Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Revisão Textual:
Prof. Esp. Márcia Ota
Origem e Evolução da Ergonomia
Objetivos
• Apresentar e discutir a origem e evolução dos conceitos de ergonomia até os dias de
hoje, bem como os conceitos de antropometria, fisiologia e biomecânica
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o
último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo,
você poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou
alguns dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns
de discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além
de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço
de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE
Origem e Evolução da Ergonomia
Introdução ao Tema
Antes de darmos início aos nossos estudos, é de grande importância contextualizarmos
a ergonomia, bem como seus elementos: antropometria, biomecânica e fisiologia.
Há, nos dias de hoje, uma série de definições para a ergonomia. Entretanto, nesse
contexto, recomenda-se considerar que a ergonomia deve ser a interação mais harmônica
possível entre homem, sistema e ambiente.
Para tanto, será “pano de fundo” de toda a nossa abordagem a aplicação da ergonomia
não apenas para saúde e segurança do trabalhador, mas também como finalidade
principal, a aplicação da ergonomia como “vetor” de eficiência nas organizações. Não
uma “eficiência” movida pela premiação monetária, ou ainda, movida pela coerção na
relação de subordinação tipo “quem pode manda… E quem tem juízo obedece”. Mas sim,
a busca da eficiência sustentável, que está apoiada no reconhecimento do trabalhador
como “ser humano” e não como “meio de produção”, conforme “propalado em verso
e prosa” no período “pós-revolução industrial”.
Vamos esclarecer: uma empresa, para existir, deve ter lucro; razão de ser de qualquer
organização que não seja filantrópica, do terceiro setor. Temos a sustentabilidade
econômica ou financeira. A sociedade, eu e você, precisamos de água para sobreviver.
E a água é só um expoente da equação da vida e sem o qual não sobrevivemos,
todavia, também precisamos considerar o ar, sem o qual também não há vida. Temos
a sustentabilidade ambiental. A vida moderna, tanto nas organizações como na vida
cotidiana, tornou-se dependente da energia, seja elétrica, fóssil ou de qualquer outra
natureza. Há pesquisas que indicam que cada um de nós, nos dias de hoje, com a
6
energia que consome para sua rotina, teria, em média, de 200 a 300 escravos para
gerar essa mesma energia necessária ao seu conforto e/ou necessidades. Temos a
sustentabilidade energética.
Para que haja vida próspera na dita sociedade civilizada, é necessário que haja um
equilíbrio entre os recursos energéticos, econômicos, alimentícios, tecnológicos, etc.
Esse é o conceito de sustentabilidade supracitado, em que o grande desafio é a busca
pelo equilíbrio. É a busca da capacidade de existir ao mesmo tempo. A coexistência dos
recursos, em que só faz sentido se houver a vida propondo a interação mais harmônica
possível entre homem, sistema e ambiente.
Podemos afirmar que, sob uma perspectiva mais ampla, tanto a definição de ergonomia
como a de sustentabilidade trazem consigo um tom subjetivo pela sua grandeza. De fato,
é um “macrovisão” absolutamente abrangente. Todavia, nos traz à luz a discussão e uma
profunda reflexão sobre o papel de cada um de nós em um mundo sustentável, tanto
na “macrovisão” subjetiva e quase holística como no desdobramento ou “detalhamento
operacional” da aplicação desses conceitos.
Assim sendo, a “microvisão” bem mais objetiva e de aplicação imediata nos permite
planejar e “operacionalizar” em um contexto muito menor e bem mais perto de cada
um nós, transcendendo o campo das possibilidades para “realidades”, transformando
o questionamento subjetivo e holístico para algo de aplicação objetiva e imediata com
a seguinte pergunta: O que posso fazer para viver melhor no trabalho e na vida? A
resposta dessa pergunta nos permite a presentar, então, todo o conteúdo que será
discutido a seguir.
Além disso, é importante salientar que o conteúdo dessa unidade está dividido da
seguinte maneira:
7 - Fisiologia
6 - Biomecânica
5 - Antropometria
4 - Evolução da
3 - Objetivos da ergonomia
2 - Origem da ergonomia
1 - Definição da ergonomia
ergonomia
Bons estudos!
