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⇥ Princípio Aplicável: aplicação imediata. ‘’TEMPUS REGIT ACTUS’’ (tempo rege a ação). Os Atos
sendo feito de acordo com a nova lei.
Eficácia no Espaço: Aplica a territorialidade, aplicando o código brasileiro quando o crime for
praticado em território brasileiro.
Interpretação:
⇥ Analogia: não existe lei, não existe analogia de norma penal incriminadora, utiliza-se caso
semelhante, somente utilizada para beneficiar o acusado.
Interpretação Extensiva: tem norma regulamentadora, vai alagar, ampliar, abranger maior
quantidade de casos concretos.
‘Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e
pela salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à autorização prévia do
Poder Judiciário, competindo-lhe especialmente:
I - Receber a comunicação imediata da prisão, nos termos do inciso LXII do caput do art. 5º da
Constituição Federal;
III - zelar pela observância dos direitos do preso, podendo determinar que este seja conduzido à sua
presença, a qualquer tempo;
VI - Prorrogar a prisão provisória ou outra medida cautelar, bem como substituí-las ou revogá-las,
assegurado, no primeiro caso, o exercício do contraditório em audiência pública e oral, na forma do
disposto neste Código ou em legislação especial pertinente;
VII - decidir sobre o requerimento de produção antecipada de provas consideradas urgentes e não
repetíveis, assegurados o contraditório e a ampla defesa em audiência pública e oral;
VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, estando o investigado preso, em vista das razões
apresentadas pela autoridade policial e observado o disposto no § 2º deste artigo;
IX - Determinar o trancamento do inquérito policial quando não houver fundamento razoável para
sua instauração ou prosseguimento;
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa, nos termos do art. 399 deste Código;
XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico para acompanhar a produção da perícia;
§ 1º (VETADO).
‘Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações penais, exceto as de
menor potencial ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa na forma do art. 399
deste Código.
§ 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões pendentes serão decididas pelo juiz da instrução e
julgamento.
§ 3º Os autos que compõem as matérias de competência do juiz das garantias ficarão acautelados
na secretaria desse juízo, à disposição do Ministério Público e da defesa, e não serão apensados aos
autos do processo enviados ao juiz da instrução e julgamento, ressalvados os documentos relativos
às provas irrepetíveis, medidas de obtenção de provas ou de antecipação de provas, que deverão
ser remetidos para apensamento em apartado.
§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos autos acautelados na secretaria do juízo das
garantias.’
‘Art. 3º-D. O juiz que, na fase de investigação, praticar qualquer ato incluído nas competências dos
arts. 4º e 5º deste Código ficará impedido de funcionar no processo.
Parágrafo único. Nas comarcas em que funcionar apenas um juiz, os tribunais criarão um sistema
de rodízio de magistrados, a fim de atender às disposições deste Capítulo.’
‘Art. 3º-E. O juiz das garantias será designado conforme as normas de organização judiciária da
União, dos Estados e do Distrito Federal, observando critérios objetivos a serem periodicamente
divulgados pelo respectivo tribunal.’
‘Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o cumprimento das regras para o tratamento dos
presos, impedindo o acordo ou ajuste de qualquer autoridade com órgãos da imprensa para
explorar a imagem da pessoa submetida à prisão, sob pena de responsabilidade civil, administrativa
e penal.
Parágrafo único. Por meio de regulamento, as autoridades deverão disciplinar, em 180 (cento e
oitenta) dias, o modo pelo qual as informações sobre a realização da prisão e a identidade do preso
serão, de modo padronizado e respeitada a programação normativa aludida no caput deste artigo,
transmitidas à imprensa, assegurados a efetividade da persecução penal, o direito à informação e a
dignidade da pessoa submetida à prisão.’
Legalidade ou Obrigatoriedade: autoridades públicas que buscam o crime, dever de agir do MP.
Oficiosidade (ART. 5º, §5): autoridades púb incumbidas devendo agir de ofício, sem necessidade de
provocação ou de assentimento de outrem.
⇥ Exceção: Quando não vai agir?
Quando for A.P.P.
Quando for A.P.C. Púb: pois precisam de autoridade para continuar o processo.
Indisponibilidade: aplicam-se as autoridades que buscam o crime, pode pedir absolvição, mas pode não
receber, fazendo denúncia tem que ir até a sentença.
