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divisões e subdivisões. Um
exemplo de transações
transferencial e angular
Por José Silveira Passos
Divisões e subdivisões:
Tipo III – São aquelas em que o Adulto não participa, envolvendo apenas o
Pai e a Criança dos interlocutores. O estímulo parte da C para o P e a
resposta vem também da C para o P (Queixa mútua);
– Transferencial:
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– Angular:
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Bibliografia:
Representação gráfica de um
egograma, "hipótese da constância"
e nossa abordagem com um cliente
com este egograma
Por José Silveira Passos
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Mesmo que esse Egograma não fosse do meu cliente, ou seja, se não
conhecesse a pessoa, poderia interpretá-lo sem nenhuma dificuldade e
saber como é a vida dessa pessoa, bem como suas dificuldades e
patologias. A hipótese da constância nos permite afirmar que o
desenvolvimento do estado de Ego Adulto dessa pessoa é fundamental
para que ele possa prover os meios de sua subsistência, bem como
desenvolver os demais estados de Ego (PN e CL), com isso garantir que
sua CA irá diminuir (aumentando um ou mais estados de Ego, outro ou
outros estados de Ego irão diminuir, mantendo assim, a energia psíquica
total constante).
Nossa abordagem com esse cliente foi inicialmente fornecendo carícias
positivas de tal modo que foi possível iniciar os trabalhos de
descontaminação de seu estado de Ego Adulto. Após três sessões
individuais, o cliente foi inserido em um grupo de terapia, onde pode receber
as carícias do grupo pelos seus comportamentos positivos. Continuou,
inicialmente, com a terapia individual onde permitiu-se trabalhar a
descontaminação de seu Adulto até o ponto em que ficou somente com a
terapia de grupo (onde permanece até hoje).
Bibliografia:
Bibliografia:
Definição:
Segundo Ken Mellor e Eric Schiff, (Redefinição, in: Prêmios Eric Berne)
“Redefinição refere-se ao mecanismo que as pessoas usam para manter
uma visão estabelecida de si próprios, de outras pessoas e do mundo, de
modo a levar adiante seus roteiros. É o meio pelo qual as pessoas se
defendem contra estímulos que são inconsistentes com seu quadro de
referência e definem os estímulos para ajustá-los ao quadro”, p. 123.
Classificação e exemplos:
Aplicação prática:
Biblografia:
Karpman (Opções, in: Prêmios Eric Berne), afirma que muitos clientes
estabelecem transações “cerradas” em seus relacionamentos e buscam
terapia com a finalidade de resolver essa situação. A Análise Transacional
oferece uma abordagem de fácil compreensão para o problema e fornece
uma gama considerável de opções para essas pessoas.
A dificuldade que os indivíduos encontram para romper uma transação
“cerrada”, reside no fato de que existe um componente emocional envolvido
na comunicação, levando as pessoas a imaginar que é impossível
desvencilhar da armadilha que sempre dispara a flecha no momento exato.
Daí em diante, parece uma mosca presa à teia de aranha: quanto mais se
debate na tentativa de escapar, fica cada vez mais grudada nos fios que
foram tecidos pacientemente pela aranha.
Karpman (Opções, in: Prêmios Eric Berne), afirma que o objetivo deve ser
cruzar a transação deliberada e efetivamente e que para tal, é necessário
observar os quatros critérios seguintes:
Cliente (C)- Quando penso que está tudo bem, ela aparece com uma crítica
a alguma coisa que eu fiz.
Terapeuta (T)- O que por exemplo?
C – São tantas coisas. Hoje por exemplo, estávamos numa reunião e ela
me criticou na frente de todos dizendo que eu não tinha que me meter nos
assuntos da tesouraria, pois a responsável é a funcionária fulana de tal.
T – E você está se metendo no trabalho que é de responsabilidade da
funcionária fulana de tal?
C – É Claro que se eu não verificar tudo, vai sair tudo errado, ela é uma
incompetente.
T – Você não respondeu ao que lhe perguntei. Quer responder agora!
C – Não estou me metendo. Acontece que a responsável pelo setor onde a
tesouraria está inserida sou eu. Quando acontece algo errado ela é a
primeira a dizer que a culpa foi minha de não ter verificado.
T – Qual é a sua função?
C – Sou assistente dela ( sua chefe é diretora de uma instituição ligada à
Secretaria de …). Sou uma espécie de pau para toda obra. Se eu não tomar
a frente as coisas não andam.
Durante as sessões seguintes ficou claro que sua chefe agia como se fosse
sua mãe e ela (cliente) como se fosse a sua filha. Estavam se relacionando
como se fossem mãe e filha. Sua chefe agia no PC e ela na maioria das
vezes com CAR e algumas vezes na CAS.