7
7
UNIDADE
Origem e Evolução da Ergonomia
Leitura Obrigatória
O conceito de ergonomia é relativamente antigo; todavia, só ganhou popularidade a
partir da Segunda Guerra Mundial. Os armamentos eram “desenvolvidos”, pela primeira
vez na história, olhando para o usuário final a fim de “otimizar” a utilização de uma
maneira geral. Na verdade, procurando “enxergar” a interação entre produto e usuário
para melhorar a assertividade nessa interação entre produto e usuário. Então, surge a
ideia de aplicação da ergonomia como meio de busca pela eficiência nas operações.
Nesse caso, especificamente, procurando fazer com que o armamento “se adaptasse”
ao soldado. Com isso, aumentando a assertividade de uso. Assim, usando melhor o
recurso para ter maiores e melhores resultados.
Para a composição desse cenário, é importante trazer à luz outros elementos, tais
como: a antropometria. O que é antropometria, quem usa e para que serve? Biomecânica.
O que é, quem usa e para que serve? E guardamos ainda os mesmos questionamentos
para fisiologia.
Assim sendo, além dos títulos indicados no plano de ensino, pode tornar sua
experiência mais rica, a leitura de outros títulos a esses assuntos relacionados. Por isso,
explore a bibliografia obrigatória proposta na unidade estrutural. Afinal, é recomendável
que você, enquanto aluno, amplie seus estudos com pontos de vista de autores diversos.
8
Note a seta ao lado direito da tela para avançar página a página, assim como perceba
que os ícones no rodapé da tela correspondem a determinadas funções, entre as quais:
ampliar a visualização (zoom), marcar a obra como favorita, imprimir trechos que
escolher e pular para um número específico de página.
É conclusivo que a ideia de trabalho está relacionada com a noção geral de sofrimento
e pena. (Bíblia, 1995).
Primeira definição de ergonomia proposta pelo IEA diz que a ergonomia é o estudo
científico da relação entre o homem e seus meios, métodos e ambientes de trabalho.
Seu objetivo é elaborar, com a colaboração de diversas disciplinas científicas que a
compõem, um corpo de conhecimentos que, numa perspectiva de aplicação, deve ter
como finalidade uma melhor adaptação ao homem dos meios tecnológicos de produção
e dos ambientes do trabalho e da vida.
A segunda definição de ergonomia proposta pelo IEA em 2000, bem mais recente,
dá conta de que a ergonomia (ou fatores humanos) é a disciplina científica que visa à
compreensão fundamental das interações entre os seres humanos e outros componentes
de um sistema, e a profissão que aplica princípios teóricos, dados e métodos com o
objetivo de otimizar o bemestar das pessoas e o desempenho global dos sistemas. Segundo
Falzon (2009), ainda na segunda definição proposta pelo IEA em 2000, esclarece-se
que a palavra Ergonomia deriva do grego Ergon [trabalho] e nomos [normas, regras,
leis]. Trata-se de uma disciplina orientada para uma abordagem sistêmica de todos os
aspectos da atividade humana.
Assim, ilustramos a premissa de que além de ser uma disciplina “nova”, em especial
no Brasil, o conceito vem sendo continuamente revisto buscando uma “ampliação
conceitual de escopo”. Nesse contexto, torna-se importante destacar que, com o passar
do tempo, a “ergonomia” “aumenta de tamanho”. Quanto mais a sociedade demanda
de sustentabilidade de meios e recursos, mais atual a disciplina de torna e, ainda, a
amplitude de aplicação se multiplica.
9
9
UNIDADE
Origem e Evolução da Ergonomia
Para “dar conta” da amplitude dessa dimensão e poder intervir nas atividades do
trabalho, é preciso que se reconheça que a aplicação da ergonomia e seus elementos
DEVEM ser multidisciplinares e que não apenas os ergonomistas, mas todos os
profissionais envolvidos nas questões relacionadas à saúde, segurança do trabalhador
e eficiência nos processos tenham uma abordagem multidisciplinar de todo o campo
de ação da disciplina, tanto em seus aspectos físicos e cognitivos, como sociais,
organizacionais, ambientais, etc. Contudo, pode-se dizer que ergonomia está apoiada
em três pilares fundamentais:
10
De um lado, o objetivo centrado nas organizações e sua busca incansável pela
eficiência, produtividade, confiabilidade, qualidade, durabilidade, etc. a fim de serem
mais competitivas, reduzindo custos. De outro, o objetivo centrado no ser humano,
considerando-se segurança, saúde, conforto, facilidade de uso, motivação, etc. E, ainda,
um terceiro pilar que representa a “macro-organização” trazida, cada vez mais forte
e atual, com o conceito da sustentabilidade de meios e recursos. A referida “macro-
organização” olha a sociedade, as mudanças de atitudes, hábitos e costumes que a
tecnologia nos traz e, com isso, a “popularização” da ideia de escassez de recursos.
