais: porque são feitas por peritos concursados e basta 1 perito e os peritos prestam o
compromisso apenas quando a posse do cargo. Art. 342 CP – falsa perícia.

• Perícias não oficiais: Peritos não concursados, tendo que ter 2 peritos e compromisso é realizado
processo á processo. Peritos não oficiais – IDONIEDADE!

⇥ Falta de compromisso! (art. 159 do CPP)


Mera irregularidade – administrativo – sanável (nulidade relativa)

⇥ Quantos peritos são necessários? (art. 159 do CPP e Súm. 361 do STF)
Perícia Oficial – basta 1
Perícia não oficial – 2

⇥ Súmula 361 – No processo penal é nulo o exame realizado por um só perito, mas essa súmula não se
aplica aos peritos oficiais, somente aos casos de perícias não oficial

⇥ Quem nomeia os peritos não oficiais e os oficiais?


Fase policial: Delegado
Fase judicial: Juiz

⇥ Perícia por precatória


Art. 177 do CPP – Processo Crime – Caso X Perícia não tem em franca, nem oficial nem não oficial, se
tornando o juízo deprecante, enviando uma carta precatória para um outro juízo, Ex: são Paulo, Juízo
deprecado existe o perito habilitado e volta pra Franca.
⇥ Regra: nomeação do perito é feito pelo Juízo deprecado (da cidade onde foi enviado a carta precatória)
⇥ Exceção: Hipótese de Ação Penal Privada, cabendo a vítima provar o que ela alega
Queixa Crime, pede a perícia o juízo deprecante vê que o perito de franca não tem, pede pra são Paulo, só
que o juízo deprecado não pode nomear, porque a vítima que paga, mandando uma lista da cidade os
peritos, com preços e etc., escolhendo, deve fazer o deposito judicial, manda uma carta pra são Paulo
falando o perito escolhido, o de são Paulo recebendo envia outra carta nomeando.

⇥ Perito particular / Assistente técnico (art. 159, parágrafo 3º., do CPP – redação dada pela Lei 11.690/08)
Pág. 36/10 – Processo Penal.
Contratado pela acusação ou defesa
Contraditório, diferido ou postergado

⇥ Perícias feitas durante o IP são repetidas em Juízo?


Em regra, não, se possível e se necessário. Art. 155, provas de IP – sentenças – cautelares + não repetíveis +
antecipadas.

⇥ Prazo (art. 160 do CPP)


10 dias, mas pode ser prorrogado.

⇥ Perícia Complexa – art. 159, parágrafo 7º., do CPP.


Necessita de mais de uma habilitação técnica.

Exame de Corpo de Delito (ECD)

⇥ Corpo de delito: Vestígios do crime.

CONSUMAÇÃO DO CRIME:
⇥ Crimes Materiais: Resultado (vestígios ok)
⇥ Formais: Depende, pode ou não ter resultado (vestígios ok)
⇥ Mera conduta: não tem resultado naturalístico (vestígios – não)

⇥ Regras do exame do corpo de delito:


• Indispensável – crimes que deixam vestígios (art. 158 do CPP)
• Direto: no objeto, na pessoa ou local
• Indireto: desapareceu total ou parcial os vestígios do crime, precisa de duas testemunhas que
presenciaram o fato criminoso.
• ART 6, VII, CPP.

⇥ Confissão do acusado supre a falta de ECD?


Não.

Pág. 37/10 – Processo Penal.


⇥ Boletins de Hospitais (prontuários médicos)
ECD? NÃO.
PROVA INDICIÁRIA (AJUDA EM FAZER CONCLUSÕES) – AJUDA NO ECD INDIRETO

⇥ Em regra a ação penal é proposta sem ECD


Exceção – art. 525 do CPP – crimes contra a propriedade imaterial (contrafação) - PIRATARIA
Se exigir ECD prévio a denúncia ou queixa
Ação Pública Condicionada

Entorpecentes – LEI 11.342/06


• O ECD pode ser feito em qualquer dia e horário, devendo ser juntado ao processo antes da sentença
e deve ser fundamentado (CONCLUSÃO)
• Princípio da Ampla Defesa – art. 5º, LV, CF.

Exames e características:

Necropsia (autópsia) – art. 162 do CPP


⇥ Exame cadavérico ou necroscópico: Tem que ser feito após 6 horas do óbito.
⇥ Exceção: quando a morte é evidente, não precisando esperar as 6hr.
⇥ Objetivo: ‘’causa mortis’’

Exumação – art. 163 do CPP


⇥ Ocorre após o efetivo enterro da vítima ou pessoa.
⇥ Objetivo: ‘’causa mortis’’, buscar esclarecimento em relação ao próprio exame cadavérico.

Exame Complementar – art. 168 do CPP


⇥ Objetivo – complementar um exame já realizado. Ex: Art. 129, parágrafo 1, I, CP.
⇥ Necessidade de complemento de perícia.
Pág. 38/10 – Processo Penal.
Ex: Entorpecentes – exame químico-toxicológico.

Laudo Obscuro – art. 181 do CPP


⇥ Ininteligível, não há compreensão, confuso, omisso – determinado ao perito - esclarecimento

⇥ Divergência entre os peritos – art. 180 do CPP


No caso exclusivo perícia não oficial, 2 peritos, nesse caso há nomeação de terceiro perito. CUIDADO!
Diversos de perito particular ou assistente técnico – contraditório

Exame Grafotécnico – Art. 174, CPP


⇥ Objetivo: análise de escrita, letra do réu, testemunha, vítima. Porém não é obrigado a fazer provas contra
si, não é obrigado a fornecer material gráfico.

⇥ Laudo Pericial vincula o Juiz? E os Jurados?


Segundo o artigo 182 do CPP, NÃO.
Já os jurados também não, 7 jurados (conselho de sentença) íntima convicção.

Exame Residuográfico
⇥ Vestígio do crime em geral: sujeira, marca de sangue, pedaço de vidro, cabelo, qualquer vestígio

Cadeia de Custódia – Central de Custódia


⇥ História cronológica. Procedimento, guardar; arquivar, perícia.
⇥ Institutos de criminalística.

Inovação trazida pela Lei 13.964/19


• Arts. 158-A-B (peritos) até 158-F

Pág. 39/10 – Processo Penal.


Do Interrogatório do Acusado Art. 185 a 196 CPP.

⇥ É o ato pelo qual o Juiz ouve o acusado sobre a imputação que lhe é feita (art. 185 do CPP).
⇥ Validade como prova J: diz, art. 155 CPP.
⇥ Art. 6º, V, CPP – Delegado

-⇥ É meio de Prova e Meio de Defesa (auto defesa)

⇥ Pode mentir? E o crime de Perjúrio?


Pode mentir! Não comete, pois nosso ordenamento jurídico não é permitido.
Obs: Art. 28 – A do CPP, acordo de não persecução penal, réu confissão, não seja processado positivo.

⇥ Momento:
REGRA, último ato na produção de provas.
Art. 400 do CPP, alteração 2008.
⇥ Exceção:
• Leis especiais – lei 11.343/06 – art. 57 – réu primeiro.
• Art. 5º CF,
• LVI (devido proc. legal)
• LV (ampla defesa)
• Pressuposto Lógico – citação!

⇥ O interrogatório é indispensável?
Ato Interrogatório é obrigatório.
• Réu preso
• Réu comparecer espontaneamente no processo

⇥ É possível condução coercitiva? (art. 186 do CPP)


Sim, o réu pode incorrer delito desobediência – art. 330, CP.

⇥ É possível novo interrogatório? (art. 196 do CPP)

Pág. 40/10 – Processo Penal.


Sim, quando novos fatos contra o réu, há necessidade de esclarecimentos do réu.

