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Instalações Industriais
INDUSTRIAIS INDUSTRIAIS
Paulo Henrique Palma Setti Paulo Henrique Palma Setti
DADOS DO FORNECEDOR
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do
Código Penal.
ASSISTA
Indicação de filmes, vídeos ou similares que trazem informações comple-
mentares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado.
CITANDO
Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa
relevante para o estudo do conteúdo abordado.
CONTEXTUALIZANDO
Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato;
demonstra-se a situação histórica do assunto.
CURIOSIDADE
Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto
tratado.
DICA
Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, uma
informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado.
EXEMPLIFICANDO
Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto.
EXPLICANDO
Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da
área de conhecimento trabalhada.
Sintetizando............................................................................................................................ 40
Referências bibliográficas.................................................................................................. 41
Sintetizando............................................................................................................................ 71
Referências bibliográficas.................................................................................................. 72
Sintetizando.......................................................................................................................... 105
Referências bibliográficas................................................................................................ 106
Sintetizando.......................................................................................................................... 137
Referências bibliográficas................................................................................................ 138
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Dedico esse trabalho aos que ainda acreditam que o estudo e a pesquisa são os
fundamentos de uma sociedade que busca o equilíbrio entre as sustentabilidades
econômica, ambiental e social.
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1 SISTEMAS DE
APOIO À PRODUÇÃO
INDUSTRIAL
Tópicos de estudo
Introdução aos sistemas de Conceito de velocidade eco-
apoio da produção nômica e dimensionamento de
Tubos e tubulações tubulações para líquidos
Classificação das tubulações Velocidade econômica
Materiais e componentes Perdas de carga
Dimensionamento de tubu-
Materiais e processos de fabri- lações para líquidos
cação de tubos
Tubos usinados
Tubos laminados
Tubos extrudados e fundidos
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 12
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 13
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 14
CURIOSIDADE
A Pont du Gard se encontra perto da cidade de Vers-Pont-du-Gard,
no sul da França. É uma antiga ponte de aqueduto romano, construída
no século I d.C. para transportar água por mais de 50 km até a colônia
romana de Nemausus. A Pont du Gard é a mais alta de todas as pontes
do aqueduto romano, e uma das mais bem preservadas. Foi adicionada
à lista de Patrimônios Mundiais da UNESCO em 1985, por causa de sua
importância histórica.
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 15
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 16
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 17
Tubulações
de processo
Tubulações
de utilidades
Tubulações dentro
de instalações industriais
Tubulações
de instrumentação
Tubulações
Classificação de drenagem
das tubulações
Tubulações
de transporte
Tubulações fora
de instalações industriais
Tubulações
de distribuição
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 18
Materiais e componentes
Há muitos fatores a serem considerados na escolha de materiais
de tubulação. A maioria está além do escopo dos códigos. Entre
eles estão itens como disponibilidade, tipo de serviço e fl ui-
dos. O engenheiro que projeta instalações industriais não
pode iniciar o projeto e dimensionamento até que essas
variáveis sejam esclarecidas.
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Figura 3. Tubulações de um sistema de bombeamento de líquidos para a indústria alimentícia. Fonte: Shutterstock.
Acesso em: 26/03/2020.
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EXPLICANDO
Inconel é uma marca registrada da Special Metals Corporation que designa
uma família de superligas austeníticas à base de níquel-cromo. Tratam-se de
materiais resistentes à corrosão por oxidação, adequados para serviços em
ambientes extremos sujeitos a pressão e calor. Quando aquecidos, formam
uma camada espessa, estável e passiva de óxido, protegendo a superfície
de novos ataques, elevando sua resistência a altas temperaturas. As ligas de
inconel são normalmente usadas em aplicações de alta temperatura.
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 21
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 22
Fundição
Tubos com
Fabricação por solda
costura
Tubos usinados
Tubos de aço padrão são os tipos de tubo mais usados
devido ao seu baixo custo e qualidades mecânicas, o que
os tornam adequados para uma ampla gama de aplica-
ções. Tubos de aço são resistentes, duradouros e defor-
máveis. Isso signifi ca que eles podem ser usados para
aplicações com variações signifi cativas de temperatura
ou pressão. Tubos de aço padrão também são muito usa-
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 23
Figura 4. Tubo de aço sendo usinado. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 26/03/2020.
O aço de baixa liga, com um baixo nível de carbono (entre 0,008% e 2,14%)
pode ser facilmente usinado. Quando a taxa de carbono aumenta, as proprie-
dades do material, como dureza ou resistência mecânica, tendem a melhorar
significativamente. No entanto, a usinagem de aços com alto nível de carbono
é mais difícil.
A norma ASME B31.3 identifica os padrões de componentes de uma tubula-
ção industrial, além dos materiais indicados para cada aplicação. Os materiais
de tubulação metálicos mais usados estão listados na ASME B31.3, no entanto,
os materiais que estão fora desta lista também podem ser utilizados, desde
que sejam suportados pelas folhas de dados apropriadas e pelos relatórios de
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Tubos laminados
Tubos metálicos que podem ser usados sem costura, em caso de trabalhos
com baixa pressão são, muitas vezes, fabricados por laminação. Para isso, são
usados materiais como aço carbono, aço ligado ou até mesmo aço inoxidável. É
comum a aplicação de laminação para tubos com diâmetros que variam entre
80 mm a 650 mm.
Um método clássico de laminação de tubos é o chamado Mannesmann, que
prevê, resumidamente, os seguintes cinco passos de operações (TELLES, 2005):
• 1° passo: para iniciar o processo, um lingote de aço, que tenha a dimensão
externa muito próxima ao diâmetro externo do tubo que se deseja fabricar, é
aquecido até 1200 °C e encaminhado a um laminador oblíquo. Veja a ilustração
da Figura 5;
Rolos oblíquos
Haste
Lingote
Ponteira
Figura 5. Primeira etapa de um processo de laminação de um tubo metálico. Fonte: TELLES, 2005, p. 5
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Tubo formado
Lingote
Figura 6. Segunda etapa de um processo de laminação de um tubo metálico. Fonte: TELLES, 2005, p. 5.
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Tubo
Laminador calibrador
Rolos de
Rolos retorno
laminadores
Tubo
Mandril
Figura 7. Última etapa de um processo de laminação de um tubo metálico. Fonte: TELLES, 2005, p. 6.
CURIOSIDADE
Em 1886, os irmãos alemães Reinhard (1856-1922) e Max Mannesmann
(1857-1915) receberam a primeira patente do mundo pela invenção de um
processo de laminação de tubos de aço sem costura, o processo Mannes-
mann. Entre 1887 e 1889, eles fundaram sua fábrica de tubos.
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Êmbolo
Recipiente
Tarugo
de aço
1 2 3 4
Matriz Tubo
calibrada Sobra formado
Figura 8. Última etapa de um processo de laminação de um tubo metálico, através do princípio da extrusão. Fonte:
TELLES, 2005, p. 6.
Usando uma prensa de alta carga que costuma alcançar 1500 toneladas,
após a primeira etapa, um mandril é inserido no centro do tarugo até atraves-
sá-lo. Ainda na Figura 8, observa-se que um êmbolo empurra esse material,
forçando-o a passar pelo orifício de uma matriz calibrada, dando formas preli-
minares ao tubo.
Após extrudado, o tubo se encontra, normalmente, curto e grosso. Para
alcançar suas dimensões finais, ainda quente, esse tubo pré-formado é enca-
minhado a um laminador de rolos, que ajustará as medidas de diâmetro e es-
pessura de parede.
Esses processos são indicados para tubos finos (de até 80 mm de diâmetro)
e, principalmente, para materiais mais dúcteis, como cobre e alumínio, além de
tubos plásticos.
Além de laminados e extrudados, os tubos podem ser fundidos. Nesse caso,
eles são fabricados em ferro fundido ou aços que não podem ser forjados. Nes-
ses processos, a matéria prima do tubo é derretida e despejada em estado líqui-
do nos moldes, gerando suas formas preliminares. Outra opção é centrifugar o
tubo quando ele está no seu estado líquido, buscando uma forma tubular.
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Figura 9. Tubos fundidos com corrosão interna. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 26/03/2020.
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CURIOSIDADE
As mais antigas tubulações de água feitas de ferro fundido datam do século
XVII, e foram instaladas para distribuir água pelos jardins do Chateau de
Versailles. São cerca de 35 km de tubulação. A idade desses tubos faz com
que eles tenham de considerável valor histórico. Apesar da extensa reforma
feita em 2008, pelo Saint-Gobain PAM, 80% dos tubos permanecem originais.
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Essas tabelas são muito utilizadas no cotidiano industrial, com exceção dos
casos em que se faz necessária a aplicação de tubos não comerciais. Nesses
casos excepcionais, o cálculo, tanto da espessura de parede dos tubos, quanto
dos suportes e espaçamento entre eles, deve ser feito de forma detalhada.
Para isso, o sistema de tubos é considerado um conjunto de elementos estru-
turais que são submetidos a esforços devido à pressão, aos pesos próprios,
variações de temperatura, entre outras variáveis.
Velocidade econômica
A velocidade nos dutos de uma tubulação industrial é um dos componentes
mais importantes no estudo do projeto de abastecimento de fluidos. Velocida-
des altas podem causar danos à tubulação, enquanto velocidades baixas po-
dem causar sedimentação. Portanto, a velocidade econômica é a chave do su-
cesso de um projeto de abastecimento de fluidos mais econômico e eficiente.
