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Fichamento BUARQUE DE HOLANDA, Sergio. Herança rural e nossa revolução.

Raízes do
Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 26. ed., 1995

O texto é fomentado em 10 marcos para serem refletidos


• A abolição: marco divisório de duas épocas
• Incompetibilidade do trabalho escravo com a civilização burguesa e o capitalismo moderno
• Da Lei Eusébio à crise de 64. O caso de Mauá
• Patriarcalismo e espírito de facção
• Causas da posição suprema conferida às virtudes da imaginação e da inteligência
• Cairu e suas ideias
• Decoro aristocrático
• Ditadura dos domínios agrários
• Contraste entre pujança das terras da lavoura e a mesquinhez das cidades na era colonial
(p.70)

➢ O autor relata o histórico que marcou após o período da abolição, salientado que a sociedade
brasileira era agrária e que os filhos dessas elites eram instruídos nas profissões liberais,
dominado os aparatos de poder e alinhado na exploração do trabalho escravo (p.73)
➢ Os aspectos de desenvolvimento e expansão das atividades agrícolas, logística (estradas de
ferro) e de créditos bancários, no século XIX, expandidas por trabalho escravo nas lavouras
(p.74)
➢ O autor destaca a especulação rentabilidade nos negócios, durante preâmbulos da abolição,
com a proibição do tráfico de escravos, a intervenção inglesa e o sentimento patriótico de
defender esse tipo de exploração de força de trabalho; além de citar a carência de mão de
obra no país. Citando a Lei Eusébio de Queiroz (p.74-75)
➢ Destacando que acumulação de riqueza por meio dessa exploração do tráfico e do trabalho
escravo se deve por parte dos portugueses (p.75)
➢ O tráfico de navios negreiros ocorriam através de subornos e corrupções dos agentes
envolvidos com os fiscais (p.75-76)
➢ Buarque de Holanda destaca a disponibilização de créditos bancários, onde a terra estava
ligada a propriedade que era associada com posse (p.77)
➢ O autor enfatiza a relação conflituosa entre a sociedade atrelada aos valores retrógrados e
escravocratas e sua resistência com as mudanças sociais, embora apresentasse de forma
superficial e artificial anos seguintes (p.78)
➢ Citando a tensão de construir um país numa economia escravocrata com a modernidade da
democracia burguesa (p.79)
➢ A filiação de determinado partido, caracteriza o indivíduo mais próximo de uma família
patriarcal, com parentes diretos e colaterais, formando um todo indivisível, associados por
sentimentos e deveres, não por valores ou ideias, como a burguesia urbana prestigiava (p.79)
➢ No contexto rural o proprietário da terra (o senhor) exercia a função de autoridade e dentro
dela existia todo o aparato para que os indivíduos permanecessem nelas (p.80)
➢ Salientando que dentro das casas rurais se encontravam o necessário de comer, beber, vestir,
além dos trabalhos de pesca e caça, serralheria dentro dessas terras (p.80-81)
➢ O âmbito familiar o que menos sofria interferência externa, recorria a arbitrariedade,
autoridade, coesão e poder (p.81-82)
➢ O autor destaca que a transição das elites rurais para o contexto citadino, em posições
privilegiadas, burocratas e de autoridade, mais evidente na região do nordeste (p.82-83)
➢ A valorização do trabalho intelectual por parte dessa elite agrária nos meios urbanos (p.83)
➢ A “inteligência” sugerida por Silva Lisboa (p.83-84)
➢ Regimento do paternalismo político (p.85)
➢ O poder e as instituições, amparadas em princípios consagrados para serem respeitadas. O
autor pontua a Revolução Pernambucana, de 1817 e seu desencadeamento sobre as
instituições, ordenações e prestígio (p.86-87)
➢ Adaptações de uma burguesia na sociedade brasileira no período anterior e posterior a
independência, como título de ser seguido de ideal de conduta para os senhores de terras e
refletiu sobre as cidades, sobre diversos trabalhos (p.87)
➢ Não existia um meio termo entre classes: senhores de terra (casa grande) e os escravizados,
libertos e dependentes desse senhor (p.88)
➢ Havendo uma distinção do urbano para as fazendas, até mesmo o sentido de aldeia e
camponês, não se aplicam para contexto europeu, devida a vastidão de terras e núcleos
urbanos englobados pelos núcleos rurais (p.88)
➢ Buarque de Holanda descreve que as cidades coloniais foram construídas aos moldes do
pensamento dos senhores de terra, invertendo a lógica da cidade sobressair sobre o rural.
Nesse sentido, a construção urbana no país se ateve para lógica do senhor sobre os demais,
título que poderia ser comparado em Portugal como título de nobreza. Rompendo com a
contextualização europeia conhecida sobre o senhor de terras e seu poder (p.88-89)
➢ As casas nas cidades, no período até o século XVIII eram pouco frequentadas, como
destacado nos relatos, a vida cotidiana era nas propriedades rurais, onde ostentavam riquezas
e luxos; nas cidades restavam os funcionários administrativos, mecânicos (p.90)
➢ Nas considerações finais, o autor destaca que as cidades eram pouco povoadas, onde
colonização portuguesa era mais presente nos povoados do sul e que no Recife, após a
tomada dos holandeses ocorreu o movimento inverso de ocupação da cidade. Entretanto, as
características do ruralismo se destacavam na colônia americana (p.91-92)

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