Características dos Interrogatório:


⇥ Ato Personalíssimo: Só é feito pela própria pessoa do réu

⇥ Ato Judicial: Validade – Juiz, art. 155 do CPP

⇥ Ato Individual: art. 191 do CPP: Concurso de Agentes – 2 ou mais réus.

⇥ O silêncio do réu importa em confissão? (arts. 186 do CPP e 5º, LXIII, CF)
Não, confissão ficta.

Divisão do Interrogatório: art. 187 do CPP


⇥ Interrogatório de Identificação: Dados pessoais, nome, idade, filiação, endereço (quem faz é o
escrevente)

⇥ Interrogatório de Mérito: Conduta delitiva, crime propriamente - JUIZ


OBS: art. 192 e 193 do CPP
⇥ réu que não fala a língua nacional: perito e intérprete
⇥ réu que é surdo: perguntas escritas, responde de forma oral
⇥ réu que é mudo: perguntas orais, respostas de forma escrita
⇥ réu que é surdo-mudo: perguntas e as respostas serão de formas escritas.
⇥ advogado: art. 185 do CPP
Prorrogativa, acesso, interrogatório: antes, durante e após (ampla defesa e contraditório)

⇥ Interrogatório por precatória:


Sim.

⇥ Acusado Menor:
art. 194 do CPP – Revogado.
art. 15 CPP, menor de 21 anos, mas já completou 18 anos, não precisa de curador.

Pág. 41/10 – Processo Penal.


⇥ Réu que mente sua idade:
O réu não pode se valer de sua torpeza.
Regra: Réu ser menor de 18 anos (ECA)

Da Confissão Art. 197 a 200 do Cpp


⇥ Admissão pelo acusado da veracidade da imputação criminal que lhe pesa.

⇥ Fatos não contestados são presumidos verdadeiros?


Claro que não, não temos confissão ficta!

⇥ Classificação:
• Explícita ou expressa: inequívoca ou clara ou objetiva
• Implícita ou tácita: atos dedutivos ou conduta do réu
• Simples: apenas assuma a conduta delitiva
• Qualificada ou Complexa: assume a conduta delitiva + teste defensiva em seu favor
• Judicial: perante o Magistrado – validade art. 155 do CPP
• Extrajudicial: perante PM, Delegado, MP, qualquer cidadão – não validade.

⇥ Características da confissão: art. 200 do CPP


• Ato Personalíssimo: deve ser realizado o ato da confissão pela pessoa do réu
• Ato Espontâneo: não pode ter ameaça, constrangimento ou coação
• Ato Retratável: voltar atrás ou desdizer
• Ato Divisível: concurso de crimes ou conduta delitiva propriamente dita

Confissão Delatória, chamamento de co-réu, chamamento de cúmplice:


⇥ Fase policial ou fase judicial, réu assumir o crime a ele imputado + delatar outros participantes do crime
⇥ Vantagem: só uma mera atenuante: ART. 65, III, ‘’d’’, CP. (VALE PARA QUALQUER CRIME)

Pág. 42/10 – Processo Penal.


Delação Premiada:
⇥ Fase policial ou judicial: réu assumir o crime a ele imputador + auxiliar no esclarecimento de outros
delitos envolvidos.
⇥ Vantagem: causa de redução de pena de 1/3 a 2/3 – isenção, só vale para delitos que a lei expressamente
autoriza.
Ex: Lei: 12.850/13 ou Lei 11.343/06
⇥ Art. 28 – A do CP, acordo de não persuasão penal, antes da denúncia. (NÃO TEM PROCESSO)

⇥ Requisitos:
• Confissão unitária: confessando o que eu fiz.

Declarações do Ofendido ART. 201 CPP.

⇥ Ofendido presta testemunho?


NÃO, somente meras declarações

⇥ Ofendido entra no número legal de testemunhas?


Rito ordinário: 8 testemunhas
OBS: Mas o ofendido não entra no número legal de testemunhas.

⇥ Ofendido comete falso testemunho?


Não.

⇥ Ofendido pode mentir em suas declarações?


Até pode.