O principal objetivo desta análise é buscar a melhoria dos critérios de
projetos de tubos para redes de abastecimento industrial. Estes critérios
estão relacionados à velocidade do projeto nos dutos principais e ramifica-
ções da rede. É chamada de velocidade econômica a busca por uma vazão
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Em que:
• h = perda de carga (mca);
• f = fator de atrito de Darcy (admensional);
• L = comprimento do tubo (m);
• D = diâmetro interno do tubo (m);
• V = velocidade média do escoamento (m/s);
• g = aceleração da gravidade (m/s2).
O próprio fator de atrito depende do diâmetro interno do tubo, da rugosi-
dade do tubo interno e do número de Reynolds, que por sua vez é calculado
a partir da viscosidade do fluido, densidade do fluido, velocidade do fluido e
diâmetro interno do tubo:
ρ·V·D
Re =
μ
Ou ainda:
4·Q
Re =
π·D·μ
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1 8 · Q2
=
√f J · π 2 · g · D5
Ou ainda:
1
√f [
= -2 · log10 · 0,27 .
k
D
+
2,51
R e · √f ]
Em que:
• Re = número de Reynolds (admensional);
• f = fator de atrito (admensional);
• k = rugosidade (m);
• D = diâmetro interno (m);
• Q = vazão (m3/s);
• J = h/L = perda de carga unitária (mca/m).
Depois de calcular a perda de atrito do tubo, precisamos considerar pos-
síveis perdas de ajuste, mudança de elevação e qualquer cabeçote da bomba
adicionado. A soma dessas perdas e ganhos nos dará a queda geral de pressão
no tubo.
Quando a necessidade for calcular o diâmetro interno dos tubos, a resolu-
ção deverá ser por iterações. Isto é, indica-se um valor qualquer de diâmetro
interno, D0, e se calcula a primeira iteração para achar o valor de D1. Então,
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[ 1,7748 · μ
]
- 0,4
0,7267 · Q0,4 k
Dn+1 = · -log10 · 0,27 · +
(J · g)0,2 Dn
√J · g · Dn3
Em que:
• Dn+1 = diâmetro interno (m);
• Q = vazão (m3/s);
• J = h/L = perda de carga unitária (mca/m);
• g = aceleração da gravidade (m/s2);
• k = rugosidade (m);
• Dn = diâmetro da iteração anterior (m);
• μ = viscosidade dinâmica do fluido (kg/m · s).
O próximo passo após o cálculo do diâmetro interno é a definição das espes-
suras de paredes desses tubos. Para isso, o engenheiro tem duas possibilidades.
Ele pode seguir as recomendações da norma ASME, que traz espessuras para
cada diâmetro comercial de tubo, ou calcular a espessura mínima pela relação:
P·D
t=
2 · Se
Em que:
• t = espessura de parede;
• P = pressão interna;
• D = diâmetro interno calculado ou diâmetro médio;
• Se = tensão de escoamento do material usado.
Na prática, se, ao ser calculado o valor de t, a espessura ficar abaixo da
chamada espessura mínima estrutural, deve-se utilizar as seguintes séries de
chapas para confecção dos tubos:
• Série 80: para diâmetros nominais menores do que uma polegada e meia
(1 ½ “);
• Série 40: para diâmetros nominais de 2“ até 12”;
• Espessura de 9 mm (ou 1/8”): para diâmetros nominais maiores que 14”.
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Figura 10. Tubos de uma polegada de diâmetro nominal. Fonte: TELLES, 2005, p. 14. (Adaptado).