⇥ Exceção: Quando pode parar?
• Suspensão condicional do processo
• Sursis Processual: é um instituto aplicado antes da condenação do acusado.
ART 89. Lei 89.9099: Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas
ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo,
por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por
outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena.
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⇥ Atendidas as condições o juiz pode aplicar as seguintes condições:
• Reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo
• Proibição de frequentar determinados lugares
• Proibição de ausentar- se da comarca onde reside sem autorização legal
• Comparecimento pessoal e obrigatório a juízo mensamente para justificar suas atividades.
⇥ Passado o tempo, juiz declara extinta a punibilidade.
Súmulas Importantes:
⇥ Súm 536 STJ: A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de
delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.
⇥ Súm 243 STJ: O benefício da suspensão do processo não é aplicável em relação às infrações penais
cometidas em concurso material, concurso formal ou continuidade delitiva, quando a pena mínima
cominada, seja pelo somatório, seja pela incidência da majorante, ultrapassar o limite de um (01) ano.
Obrigatórias:
⇥ acusado ser processado por outro crime
⇥ acusado não reparar o dano
Sursis Processual:
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⇥ Cabimento: para qualquer crime cuja pena mínima em abstrato de ATÉ 1 ano.
⇥ Requisitos: réu primário + bons antecedentes + não ter utilizado esse benefício nos últimos 5 anos.
⇥ Momento processual: é possível no momento que ocorrer DENÚNCIA OU QUEIXA.
⇥ Quando o MP pode parar um processo?
• Somente quando o agente privado querer e;
• Suspensão condicional do Processo.
Após a análise, a acusação irá fazer uma proposta, falando que pode escolhe entre o ‘’SURSIS’’ ou
cumprimento o processo.
⇥ Réu aceita: Suspende o processo condicionalmente.
⇥ Réu Recusa: Processo continua até a sentença.
Para que o processo continue suspenso terá que cumprir as condições, descumprindo o processo continua
normalmente.
Cumprindo, terá extinta a punibilidade, podendo usar esse benefício novamente só quando passar os anos
cumpridos da suspensão + 5 anos seguintes.
⇥ Prescrição será suspensa quando o processo também for.
Sursis:
⇥ Simples: 1 ano de serviço comunidade ou limitação do fim de semana. CONDENADO ATÉ 2A
⇥ Especial: reparar a vítima. CONDENADO ATÉ 2A
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⇥ Etário: + de 70 anos. CONDENADO ATÉ 4 ANOS.
⇥ Humanitário: Grave Doença. CONDENADO ATÉ 4 ANOS.
⇥ Período de prova do Humanitário e Etário 4 a 6 anos.
⇥ Exceção: IP não tem publicidade e sim sigilo, Polícia Civil e Militar não libera o sigilo.
⇥ ocorrendo a quebra desse sigilo estará quebrando o preceito fundamental.
Inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos: no processo, investigação tem que
prestar provas legais, lícitas, válidas.
Devido Processo Legal: para qualquer crime existe uma forma de processar, não podendo julgar por
mera fisionomia, devendo seguir o procedimento.
Ampla Defesa: a todo acusado a mais completa defesa, pessoal ou técnica, efetuada por um defensor.
Favor Rei: a dúvida sempre beneficiará o acusado, se houver as duas interpretações, deve se optar pela
mais benéfica.
Identidade Física do Juiz: o juiz que produzir provas é apto para sentenciar.
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Prazos no Direito Processual Penal.
⇥ Contagem: art. 798, parágrafo 1º, do CPP; sempre em dia útil, excluindo o dia quando ocorrer a intimação
do réu (precisando ser útil também), contando então o primeiro dia da contagem e o dia final do prazo é
incluído (também devendo ser útil).
⇥ OBS: Súmula 310 do STF: Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de
intimação for feita nesse dia, o prazo judicial terá início na segunda-feira imediata, salvo se não houver
expediente, caso em que começará no primeiro dia útil que se seguir.
⇥ Fluência dos Prazos: art. 798, caput, do CPP; é contínuo e sem ininterruptibilidade.
⇥ Término do Prazo em Domingo ou Feriado: o término precisa ser em dia útil também, se terminar no
domingo vai para o próximo dia útil.