Responde por:
- Denunciação caluniosa – art.;
339 do CP
- Calúnia – art. 138 do CP.

⇥ Ofendido presta compromisso?


Não. Somente perito e testemunha.
Pág. 43/10 – Processo Penal.
⇥ É possível condução coercitiva do ofendido? (art. 201 do CPP)
Pode.

⇥ O acusado pode ser condenado apenas com as declarações do ofendido?


Em regra, não.

⇥ Aplicação do contraditório: reperguntas!


Acusação e defesa

⇥ É possível a oitiva do ofendido por precatória?


Sim

Tipos de Prova Testemunhal:


• Direta – presenciou o fato criminoso
• Indireta – presencia fatos periféricos ao fato criminoso (ao redor do crime)
• Própria – testemunho sobre fatos do processo – denúncia / queixa
Exemplo: homicídio – acusada dra. Daniele Fernanda, vítima – Márcio, testemunha presencial – Isabela,
testemunha presenciou a saída da Daniele do local do crime – Ariane.

⇥ Imprópria (Instrumentária):
• testemunho um ato ocorrido; (não tem nada a ver com o crime que está sendo apurado)
• testemunho sobre fatos que ocorreram durante o processo, mas diverso do crime em que está
sendo apurado!

⇥ Numerária: foi arrolada pelas partes e prestam o compromisso
⇥ Informantes: foram arroladas pelas partes, mas não prestam o compromisso, irmãos, parentes
⇥ Referida: não foram arroladas pelas partes, mas sim indicada por uma das testemunhas das partes
⇥ Antecedentes: não entram no número legal, vida pregressa do réu ou da vítima

Prova Testemunhal:
Pág. 44/10 – Processo Penal.
⇥ Testemunha é uma terceira pessoa que depõe sobre fato penalmente relevante!
⇥ Testemunhar = confirmar, mostrar etc.

⇥ Valor relativo!
“A confissão é a rainha das provas e a testemunha é a prostituta das provas!”

Características da Prova Testemunhal:


⇥ Judicialidade art. 155: validade deve ser prestada perante o Magistrado.

⇥ Objetividade: art. 213 do CPP – testemunha não deve fazer valorações pessoais, subjetivismo.

⇥ Oralidade: art. 204 do CPP – Testemunho é oral, deve ser reduzido a termo (escrito) ou gravado
Exceção: art. 221 do CPP – perguntas e respostas (Escrito)

⇥ FUNÇÕES PÚBLICAS ESPECÍFICAS.

⇥ Retrospectividade: art. 204 do CPP – testemunhos de fatos pretéritos, apontamentos (colinhas)

⇥ Individualidade: art. 210 do CPP – as testemunhas devem ser ouvidas 1 a 1

⇥ Quem pode ser testemunha? (art. 202 do CPP)


Qualquer pessoa.

⇥ Policial pode ser testemunha?


Sim, Delegado, polícia, escrivão, investigador

⇥ Juiz pode ser testemunha?


Sim. Impedimento – 252.
Promotor, perito

Pág. 45/10 – Processo Penal.


⇥ Co-réu no mesmo processo pode ser testemunha?
Não

⇥ Concurso de agentes – dois ou mais acusados


Exemplo: roubo, Igor, Priscila, Jéssica.

Deveres da Testemunha:

⇥ Dever de Depor: falar o que sabe, art. 342, ou calar a verdade como testemunha.
Exceções:
- Os parentes do acusado (art. 206 do CPP):
- Ascendentes ou descendentes, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que divorciado, o irmão e o pai, a
mãe, ou o filho do acusado.
⇥ Pessoas impedidas de depor (art. 207 do CPP): Profissão, sigilo profissional – LEI.
Poderão: - se quiserem; - se forem desobrigados pelo interessado; - a prioridade é o sigilo!