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Assim como a equação do número de Reynolds, que tem relação direta com
o diâmetro interno do tubo:
ρ·V·D
Re =
μ
E a equação Colebrook-White:
1
√f [
= -2 · log10 · 0,27 ·
k
D
+
2,51
R e · √f ]
Assim, pode-se reescrever a o diâmetro interno do tubo como sendo:
[ 1,7748 · μ
]
- 0,4
0,7267 · Q0,4 k
Dn+1 = · -log10 · 0,27 · +
(J · g)0,2 D
√J · g · Dn3
Lembrando que essa equação prevê iteração até que o valor de diâmetro
convirja, escolhe-se um valor inicial de diâmetro, por exemplo, D0 = 1 m, na
primeira rodada:
[ 1,7748 · μ
]
- 0,4
0,7267 · Q0,4 k
D1 = · -log10 · 0,27 · +
(J · g)0,2 D0
√J · g · D03
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[ 1,7748 · (0,000001)
]
- 0,4
0,7267 · (12)0,4 0,0001
D1 = · -log10 · 0,27 · +
(0,010833 · 9,81)0,2 1
√ 0,010833 · (9,81) .1 3
D1 = 1,6861 [m]
Com isso, pode-se partir para a segunda iteração (D2), utilizando D1 =
1,6861 [m] como o D n na equação:
[ 1,7748 · (0,000001)
]
- 0,4
0,7267 · (12)0,4 0,0001
D2 = · -log10 · 0,27 · +
(0,010833 · 9,81)0,2 1,6861
√ 0,010833 · (9,81) · 1,6861 3
D2 = 1,6508 [m]
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2 TUBULAÇÕES E
VÁLVULAS
Tópicos de estudo
Dimensionamento de tubulações Principais tipos de válvulas,
para gases aspectos construtivos e meios
Escoamento de gases de operação
Casos especiais Pressão de projeto
Principais problemas em sistemas Temperatura de projeto
de coleta de gás Válvulas
Dimensionamento de tubulações
pelas normas ANSI/ASME B.31
Tubulação como elemento
estrutural
Tensões nas paredes dos tubos
Normas de projetos de tubu-
lações
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Figura 1. Tubos para gases numa instalação industrial. Fonte: Shutterstock. Acesso em 01/04/2020.
Escoamento de gases
O gás natural é o mais limpo de todos os combustíveis fósseis. A oferta
abundante, o custo competitivo e a versatilidade continuam a apoiar uma
tendência ascendente no consumo de gás natural em escala mundial. Além
de seus usos industriais e residenciais tradicionais, o gás natural fez incur-
sões como combustível para veículos de frota e veículos particulares, e como
suprimento para usinas de cogeração a gás e para células de combustível.
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Planta de corte de pico GLN ou GLO Sistema de distribuição de alta pressão Sistema de distribuição de alta pressão
[Acima 60 psi (410 kPa)] [Acima 60 psi (410 kPa) ou menos]
M Regulador de
enchimento de
suporte
Suporte de baixa pressão
Planta, escola, etc
C
Legenda
Linha de transmissão da linha principal (gasoduto)
Linha principal de gás ou de distribuição
Linha de serviço de gás
Dispositivo de proteção contra sobrepressão para tubulações e canos principais
Estação de medição de pressão da entrada da região
Estação reguladora de pressão de distribuição
C Estação de compressão
M Estação de medição
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P12 - P22 = B . f . ( Z. T. G. Q2
D5 ) .L
Em que:
P1 = pressão inicial na tubulação (kg/cm2);
P2 = pressão final na tubulação (kg/cm2);
B = constante dimensional (no sistema métrico = 5608);
f = fator de atrito (admensional);
Z = fator de compressibilidade (adimensional);
T = temperatura absoluta do gás (K = °C + 273);
G = gravidade do gás (ar = 1);
Q = quociente de vazão (m3/hora);
D = diâmetro interno (mm);
L = comprimento da tubação (km).
Casos especiais
A norma ASME B31.8 quantifica as instalações industriais conforme o local
de implementação da tubulação, indicando classes de localização e as agregan-
do ao fator projeto. Nessa norma, as classes de local são fixadas em:
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Classe 2 0,60
Classe 3 0,50
Classe 4 0,40
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INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 50
149 0,967
177 0,933
204 0,900
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INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 53
150 20
300 50
400 68
600 110
900 150
1500 260
2500 420
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Sr
Sl Sc
Sc
Sl
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CURIOSIDADE
Henri Édouard Tresca (12 de outubro de 1814 - 21 de junho de 1885) foi um
engenheiro mecânico francês e professor do Conservatório Nacional de Artes
e Métodos, em Paris. Ele é o pai do campo da plasticidade ou deformações
não recuperáveis da área estrutural da engenharia mecânica. Em 1864, ele
iniciou a exploração que comprovou sua teoria através de uma extensa série
de experimentos, firmando um dos primeiros critérios de falha material, que
traz seu nome e é respeitado até hoje.
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Figura 4. Engenheiro avaliando modelagem 3D de tubulação industrial. Fonte: Shutterstock. Acesso em 01/04/2020.
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CONTEXTUALIZANDO
Os códigos da norma para tubulação de pressão estão sob a direção
do comitê ASME B31, que é organizado e opera sob procedimentos
da Sociedade Americana de Engenheiros Mecânicos (ASME), cre-
denciados pelo Instituto Nacional Americano de Padrões (ANSI).
Os comitês são contínuos e mantêm todas as seções dos códigos
atualizadas com novos desenvolvimentos em materiais, construção e
práticas industriais.
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 60
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 61
Pressão de projeto
A maioria dos códigos de tubulação exige testes de pressão para verificar se um
sistema de tubulação novo, modificado ou reparado é capaz de suportar com segu-
rança sua pressão nominal e é estanque. A conformidade com os códigos de tubu-
lação é determinada por agências reguladoras e de execução, transportadoras de
seguros ou pelos termos do contrato para a construção do sistema. O teste de pres-
são, legal ou não, serve ao propósito útil de proteger os trabalhadores e o público.
O teste de pressão estabelece uma classificação de pressão especial para a qual
não é possível fixar uma classificação segura por cálculo. Um protótipo é sujeito a
uma pressão gradual crescente até que ocorra um rendimento mensurável ou até o
ponto de ruptura. Usando fatores de redução de velocidade especificados no códi-
go ou no padrão apropriado, se organiza uma classificação de pressão a partir dos
dados experimentais.
Os sistemas de tubulação são fechados por natureza para que o fluxo ou a pres-
são sejam mantidos. Quando a pressão é aplicada em casos de cruzamentos de tu-
bos, a análise da tensão do aro é complicada por mudanças de direção. O Diagrama
3 ilustra, de forma genérica, o que está acontecendo numa interseção desse tipo.
Nível de Nível de
tensão tensão
Pressão interna
Fonte: ELLENBERGER, 2005.
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 62
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CONTEXTUALIZANDO
O fluido de teste pneumático em tubulações, se a fonte for gás engarrafado, é
o ar comprimido ou nitrogênio. O nitrogênio não é usado numa área fechada
se o gás em fuga deslocar o ar no espaço confinado, já que as pessoas ficam
inconscientes antes de sentir a falta de oxigênio.
Temperatura de projeto
O isolamento térmico serve a muitos propósitos úteis em tubulação indus-
trial e comercial. Em termos mais simples, ele reduz o fluxo de calor de uma su-
perfície para outra. Para tubulações quentes ou acima da temperatura ambien-
te, o isolamento térmico reduz a perda de calor. Em tubulações a frio ou abaixo
da temperatura ambiente, o isolamento minimiza o ganho de calor.
Em alguns casos, o objetivo parece não se relacionar à perda ou ganho de
calor, e o resultado líquido é que a transferência de calor se retarda. Duas ilustra-
ções disso são os isolamentos para proteção pessoal e para controle de conden-
sação. Para proteção do pessoal, é preciso isolamento suficiente para manter a
temperatura da superfície abaixo de um valor – cerca de 60 °C (140 °F).
A fim de controlar a condensação, deve haver isolamento suficiente para
manter a temperatura da superfície acima do ponto de orvalho. Nos dois casos,
o isolamento controla a temperatura da superfície para obter um efeito deseja-
do que não seja a conservação térmica. O efeito, no entanto, é que o isolamento
retarda a transferência de calor o suficiente para controlar a temperatura da
superfície em ambos os casos.
Há muito mais para esboçar e especificar corretamente um sistema de iso-
lamento do que apenas selecionar um material. Por isso, há algumas informa-
ções práticas para iniciar um projeto eficaz de sistema de isolamento sintetizado
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 64
Figura 5. Isolamento térmico numa tubulação industrial. Fonte: Shutterstock. Acesso em 01/04/2020.
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 65
Figura 6. Válvulas manuais de uma tubulação industrial. Fonte: Shutterstock. Acesso em 01/04/2020.
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INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 69
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 70
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 71
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 72
3 CONSTRUÇÕES
E ARRANJOS DE
INSTALAÇÕES
DE TUBULAÇÕES
INDUSTRIAIS
Tópicos de estudo
Disposição das construções em Critérios e recomendações
uma instalação industrial para o arranjo de tubulações
Disposições gerais industriais
Disposições em áreas abertas Suportes de tubulação
Disposições em áreas fechadas Flanges: meio de ligação de
tubos
Projeto e arranjos de tubulações Conexões, juntas e demais
Regras gerais acessórios
Montagem, operação e
manutenção
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 74
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 75
Disposições gerais
O termo fabricação aplica-se ao corte, dobra, conformação e soldagem de
componentes de tubos individuais entre si, além do tratamento térmico subse-
quente e o exame não destrutivo para formar uma submontagem de tubulação
para instalação. Já o termo instalação refere-se à colocação física desses sub-
conjuntos de tubulações, válvulas e outros itens especiais em seu local final ne-
cessário em relação a bombas, trocadores de calor, turbinas, caldeiras e outros
equipamentos, assim como a montagem por métodos de soldagem ou mecâni-
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 76
CURIOSIDADE
A NASA desenvolveu uma proposta de sensor para de-
tecção de vazamento em tubulações. O sensor consiste
em pigmentos quimocrômicos incorporados em várias
matrizes, como fitas, folhas, peças moldadas por injeção
e/ou fibras, que mudam de cor quando expostos a com-
bustíveis. Quando colocados perto de locais estratégicos,
como tubulações e válvulas de contêineres, ou costuras
e juntas, os sensores sofrem uma mudança instantânea
e distinta da cor amarela para preta. Todos os detalhes
dessa patente podem ser observados no artigo "Hypergol
leak detection sensor", disponível em sua bibliografia.