⇥ Conceito de IP: conjunto de diligências, atos investigatórios, realizadas pela polícia judiciária com o
objetivo de investigar as infrações penais e colher elementos necessários para que possa ser proposta a
ação penal.
Características do IP:
⇥ É peça meramente informativa; busca dar base a investigação criminal
⇥ É dispensável, pois quando o MP, na hipótese de ação penal pub, já contar com informações suficientes
para a sua propositura.
⇥ O IP é escrito (art.9º CPP), ato solene, sempre será escrito
⇥ O IP é sigiloso (art.20 CPP); adv., tem a prerrogativa para ter acesso ao IP, deve ter uma procuração para
que tenha esse acesso.
⇥ O IP é inquisitivo (art. 14 do CPP), interrogar não tendo ampla defesa, podendo pedir ao adv. a
integridade, não se defende cliente em IP.
⇥ Valor probatório do IP: não possui valor probatório, juiz não podendo condenar apenas com o IP.
Início do IP:
⇥ Crime de Ação Penal Publica Incondicionada – art. 100 CPP.
• Por portaria – “ex oficio” - art. 5º, I, CPP: ato adm, por meio que o Delegado determina
• Requisição do juiz - art. 5º, II, CPP: Juiz manda, o que tem que ser feito
• Requisição do MP - art. 5º, II, CPP: idem ao item acima
• Requerimento da vítima – art. 5º, II, CPP: Perguntando se quer ou não.
• Auto de prisão em flagrante.
Do Indiciamento:
⇥ O que é?
Ato adm, que formaliza a imputação de um crime, a autoria de um crime a alguém.
⇥ Consequências?
• Quem é indicado vai porque responderá por algum crime
• Ele deverá ter que ser ouvido, não devendo ser obrigado a falar, mas a interrogativa deve ser feita.
⇥ Indiciado menor (art. 15 CPP): se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curado pela autoridade
policial. Apenas menores de 18 anos.
⇥ Incomunicabilidade do preso – art. 21 CPP: o réu fica incomunicável por 3 dias, apenas adv. pode visitar.
⇥ Exceção: se tiver em estado de sítio ou estão de defesa o preso não pode ficar em incomunicabilidade.
⇥ Relatório Final – 10, § 1º: juntada das diligências e forma o relatório, mostrando todos os atos que o
delegado usou nas diligências.
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⇥ Prazo para a conclusão do IP.
• Regra: 10 dias preso
30 dias solto
• Possível prorrogar somente se o réu estiver solto, e sendo repetido quantas vezes o juiz aceitar.
• Exceção (lei de tóxicos): 90 dias soltos e 30 dias preso, podendo prorrogar por apenas uma vez.
• Justiça Federal: 15 dias preso e 30 dias solto.
• Economia popular: preso ou solto 10 dias.
• Hediondos e equiparados: 30 dias.
Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma
natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e
encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei.
§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial,
poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da
instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica.
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão
do arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem couber a sua
representação judicial.”
⇥ Segunda fase: Efetivadas as comunicações formais, ausente pedido voluntário de revisão da vítima (ou
seu representante), investigado ou autoridade investigadora, devidamente certificado o prazo, sobem os
autos para homologação do arquivamento pelo órgão competente da Instituição do Ministério Público que
⇥ Características Gerais: apenas o MP que promove, para Promotor promover, precisa de indícios de
autoria ou participação e indícios de materialidade
⇥ Crimes que afetem interesses ou patrimônio da União, Estados e Municípios – art. 24, parágrafo 2º., do
CPP.
Princípios:
Indisponibilidade; se ele propor a Denúncia, terá que ir até o final, exceto o SURSIS PROCESSUAL
Divisibilidade: podendo o Promotor processar apenas 3 de 5 réus por exemplo, e arquivar contra os outros
2.
⇥ Observações:
Se a vítima morrer: CADI
Crimes de Lesão Corporal Leve e Culposa: representante.
Vítima Incapaz: curador, representante legal
⇥ Prazo para representação: 6 meses, contados do dia que a vítima se sabe quem é o autor.
⇥ JECRIM: Crime culposo e de menor potencial ofensivo, prazo de 30 dias do conhecimento do autor.