Sob o enfoque de projeto do trabalho, a ergonomia é definida por Barnes (2008) como
o meio de encontrar a mais eficiente combinação entre homem e máquinas, equipamentos
e materiais no ambiente de trabalho e cita que o objetivo da ergonomia é a adaptação das
tarefas ao ambiente de trabalho às características sensoriais, perceptivas, mentais e físicas
das pessoas e, como resultado, obtém-se, então, melhores projetos de equipamentos,
sistemas homem-máquina, de produtos de consumo, métodos e ambiente de trabalho.
Um exemplo que “ilustra” perfeitamente a definição de Barnes é, exatamente, a aplicação
da ergonomia na Segunda Guerra Mundial, conforme citado anteriormente.
Origem da Ergonomia
A ergonomia surgiu em meados da Segunda Guerra Mundial em virtude da
complexidade de manuseio de armamento e dispositivos de ataque. Todo planejamento/
investimento feito no desenvolvimento de materiais bélicos não seria inútil, se o
“operador” (soldado) não soubesse como fazê-lo. E, ainda, frente aos horrores da
guerra, muitos soldados desenvolviam doenças psiquiátricas. Com isso, para amenizar
o impacto, tanto de manuseio como da saúde mental dos soldados e procurar “manter
a produtividade”, grupos multidisciplinares foram mobilizados para entrarem como
“suporte” no cenário da guerra.
A curiosidade nesse cenário é que não se considera apenas a ergonomia física que,
hoje em dia “populariza” essa disciplina; no universo da ergonomia, também se leva em
conta as questões psicoemocionais que não são “males” físicos, mas psíquicos.
11
11
UNIDADE
Origem e Evolução da Ergonomia
Objetivos da Ergonomia
Conforme citado anteriormente, o objetivo da ergonomia é estudar a interação entre
o homem e os sistemas, considerando fatores físicos e psicológicos a fim de obter ganhos
em eficiência para os sistemas (empresas), bem como a manutenção da saúde por parte
dos colaboradores, procurando reduzir a fadiga, estresse, erros e acidentes e, ao mesmo
tempo, ser eficiente, tornando a organização competitiva. Nesse cenário, a eficiência
produtiva, bem como a motivação, é consequência direta da assertividade dessas ações.
Evolução da Ergonomia
Discorrendo sobre a ergonomia, é imprescindível citar as definições, a origem, mas,
para um completo entendimento da aplicação da ergonomia nos dias de hoje, não
podemos deixar passar despercebido os precursores da ergonomia.
Vamos a eles!
12
Já foi mencionado, nessa seção, que identificamos nas escrituras da Bíblia a noção
de trabalho “penoso” dedicado ao homem para a sua sobrevivência, trazendo consigo a
ideia de que “ter que trabalhar” seria a “recompensa” pelo pecado. Vimos também que
a noção de ergonomia acompanha a necessidade de trabalho que o homem tem a partir
da sua necessidade mais básica, que é caçar para comer. Ainda na pré-história, quando
o homem era nômade, precisava caçar para comer e quando a comida começava a faltar
em uma determinada região, os homens migravam para outra. E, quando saiam para a
caça, procuravam uma pedra que melhor se encaixasse a sua mão a fim de usá-la como
arma e auxiliar na caçada. Nota-se que desde a pré-história, ainda que intuitivamente, o
homem procura por dispositivos que o auxiliem no trabalho.
É importante chamar a atenção para o fato que de que o homem, desde os primórdios
da história, procura meios que auxiliem nas suas necessidades mais básicas, nesse caso,
na adaptação de “meios ou ferramentas” que potencializem seus resultados... A pedra
em forma de arma “facilitaria” sua tarefa de subsistência que era caçar para comer.
Essa ideia também esteve presente na era da produção artesanal que antecedeu
a Revolução Industrial, onde os artesãos procuravam adaptar as tarefas às
necessidades humanas.
As primeiras fábricas que surgiram nesse cenário eram sujas, escuras, barulhentas e
perigosas; era o ambiente de trabalho de milhares de pessoas. As fábricas dessa época
em nada parecem com o ambiente industrial nos moldes que conhecemos hoje em dia.