Figura 2. Montagem de subconjunto de uma tubulação. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 13/04/2020.
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 77
CURIOSIDADE
Outros padrões dimensionais de tubos são emitidos pela Manufacturers
Standardization Society (MSS) e pela American Petroleum Institute (API).
Já o Pipe Fabrication Institute (PFI) publica uma série de padrões de
engenharia que descrevem práticas sugeridas para vários processos de
fabricação e montagem de tubulações, ao passo que a American Welding
Society (AWS) publica várias práticas recomendadas para soldagem de
tubos em diversos materiais. Esses padrões fornecem uma excelente
orientação para muitos aspectos da fabricação de tubulações não cober-
tos pelos códigos da ASME.
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 78
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 79
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 80
CURIOSIDADE
Modificações, como ampliações ou reformas, podem ser perigosas no
sistema de tubulação e devem seguir as versões mais atualizadas das nor-
mas, mesmo que isso exija alterações significativas no projeto original do
sistema. Nesses casos, os desenhos do sistema de tubulação devem ser
revisados para mostrar as modificações. Ademais, os reparos devem ser
documentados e também devem ser realizados de acordo com os códigos
de tubulação mais recentes.
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 81
Figura 3. Instalação de uma indústria química. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 13/04/2020.
Para chegar a esse ponto, em que a posição de cada equipamento foi de-
finida e o trajeto exato de cada linha de tubulação está estipulado, o enge-
nheiro responsável pela instalação deve ter cumprido etapas indispensáveis
de projeto. Entre essas etapas, que podem variar de acordo como modelo
de negócios da organização, estão o cálculo das áreas para cada atividade, o
diagrama de bloco de circulação de materiais, as direções ortogonais básicas,
a disposição geral das áreas, o traçado de ruas para subdivisão das áreas, as
faixas de passagem de tubulação e a fixação dos níveis de projeto.
Para cada uma dessas etapas, é fundamental apoiar-se nas recomenda-
ções previstas nas normas, tais como: os padrões de blocos de utilidades para
montagem dos diagramas; a definição dos fluxos contínuos, de grande vazão
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 82
Para espessamento
de lodo Poço de lodo,
P1450
Para controle Duplex, P1460
de gás de descarte e P1461
FE-1570 a FCV-1570
M
k i Duplex, P1540
l j
e P1550
d e
b c Tanque Decantador
Ar da
de flocos P1640
planta
Duplex, P1605 P1630
Decapante de ar e P1610 Reator
1620 g f h
P1600
Reciclagem de lodo Lodo de resíduos
Figura 4. Exemplo de diagrama de fluxo em um projeto de tubulações. Fonte: US ARMY CORPS OF ENGINEERS, 1999, p. 191.
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Figura 6. Arranjo de tubulações para um navio-tanque. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 14/04/12020.
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Regras gerais
As regras gerais para definição das especificações de arranjos de tubula-
ções de instalações industriais incluem a avaliação das condições de serviço,
flexibilidade, transmissão de esforços e vibrações, acessibilidade, construção e
manutenção, segurança, economia e, por fim, aparência.
Um exame cuidadoso dos desenhos leva à conclusão de que menos mate-
rial é necessário nesse tipo de arranjo. Isso se deve ao fato de que a transição
de uma linha horizontal para um ramo vertical é, essencialmente, uma curva
suave. No entanto, existem restrições no raio que é formado por esse processo
em função do espaço físico da planta ou unidade fabril e dos equipamentos ao
redor: por isso a relevância dos desenhos de arranjos.
Pode-se notar detalhes, como, por exemplo, que a razão entre o diâmetro
do ramo e o diâmetro da linha principal tem algum limite superior. Isso está re-
lacionado ao fato de que o comprimento transversal do material deveria atingir
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Sapata do filtro
Figura 7. Desenho de alinhamento do bico de uma bomba. Fonte: NAYYAR, 2000, p. B.78.
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Figura 8. Arranjo de tubulações modelado tridimensionalmente em CAD. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 14/04/2020.
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EXPLICANDO
O termo offshore é uma expressão em inglês, cada dia mais utilizada, que
indica atividades cujas operações são no mar ou afastadas da costa. No
segmento de petróleo, esse é um termo básico no vocabulário técnico
dos profissionais. A extração de petróleo do pré-sal, por exemplo, exigiu
desenvolvimento de tubulações que partem da superfície do mar e vão até
mais de 2.200 m de profundidade.
Figura 9. Navio-tanque descarregando petróleo e gás em porto industrial. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 14/04/2020.