⇥ Aspectos da Representação:
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• Pode ser escrita ou oral (art. 39, parágrafo 1º., do CPP);
• Pode ser realizada pela própria vítima ou por procurador com poderes especiais (art. 39, caput, do
CPP);
• Não apresenta nenhum rigor formal, basta ficar claro a vontade da vítima (STF e art. 39, parágrafo
2º., do CPP);
• Não vincula o MP (art. 28 do CPP);
• Hipótese de concurso de agentes – princípio da indivisibilidade para a vítima, quando se tem vários
réus, representa todos ou nenhum.
⇥ Prazo da Representação:
• Regra Geral: 6 meses – conhecimento da autoria! (art. 38 do CPP);
• Prazo peremptório e fatal, não se suspende, não se interrompe, nem se prorroga!
• Prazo de direito material!
⇥ Exceções:
• Lei de Imprensa (5250/67 – art. 41, parágrafo 1º.) – 3 meses da veiculação na mídia.
• JECrim (Lei 9099/95 - art. 91) – 30 dias do conhecimento da autoria.
Denúncia
⇥ Observações Importantes:
⇥ Concurso de Crimes:
⇥ É possível denúncia sem IP? (art. 39, parágrafo 5º., do CPP): sim, pois o inquérito é indispensável.
⇥ Hipóteses de Rejeição da Denúncia: art. 43 do CPP (revogado – art. 395 do CPP NOVO!).
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando;
I - For manifestamente inepta; (faltas de requisitos básicos)
II - Faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; (quando falta condição)
III - Faltar justa causa para o exercício da ação penal (excludente de ilicitude, culpabilidade, materialidade,
atipicidade, e punibilidade, indulto, anistia e etc.)
Oportunidade ou Conveniência – ligado a proposição da ação, vítima pode querer ou não a ação
Disponibilidade – ligado ao prosseguimento da ação já proposta: a vida pode parar a ação no meio do
⇥ Ação Penal Exclusivamente Privada – morte da vítima – (CO)CADI – arts. 31 e 34 do CPP; vítima vai
propor, se ela morrer ela tem a possibilidade do co CADI, para propor para ela.
⇥ Ação Penal Privada Personalíssima – morte da vítima – extinção da punibilidade – art. 30 do CPP;
somente vítima podendo propor
⇥ Prazo da vítima? 6 meses a contar do término do prazo que o MP tem para o oferecimento da denúncia.
Começa a contar quando acaba o prazo inicial de 5 e 15 dias do MP
Queixa-Crime:
⇥ Prazo da Queixa-Crime:
Regra Geral: 6 meses a contar do conhecimento da autoria
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⇥ Prazo peremptório e fatal, não se suspende, não se interrompe, nem se prorroga!
⇥Exceção:
• Lei de Imprensa (5250/67 – art. 41, parágrafo 1º.) – 3 meses da veiculação na mídia.
• Papel do MP na Ação Penal Privada = “custos legis” (obs.: APPSP!).
⇥ Hipóteses de Rejeição da Queixa-Crime: art. 43 do CPP (revogado – art. 395 do CPP NOVO!).
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando;
I - For manifestamente inepta; (faltas de requisitos básicos)
II - Faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; (quando falta condição)
III - Faltar justa causa para o exercício da ação penal (excludente de ilicitude, culpabilidade, materialidade,
atipicidade, e punibilidade, indulto, anistia e etc.)
Renúncia
⇥ Conceito: é abrir mão, deixar pra lá
⇥ Formas de Renúncia:
• Expressa: quando é falado
• Tácita: prática de atos incompatíveis com o caso. Ex: casar com autor, jantar com ele e etc.
Observações Importantes:
⇥ O Recebimento de Indenização, pago pelo Querelado, significa Renúncia por parte do Querelante?
Em regra, não, exceção: se pratica lesão leve, o autor da lesão paga a lesão para a vítima e faz recebido, isso
vale com renúncia da parte da vítima, pois aceitos o dinheiro, não recebido não se caracteriza renuncia
⇥ Hipótese de Concurso de Ofendidos, algumas vítimas podem renunciar e outras não? PODE.
Perdão:
⇥ Conceito: esquecimento, disposição para perdoar.
OBS: Diferença com o Perdão Judicial! 1º: que a lei permite a não aplicação da pena.