Naquela época, o trabalho era realizado por homens, mulheres e crianças que tinham
jornadas de trabalho de até 18 horas por dia e, constantemente, submetidos a castigos
físicos, sem férias, sem indenizações de qualquer espécie e o pagamento pelo trabalho
era feito diariamente.
No final do século XVIII e início do século XIX, surge, nos Estados Unidos da América,
um simples operário que revolucionaria a maneira de se produzir bens industrialmente (em
larga escala), seu nome é Frederick Winslow Taylor. Ele estudou e tornou-se Engenheiro
Mecânico e, no ambiente que conhecia, foi de simples operário a gerente industrial,
promovendo estudos sistêmicos acerca de como organizar a produção e melhorar a
sua eficiência. Esses estudos transformaram-se em publicações que preconizavam uma
maneira sistêmica, científica de analisar o trabalho, buscando redução de movimentos
e aumento da eficiência. A essa “maneira científica” de “organizar o trabalho” deu-se o
nome de Administração Científica ou Taylorismo.
13
13
UNIDADE
Origem e Evolução da Ergonomia
Todos esses conhecimentos que foram acerca da combinação harmônica entre homens
e sistemas acumulados em todas as partes do planeta foram de grande valor na ocasião
da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) com a finalidade de desenvolver projetos e
promover a construção de materiais bélicos sofisticados, tais como: submarinos, tanques,
radares, navios, aviões, sistemas contra incêndio, etc. Além do alto custo de cada um
desses produtos, o operador (soldado) no manuseio dessas “máquinas” era exposto a
condições de extrema fadiga física e psicológica. Assim, estudos foram promovidos por
equipes multidisciplinares a fim de melhorar a adaptação do homem ao sistema, ou seja,
do soldado às máquinas bélicas no campo de batalha.
Ao receber sua primeira promoção, Taylor, como qualquer líder, inclusive nos dias de
hoje, passou a ser cobrado por resultados. Como era conhecedor de como o trabalho
era realizado em sua empresa, sabia que era vital para seu sucesso profissional organizar
a parte feia, suja e desorganizada da empresa chamada de produção.
Precisamos relembrar que o advento da “Revolução Industrial” ainda era novo para
sociedade no mundo inteiro. Não tinha tido tempo para o “simples trabalhador” ter
frequentado uma escola para APRENDER o ofício do trabalho “confinado” na indústria...
O modelo de trabalho que havia sido herdado por gerações era o trabalho artesanal.
14
Como não havia nenhum histórico anterior relacionado a estudos específicos sobre
organização da produção ou eficiência do processo produtivo, Taylor pode realizar, sem
nenhum tipo de cobrança ou expectativa, seus experimentos acerca do que imaginava
ser uma empresa organizada e eficiente. Fez muitos testes tipo tentativa e erro. O
resultado desses testes e observações fez com que publicasse sua teoria de organização
do trabalho conhecido como “Princípios da Administração Científica” que consistia
primeiramente na divisão do trabalho.
Taylor foi muito criticado em sua obra, pois se afirmava que ele rebaixava o homem a
condição de animal. Dizia que o estudo do método de trabalho deveria ser executado
por uma parte da empresa composta por pessoas que deveriam ser estudadas e
devidamente preparadas para isso. Não deveria, jamais, ser dado ao simples funcionário
a autonomia de decidir o que, como e quando fazer. Afirmava-se, que Taylor definia
o simples funcionário como “acéfalo”, ou, pouco dotado de inteligência e incapaz de
tomar decisões racionais; dizia também que o trabalho deveria ter um método definido
com ritmo a fim de “impedir” que funcionário “burlasse intencionalmente” os índices
de eficiência esperados, hoje em dia poderíamos dizer que não era desejado que o
simples funcionário “encostasse o corpo”, e, com essa situação, afirmava-se que Taylor
havia rotulado o simples funcionário de indolente, ou se preferir, vagabundo.
15
15
UNIDADE
Origem e Evolução da Ergonomia
Será que a intenção de Taylor era realmente “rebaixar o trabalhador a uma condição de
animal”? OU Será que Taylor, conhecedor da falta de qualificação do “trabalho confinado”
dentro da fábrica e, sabendo que, frente ao ritmo frenético de produção que se propunha
não haveria tempo nem meios de garantir a criação de competências necessárias ao simples
trabalhador, optou, em seu modelo de “trabalho confinado”, qualificar não a fábrica toda,
mas um grupo pequeno de profissionais dedicados à definição do método de trabalho e a
definição dos níveis de produtividade esperados?