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A B
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W
1/16”
O
Figura 11. Dimensões de flanges típicas de ferro fundido, de acordo com a norma ASME B16.1. Fonte:
ASME, 2018a.
O- Q- X- W-
Y – Altura T – Altura
Bitola Diâmetro Espessura Diâmetro Diâmetro
do cubo da rosca
(in) do flange do flange do cubo face
(in) (in)
(in) (in) (in) elevada
1½ 6 1/8 /
13 16 2 3/4 1 1/8 0,87 3 9/16
2 6½ /
7 8 3 /
5 16 1¼ 1,00 4 3/16
3 8¼ 1 /
1 8 4 /5 8 1 /
9 16 1,20 5 11/16
5 11 1 /
3 8 7 1 /
7 8 1,41 8 5/16
8 15 1 /
5 8 10 ¼ 2 /
3 16 1,71 11 15/16
CURIOSIDADE
O sistema de tubulação Pressfit é um método de união de flanges mecâni-
co, inovador, rígido e autorrestritivo para tubos leves de aço inoxidável. É
uma junta mecânica para uso em sistemas de tubulação de pequeno diâ-
metro. As aplicações típicas incluem tubulações de serviços de constru-
ção, água potável, proteção contra incêndio, aquecimento e resfriamento,
processos industriais, utilidades industriais e sistemas a vácuo. Esse
sistema fornece a restrição mecânica necessária para resistir à pressão e
às cargas externas que tentam separar o tubo, fornecendo resistência ao
movimento de torção.
4 A IMPORTÂNCIA DA
GESTÃO AMBIENTAL
NA VENTILAÇÃO
INDUSTRIAL
Tópicos de estudo
Dutos e ventilação: dimensio- Gestão ambiental: normas ISO
namento e aplicações 14000
Princípios gerais de ventilação Dimensões ambientais
Dispositivos de limpeza do ar ABNT NBR ISO 14001
Procedimento de concepção
do sistema de escape
Ventiladores
=
Dutos e ventilação: dimensionamento e aplicações
A importância do ar limpo e não contaminado no ambiente de trabalho in-
dustrial é fundamental para o funcionamento dos equipamentos e para quali-
dade de vida dos funcionários. A indústria moderna, com sua complexidade de
operações e processos, utiliza um grande número de compostos e substâncias
químicas, muitos altamente tóxicos. O uso de tais materiais pode resultar em
partículas, gases, vapores e névoas no ar da sala de trabalho em concentrações
que excedem os níveis de segurança. O estresse térmico também pode ocasio-
nar ambientes de trabalho inseguros ou desconfortáveis. A ventilação eficaz e
bem projetada oferece uma solução para esses problemas em que a proteção
do trabalhador é necessária. A ventilação também pode servir para controlar o
F:D⊂
odor, a umidade e outras condições ambientais indesejáveis.
Os sistemas de ventilação usados em plantas industriais são de dois tipos
→
genéricos. O sistema de suprimento é usado para fornecer ar, geralmente i
temperado, a um espaço de trabalho. Já o sistema de exaustão é usado para ∂
∂
remover os contaminantes gerados por uma operação, a fim de manter um
z
ambiente de trabalho saudável.
Assim, visando evitar a saturação do ar, um programa completo de ventila-
ω=
ção deve considerar os sistemas de suprimento e de exaustão. Se a quantidade
total de ar exaurido de um espaço de trabalho for maior que a quantidade de ar ξ=
externo fornecida ao espaço, o interior da planta sofrerá uma pressão menor
que a pressão atmosférica local. Isso pode ser desejável ao usar um sistema ξ=
de ventilação por diluição para controlar ou isolar contaminantes em uma área
específica da planta em geral. Frequentemente, essa condição ocorre simples- φ=a
mente porque os sistemas de exaustão locais estão instalados e não são consi-
derados os sistemas de ar de substituição correspondentes. Logo, o ar entrará eδ =
na fábrica de maneira descontrolada através de rachaduras, paredes, janelas e
portas. Isso normalmente resulta em:
• Desconforto dos funcionários nos meses de inverno para aqueles que tra-
balham perto do perímetro da planta;
• Degradação do desempenho do sistema de exaustão, possivelmente le-
vando à perda do controle de contaminantes e um potencial risco à saúde;
• Custos mais altos de aquecimento e refrigeração.
Figura 1. Duto de ar e sistema de ventilação da fábrica. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 14/04/2020.
Figura 2. Dutos de ar em uma instalação industrial. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 14/04/2020.