⇥ Tipos de Ação Penal que permitem o Perdão: só nas Ações Penais Privadas – exceto a Ação Penal Privada
Subsidiária da Pública;
Somente nas ações penais privadas, exceto a ação penal privada subsidiária da pública.
⇥ Limite Máximo para o oferecimento do Perdão: até o trânsito em julgado da sentença condenatória
Observações Importantes:
⇥ Hipótese de Concurso de Agentes! (art. 51 do CPP): quando se tem vários réus na hora de oferecer o
perdão é indivisível, porém o aceitamento é divisível
⇥ Não há dupla legitimidade
Comunicações Processuais
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Citação:
⇥ Conceito: é um ato processual que tem a finalidade de dar conhecimento ao réu da existência da ação
processual.
⇥ Penal: bem como cientifica-lo do prazo para apresentação da resposta escrita, sendo de 10 dias.
Formas de citação no processo penal: a citação pode ser REAL, FICTA E POR HORA CERTA.
⇥ Real ou pessoal: é a regra, deve ser tentada antes de passar a ficta ou por hora certa é efetuada por
mandado, carta precatória, rogatória e de ordem, podendo ser feita em qualquer dia, hora inclusive final de
semana.
⇥ Mandado: quando o réu estiver no território sujeito a jurisdição do juiz que houver ordenado, quando o
réu reside ou está preso na própria comarca onde tramita a ação penal, é feita por Oficial de Justiça,
pessoalmente. Após o Oficial de Justiça localizar o réu, deve elaborar certidão, declarando a citação ou a
recusa do réu.
⇥ Exceção: Se o Of de Just não encontrar o réu, nos endereços constantes nos autos, fará certidão
declarando que ele está em lugar incerto e não sabido, com base na certidão, juiz irá determinar a citação
por edital no prazo de 15 dias.
⇥ Citação por hora certa: quando o réu se oculta para não ser citado
⇥ Militares: se o acusado for militar a citação será feita por intermédio de seu chefe de serviço, chefe é
quem é o responsável pelo batalhão no dia da citação.
⇥ Funcionário Púb: citado por Of de Just, por meio de mandado, porém o chefe da repartição deve ser
comunicado da data em que ele deverá comparecer em juízo.
⇥ Precatória: quando o réu estiver fora do território de jurisdição do juiz processante, será citado mediante
precatória, o réu reside em comarca diversa daquela que tramita a ação penal ou está preso.
⇥ Rogatória: o acusando estando no estrangeiro em lugar sabido, será citado mediante rogatória,
suspende-se o curso do prazo da prescrição até o seu cumprimento, também se aplica para ligações
estrangeiras (Estrangeiro que trabalho no BR)
OBS: quando o réu está no estrangeiro em local desconhecido, deve ser citado por editar no prazo de 15
dias.
⇥ ART 366: Réu citado por edital e não comparece no interrogatório e nem constitui adv., suspensão do
processo e da prescrição do crime.
⇥ Citação por hora certa: verificando que o réu se oculta para não ser citado, o Off de Justiça, procederá a
citação como hora certa, o Of de Justiça, deve ter procurado o acusado pelo menos 2 vezes em sua
residência ou domiciliar sem encontrá-lo, e se suspeitar que o réu está se ocultando, deverá intimar
qualquer pessoa da família do acusado ou vizinho.
⇥ Após a citação o réu tem 10 dias para apresentar uma defesa técnica, resposta a acusação de resposta
escrita, peça obrigatória, a resposta a alegação é com as teses alegando tudo que quiser.
1º Tese técnica:
⇥ Preliminar, meramente processual com o objeto de obter nulidades (anula a prova)
⇥ Pode se alegar duas coisas
• Erro procedimental
• Prejuízo para o réu
Intimação
⇥ Conceito: Ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.
⇥ Adv. constitutivo: por edital, diário oficial
⇥ Adv. dativo ou nomeado: pessoal, defensor e MP, pessoalmente, e-mail, telefone
⇥ Notificação: para atos presentes
⇥ Intimação: para atos passados.
⇥ Citação: chamamento do réu ao juízo quando se dá ciência do processo
⇥ Intimação: comunicação de um ato processual realizado, réu já foi citado.