A situação estava ainda mais crítica parece-nos que em virtude de sua
chefe ser uma senhora com 65 anos de idade, solteira, sem filhos e morava
sozinha. A cliente por sua vez solteira, sem filhos e também morava sozinha
(sua família morava em outro estado). Inclusive dizia ter muita pena de sua
chefe, pois ela era uma senhora idosa e muito só.
Bibliografia:
Tipos de simbiose
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A autora (Leitura do Cathexis) cita o exemplo das mães que exigem que os
filhos atendam às necessidades delas. Nesse caso, quando eles acreditam
que deviam realmente atender esses desejos da mãe para sobreviver,
poderá levar a um desenvolvimento acelerado de A1 e P1, ocorrendo
inicialmente um relacionamento como diagramado abaixo:
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Viveu com os pais até os 19 anos, época em que saiu de casa e foi para a
“cidade grande tentar a vida”. Os pais se separaram quando ela tinha 6
anos de idade (atualmente o pai voltou a viver com a mãe). Diz que amava
muito o seu pai e por isso sentiu muito com a separação, pois passou a
viver somente com a mãe que a cobrava muito. Diz que até hoje não
agüenta olhar para a mãe, pois é como se ela tivesse cobrando dela o
tempo todo algo que ela não fez.
Acredita que sua mãe não gosta dela porque ela sempre defendeu o pai.
Quando a sua mãe falava mal dele ela o defendia. Disse que saiu de casa
fugindo e jurou que nunca mais iria voltar a morar com a mãe. Até hoje
apenas se falam, mas guarda muita mágoa dela.
Afirma ter lutado muito para sobreviver sozinha e para terminar os seus
estudos. Há dez anos trabalhou como professora e há três foi aproveitada
no (……) como acessora de diretoria em uma instituição ligada à Secretaria
de ……. Diz que quando começou seu trabalho como acessora, se dava
maravilhosamente bem com sua chefe. Sua chefe é uma senhora de 65
anos de idade, solteira, sem filhos e mora sozinha. Disse que encontrou
nela uma mãe que nunca teve. Disse que na maioria das vezes passavam o
final de semana juntas, passeando, viajando, etc. Era como se fosse da
família.
Bibliografia:
Estas seis (6) formas de estruturar o tempo, tem uma relação com a
quantidade e a qualidade das carícias envolvidas em cada uma delas:
Cliente disse ter ido ao médico por se sentir sem ânimo, sem disposição
para ir para o trabalho, sem paciência com as pessoas, etc. O médico disse
que ele estava com um quadro de depressão e aconselhou que procurasse
fazer uma terapia para resolver o problema.
Disse também que daqui a um mês estará assinando a sua demissão, pois
já foi tudo providenciado, inclusive já sabe quanto irá receber de
indenização, quando vai receber e tudo o mais… Acrescentou que já deu
entrada nos papéis para a sua aposentadoria (pois já possui tempo o
suficiente para se aposentar). Disse que fica apavorado só de pensar na
idéia de levantar de manhã e não ter o que fazer.
A partir dessas informações direcionamos a entrevista no sentido de
verificar como ele estrutura o seu tempo. Disse que sempre trabalhou muito,
é o único filho homem, tem 3 irmãs solteironas que dependem dele para
orientações esporádicas de como gerir seus negócios (elas tem uma loja de
móveis). Seu pai era judeu e morreu muito cedo. Ele foi quem praticamente
assumiu o seu lugar, tomando conta de sua mãe e de suas irmãs. Casou e
logo se separou, não tem filhos. Seu dia-a-dia consiste em trabalhar na
empresa, quando volta para casa tem que cuidar da mãe que já está muito
velhinha. Suas irmãs moram juntas em um bairro próximo. Sua mãe não
quer morar com elas, pois elas brigam muito entre si. Disse não ter
namorada atualmente, pois as que arrumou não durou muito tempo. Acha
que é porque elas acham sua mãe muito chata.
Comentários:
Bibliografia:
“Estímulos” segundo Berne, pode ser usado como expressão para designar
contato físico íntimo e em consequência, “estímulo” pode ser usado para
caracterizar relacionamento, ou seja, “qualquer ato que implique no
reconhecimento da presença de outra pessoa” (Berne, Os Jogos da Vida, p.
19) e que o “estímulo” pode ser entendido como a “unidade básica da ação
social” (Berne, idem p. 19). “Uma troca do estímilos constitui uma transação,
que por sua vez é a unidade básica do relacionamento sicial” (Berne, idem,
p. 19).
Bibliografia: