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SUMÁRIO
A DINÂMICA DA AGRICULTURA__________________________________________________________ 3
A) ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO BRASILEIRO _____________________________________ 3
A LEI DE TERRAS ___________________________________________________________________ 7
B) PRODUÇÃO AGRÍCOLA NACIONAL ____________________________________________________ 8
C) LUTA PELA TERRA ___________________________________________________________________ 12
EXERCÍCIOS DE COMBATE ______________________________________________________________ 17
GABARITO ____________________________________________________________________________ 26
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GEOGRAFIA
Prof. VINÍCIUS MORAES PROMILITARES COLÉGIO NAVAL/EPCAR MÓDULO 5
Para começarmos a estudar a Geografia agrária do Brasil precisamos diferenciar o que seria uma questão
agrária de uma questão agrícola, já que ambos os tempos (agrário e agrícola) se confundem constantemente.
Primeiramente, agrário é todo o espaço que está em oposição ao urbano. Sendo sinônimo de campo (ou
rural) o espaço agrário apresenta toda uma gama de atividades econômicas (além da agricultura e da
pecuária, conhecidas comumente, temos o turismo rural, o veraneio, as cooperativas agrícolas...) e uma
complexidade de relações de trabalho.
Em segundo lugar, o termo agrícola, por sua vez, está vinculado a uma atividade econômica específica. Espaço
agrícola é todo espaço onde há plantio, lavoura. Essa atividade econômica, agricultura (espaço agrícola), foi a
primeira atividade econômica humana que, mesmo após todos os avanços tecnológicos e o crescimento dos
demais setores da economia, ainda é a base da sociedade, provendo alimento para população e matéria-
prima para as indústrias. Foi o desenvolvimento da agricultura que permitiu ao homem se fixar no espaço e
transforma-lo, o avanço das técnicas de plantio e criação possibilitaram: a produção de excedentes e assim do
comércio também o aumento da população e o surgimento das cidades.
Agora, quando estamos tratando de uma questão agrária, buscamos compreender como se dá a distribuição
das propriedades rurais (a estrutura fundiária) e as relações de trabalho no campo; diferentemente da
questão agrícola, que problematiza o papel da agricultura e seus impactos socioambientais.
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A organização do espaço agrário brasileiro, da forma como conhecemos nos dias atuais, é fruto de 3 (três)
grandes momentos que formam um histórico de posse de terras extremamente irregular e desigual. Esse
histórico de posse de terras no Brasil se inicia com o regime das capitanias hereditárias e das sesmarias
(1500-1822), onde o acesso à terra esteve condicionado às doações realizadas pela Coroa Portuguesa. Nesse
sentido, o acesso à terra, nesse primeiro grande momento, se deu a partir de prestígios, o que limitou a
distribuição de terras para alguns capitães donatários, que por sua vez distribuíam suas terras (capitanias) em
lotes de terras conhecidos como sesmarias.
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As capitanias auxiliaram na implementação das plantations no país, uma vez que os solos brasileiros
garantiram a oferta de produtos com elevado valor comercial no mercado europeu.
A origem dos latifúndios, grandes extensões de terras, em alguns casos subaproveitadas ou até mesmo
improdutivas, está relacionada com a forma como o espaço foi produzido pela política das sesmarias; essas
grandes propriedades também consolidaram e potencializaram a condição agrária-exportadora do Brasil.
O segundo grande momento no histórico de posse de terras no Brasil é o regime de posse livre (1822-1850).
Durante esse período o acesso à terra foi resultado da falta de regulamentação de uma legislação que
sistematizasse a propriedade rural no país. O acesso era livre às terras devolutas (sem título de propriedade);
porém, mesmo sendo permitido o livre acesso à formação de propriedades, o sistema de posse livre não
garantiu uma ampla política de distribuição de terras, já que grande parte da população era escrava e a
presença dos imigrantes em nosso território não era legalizada. Nesse contexto, verificou-se um avanço das
grandes propriedades, tendo acesso à terras somente aos que já eram senhores de escravos e terras.
A partir de 1850, com a Lei de Terras, temos o terceiro e último momento de estruturação do acesso à
propriedade rural no Brasil.
A Lei de Terras consistiu em uma estratégia da elite agrária nacional em impedir o acesso à terras pelas classes
populares, fazendo com que o acesso passasse a ser mediante o título de compra e venda (impedindo,
inclusive, as doações e o apossamento de terras devolutas de forma indiscriminada).
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A LEI DE TERRAS
Art. 1˚ Ficam proibidas as aquisições de terras devolutas por outro título que não seja o de compra.
Excetuam-se as terras situadas nos limites do império com países estrangei- ros em uma zona de 10 léguas
as quais poderão ser concedi- das gratuitamente.
Art. 2˚ Os que se apossarem de terras devolutas ou de alheias, e nelas derrubarem matos ou lhes puserem
fogo, serão obrigados a despejo (...) E, de mais, sofrerão a pena de dois a seis meses de prisão e multa de
cem mil réis, além da satisfação do dano causado (...).
Tal medida possibilitou a exclusão de grandes parcelas das classes mais populares ao passo em que o valor
monetários das terras está acima do valor social das mesmas e acima da condição de ampla parte da
sociedade.
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A produção agrícola nacional é realizada de diferentes formas, sendo o agronegócio (ou empresa agrícola) a
forma de organização do espaço agrícola que apresenta maior capacidade de competição no mercado
internacional. Os principais sistemas agrícolas presentes em nosso território são:
plantations;
empresas agrícolas.
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As plantations, presentes em nosso território desde de o início da ocupação portuguesa, são caracterizadas
por serem espaços agrícolas desenvolvidos em latifúndios (grandes propriedades), com o plantio de apenas
um único gênero agrícola (monocultura), praticada com mão de obra assalariada e de baixa qualificação (após
a abolição da escravatura em 1888) e com produção voltada ao mercado externo.
As empresas agrícolas, tal qual nas plantations, também são praticadas em grandes propriedades
monocultura voltadas aos grandes mercados, em especial o mercado externo. O que diferencia das
plantations é o fato de que as empresas agrícolas apresentam alto grau de capitalização (investimento) em
tecnologia e em mão de obra qualificada, uma vez que há o emprego de máquinas e equipamentos
avançados.
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Existem outras formas de cultivo que se apresentam como alternativas aos métodos empregados pelas
grandes monoculturas, sobretudo as das empresas agrícolas que utilizam produtos da “Revolução Verde” e da
Biorrevolução, como é o caso da agricultura orgânica, que busca no equilíbrio ambiental uma forma de
respeito com a dinâmica da natureza e com as necessidades humanas.
“REVOLUÇÃO VERDE”: A partir de 1960 surge um conjunto de tecnologias voltadas para o aumento de
produtividade da agropecuária. Nesse pacote tecnológico estão incluídas as sementes selecionadas, maquinas
e equipamentos como tratores e colheitadeiras, agroquímicos (pesticidas, fungicidas, bactericidas e
herbicidas) e fertilizantes.As tecnologias derivadas da “Revolução Verde” são marcadas por uma contradição
estabelecida entre o discurso oficial das empresas que produzem as mesmas e as reais consequências
observadas na prática.
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=>ARGUMENTOS PRÓ
Não há casos comprovados da associação entre consumo de produtos transgênicos e riscos à saúde.
=>ARGUMENTOS CONTRA
A biotecnologia para transgênicos é muito recente e ainda não foi possível fazer estudos que mostrem,
com rigor, que esses produtos não causam problemas à saúde a longo prazo.
Todo esse desenvolvimento intenso de tecnologias voltadas para o aumento de produtividade no campo,
incentivando cada vez mais o uso de fertilizantes, agrotóxicos, sementes selecionadas, alimentos transgênicos
e mecanização vem causando diversos problemas de ordem socioambiental. Impactos como a redução de
mão de obra no campo por conta da intensificação do desemprego estrutural via desenvolvimento
tecnológico, o esgotamento do solo ea poluição dos mananciais são verificados no contexto da estrutura
fundária brasileira.
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Isso vem despertado gradualmente a consciência de parte da população e de diversos centros de produção de
alimentos, que, na busca por um modelo de desenvolvimento agrícola que amenize os impactos ambientais,
vêm se aliando à produção de alimentos mais saudáveis, que aderem à prática da chamda agricultura
orgânica.
Mesmo com o avanço da agricultura orgânica, o que percebemos é um aumento ainda maior das áreas
destinadas aos sistemas monocultores, o que impacta diretamente na produção de alimentos básicos.
Como pudemos constatar, o acesso à propriedade rural no Brasil foi sempre excludente, primeiro em relação
aos índios, depois aos ex-escravos e, em um terceiro momento, aos imigrantes e pequenos produtores. Se no
início a terra era uma concessão da coroa, com lei de Terras (1850) ela passa a ser leiloada pelo estado,
somente em dinheiro e para homens de bens, (estrangeiros, brancos pobres e negros libertos eram proibidos)
este modelo gerou históricos conflitos, como as revoltas de Canudos (1896-1897) e Contestado (1915-1916).
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Somente em 1984, com a unificação de movimentos camponeses de diversos estados, principalmente São
Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná, surge o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra que retoma a luta
pela Reforma Agrária. A década seguinte é marcada por conflitos e ocupações, muitas vezes com desfechos
violentos. No entanto o tema permeia as mídias e debates políticos que giram em torno dos processos de
desapropriação de terras e de assentamento de famílias.
O espaço rural brasileiro, assim, apresenta uma desigual distribuição das terras (propriedades). Esse contexto
aponta para um número reduzido de proprietários com posse de milhões de hectares, ao passo em que
milhões de pequenos e médios agricultores dividem apenas cerca de 10% das terras que restam.
Tal situação vem gerando inúmeros protestos e conflitos no campo, uma vez que uma grande massa de
trabalhadores não possuem terras para trabalhar. A luta pela realização da reforma agrária, ou seja, por uma
distribuição de terras de forma mais equitativa com auxilio governamental tem levado à conflitos no campo
com mortes e diferentes tipos de danos sem resolução até os dia de hoje.
Observe abaixo alguns mapas que retratam o cenário dos conflitos no campo brasileiro:
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2. Uma parte cada vez mais extensa do espaço agrário brasileiro vem passando por um processo de
capitalização da produção de máquinas, motores e vários outros elementos destinados a racionalizar a
produção. Assim evidenciam-se áreas agrícolas “ricas” ao lado de áreas “pobres” que se refletem na
produtividade e, sobretudo, na população que exerce atividades rurais.
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3.
Extraído do Livro – Crônicas do Milênio - Olival Honor de Brito – Membro do Instituto Cultural do Cariri – Coleção Itaytera – Nº 25
No texto acima, verificam-se tanto um alerta quanto à necessidade de uma reforma agrária quanto um fato
evidenciado nos últimos anos, que é o da necessidade dos trabalhadores se organizarem para conquistar seus
objetivos.
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4.
A análise da balança comercial brasileira, no período mostrado no gráfico, permite inferir que:
a) em alguns anos o agronegócio foi responsável pelo déficit nas contas externas do país.
b) o agronegócio tem o mesmo volume de exportação quando comparado às demais atividades econômicas.
c) o agronegócio só ganhou importância para as exportações na última década.
d) o período mais negativo para o agronegócio está relacionado as fases de crise internacional.
e) o agronegócio é responsável pelo maior volume de exportações do Brasil.
É possível identificar no Brasil vários municípios cuja urbanização se deve diretamente à expansão da
fronteira agrícola moderna, formando cidades funcionais ao campo denominadas de “cidades do
agronegócio”.
(Adaptado de: ELIAS, D.; PEQUENO, R. Desigualdades socioespaciais nas cidades do agronegócio. Revista Brasileira de Estudos
Urbanos e Regionais. 2007. v.9. n.1. p.25-29.)