Prisão temporária: natureza cautelar com prazo preestabelecido de duração, inclusive na fase do IP. Lei
7.960/89
Requisitos:
I. Quando imprescindível para as investigações
II. Quando o acusado não tem residência fixa ou se sua identidade é duvidosa
III. Nos delitos apontados como, homicídio qualificado, crimes graves, sendo rol taxativo
⇥ Teoria utilizada: Damásio e Antônio Magalhães, sendo obrigatório o III e qualquer um sendo o I ou II.
⇥ Duração da prisão temporária: 5 dias, contado o dia que praticou o crime, soltando 00hr do último dia,
podendo ser prorrogado por +5 dias.
Prisão em flagrante
⇥ Após receber o autor da prisão, no prazo máximo de 24 horas após a realização da prisão, o juiz deverá
promover audiência de custodia com a presença do acurso, seu adv. constituído ou membro da Defensoria
Pública e nessa audiência o juiz devera, fundamentadamente:
Exceto:
• PR
• Diplomatas
• Quem presta socorros á vítima em acidentes automobilísticos
• Contravenções penais.
⇥ Exceção:
• Crime afiançável
• Direito de livrar-se do solto
• Ação penal pública e privada
• Falta de fundamento ou suspeita na prisão
Prisão Preventiva
⇥ Conceito: natureza cautelar mais ampla, sendo uma eficiente para o encerramento durante o inquérito e
fase processual
⇥ Podendo caber em qualquer fase de investigação ou do processo penal, decretado pelo juiz a
requerimento do MP do querelante ou do assistente ou por representação da autoridade policial
⇥ Poderá ser decretada como garantia da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou
para assegurar a aplicação da lei penal quando houver prova de existência do crime e indícios suficiente de
autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado
⇥ Deverá ser decretara e motivada e fundamentada em receio de perigo e existente concreta de fatos
novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada.
⇥ Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua
manutenção a cada 90 dias, mediante decisão fundamentada sob pena de tornar prisão ilegal.
⇥ Impróprio: agente é perseguido logo após a infração, presumir ser o autor do fato
⇥ Presumido: agente é preso, após cometer o crime, com instrumento, armas, presumindo ser o autor do
fato
⇥ Compulsório: policiais civis, militares, rodoviários e os corpos de bombeiro, estando em serviços, tem o
dever de efetuar prisão em flagrante
⇥ Prorrogado: policial tendo a faculdade de aguardar o momento mais adequado para realizar a prisão
⇥ Dessa forma, o ofendido está habilitado a executá-la na esfera civil. E ainda, quando ocorrer uma ação
civil e outra penal junta, a ação civil poderá ficar suspensa até o resultado da ação penal.
⇥ Inicialmente deve-se considerar que, mesmo que as ilicitudes civil e penal sejam distintas, existem casos
que geram efeitos nos dois campos jurídicos. Aqui se está diante de efeitos civis da sentença penal
condenatória, pois o delito traz uma pretensão de natureza indenizatória, conforme o disposto no Art. 186
do código civil.
⇥ a ação civil ex delicto é a ação que tem por finalidade reparar um dano, tanto moral como material,
proveniente de um ilícito penal que o objeto é uma sentença penal condenatória transitada em julgado, ou
seja, um título executivo judicial, proposta contra o agente causador do dano ou contra que a lei civil
apontar como indenizador.
⇥ Sentença Penal:
⇥ A partir da leitura do § único do Art. 63 combinado com o inciso IV do a Art. 387, ambos do CPP, verifica-
se que na própria sentença penal condenatória será fixado o valor mínimo para reparar os danos causados
pela infração que será executado após o trânsito em julgado da sentença.
⇥ Conforme disposição do Art. 475-N, inciso II, do CPC, a sentença penal condenatória transitada em
julgado constitui título executivo extrajudicial. A execução civil da sentença penal segue o mesmo rito de
qualquer execução decorrente de título executivo judicial.
⇥ Já a sentença de absolvição imprópria, quando aplicada a medida de segurança ao acusado por infração
penal, não se executa na esfera civil, pois não é título executivo, visto que a lei se refere à sentença
condenatória.
⇥ No caso do réu ser absolvido sumariamente, analisa-se a presença de algum dos fundamentos dos incisos
do Art. 397 do CPP. Como a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato, que ocorre
quando o réu é absolvido sumariamente porque enquadrou-se em causa de exclusão de ilicitude.