Taylor, para “motivar” seus funcionários, oferecia prêmios para ganhos em produtividade;
quem produzisse mais, ganhava mais. Surge aí a ideia de remuneração variável, ou
conforme conhecemos nos dias de hoje, participação nos lucros e resultados.
Segundo a física, toda ação requer uma reação e como reação à Administração
Científica de Taylor, ou Taylorismo, surge a Escola das Relações Humanas onde seu
ícone é Elton Mayo.
Anteriormente a “Escola das Relações Humanas” a noção de trabalho era relacionada
à pena bem como na Bíblia. E a imagem de operário era relacionada a quem não tem
vontade, direitos ou, sequer, dores.
16
Mayo pretendia estudar os efeitos da iluminação na eficiência da fábrica. Separou um
grupo de trabalhadores da produção e colocou-os num ambiente isolado da produção.
Nesse espaço, não havia a presença do “capataz”, encarregado ou supervisor de
produção nos dias de hoje. Muitas vezes, o capataz era coercitivo a ponto de castigar
fisicamente o operário.
A maioria das empresas que aplica a ergonomia não tem uma área composta de
ergonomistas, mas possui um grupo de profissionais ligados, direta ou indiretamente, à
execução do trabalho e suas derivações.
17
17
UNIDADE
Origem e Evolução da Ergonomia
18
Ergonomia de correção: quando o problema já existe, seja histórico de dor física ou
alguma patologia psíquica desenvolvida pela natureza do trabalho feito, é necessária a
mobilização de profissionais capacitados nessas áreas específicas a fim de corrigir esse
histórico já existente.
19
19
UNIDADE
Origem e Evolução da Ergonomia
Antropometria
Segundo Iida (2005) a origem da antropometria remonta-se à Antiguidade, pois
egípcios e gregos já observavam e estudavam a relação das diversas partes do corpo.
O reconhecimento dos biótipos remonta-se aos tempos bíblicos e os nomes de muitas
unidades de medida utilizadas, hoje em dia, são derivados de segmentos do corpo. A
antropometria trata das medidas do corpo humano. Aparentemente, medir as pessoas
seria uma tarefa fácil, bastando, para isso, ter uma régua, trena e balança. Entretanto, isso
não é tão simples assim, quando se pretende obter medidas representativas e confiáveis
de uma população composta de indivíduos dos mais variados tipos e dimensões.
Biomecânica
A biomecânica é o estudo da mecânica dos organismos vivos. É parte da biofísica.
20
A Biomecânica externa estuda as forças físicas que agem sobre os corpos enquanto a
biomecânica interna estuda a mecânica e os aspectos físicos e biofísicos das articulações,
dos ossos e dos tecidos histológicos do corpo.
Fisiologia
A fisiologia (do grego physis = natureza, função ou funcionamento; e logos =
palavra ou estudo) é o ramo da biologia que estuda as múltiplas funções mecânicas,
físicas e bioquímicas nos seres vivos. De uma forma mais sintética, a fisiologia estuda
o funcionamento do organismo. Além disso, é estudada em diversas áreas, inclusive
da saúde como Biomedicina, Educação física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia,
Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, psicologia,
Terapia Ocupacional, dentre outras biológicas.
21
21
UNIDADE
Origem e Evolução da Ergonomia
A fisiologia dos dias de hoje, biologia grega do passado, socorre-se dos conhecimentos
proporcionados pela física para explicar como decorrem essas funções vitais segundo
os princípios físicos. Efetivamente, os conceitos da Biologia são indissociáveis da Física
(ainda que aqui se fale de Física num sentido mais lato, incluindo a b química). Para quem
estuda a fisiologia integrada é importante o domínio da anatofisiologia.
Outros campos de estudo importantes têm surgido na fisiologia, tais como: a pesquisa
em bioquímica, biofísica, biologia molecular, biomecânica e farmacologia.
22
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
Bases Biomecânicas do Movimento Humano
É importante, além da ergonomia, considerar também os elementos que a compõem, tais
como: biomecânica, fisiologia e antropometria.
Atento(a) a esses aspectos, sugerimos, como leitura complementar, material relativo ao
estudo do movimento e biomecânica.
Para acessar esta obra, acesse o link abaixo.
Disponível em: https://goo.gl/cEZamh
23
23
UNIDADE
Origem e Evolução da Ergonomia
Referências
Sites acessados:
24
25
25