Sobre a expansão da fronteira agrícola moderna e o surgimento das “cidades do agronegócio”, assinale a
alternativa correta.
a) A expansão da fronteira agrícola moderna e a criação das cidades do agronegócio ocorreram a partir de
1970, com a incorporação das terras do cerrado, impulsionada por políticas públicas voltadas à ocupação
de terras e ao desenvolvimento local.
b) A fronteira agrícola moderna e o aparecimento das cidades do agronegócio estão associados às políticas
do governo Vargas direcionadas à agricultura, com a criação, em 1951, do Sistema Nacional de Crédito Rural.
c) A fronteira agrícola moderna e o aparecimento das cidades do agronegócio ocorreram após investimentos
dos Estados Unidos, na década de 1950, em território brasileiro para produção destinada à exportação.
d) As cidades do agronegócio estão localizadas predominantemente no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa
Catarina, estados onde ocorreu a expansão da fronteira agrícola moderna a partir da década de 1960.
e) Por intermédio da expansão da fronteira agrícola moderna e da criação das cidades do agronegócio, a
partir da década de 1950, houve uma difusão do meio técnico-científico-informacional em todo o
território nacional.
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Com base no mapa e nos conhecimentos sobre os territórios produtivos, considere as afirmativas a seguir.
I. O agronegócio tem grande impacto no território, especialmente nos sistemas ferroviário e portuário
para o escoamento da produção.
II. Grandes extensões territoriais são articuladas pela infraestrutura criada para atender a cadeia de
produção e comercialização.
III. A mineração, a siderurgia, a celulose, a produção e a comercialização das commodities são voltadas para
o mercado interno.
IV. O café, a cana-de-açúcar e a soja são produtos de baixa mecanização, o que justifica a demanda por
mão de obra no setor primário.
Com base na tabela e em seus conhecimentos, está correto o que se afirma em:
a) Mato Grosso do Sul é o estado que concentra o maior número de indígenas no País, segundo o Censo
Demográfico 2010, o que explica o percentual elevado de sua participação no número total de indígenas
assassinados.
b) A quantidade de indígenas assassinados no País diminuiu, principalmente, no Mato Grosso do Sul, em
função do maior número de homologações de terras indígenas, efetivadas por pressão da bancada
ruralista no Congresso Nacional.
c) No Mato Grosso do Sul, a maior parte dos conflitos que envolvem indígenas está relacionada com projetos
de construção de grandes usinas hidrelétricas.
d) O grande número de indígenas assassinados no Mato Grosso do Sul explica-se pelo avanço da atividade de
extração de ouro em terras indígenas.
e) No período abrangido pela tabela, a participação do Mato Grosso do Sul no total de indígenas
assassinados é muito alta, em consequência, principalmente, de disputas envolvendo a posse da terra.
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9.
Considere a distribuição geográfica da insegurança alimentar e suas causas para analisar as seguintes
afirmações:
I. Uma parcela significativa dos países afetados pela insegurança alimentar vive ou vivenciou
recentemente situações de grande instabilidade política e de violência, fato que sugere uma
correlação entre os dois fenômenos.
II. Na maior parte dos países afetados pela insegurança alimentar, a situação é crônica e irreversível, pois
a produtividade da agricultura é limitada por fatores naturais, tais como solos pouco férteis e regimes
climáticos sujeitos à estiagem prolongada.
III. A maior parte dos países afetados pela insegurança alimentar apresenta mais da metade da população
ativa empregada em atividades agrícolas.
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10. A agricultura familiar envolve a formação de um circuito produtivo e de círculos de cooperação nas esferas
econômica e política, para que o sucesso do empreendimento possa ocorrer.
Assinale a alternativa INCORRETA sobre as características e as estratégias pertinentes a esse tipo de sistema
produtivo.
a) A cadeia produtiva da produção de alimentos envolve, por exemplo, aspectos da produção, da
transformação, da distribuição e do consumo.
b) Os “espaços de transferência” são aqueles responsáveis pelo transporte e pela distribuição social dos
alimentos.
c) A produção familiar de soja para exportação foi o mais importante legado do processo de modernização
da agricultura brasileira, a chamada “Revolução Verde”, que implantou métodos ecológicos de cultivo.
d) As produção de hortifrutigranjeiros caracteriza-se, geralmente, pela proximidade das áreas de produção e
de consumo; a agricultura familiar encaixa-se bem nesses circuitos curtos, de consumo mais imediato.
e) Na produção familiar, a transformação ou o processamento da matéria prima, isto é, do produto primário
cultivado, pode agregar maior valor ao produto final que vai para o mercado.
11.