⇥ Por outro lado, a vítima pode postular na esfera cível o valor dos danos sofridos no caso de estado de
necessidade agressivo, legítima defesa real e Aberractio Ictus.
⇥ Também não cabe propositura de ação indenizatória na existência manifesta de causa excludente da
culpabilidade do agente, exceto inimputabilidade. Já na hipótese do fato narrado não constituir crime e
quando extinta a punibilidade do agente não impedem a propositura da ação civil.
⇥ Legitimidade Ativa
⇥ Na ação civil ex delicto, o ofendido, seu representante legal e seus herdeiros possuem legitimidade ativa.
Ofendido é aquele que foi diretamente prejudicado pelo fato delituoso. Como substituto processual, pode
agir o ministério público sempre que o titular do direito à reparação do dano for pobre e dessa forma o
requerer.
⇥ No processo penal considera-se pobre a pessoa não puder prover às despesas do processo, sem privar-se
dos recursos indispensáveis ao próprio sustento e de sua família.
⇥ Conclusão
⇥ A ocorrência de um ilícito penal, sem dúvida pode trazer reflexos à esfera civil. Na atual legislação civil,
toda ação ou omissão voluntária, negligência, imperícia, violação de direito e dano a outrem, mesmo que
apenas moral, obriga a reparar o dano.
⇥ Destarte, como há ilícitos penais que extrapolam a esfera criminal e causam efeitos na esfera civil, a ação
civil ex delicto torna-se um mecanismo eficiente na concretização de direitos e no acesso à justiça, que se
opera no âmbito civil.
⇥ Espécies de Conexão:
• Intersubjetiva por simultaneidade: entre várias pessoas, crimes praticas ao mesmo tempo, não
existindo liame subjetivo (autoria colateral)
Ex: brigas entre times no jogo de futebol e vai surgindo pessoas e pessoas sem combinação
• Conexão Objetiva, lógica ou material: Quando uma infração é pratica para: facilitar a execução de
outra (obj teológica)
Ex: 1 réu pratica crime único para facilitar a execução de outro
Foro Prevalente
⇥ Crimes cometido por autor que tem foro por prerrogativa de função com outros agentes que não gozam
do foro privilegiado = prerrogativa de função
Princípios:
Princípio do Contraditório:
⇥ Direto ou Imediato: no momento que a prova é produzida
-⇥ Diferido: prova já produzida, não consegue fazer na hora
⇥ Requisitos:
O juiz deve valorar todas as provas
• Não há hierarquia das provas
• Todas possuem valor relativo: TODOS SÃO QUESTIONÁVEIS
• O juiz deve motivar a sentença ART 93, IX, CF
⇥ Características da perícia:
• Descrição minuciosa de tudo o que é observado;
• Resposta aos quesitos;
• Fundamentação
• Perícias não oficiais: Peritos não concursados, tendo que ter 2 peritos e compromisso é realizado
processo á processo. Peritos não oficiais – IDONIEDADE!
⇥ Quantos peritos são necessários? (art. 159 do CPP e Súm. 361 do STF)
Perícia Oficial – basta 1
Perícia não oficial – 2
⇥ Súmula 361 – No processo penal é nulo o exame realizado por um só perito, mas essa súmula não se
aplica aos peritos oficiais, somente aos casos de perícias não oficial
⇥ Perito particular / Assistente técnico (art. 159, parágrafo 3º., do CPP – redação dada pela Lei 11.690/08)
Pág. 36/10 – Processo Penal.
Contratado pela acusação ou defesa
Contraditório, diferido ou postergado
CONSUMAÇÃO DO CRIME:
⇥ Crimes Materiais: Resultado (vestígios ok)
⇥ Formais: Depende, pode ou não ter resultado (vestígios ok)
⇥ Mera conduta: não tem resultado naturalístico (vestígios – não)
Exames e características:
Exame Residuográfico
⇥ Vestígio do crime em geral: sujeira, marca de sangue, pedaço de vidro, cabelo, qualquer vestígio
⇥ É o ato pelo qual o Juiz ouve o acusado sobre a imputação que lhe é feita (art. 185 do CPP).
⇥ Validade como prova J: diz, art. 155 CPP.
⇥ Art. 6º, V, CPP – Delegado
⇥ Momento:
REGRA, último ato na produção de provas.
Art. 400 do CPP, alteração 2008.