CURIOSIDADE
A evaporação da água (suor) ou outros líquidos da superfície da pele ou da
roupa resulta em perda de calor do corpo. A perda de calor por evaporação
para seres humanos é uma função do fluxo de ar sobre as superfícies da pele e
da roupa: o gradiente de pressão parcial do vapor de água entre a superfície da
pele e o ar circundante, a área da qual a água ou outros líquidos estão evapo-
rando e os coeficientes de transferência de massa em suas superfícies.
Dispositivos de limpeza do ar
Os dispositivos de limpeza removem os contaminantes de uma corrente de
ar ou gás. Eles estão disponíveis em uma ampla variedade de modelos para
atender às variações nos requisitos de limpeza do ar. O grau de remoção neces-
sário, a quantidade e as características do contaminante a ser removido, bem
Figura 3. Limpeza de um sistema de ventilação industrial. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 14/04/2020.
Figura 4. Purificação de gás com impurezas com coletor úmido. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 14/04/2020.
Figura 5. Tubos de ventilação de seção decrescente. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 14/04/2020
Ventiladores
Como um sistema de exaustão é, na verdade, um conjunto de vários siste-
mas menores conectados a um duto principal comum, é necessário projetar
um sistema de várias coberturas. Em um sistema de múltiplas ramificações, no
entanto, é preciso fornecer um meio de distribuir o fluxo de ar entre os ramos,
seja por um projeto equilibrado ou pelo uso de portas de explosão com venti-
lação forçada. O ar sempre seguirá o caminho de menor resistência, logo, um
equilíbrio natural em cada junção ocorrerá e a vazão do escapamento se distri-
buirá automaticamente de acordo com as perdas de pressão dos caminhos de
vazão disponíveis. O engenheiro deve fornecer uma distribuição tal que o fluxo
de ar do projeto em cada exaustor nunca fique abaixo dos mínimos listados
e, para isso, é indicado o uso de ventiladores, garantindo, assim, que todos os
caminhos de fluxo dos dutos que entram em uma junção tenha pressão sufi-
ciente para manter a circulação do sistema.
Existem duas maneiras de garantir um fluxo de pressão adequado em um
sistema de dutos de ventilação de uma instalação industrial. A primeira é pro-
porcionando a obtenção do fluxo de ar desejado com uso de portas de saídas.
CURIOSIDADE
Os cientistas do Centro Espacial Marshall da NASA projetaram um sistema
de exaustão para ventilar e equilibrar o fluxo em compartimentos fechados
de foguetes, o que é fundamental para a NASA. O projeto é útil para qual-
quer dispositivo que precise de uma válvula de purga unidirecional, balan-
ceamento de fluxo entre compartimentos ou uma ventilação geral em que
a entrada reversa de chuva e gás não deve ocorrer. O sistema também
concentra energia acústica gerada em um cone para frente e direcionar o
ruído para longe de certas áreas, como plataformas de trabalho.
Qualidade do ar interior
O ar limpo é um requisito básico da vida. A qualidade do ar em residências,
escritórios, escolas, creches, prédios públicos, unidades de saúde ou ambien-
tes industriais onde as pessoas passam grande parte do tempo é um determi-
nante essencial de uma vida saudável e do bem-estar das pessoas. Substâncias
perigosas emitidas de prédios, materiais de construção e equipamentos inter-
nos ou devido a atividades humanas em ambientes fechados, como combus-
CURIOSIDADE
O monóxido de carbono (CO) é um gás incolor, inodoro e insípido. É um
produto da combustão incompleta de materiais que contêm carbono. O CO
é um dos poluentes do ar mais comuns, gerado em ambientes fechados
por aparelhos de combustão não ventilados, principalmente se forem ope-
rados em salas com pouca ventilação. A exposição humana ao CO pode
gerar intoxicações fatais devido à afinidade do gás com a hemoglobina
contida nos glóbulos vermelhos do sangue, que forma, com certa facilida-
de, carboxihemoglobina (COHb).
Dimensões ambientais
Nos casos em que o mau funcionamento dos sistemas de fabricação e
outras atividades de uma empresa possam causar danos ao meio ambiente,
devem ser instituídos procedimentos para identificar esses problemas pron-
tamente e instigar ações corretivas. A análise de risco e os cálculos de confiabi-
lidade geralmente são ferramentas úteis para prever a probabilidade de falhas
que podem levar a danos ambientais.
Cálculos de confiabilidade também são necessários para a operação de
sistemas projetados para responder a falhas e tomar medidas corretivas. Vá-
rias técnicas de engenharia estão disponíveis para responder a esses requi-
sitos. A entrada de engenharia também é necessária para satisfazer outros
aspectos de um SGA. As melhorias de engenharia geralmente podem levar a
uma redução no uso de energia e nas matérias-primas utilizadas. Também são
necessários dados de engenharia para reduzir a quantidade de resíduos gera-
dos e obter um descarte seguro de qualquer resíduo produzido.