No que se refere à relação campo-cidade no espaço geográfico brasileiro, é incorreto considerar que:
a) a concentração fundiária no campo brasileiro tem como marco histórico a Lei de Terras de 1850 a partir da
qual a terra se transformou em mercadoria, passando a ser um bem oligárquico.
b) a reflexão sobre a realidade do espaço brasileiro impõe a necessidade da compreensão histórica dos
processos sociais articulando espacialmente o campo e a cidade.
c) a expansão do agronegócio vem contribuindo para a redução do êxodo rural pelo aumento do emprego
direto de mão de obra assalariada nas áreas de fronteiras agrícolas.
d) o agravamento da problemática da mobilidade urbana nas metrópoles brasileiras está diretamente
relacionado à política de incentivo a aquisição individual de automóveis pela redução do Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI).
e) o reconhecimento legal dos territórios quilombolas se impõe como uma ação política necessária com
vistas à garantia do direito social à cidade e ao campo enquanto espaços de reprodução da vida.
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12. No Brasil, parte da produção de alimentos é feita por trabalhadores agrícolas que se deslocam
diariamente para a propriedade rural, executando tarefas sob empreitada, em condições indignas e perigosas,
trabalhando nas terras de outros por salários que não são suficientes nem para uma pessoa, que dirá para
uma família.
13. O interior nordestino é considerado como o lugar da seca, da terra inóspita e da miséria. Porém, surge,
nesta sub-região, uma área que foi denominada pela população local de Mapitoba que, no cenário brasileiro
atual, está sendo apresentada como uma das maiores potências do agronegócio.
Observe as ilustrações e gráficos, a seguir:
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14.
Os gráficos revelam:
a) pequena quantidade de propriedades, com até 100 ha, ocupando a maior parcela da área, o que significa
uma distribuição desigual da terra.
b) grande quantidade de propriedades, com mais de 1000 ha, correspondendo à maior parcela da área
ocupada, o que significa uma distribuição equitativa da terra.
c) grande quantidade de propriedades, com até 100 ha, correspondendo às menores parcelas da área
ocupada, o que significa uma distribuição desigual da terra.
d) pequena quantidade de propriedades, de 100 a 1000 ha, ocupando a maior parcela da área, o que
significa uma distribuição equitativa da terra.
e) pequena quantidade de propriedades, com mais de 1000 ha, correspondendo à menor parcela da área
ocupada, o que significa uma distribuição desigual da terra.
15. O Brasil possui uma estrutura fundiária caracterizada pela concentração da terra e pela existência de
latifúndios, dos quais muitos improdutivos.Tal modelo é secular e foi implantado desde o início da
colonização.
Como forma de combate a essa estrutura fundiária excludente, vem se destacando nas últimas décadas a
atuação:
a) do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que, através de ocupações de terras devolutas e
latifúndios, principalmente os improdutivos, busca efetivar a reforma agrária e denunciar os crimes
cometidos no campo;
b) da UDR (União Democrática Ruralista) que, como o próprio nome diz, visa democratizar o acesso dos
camponeses à propriedade da terra, a fim de frear o processo de êxodo rural que vem caracterizando o
Brasil;
c) do PT (Partido dos Trabalhadores) que, nos três primeiros anos do governo Lula, realizou um investimento
maciço em programas de reforma agrária, erradicando a desigualdade e a violência no campo;
d) da CUT (Central Única dos Trabalhadores) que vem realizando uma série de greves com o objetivo não só
de reivindicar melhores salários, mas também de sensibilizar a sociedade em relação à questão da
reforma agrária;
e) da UNE (União Nacional dos Estudantes), que vem organizando uma série de movimentos de invasão de
prédios públicos e de terras produtivas como forma de pressionar o governo a acelerar o processo de
reforma agrária.
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1.
RESPOSTA: B
2.
RESPOSTA: D
3.
RESPOSTA: A
4.
RESPOSTA: E
5.
RESPOSTA: C
6.
RESPOSTA: A
7.
RESPOSTA: B
8.
RESPOSTA: E
9.
RESPOSTA: C
10.
RESPOSTA: C
11.
RESPOSTA: C
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12.
RESPOSTA: D
13.
RESPOSTA: B
14.
RESPOSTA: C
15.
RESPOSTA: A