⇥ Exceção:
• Leis especiais – lei 11.343/06 – art. 57 – réu primeiro.
• Art. 5º CF,
• LVI (devido proc. legal)
• LV (ampla defesa)
• Pressuposto Lógico – citação!
⇥ O interrogatório é indispensável?
Ato Interrogatório é obrigatório.
• Réu preso
• Réu comparecer espontaneamente no processo
⇥ O silêncio do réu importa em confissão? (arts. 186 do CPP e 5º, LXIII, CF)
Não, confissão ficta.
⇥ Acusado Menor:
art. 194 do CPP – Revogado.
art. 15 CPP, menor de 21 anos, mas já completou 18 anos, não precisa de curador.
⇥ Classificação:
• Explícita ou expressa: inequívoca ou clara ou objetiva
• Implícita ou tácita: atos dedutivos ou conduta do réu
• Simples: apenas assuma a conduta delitiva
• Qualificada ou Complexa: assume a conduta delitiva + teste defensiva em seu favor
• Judicial: perante o Magistrado – validade art. 155 do CPP
• Extrajudicial: perante PM, Delegado, MP, qualquer cidadão – não validade.
⇥ Requisitos:
• Confissão unitária: confessando o que eu fiz.
Responde por:
- Denunciação caluniosa – art.;
339 do CP
- Calúnia – art. 138 do CP.
⇥ Imprópria (Instrumentária):
• testemunho um ato ocorrido; (não tem nada a ver com o crime que está sendo apurado)
• testemunho sobre fatos que ocorreram durante o processo, mas diverso do crime em que está
sendo apurado!
•
⇥ Numerária: foi arrolada pelas partes e prestam o compromisso
⇥ Informantes: foram arroladas pelas partes, mas não prestam o compromisso, irmãos, parentes
⇥ Referida: não foram arroladas pelas partes, mas sim indicada por uma das testemunhas das partes
⇥ Antecedentes: não entram no número legal, vida pregressa do réu ou da vítima
Prova Testemunhal:
Pág. 44/10 – Processo Penal.
⇥ Testemunha é uma terceira pessoa que depõe sobre fato penalmente relevante!
⇥ Testemunhar = confirmar, mostrar etc.
⇥ Valor relativo!
“A confissão é a rainha das provas e a testemunha é a prostituta das provas!”
⇥ Objetividade: art. 213 do CPP – testemunha não deve fazer valorações pessoais, subjetivismo.
⇥ Oralidade: art. 204 do CPP – Testemunho é oral, deve ser reduzido a termo (escrito) ou gravado
Exceção: art. 221 do CPP – perguntas e respostas (Escrito)
Deveres da Testemunha:
⇥ Dever de Depor: falar o que sabe, art. 342, ou calar a verdade como testemunha.
Exceções:
- Os parentes do acusado (art. 206 do CPP):
- Ascendentes ou descendentes, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que divorciado, o irmão e o pai, a
mãe, ou o filho do acusado.
⇥ Pessoas impedidas de depor (art. 207 do CPP): Profissão, sigilo profissional – LEI.
Poderão: - se quiserem; - se forem desobrigados pelo interessado; - a prioridade é o sigilo!
Exceções;
• testemunha impossibilitada de se locomover (art. 220 do CPP):
• Doença / idade
Oitiva da testemunha por precatória – intimação das partes (acusação e defesa) da data da audiência ou da
expedição da carta precatória? (art. 222 do CPP)
⇥ Súmula 155 do STF: é relativa à nulidade do processo criminal por falta de intimação da expedição de
precatória para inquirição de testemunha.
⇥ Sanções da testemunha regularmente intimada e que não comparece? (art. 218 e 219 do CPP)
• condução coercitiva;
• aplicação de multa;
• pagamento de diligência;
• crime de desobediência.
⇥ Dever de comunicar ao Juízo dentro de 1 (um) ano qualquer mudança no seu endereço. (art. 224 do CPP)
⇥ É possível reperguntas?
Pág. 47/10 – Processo Penal.
SIM, garantindo a ampla defesa e o contraditório.
Perguntas = juízes
Partes (acusação e defesa) = reperguntas.
⇥ Número de Testemunhas:
⇥ Júri:
1º fase do júri: até 8 testemunhas (art. 406)
2º fase: 5 testemunhas por crime (art. 422)