⇥ Dever de Prestar Compromisso: arts. 203 e 211 do CPP


• dever de falar a verdade, não podendo mentir, se compromissar a falar somente a verdade, na forma
omissiva, não podendo negar a verdade.
⇥ Exceções:
• art. 208 do CPP: menores de 14 anos e os que tiverem debilidade mental
• art. 206 do CPP: parentes mais próximos do réu. SALVO, quando não for possível de outro modo
obter-se ou integrar-se a prova do fato e suas circunstâncias.

⇥ Dever de Comparecimento: Estar presente junto ao Juízo processante.

Exceções;
• testemunha impossibilitada de se locomover (art. 220 do CPP):
• Doença / idade

⇥ Todos aqueles apontados no art. 221 do CPP:


Pág. 46/10 – Processo Penal.
Autoridade específicas – prerrogativa da função
Designarem – dias, hora, lugar. Perguntas e respostas em escrito.

⇥ Testemunha que reside em outra comarca (art. 222 do CPP):


Carta precatória ou rogatória.

Oitiva da testemunha por precatória – intimação das partes (acusação e defesa) da data da audiência ou da
expedição da carta precatória? (art. 222 do CPP)
⇥ Súmula 155 do STF: é relativa à nulidade do processo criminal por falta de intimação da expedição de
precatória para inquirição de testemunha.

⇥ Sanções da testemunha regularmente intimada e que não comparece? (art. 218 e 219 do CPP)
• condução coercitiva;
• aplicação de multa;
• pagamento de diligência;
• crime de desobediência.

⇥ Tais sanções são alternativas ou cumulativas?


Somente alternativas.

⇥ Quem pode aplicar tais sanções?


Delegado de polícia só pode aplicar duas delas, sendo eles: crimes de desobediência e condução coercitiva,
uma ou outra ou as duas.
E o juiz pode aplicar, aplicação de multa, pagamento de diligência, condução coercitiva e crime de
desobediência, de forma alternativa.

⇥ Dever de comunicar ao Juízo dentro de 1 (um) ano qualquer mudança no seu endereço. (art. 224 do CPP)

⇥ Caso a testemunha recuse a depor (art. 210 e 211 do CPP)


Acarreta o crime de falso testemunho

⇥ É possível reperguntas?
Pág. 47/10 – Processo Penal.
SIM, garantindo a ampla defesa e o contraditório.
Perguntas = juízes
Partes (acusação e defesa) = reperguntas.

⇥ Sistema Presidencialista: art. 212 do CPP


Não existe mais em nosso ordenamento.
Juiz fazias as perguntas, ele tinha o compromisso de repassar as reperguntas as testemunhas.

⇥ Ordem dos depoimentos:


I. Testemunha da acusação
II. Testemunha da defesa
Inversão? Sim, desde que as partes concordem e desde que o juiz autorize.

⇥ Sistema norte americano;


DIRECT EXAMINATION: a parte irá questionar a sua testemunha, repergunta em segundo lugar
CROSS EXAMINATION: a parte irá questionar a testemunha a parte contrária, repergunta em terceiro lugar.
1ºJuiz quem faz as primeiro as perguntas;
2º reperguntas, promotor, acusação, MP (DIRECT EXAMINATION)
3º reperguntas. defesa (CROSS EXAMINATION)

⇥ Número de Testemunhas:
⇥ Júri:
1º fase do júri: até 8 testemunhas (art. 406)
2º fase: 5 testemunhas por crime (art. 422)

⇥ Rito ordinário: 8 testemunhas (art. 401)

⇥ Rito Sumário: 5 testemunhas por crime (art. 532)

⇥ Rito Sumaríssimo Crimes da Lei 9099/95: 5 testemunhas – doutrinário e jurisprudencial

⇥ Momento em que são arroladas?


Pág. 48/10 – Processo Penal.
ACUSAÇÃO: quando o oferecimento da DENÚNCIA OU QUEIXA CRIME
DEFESA TÉCNICA: resposta a acusação, defesa preliminar.

⇥ Testemunha não arrolada, pode ser ouvida? (art. 209 do CPP)


Não.

Pág. 49/10 – Processo Penal.

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